Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

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Centro Educacional Evolução

Credenciado pela Portaria nº. 264/2009 SEDF

Tel: (61) 3562 0920 / 3046 2090

C-1 Lote 1/12 sobreloja 1 Edifício TTC

Taguatinga-DF

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Língua Portuguesa 2

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Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA 2 ............................................................................................................. 2

REVISÃO (CLASSES GRAMATICAIS) ............................................................................................ 2

FONÉTICA ................................................................................................................................ 3

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO ....................................................................................................... 4

FRASE ................................................................................................................................................... 4

ORAÇÃO ................................................................................................................................................ 5

PERIODO ............................................................................................................................................... 5

SINTAXE ............................................................................................................................................... 5

SUJEITO................................................................................................................................... 6

NÚCLEO DO SUJEITO .............................................................................................................................. 6

POSIÇÃO DO SUJEITO NA ORAÇÃO .......................................................................................................... 6

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO .................................................................................................................. 7

PREDICADO .............................................................................................................................. 8

CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO ............................................................................................................. 8

PREDICAÇÃO VERBAL ................................................................................................................ 9

PREDICADO NOMINAL ............................................................................................................. 11

PREDICADO VERBO-NOMINAL .................................................................................................. 12

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO.......................................................................................... 12

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO ........................................................................................... 14

ADJUNTO ADNOMINAL ........................................................................................................................... 14

ADJUNTO ADVERBIAL ............................................................................................................................ 15

APOSTO ............................................................................................................................................... 15

VOCATIVO ............................................................................................................................................ 16

DISSERTAÇÃO ........................................................................................................................ 17

NARRAÇÃO ............................................................................................................................. 18

REVISÃO ................................................................................................................................ 19

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LÍNGUA PORTUGUESA 2

Sabe-se que a língua é um sistema tríplice: compreende um

sistema de formas (mórfico), um sistema de frases (sintático)

e um sistema de sons (fônico). Por essa razão, a Gramática

tradicionalmente divide-se em três partes básicas e em duas

partes complementares:

Fonética/Fonologia (focaliza o sistema fônico) - Estuda os

sons da fala (fonemas), a correta pronúncia dos

vocábulos (ortoépia e a prosódia, partes integrantes da

ortofonia) e a escrita correta das palavras (ortografia).

Morfologia (abrange o sistema mórfico) - Parte da

gramática que trata do estudo da estrutura das palavras,

dos processos de formação de palavras e do estudo das

classes gramaticais. As classes gramaticais são as

seguintes: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral,

Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e

Interjeição.

Sintaxe (enfoca o sistema sintático)- Parte da gramática

que estuda a disposição das palavras na frase e das

frases no discurso, incluindo a sua relação lógica, entre

as múltiplas combinações possíveis para transmitir um

significado completo e compreensível.

Semântica – “Estuda o significado e a interpretação do

significado de uma palavra, de um signo, de uma frase

ou de uma expressão em um determinado contexto.

Nesse campo de estudo se analisa, também, as

mudanças de sentido que ocorrem nas formas

linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e

espaço geográfico”.

REVISÃO (CLASSES GRAMATICAIS)

Na língua portuguesa há dez classes de palavras ou classes

gramaticais:

1 - SUBSTANTIVO 6 - VERBO

2 - ARTIGO 7 - ADVÉRBIO

3 – ADJETIVO 8 - PREPOSIÇÃO

4 – NUMERAL 9 - CONJUNÇÃO

5 – PRONOME 10 - INTERJEIÇÃO

SUBSTANTIVO é toda a palavra que denomina um ser; é

usada para nomear pessoas, coisas, animais, lugares e

sentimentos. Normalmente vem precedida de artigo.

Exemplo: O cachorro tomou banho. (Cachorro é um

substantivo)

Os substantivos classificam-se em:

Comum/ Próprio

Concreto/ Abstrato

Primitivo/ Derivado

Simples/ Composto

Coletivo

ARTIGO é a palavra que se coloca antes do substantivo para

determiná-lo ou indeterminá-lo.

Os artigos classificam-se em:

Definidos: o / a / os / as

Indefinidos: um / uns / uma / umas

ADJETIVO é a palavra que caracteriza o substantivo.

Exemplo: Aquela moça é muito bonita. (Bonita é um adjetivo)

NUMERAL é uma palavra que exprime número, ordem

numérica, múltiplo ou fração.

O numeral pode ser: cardinal, coletivo, ordinal, multiplicativo,

fracionário, partitivo e romano.

PRONOME é a palavra que substitui ou acompanha o

substantivo.

O pronome pode ser: pessoais, possessivos, demonstrativos,

interrogativos, relativos e indefinidos.

Além desta classificação principal, os pronomes também

podem ser classificados em pronomes adjetivos e pronomes

substantivos.

VERBO é a palavra que exprime ação, estado ou fenômeno da

natureza.

ADVÉRBIO é a palavra invariável que modifica o sentido de um

verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio. Os principais

advérbios indicam circunstâncias de:

Tempo: ontem, hoje, amanhã, já, cedo, tarde,

antigamente...

Lugar: aqui, ali, acolá, aí, lá, perto, longe, acima,

abaixo, dentro, fora...

Modo: depressa, devagar, bem, mal, calmamente,

alegremente...

Intensidade: muito, menos, pouco, mais, bastante....

Negação: não, absolutamente...

Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente...

Afirmação: sim, certamente, realmente....

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PREPOSIÇÃO é uma palavra invariável que liga um termo

dependente a um termo principal, estabelecendo uma relação

entre eles.

As preposições essencias são:

A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA, DE, DESDE, EM, ENTRE,

PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS

CONJUNÇÃO é a palavra invariável que liga:

duas palavras com o mesmo valor, numa oração.

duas orações entre si.

INTERJEIÇÃO são palavras invariáveis que expressam uma

emoção, um sentimento.

As interjeições mais comuns são:

de alegria: ah! oh! oba!

de aplauso: viva! bis! bravo!

de chamamento: ó! olá! alô!

de dor: ui! ai!

de silêncio: silêncio! psiu!

de surpresa: oh! ah!

de advertência: cuidado! atenção!

de alívio: ufa! Arre!

de admiração: ah! oh! puxa! nossa!

de desejo: oxalá! tomara!

de saudação: salve! viva! olá!

de terror: ui! credo! cruzes

FONÉTICA

Um idioma pode manifestar-se de duas maneiras: falado ou

escrito.

O processo da fala utiliza determinados sons a que chamamos

fonemas.

Já o processo escrito serve-se das letras.

Assim, a fala é um processo oral-auditivo e a escrita é um

processo visual (ou táctil).

Não se podem confundir os dois casos!

FONEMA

Técnicamente, fonemas são sinais sonoros, mínimos,

distintivos entre dois vocábulos como se observa na pronúncia

de pata, bata e lata, em que ocorrem os fonemas [ p ], [ b ] e

[ l ], respectivamente.

A língua portuguesa tem, aproximadamente 33 fonemas. De

uma forma menos teórica, é possível dizer que um fonema é

um som mínimo que se agrega a outros para produzir uma

palavra falada.

LETRA

O alfabeto da língua portuguesa reúne 23 letras, maiúsculas e

minúsculas, podendo ser cursivas ou de imprensa.

As letras são sinais gráficos, portanto não audíveis, que

servem para representar os fonemas - sinais audíveis; uma

vez que a escrita substitui a fala, embora com algumas

desvantagens. É importanteque se note a diferença entre o

número de fonemas (33) e o de letras (23). Esse fenômeno é

um dos fatoresde dificuldades da grafia das palavras.

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS

Vogais: são pronunciados livremente, ou seja, não há

interferência de nenhum órgão da cavidade bucal (dentes,

língua, lábios). São naturais, da voz, propriamente dita, por

isto vocais ou vocálicos.

Exemplos: / a / = América; / e / = elétrica.

Consoantes: só podem ser emitidos quando há a interferência

de algum elemento da boca (dentes, língua, lábios), ao serem

pronunciados, somam-se aos fonemas / a / ou / e /, por isto

ditos consoantes (com + soantes).

Exemplos: / b / = beleza; / t / = Teresa.

Semivogais: são fonemas intermediários, nem totalmente

livres como os vogais), nem totalmente obstruídos (como os

consonantais). Geralmente são o / w / e o / y /, quando

formam sílaba com os fonemas vogais. O fonema semivogal é

sempre átono, quer dizer, pronunciado com menos

intensidade que o vogal com o qual forma a sílaba.

Exemplos: cau-te-la = / kaw /; rui-vo = / ruy /.

Nota:

Não há letra vogal, essa classificação pertence

ao fonema! A letra simplesmente representa um

fonema que seja vogal, consoante ou

semivogal. A representação universal do fonema

utiliza o chamado alfabeto fonético internacional e sempre

marca os elementos entre duas barras.

ENCONTROS VOCÁLICOS

Ditongo: Uma sílaba em que ocorre encontro de vogal com

semivogal e vice-versa. Por isto o ditongo pode ser

crescentedecrescente (vogal + semivogal). (semivogal +

vogal) ou

Exemplos: á-gua; he-rói, en-can-tam.

Nota: Nunca se diz que haja duas vogais na mesma sílaba". O

fonema vogal é o centro de toda sílaba.Os ditongos, assim

como os tritongos, são inseparáveis na divisão silábica.

Tritongo: É a ocorrência em que uma sílaba apresenta um

fonema vogal ladeado por dois fonemas semivogais.

Exemplos: Pa-ra-guai; en-xá-guam.

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Hiato: Neste caso há duas sílabas contíguas, formadas,

logicamente, por vogais.

Exemplos: Ce-a-rá, co-o-pe-rar.

DÍGRAFOS E DÍFONOS

Existem casos em que se utilizam duas letras para representar

um só fonema: são os dígrafos.

Exemplos: chu-va [ x ], na-jo [ ã ], que-ijo [ k ].

Outros casos há em que ocorre o emprego de uma só letra,

para representar dois fonemas. São chamados dífonos.

Exemplos: tá-x / c/ /s/, sin-ta-xe / c / / s /.

ENCONTROS CONSONANTAIS

Neste caso, a sílaba se forma com o encontro de dois fonemas

consoantes.

Exemplos: pre-ço / p / / r /, blo-co / b / / l /.

CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO NÚMERO

DE SÍLABAS

Dependendo do número de sílabas as palavras dividem-se em:

Monossílabas: formadas por uma única sílaba. Tal sílaba pode

ser tônica ou átona.

Exemplos: pá. só, me, vê, si, pneu, três, mais, pois etc.

Dissílabas: Formadas por duas sílabas. Sempre são oxítonas

ou paroxítonas.

Exemplos: ca-fé, li-tro, pei-xe, Cei-lão, mai-o, etc.

Trissílabas: Formadas de três sílabas. Podem ser oxítonas,

paroxítonas ou proparoxítonas.

Exemplos: á-ca-ré, ca-mi-sa, téc-ni-co etc.

Polissílabas: Apresentam quatro ou mais sílabas. Podem ser

paroxítonas ou proparoxítonas.

Exemplos: his-tó-ri-co, ca-fe-i-cul-tu-ra, de-sen-vol-ve etc.

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

Observe a frase:

"Ela era uma professora inimaginável."

Quando se afirmar que a palavra professora é um substantivo,

está se fazendo uma análise morfológica desta palavra.

No entanto, quando se deseja fazer uma análise do ponto de

vista da sintaxe, é preciso verificar qual é função que a

palavra professora exerce nesta frase e qual sua relação com

os outros termos.

Ao estudo das relações entre palavras e orações e entre as

orações de um texto, chamamos análise sintática:

O estudo da Sintaxe inicia-se, então, pela compreensão e três

noções básicas, que veremos separadamente: a noção de

frase, de oração e de período.

frase: "Para as meninas, a Fada Madrinha." (Ziraldo)

oração: "Era uma vez uma professora maluquinha."

período: "Na nossa imaginação ela entrava voando

pela sala (como um anjo) e tinha estrelas no ar."

FRASE

Frase é o enunciado que apresenta sentido completo.

a frase deve ter sentido completo;

há frases sem verbo.

Portanto, frase é qualquer expressão que possui sentido

completo e que serve para estabelecer comunicação entre dois

falantes.

Alerta!

O limite é você.

Balança, balança, mas não cai.

Todos os textos são construídos com palavras relacionadas

entre si de tal maneira que há um sentido completo para

estabelecer a comunicação.

Em cada um dos textos acima a relação entre as palavras é

feita de modo a possibilitar a compreensão do enunciado.

Mesmo quando aparece apenas uma palavra - como em

Alerta! -, ela recebe um tratamento que permite sua rápida

compreensão, apesar de isolada.

Nesses exemplos, temos conjuntos de palavras que

expressam uma mensagem definida. São frases.

A química dentro conforme o terremoto

Nesses dois casos, não há sentido completo: os textos

precisam de mais informações para serem compreendidos,

pois não há relação lógica entre as palavras. Não há frases,

apenas palavras soltas.

As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a

partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso

não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas,

no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por

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exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo:

nós.

O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em

número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara

algo", "o tema do que se vai comunicar".

O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova

para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito,

constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É

sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo

da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo,

teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o

núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um

predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem

verbo de ligação).

Observe:

O amor é eterno.

O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor".

A declaração referente a "o amor", ou seja, o predicado, é "é

eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo

é o nome "eterno".

Já na frase:

Os rapazes jogam futebol.

O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo

que concorda em número e pessoa com o verbo "jogam". O

predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o

verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.

ORAÇÃO

Oração é o enunciado que se estrutura em torno de um verbo

ou locução verbal.

Dessa forma, oração é o conjunto de palavras organizado em

torno de um verbo. Ao contrário do que acontece com a frase,

não há oração sem verbo, e a cada verbo corresponde uma

oração.

Ela pode ter sentido completo ou não.

Observe:

"Estamos todos, agora, com idade bastante para ser

seus avós..."

Há, neste enunciado, dois verbos: estar e ser. Temos aqui,

portanto duas orações:

I. "Estamos todos, agora, com idade bastante..."

II. "...para ser seus avós..."

Nenhuma das orações, quando isoladas, tem sentido

completo, pois não se estabelece uma comunicação eficiente.

Os dois enunciados são compreensíveis apenas quando

colocados um ao lado do outro, adquirindo sentido. Quando

isso acontece, essas duas orações formam uma frase.

Assim temos:

nem toda oração é uma frase;

nem toda frase é uma oração.

Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é

necessário:

que o enunciado tenha sentido completo;

que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).

Por exemplo:

Camila terminou a leitura do livro.

A frase pode conter uma ou mais orações.

Brinquei no parque. (uma oração)

Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)

Cheguei, vi, venci. (três orações)

PERIODO

O enunciado de uma frase formada por uma ou mais orações

recebe o nome de período, que apresenta, necessariamente,

sentido completo.

Observe a frase:

"Aqui estamos nós de volta, quase todos."

Temos aqui:

1 - uma frase, pois o sentido está completo;

2 - uma oração, pois há um verbo. (estamos);

3 - um período, pois há uma oração.

Período é o enunciado com sentido completo, estruturado em

uma oração ou várias orações.

O período classifica-se em:

1 - simples - quando é constituído por uma só oração,

chamada absoluta.

Exemplo:

"Este é o mistério do meu coração." (Machado de Assis)

2 - composto - quando é composto por mais de uma oração.

Exemplo:

"Quando eu chego em casa nada me consola". (Caetano

Veloso)

SINTAXE

Em análise sintática, cada palavra da oração é chamada

de termo da oração. Termo é a palavra considerada de acordo

com a função sintática que exerce na oração.

Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da

oração podem ser:

1) Essenciais

Também conhecidos como termos "fundamentais", são

representados pelo sujeito e predicado nas orações.

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2) Integrantes

Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são

representados por:

1. complemento verbal - objeto direto e indireto;

2. complemento nominal;

3. agente da passiva.

3) Acessórios

Desempenham função secundária (especificam o substantivo

ou expressam circunstância). São representados por:

1. adjunto adnominal;

2. adjunto adverbial;

3. aposto.

SUJEITO

Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo.

O sujeito pode aparecer no início, no meio ou no final da

oração. Observe:

"O peixe tinha mais de cem quilos" (Pedro Bloch)

"Pessoas grandes e fortes o rei enxergava bem" (Ruth

Rocha)"Vão chegando as burguesinhas pobres." (Manuel

Bandeira)

Geralmente, mas não sempre, o sujeito da oração representa

o elemento que executa uma ação.

Sujeito é o elemento a respeito do qual se informa.

Entretanto, existem verbos que não expressam uma ação.

Desta forma, o melhor é entender que o verbo sempre faz

referência ao sujeito, por isto, concorda com ele (em número

e pessoa). Existe uma maneira muito prática de identificar o

sujeito.

Observe o exemplo:

Oração para achar o sujeito Sujeito

Paulo acordou cedo. Quem acordou cedo? Paulo.

Os alunos sabem a lição. Quem sabe a lição? Os alunos.

Quando o sujeito aparece no início da oração, seguido pelo

predicado, dizemos que os termos estão na ordem direta.

Quando isso não ocorre, dizemos que os termos estão na

ordem inversa.

ATENÇÃO!

Para se identificar corretamente o sujeito de uma oração, é

preciso antes observar o verbo e, em seguida, determinar o

termo a que este se refere, ou seja, de quem se fala.

Identificar o sujeito, o restante da oração será o predicado.

NÚCLEO DO SUJEITO

O núcleo do sujeito é a palavra principal que dele participa.

Quando o sujeito é expresso por mais de uma palavra, haverá

sempre uma de maior importância, e por ser um termo

independente na estrutura sintática da oração, não pode ser

regido por preposição.

As crianças brincam no pátio.

Todos estão aqui.

O núcleo do sujeito pode ser constituído por: um substantivo;

um pronome; uma palavra ou expressão (viver) com valor de

substantivo ou uma oração.

Exemplos:

Sendo assim, o sujeito pode ser:

um substantivo: José estudava para a prova.

Chocolates cobriam a mesa.

um pronome substantivo: Isso não me preocupa. Eles

passam o dia na praia.

um numeral: Três é demais. Ambos são meus

amigos.

uma palavra substantivada: Amar é lindo. O dez é o

meu número favorito.

uma oração subordinada substantiva: É necessário

que você estude. É urgente que você venha.

POSIÇÃO DO SUJEITO NA ORAÇÃO

Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar:

Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.

As crianças brincavam despreocupadas.

Sujeito Predicado

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Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.

Brincavam despreocupadas as crianças.

Predicado Sujeito

Sujeito no Meio do Predicado:

Despreocupadas, as crianças brincavam.

Predicado Sujeito Predicado

ESTUDO DIRIGIDO

1. Na frase “Não se fazem motocicletas como antigamente”, o

termo destacado funciona como:

a) objeto indireto

b) objeto direto

c) adjunto adnominal

d) vocativo

e) sujeito

GABARITO

1. e

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

Existem 5 tipos de sujeito, eles podem ser simples, composto,

implícito, indeterminado e inexistente. Veja cada um deles.

SUJEITO SIMPLES

Observe a frase:

"Mário até sentia vontade de chorar"

O sujeito é expresso por uma única palavra: Mário, que é

também o núcleo do sujeito. Quando o sujeito tem apenas um

núcleo, ele é classificado como sujeito simples.

Na análise sintática, todo sujeito apresenta um núcleo (sujeito

simples) ou mais que um núcleo (sujeito composto). Núcleo

do sujeito é a parte essencial do próprio sujeito.

Sujeito simples é aquele que apresenta um único núcleo.

Nem sempre o sujeito simples aparece claramente na oração.

No entanto, é fácil identificá-lo examinando o verbo, pois

sabemos que o verbo concorda em pessoa e número com o

sujeito.

Observe o exemplo:

Em vez de uma agência em cada esquina, temos uma em

cada casa. (Revista Isto É)

Examinando o verbo da oração - temos -, concluímos que:

temos está na primeira pessoa do plural;

então, o sujeito só pode ser nós, que corresponde à

primeira pessoa do plural também.

Mesmo sem está presente na oração, classificamos facilmente

este sujeito como sujeito simples.

Quando o sujeito não está expresso claramente na oração,

mas pode ser identificado, ele é chamado sujeito oculto e será

sempre um pronome pessoal reto, determinado pela

terminação do verbo. Portanto, todo sujeito oculto é um

sujeito simples e pode ser chamado sujeito subentendido,

desinencial, implícito ou elíptico.

SUJEITO COMPOSTO

Observe a frase a seguir:

"O futebol, o carnaval e a capoeira são bem brasileiros"

(Revista Ciências Hoje)

O sujeito dessa oração apresenta três núcleos: futebol,

carnaval e a capoeira. Quando o sujeito possui mais de um

núcleo, ele recebe o nome de sujeito composto.

Sujeito composto é aquele que apresenta dois ou mais

núcleos.

SUJEITO INDETERMINADO

Observe a frase a seguir:

"Roubaram um banco em pleno centro."

Para identificar o sujeito da oração examinamos o verbo e

verificamos que está na terceira pessoa do plural. Entretanto,

não podemos afirmar com certeza qual é o sujeito, pois

poderia ser: eles roubaram, elas roubaram, vocês roubaram...

Nesse caso, não é possível determinar exatamente qual é o

sujeito e, por isso, ele é chamado sujeito indeterminado.

Sujeito indeterminado é aquele que não está expresso na

oração e que não se pode ou não se quer identificar.

O sujeito indeterminado ocorre em dois casos:

i. com o verbo na 3ª pessoa do plural;

ii. com o verbo na 3ª pessoa do singular (verbo + se,

que exerce a função de índice de indeterminação do

sujeito IIS).

Ex: Dançava-se muito no nosso tempo.

Observe que, examinando o verbo, não se pode afirmar qual é

o sujeito, embora exista um praticante da ação expressa pelo

verbo dançar. Portanto, o sujeito é indeterminado.

ORAÇÃO SEM SUJEITO

Observe a oração a seguir:

Hoje fez muito calor.

Ao examinar o verbo fazer a fim de identificar o sujeito,

verificamos que não existe um termo que expresse o elemento

de que se fala. Nessa oração, portanto, não há sujeito; há

apenas predicado. Trata-se de uma oração sem sujeito.

Oração sem sujeito é aquela que apenas expressa um fato que

não é atribuído a nenhum ser.

Veja outros exemplos:

Faz três dias que não chove.

Faz escuro, mas eu canto.

Não só o verbo fazer produz oração sem sujeito. Ela ocorre

sempre que o verbo for impessoal, isto é, quando o verbo não

se referir a sujeito de nenhum tipo nem indicar nenhum ser.

Nesses casos, esse verbo estará sempre na primeira pessoa

do singular.

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Veja os casos em que ocorre oração sem sujeito:

a) com os verbos haver e fazer, quando indicam tempo

transcorrido:

Ex.:

Faz dois meses que ele se foi.

Há duas semanas que não o vejo.

b) com o verbo haver no sentido de existir.

Ex.: Houve poucas reprovações no curso de inglês.

c) com os verbos ser e estar quando indicam tempo e clima:

Ex.:

Era uma manhã maravilhosa.

Está muito quente.

d) com os verbos anoitecer, chover, nevar, ventar e outros

que indicam fenômenos da natureza.

Ex.: Ventava muito ontem a noite.

ESTUDO DIRIGIDO

1. Na charge abaixo encontramos os seguintes tipos de

sujeito, respectivamente:

a) Simples e composto

b) Composto e oculto

c) Simples e oculto

d) Simples e simples

2 - Nas seguintes orações:

I - Transformei o menino de rua em cidadão produtivo

II - Alimentaram os meninos de rua.

III - O cego vende lixas de unhas.

O sujeito se classifica sintaticamente como:

a) indeterminado, simples, desinencial

b) desinencial, indeterminado, simples

c) desinencial, indeterminado, composto

d) indeterminado, desinencial, simples

GABARITO

1. c

2. b

PREDICADO

Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é

obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. Quando

se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o

predicado.

Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo,

quando ocorrer) numa oração é o seu predicado.

Veja alguns exemplos:

As mulheres compraram roupas novas

Predicado

Durante o ano, muitos alunos desistem do curso.

Predicado

Predicado

A natureza é bela.

Predicado

CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO

Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu

núcleo significativo está num nome ou num verbo. Além disso,

devemos considerar se as palavras que formam o predicado

referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.

Veja o exemplo abaixo:

Os animais necessitam de cuidados especiais

Sujeito Predicado

O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras,

apresenta apenas uma que se refere ao sujeito: necessitam.

As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo

(necessitar é, no caso, de algo), que assume, assim, o papel

de núcleo significativo do predicado. Já em:

A natureza é bela

Sujeito Predicado

No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do

verbo, ao sujeito da oração.

O verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e

a palavra a ele relacionada. O núcleo do predicado é bela.

Veja o próximo exemplo:

O dia amanheceu ensolarado

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Sujeito Predicado

Percebemos que as duas palavras que formam o predicado

estão diretamente relacionadas ao sujeito: amanheceu (verbo

significativo) e ensolarado (nome que se refere ao sujeito). O

predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e

ensolarado.

Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado,

podemos reconhecer três tipos de predicado: verbal, nominal

e verbo-nominal.

PREDICADO VERBAL

Apresenta as seguintes características:

a) Tem um verbo como núcleo;

b) Não possui predicativo do sujeito;

c) Indica ação.

Por exemplo:

Eles revelaram toda a verdade para a filha.

Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo

seja significativo, isto é, que traga uma ideia de ação.

Veja os exemplos abaixo:

O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou)

Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do

predicado verbal = Chove)

Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado

verbal = Ocorreu)

A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal =

demolida).

PREDICADO NOMINAL

Apresenta as seguintes características:

a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como

núcleo;

b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo

do sujeito

c) Indica estado ou qualidade.

Por exemplo:

Leonardo é competente.

No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que

desempenha a função de predicativo do sujeito. O predicativo

do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como

intermediário um verbo de ligação. Os exemplos abaixo

mostram como esses verbos exprimem diferentes

circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao mesmo tempo

que o ligam ao predicativo.

Veja:

Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está =

verbo de ligação)

A natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é =

verbo de ligação)

O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do

sujeito, parecia = verbo de ligação)

Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo

do sujeito, acabou = verbo de ligação)

Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora

= predicativo do sujeito, virou = verbo de ligação)

Apresenta as seguintes características:

a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome;

b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto;

c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.

Por exemplo:

Os alunos saíram da aula alegres.

Predicado Verbo-Nominal

PREDICADO VERBO-NOMINAL

O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um

verbo (saíram - verbo intransitivo), que indica uma ação

praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres),

que indica o estado do sujeito no momento em que se

desenvolve o processo verbal. É importante observar que o

predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois

outros, um verbal e um nominal.

Veja:

Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres.

O predicado verbo-nominal pode ser formado de:

1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito

Por exemplo:

Joana partiu contente.

Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito

2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto

Por exemplo:

A despedida deixou a mãe aflita.

Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo

3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito

Por Exemplo:

Os alunos cantaram emocionados aquela canção.

Sujeito Verbo Transitivo Predicativo Objeto Direto

PREDICAÇÃO VERBAL

Page 11: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

10 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

Chama-se predicação verbal ao resultado da ligação que se

estabelece entre o sujeito e o verbo e entre os verbos e os

complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser

intransitivos, transitivos ou de ligação.

Apresenta as seguintes características:

a) Tem um verbo como núcleo;

b) Não possui predicativo do sujeito;

c) Indica ação.

Por exemplo:

Eles revelaram toda a verdade para a filha.

1) Verbo Intransitivo

É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem

necessitar, portanto, de um outro termo para completar o seu

sentido. Sua ação não transita.

Por Exemplo:

O avião caiu.

O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado

completo. Se desejar, o falante pode acrescentar outras

informações, como:

local: O avião caiu sobre as casas da periferia.

modo: O avião caiu lentamente.

tempo: O avião caiu no mês passado.

Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não

são necessárias para que se compreenda a informação básica.

2) Verbo Transitivo

É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem

sente, sente algo; quem revela, revela algo a alguém. O

sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante,

integrando-se aos complementos, para adquirir sentido

completo. Veja:

S. Simples Predicado

As crianças precisam de carinho.

1 2

1 = Verbo Transitivo

2 = Complemento Verbal (Objeto)

O verbo transitivo pode ser:

a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao

verbo diretamente, sem preposição obrigatória.

Por Exemplo:

Nós escutamos nossa música favorita.

1

1= Verbo Transitivo Direto

b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem ligado ao

verbo indiretamente, com preposição obrigatória.

Por Exemplo:

Eu gosto de sorvete.

2

2 = Verbo Transitivo Indireto

de = preposição

c) Transitivo Direto e Indireto: é quando a ação contida no

verbo transita para o complemento direta e indiretamente, ao

mesmo tempo.

Por Exemplo:

Ela contou tudo ao namorado.

3

3 = Verbo Transitivo Direto e Indireto

a = preposição

3) Verbo de Ligação

É aquele que, expressando estado, liga características ao

sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e características)

certos tipos de relações.

São exemplos de verbos de ligação:

Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir

– virar – ficar – achar-se - acabar – tornar-se – passar

(a)

O verbo e ligação pode expressar:

a) estado permanente: ser, viver.

Sandra é alegre.

Sandra vive alegre.

b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se

Mamãe está bem.

Mamãe encontra-se bem.

c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se

Júlia ficou brava.

Page 12: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

11 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

Júlia fez-se brava.

d) continuidade de estado: continuar, permanecer

Renato continua mal.

Renato permanece mal.

e) estado aparente: parecer

Marta parece melhor.

1 - O jovem anda devagar.

anda = verbo intransitivo, expressa uma ação.

2 - O jovem anda preocupado.

anda = verbo de ligação, expressa um estado.

NÚCLEO DO PREDICADO VERBAL

Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo

seja significativo, isto é, que traga uma ideia de ação. Veja os

exemplos abaixo:

O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou)

Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do

predicado verbal = Chove)

Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado

verbal = Ocorreu)

A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal =

demolida)

ESTUDO DIRIGIDO

1. Quanto à predicação verbal os verbos podem ser:

intransitivos, transitivos diretos, transitivo indiretos e de

ligação. Observe os verbos que estão em destaque nas

orações e assinale aquele que está devidamente CORRETO

quanto a sua predicação:

a) “Precisamos de outra solução”. O verbo é de ligação.

b) “Papai queria substituir a porta por outra”. O verbo é

transitivo indireto.

c) “Você quer ler o jornal? O verbo é transitivo direto.

d) “Necessito de ajuda”. O verbo é intransitivo.

2. Sobre o exemplo: "A lua brilhou alegre no céu", afirmamos

que:

I. O verbo brilhar é intransitivo.

II. O verbo brilhar é transitivo direto.

III. O verbo brilhar é transitivo indireto.

IV. O predicado é nominal.

V. O predicado é verbal.

Assinale a alternativa correta:

a) Estão corretas I e VI.

b) Estão corretas I e V.

c) Estão corretas II e V.

d) Está correta apenas IV.

e) Estão corretas III e VI.

GABARITO

1. c

2. a

PREDICADO NOMINAL

Predicado Nominal é aquele que tem como o núcleo o nome

que exprime qualidade, características ou estado do sujeito ou

do objeto, é sempre formado por um verbo de ligação.

Apresenta as seguintes características:

a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo;

b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do

sujeito;

c) Indica estado ou qualidade.

Por exemplo:

Leonardo é competente.

Predicado Nominal

Os exemplos abaixo mostram como esses verbos exprimem

diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao

mesmo tempo que o ligam ao predicativo.

Veja:

Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está =

verbo de ligação)

A natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é =

verbo de ligação)

O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do

sujeito, parecia = verbo de ligação)

Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo

do sujeito, acabou = verbo de ligação)

Uma simples funcionária virou diretora da empresa.

(diretora = predicativo do sujeito, virou = verbo de

ligação)

Page 13: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

12 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

PREDICATIVO DO SUJEITO

É o termo que atribui características ao sujeito por meio de

um verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação

necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representado

por:

a) Adjetivo ou locução adjetiva:

O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo)

Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva)

b) Substantivo ou palavra substantivada:

Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo)

Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar = verbo

substantivado)

c) Pronome Substantivo:

Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo)

d) Numeral:

Nós somos dez ao todo. (dez = numeral)

ATENÇÃO!

No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que

desempenha a função de predicativo do sujeito. O predicativo

do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como

intermediário um verbo de ligação.

ESTUDO DIRIGIDO

1. Observe a oração abaixo e assinale a alternativa

CORRETA: “A inspiração é fugaz, violenta.” Podemos afirmar

que o predicado é:

a) Verbo-nominal, porque o verbo é de ligação e vem

seguido de dois predicativos.

b) Nominal, porque o verbo é de ligação.

c) Verbal, porque o verbo é de ligação e são atribuídas

duas características ao sujeito.

d) Nominal, porque o verbo tem significação completa e

apresenta adjuntos adnominais e dois predicativos.

GABARITO

1. B

PREDICADO VERBO-NOMINAL

Apresenta as seguintes características:

a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome;

b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto;

c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.

Por exemplo:

Os alunos saíram da aula alegres.

Predicado Verbo-Nominal

O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um

verbo (saíram - verbo intransitivo), que indica uma ação

praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres),

que indica o estado do sujeito no momento em que se

desenvolve o processo verbal. É importante observar que o

predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois

outros, um verbal e um nominal.

Veja:

Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres.

ESTRUTURA DO PREDICADO VERBO-NOMINAL

O predicado verbo-nominal pode ser formado de:

1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito

Por exemplo:

Joana partiu contente.

Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo

2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto

Por exemplo:

A despedida deixou a mãe aflita.

Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo do

Objeto

3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito

Por exemplo:

Os alunos cantaram emocionados aquela canção.

Sujeito Verbo Transitivo Predicativo do Sujeito Objeto Direto

ESTUDO DIRIGIDO

1. “O professor entrou apressado”. O destaque indica:

a) predicado nominal.

b) predicado verbo-nominal

c) predicado verbal.

d) adjunto adverbial

GABARITO

1. b

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem

sentido completo em si mesmos. Sua significação só se

completa com a presença de outros termos, chamados

integrantes. São eles:

Page 14: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

13 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

complementos verbais (objeto direto e objeto

indireto);

complemento nominal;

agente da passiva.

COMPLEMENTOS VERBAIS

Observe:

Marco Pólo apresentou. - oração incompleta

Verbo transitivo

Marco Pólo trouxe. - oração incompleta

Se alguém lhe dissesse "Marco Pólo trouxe", provavelmente

você perguntaria "Trouxe o quê?", pois entende que a oração

tem sentido incompleto. Entende também que o verbo trazer

precisa de um complemento para que a oração ganhe sentido.

Veja agora:

Marco Pólo trouxe uma novidade gelada. - oração completa

Verbo transitivo + complemento

Por não possuir sentido completo, dizemos que o verbo trazer

é transitivo (precisa de um complemento para que a oração

tenha sentido).

Verbo transitivo: é aquele que precisa de um complemento.

Veja:

SUJEITO PREDICADO VERBAL

Verbo

transitivo Preposição

Complemento

verbal

Marco Pólo gostava de sobremesa

gelada.

Os americanos acreditaram na (em + a) novidade.

Os americanos falaram da (de + a) sobremesa.

Marco Pólo trouxe o sorvete.

Completam o sentido de verbos transitivos diretos e

transitivos indiretos. São eles:

1) Objeto Direto

É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto,

ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.

Por exemplo:

Abri os braços ao vê-lo.

objeto direto

O objeto direto pode ser constituído:

a) Por um substantivo ou expressão substantivada.

Exemplos:

O agricultor cultiva a terra.

Unimos o útil ao agradável.

b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.

Exemplos:

Espero-o na minha festa.

Ela me ama.

c) Por qualquer pronome substantivo.

Exemplos:

Não veio ninguém à aula hoje.

O menino que conheci está la fora.

Onde você leu isso?

2) Objeto Indireto

É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo

indireto. Vem sempre regido de preposição clara ou

subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe,

lhes, me te, se, nos, vos.

Exemplos:

Não desobedeço a meus pais.

objeto indireto

Preciso de ajuda.

objeto indireto

Enviei-lhe um recado. (Enviei a ele)

objeto indireto

Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à,

àquele, àquela, àquilo). Isso ocorre quando o verbo exige a

preposição "a", que acaba se contraindo com a palavra

seguinte.

Por Exemplo:

Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a"

artigo definido)

ATENÇÃO!

a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) pleonástico,

que consiste na retomada do objeto por um pronome pessoal,

geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque.

Por Exemplo:

As mulheres, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto)

A todas vocês, eu já lhes forneci o pagamento mensal.

(Objeto Indireto)

Page 15: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

14 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los,

las, no, na, nos, nas) são sempre objeto direto. Os pronomes

lhe, lhes são sempre objeto indireto.

Exemplos:

Eu a encontrei no quarto. (OD)

Vou avisá-lo.(OD)

Eu lhe pagarei um sorvete.(OI)

c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser

objeto direto ou indireto. Para determinar sua função sintática,

podemos substituir esses pronomes por um substantivo: se o

uso da preposição for obrigatório, então se trata de um objeto

indireto; caso contrário, de objeto direto.

Por Exemplo:

Roberto me viu na escola. (OD)

Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo,

por exemplo), tem-se: "Roberto viu o amigo na escola." Veja

que a preposição não foi usada. Portanto, "me" é objeto

direto.

Observe o próximo exemplo:

João me Ztelefonou. (OI)

Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo,

por exemplo), tem-se: "João telefonou ao amigo". A

preposição foi usada. Portanto, "me" é objeto indireto.

3) Complemento Nominal

É o termo que completa o sentido de uma palavra que não

seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou

advérbios, sempre por meio de preposição.

Exemplos:

Cecília tem orgulho da filha.

substantivo complemento nominal

Ricardo estava consciente de tudo.

adjetivo complemento nominal

A professora agiu favoravelmente aos alunos.

advérbio complemento nominal

4) Agente da Passiva

É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo

quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido

comumente da preposição "por" e eventualmente da

preposição "de".

Por exemplo:

A vencedora foi escolhida pelos jurados.

A vencedora = sujeito paciente

foi escolhida = verbo na voz passiva

pelos jurados = Agente da Passiva

Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da

passiva recebe o nome de sujeito.

Veja:

Os jurados escolheram a vencedora.

Os jurados = sujeito

escolheram = verbo voz ativa

a vencedora = objeto direto

Outros exemplos:

Joana é amada muitos.

Sujeito Paciente Agente da Passiva

Essa situação já era conhecida de todos.

Sujeito Paciente Agente da Passiva

ATENÇÃO!

a) O agente da passiva pode ser expresso

por substantivos ou pronomes.

Por Exemplo:

O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo)

Este livro foi escrito por mim. (pronome)

b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo

integrante, pode muitas vezes ser omitido.

Por Exemplo:

O público não foi bem recebido. (pelos anfitriões)

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura

básica da oração, são importantes para a compreensão do

enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses termos:

caracterizam o ser;

determinam os substantivos;

exprimem circunstância.

São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial,

o adjunto adnominal e o aposto.

ADJUNTO ADNOMINAL

O Adjunto Adnominal é o termo que tem valor de adjetivo,

servindo para especificar ou delimitar o significado de um

substantivo em qualquer que seja a função sintática exercida

por este.

Fazem parte do quadro dos Adjuntos Adnominais:

Adjetivos:

O dia ensolarado está contagiante.

Seu sorriso maroto é lindo.

Locuções Adjetivas:

O passeio de campo nos deixou exaustas.

A água da chuva regou todas as plantas.

Page 16: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

15 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

Pronome adjetivo:

Minha culpa é meu segredo

Este teu olhar felino incendeia (Clarice Lispector)

Artigos:

Um novo sonho ressurgiu.

Os alunos surpreenderam os professores.

Numerais:

O primeiro candidato já se apresentou.

A décima colocada no concurso é muito esforçada.

ADJUNTO ADVERBIAL

É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia

de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto

adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de

um adjetivo ou de um advérbio.

Observe as frases abaixo:

Eles se respeitam muito.

Seu projeto é muito interessante.

O time jogou muito mal.

Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade.

No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é

núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica

o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do

sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal,

que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.

Veja o exemplo abaixo:

Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.

Os termos em destaque estão indicando as seguintes

circunstâncias:

amanhã indica tempo;

de bicicleta indica meio;

àquela velha praça indica lugar.

Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona

com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem

ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de

tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de

lugar.

O adjunto adverbial pode ser expresso por:

1) Advérbio: O balão caiu longe.

2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.

3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.

ATENÇÃO!

Nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância

expressa por um adjunto adverbial. Em alguns casos, as

diferentes possibilidades de interpretação dão origem a

orações sugestivas.

Por exemplo:

Entreguei-me calorosamente àquela causa.

É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial

de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma

fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias.

Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que

surgem os adjuntos adverbiais.

CLASSIFICAÇÃO DOS ADJUNTOS ADVERBIAIS

Modo - bem, mal, melhor, pior, assim, diferente, igual,

felizmente e quase todos terminados em "mente"

Ex: Felizmente, a criança chegou.

Tempo - hoje, amanhã, ontem, cedo, tarde, ainda, agora

Ex: Ontem jantamos juntos.

Intensidade - muito, pouco, mais, menos, bastante,

extremamente, intensamente

Ex: Gostamos muito da apresentação.

Negação - não, nunca, jamais

Ex: Não estamos na mesma classe.

Afirmação - sim, certamente, realmente

Ex: Certamente faremos o curso.

Dúvida - talvez, acaso, provavelmente

Ex: Provavelmente chegarei atrasada.

Finalidade - a fim de, para

Ex: Eu me esforcei para a prova.

Matéria - de, a partir de

Ex: O caderno é feito de papel reciclado.

Lugar - aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, embaixo, dentro,

fora, longe, perto, em cima, em casa

Ex: Ficamos em casa.

Meio - por, a, de, entre

Ex: Viajamos de carro.

Concessão - todavia, contudo, se bem que, muito embora,

apesar disso

Ex: Saímos, apesar da neve

Argumento - chega de, basta de

Ex: Chega de brigas.

Além disso, há os advérbios que indicam:

Companhia (Jantamos com a família);

Causa (O pássaro morreu de fome);

Assunto (eles falavam sobre você);

Instrumento (Ela se feriu com o garfo),

Condição (Sem aulas, não haverá prova).

APOSTO

O aposto é um termo acessório da oração que, sintaticamente

relacionado com outro termo da oração, serve para explicar,

esclarecer, desenvolver, detalhar, enumerar, especificar,

resumir ou comparar esse outro termo. O aposto permite o

enriquecimento textual, fornecendo informações novas sobre

os termos da oração.

Pode aparecer antes ou depois do termo ao qual se refere,

bem como ser destacado ou não por sinais de pontuação,

como vírgula, dois-pontos ou travessão. Pode ainda ser

precedido ou não de preposições ou de expressões

explicativas, como isto é, como, etc.

Exemplos:

Page 17: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

16 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

Luís de Camões, importante poeta português,

escreveu poemas sobre os descobrimentos

portugueses.

Aquelas duas meninas – a Camila e a Tatiana –

ficaram ajudando no fim da festa.

A professora mais antiga da escola, D. Cristina é

respeitada por todos.

Visitei a cidade de Salvador e adorei!

Apenas tenho um único objetivo de vida: ser muito

feliz!

TIPOS DE APOSTO

Aposto explicativo: serve para explicar ou esclarecer um

termo da oração. Na frase, aparece destacado por vírgulas,

parênteses ou travessões.

Júlia, a melhor aluna da turma, passou de ano com

notas altíssimas.

D. Alice, a vizinha do terceiro andar, está vendendo

seu apartamento.

Aposto enumerativo: serve para enumerar partes constituintes

de um termo da oração. Na frase, aparece separado por dois

pontos ou travessão e vírgulas.

Já viajei por vários países: Brasil, Argentina,

Colômbia, Equador e México.

Em nossos funcionários, valorizamos principalmente

três características: dedicação, honestidade e

persistência.

Aposto especificativo: serve para especificar ou individualizar

um termo genérico da oração. Na frase, não se encontra

destacado por sinais de pontuação, estando ligado

diretamente ao termo que especifica ou através de uma

preposição. Apostos especificativos são maioritariamente

nomes próprios.

A rua Nossa Senhora de Copacabana é a próxima.

O escritor Carlos Drummond de Andrade foi

homenageado em nossa escola.

Aposto recapitulativo ou resumidor: serve para resumir numa

só palavra vários termos da oração.

Prosperidade, segurança e alegria, isso é o que eu

quero para minha família.

Doces, salgados, bebidas e enfeites, tudo preparado

para a festa.

Aposto distributivo: serve para distribuir informações de forma

separada de termos da oração.

Ambos são bons alunos, um no português e

o outro na matemática.

Meus filhos são diferentes: este é louro, aquele é

moreno.

Aposto comparativo: serve para comparar um termo da

oração com alguma coisa. Na frase, aparece destacado entre

vírgulas.

Os olhos do gato, faróis na escuridão, percorriam a

mata à procura de alimento.

A criança, um pequeno general, mandava na mãe e

no pai.

ESTUDO DIRIGIDO

1. Em: “Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado”, os

termos em destaque são, respectivamente:

a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito.

b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do objeto.

c) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeito.

d) adjunto adverbial, vocativo, objeto direto.

e) adjunto adnominal, aposto, predicativo do objeto.

GABARITO

1. c

VOCATIVO

Vocativo é um termo que não possui relação sintática com

outro termo da oração.

Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o

termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um

ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se

relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:

Exemplo: Não fale tão alto, Rita!

Vocativo

Senhor presidente, queremos nossos direitos!

Vocativo

A vida, minha amada, é feita de escolhas.

Vocativo

Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam

e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.

A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada.

Sujeito Aposto

ESTUDO DIRIGIDO

1. Assinale a alternativa que contenha vocativo:

a) Choraram amargamente o seu destino.

b) Nós, os verdadeiros patriotas...

c) Eu vou!

d) Os doces comi, as frutas e algo mais.

e) Beijo-vos as mãos, senhor rei.

2. A partir dos conhecimentos adquiridos sobre aposto e

vocativo, considere as assertivas que apresentam a análise

adequada e assinale a alternativa correta.

I. Correi, correi, ó lágrimas saudosas! - (vocativo).

Page 18: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

17 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

II. Audaciosos, os dois surfistas atiram-se às ondas -

(aposto).

III. Vocês por aqui, meninos? - (vocativo).

IV. "O pastor, o guarda, o médico, todos olham e não

dizem nada." - (aposto).

a) I e IV estão corretas

b) II e IV estão corretas

c) I e III estão corretas

d) I e II estão corretas

GABARITO

1. e

2. a

DISSERTAÇÃO

Dissertar é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um

ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer

relações de causa e efeito.

Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário

explanar e explicar.

O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição,

quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante

será o desempenho.

ESTRUTURA

Introdução

É a parte do texto em que se coloca a ideia-chave, o assunto

da dissertação. A partir da ideia principal é que se desenvolve

o resto do texto, onde você pode justificar e apresentar fatos

que comprovem sua tese.

Atenção: A tese não deve ser confundida com o tema. Ela é

uma proposição sobre o tema, um posicionamento claro e fácil

de ser absorvido pelo leitor, em torno da qual se desenvolvem

os argumentos que tentam comprová-la.

Desenvolvimento

Os parágrafos de desenvolvimento são os que vão dar

sustentação à tese apresentada na introdução. É esse o

momento de justificar, demonstrar, provar as declarações

feitas na introdução. Os parágrafos de desenvolvimento

devem ser marcados pela progressão, ou seja, o texto deve

ser construído de forma que vá apresentando novas

informações, claras e pertinentes. Ou seja, nada de enrolação

ou de repetição desnecessária do que já foi dito! Para facilitar

sua argumentação, você pode separar o desenvolvimento de

cada ideia em um parágrafo diferente.

Mas além de apresentar fatos que fundamentem a sua

dissertação, é importante que você também aponte

argumentos contrários e que aponte porque, de acordo com a

sua tese, eles não são verdadeiros. Afinal, dissertação não é

um artigo de opinião, o que significa que as opiniões

contrárias também devem ser consideradas.

Conclusão

Parte final do texto. Mas é preciso que uma coisa fique clara:

concluir não é simplesmente “terminar” o texto. A conclusão é

feita de comentários que confirmam os aspectos

desenvolvidos nos parágrafos anteriores. É o momento de

oferecer uma solução ou demonstrar algum tipo de

expectativa em relação à sua tese e ao assunto como um

todo.

ATENÇÃO!

A conclusão não é o momento de levantar

questionamentos que não tenham sido esclarecidos nos

parágrafos argumentativos, portanto evite frases

interrogativas.

TEXTO DISSERTATIVO

Como começar?

Primeiramente é preciso ter conhecimento sobre o tema, e em

seguida é preciso transformar tal conhecimento numa

pergunta, na qual a sua resposta dará origem às ideias. Faça

uma reflexão sobre o assunto. Elabore um rascunho,

planejando o conteúdo e organizando as ideias.

Como discutir?

Escolha os seus argumentos, seja ele para concordar,

contestar ou fazer oposições, e exponha exemplos, juízos,

conceitos, raciocínios a fim de fundamentar a sua discussão.

Como argumentar?

Cada parágrafo argumentativo deve expor adequadamente

uma ideia-central, através dos exemplos, juízos, evidências,

relações de causa e consequência.

Como concluir?

Para a conclusão, siga de forma coerente com a discussão:

elabore uma síntese do conteúdo discutido, retome o

posicionamento da tese ou atribuir uma perspectiva ou

solução para o problema.

ATENÇÃO!

Para se fazer uma boa dissertação é muito importante:

Ler o tema com muita atenção, para entender o que

se é pedido;

Page 19: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

18 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

Ter conhecimento do tema que irá desenvolver;

Fazer um rascunho antes de começar a escrever o

texto original;

Evitar expressões como: “na minha opinião”, “eu

penso que”, “eu acho que”, e procurar escrever o

texto sempre em 3º pessoa do singular ou do plural.

Manter o máximo de clareza no que está escrevendo;

Todo texto dissertativo deve apresentar: parágrafo

introdutório (tese), desenvolvimento

(exposição/argumentação) e conclusão.

Evitar construir frases "embromatórias". Certifique-se

de que todas as palavras que constituem a frase são

fundamentais.

Evitar o uso de palavras abreviadas, do etc., da

palavra “coisa”, e de gírias.

ATIVIDADE

PROPOSTA DE REDAÇÃO:

“O Brasil é um país de contrastes. Se de um lado temos a

indústria de ponta, o “shopping” requintado, o hospital

equipado com a mais moderna tecnologia, de outro temos

multidões de desempregados, favelas imundas, bolsões de

extrema pobreza.”

Depois de ler o texto acima, você deve criar em seu caderno

uma redação de 30 linhas, apresentando seu ponto de vista

sobre o assunto. Dê um título ao texto.

NARRAÇÃO

A narração é um dos gêneros literários mais fecundos,

portanto, há atualmente diversos tipos de textos narrativos

que comumente são produzidos e lidos por pessoas de todo o

mundo.

O principal objetivo do texto narrativo é contar algum fato. E o

segundo principal objetivo é que esse fato sirva

como informação, aprendizado ou entretenimento. Se o texto

narrativo não consegue atingir seus objetivos perde todo o

seu valor. A narração, portanto, visa sempre um receptor.

Entre os tipos de textos mais conhecidos, estão o Romance, a

Novela, o Conto, a Crônica, O Texto Teatral entre outros.

Vejamos os conceitos de cada um desses tipos de narração e

as diferenças básicas entre eles.

Romance: em geral é um tipo de texto que possui um núcleo

principal, mas não possui apenas um núcleo. Outras tramas

vão se desenrolando ao longo do tempo em que a trama

principal acontece. O Romance se subdivide em diversos

outros tipos: Romance policial, Romance romântico, etc. É um

texto longo, tanto na quantidade de acontecimentos narrados

quanto no tempo em que se desenrola o enredo.

Novela: muitas vezes confundida em suas características com

o Romance e com o Conto, é um tipo de narrativa menos

longa que o Romance, possui apenas um núcleo, ou em outras

palavras, a narrativa acompanha a trajetória de apenas uma

personagem. Em comparação ao Romance, se utiliza de

menos recursos narrativos e em comparação ao Conto tem

maior extensão e uma quantidade maior de personagens.

Observação: A telenovela é um tipo diferente de narrativa. Ela

advém dos folhetins, que em um passado não muito distante

eram publicados em jornais. O Romance provém da história,

das narrativas de viagem, é herdeiro da epopéia. A novela,

por sua vez, provém de um conto, de uma anedota, e tudo

nela se encaminha para a conclusão.

Conto: É uma narrativa curta. O tempo em que se passa é

reduzido e contém poucas personagens que existem em

função de um núcleo. É o relato de uma situação que pode

acontecer na vida das personagens, porém não é comum que

ocorra com todo mundo. Pode ter um caráter real ou

fantástico da mesma forma que o tempo pode ser cronológico

ou psicológico.

Crônica: por vezes é confundida com o conto. A diferença

básica entre os dois é que a crônica narra fatos do dia a dia,

relata o cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e

já até prevemos o desenrolar dos fatos. A crônica também se

utiliza da ironia e às vezes até do sarcasmo. Não

necessariamente precisa se passar em um intervalo de tempo,

quando o tempo é utilizado, é um tempo curto, de minutos ou

horas normalmente.

Texto Teatral: O texto teatral é um texto narrativo que

dispensa o narrador, uma vez que no teatro a história não nos

é contada, mas “mostrada” pelos atores representando as

personagens. Em virtude da falta do narrador, o diálogo

constitui-se o elemento determinante da ação dramática. O

texto teatral encenado exige elementos como o cenário, luz,

figurino, maquiagem, gestos, movimento, etc. No texto teatral

escrito, esses elementos estão presentes nas rubricas, que

aparecem em letras de tipos diferentes, em itálico, por

exemplo.

Características do Texto Teatral / Dramático:

O texto teatral se assemelha ao texto narrativo, pois

possui todos os seus elementos, exceto narrador;

Não há necessidade de narrador, pois a história se

desenrola por meio de diálogos;

Os diálogos são indicados por meio dos nomes dos

personagens, que aparecem em destaque, seja por

meio de letras de forma ou em negrito,

separados por um hífen;

O discurso empregado nos diálogos é o discurso

direto, ou seja, mantém-se a fala original dos

personagens;

Para explicar as ações, marcações de cena,

expressões faciais e corporais(estado de ânimo) dos

personagens, indicar música, figurino, iluminação,

etc, escrevemos textos entre parênteses ou em

itálico, que são chamados de rubricas;

A variedade e o nível linguístico do texto teatral

podem variar de acordo com o perfil dos personagens

e do contexto;

Há a existência do conflito: situação caracterizada por

uma oposição e uma luta de vontades entre os

personagens, condicionando a plateia/leitor a criar

uma expectativa em relação aos fatos presenciados

ou lidos.

Page 20: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

19 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

REVISÃO

1. Classifique o Sujeito das orações a seguir (simples,

composto, oculto, inexistente, indeterminado):

a) Cadeiras ali havia demais.

b) Vivia-se muito bem naquele lugar.

c) Levaste tudo, amigo?

d) Arrebentou-se a porta finalmente.

e) Faz frio ali.

2. Coloque S se o sujeito for simples e I se for indeterminado:

( ) Bebe-se bom vinho em Caixas.

( ) Precisa-se de químicos neste país.

( ) Aqui se respeitam os sinais de trânsito.

( ) Aqui se obedece às leis de trânsito

( ) Fala-se de teatro.

( ) Vêem-se, neste cinema, os filmes de Chaplin.

3. Assinale a alternativa que contém uma oração sem sujeito.

a) Ontem fez muito calor.

b) Vive-se bem em apartamento.

c) Existem muitos apartamentos à venda.

d) O dia de ontem foi muito quente.

e) Vendem-se apartamentos.

4. Nas orações:

I. "E no céu plúmbeo há uma lua baça."

II. "Chão, gente, lua e estrelas, tudo está enxuto.”

III. "Disseram muitas coisas lindas."

IV "Fala-se em liberdade e em sinceridade."

a) Todas têm sujeito indeterminado.

b) Só a I tem sujeito indeterminado.

c) Nenhuma delas têm sujeito indeterminado.

d) Só a III e a IV têm sujeito indeterminado.

5. Marque V (verdadeiro) e F (falso) nas afirmativas abaixo

sobre os tipos de sujeito:

( ) “Moradia, educação e saúde deveriam ser prioridade para

os governantes” o sujeito é composto.

( ) “Nenhuma pessoa deveria passar por necessidades” o

sujeito é desinencial.

( ) “Lágrimas choveram dos olhos da menina” a oração é sem

sujeito.

( ) “Somente nesta semana vimos muita violência na TV” o

sujeito é desinencial.

6. Classifique o Predicado (verbal, nominal, verbo-nominal):

a) Tornei meu irmão um anfitrião.

b) Ainda chego a doutor.

c) Você parece mal hoje!

d) João saiu satisfeito.

e) Marlene comprou um carro veloz.

7. Diga se o predicado é verbal (PV) ou nominal (PN):

a) Ela parece com a avó materna.

b) Mário continua no Rio.

c) Maria continua doente.

d) Meu sobrinho permanece acamado.

e) Vocês estão apreciadíssimos.

8. Sobre o exemplo: "A lua brilhou alegre no céu", afirmamos

que:

I. O verbo brilhar é intransitivo.

II. O verbo brilhar é transitivo direto.

III. O verbo brilhar é transitivo indireto.

IV. O predicado é nominal.

V. O predicado é verbal.

VI. O predicado é verbo-nominal.

a) Estão corretas I e VI.

b) Estão corretas I e V.

c) Estão corretas II e V.

d) Está correta apenas IV.

e) Estão corretas III e VI.

9. “O sol entra cada dia mais tarde”. “O sol estava forte pela

manhã” Pela oração, o predicado classifica-se como:

a) Nominal e verbo-nominal.

b) Verbal e nominal.

c) Verbal e verbo-nominal.

d) Verbo-nominal e verbal.

10. Na tarde seguinte, desci um pouco amargurado. Indique a

alternativa que contém o predicado do mesmo tipo do período

acima:

a) Eu era moço semelhante ao tio Neves.

b) Esta calúnia merecia ser lavada.

c) Recebeu convicto e com certa afeição.

d) Eram tantos castelos e sonhos desboroados.

11. No período “Ser amado e ser egoístas são coisas

distintas”. O predicado desse período é:

a) Nominal o verbo indica estado.

b) Verbal o verbo indica ação.

c) Verbo-nominal

d) Verbal o verbo indica ação.

12. Dê a função sintática do termo destacado em: “Depressa

esqueci o Quincas Borba”.

a) objeto direto.

b) sujeito.

c) agente da passiva.

d) adjunto adverbial.

e) aposto.

13. Aponte a alternativa que expressa a função sintática do

termo destacado: “Parece enfermo, seu irmão”.

a) sujeito.

b) objeto direto.

c) predicativo do sujeito.

d) adjunto adverbial.

e) adjunto adnominal.

24. “Não se fazem motocicletas como antigamente”. O termo

destacado funciona como:

a) objeto indireto.

b) objeto direto.

c) adjunto adnominal

d) vocativo.

e) sujeito.

15. “Jatene está convicto de suas ideias”.

“Os setores do governo discordam do modelo proposto”.

Os termos destacados, quanto à função sintática, são,

respectivamente:

a) complemento nominal – objeto indireto – adjunto

adnominal.

b) objeto indireto - adjunto adnominal – complemento

nominal.

c) adjunto adnominal – adjunto adnominal – objeto indireto.

d) complemento nominal - complemento nominal - objeto

indireto.

Page 21: Língua Portuguesa 2 - grupoevolucao

20 Centro Educacional Evolução EJA – Língua Portuguesa 2

e) complemento nominal - adjunto adnominal – objeto

indireto.

GABARITO:

1.

a) S. Inexistente.

b) S. Indeterminado.

c) S. Oculto.

d) S. Simples.

e) S. Inexistente.

2. S, I, S, I, I, S

3. A

4. D

5.V,F,F,V

6.

a) PVN

b) PN

c) PV

d) PVN

e) PV

7. PV, PV, PN, PN, PN.

8. A

9. B

10. C

11. A

12. D

13. C

14. E

15. E