LÍNGUA PORTUGUESA · 2019. 10. 21. · uma sequência de 50 exercícios de Língua Portuguesa e...

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LÍNGUA PORTUGUESA Profª Lilian Bachi

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LÍNGUAPORTUGUESA

P r o f ª L i l i a n B a c h i

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APRESENTAÇÃO: O presente material traz uma sequência de 50 exercícios de Língua Portuguesa e suas tecnologias. Todos os exercícios são comentados e têm por objetivo retomar conteúdos do Ensino Médio que são cobrados pelo Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Desse modo, há questões de que abordam: leitura e interpretação textual, análise semântica e análise sintática, gêneros textuais e gêneros discursivos, acentuação gráfica, ortografia, morfologia, pontuação, regência nominal e regência verbal, colocação pronominal.

1) Em seu texto “As funções da linguagem”, Roman Jakobson afirma que para compreender as funções da linguagem é preciso conhecer os elementos da comunicação (referente, emissor, código, mensagem, canal, receptor), a partir dos quais o autor distinguiu seis funções de linguagem (referencial, metalinguística, poética, emotiva, fática, conativa/apelativa). O autor afirma, ainda, que em cada ato de fala destaca-se um dos elementos da comunicação, mas que nenhuma mensagem verbal preenche apenas uma única função. Assim, a diversidade reside não no monopólio de alguma dessas diversas funções, mas numa diferente ordem hierárquica de funções. Diante de tal afirmativa, compreende-se quea) Não há predominância de nenhum dos

elementos de comunicação no ato de fala, todos funcionam igualmente.

b) Elementos de comunicação e funções de linguagem são conceitos equivalentes, isto é, são sinônimos.

c) Sem conhecer os elementos de comunicação é impossível entender as funções da linguagem.

d) O processo de comunicação não depende apenas de um dos elementos de comunicação.

e) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra D. São 6 os elementos de comunicação: referente (representa o assunto

da mensagem ou contexto geral), emissor (é o sujeito que emite/fala a mensagem ao outro), código (representa o conjunto de signos – verbais ou não-verbais – que serão usados na mensagem), mensagem (trata-se do conteúdo daquilo que está sendo transmitido), canal (corresponde ao meio como a mensagem será transmitida, por exemplo uma carta, um jornal, uma palestra), receptor (aquele que recebe a mensagem, pessoa ou grupo de pessoas). Assim, o processo de comunicação depende desse conjunto de elementos para que ocorra. Já as funções da linguagem são as formas que o emissor usará a linguagem dependendo de sua intenção: função referencial (tem a função informativa, são exemplos os livros didáticos e os jornais), função metalinguística (é caracterizada pelo uso da metalinguagem, isto é usar o código para explicar o próprio código, são exemplos as gramáticas e os dicionários), função poética (nessa função se faz uso de linguagem expressiva, de figuras de linguagem, é marcada pelo uso conotativo das palavras, aparece de forma mais comum nos textos literários ou publicitários), função emotiva (nesse tipo de linguagem o emissor tem por objetivo transmitir suas emoções, sentimentos, subjetividades por meio de sua opinião), função fática (tem como objetivo estabelecer um diálogo entre o emissor e o receptor ou encerrá-lo, é o caso das saudações e despedidas), função conotativa/apelativa (é caracterizada pelo uso de uma linguagem persuasiva com a intenção de convencer o receptor, geralmente usa os verbos no imperativo, é comum que sejam usadas em propagandas publicitárias e discursos políticos, por exemplo).

2) De acordo com Wallace (1992, pg. 71), a leitura de qualquer gênero textual deve contemplar, entre outros, os seguintes questionamentos:a) Quem está escrevendo o texto?; Para

quem se está escrevendo?; Por que esse tópico foi abordado?; Como esse tópico foi abordado?; De que outra maneira esse tópico poderia ter sido abordado?.

b) Por que estou lendo?; O que o autor quis

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dizer com isso?; A que tipo de texto esse pertence?; Por que algumas palavras foram usas e não outras?.

c) Qual é a estrutura do texto?; Por que ele tem essa estrutura? Qual a finalidade de escrever dessa forma?; Quais outros textos o autor escreveu?.

d) Esse texto circula em quais meios?; Ele poderia circular em outros?; Qual é a história que está sendo escrita?; Quais são os elementos gramaticais mais recorrentes no texto?.

e) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. No processo de leitura de um texto deve-se considerar a pessoa que o escreveu envolvida em um contexto de produção único com intenções de comunicação únicas, entender para quem essa pessoa escreve é fundamental para compreender a linguagem que usou, esses dois elementos explicam as escolhas pelo tópico abordado no texto pela maneira que foram abordadas, quando o receptor do texto analisa de que outras maneiras o mesmo tópico poderia ser abordado, faz inferências importantes para sua interpretação.

3) Os gêneros textuais possuem elementos que os caracterizam e os diferenciam de outros. O trecho a seguir faz parte de qual dos gêneros textuais? “Uma Raposa, morta de fome depois de um jejum não intencional, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes Uvas negras, e o mais importante, maduras. Não pensou duas vezes, e depois de certificar-se que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher seu alimento.”A raposa e as uvas – Esopoa) Conto b) Reportagemc) Fábulad) Carta e) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra C. As fábulas são caracterizadas

principalmente por aquilo que chamamos de “personagens tipos”, essas personagens são animais, plantas ou objetos. Desse modo, se temos no texto uma raposa como personagem que prática as ações, esse texto trata-se de uma fábula. As fábulas podem ser facilmente confundidas com contos fantásticos em que há também personagens animais, como é o caso de Chapeuzinho Vermelho, mas no conto fantástico a protagonista é humana, todo o enredo acontece a partir dela.

4) “Numa visão contemporânea, os textos são constituídos por seqüências tipológicas com variações lingüísticas e sintáticas, que podem ser de natureza narrativa, descritiva, argumentativa, explicativa, ou dialogal, sendo uma delas predominante” (Adam, 1997). Diante da afirmativa, pode-se considerar que dos gêneros que seguem o que possui uma natureza explicativa predominante éa) Texto Instrucional b) Dissertação Argumentativac) Carta do Leitord) Artigo de Opinião e) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. Os textos instrucionais tem como principal objetivo instruir, ensinar, orientar a partir de explicações presentes nele. A dissertação argumentativa, a carta do leitor e o artigo de opinião possuem a natureza argumentativa, pois têm o objetivo de convencer o leitor.

5) Assinale a alternativa em que o uso da expressão em destaque está correto:a) Ana e Pedro nasceram um para o outro,

suas opiniões nunca divergem. As ideias dele sempre vão de encontro às opiniões dela.

b) O caminhão veio ao encontro do carro da vítima, provocando a colisão.

c) O caminhão veio de encontro ao carro da vítima, provocando a colisão.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra C. “De encontro” tem

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significado de “ir contra”, “em oposição a”, “para chocar-se com”, assim a sentença está correta, pois o caminhão chocou-se contra o carro. “Ao encontro” tem significado de “estar de acordo com”, “em direção a”, “favorável a”, “para junto de”.

6) “Chamou o garçom, pagou sua conta, despediu-se dos amigos que, já bêbados, nem deram por sua partida. Meio bêbado, ele próprio, na rua firmou-se sobre as pernas e fez sinal para um táxi que passava.” No trecho da crônica de Fernando Sabino, a oração sublinhada é classificada como: a) Oração Subordinada Substantiva

Completiva Nominal.b) Oração Coordenada Assindética. c) Oração Subordinada Adverbial de lugar. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. As orações subordinadas são aquelas que se ligam a outra oração em um processo de dependência de sentido, assim a oração em destaque só tem seu sentido completo se estiver ligada a oração que lhe antecede. Substantivas são aquelas orações que poderiam, ela toda, ser substituídas por um substantivo qualquer, por exemplo “menino”, desse modo, se a oração em destaque for trocada pelo substantivo “menino” não deixará de ter sentido. Por fim, as orações completivas nominais são aquelas que completam um nome que as antecede, o qual geralmente é um objeto direto ou indireto, assim, na oração acima temos perguntamos ao verbo “fez”, o que? E a resposta será “sinal” (objeto direto). Perguntamos ao nome “sinal”, para que/quem? E a resposta será “para um táxi que passava”, logo esta oração completa o nome “sinal”.

7) Assinale a única alternativa em que as palavras estão corretamente grafadas:a) Repreenção; Abstenção; Progresão;

Enchertar; Prestígio.b) Suspensão; Detenção; Sucessão;

Popularizar; Penugem. c) Ascenção; Padronisar; Targeta; Contensão;

Expresão.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra B. A única alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas é a alternativa A, pois em B o correto é “repreensão, abstenção, progressão, enxertar, prestígio” em C o correto é “ascensão, padronizar, tagarela, contensão, expressão”.

8) “Foi um namoro tranqüilo, macio, sem impaciências, arrebatamentos. Sob a inspiração paterna, ele planificou o romance, de alto a baixo, sem descurar de nenhum detalhe. Antes de mais nada, houve o seguinte acordo:”. Na crônica de Nelson Rodrigues, os termos em destaque podem ser trocados, sem causar alteração no sentido do texto, por:a) Traçou e Esquecer. b) Planejou e Destoar. c) Planou e Descuidar. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. De acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, o termo planificou é sinônimo de: organizar, dirigir, traçar, planejar, para o termo “descurar” o mesmo dicionário traz como sinônimos: descuidar, desprezar, abandonar, desleixar, esquecer.

9) Quanto ao uso do hífen, é correto afirmar que: a) Nenhuma das alternativas. b) Não deve ser usado entre palavras que

terminam e iniciam com letras iguais. c) Deve ser usado entre palavras que

terminam e iniciam com letras diferentes. d) Deve ser usado em prefixos que antecedem

palavras iniciadas com a letra “H”.

Gabarito: Leta D. De acordo com o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, o hífen deve ser usado nos seguintes casos: prefixos que antecedem palavras iniciadas com a letra H, com exceção da palavra subumano, em que a palavra humano perde o H; quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia a palavra que o procede; quando o prefixo

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termina com a mesma consoante com a qual começa a palavra que o procede, com exceção dos prefixos “circum” e “pan” que levaram hífen mesmo quando a palavra que os procede iniciar com M, N ou vogal; tornou-se obrigatório o uso de hífen após os seguintes prefixos: ex, sem, além, aquém, pós, pré, pró; usa-se hífen com os sufixos açu, guaçu e mirim, de origem tupi-guarani; deve-se utilizar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam para formar encadeamentos vocálicos.

10) Assinale a alternativa que possui palavras com a mesma regra de acentuação. a) Papéis, troféu, herói, céu, mói.b) Herói, relógio, águia, sótão, pá.c) Órfão, órgão, álbum, compôs, sótão. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. As palavras recebem acento gráfico nas seguintes situações: palavras monossilábicas tônicas terminadas em a(s), e(s), o(s); palavras oxítonas terminadas em a(s), o(s), e(s), em/ens; palavras paroxítonas terminadas em l, r, ã(s), i(s), x, um/uns, n, os, u(s), ão(s) e ditongos orais; todas as palavras proparoxítonas; ditongos abertos éi, ói, éu; palavras que tenham i e u na segunda vogal e hiatos; os verbos ter e vir no plural. Desse modo, na alternativa A temos as palavras “papéis”, “troféu” e “herói” que são oxítonas terminadas em ditongos abertos, e as monossilábicas “céu” e “mói” também terminadas em ditongos abertos.

11) Todas as palavras a seguir são paroxítonas, exceto: a) frágil, oásis, bônus.b) Fácil, cadáver, lápis. c) Acadêmico, acústica, âncora. d) Nenhuma das alternativas. Gabarito: Letra C. Paroxítona é uma palavra que tem a penúltima sílaba como sílaba tônica, ou seja, a sua penúltima sílaba é aquela que é pronunciada com mais força. Sendo assim, as palavras que formam a alternativa A são as únicas em que todas as palavras são

proparoxítonas, ou seja, têm a antepenúltima sílaba tônica.

12) Leia a oração a seguir e classifique sintaticamente o elemento em destaque:“Sempre tive muito amor por meus professores.”a) Locução adjetiva. b) Objeto direto. c) Objeto indireto. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra B. O objeto direto ou o objeto indireto dizem respeito o termo que complementa o verbo, no primeiro caso o termo não é acompanhado de preposição e no segunda sim. Já a locução adjetiva trata-se de uma expressão que equivale a um único adjetivo, mas que faz uso de dois termos para representa-lo. Assim, na oração acima, os termos em destaque respondem ao verbo “tive” (o que?) sem a necessidade de uma preposição entre eles e o verbo e é marcada por um advérbio de intensidade + um substantivo.

13) “Simone, não faça isso, pois irá arrepender-se eternamente.” A vírgula aqui é empregada para evidenciar dois casos. Assinale a alternativa que corresponde a estes casos:a) A primeira vírgula é usada para isolar o

vocativo e a segunda introduz uma oração explicativa.

b) A primeira vírgula serve para isolar o aposto e a segunda introduz uma oração apositiva.

c) As duas vírgulas são usadas para introduzir orações explicativas.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. O uso da vírgula se dá nas seguintes situações: para separar os elementos formadores de um termo composto; para isolar o aposto explicativo; para isolar o vocativo; para isolar adjunto adverbial deslocado; para isolar expressões explicativas; para indicar a elipse do verbo; entre orações coordenadas, orações subordinadas adverbiais e oração principal, e oração principal subordinada e oração subordinada adverbial explicativa dentro de

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um período composto. Assim, na sentença em questão temos o vocativo “Simone” isolado por vírgula e a oração subordinada adverbial explicativa “pois irá arrepender-se eternamente” também isolada por vírgula.

14) Os verbos “Adequar” “Precaver” e “Reaver” são classificados como:a) Nenhuma das alternativas. b) Verbos abundantes.c) Verbos irregulares. d) Verbos defectivos.

Gabarito: Letra D. Os verbos defectivos são aqueles que possuem conjugação incompleta, ou seja, não se conjugam em todos os modos, tempos e pessoas, podem ser conjugados apenas nas formas cuja vogal tônica permanece fora do radical. Os verbos abundantes são os que apresentam particípio duplo, ou seja, duas formas equivalentes no particípio, uma regular e uma irregular. Verbos irregulares são os que sofrem alterações em seu radical ou em suas desinências, afastando-se do modelo a que pertencem. Assim, os verbos em questão são defectivos.

Leia o texto a seguir para responder as questões de 15 a 17.

“E aí aconteceu uma coisa muito engraçada. As crianças não tinham ouvido falar de Aslam, mas no momento em que o castor pronunciou o nome esse nome, todos se sentiram diferentes. Talvez isso já tenha acontecido a você em sonho, quando alguém lhe diz qualquer coisa que você não entende mas que, no sonho, parece ter um profundo significado – o qual pode transformar o sonho em pesadelo ou em algo maravilhoso, tão maravilhoso que você gostaria de sonhar sempre o mesmo sonho.”

As Crônicas de Nárnia.

15) Assinale a alternativa correta:a) Em “todos se sentiram diferentes” não

é possível determinar a quem o pronome “todos” se refere.

b) Quando o narrador usa o pronome “você” ele está se dirigindo a um dos personagens da narrativa.

c) Em “o qual pode transformar...”, o pronome “o qual” refere-se a sonho.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. Embora possa parecer que o pronome “todos” retome aqueles que não tinham ouvido falar Aslam, não é possível afirmar isso, pois o sujeito, neste caso, é “crianças” e o pronome encontra-se no masculino, não podendo, portanto, concordar com crianças. Assim, não há como determinar a quem o pronome se refere. Quanto a alternativa B, não é possível, pelo trecho, determinar se o pronome “você” refere-se a um personagem ou ao leitor da narrativa. Na alternativa C, o pronome “o qual” retoma o termo “significado”.

16) A oração “mas no momento em que o castor pronunciou seu nome esse nome” é classificada como: a) Oração Subordinada Adverbial Adversativa.b) Oração Coordenada Assindética. c) Oração Adjetiva Restritiva. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. A oração subordinada adverbial adversativa é marcada por uma oração que está subordinada a outra, num processo de dependência de sentido, é adverbial exerce a função sintática especifica dos advérbios (no momento – advérbio de tempo) e é adversativa, porque é marcada por uma conjunção adversativa (mas). As orações coordenadas assindéticas, por sua vez, são orações independentes e que não possuem conjunção entre si. As orações adjetivas restritivas é uma oração subordinada que funcionada como adjunto adnominal da oração principal e têm a função de restringir algum elemento da oração.

17) Na sentença “tão maravilhoso que você gostaria de sonhar sempre o mesmo sonho”, os advérbios em destaque são classificados como:

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a) Advérbio de modo e Advérbio de afirmação. b) Advérbio de causa e Advérbio de modo. c) Advérbio de intensidade e Advérbio de tempo. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra C. Os advérbios têm a função de alterar o adjetivo, o verbo ou outro advérbio. Neste caso, temos “tão” que intensifica o adjetivo “maravilhoso” e “sempre” que marca tempo.

Leia o texto e responda às questões 18 e 19:

Há tempos - Legião Urbana“[...]

E há tempos nem os santosTêm ao certo a medida da maldade

E há tempos são os jovens que adoecemE há tempos o encanto está ausente

E há ferrugem nos sorrisosSó o acaso estende os braços

A quem procura abrigo e proteçãoMeu amor!

[...]”

18) Em “Só o acaso estende os braços” ocorre o uso da figura de linguagema) Perífrase. b) Aliteração.c) Prosopopeia. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra C. A prosopopeia ou personificação, como também é conhecida essa figura de linguagem, consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos seres humanos. A perífrase é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos. Já a aliteração consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais. No trecho da música acima, ocorre a personificação do termo “acaso”.

19) Nas estrofes “E há tempos nem os santos / Têm ao certo a medida da maldade”, o sentido éa) Denotativo.

b) Conotativo. c) Metafórico. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra B. A conotação ocorre quando a palavra é empregada em sentido figurado, associativo, possibilitando várias interpretações. Ou seja, o sentido conotativo tem a propriedade de atribuir às palavras significados diferentes de seu sentido original. Ocorre denotação quando a palavra é empregada em sua significação usual, literal, referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária. Já a metáfora consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

20) Quanto ao uso de vírgulas, assinale a única alternativa que seu uso está CORRETO:a) Prova disso, é que todos estão muito bem

agora. b) Saiu apressado, mas ao chegar ao

restaurante percebeu que havia esquecido a carteira.

c) Como estudante de medicina sempre fico feliz, em ver os pacientes bem.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra B. Uma das indicações do uso da vírgula é entre orações coordenadas, assim na alternativa A temos a oração coordenada “Saiu apressado” seguida de outra oração coordenada sindética adversativa que justifica o uso da vírgula. Já na alternativa B, o mecanismo coesivo “Prova disso” assume a função de sujeito do verbo é, o que proíbe que ele seja separado do verbo por vírgula. Na alternativa C a preposição “como” assume papel de verbo caso a vírgula não seja usada após a sentença “Como estudante de medicina”.

21) Na oração “A vida é bastante delicada”, os termos sublinhados são classificados como:a) Predicado nominal.b) Complemento nominal.

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c) Adjunto adnominal. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. O predicado nominal tem como núcleo um nome e indica qualidade ou estado de algo, além disso liga o nome ao predicado por meio de um verbo de ligação. Neste caso, os termos em destaque qualificam o substantivo vida. No caso do complemento nominal, ele tem a função de complementar um nome e vem logo após ele, sem o uso de verbo. O adjunto adnominal tem a função de caracterizar ou determinar um substantivo.

22) Os substantivos “maturidade, clareza, ética, honestidade” são classificados como:a) Substantivos abstratos.b) Substantivos próprios.c) Substantivos biformes. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. Os substantivos abstratos nomeiam ações, sensações, sentimentos, conceitos e estados. Os próprios dão nome a um único ser de uma determinada espécie. Começam sempre com letra maiúscula. Já os substantivos biformes são aqueles que apresentam uma forma para cada gênero, ou seja, existe uma forma para o feminino e uma forma para o masculino.

23) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está INCORRETA:a) Nenhuma das alternativas. b) 25% do orçamento deve destinar-se à

Saúde. c) As Minas Gerais são inesquecíveis. d) Acusação sem prova ou falsas denúncias

pode prejudicar um candidato.

Gabarito: Letra D. A regra de concordância verbal determina que o verbo precisa concordar em gênero, número e grau com o núcleo do sujeito. Na alternativa A temos dois núcleos do sujeito em “Acusação sem prova” e “falsas denúncias”, a partícula ou não exclui nenhum dos sujeitos, portanto o verbo deve estar no plural. Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica

porcentagem seguida de um substantivo, o verbo pode concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo, assim na alternativa B o verbo “deve” concorda com o substantivo “orçamento” e está conjugado corretamente, assim como também estaria se concordasse com 25%. Também na alternativa C o verbo concorda com o sujeito que está no plural.

24) O termo “desvalorização” é formado por derivação:a) Prefixal. b) Imprópria.c) Parassintética.d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra C. A derivação parassintética ocorre quando uma palavra ganha ao mesmo tempo um prefixo e um sufixo tornando-se, portanto, o radical da nova palavra. No caso do termo “desvalorização” a palavra “valor” recebeu o prefixo “des” e o sufixo “ização”. A derivação prefixal, por sua ocorre quando a palavra é acrescenta apenas de um prefixo (ex.: inútil). Já a derivação imprópria é o processo que muda a palavra de sua classe gramatical usual para uma outra classe sem alterar-lhe a forma (ex.: ela ganhou um brilhante de aniversário – o termo brilhante: aquilo que brilha, reluz; ganha aqui outro sentido: o de anel).

25) Assinale a alternativa em que o uso do pronome está corretamente aplicado. a) Já lhe pedi inúmeras vezes: não vá. b) Já pedi-lhe inúmeras vezes: não vá.c) Não há mais nada entre eu e ti. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. A colocação pronominal, isso o uso do pronome na oração, varia de acordo com as regras de próclise, ênclise e mesóclise. A próclise define que o pronome deve ser usado depois do verbo nas seguintes situações: quando antes do verbo houver, negação (não, jamais, nunca, nem), pronome indefinido (alguém, ninguém, nenhum, certo, todo, tanto, qualquer, cada, quem, nada, algo,

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diverso), advérbio (de tempo, lugar, modo, afirmação, intensidade, dúvida, companhia, etc) ou conjunção subordinativa; e em orações que expressão desejo (que Deus lhe proteja). A ênclise ocorre com a colocação do pronome depois do verbo em casos que proíbem a próclise e em início de orações. E na mesóclise o pronome aparece no meio do verbo, para isso o verbo precisa estar no futuro do presente (esper-lhe-ei) ou no pretérito do indicativo (procurar-me-iam). Assim, na alternativa A temos a conjunção subordinativa “Já” que puxa o pronome pra si. O mesmo ocorre na alternativa B e na alternativa C tem-se o uso de dois pronomes de casos diferentes no final da frase “eu” do caso reto e “ti” do caso oblíquo tônico, sendo que o correto é o uso de “eu e tu” ou “nós”.

Observe a charge a seguir e responda as questões 26.

26) É correto afirmar que na fala de uma das personagens observa-se uma variação linguísticaa) Histórica.b) Geográfica. c) Social.d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra C. De maneira simplificada, podemos considerar a existência de quatro tipos gerais de variação linguística: social ou sociocultural está relacionada à idade, ao sexo, ao nível de escolaridade, às condições econômicas do falante e ao grupo social do qual ele pertence; histórica relaciona-se ao tempo/época em que o falante vive; geográfica diz respeito a aspectos da região em que o

falante vive; situacional está ligada à situação específica, particular em que se realiza o ato de comunicação. Desse modo, é correto afirmar que a fala da personagem que representa o aluno apresenta uma variação linguística social.

28) Na tirinha abaixo, Chico Bento discute com sua professora a respeito da nota que ela atribuiu a ele. É correto afirmar que:

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=tir-

inhas+com+varia%C3%A7%C3%A3o+linguistica&tb-

m=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=2ahUKEw-

jsm__QtebeAhWNnJAKHcpZCMUQsAR6BAgAEAE&bi-

w=1347&bih=607#imgrc=6M7UXKIyBtiZeM: - Acesso em

21/11/2018.

a) Nenhuma das alternativas.b) A linguagem usada por Chico Bento

representa um tipo de variação linguística que não se repete obrigatoriamente em sua escrita.

c) Chico Bento teve nota igual a zero em sua prova, porque a professora sabia que ele havia colado do colega.

d) Provavelmente, a forma como Chico Bento fala é a mesma como ele escreve, isso justifica sua nota.

Gabarito: Letra B. Sabemos que Chico Bento é um personagem das histórias em quadrinho que representa o típico caipira brasileiro, que vive em um sítio no interior do estado de São Paulo, para compreendermos que tipo de variação linguística o personagem utiliza é necessário fazer inferências a partir desse conhecimento sobre ele. Tendo em vista que a variação linguística geográfica relaciona-se à região do falante, podemos dizer que ele faz uso desse tipo de variação, mas sua fala também pode estar relacionada à variação

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social/sociocultural, uma vez que esta diz respeito, entre ou coisas, ao grupo social do qual o falante faz parte. No entanto, o fato de o personagem fazer uso de variações linguísticas em sua fala não significa que o mesmo se repete, obrigatoriamente, em sua escrita.

Leia o texto e responda às questões de 29 a 38.

Defensoria e OAB condenam ‘fichamento’ de moradores no RJ

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro e a Defensoria Pública no estado manifestaram-se contra o “fichamento” de moradores de comunidades fluminenses por militares durante a intervenção na segurança pública. O procedimento, sob argumento de checagem de antecedentes criminais, foi realizado nesta sexta-feira (23) em operação na Vila Kennedy, na zona oeste da capital fluminense. Para as entidades, a medida viola a Constituição. Segundo as Forças Armadas, a iniciativa é legal e rotineira.

Os moradores, apesar de se mostrarem favoráveis à intervenção federal na segurança do Rio, em vigor há uma semana, deixaram de sair para trabalhar por se sentirem acuados pela medida. Parte dos que passaram pelo “cadastro” dos militares ficou contrariada. “O clima está muito estranho. Muita gente não saiu de casa. Nas zonas ricas nem poriam um tanque na porta. Estamos vivendo uma incerteza. Ninguém quer ser confundido com um traficante”, disse outro rapaz. “O soldado faz a foto com o próprio celular dele”.

“Apoiamos a intervenção, mas estamos assustados. O que esperar? O que vem depois disso? Então somos todos suspeitos? Se eu saio para comprar pão tenho que passar por isso?”, revoltou-se um rapaz, que falou com o jornal O Estado de S. Paulo posteriormente, pelo telefone, sob a garantia do anonimato. “É muita humilhação. Mas aqui é favela, eles acham que podem tudo. Quero ver fazer isso na zona sul”, lamentou.

A Defensoria Pública do Estado irá pedir

explicações às Forças Armadas. O órgão afirma que ninguém deve ser submetido à identificação criminal se estiver portando a carteira de identidade. “A abordagem pessoal por qualquer agente de segurança só é permitida quando há razões concretas e objetivas para a suspeita de que o indivíduo esteja portando bem ilícito ou praticando algum delito”, diz o defensor público-geral do RJ, André Castro.

Fonte: https://veja.abril.com.br/brasil/defensoria-e-oab-

condenam-fichamento-de-moradores-no-rj/

29) Nos parágrafos 1 e 2, o autor do texto usa respectivamente as palavras “fichamento” e “cadastro”. Quanto ao uso de tais termos entre aspas, pode-se afirmar que o mais provável é que o autora) Deseja aproximar o termo “fichar”,

próprio da linguagem policial, do termo “cadastro”, usado pelas Forças Armadas na intervenção.

b) Faz uso dos termos, pois todos os moradores da comunidade são suspeitos de tráfico.

c) Usa os termos como antônimos, já que o primeiro diz respeito ao fichamento policial e o segundo apenas ao simples cadastro dos moradores.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. Tanto o verbo fichar quanto o verbo cadastrar dizem respeito a preencher uma ficha, registrar em ficha, anotar, catalogar, preencher cadastro por meio de ficha. Assim, ao usar os dois termos para tratar da mesma medida, o autor do texto pretende fazer uma aproximação, de maneira crítica, dos termos.

30) O termo “acuados”, usado no 2º parágrafo do texto, expressa como os moradores sentem-se com a ação do governo no local, e é classificado gramaticalmente como uma) Nenhuma das alternativas.b) Pronome.c) Verbo. d) Adjetivo.

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Gabarito: Letra D. O adjetivo serve para modificar um substantivo, acrescentando uma qualidade, uma extensão ou uma quantidade àquilo que ele nomeia. Já o pronome é a palavra que representa um nome, e assume a função de um nome, de um adjetivo ou de toda uma oração que o segue ou antecede. O verbo, por sua vez, é a classe de palavras que, do ponto de vista semântico, contêm as noções de ação, processo ou estado, e, do ponto de vista sintático, exercem a função de núcleo do predicado das sentenças. Assim, o termo “acusado” é usado no 2º parágrafo do texto para qualificar como os moradores sentem-se e, por isso, é classificado como adjetivo.

31) No discurso “Apoiamos a intervenção, mas estamos assustados. O que esperar? O que vem depois disso? Então somos todos suspeitos? Se eu saio para comprar pão tenho que passar por isso?”, o pronome em destaque refere-sea) Ao fato de o sujeito não saber o que

acontecerá depois. b) À garantia de anonimato na entrevista. c) Ao “cadastro” realizado pelas forças de

segurança do estado.d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra C. “Isso” é classificado como pronome demonstrativo, os quais têm a função básica de situar a posição de um ser no espaço, relativamente ao falante, localizar no próprio texto elementos já referidos ou que serão referidos mais à frente, situar no tempo um fato ou uma informação. Além disso, os pronomes demonstrativos são fundamentais na coesão textual, uma vez que no texto seu papel é justamente o de fazer referência ao que já foi dito – o que chamamos de referência anafórica, e neste caso os pronomes assumem a forma escrita com “s”: isso, esse, essa – ou àquilo que ainda será dito – o que chamamos de referência catafórica, e neste caso o pronome assume a forma escrita com “t”: isto, este, esta. Desse modo, o pronome em questão refere-se ao “cadastro” que é o objeto do discurso, isto é, o assunto sobre o qual o morador fala.

32) De acordo com o texto, é correto afirmar que:a) Nenhuma das alternativas.b) A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio

de Janeiro, a Defensoria Pública no estado e as Forças Armadas têm a mesma opinião a respeito da operação na Vila Kennedy.

c) A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro não concorda com a operação na Vila Kennedy, mas a Defensoria Pública no estado e as Forças Armadas são favoráveis.

d) A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro e a Defensoria Pública no estado divergem das Forças Armadas quanto à operação na Vila Kennedy.

Gabarito: Letra D. No primeiro parágrafo do texto temos a seguinte afirmação: “A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro e a Defensoria Pública no estado manifestaram-se contra o “fichamento” de moradores [...] Para as entidades, a medida viola a Constituição. Segundo as Forças Armadas, a iniciativa é legal e rotineira”. Os termos em negrito deixam clara a posição dos três órgãos citados no texto, isto é, a OAB e a DP (retomadas pelo termo “entidades”) são contra o fichamento por acreditarem que ele viola a Constituição, já as FA dizem que o fichamento é legal. Desse modo, podemos afirmar que as instituições têm opiniões diferentes quanto à medida.

33) Quanto ao gênero discursivo do texto lido, é correto afirmar que se trata de uma notícia. Nesse sentido, fazem parte de sua lide os seguintes elementos: a) O que aconteceu, onde aconteceu, quando

aconteceu, com quem aconteceu. b) O que aconteceu, porque aconteceu, para

que aconteceu, onde aconteceu. c) Quem realizou a ação, qual ação foi

realizada, porque a ação foi realizada. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. O gênero discursivo Notícia é formado por lide + corpo. O lide deve apresentar

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as seguintes informações: o que aconteceu, onde aconteceu, quando aconteceu, com quem aconteceu. Já o corpo da notícia deve apresentar como aconteceu, porque aconteceu e para que aconteceu.

34) No título da notícia, “Defensoria e OAB condenam ‘fichamento’ de moradores no RJ”, os termos sublinhados são classificados como a) Adjunto adverbial. b) Complemento nominal. c) Objeto direto. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra B. O complemento nominal tem a função de complementar um nome e vem logo após ele, sem o uso de verbo. Já o adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.), o adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. O objeto direto, por sua vez, é o termo ou os termos que respondem ao verbo sem a necessidade de preposição entre ele e o verbo. Assim, na oração que compõe o título do texto temos o verbo “condenam” e o termo que responde (o que?) ao verbo é “fichamento”, que representa o objeto direto da oração; os termos em destaque complementam o objeto direto (substantivo/nome) respondendo a ele “de quem?”, e são, portanto, o complemento nominal do nome “fichamento”.

35) Na frase “Apoiamos a intervenção, mas estamos assustados”, retirada do 3º parágrafo do texto, a) A primeira é uma Oração Principal e

a segunda uma Oração Subordinada Substantiva.

b) A primeira é uma Oração Principal e a segunda uma Oração Subordinada Adjetiva.

c) A primeira é uma Oração Coordenada Assindética e a segunda uma Oração Coordenada Sindética Adversativa.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra C. A Oração Coordenada Assindética é aquela que tem sentido em si só e se liga a outra oração sem o uso de conjunção. Oração Coordenada Sindética Adversativa é aquela que possui sentido em si e se liga a outra oração por meio de uma conjunção adversativa. Oração Principal é aquela que possui a informação principal do período e, além disso, não possui uma função sintática em relação a outra. A Oração Subordinada Substantiva é a oração que tem seu sentido incompleto e por isso tem uma relação de dependência com a oração principal assumindo a função de um substantivo na oração. Já a Oração Subordinada Adjetiva assume o papel de um adjetivo na oração e tem, também, seu sentido dependente da oração principal. Assim, na oração acima temos a Oração Coordenada Assindética “Apoiamos a intervenção”, pois ela tem sentido completo e não apresenta conjunção, e a Oração Coordenada Sindética Adversativa “mas estamos assustados”, que tem sentido próprio mas está ligada à primeira oração por meio a conjunção adversativa “mas”.

36) Na oração “O que esperar?”, 3º parágrafo, o verbo é classificado como:a) Verbo transitivo e intransitivo. b) Apenas intransitivo. c) Apenas transitivo. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. Os verbos transitivos e intransitivos ou bitransitivos como também podem ser chamados são aqueles que pedem ou não preposição após ele e, portanto, podem ser completados por um objeto direto (sem preposição) ou por um objeto indireto (com preposição). Já os verbos intransitivos pedem obrigatoriamente preposição e são completados por objeto indireto e os verbos transitivos, pelo contrário, são aqueles em que não há preposição após ele e são, então, completados por um objeto direto. Assim, o verbo “esperar” é classificado como transitivo e intransitivo, uma vez que pode ser completado por um objeto direto (ex.: o que esperar agora) ou por um objeto indireto (ex.: o que esperar de

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você).

37) Na frase “Parte dos que passaram pelo “cadastro” dos militares ficou contrariada”, 2º parágrafo, o verbo sublinhado está a) Grafado incorretamente, pois concorda

com “parte dos que”, portanto, deveria estar no plural.

b) Grafado incorretamente, pois deveria concordar com o verbo “passaram”, que está no plural.

c) Concordando com o sujeito “militares”. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra D. De acordo com a regra de concordância verbal, o verbo deve concordar em gênero, número e grau com o núcleo do sujeito, assim na oração em questão o sujeito do verbo “ficou” é “parte dos que” e seu núcleo é “parte” que está no singular e, portanto, o verbo precisa estar também no singular.

38) O uso das vírgulas em “(...) posteriormente, pelo telefone, sob a garantia do anonimato”, 3º parágrafo, justifica-se a) Por isolar uma expressão explicativa. b) Por indicar o zeugma. c) Porque isola um advérbio. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. A vírgula deve ser usada nos seguintes casos, para isolar: vocativo (ex.: Lucia, venha aqui.), aposto (ex.: Guga, meu marido, é bom jogador.), adjunto antecipado ou intercalado (ex.: Amanhã à tarde, entrarei em contato. / As crianças, as vezes, precisam correção.) , expressões explicativas (ex.: Prefiro o verão, ou seja, o calor de 40º.), conjunções intercaladas (ex.: Não ficou, pois, tão claro.), complemento pleonástico (ex.: A mim, não me interessa.), termos coordenados assindéticos (ex.: é pau, é pedra, é o fim do caminho.), oração subordinada adjetiva explicativa (ex.: Minha irmã, que mora no Rio, vem em abril.), oração subordinada adverbial (ex.: No dia em que parti, fiquei ainda mais triste.), orações intercaladas (ex.: Mãe, gritou o menino, vem aqui.), orações substantivas antecipadas à principal (ex.:

Apenas para ler o texto, a professora pediu.); em enumerações (ex.: Professores, alunos, coordenadores, pais); para marcar a omissão de um termo – também conhecido como Zeugma (ex.: Ele gosta de academia, e eu, de comer.); quando a conjunção “e” se repete com o objetivo de enfatizar algo (ex.: e eu danço, e eu bebo, e eu canto.); quando “e” não assume o valor de adição (ex.: Chorou muito, e ainda não cansou.). Desse modo, no período em questão temos a expressão explicativa “pelo telefone” que justifica o uso de vírgula.

Leia o texto a seguir para responder as questões 39 a 46.

Afinar o olho

Thayz Pretti Logo na abertura do livro “Como contar

um conto”, transcrição de uma oficina de roteiro do Gabriel García Márquez, há uma situação que eu já repeti inúmeras vezes ao conversar sobre escrita com amigos. García Márquez fala a respeito de uma fotografia que encontrou certa vez na revista Life e na qual se via uma cena do enterro de um imperador japonês. No primeiro plano, a nova imperatriz carregava um olhar triste e um guarda-chuva. As outras pessoas presentes no enterro se espalhavam ao fundo da imagem. Por toda parte, chuva.

Ao falar sobre a fotografia, Gabo (para quem não sabe, é o apelido carinhoso de García Márquez) afirmava ter certeza de que existia uma história ali. Disse que já tinha tirado a chuva e as pessoas ao fundo e ficado apenas com a imagem da imperatriz, sem sucesso. Depois, tirou também a imperatriz e ficou só com o guarda-chuva. E declarou, triunfante, que estava convencido de haver uma história naquele guarda-chuva. Ele só precisava encontrá-la.

Me empolgo muito todas as vezes que conto essa história, mas não tenho certeza se as pessoas para quem eu conto entendem minha euforia. Na última ocasião, fiquei uns dois segundos pensando se explicava o

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fascínio que o fato de o Gabo ter encontrado uma história no guarda-chuva causava em mim. Mas decidi que o amigo para quem eu tinha contado saberia. Acho que ele entende perfeitamente bem esse fascínio, observador da vida que também é. Então, em vez de explicar, li rapidamente o trecho em que o García Márquez descrevia o processo de ir tirando uma coisa e mais outra e mais outra da fotografia até ficar: o essencial. A nudez da experiência observada. A experiência da nudez observada. Acho que meu amigo entendeu.

Porque para mim, na realidade, o especial da cena não era o guarda-chuva em si. Poderia ser qualquer outra coisa, um par de óculos, bonecas russas, uma cebola. Meu fascínio com essa história gira sempre em torno de o Gabo ter encontrado história no objeto aparentemente mais insignificante da fotografia, onde eu, antes de ler esse livro, talvez sequer pensasse em procurar. O guarda-chuva da foto era abismo, aprofundava-se, todo grande por dentro. Não era apenas um acessório.

(E eu, que tantas vezes me soube meio acessória e coadjuvante na vida, apenas adivinho como esse guarda-chuva deve ter se sentido ao ser trazido tão para o centro da cena assim).

O fato é que García Márquez me aguçou o olhar. Aliás, é por causa dele que hoje eu acho que a gente consegue achar história em todas as coisas, basta olhar para elas pelo tempo suficiente. Pode ser um pedacinho de história só, daqueles que servem para ser costurados a outros pedacinhos de história e montar uma coisa toda confortável e colorida, como uma colcha de retalhos. Pode ser uma história daquelas de usar lupa para ver, de se aprofundar no detalhe do detalhe do detalhe. Mas acho que tudo tem um pedaço de história morando dentro de si. É só olhar com cuidado, cavoucar com cuidado. Todas as coisas – e até mesmo esta crônica, em sua insignificância – sempre tem um pouco mais de história dentro de si.

Crônica publicada em O Diário do Norte

do Paraná em 17 de março de 2018.

39) O plural do substantivo composto guarda-chuva (linha 6) é guarda-chuvas. A mesma regra se aplica à palavra:a) Quebra-mar.b) Obra-prima. c) Couve-flor. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. Em alguns substantivos compostos as palavras formadoras ligam-se diretamente, sem o uso de hífen, como é o exemplo de “passatempo”, nesse caso sua flexão de plural se faz como se ele fosse uma palavra simples (passatempos). Já os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen fazem o plural de acordo com algumas regras específicas. Regra geral: a maioria das palavras formadoras de substantivos compostos admitem, isoladamente, a forma de plural (ex.: onças-pintadas); outras, no entanto, são invariáveis e não admitem essa flexão (ex.: abaixo-assinados). Essa característica gramatical da palavra é que, de modo geral, determina o plural do composto, pode-se, então, chegar à conclusão que o plural dos substantivos compostos formados por hífen é a reunião das formas de plural das palavras que o constituem quando essas palavras admitem plural. No entanto, existem alguns substantivos compostos que, por conta de particularidades em sua formação, não se enquadram nessa regra geral, é o que ocorre nos seguintes casos: a) se os elementos formadores são ligados por preposição, apenas o primeiro vai para o plural (ex.: pés-de-meia); b) se o segundo elemento indica finalidade ou semelhança do primeiro, o substantivo admite duas formas do plural – aplicando-se a regra geral (ex.: tubarões-martelos) ou flexionando-se no plural apenas o primeiro elemento (ex.: tubarões-martelo); c) substantivos compostos em que ocorre um verbo, este se mantém no singular (ex.: guarda-chuvas); d) substantivos compostos em que ocorrem dois verbos diferentes, ambos se mantêm no singular e a flexão para o plural ocorre no artigo (ex.: os ganha-perde);

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e) se o substantivo composto for formado por dois verbos iguais, ele permite flexão de plural nos dois elementos ou só no segundo (ex.: os corres-corres ou os corre-corres); f) nos substantivos compostos formados por onomatopeias – tentativa de reproduzir sons -, somente o segundo elemento vai para o plural (ex.: tique-taques).

40) Em “As outras pessoas” (linha 6), “A experiência da nudez” (linha 22) e “a outros pedacinhos” (linha 37), os termos em destaque referem-se respectivamente a:a) Nenhuma das alternativas. b) Preposição / artigo / artigo. c) Artigo / preposição / artigo. d) Artigo / artigo / preposição.

Gabarito: Letra D. Os artigos – o, os, a, as, um, uns - têm a função de determinar o substantivo (masculino/feminino, plural/singular). Já as preposições servem para ligar dois elementos de uma frase estabelecendo uma relação entre eles. Quando as preposições “à” e “às” são usadas antes de palavras femininas elas recebem o acento indicador de crase, quando usadas antes de palavras masculinas não são acentuadas ou se flexionam no masculino “ao” ou “aos”. Desse modo, na primeira ocorrência em questão temos o artigo definido “as” que determina o substantivo “pessoas”, o mesmo ocorre na segunda ocorrência, em que se tem o artigo definido “a” que determina o substantivo “experiência”. Já na terceira ocorrência o que temos é a preposição “a” que antecede o termo no masculino “outros” e tem a função de ligar os elementos “costurados” e “outros”.

41) A palavra “triunfante” (linha 12) é um adjetivo e pode ser substituída, sem mudança de sentido por:a) Nenhuma das alternativas. b) Vitorioso. c) Brilhante. d) Corajoso.

Gabarito: Letra B. De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra triunfante significa “aquele que

é capaz de obter vitória, vitorioso, que triunfa, ganhador”, desse modo podemos afirmar que o adjetivo em destaque pode ser substituído pelo adjetivo vitorioso, sem comprometer o sentido do texto.

42) A conjunção “Mas”, que aparece nas linhas 14, 17 e 40, tem função:a) De conjunção adversativas nas três

ocorrências. b) De conjunção explicativa na primeira

ocorrência e adversativas nas outras duas. c) Apenas de conjunção concessiva. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. A conjunção “mas” é classificada como conjunção adversativa por excelência, desse modo em todas as suas ocorrências ela terá sempre a função de adversativa. No entanto, quando acompanhada da conjunção “também” (mas também) assume a função de soma.

43) Os termos em destaque na oração “Na última ocasião, fiquei uns dois segundos pensando se explicava” (linhas 15 e 16) refere-se: a) A uma locução adverbial e, portanto,

precisa estar no início do período. b) A um adjunto adverbial temporal deslocado

e poderia ser usado no final do período sem comprometer o sentido.

c) À retomada de “todas as vezes que conto essa história” (linha 14) e seu deslocamento para o final do período comprometeria o sentido.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra B. O adjunto adverbial temporal indica circunstância de tempo e pode estar deslocado para o início da e isolado por vírgula sem comprometer seu sentido. Já a locução adverbial é formada por mais de um termo que equivale a um advérbio (ex.: logo mais) e pode, também, ser deslocado para o início da oração sem comprometer seu sentido.

44) Na oração “A nudez da experiência

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observada” (linha 22), o termo “nudez” tem sentido conotativo e:a) Mostra como o autor vê a cena do enterro,

como se a imperatriz japonesa estivesse nua diante da dor de perder o esposo, completamente desprovida de esperança.

b) Compara a essência da ação de observar apenas o guarda-chuva na foto a mesma essência de um corpo nu, sem acessórios ou qualquer outra coisa que o cubra, que cubra a sua essência, sua naturalidade.

c) Dá ao texto maior fluidez, permitindo que o leitor compreenda de forma mais clara o sentimento da autora da crônica ao narrar o episódio da nudez da fotografia.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra B. A semântica estuda os significados das palavras, expressões e enunciados que constituem um texto. Quando combinadas para formar enunciados, as palavras podem estabelecer diferentes relações de significação que dependem da contextualização em que estão inseridas. Nesse contexto, temos as figuras de linguagem que assumem diferentes significações no texto, entre elas a conotação que ocorre quando a palavra é empregada em sentido figurado, associativo, possibilitando várias interpretações, ou seja, o sentido conotativo tem a propriedade de atribuir às palavras significados diferentes de seu sentido original. No trecho analisado, a palavra nudez refere-se à essência da experiência vivida pela personagem.

45) A palavra “insignificância” (linha 42) é:a) Uma paroxítona e sua divisão silábica é in-

sig-ni-fi-cân-cia. b) Uma proparoxítona e sua divisão silábica é

in-sig-ni-fi-cân-ci-a. c) Uma proparoxítona e sua divisão silábica é

in-si-gni-fi-cân-ci-a. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra B. As palavras paroxítonas são aquelas que têm a penúltima sílaba tônica, já as paroxítonas têm a antepenúltima sílaba

tônica. Quanto à divisão silábica, aplica-se as seguintes regras: em ditongos – encontro de vogal + semivogal - há o encontro de dois sons vocálicos na mesma sílaba (ex.: lou-sa); em tritongos – encontro de semivogal + vogal + semivogal - ocorre o encontro três sons vocálicos na mesma sílaba (ex.: U-ru-guai); em hiatos – encontro de duas vogais - temos o encontro de dois sons vocálicos pronunciados um numa sílaba e outro na sílaba imediatamente seguinte (ex.: po-e-ta); nos dígrafos – duas letras que representam um único com – há letras que não podem ser separadas (ex.: lh, nh, ch, qu, gu) e outras em que a separação é obrigatória (ss,rr, sc, sç, xc). Sendo assim, na palavra “insignificância” temos a antepenúltima sílaba tônica já que a palavra acaba com um hiato que deve, portanto, ser separado.

46) O verbo “afirmar”, na linha 9, está conjugado em qual tempo verbal? a) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. b) Pretérito Mais que Perfeito do Indicativo. c) Futuro do Pretérito do Indicativo. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra D. O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido e é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Os verbos conjugados no Pretérito Mais que Perfeito do Indicativo indicam uma ação passada que ocorreu antes de outra, também no passado, mas que foi acabada. Já a conjugação do verbo no Futuro do Pretérito do Indicativo se refere a um fato que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação passada, é utilizado para indicar uma ação que é consequente de outra, encontrando-se condicionada. Portanto, o verbo “afirmava” não está conjugado em nenhum desses tempos verbas, e sim no Pretérito Imperfeito do Indicativo que se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado, expressando, assim, uma ideia de continuidade e de duração no tempo.

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Leia o texto e responda às questões de 47 a 49:

47) O infográfico apresenta o Cenário da Educação Brasileira em 2015. Analisando o texto, é correto afirmar que:a) Um dos fatores que colocam o Brasil em

60º lugar no Ranking Mundial (PISA) é o fato de apenas 45% dos professores de Ensino Fundamental possuir formação adequada.

b) A colocação do Brasil no Ranking Mundial (PISA) não gera preocupações, já que há países como uma colocação inferior, como é o caso de Gana.

c) Que a meta para o ano de 2024 é que de que 97% dos alunos com idade entre 6 e 14 anos estejam matriculados na Educação Infantil.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. A parti da observação e análise do infográfico, vê-se que o texto apresenta informações a respeito do desempenho educacional no Brasil e dos fatores responsáveis por tal desempenho. Assim, é possível inferir que entre os fatores que colocam o Brasil em 60º lugar estão o fato de o Brasil não alcançar a meta de alunos matriculados, o aumento da taxa

de evasão escolar, a remuneração do professor, a valorização da educação pela sociedade e a formação adequada do professor.

48) Quanto à tipologia do texto lido, é correto afirmar que se trata de um:a) Texto dramático. b) Texto descritivo. c) Texto dissertativo. d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra B. Textos descritivos é um tipo de texto que envolve a descrição de algo, seja de um objeto, pessoa, animal, lugar, acontecimento, e sua intenção é, sobretudo, transmitir para o leitor as impressões e as qualidades de algo. Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em: descrição subjetiva: apresenta as descrições de algo, todavia, evidencia as impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. Exemplos são nos textos literários repletos de impressões dos autores; ou descrição objetiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e realista as características concretas e físicas de algo, sem atribuir juízo de valor, ou impressões subjetivas do emissor. Exemplos de descrições objetivas são os retratos falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e enciclopédias. Os textos dissertativos, por sua vez, trata-se de um texto pelo qual é exposto uma opinião sobre um determinado assunto, sendo composto por argumentos lógicos e tendem a convencer o leitor. Dissertar é o mesmo que discorrer, ou seja, desenvolver uma explicação perante a um tema. Já os textos dramáticos é uma forma de apresentar várias cenas através da sua representação com atores e diálogos. O texto dramático é, portanto, aquele que representa algum tipo de conflito da vida a partir do diálogo entre os personagens.

49) Com relação à coerência interna do texto, é incorreto afirmar que:a) Nenhuma das alternativas. b) Embora o número de escolas públicas no

país seja maior do que o número de escolas privadas, o número de novos alunos vem

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vezes, a mesma conjunção pode assumir diferentes funções e por isso pode também ter diferentes classificações. Já as preposições servem para unir palavras dentro de uma mesma oração. Desse modo, no trecho em questão o termo “e” é uma conjunção coordenativa aditiva nas duas ocorrências, pois assume a função de somar orações sendo que no segundo caso ocorre a elipse do verbo “jogando”.

caindo na rede pública. c) O número de alunos com a aprendizado

adequando em matemática é maior entre os alunos de 9º ano, enquanto que em português este número é maior para os alunos de 5º ano.

d) Entre os fatores de elevam o nível de educação no país estão a responsabilidade social e o aprendizado do aluno.

Gabarito: Letra C. De acordo com as informações do infográfico, em Língua Portuguesa 40% dos alunos de 5º ano tiveram aprendizado adequado, enquanto 23% dos alunos de 9º ano tiveram o mesmo desempenho. Em Matemática, 35% dos alunos de 5º ano tiveram aprendizado adequado e, dos alunos de 9º ano, 11% obtiveram bons resultados. Desse modo, é possível afirmar que nas duas disciplinas analisadas, os alunos de 5º ano tiveram desempenho melhor do que os alunos de 9º ano.

50) No trecho que segue, retirado do conto “A Moça Tecelã”, de Marina Colasanti, o termo “e” é classificado como:“Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.”a) Conjunção Coordenativa Aditiva nas duas

ocorrências. b) Preposição na primeira ocorrência e

Conjunção Coordenativa Alternativa na segunda.

c) Conjunção Subordinativa Comparativa na primeira ocorrência e preposição na segunda.

d) Nenhuma das alternativas.

Gabarito: Letra A. As conjunções são palavras que unem orações e podem ser classificadas em coordenadas aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas; ou subordinadas causais, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais, temporais, comparativas, consecutivas e integrantes; dependendo da função que assumem nas orações. Muitas