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Autor Denilson Matos Língua Portuguesa II: Morfologia I 2009 Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br

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Autor

Denilson Matos

Língua Portuguesa II: Morfologia I

2009

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M433 Matos, Denilson. / Língua Portuguesa II: Morfologia I /Denil-son Matos. — Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2009. 168 p.

ISBN: 978-85-7638-799-2

1. Língua Portuguesa – Morfologia 2. Língua Portuguesa – For-mação de palavras 3. Língua Portuguesa – Gramática. I. Título.

CDD 469.5

Capa: IESDE Brasil S.A.Imagem da capa: IESDE Brasil S.A.

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Sumário

morfologia | 7Conceito de morfologia | 8Estudos lingüísticos | 9Significação lexical e gramatical | 10Formas livres, presas e dependentes | 11Etimologia | 12Dupla articulação da linguagem | 13

morfema | 19Conceito de morfema | 19Análise mórfica | 22Tipos de morfema | 25

Estrutura das palavras I | 33Estrutura das palavras | 34

Estrutura das palavras II | 45Conceituação | 45modo | 45Pessoa | 47Número | 47Estruturas do verbo | 48O acento tônico nos verbos | 55

Processo de formação de palavras I | 59Afixos | 60Derivação | 63

Processo de formação de palavras II | 71Composição | 71Outros tipos de processos | 73

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Criatividade lexical | 79O que é? | 79Neologismo | 81Considerações finais | 88

Classes de palavras I | 93Algumas informações essenciais | 93

Classes de palavras II | 107Artigo | 107O adjetivo | 110Numeral | 114

Pronomes | 121Pronome | 121O pronome pode ser de seis espécies | 123Colocação pronominal | 129

Locuções e interjeições | 133Locuções | 133Interjeição | 136

Narração | 141Texto | 141

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Apresentação

Nesta etapa de nosso estudo, abordam-se as diversas partes que constituem

o léxico de nossa língua preferencialmente aquelas que determinam a for-

mação e construção dos termos que a caracterizam e a identificam. Aqui,

conheceremos os mecanismos de formação previstos no sistema da Língua

Portuguesa, bem como aqueles que transcendem às expectativas do regis-

tro padrão.

Na mesma direção, iniciaremos o estudo das classes de palavras que re-

presenta, indubitavelmente, conteúdo capaz de determinar o sucesso do

estudante diante da constituição e análise da frase e da oração em Língua

Portuguesa, a saber: a sintaxe.

Desta feita, pretende-se apresentar, sob o amparo da gramática normativa,

a língua enquanto sua formação, estrutura e classe de palavras.

Mais especificamente, enquanto estudiosos da linguagem, devemos en-

tender que todo indivíduo que pretenda estudar uma língua, seja ela qual

for, deve atentar para certas considerações que determinam e auxiliam o

reconhecimento dessa língua. Assim, o estudo da forma é uma das possi-

bilidades de análise que traz à tona o entendimento de que as palavras se

organizam não apenas numa frase, mas, também, internamente. Se por um

lado, palavras quando combinadas podem constituir frases, textos, por ou-

tro, letras, morfemas, sílabas também podem formar palavras.

Portanto, é neste espírito que se busca entender os procedimentos lingüísti-

cos que participam e atuam efetivamente na morfologia das palavras.

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Estrutura das palavras ISerá possível um piloto de avião controlar o painel de instrumentos sem saber o que significam

aqueles símbolos que nos parecem tão complicados? Com as palavras não é diferente. Se não conhe-cermos e estudarmos sua estrutura não se pode ir à frente no processo de comprenssão das palavras. Concordam?

Assim, temos que ficar atentos para o fato de que a palavra é estruturada por “pedaços”, que a constituem. Para ilustrar, leia o fato a seguir:

Uma empresa que vendia produtos para emagrecer lançou uma campanha publicitária interessante e que vai nos servir de ponto de partida para o estudo das estruturas das palavras. O produto era oferecido em anúncios de televisão e revista com o objetivo de fazer com que as pessoas desistissem das interven-ções cirúrgicas causadas pela lipoaspiração. Obviamente, na opinião da empresa era muito melhor tomar o produto do que fazer tal cirurgia para se alcançar o desejo de se emagrecer.

A imagem que aparecia era de uma taça semelhante à de sorvete, o que lhe dava uma aparência apetitosa. Ela estava cheia do produto, com dois canudos dentro e com a seguinte mensa-gem em letras garrafais, ao lado da taça:

Criativo, não é mesmo?

O produto deveria ser aspirado através daqueles canudos que estavam dentro da taça.

De fato, graças à referência que as partes “lipo” e “aspiração” fazem à palavra lipoaspiração, somos capazes de entender o bem-humorado propósito da campanha que é dizer que melhor que fazer uma cirurgia é beber o produto.

Esse breve exemplo serve para demonstrar como as pala-vras se constituem por partes e que conforme a combinação que se faça com essas partes pode-se ter resultados variados.

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Estrutura das palavrasAs palavras podem ser, na maioria das vezes, decompostas em elementos mórficos, unidades

significativas menores, divisíveis ou indivisíveis, denominados morfemas:

Exemplo: gatos- gat-o-s(divisível) / sol (indivisível).

A palavra morfema vem do grego: morfhé = forma + a terminação ema = morfema.

Segundo os autores Infante e Nicola (1997, p. 70) há uma forma semântica que se refere ao mun-do exterior: seres, ações, idéias, sensações, estados, qualidades e que indicam a significação da palavra (ao conjunto de palavras de uma língua chama-se léxico).

A forma que tem significação apenas em relação ao sistema gramatical da língua, indica, no caso da Língua Portuguesa, o gênero, o número, a pessoa, o modo, o tempo.

Observe a palavra a seguir:

moço- masculino

moça- feminino

moços- plural

moças as- plural

Assim, os morfemas são os “pedaços” que representam as estruturas das palavras. Os elementos es-truturais das palavras são: radical, vogal temática, vogal e consoante de ligação, afixos e desinências.

Radical1

É também denominado base ou semantema. Elemento primário, irredutível e significativo da pa-lavra, em torno do qual se agrupam os outros elementos de formação, geralmente monossilábica, pro-pensa a sofrer modificações através de morfemas gramaticais, tais como desinências, afixos (prefixo ou sufixo) ou vogal temática. Tomemos como exemplo pátria: pat (raiz); patri (-i vogal temática acrescida ao radical pronto para receber um sufixo ou desinências) = patriota, compatriota; patriotismo; patriotada. Além disso, o radical pode apresentar alterações fonéticas: cap (capilar) alterou-se em cab (cabeça) e em cip (occipital). Para entender melhor o radical, vejamos um dos caminhos que auxiliam na identificação do radical, através do conhecimento do conceito de palavras cognatas.

1 Radical ou raiz? Por vezes estes dois termos são utilizados indistintamente como se fossem sinônimos. De forma genérica, alguns autores o fazem sem entrar no mérito das diferenças que de fato existem. Normalmente opta-se pelo termo radical por ser mais utilizado nas gramáticas escolares e de ter maior aceitação no meio estudantil. Todavia, não podemos deixar de ter claro em nosso conhecimento sobre os estudos morfológicos que o termo raiz tem uma relação muito mais próxima ao estudo histórico das palavras: a Etimologia. Observe o que Pasqual e & Ulisses dizem a respeito (1997, p. 70): “Optamos pelo uso do termo radical para designar o morfema que concentra a significação principal da palavra e que pode ser depreendido por meio de simples comparações entre palavras de uma mesma família. Intencionalmente, não empregamos o termo raiz, que está ligado à origem histórica das palavras. Para identificar a raiz de uma família de vocábulos é necessário um conhecimento especifico de Etimologia”

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35|Estrutura das palavras I

Palavras cognatasQuando o radical de um grupo de palavras mantém uma origem etimológica de significação co-

mum denominamos de palavras cognatas, independente dos acréscimos de afixos:

Exemplo: ferr-

ferrar

ferreiro

ferraria

ferrugem-

Exemplo: medo

amedrontado

medrosos

medinho

Todavia, vale uma observação interessante, algumas cognatas podem apresentar dois radicais, um de forma erudita, outro de forma popular.

Exemplo: digital e dedal;

parietal e parede;

capilar e cabelo;

auricular e orelha;

acutíssimo e agudíssimo;

paupérrimo e pobríssimo;

sacratíssimo e sagradíssimo etc.2

Portanto, essas palavras que são da mesma família e que têm um mesmo radical são chamadas de cognatas.

Por outro lado, existem também aquelas palavras que parecem cognatas, mas não são. Por exem-plo: “feracidade” parece ter relação com “feroz”, “bravo”, “temível”. Na verdade, “feracidade” significa ex-trema fertilidade e “feraz” é prolífico, fértil. Ferocidade é que se refere a feroz etc. O substantivo feracida-de aparece numa das obras-primas de manuel Bandeira, O Cacto (Libertinagem, 1930)3:

“Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária!

Laocoonte constrangido pelas serpentes.

Ugolino e os filhos esfaimados.

Evocava também o seco nordeste, carnaubais, catingas...

Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.”

2 Um estudo interessante sobre esta obra pode ser visto em PASSONI, Célia A.N. Vida Noves Fora Zero. Disponível em: www.portrasdasletras.com.br, Acesso em: 05 jul. 2007)3 BECHARA, Evanildo. Gramática Escolar da Língua Portuguesa, 2003.

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36 | Língua Portuguesa II: Morfologia I

No poema, “feracidades excepcionais” significa fertilidades excepcionais.

Por isso, devemos ter alguma cautela antes de analisarmos certos radicais, pois estes podem vir de palavras pseudo-cognatas, também chamadas de falsas cognatas.

DesinênciasDividida em nominal e verbal, é o elemento final de uma palavra que indica flexão. É importante

não confundir desinência com sufixo, embora o próprio sufixo possa conter em si a desinência, assim como em histórico= -ico (sufixo nominal) -o (desinência do masculino).

Trataremos mais pontualmente das desinências que se combinam ao radical para formarem no-mes: as desinências nominais.

Desinências nominaisAs desinências nominais4, servem para indicar o gênero (masculino e feminino), o grau (diminutivo

e aumentativo) e o número (singular5 e plural) dos substantivos, adjetivos e de certos pronomes.

Exemplo: Garotas

Garot-: radical

-a: desinência nominal de gênero

-s: desinência nominal de número

Garotinho

Garot: radical

-inho: desinência nominal de grau diminutivo (dentro do sufixo -inho vemos a presença da desinência nominal de gênero masculino).

Observe os exemplos de desinências nominais a partir do trecho a seguir, de manuel Bandeira , Poema de Finandos (Libertinagem, 1930):

4 As desinências nominais também são conhecidas como DNN (desinência nominal de número) e DNG (desinência nominal de gênero).5 De acordo com Cunha (p. 79) o singular de desinência ou morfema é zero, caracteriza-se pela falta de um sinal particularizante.

“Amanhã é dia dos mortos

Vai ao cemitério. Vai

E procura entre as sepulturas

A sepultura de meu pai.

Leva três rosas bem bonitas.

Considerando apenas os morfemas destacados, podemos afirmar que em “mortos” temos uma desinência nominal de gênero, indicando masculino; em “sepulturas” uma desinência nominal de nú-mero, indicando plural e uma desinência nominal de gênero indicando feminino.

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37|Estrutura das palavras I

Vejamos agora outra estrutura nominal.

Vogal temáticaA vogal, além de funcionar como elo entre o radical e os afixos, tem a missão classificatória de

distinguir categorias nominais ou verbais. Aqui, trataremos de seu papel na estruturação dos nomes.

Nos nomes, as vogais temáticas são representadas pelos morfemas -a, -e e -o:Exemplo: bala sempre livro

Vale observar que, conforme verificamos no item sobre as desinências, nas categorias nominais, os morfemas -a e -o acumulam a função de gênero (masc./fem.); também a vogal temática -o e -e pode representar uma semivogal de um ditongo: cão – cães.

muitas vezes, ao receber afixos, a vogal temática sofre uma supressão:

Exemplo: mala – mal(a)inha

ovo – ov(o)inho

A junção/combinação do radical com a vogal temática forma o que chamamos de tema. Todavia, os nomes terminados em vogal tônica ou por consoante perdem sua vogal temática no singular:

Exemplo: mar

paz

mal

Por isso, são chamados de atemáticos. Nos nomes terminados em consoante, a vogal temática reaparece quando pluralizados:

Exemplo: flor – flor -e -s

giz – giz -e -s

mal – mal -e -s

livro – livr-eir-o (nesse caso a reaparição da vogal temática ocorre numa derivação).

Observe o quadro resumido das vocais temáticas nominais:

NominaisRadical VT Os nomes oxítonos terminados

em vogal são atemáticos: café, cipó, cajá. Em “doutor” e “xadrez”, a vogal temática só aparece no plural: doutor -e -s, xadrez -e -s 6

mal a

Livr o

Pent e

6 Ribeiro, m. P. Nova Gramática da Língua Portuguesa. 2003, 128.

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AfixosSão elementos significativos ou de reforço que se agregam à raiz ou radical. Os afixos, quando ante-

postos à raiz, são chamados de prefixos (sobreviver/ refazer), pospostos à raiz, sufixos (maldoso/cajueiro).

Os sufixos unem-se à parte final do radical formando uma nova palavra, transformando subs-tancialmente o radical, sem, no entanto, alterar-lhe o sentido. Além de não ter curso independente na língua (forma presa), empresta-lhe uma idéia acessória marcando a categoria dos substantivos, adjeti-vos, verbos, advérbios a que pertencem. Por exemplo: lembrar (verbo) / lembrança (substantivo); livre (adjetivo) / livremente (advérbio).

Uma nova significação, os prefixos emprestam ao radical se relacionam semanticamente com as preposições, geralmente se agregam aos verbos (reter, deter, conter) ou a adjetivos (infeliz, desleal, sub-terrâneo) e são menos freqüentes nos substantivos.

Alguns autores falam da existência de um interfixo, que seriam elementos mórficos átonos, sem função gramatical ou significativa, servindo somente como elementos de ligação entre a base e sufixo. No entanto, Bechara (1994) diz que há autores que preferem não usar o termo interfixo, considerando apenas como um alongamento sufixal. Veja os exemplos:

glor-ific-ar

fum-ar-ada

fog-ar-éu.

Por fim, vejamos os elementos que realmente funcionam apenas como estrutura de ligação.

Consoantes de ligaçãoDe acordo com Bechara (1999), as vogais e as consoantes de ligação não têm função semântica

nem gramatical, contribuem apenas na formação de novas palavras, intercalando-se entre a base e o sufi-xo para facilitar a pronúncia ou evitar hiatos, principalmente quando o radical termina por vogal tônica:

Exemplo: chá-l-eira

pau-l-ada

café-t-eira

chapéu-z-inho

pedre-g-ulho

gás-ô-metro

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39|Estrutura das palavras I

Vogais de ligaçãoEm Português, temos duas vogais de ligação. São elas o -i e o -o.

Para a vogal -i, podemos apresentar os seguintes exemplos:

lanígero

dentifrício

carnívoro

parisiense

Para a vogal -o, podemos apresentar os seguintes exemplos:

gasômetro

bibliófilo

A título de revisão do conteúdo aqui trabalhado, e objetivando demonstrar de forma mais esque-mática, apresentamos a seguir um quadro geral com os morfemas: radical, desinência e afixo:

Morfemas Exemplos

Radical (É responsável pelo sentido básico da palavra)

- Consciência, ciência, onisciência são palavras cognatas, que possuem o radical “ciência” (sabedoria, conhecimento). - Geologia, geografia, apogeu são palavras cognatas, possuem o radical “geo” (terra)

Desinências (São responsáveis pelas flexões das palavras)

- “- s”, em nomes, é o morfema que indica plural: carros, casas, tabus. - “ - m”, em verbos, é marca de 3.ª pessoa do plural: mentem, falam, vendem. - “- sse - “, em verbos, é desinência de pretérito imperfeito do subjuntivo: cantasse, vendesse, partisse.

Afixos (São responsáveis pela criação de palavras.)

Prefixos (afixos que vêm antes do radical.) Sufixos (afixos que vêm após o radical.)

- “in – ” indica negação, ausência: infeliz, imoral. - “semi-“ indica metade: semideusa, semicírculo. - “ão-” indica grau aumentativo: carrão, gatão. - “dade-” forma substantivos a partir de adjetivos: felicidade, beldade.

Após essa abordagem sobre o que é um morfema e sua importância na construção dos signifi-cados morfológicos das palavras, vejam o estudo de maria Alice Aguiar (2000) como pode, ainda, um “pedaço” de palavra dizer ainda mais do que já diz, enquanto morfema da Língua Portuguesa.

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40 | Língua Portuguesa II: Morfologia I

A estilística dos afixos em A Cidade e as Serras, de Eça de Queiroz (AGUIAR, 2000)

Pensando com Riffaterre, definimos o contexto estilístico como um pattern, rompido por um elemento imprevisível. O estilo, nesta óptica, define-se como “o realce que impõe à atenção do leitor certos elementos da seqüência verbal, de maneira que este não pode omiti-los sem mutilar o texto e não pode decifrá-los sem achá-los significativos e característicos”7. Ter um estilo, portanto, não significa possuir uma técnica de linguagem. É sim assimilar uma visão própria do mundo e encontrar uma forma adequada para expressar essa ‘paisagem interior’. A luta pela expressão é o fundamento da criação literária. Criar em literatura, portanto, é realizar o dizer de forma expressiva e singular. É reesculpir cada palavra, reinventando cada estrutura para que a linguagem, gasta no dia-a-dia, invista no desconhecido em busca do reconhecido.

Nosso estudo pretende, pela descrição do texto de A Cidade e as Serras, obter, de uma das inú-meras isotopias possíveis, a mensagem estética dessa obra de Eça, partindo do estudo dos afixos. Assim, lido o romance, procuramos identificar na obra os morfemas, de acordo com as relações se-mânticas que os ligam entre si e aos diversos níveis do texto. Percebemos, de pronto, que o roman-ce A Cidade e as Serras assenta-se sobre dois grandes pólos – civilização e genuinidade – sendo, este último, dimensionado numa perspectiva de terra como elemento gerador de vida, volta às raízes da nacionalidade portuguesa.

Desenha o escritor, nesses dois pólos, dois personagens: Jacinto e Zé Fernandes. E é sobre a permanência e mudança na personalidade do personagem narrado – Jacinto – e sobre o conheci-mento que vamos obtendo pela voz do personagem narrador – Zé Fernandes – que reside o nosso estudo. O jogo do sim e do não, em relação à cidade e ao campo, montado por Eça na composição desses personagens, foi o caminho que encontramos para demonstrar a temática dessa obra – a genuidade como perfeita fruição de vida. Para tal, seguiremos, com exemplos significativos e co-mentários sobre eles, o caminhar de Jacinto no sentido de aceitação da cidade e do campo.

A civilização, do ponto de vista do personagem Jacinto, passa por três estágios bem delinea-dos: fanatismo → cansaço → saturação. Logo ao primeiro instante em que Zé Fernandes nos coloca diante de Jacinto, é-nos mostrado um homem “bem-aventurado”. Ouçamos o narrador:

“Rijo, rico, indiferente ao Estado e ao Governo dos homens, nunca lhe conhecemos outra am-bição além de compreender bem as idéias gerais” (p. 14).

“O seu valor genuíno, de fino quilate, nunca foi desconhecido nem desapreciado” (p. 14).

“Este Príncipe concebera a idéia de que “o homem só é superiormente feliz quando é superior-mente civilizado” ( p. 15).

Texto complementar

7 RIFFATERRE, michael. Estilística estrutural. Trad: Anne Arnichand e Álvaro Lorencini. São Paulo. Editora Cultrix, p. 32.

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41|Estrutura das palavras I

A presença dos morfemas in e des mostram a negação de engajamento político-social de Jacinto e a positividade de sua valorização como homem bem-aventurado que era, a ponto de dominar, inclusive, a natureza, pois “nuvens pejadas e lentas, se avistavam Jacinto sem guarda-chuva, retinham com reverên-cia as suas águas até que ele passasse”(p. 14). O morfema -mente, do último exemplo denota a idéia de excessividade da importância de civilização para o personagem, idéia essa não só carregada pela própria significação do radical superior como também pela soma, a ele, do sufixo -mente. Esse “bem-aventurado” entrosa-se de tal forma à engrenagem da civilização/máquina, que nada que não possua a chancela de civilizado tem, para ele, potencialidade para gerar prazer. São estas suas palavras: “... sou mais feliz que o incivilizado, porque descubro realidades no Universo que ele não suspeita...”(p. 18).

Desse modo, a idéia de civilização não se separa da imagem de uma enorme cidade, com todos os seus órgãos funcionando “poderosamente”. (p. 18). E jacinto clama: “Aí tens tu, o fonógrafo!... Só o fonógrafo, Zé Fernandes, me faz verdadeiramente sentir a minha superioridade de ser pensante e me separa do bicho. Acredita, não há senão a cidade, Zé Fernandes, não há senão cidade!” (p. 19). E Eça de Queiroz coloca na boca do personagem-narrador Zé Fernandes uma insistente demonstração do pavor de Jacinto pelo campo e de seu amor à cidade, usando abusivamente os afixos de negação e advérbios: “mas para o meu Jacinto, desde que assim me arrancavam da cidade, eu era arbusto desarraigado que não reviverá (...). E quando fechou sobre mim a portinhola, gravemente, supremamente como se cerra a grade de uma sepultura, eu quase solucei − com saudades minhas”(p. 24).

Os morfemas in-, re-, des-, dos exemplos, emprestam ao contexto a significação positiva da cidade para Jacinto. Os afixos, assim organizados, apontam para uma leitura semanticamente in-vertida. O efeito estilístico faz com que percebamos o fanatismo de Jacinto pela civilização através de sua antítese − o campo. Dessa maneira, o que se denota negativo, conota-se positivo. Há que se notar, ainda, a expressividade do uso do afixo -mente nos exemplos selecionados. Nesses casos, o advérbio apresenta-se como reverso neológico do adjetivo. Sua função, parece-nos, é, primordial-mente, evocar imagens. Procurando derivá-los de adjetivos, cuja natureza é puramente descritiva, consegue, Eça, concretizar, para nós, a imagem exata do que quer descrever.

A exceção do primeiro advérbio, verdadeiramente, que indica no exemplo a reafirmação de seu pensamento positivo em relação à cidade, todos os outros se apresentam com a significação descrita do adjetivo. É fato que verdadeiramente também deriva de adjetivo, mas dilui-se no sentido de descrição. Sentimo-lo mais abstrato que os demais. Nobremente, gravemente e supremamente pintam de forma concreta, a figura do personagem.

Percebe-se, então, que o contato fecundo de Eça de Queiroz com a língua viva faz com que o escritor compense a simplicidade de seus processos estilísticos com uma rica concentração expressiva através da repetição de palavras e de morfemas de forma ousada e habilidosa. Ele procura, trabalha, sublinha tais processos de forma a chamar a atenção do leitor, transformando tal repetição em vanta-gem estilística. Obtém o escritor, desse modo, fórmulas de grande musicalidade evocativa.

Após o primeiro estágio em que os afixos, tão especiosamente usados por Eça, possibilitaram-nos demonstrar a importância da cidade para Jacinto, num desenvolver de entusiasmo para fanatismo, o personagem, saltará, do excesso de sua bem-aventurança para um cansaço profundo e palpável. A cidade já não o atrai. Só lhe causa enfado. Assim o descreve Zé Fernandes: “Considerei o meu Príncipe. Estirado no divã, de olhos miserrimamente cerrados, bocejava, num bocejo imenso e mudo.”(p. 43).

Este momento racional, emerso após uma série de tantos outros, cujo perseverante uso dos afixos vai demonstrando o desgosto do “Príncipe” pela vida da cidade, foi o que mais evidenciou a

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42 | Língua Portuguesa II: Morfologia I

fadiga que já tomava conta de todo Jacinto. Ao adjetivo mísero, que já traz uma carga semântica negativa intensa, Eça acopla dois sufixos igualmente intensificativos: -érrima e -mente demarcando, de forma clara, o clímax do cansaço de Jacinto.

Recomendamos a releitura atenta das páginas indicadas para uma melhor observação do que outros a serem estudados está sendo comentado e pela riqueza de materiais lingüísticos.

O sufixo mente, tão usado por Eça como elemento de comicidade ao mostrar a artificialidade e o exagero da civilização, ao caracterizar o arrastar de Jacinto pela vida, na sua fase de saturação, começa a escassear-se aqui. Ainda o encontramos, é evidente, mas carregando novo colorido. Esta leveza, sentimo-la, pelo cuidado que passa a ter nosso artista em sua tão bem elaborada expressão. Já não mais quer mostrar não. Aqui, concretiza-se o sim da terra como elemento gerador de prazer.

Logo ao primeiro exemplo nos deparamos com o advérbio genuinamente, colocado entre dois adjetivos de significação positiva – verdadeiros. O advérbio assim colocado intensifica a positividade do adjetivo genuíno, atingindo a escritura o ponto que pretendemos demonstrar − a genuinidade como fruição de vida/felicidade. Observe-se que a partir deste momento, os prefixos negativos des- e in- são especiosamente colocados em vocábulos que, por seu significado no contexto, o positivam. É a beleza inesgotável, é a busca insaciável dos recantos da serra, é a esperança de descobrir um mundo inédito. Quando denotativamente negativos, referem-se à civilização: o pessimismo, desin-dividualiza, o sofrimento, atenua o desgracioso delito dos inertes. Na palavra desgraçazinhas, além da negatividade dos des- , acresce o diminutivo pejorativo, irônico, usado por Jacinto para depreciar o pessimismo, em oposição a regatinhos, cujo sufixo duplica a idéia de diminutivo, já contida na palavra, vestindo-a de afeto. O prefixo sobre-, com significado de excessividade negativa, refere-se à civilização, em oposição também ao sufixo -íssimo, que trazendo em si uma idéia intensa e reiterada representa a própria positividade do excesso. É o antiquíssimo de onde brotava a sua raça; é o anti-quíssimo humo que reflui, como se colocasse Jacinto e terra em plena integração. O re- ganha sentido de renovação: refluisse o humo, revolvesse o torrão. E Jacinto, no torrão português, desvestido de todo o falso ornato da civilização, comungando com a natureza a cada minuto da hora, a cada hora do dia, a cada dia do tempo, nasce − rejuvenece − cria. Gera-se e gera. Brota-se e faz brotar.

Concluímos do exposto que Eça de Queiroz, em contato com a língua viva, compensou a lin-guagem do cotidiano que eiva seus processos de escrita numa concentração expressiva, em decor-rência da qual a composição de palavras, a composição dos grupamentos verbais e a composição da frase em sua totalidade passam a ter a qualidade essencial de uma palavra. Consegue ele, através de uma ajustada engrenagem, reduzir o conjunto a uma unidade de curiosa ambivalência.

Se por um lado sua expressão é abrangível e compreensível numa simples imagem, na qual se combinam hierarquicamente todos os elementos de significação ali implícitos, por outro lado, por não expressar objetivamente mais que uma fração do todo que nos transmite, contém o que podemos denominar de efeito retardado. Também apontando para a restrição, observamos não só a repetição de palavras como também a insistente repetição de afixos. No entanto, a desvantagem dessa repetição é fictícia, pois o escritor a emprega ousada e habilidosamente. Não foge dela. Ao contrário, procura-a, invoca-a, trabalha-a, transformando-a num lucro estilístico.

Utilizando as palavras em expressões refletidas, instigando o lastro de sugestões psicológicas e de evocações sensoriais de que elas vêm carregadas, revigorando o duplo gume − uma fruição intelectiva e uma afetivo-sensorial −, pôde Eça de Queiroz usar um léxico familiar, se o conside-

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43|Estrutura das palavras I

rarmos isoladamente em seus elementos. No entanto, de tal léxico integrado à frase, emerge uma multiplicidade de planos e ressonâncias que resultam na ilusão de uma grande riqueza de material verbal. Contudo, deixamos de observar esse mecanismo no plano puramente semântico, haja vista termos selecionado e analisado transcrições nas quais os afixos se faziam presentes. O resultado desta dissecação no corpo lingüístico de A Cidade e as Serras, limitada aqui pelo objetivo do traba-lho, permitiu-nos descobrir alguns indícios reveladores da inquestionável revolução a que o escritor submeteu a ferramenta de expressão literária em suas próprias bases. O vocabulário, a sintaxe, a palavra, a frase, o período obtiveram de suas mãos uma nova realidade estética. Ao mágico toque de sua imaginativa sensibilidade idiomática, o material lingüístico adquiriu uma vida inédita, ines-perada, imprevisível, adquirindo o vigor de redescobrimento.

Análise lingüística1. Leia e responda:

CamelôsManuel Bandeira

Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão:

O que vende balõezinhos de cor

O macaquinho que trepa no coqueiro

O cachorrinho que bate com o rabo

Os homenzinhos que jogam box

A perereca verde que de repente dá um pulo que engraçado

E as canetinhas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma

Alegria das calçadas.

a) O título do poema de manuel Bandeira tem como último morfema uma desinência ou uma vogal temática? Explique.

b) Retire do poema três pares de palavras que possuam afixos idênticos.

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44 | Língua Portuguesa II: Morfologia I

c) Levando-se em consideração o que foi dito sobre as estruturas da palavra, o que você poderia dizer sobre a palavra “cor”?

d) Qual é a diferença básica entre desinências e vogais de ligação?

e) No quinto verso do poema temos algum exemplo de consoante de ligação? Explique.

f) Assinale a única palavra que tem vogal de ligação:

I. ( ) mensalidade.

II. ( ) Universo.

III. ( ) Pancadaria.

IV. ( ) Segurança.

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GabaritoEstrutura das palavras

1. a) O titulo Camelôs tem como último morfema a desinência nominal de número (DNN), pois esse morfema -s, nessa palavra, indica a flexão de plural.

b) balõezinhos e homenzinhos, macaquinho e cachorrinho e abençoado e engraçado.

c) As respostas podem variar, todavia devem aparecer os seguintes pontos:

– a palavra “cor” tem como estrutura apenas o radical;

– palavra atemática;

– Ressaltar que no plural a vogal temática reaparece.

d) As primeiras significam morfologicamente algo, as segundas servem apenas para ligar a base ao afixo.

e) sim. “homenzinho” pois a consoante –z apenas liga a base ao sufixo –inho.

f ) I.

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