LÍNGUA 9º ANONo Brasil, a crônica tornou-se um estilo textual bem difundido desde a publicação...
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LÍNGUAPORTUGUESA
PROF. JOSÉ FRANCISCO
PROF.ª MARISTELA MARCHANTE9º ANOENSINO FUNDAMENTAL
Unidade IICultura: a pluralidade na expressão humana
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Aula 12.1Conteúdo
• Gênero textual Crônica
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Habilidade • Distinguir as características do gênero textual Crônica e
alguns autores.
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Relação causa e consequência dentro do texto narrativo.
REVISÃO
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O gato sou eu
DESAFIO DO DIA
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Do que trata o vídeo?Que gênero textual pode ser identificado nessa sequência dialógica?
DESAFIO DO DIA
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Caminho estreito
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O que é Crônica:
Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo autor e publicada em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do cotidiano e outros assuntos relacionados à arte, esporte, ciência, etc.
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Trajetória histórica da Crônica
Século XV Relatos históricos (reais ou fictícios) de forma cronológica, algumas com um toque de humor.
Carta de achamento do Brasil“... Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos.
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Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais.
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Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo.
“CAMINHA, Pero de Vaz.”
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Século XIX
No Brasil, a crônica tornou-se um estilo textual bem difundido desde a publicação dos “Folhetins”.Imprensa - Gutemberg século XV
Guarani, publicado entre fevereiro e abril de 1857,A viuvinha, em 1860, ambos no Diário do Rio de Janeiro, revelam a popularidade do produto.
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Ler o folhetim virou hábito familiar, tanto na Corte quanto nos serões das províncias, e durante sua leitura oral era permitida a presença das mulheres e a participação dos analfabetos, que eram a maioria.Autores nacionais se entregariam ao novo gênero, como Machado de Assis, com “A mão e a luva” em O Globo, em 1874, e com “Iaiá Garcia” em O Cruzeiro, em 1878.
É a forma encontrada pelos autores de divulgarem o seu trabalho, uma vez que, na segunda metade do século XIX, a impressão de livros aqui no Brasil era uma raridade.
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Os temas abordados eram o casamento e o amor, muito embora houvesse um enorme descompasso na importação de um ideário europeu num Brasil constituído pelo atraso.
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Vó caiu na piscina
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Os cronistas mais importantes da literatura brasileira
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O PavãoRubem Braga
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores;
é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores
todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são
minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma.
O pavão é um arco-íris de plumas.
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Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de
matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor;
seu grande mistério é a simplicidade.Considerei, por fim, que assim é o
amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar.
Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
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Principais características da Crônica:• Espaço reduzido
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O primeiro encontro
No seu primeiro encontro romântico com uma garota, levou junto a mãe. Rapaz criado sob os mimos da mãe viúva e de duas tias solteironas, não se sentia seguro nem para assinar o próprio nome. A ausência de qualquer uma das três figuras femininas fazia com que Alfredo perdesse até a fala.A independente Paloma, que se produzira para o grande encontro com tamanha vivacidade, agora olhava para a cena berrante com
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uma estranheza perturbadora.– Oi Paloma, essa é minha mamãe.Após uma eternidade para recuperar o fôlego, Paloma manteve o decoro e não tocou no assunto. Durante o jantar, a mãe, sob os tufos de cabelos brancos e uma pele desgastada, falava sem parar. Até de boca cheia. Falava sobre receitas, o clima, a violência da cidade, e sobre cada um dos programas de TV, desde os Bom Dia Qualquer Coisa até os Boa Noite Coisa Qualquer.
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Principais características da Crônica:
• Linguagem simples e coloquial.
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Em dado momento, a mãe foi ao banheiro. Delicada como uma duquesa, disse sem rodeios:– Dá licencinha que vou ali no banheiro dar uma urinadinha, mas já volto. Vocês esperem eu voltar pra conversar que não quero perder nadinha. – Era só o que faltava.Foi só a figura embalsamada desaparecer, e Paloma disse entre dentes:– Alfredo, você tá louco? Por que você trouxe sua mãe no nosso encontro?
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– Ah, Paloma, me desculpe, mas eu não podia deixar a mamãe em casa. Ela tem medo de ficar sozinha.– Medo de ficar sozinha? Medo de ficar sozinha? E o que eu tenho a ver com isso?– Mas, o que você queria que eu fizesse?
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Principais características da Crônica:
• Poucos personagens, se houver
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– Eu queria que… – Falar e bufar são duas coisas difíceis de se fazer ao mesmo tempo. – Eu queria que você tivesse feito qualquer coisa, qualquer coisa, menos ter trazido ela com você pro nosso encontro.– Puxa, Paloma. Como você é insensível. Até parece que nunca teve uma mamãe.– Para, para. Ela não é sua “mamãe”.– Como não?– Ela é sua “mãe”. Você já tá crescidinho demais pra ficar com essa de “mamãe” daqui, “mamãe” dali.
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– Na verdade, eu costumo chamar ela de “mamãezinha”, mas achei que você ia me achar meio infantil.– Oh, você infantil? Imagina, Alfredo! Um homem que traz a “mamãe” num primeiro encontro não tem nada de infantil.
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Principais características da Crônica:
• Narrativa curta
• Fatos do cotidiano
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Eu não durmo com a luz acesa. Porque a luz incomoda a mamãe.– O quê??? Você dorme com sua mãe?– E com as minhas tias, também. Mas por elas, poderia deixar a luz acesa.
– Com as suas…? Não, não. Pra mim, chega. Adeus.– Paloma, espera. Espera.Apesar das súplicas de Alfredo, ela se levanta e desaparece de sua vista.
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Quando a mãe volta, percebe o filho sozinho e triste, e pergunta:– Que foi, meu bebê? Que cara é essa?– Mamãe, tenho uma notícia triste pra te dar.– O quê?– A Paloma terminou com a gente.
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1. Explique com tuas palavras o que é Crônica e quais os meios de comunicação.
2. Quais itens são características da crônica:
I. Gênero narrativo marcado pela brevidade, narra fatos históricos em ordem cronológica.
II. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal, pois trata de acontecimentos cotidianos.
DINÂMICA LOCAL INTERATIVA
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III. Obra de ficção do gênero narrativo, apresenta narrador, personagens, ponto de vista e enredo.
IV. Gênero que se define por sua pequena extensão, é mais curto que a novela ou o romance, apresentando uma estrutura fechada.
V. Tipo de texto que se caracteriza por envolver um remetente e um destinatário, geralmente é escrito em primeira pessoa.
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