LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

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COLEGIO ESTADUAL DO CAMPO CORNÉLIO PIRES RIBEIRO - ENS FUND E MÉDIO - SÃO ROQUE - FAXINAL DOS COUTOS - PINHÃO fone:(42)88416149 e-mail:[email protected] sitio: www.phocornelio.seed.pr.gov.br LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA    A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua”. (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 123) Atualmente a realidade social em que a comunidade escolar está inserida é resultado da industrialização, do urbanismo crescente, da influência dos meios de comunicação e do avanço tecnológico, dentre outros.      Isso faz com que o ser humano adquira um vasto conhecimento em todas as áreas, levando-o a promoção do pensar e do agir, na busca da transformação da  realidade em que está vivendo. É indiscutível o fato de a escola ser,  por excelência, o lócus, responsável por propiciar condições para os indivíduos iniciarem e  ampliarem suas condições  de leitores, o que está  intrinsecamente  atrelado à necessidade de o próprio aluno assumir o papel de sujeito para o desenvolvimento de seu letramento.       O ensino da língua portuguesa nas propostas curriculares  visa criar situações nas quais, o aluno aprenda, não somente por palavras, mas saiba utilizá-la em diferentes contextos e situações, fazendo que a comunicação seja eficaz e produza sentido em sua vida, em seu dia-a-dia. Nesse sentido interagir pela linguagem significa realizar uma atividade discursiva na interlocução não aleatória, mas decorrente das condições em que o discurso é realizado.       Sabe-se que o aluno já dispõe de capacidade discursiva e linguística para se comunicar em  interações próprias das relações sociais de seu dia-a-dia, inclusive as que este estabelece em seu cotidiano escolar. Isso significa permiti-lhe a escolha da forma da fala que irá utilizar, considerando as características e condições do contexto de produção, isto é, saber adequar os recursos expressivos, a variedade da língua e o estilo à diferentes situações comunicativas: saber coordenar satisfatoriamente o que fala e escreve e como fazê-lo, dado o contexto e os interlocutores a quem o texto se dirige.       Sendo assim, faz-se necessária a reflexão sobre a linguagem verbal e  não-verbal entre  educadores, alunos e comunidade escolar,  como sendo um critério básico para a 

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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

 

“   A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas  linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou  das   enunciações.  A   interação verbal   constitui  assim a   realidade   fundamental  da   língua”.  (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 123)

Atualmente a realidade social em que a comunidade escolar está inserida é resultado 

da industrialização, do urbanismo crescente, da influência dos meios de comunicação e do 

avanço tecnológico, dentre outros.

      Isso faz com que o ser humano adquira um vasto conhecimento em todas as áreas, 

levando­o a promoção do pensar e do agir, na busca da transformação da  realidade em que 

está vivendo.

É   indiscutível   o   fato   de   a   escola   ser,     por   excelência,   o   lócus,   responsável   por 

propiciar condições para os indivíduos iniciarem e  ampliarem suas condições  de leitores, o 

que está   intrinsecamente   atrelado à necessidade de o próprio aluno assumir o papel de 

sujeito para o desenvolvimento de seu letramento.

       O ensino da língua portuguesa nas propostas curriculares   visa criar situações nas 

quais,   o   aluno   aprenda,   não   somente   por   palavras,  mas   saiba  utilizá­la   em diferentes 

contextos e situações, fazendo que a comunicação seja eficaz e produza sentido em sua 

vida,   em   seu   dia­a­dia.   Nesse   sentido   interagir   pela   linguagem   significa   realizar   uma 

atividade discursiva na interlocução não aleatória, mas decorrente das condições em que o 

discurso é realizado.

       Sabe­se   que   o   aluno   já   dispõe   de   capacidade   discursiva   e   linguística   para   se 

comunicar em   interações próprias das relações sociais de seu dia­a­dia, inclusive as que 

este estabelece em seu cotidiano escolar. Isso significa permiti­lhe a escolha da forma da 

fala que irá utilizar, considerando as características e condições do contexto de produção, 

isto é, saber adequar os recursos expressivos, a variedade da língua e o estilo à diferentes 

situações comunicativas:  saber coordenar satisfatoriamente o que fala e escreve e como 

fazê­lo, dado o contexto e os interlocutores a quem o texto se dirige.

       Sendo assim, faz­se necessária a reflexão sobre a  linguagem verbal e   não­verbal 

entre   educadores, alunos e comunidade escolar,   como sendo um critério básico para a 

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realização   da   cidadania,   pois   a   língua   com   todos   seus   sistemas,   é   história,   cultura   e 

comunicação.

O ensino da Língua Portuguesa seguiu, e em alguns contextos ainda segue,  uma 

concepção de linguagem que não privilegia, no processo de aquisição e no aprimoramento 

da  língua materna,  a história,  o  sujeito  e  o contexto,  como destaca   Travaglia  (2000), 

pautando­se no repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática tradicional.

Nas Diretrizes, ora tidas com ponto de apoio, assumem uma concepção de linguagem 

que não se fecha " na sua condição de sistema de formas (...), mas abre­se para a sua 

condição   de   atividades   e   acontecimentos   sociais,   portanto   estratificada   pelos   valores 

ideológicos"(  RODRIGUES,  2005,  P.   156).  Dessa   forma,   a   linguagem  é   vista   como um 

fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social, econômica) entre 

os homens.

Com base ainda nas Diretrizes, considera­se o processo   dinâmico e histórico dos 

agentes na  interação verbal,   tanto na constituição social  da  linguagem, que ocorre nas 

relações sociais, políticas, econômicas, culturais, etc., quanto dos sujeitos envolvidos nesse 

processo.

Sob essa perspectiva, o ensino­aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os 

conhecimentos linguísticos e discursivos  dos alunos, para que eles  possam compreender os 

discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos.  

 Para o ensino­aprendizagem de Língua Portuguesa, tendo como foco essa concepção 

de linguagem, implica:

[...]saber avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas práticas discursivas, todas elas usos da língua, nenhuma delas secundária em relação a qualquer outra, e cada uma delas particularmente configurada em cada espaço em que seja posta como objeto de reflexão[...](NEVES,2003, p.89)

Objetivos da disciplina:

­Entender a leitura e a escrita como parte de uma língua que não pode ser reduzida 

a mera codificação de códigos;

          ­   Utilizar   a   linguagem   oral,   de   modo   a   atender   as   múltiplas   demandas   sociais, 

considerando as diferentes condições de produção do discurso;

           ­ Reconhecer a importância das diferentes linguagens: verbal, não verbal, musical, 

gráfica, plástica, bem como sua produção, face suas intenções e situações de uso;     

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      ­ Utilizar a linguagem para estruturar as experiências e explicar a realidade enfocando 

as várias áreas do conhecimento;

            ­  Ter clareza no estudo do texto (informações explícitas e  implícitas) levando em 

consideração a coerência e a coesão; 

               ­ Ser capaz de operar sobre o conteúdo representacional dos textos, identificando 

aspectos  relevantes, organizando notas, elaborando roteiros, resumos, índices, esquemas e 

outros;

       ­ Aumentar e aprofundar seus esquemas cognitivos pela ampliação do léxico e de suas 

respectivas redes semânticas;

             ­ Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a 

capacidade de avaliar todo e qualquer texto;

             ­ Conhecer e valorizar as diferentes variedades da língua portuguesa, procurando 

amenizar e até mesmo extinguir o preconceito linguístico;

       ­ Reconhecer a valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado 

e eficiente à comunicação cotidiana; 

         ­ Usar os conhecimentos adquiridos, por meio da prática de análise linguística, para 

que, de modo consciente, amplie a capacidade de análise crítica.

            ­  Refletir   sobre  o  ensino da  língua e  da  literatura  perante  suas contradições,  as 

diferenças   e   os   paradoxos   frente   a   contemporaneidade,  essa   concepção   de 

linguagem,implica:

[...]saber avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas práticas discursivas, todas elas usos da língua, nenhuma delas secundária em relação a qualquer outra, e cada uma delas particularmente configurada em cada espaço em que seja posta como objeto de reflexão[...](NEVES,2003, p.89)

        Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma 

gama de textos   com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que este se 

envolva nas práticas de uso da língua ­ sejam de leitura, oralidade e/ou escrita. Logo, o 

professor da língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a prática, a discussão, 

a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital, 

etc.)   A   leitura   dessas   múltiplas   linguagens,   realizada   com   propriedade,   garante   o 

envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, alterando "seu estado ou condição em 

aspectos   sociais,   psíquicos,   culturais,   políticos,   cognitivos,   linguísticos   e   até   mesmo 

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econômicos"( SOARES, 1998, p.18)

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

  Entende­se   por  Conteúdo  Estruturante,   em  todas   as   disciplinas,   o   conjunto  de 

saberes   e   conhecimentos   de   grande   dimensão,   os   quais   identificam   e   organizam   uma 

disciplina escolar. A partir dele, advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia­a­dia da 

sala de aula.

  A seleção de Conteúdo Estruturante está  relacionada com o momento histórico­ 

social.  Na disciplina de Língua Portuguesa,  assume­se a  concepção de  linguagem como 

prática que se efetiva   nas  instâncias sociais,  sendo assim, o Conteúdo Estruturante da 

disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como pratica social.

Nessas   abordagens,   as   práticas   de   leitura,   oralidade,   escrita   e   linguística   serão 

contemplados. Vale apontar o papel do professor diante dessas práticas: "sua função não se 

reduz apenas a "transmitir", a "repassar", ano após ano, conteúdos selecionados por outros; 

mas alguém que também produz conhecimento[...]" (ANTUNES,2007, P. 156).

Conteúdo Estruturante: o discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS: 6° ano

Gênero Textual:

­Fábula;

­Estrutura textual do gênero;

­Discurso Direto e Indireto;

­Descrição de personagem e ambiente;

­Figuras de linguagem: Personificação e Onomatopeia Classes de Palavras e todos os verbos 

de elocução;

­Estudo de vocabulário, ortografia, pontuação e acentuação.

­E­mail e Regra de jogo.

­Estrutura textual do gênero;

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­Linguagem coloquial e padrão;

­Pronomes pessoais e de tratamento;

­Fonemas;

­Concordância verbo­nominal;

­Estudo de vocabulário, ortografia, pontuação e acentuação;

­Resumo e diálogo argumentativo;

­Estrutura textual dos gêneros;

­Técnicas de resumo;

­Artigos, substantivos, pronomes pessoais, interjeição, verbos regulares modos indicativo e

subjuntivo (presente, pretérito perfeito / imperfeito, futuro);

­Estudo de vocabulário, ortografia, pontuação e acentuação;

­Elementos coesivos.

 Escrita:

Contexto de produção;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos;

Acentuação gráfica;

Processo de formação de palavras;

Ortografia;

Marcas Linguísticas: Coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, 

recursos gráficos (como aspas, travessão, destaque), figuras de linguagem.

Oralidade:

Tema do texto;

Finalidade;

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Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extra linguísticos: Entonação, pausas e gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos   de   fala;   Variações   linguísticas;   Marcas   linguísticas:   Coesão,   coerência   gírias, 

repetição, recursos;  

 Estruturante: o discurso como prática social

Conteúdos básicos: 7° ano

Gênero Textual:

– Autobiografia, biografia e cartaz e resumo;

– Estrutura textual do gênero; Conotação e Denotação;

– Revisão de substantivos, artigos, adjetivos, conjugação verbal, pronomes;

– Estudo de vocabulário, ortografia, pontuação e acentuação.

– Ortografia (s/ss/c/ç/x/ch/z/ou/r/rr), acentuação, pontuação, e paragrafação;

– Haicai, Poema e crônica.

– Estrutura textual do gênero;

– Descrição de personagem e ambiente na narrativa.

– Figuras de linguagem: metáfora, personificação, aliteração e trocadilho

­ Adjetivação

­ Ortografia (verbos terminados em: ão/am), acentuação, pontuação, e paragrafação;

­ Estudo de vocabulário, ortografia, pontuação (vírgula) e acentuação.

­ Ortografia: mas/más/mais,4 porquês,traz/trás/atrás;

­ Revisão de narrador em 1º ou em 3º pessoa.

­ Domínio social da comunicação: ordem do EXPOR.

Notícia e Reportagem (sujeito a alterações devido ao GESTAR II)

­ Estrutura textual dos gêneros;

­ Elementos coesivos;

­ Estudo de vocabulário, nova ortografia, pontuação e acentuação;

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­ Sintaxe: Sujeito e noções de predicado;

­ Revisão gramatical:

divisão silábica.

­ Temas sobre a lei da diversidade

Escrita:

Contexto de produção;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos;

Acentuação gráfica;

Processo de formação de palavras;

Concordância verbal e nominal.

Oralidade:

Tema do texto;

Finalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extra linguísticos: Entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: Coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

Semântica.

Conteúdo Estruturante: o discurso como prática social

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Conteúdos básicos:  8° ano

Diversidades linguísticas;

Gêneros textuais e suas tipologias;

Análise de discursos;

Intertextualidade;

Produção textual;

Polissemia;

Verbos regulares e irregulares;

Predicação verbal;

Leitura e interpretação verbal e escrita;

Introdução a leitura de livros de literatura;

Filmes;

Complementos verbais e nominais;

Concordância verbal;

Ortografia: por que, por quê, porque e porquê; aonde e onde; mas e mais;   mau; par, ao 

par, ao encontro; há e a ;

Conteúdo Estruturante:o discurso como prática social

Conteúdos básicos: 9° ano

Diversidades linguísticas;

Gêneros textuais e suas tipologias;

Período simples e composto;

Leitura, interpretação e análise de diferentes gêneros textuais;

Produção textual;

Teatro;

Período composto por coordenação;

Período composto por subordinação;

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Figuras de linguagem;

Estrutura e processo de formação de palavras;  

Introdução a literatura;

Valorizando nossa terra.

 

Ensino Médio

Conteúdo Estruturante: o discurso como prática social

 

CONTEÚDOS BÁSICOS:

ORALIDADE

  • as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes 

registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;

 • os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a  repetição, o 

uso das gírias, a entonação), entre outros;

  •   as   diferenças   lexicais,   sintáticas   e   discursivas   que   caracterizam  a   fala   formal     e   a 

informal;

 • os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência  do texto, uma 

vez que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem  ser utilizados conforme o 

grau de formalidade/informalidade do texto, etc.

– Conteúdo temático;

– Finalidade;

– Intencionalidade;

– Aceitabilidade do texto;

– Informatividade;

– Papel do Locutor e Interlocutor;

– Elementos extralinguísticos; (gestos, expressões, entonação...)

– Adequação do discurso ao gênero;

– Variações linguísticas; (lexicais, semânticas...)

– Marcas Linguísticas; (coesão, coerência, gírias...)

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– Adequação da fala ao contexto;

– Discurso oral e escrito e suas diferenças.

LEITURA

• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro  formal e do texto 

em registro informal;

• a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;

• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de   humor, ironia, 

ambiguidade, exagero, expressividade, etc);

•  léxico;

•  progressão referencial no texto;

•   os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que   falam no 

texto.

– Conteúdo temático;

– Interlocutor;

– Finalidade, intencionalidade e aceitabilidade do texto;

– Intertextualidade;

– Temporalidade;

– Vozes sociais presentes no discurso;

– Ideologia presente nos textos;

– Elementos composicionais do discurso;

– Marcas linguísticas;

– Partículas conectivas do texto;

– Relação de causa e consequência entre elementos do texto;

– Progressão referencial;

– Semântica; (coesão, coerência...)  

ESCRITA

Através do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do 

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texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:

• discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);

• textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos, ambiguidades, 

intertextualidade, processo de referenciação);

•   estruturais   (composição   do   gênero   proposto   para   a   escrita/oralidade   do   texto, 

estruturação de parágrafos);

• normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado,  complemento, 

regência, vícios da linguagem...);

                        Ainda   nas   atividades   de   leitura   e   escrita,   ao   que   se   refere   à   análise 

linguística,partindo   das   sugestões   de   Antunes   (2007,   p.   134),   ressaltam­se   algumas 

propostas que focalizam o texto como parte da atividade discursiva, tais como análise:

• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico, sublinhado, 

parênteses, etc.;

• da pontuação como recurso sintático  e  estilístico  em função dos efeitos  de    sentido, 

entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação 

do texto;

• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do 

texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante  em relação ao que 

diz –expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, etc.);

• da associação semântica entre  as  palavras  de um texto e   seus efeitos  para coesão e 

coerência pretendidas;

• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;

• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do  sentido entre o 

que vem antes e o que vem depois em um texto:

– Conteúdo temático;

– Interlocutor;

– Finalidade, intencionalidade e aceitabilidade do texto;

– Intertextualidade;

– Temporalidade;

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– Vozes sociais presentes no discurso;

– Ideologia presente nos textos;

– Elementos composicionais do discurso;

– Marcas   linguísticas   –   coesão,   coerência,   função  das   classes   gramaticais,   conectores, 

pontuação, recursos gráficos;

– Partículas conectivas do texto;

– Vícios de linguagem;

– Sintaxe de concordância e regência;

– Relação de causa e consequência entre elementos do texto;

– Progressão referencial;

– Semântica ­ operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem.

   

Encaminhamentos Metodológico: 

Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores de 

Língua Portuguesa e Literatura têm o   papel de promover o amadurecimento do domínio 

discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os alunos compreendam e possam 

interferir nas relações   de poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar   o 

signo   ­   verdade­   poder   em   direção   a   outras   significações   que   permitem,   aos   mesmos 

estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e ás práticas de 

linguagem   imprescindíveis   ao   convívio   social.   Esse     domínio   das   práticas   discursivas 

possibilitará que o aluno modifique, aprimore , reelabore sua visão de mundo e tenha voz 

na sociedade.

A língua portuguesa, em diversas propostas curriculares, tende a criar situações nas 

quais o aluno possa vivenciar e  incorporar um processo educativo que venha contribuir 

para o seu crescimento intelectual e social, fazendo­o capaz de assumir uma atitude de 

consciência da realidade experimentada, possibilitando­lhe a apropriação de uma efetiva 

construção do conhecimento que lhe servirá de instrumento para a vida. Isso ocorre quando 

escola   e   professor   consideram   esse   aluno   como   sujeito   ativo   da   aprendizagem   e   do 

conhecimento.

      O ensino e a assimilação da língua portuguesa devem ser centrados nas relações aluno­

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professor   em   que   o   conhecimento   internalizado   deixa   de   ser   informativo   e   passa   ser 

formativo.

      O encaminhamento da língua portuguesa terá como unidade básica de ensino o texto, 

em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta que o mesmo coloca o aluno 

sempre   frente   a   tarefas   globais   e   complexas   para   garantir   a   apropriação   efetiva   dos 

múltiplos aspectos envolvidos. Será necessário que o professor introduza nas práticas de 

escuta, leitura e produção, permitindo que o trabalho com a literatura permita a passagem 

gradual da leitura não comum para uma leitura mais extensiva.

      Além da escuta, leitura e produção de texto, é necessária a realização de atividades que 

envolvam manifestações de trabalhos sobre a língua e suas propriedades, como trabalho de 

observação,   descrição,   por   meio   do   qual   se   constrói   explicações   para   os   fenômenos 

linguísticos característicos das práticas discursivas.

           Serão empregadas estratégias de compreensão dos diversos tipos de textos, que se 

distinguem do falar cotidiano, articulando elementos linguísticos a outros de natureza não 

verbal e, quando necessário registro e documentação escrita.

           Serão explicitados a forma e o conteúdo do texto em função das características do 

gênero   e   do   autor,   fazendo   uma   seleção   de   procedimentos  de   leitura   em   função   dos 

diferentes objetivos. Serão estabelecidos relações necessárias entre o texto e outros textos e 

recursos de natureza suplementar para a compreensão e interpretação do texto.

       Estabelecer­se­á a progressão temática em função das marcas de segmentação textual, 

tais como: mudanças de capítulo ou de parágrafo, títulos e subtítulos, para texto em prosa, 

colocação em estrofes e versos, para textos em versos.

       Far­se­á levantamento e análise de indicadores linguísticos e extralinguísticos presentes 

no texto para identificar as várias vozes do discurso e o ponto de vista que determina o 

tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de confrontá­lo com outros textos, com 

outras opiniões e para que se possa posicionar criticamente diante dele.

            Sabendo­se que esse conhecimento se constitui a partir do saber existente no aluno, 

somado ao que o professor detém, ocorrerá a real construção do conhecimento, através do 

diálogo,   da   interação,   viabilizando,   assim,   a   verdadeira   troca   de   experiências   e, 

consequentemente, a aprendizagem.

             Dessa forma, aluno e professor vivenciarão as práticas da linguagem que devem 

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envolver o   todo – leitura, produção de texto, análise linguística – não fragmentando a 

transmissão e conhecimento da língua, mas contextualizando­a no seu universo. O aluno 

fará  a construção de seu próprio saber, a aquisição da língua escrita, que ocorrerá  num 

contexto de interação e interlocução para que o mesmo possa perceber a capacidade que 

tem de ler e de escrever e vivenciar o todo que internalizou na sociedade em que está 

inserido.

Além disso, o aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos textos 

que   circulam   socialmente,   identificando   neles   o   não   dito,   o   pressuposto, 

instrumentalizando­o para assumir­se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de 

seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva.

Prática da oralidade:

Na prática  da  oralidade,  as  Diretrizes   reconhecem as  variantes   linguísticas  como 

legítimas, uma vez que são expressões de grupos sociais historicamente marginalizados em 

relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta.

Cabe, entretanto,  reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio 

social e de uso das classes dominantes, é  fator de agregação social e cultural e, portanto, é 

direito de todos os cidadãos, sendo função da escola possibilitar aos alunos o acesso a essa 

norma.

Prática da escrita:

O exercício da escrita, com base nas Diretrizes, leva em consideração a relação entre 

o uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social 

e os gêneros discursivos são construções  coletivas. Assim, entende­se o texto como forma 

de  atuar,  de  agir  no mundo.  O  reconhecimento,  pelo  aluno,  das   relações de  poder  no 

discurso  potencializa  a  possibilidade  de   resistência  a  esses  valores   socioculturais.  Além 

disso, "[...] a escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais como 

o   tamanho e   tipo  de   letras,   cores  e   formatos,   elementos  pictóricos,  que  operam como 

gestos, mica e prosódia graficamente representados" (MARCUSHI, 2005, P. 17 ).

Para dar oportunidade de socializar­se a experiência da produção textual, o 

professor  pode utilizar­se  de diversas  estratégias,  como: afixar  os   textos  dos alunos no 

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mural da escola, promovendo um rodízio dos mesmos; reunir os diversos textos em uma 

coletânea ou publicá­los no jornal da escola; enviar cartas do leitor ( no caso dos alunos) 

para   determinado   jornal,   produção   de   panfletos;   entre   outros.   Dessa   forma,   além   de 

enfatizar o caráter interlocutivo da linguagem, possibilitando aos estudantes constituírem­ 

se sujeitos do fazer  linguístico, essa prática orientará  não apenas a produção de textos 

significativos, como incentivará a prática da leitura.

Prática da Leitura:

Na concepção da linguagem assumida nas Diretrizes, a leitura é vista como um ato 

dialógico, interlocutivo. Nesse contexto, o leitor tem o papel ativo no processo da leitura, 

levanta hipóteses, usa estratégias,  aceita/ rejeita conclusões baseadas no seu conhecimento 

linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio­cultural. Assim, o professor deve 

dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e 

atuante nas práticas de letramento da sociedade. Desse modo, o aluno terá condições de se 

apropriar diante do que lê.

 Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a 

reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou 

refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre   outros textos, de diversos 

gêneros que circulam no contexto escolar e extraescolar.

  Tanto   no   Ensino   Fundamental   quanto   no   Ensino   Médio,   as   possibilidades   de 

trabalho   com   gêneros   orais   são   diversas   e   apontam   diferentes   caminhos,   como: 

apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); 

depoimentos de situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; 

dramatização; recado; explicação; conotação de histórias; declamação de poemas; troca de 

opiniões;   de   debates;   de   seminários;   entre   outras   atividades   que   possibilitem   o 

desenvolvimento     da   argumentação.     A   língua   portuguesa,   em   diversas   propostas 

curriculares,  tende a criar situações nas quais o aluno possa vivenciar e  incorporar um 

processo   educativo   que   venha   contribuir   para   o   seu   crescimento   intelectual   e   social, 

fazendo­o   capaz   de   assumir   uma   atitude   de   consciência   da   realidade   experimentada, 

possibilitando­lhe   a   apropriação   de   uma   efetiva   construção   do   conhecimento   que   lhe 

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servirá de instrumento para a vida. Isso ocorre quando escola e professor consideram esse 

aluno como sujeito ativo da aprendizagem e do conhecimento.

      O ensino e a assimilação da língua portuguesa devem ser centrados nas relações aluno­

professor   em   que   o   conhecimento   internalizado   deixa   de   ser   informativo   e   passa   ser 

formativo.

      O encaminhamento da língua portuguesa terá como unidade básica de ensino o texto, 

em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta que o mesmo coloca o aluno 

sempre   frente   a   tarefas   globais   e   complexas   para   garantir   a   apropriação   efetiva   dos 

múltiplos aspectos envolvidos. Será necessário que o professor introduza nas práticas de 

escuta, leitura e produção, permitindo que o trabalho com a literatura permita a passagem 

gradual da leitura não comum para uma leitura mais extensiva.

      Além da escuta, leitura e produção de texto, é necessária a realização de atividades que 

envolvam manifestações de trabalhos sobre a língua e suas propriedades, como trabalho de 

observação,   descrição,   por   meio   do   qual   se   constrói   explicações   para   os   fenômenos 

linguísticos característicos das práticas discursivas.

           Serão empregadas estratégias de compreensão dos diversos tipos de textos, que se 

distinguem do falar cotidiano, articulando elementos linguísticos a outros de natureza não 

verbal e, quando necessário registro e documentação escrita.

           Serão explicitados a forma e o conteúdo do texto em função das características do 

gênero   e   do   autor,   fazendo   uma   seleção   de   procedimentos  de   leitura   em   função   dos 

diferentes objetivos. Serão estabelecidos relações necessárias entre o texto e outros textos e 

recursos de natureza suplementar para a compreensão e interpretação do texto.

Estabelecer­se­á   a   progressão   temática   em   função   das   marcas   de   segmentação 

textual, tais como: mudanças de capítulo ou de parágrafo, títulos e subtítulos, para texto 

em prosa, colocação em estrofes e versos, para textos em versos.

Far­se­á   levantamento   e   análise   de   indicadores   linguísticos   e   extralinguísticos 

presentes  no   texto para  identificar  as  várias  vozes  do  discurso  e  o  ponto de vista  que 

determina o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de confrontá­lo com outros 

textos, com outras opiniões e para que se possa posicionar criticamente diante dele.

Sabendo­se que esse conhecimento se constitui a partir do saber existente no aluno, 

somado ao que o professor detém, ocorrerá a real construção do conhecimento, através do 

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diálogo,   da   interação,   viabilizando,   assim,   a   verdadeira   troca   de   experiências   e, 

consequentemente, a aprendizagem.

Dessa  forma, aluno e  professor  vivenciarão as  práticas  da  linguagem que devem 

envolver o seu todo – leitura, produção de texto, análise linguística – não fragmentando a 

transmissão e conhecimento da língua, mas contextualizando­a no seu universo. O aluno 

fará  a construção de seu próprio saber, a aquisição da língua escrita, que ocorrerá  num 

contexto de interação e interlocução para o mesmo possa perceber a capacidade que tem de 

ler e de escrever e vivenciar o todo que internalizou na sociedade em que está inserido. 

Recursos didáticos: Televisão pendrive, aparelho de som, DVD, livros didáticos, livros de 

literatura, revistas, textos impressos, etc.

Devendo a disciplina contemplar a História do Paraná ( Lei nº 13.381/01), História 

e Cultura Afro­brasileira,  (Lei nº 10. 639/03);  africana e indígena (Lei nº  11645/08), 

Música ( Lei nº 11769/08), Meio ambiente( Lei nº 9.795/99),Prevenção ao uso indevido 

de   drogas,   Sexualidade   Humana,   Enfrentamento   à   Violência   contra   a   Criança   e   o 

Adolescente: Direito da criança e do adolescente (Lei Federal nº 11525/07) e também a 

Educação Tributária e Fiscal ( Decreto nº 1134/99 – portaria nº 413/02.

 

 AVALIAÇÃO:

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um processo 

da aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo 

do ano letivo.

Destaca­se   que   este   processo   deve   atender   aos   critérios   para   a   verificação   do 

rendimento escolar previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, que 

considera  a  avaliação  como um processo   "contínuo  e   cumulativo,   com prevalência  dos 

aspectos qualitativos sobre os quantitativos". 

Esse tipo de avaliação leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o 

processo   de   construção   e   reconstrução   de   conceitos,   além   de   orientar   e   facilitar   a 

aprendizagem.

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De acordo   com a  Deliberação    nº.007/99    no  que  diz   respeito  a  avaliação  e 

aproveitamento:

 

Art. 1º A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o 

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com 

finalidades de acompanhar e  aperfeiçoar  o  processo de aprendizagem dos alunos,  bem 

como diagnosticar seus resultados e atribuir­lhes valor.

§  1.°­  A avaliação deve dar  condições para que seja  possível  ao professor   tomar 

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

§ 2.°­  A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de 

ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de 

ensino.

§   3.º­   A   Avaliação   deve   possibilitar   novas   alternativas   para   o   planejamento   do 

estabelecimento de ensino e do sistema de ensino como um todo.

Art.6º ­Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua, 

permanente e  cumulativa.

Conforme analisa LUKESI( 1995, p. 166),

A   avaliação   da   aprendizagem   necessita,   para   cumprir   o   seu   verdadeiro significado,  assumir  a  função de subsidiar a construção da aprendizagem bem­ sucedida.  A condição necessária para que  isso aconteça é  de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento.  

Ação avaliativa é importante no processo ensino­aprendizagem, pois pode propiciar 

um momento de interação e construção de significados no qual o estudante aprende. 

         Sob essa perspectiva, estas Diretrizes apontam :

*  Oralidade:  será   avaliada   em   função   da   adequação   do   discurso/   texto  aos 

diferentes interlocutores e situações. Através de seminários, debates,entrevistas, etc. Assim, 

o professor verificará a participação do aluno nos diálogos relatos e discussões e de suas 

próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.

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*Leitura:serão avaliados as estratégias que os estudantes empregam para a compreensão 

do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos. É importante avaliar 

se,   ao   ler,   o   aluno  ativa   os   conhecimentos  prévios;   se   compreende  o   significado    das 

palavras desconhecidas a partir do contexto.

 O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades 

que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

* Escrita: é preciso ver o texto do aluno como fase do processo de produção, nunca como 

um produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de 

sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos 

seus   aspectos   discursivos   textuais,   verificando:   a   adequação   à   proposta   e   ao   gênero 

solicitado,   se   a   linguagem   está   de   acordo   com   o   contexto   exigido,   a   elaboração   de 

argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos.

* Análise linguística:é no texto ­ oral e escrito­ que a língua se manifesta em todos os seus 

aspectos   discursivos,   textuais   e   gramaticais.   Por   isso,   nessa  prática   pedagógica,   os 

elementos   linguísticos   usados   nos   diferentes   gêneros   precisam   ser   avaliados   sob   uma 

prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no 

interior do texto.

Com o  uso  da   língua  oral   e   escrita   em práticas   sociais,  os   alunos   são  avaliado 

continuamente   em   termos   desse   uso,   pois   efetuam   operações   com   a   linguagem   e 

aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.

Segundo as Diretrizes Curriculares, no processo educativo, a avaliação deve se fazer 

presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino­aprendizagem quanto como 

instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, 

uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também 

permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa 

dimensão criadora  e  criativa  que  envolva  o  ensino  e  a  aprendizagem.  Desta   forma,   se 

estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, 

orientar   as   possibilidades   de   desempenho   futuro   e   mudar   as   práticas   insuficientes, 

apontando   novos   caminhos   para   superar   problemas   e   fazer   emergir   novas   práticas 

educativas (LIMA, 2002/2003).

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  É   importante   ressaltar   que   a   avaliação   se   concretiza   de   acordo   com   o   que   se 

estabelece   nos   documentos   escolares   como   o   Projeto   Político   Pedagógico   e,   mais 

especificamente,   a   Proposta   Pedagógica   Curricular   e   o   Plano   de   Trabalho   Docente, 

documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares.

       As anotações, correções e comentários sobre as produções dos alunos devem oferecer 

indicações claras de como eles podem melhorar seu desempenho. A adoção de critérios 

torna­se   muito   importante   para   a   avaliação   da   prática   pedagógica,   levando   em 

consideração:

­ A verificação das retomadas, orais ou escritas, de textos ouvidos sem alteração das ideias 

principais;

­ A postura crítica diante de textos lidos;

­ A leitura independente de textos já lidos anteriormente;

­ A compreensão das informações contidas em diversos segmentos de um texto, bem como 

a relação entre eles;

­   A   capacidade   de   ajustar   a   leitura   a   diferentes   objetivos,   bem   como   o   estudo, 

entretenimento, revisão, contextualização, dentre outros;

Conforme a  Deliberação  nº.007/99  no que diz respeito a recuperação de estudos:

Art. 11­ A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento 

contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe 

possibilitem   a   apreensão   de   conteúdos   básicos.   Diante   do   exposto   a   recuperação    de 

estudos dar­se­á:  de  forma   contínua,  onde os  aluno terão a oportunidade de rever os 

conteúdos tratados e refazer as atividades propostas.

BIBLIOGRAFIA

CAGLIARI, L.C. Alfabetização e Linguística. São Paulo, Scipione, 1989.

FREIRE, Paulo. A Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Par e Terra,1978.

GERALDI, J. W. Linguagem e Ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas, 

ALB e Mercado de Letras,1996.

GERALDI, J. W. O Texto na sala de aula: leitura e produção. Cascavel. ASSOESTE,1984.

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ALMEIDA, J. De. Textos em análise. São Paulo, Scortecci, 2001.

KOCH, I. V. e TRAVAGLIA L. C. A coerência textual. São Paulo,Contexto,1991.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Língua  Portuguesa, 2008.

Colégio Estadual do Campo Cornélio Pires Ribeiro, Projeto Politico Pedagógico. Setembro 

de 2011.

Legislações Educacionais. Quais ?