Lobisomem - O Apocalipse - Livro Dos Augurios

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 Lobisomem: O ApocalipseLobisomem O ApocalipseUm Livro de Referência para Personagens de

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Por Matt McFarland, Deena McKinney e Julian Mensch L bis m m criado por Mark Rein •Hagen 

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 Crditos Autores:  Matt McFarland ( Legends of the Garou eGalliard), Deena McKinney (Ragabash  e Philodox) e Julian Mensch (Introdução, Theurge  e  Ahroun).Lobisomem e o Mundo das Trevas são criaçes de Mar!"ein#$a%en&istema &toryteller desenvolvido 'or Mar! "ein#$a%enDesenvolvimento: than &!em'Editoria: ileen . MilesDireção de Arte: ileen . MilesArte:  John *rid%es, &teve +rescott, Je "ebner, "on&'encer e Melissa -ranArte da Capa: &teve +rescottDesign, Layout e Diagramação: ileen . Miles

 Cr  ditos da Edi‹o Brasileira Título Original: *oo! o us'icesEquipe de Tradução:Introdução Folha do utonoLendas dos !arou /ho!osCapítulo "   /ho!os, Die%o, rtur, ndr0 e $ooli%anCapítulo #   /ho!os, Joison, "onaldo e *oneCapítulo $   /ho!os, %ni e 1ustavoCapítulo %   /ho!os, Moonlover, ndr0 e "onaldoCapítulo %   /ho!os, 2i3ir, Moonlover, $iro e K&evisão do Te'to: 1ustavo, Folha do utono, /ho!os e4nsane.2i3irCapas: "1T

Diagramação: Folha do utono(ossa Comunidade no Or)ut*htt'566777.or!ut.com6/ommunity.as'89cmm:;<=><?@>

Dedicat—ria Especial   Jessica $anna, %rande Ao%adora e ainda ami%a ainda

maior. BCs sem're sentiremos sua alta, $eather, e*en!amin.

Há um mundo maravilhosopara ser salvo!

sse livro oi eito 'or 'essoas ue nem seconheciam no inEcio, mas ue tinham um deseAocomum e isso oi o bastante 'ara nos reunirmos

em torno de al%o maior. &C ueremos e a3emos, eisso d certo. sabe 'oruG9

+orue o mundo H cada ve3 mais H 'recisa de%ente como nCs, 'essoas ca'a3es de a3er

verdadeiros mila%resI+rovavelmente vocG tem um com'utador 'ara

estar lendo isso, deve ter internet 'ara ter bai8adoesse 'd, uem sabe at0 uma im'ressora. &C ue

tem %ente ue não tem nada disso e sC 'recisa domais bsico. &endo assim, aAude o uanto 'uderI

sse ser nosso 'a%amento.ntão 'orue não se unir a nCs e 'ara a3ermos

Auntos a dierença9

ui'e do Bação 1arou(ste 0 nosso = livro e oi 'ublicado em ;<6bril6<)

? Nhite Nol +ublishin%, 4nc. Todos os Direitos "eservados. re'rodução sem a'ermissão escrita do editor 0 e8'ressamente 'roibida, e8ceto 'ara o 'ro'Csito de resenhase das 'lanilhas de 'ersona%em, ue 'odem ser ser re'rodu3idas 'ara uso 'essoal a'enas.Nhite Nol, 2am'iro a Mscara, 2am'iro a 4dade das Trevas, Ma%o a scensão eMundo das Trevas são marcas re%istradas da Nhite Nol +ublishin%, 4nc. Todos osdireitos reservados. Lobisomem o 'ocali'se, Nraith the blivion, /han%elin% o&onhar, $unter the "ec!onin%, Nere7ol the Nild Nest, Ma%o /rusada dos Feiticeiros,

Nraith the 1reat Nar, *oo! o Nyrm, *oo! o Neaver, "a%e cross the $eavens, 1host To7ns, 8is Mundi the *oo!o &'irits, $en%eyo!ai Metamoros do riente, Tribeboo! *lac! Furies e *oo! o Norlds são marcas re%istradas da NhiteNol +ublishin%, 4nc. Todos os direitos reservados. Todos os 'ersona%ens, nomes, lu%ares e te8tos são re%istrados 'elaNhite Nol +ublishin%, 4nc.

menção de ualuer reerGncia a ualuer com'anhia ou 'roduto nessas '%inas não 0 uma aronta a marcare%istrada ou direitos autorais dos mesmos.

sse livro usa o sobrenatural como mecOnica, 'ersona%ens e temas. Todos os elementos mEsticos são ictEcios e

direcionados a'enas 'ara diversão. "ecomendaHse cautela ao leitor.

4M+"&& BD F" M4& M /BT

2  Livro dos Augúrios

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 Conteœdo  Lendas dos Garou: Quatro de Cinco 0 5  Introdu‹o: Amados por Luna 13 Cap’tulo Um: er!untas "em #espostas $#a!a%as&' 1( Cap’tulo )ois: Guardi*es dos +ist,rios "a!rados $-&eur!e' 3( Cap’tulo -r.s: Lei e /rdem $&ilodo' 5  Cap’tulo Quatro: 2el&os Contos e o4as Can*es $Galliard' ( Cap’tulo Cinco: 2in!adores da +‹e "a!rada $A&roun' 113

Conteúdo 3

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Quatro de Cinco“De qualquer forma, esse é o trato. A tribo está

disposta a nos patrocinar — e por ‘patrocinar’, eu querodizer ‘nos dar muito dinheiro’ — se nós concordarmos.”le bateu a cinza de seu ci!arro e me deu aquele sorrisocom os lábios apertados no"amente. u n#o fa$o idéia de

como ele faz isso — o cara conse!ue dar um sorriso deorelha a orelha sem separar seus lábios. % !rotesco.

u abanei a fuma$a e olhei pela &anela. u estouconsiderando sua oferta e n#o é pela !rana. 'orra, eu fizdinheiro suficiente — minha linha de outono está indomuito bem. % a idéia de participar de uma matilha. usinto falta disso. com o patroc(nio da tribo, nóspro"a"elmente poderemos "ia&ar. )sso seria um ótimob*nus — uma das muitas raz+es pela qual eu sempre fuireceosa em participar de uma no"a matilha é que eu ficotensa quanto a me en"ol"er demais com uma seita.

le n#o ali"iou. “eria ótimo, -orina. ós ser(amos

praticamente a /nica matilha uni0tribal operando nopa(s. u &á ou"i de "ários l(deres de seita em quatrodiferentes cidades que eles ficariam muito satisfeitos quenós os "isitássemos, a&udássemos,” ele pausou para dar ummaior efeito, “compartilhássemos histórias.”

-retino.u nunca contei muitas histórias em minha anti!a

matilha. #o sei o moti"o. 'ro"a"elmente porque nossabase era na 1unda$#o 2al3enber!, n#o um caern, ent#onós n#o t(nhamos uma assembléia mensal, o quesi!nifica"a que n#o t(nhamos um horário fi4o para ui"arpara a lua.

“nt#o, quem ser(amos5” le se e4citou com aper!unta

“er(amos eu, "oc6, 7ac3 —  "oc6 sabe, o cara

herbalista — e 8o9e.”Al!o errado por aqui.“#o apenas quarto, lton.” le deu de ombros.

“#o, eu di!o, isso n#o é uma matilha completa.” umostrei meus cinco dedos. “u sou uma :alliard, "oc6

um 8a!abash, 7ac3 é um ;heur!e e 8o9e é um 'hilodo4.<nde está o nosso lua cheia5” obrou apenas meu dedomédio er!uido, mas ele n#o percebeu.

lton apa!ou seu ci!arro. “=em, nós t(nhamosinforma$+es sobre um !aroto, mas ele foi mortodefendendo um caern fora de 'hoeni4. % duro, mas eurealmente acho que nós podemos prosse!uir sem umAhroun.” le sorriu for$osamente. “#o é como se todos

n#o soubessem como lutar, certo5”u balancei minha cabe$a. “%, é parecido com o que

nós diz(amos também e isso quase nos matou. ‘#o écomo se todos  n#o conhec6ssemos a >itania.’ -risto,

como em um desenho animado,”“Do que "oc6 está falando, -orina5”u me le"antei e pe!uei uma !arrafa d’á!ua da

!eladeira dele. ?inha "oz n#o está acostumada adiscursos, o que é muito embara$oso.

“Dei4e0me contar uma história.”@ @ @

“;udo bem, caras, escutem.” oe ?cBenna saiu das!rades principais da 2al3enber!. < resto de sua matilhasentada sobre um toldo na sombra. -orina e te"enesta"am &o!ando 9ar, com >Csistrata obser"ando etentando descobrir as re!ras.

oe entre!ou uma foto!rafia de um &apon6s para-orina. “-omo é o seu &apon6s5”

“3oshi,” ela respondeu. oe assentiu.

Lendas Garou: Quatro de Cinco 5

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“=om. -aras, nós estamos procurando por iro atsu3o. n!enheiro de soft9ares em eattle.” te"esorriu — eattle era sua cidade natal. “;em uma seitapor lá chamada -éus de 'edra. m sua maioria compostapor Andarilhos do Asfalto e al!uns enhores dasombras, eu acho. #o podemos abrir uma ponte da luaaté lá — eles s#o cautelosos com o uso de pontes, e4cetoem emer!6ncias — mas eles disseram que nós podemosche!ar até lá.”

>Csistrata colocou seu quei4o no colo de te"en.“ós sabemos se ele é :arou5”

oe en4u!ou sua testa — mesmo na sombra, o calorde EComin! era imenso. “im, com certeza. 8elatos deum 'arente dos 8oedores de <ssos bisbilhoteiro. < pobre!aroto "iu iro sair de seu carro, se "irar e come$ar aperse!uir um cara que caminha"a com seu cachorro.Disse que ele corria em quatro patas, mas ele n#o passoude sua forma :labro.”

“=em, isso é uma b6n$#o.” te"en se espre!ui$ou.

“nt#o ele ainda é funcional5 Ainda "ai ao trabalho5”“im, e"identemente ele n#o está em uma situa$#ot#o ruim quanto o primeiro >unático que nósperse!uimos.” la cutucou -orina com o ded#o. “Di!aal!uma coisa, !arota.”

-orina se le"antou. “2oc6 sabe o que eu "ou dizer. %estranho, apenas quatro de nós.”

“Fual a lua do filhote perdido5” >Csistratano"amente, a!ora sentada em seus quadris para encararseus companheiros de matilha.

“#o sei, >Cs,” respondeu oe. “;al"ez ele se&a ummeia0lua, e nós possamos fazer -orina se sentir melhor.”

la &o!ou seu cabelo para trás e amarrou com umabandana. “De qualquer forma, "amos nos me4er. osso"*o sai em tr6s horas.”

@ @ @“nt#o "oc6s eram apenas quatro também5” le

acendeu outro ci!arro. u assenti. u achei que ti"essedei4ado isso bem claro.

“im, nós n#o t(nhamos um 'hilodo4. A 1unda$#o2al3enber! n#o se permitia ser e4i!ente. u nem mesmoestou certa se atualmente eles possuem uma ?atilha de=usca, dei4ada de lado mesmo com cinco componentes.

“ ent#o, "oc6s acharam esse tal de iro5”

u olhei para a &anela desconforta"elmente. “im,nós achamos.”@ @ @

< a"i#o che!ou sem problemas. les foram até ocaern em uma "an alu!ada, oe diri!indo, -orina comsua escopeta ensaia"a seu &apon6s, te"en e >Csistrataluta"am amistosamente no assento de trás. lesatra"essaram as di"isas da eita dos -éus de 'edra lo!odepois do sol se p*r e -orina discou um n/mero em seucelular.

“im5”la se esfor$ou para lembrar o método apropriado de

apresenta$#o. A maioria das seitas de Andarilhos doAsfalto n#o era muito formal, mas essa tinha umconsiderá"el contin!ente de enhores das ombras. 'or

que ela n#o tinha se importado de aprender essas re!ras5“Gmm... oi. ós somos a ?atilha de =usca. Aqui é

-orina =laine.”Gm suspiro irritado. la se esqueceu de al!o.“A ?atilha de =usca da eita da...bem, n#o é bem

uma seita, nós somos da 2al3 — ”“Aqui é 'ere!rino0da0scurid#o, um Ahroun dos

enhores das ombras e :uardi#o da eita dos -éus de'edra. "oc6s s#o5” -orina sentiu a humilha$#o crescerem seu interior e transformar em f/ria. la de"eria sabero que ele iria querer.

“'resas0na0=orda0Afiada, :alliard dos Andarilhosdo Asfalto e membro da ?atilha de =usca.”

<utro lon!o e sofrido suspiro. “<nde está o seualfa5”

“Diri!indo,” -orina ran!eu os dentes. oe olhoucom se"eridade.

il6ncio por um momento, ent#o a "oz disse a elespara "irar em um estacionamento na pró4ima esquina.-orina conduziu a "an H esquerda e desceu uma rampa.les estacionaram no n("el mais bai4o, com nenhumoutro carro H "ista. <s quatro sa(ram da "an e olharam Hsua "olta. -orina tentou o celular no"amente, masesta"a fora de área.

“=em, e a!ora5” per!untou oe.“u n#o sei,” respondeu -orina. le n#o me disse

nada. Ele deveria ter dito? la pensou.< ar tremulou e um homem &o"em apareceu "indo

da Gmbra. le parecia ter cerca de "inte anos e tinhasuas man!as enroladas para mostrar as cicatrizes em seusombros. le olhou a matilha de cima a bai4o e ent#oper!untou quem era o alfa.

oe deu um passo H frente. “u. oe ?cBenna.” <nome comum n#o caiu muito bem. oe tinha um nome:arou, é claro, mas raramente o usa"a.

“;udo bem, oe, "oc6 e sua matilha, si!am0me. <l(der da seita quer falar com "oc6s.”

les subiram a rampa e atra"essaram a rua. >Csistratapendurada nos ombros de te"en, assustada com a cidademas mara"ilhada com as no"as perspecti"as que a formaomin(dea lhe da"a. oe papeou com “'ere!rino0da0scurid#o,” na tentati"a de retirá0lo do modo :uardi#ocara fechada. -orina tenta"a lembrar dos métodos

apropriados para os cumprimentos. )sso n#o de"ia serpapel de oe5< :uardi#o os conduziu por um prédio de escritórios

até um ele"ador. le e oe esta"a con"ersando,comparando notas sobre a melhor forma de causar danomá4imo a um oponente sem sair da forma >upina.>Csistrata obser"ou a con"ersa al!umas "ezes, mas te"emuitos problemas em acompanhar a con"ersa em in!l6s ecome$ou a resmun!ar com a m/sica do ele"ador. Asportas se abriram e re"elaram "ários lobisomens em umsal#o aparentemente confortá"el.

Al!uém — uma mulher loira "estindo um terninho

"ioleta—

 se le"antou e caminhou na dire$#o deles. Aescolta deles permaneceu no ele"ador, e a ?atilha de=usca ficou desconfortá"el, se sentindo como intrusos.

6   Livro dos Augúrios

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te"en le"antou sua cabe$a H medida que se esfor$a"apara ou"ir um som que sumia. les ha"iam cruzado abarreira em al!um lu!ar entre aqui e a rua.

A mulher loira olhou para eles de cima a bai4o eesperou. oe e -orina se entreolharam ner"osas e ambasderam um passo a frente simultaneamente. -orina deuum passo para trás.

“<bri!ada por sua hospitalidade.” -orina podia dizerque oe esta"a tentando n#o rir. 1ormalidades faziamcom que a Ahroun ficasse ner"osa e insolente. “u souo...er, =ri!id Alma obre, uma Ahroun dos 1ianna ealfa da ?atilha de =usca.” la pausou. enhuma respostada mulher loira. -orina silenciosamente dese&ou que suaalfa n#o dissesse nada est/pido.

 #o funcionou. oe er!ueu e balan$ou sua m#o nafrente da lobisomem loira. “<i5”

A mulher deu um passo para trás e enroscou seuslábios em um resmun!o. “<lá, filhotes. Gma pena quen#o há muitos meia0luas em 2al3enber!.” Diabos,

-orina pensou,  o que nós esquecemos?  A mulhercontinuou. “u sou Eanda Gdin, ou <lhar do Assassino,se preferirem. u sou uma Ahroun. Andarilha do Asfalto. sou a "i!ia desse caern.” la olhou para cada um delesde cima a bai4o. “'ara refer6ncias futuras, nós preferimospessoas que se "istam como se esti"essem a ne!óciosaqui. Fuando nós recebemos "isitantes "estidos como"oc6s, é estranho. e os an!uessu!as ti"erem a!entesespionando nossos prédios, um !rupo de pessoas em &eanse roupas des!astadas parece... fora do lu!ar.” la parouseus olhos em -orina, que era o /nico membro damatilha em "estimentas apropriadas. “2oc6 é -orina=laine, n#o é5”

-orina assentiu. “im, sou eu. <u ‘'resas0na0=orda0Afiada’, se "oc6 preferir.”

Eanda sorriu for$osamente. “u amo o seutrabalho.”

-orina sorriu de "olta. “<bri!ada. a "erdade eudesenhei esse top.” oe olhou para -orina — a Ahrounsentia !rande pesar pela profiss#o dela e a quantidade detempo e esfor$o que requeria. ;odos os quatro membrosda ?atilha de =usca tinham passado pela 'rimeira?udan$a relati"amente tarde em suas "idas e se "iramentre suas carreiras, escola ou Ino caso de >CsistrataJ

apenas "i"endo a "ida quando foram chamados paraser"ir :aia. -orina simplesmente n#o esta"a disposta adei4ar sua anti!a "ida para trás — mesmo com todos osperi!os que andar entre os humanos oferece.

Eanda fez um !esto em dire$#o ao sal#o. “ir"am0sede café ou o que preferirem. 7ules estará aqui eminstantes.”

• • •

“7ules5”lton esta"a ou"indo, mas n#o de forma e4tasiada.

u decidi pular um pouco H frente. “im. le era umenhor das ombras, ent#o está"amos todos nós

esperando que ele fosse escorre!adio e no !eral um cuz#o. o entanto, ele foi um cara bem bacana. 1alou aosoutros al!umas merdas de como está"amos "estidos e

uma pequena li$#o de procedimentos apropriados paraapresenta$+es, mas em tom de brincadeira.”

“im, e da(5 u di!o, soa como o fato de que "oc6sn#o tinham um 'hilodo4 n#o deu muito trabalho. 2oc6spassaram um pouco de "er!onha por estarem mal"estidos, mas quem li!a pra isso5

u suspirei. “1icou pior. ós passamos a noite naseita — n#o fomos le"ados para "isitar o caern, o que foium pouco desapontador, mas eles n#o confia"am na!ente o suficiente. 'ela manh#, nós sa(mos e decidimosnos focar no escritório de atsu3o e a!arrá0lo quandonós sa(mos aquela noite. eria muito mais fácil com um'hilodo4 para confirmar que ele realmente era :arou.”

lton le"antou sua cabe$a. “Achei que "oc6 poderiafazer isso.”

u dei um !ole na minha á!ua. ?inha !ar!antaesta"a ferida. “A!ora eu posso. ssa foi a se!unda miss#oque recebemos como uma matilha. u ti"e que enfrentaruma busca espiritual para aprender esse Dom e le"ou umm6s inteiro.” u sorri com a lembran$a. Aquele pequenoesp(rito me fez passar por maus bocados, mas "aleu apena. “u parti nessa miss#o lo!o quando "oltamos H1unda$#o.”

“-om atsu3o5”“2oc6 quer ou"ir o resto da história5”“im, desculpa. -ontinue.”

@ @ @A corpora$#o em que atsu3o trabalha"a fica"a em

um pequeno área de ne!ócios nos arredores de eattle.te"en conhecia bem a área, ent#o oe dei4ou elediri!ir, mas olha"a para a &anela e ocasionalmente selamenta"a. la fica"a en&oada com carros rapidamente.

-orina senta"a no banco de trás e obser"a"a opequeno peda$o de "idro amarrado no espelho retro"isor!irar, apanhando a luz do sol. le aponta"a para iro atsu3o, !ra$as Hs habilidades de te"en com rituais. A"an che!ou até o estacionamento do local e o peda$o de"idro aponta"a direto para a porta. “=em,” disse te"en,“parece que ele está no escritório.”

oe abriu a porta. )sso dei4ou -orina ner"osa —

oe era impetuosa em seus melhores dias. “<nde "oc6está indo5”

A alfa da matilha pu4ou seu cabelo para trás e

amarrou com sua sempre presente bandana, um sinalclaro de que ela esta"a preparada para a$#o. “u "ou terumas pala"rinhas com ele.”

-orina abriu a porta e se p*s na frente da Ahroun.“oe, "oc6 tá maluca5 >embra do que aconteceu da/ltima "ez5 ós ti"emos que perse!uir aquele pobre lobopor tr6s milhas porque ele poderia sentir que nós éramosdiferentes de al!uma forma. uponha que ele seenfure$a5”

oe sorriu. “Azar o dele.”-orina olhou em busca de a&uda para a "an. te"en

esta"a obser"ando, mas -orina sabia que ele n#o diria

nada. le odia"a confronta$+es. >Csistrata n#o tinhaidéia das implica$+es do que oe esta"a su!erindo. uestou sozinha aqui, eu acho. -orina buscou em sua

Lendas Garou: Quatro de Cinco 7 

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mente uma história ou parábola sobre ser meio est/pido,mas n#o "eio nada na cabe$a. “2oc6 n#o pode ir lá comose — ”

“'osso. % muito mais rápido dessa forma. u "oufazer ele "ir aqui falar com a !ente. ós podemosderrubá0lo se for necessário.”

-orina olhou em "olta do estacionamento. la n#o"iu nin!uém por lá, mas ainda era cedo. “?erda, oe,esse cara n#o está fora de controle, &á que ele aindatrabalha. le pro"a"elmente está t#o assustado quantonós está"amos.” la se encheu de inspira$#o. “>embraquando "oc6 me disse da "ez em que perdeu a cabe$a namercearia e come$ou a masti!ar um bife no armário decarnes5”

oe se en"er!onhou e -orina percebeu suassobrancelhas repentinamente se tornando mais escuras emais !rossas. Oops. Talvez tenha sido a coisa errada a

dizer. “2oc6 "ai sair do caminho, -orina5” A "oz tinhaum som distinto. oe esta"a perto de seu limite.

-orina en!oliu em seco. “#o. 2oc6 "ai colocartodos nós em peri!o.” >Csistrata, percebendo a tens#oentre elas pulou da "an e sentou em sua forma >upina,olhando de uma para a outra. te"en desafi"elou seucinto de se!uran$a e sentou, ner"osamente, obser"ando oespelho.

“;udo bem.” oe atacou e -orina lo!o esta"a noch#o tentando respirar. la lutou contra a f/ria crescenteem seu interior, mas ou"iu seus li!amentos se romperemenquanto passa"a para :labro. oe, claro, assumiu issocomo um desafio. la fincou suas botas nas costelas de-orina. A dor rapidamente sumiu —  oe ainda esta"a

em sua forma omin(dea e n#o esta"a realmentetentando ferir sua companheira de matilha —  mas-orina esta"a tendo problemas em permanecer nocontrole. la sabia que podia tentar se le"antar, o queoe encararia como um desafio, ou se sub&u!ar, o quesi!nifica"a que a quest#o esta"a encerrada.

-orina sentiu seus dentes se alon!arem e seusm/sculos tencionarem. Porcaria, mantenha calma, elapensou. oe pro"a"elmente a mataria e, mesmo se n#oche!asse nesse ponto, a bri!a poderia atrair aten$#o. lacontou até dez e come$ou se er!uendo em uma posi$#ode &oelhos. oe se afastou com o punho cerrado, mas

-orina instinti"amente mostrou sua !ar!anta. oerela4ou. “Acabou5”-orina se le"antou. “2oc6 come$ou com isso. ?as

se "oc6 quer causar todo esse estardalha$o, certo, é o seusho9. ?as eu n#o "ou entrar lá nessa forma.”

“'or que n#o, diabos5”A Andarilha do Asfalto apontou para suas roupas.

“'orque eu sou uma pessoa relati"amente famosa, esse éo porqu6. Al!uém me reconhece e eu perderei toda aminha carreira e, francamente, eu n#o acho certo perdertudo isso porque — ” ela parou. oe n#o esperou que elaterminasse de falar.

“=om. Dei4e0me dizer. >Cs, te"en, "#o pela Gmbrae "e&am se conse!uem achar o cara. -orina, espere aquina "an. u "ou entrar lá para "er se consi!o fazer com

que ele saia.”>Csistrata pulou na "an e encostou seu quei4o na

perna de te"en. Gm momento depois, elesdesapareceram. oe olhou para -orina. “Apenas fique de"i!ia. Acha que pode lidar com isso5” -orina n#o se deuo trabalho de responder, ela apenas bateu a porta da "an.oe se "irou e caminhou na dire$#o do prédio.

-orina se sentou no banco da frente da "an,olhando para ela mesma pelo retro"isor. A f/ria tinhapassado e a!ora ela se sentia amar!a. la tinha umasensa$#o de que esta"a errada, de que ela de"eriasimplesmente ter acompanhado o plano de oe Idaforma como eraJ desde o in(cio, mas n#o conse!uiaentender o porqu6. la mudou desconforta"elmente emseu assento, dese&ando que te"en ti"esse estacionado a"an de frente para a porta. la procurou pelas cha"es edescobriu que elas se foram, te"en de"e t60las colocadono bolso.

la pensou em espiar na Gmbra, apenas para "er seconse!uia saber onde >Csistrata e te"en esta"am, masdei4ou para lá. la pe!ou uma a!enda e olhou seuscompromissos para a pró4ima semana — o"a )orque naquinta0feira, que dro!a. la pensou sobre a linha deoutono e qu#o pouco trabalho ela colocou nisso. ;oda"ez que tenta"a desenhar roupas, ela "ia p6los e san!ue.la se tornara lobisomem demais.

-orina sorriu melancolicamente e retocou suamaquia!em. la ansia"a por al!uma história, al!umaparábola que a&udaria isso fazer al!um sentido, mas todasas histórias que ela conhecia aconteceram a milhares deanos atrás. #o era t#o ruim entre outros Andarilhos doAsfalto, mas ela conheceu apenas um :alliard de suatribo e ele tinha um &eito de “primiti"o urbano”. la n#oconse!uia estabelecer uma li!a$#o.

A "an balan$ou repentinamente quando >Csistrataapareceu da Gmbra. “'roblemas,” ela resmun!ou.

-orina se "irou em seu assento. “< que aconteceu5”“< irm#o perdido nos teme. e trancou em uma

ca"erna. ;odo mundo !rita.”-orina bateu sua m#o na testa. “:rande.” -om

certeza, a porta do escritório se abriu e as pessoascome$aram a sair. Gm momento depois, te"en apareceuna "an.

“#o funcionou e4atamente como o plane&ado.”“?erda,” resmun!ou -orina. “ a!ora5”“2amos esperar por oe, eu acho. la foi até ele,

pediu com um &eito de flerte para ele sair e con"ersarcom ela, e ent#o, ele entrou em pKnico. -orreu para oalmo4arifado e se trancou, !ritando em &apon6s.” te"enapontou com a cabe$a para as pessoas que se a!rupa"amao redor das &anelas, obser"ando atentamente. “lesficam falando dele estar enlouquecendo. A pol(ciapro"a"elmente &á está a caminho —  todo mundo estáparanóico com os disparos no escritório.”

“%, bem, isso pode ficar pior do que um tiroteio.

?erdaL” -orina socou o "olante em frustra$#o. oepoderia ainda estar no prédio... ou n#o. Ainda assim, atsu3o ob"iamente tinha rea!ido de forma ne!ati"a a

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 ela Ioe e"identemente n#o conse!uia mascarar o efeitode sua f/ria nas pessoasJ e entraria em pKnico — ou pior— se ela o confrontasse no"amente. -orina se le"antou.“u "ou entrar.”

>Csistrata olhou ner"osa para ela. “-om a alfa aindalá dentro5”

-orina resmun!ou. “#o importa. e esse cara estáem pKnico, eu de"o ser capaz de acalmá0lo. u n#oassusto as pessoas tanto quanto oe e eu falo um poucode &apon6s e além disso, eu me encai4o um pouco melhordo que "oc6s.” la saiu da "an e foi na dire$#o do !rupode pessoas.

<s empre!ados obser"aram0na H medida que ela seapro4ima"a da porta, mas nin!uém tinha cora!em dedizer nada. la empurrou a porta e deu de cara com um&o"em carre!ando uma caneca onde se lia “=lac3 Do!:ame 1actorC.” le olhou para ela e se ruborizou, eapontou para dentro do escritório. “;em um cara... e... euacho — 

“;udo bem,” disse -orina. “u "ou tentar falar comele. u falo &apon6s.” < homem sorriu, de maneiraner"osa e se esqui"ou dela e saiu pela porta. Pobre nerd,ela pensou.

< escritório era um labirinto de cub(culos, n#o alto

o suficiente para obstruir sua "is#o. la percebeu queal!umas das paredes dos cub(culos tinham sidoderrubadas, papéis e li4o de escritório esta"a pelo ch#o.

Deve ter sido aqui que Zoe o encontrou. la seper!untou para onde teria ido sua alfa.

Gm !rito s/bito chamou sua aten$#o. la se!uiu osom até o fundo do escritório e a"istou uma porta escrita“uprimentos”. Al!uém do outro lado !rita"a em&apon6s. -orina n#o entendeu muito, mas o que elaentendeu n#o a surpreendeu. < homem !rita"a a respeitode “monstros” e “noite”. e o cara n#o fosse umlobisomem >unático, ele certamente a!ia como um.

“Fue porcaria "oc6 está fazendo aqui5”-orina se "irou para encontrar oe lo!o atrás dela.

la ha"ia perdido sua camisa e seus trapos, esta"a lá comsua bandana, um suti# esporti"o e um par de botas. laparecia rid(cula. “<nde est#o suas roupas5”

“;i"e que mudar de formas e as perdi. las est#o pora(. A!ora, me responda.”

“-omo é o seu &apon6s5 u achei que eu teria umachance melhor de falar com ele do que "oc6.”

oe "irou seus olhos. “Fue bom que pensou issoa!ora. Achei que n#o queria ser reconhecida.”

< ru!ido dei4ou a !ar!anta de -orina antes que elapudesse impedi0lo. “;udo bem, &á che!a. #o temoscoisas mais importantes pra fazer5”

oe apontou para o armário. “1ique H "ontade.”-orina bateu !entilmente na porta. “iro0san5 ?r.

 atsu3o5” Gma série de baques, como se ele esti"essechutando a porta repetidamente. “ós estamos aqui para

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a&udar.”“'ro inferno com isso,” sussurrou oe. “2amos

derrubar a porta, pe!á0lo e percorrer atalhos.”“2oc6 &á tentou fazer isso com um >unático5”

-orina n#o se importou em "irar para responder aper!unta.

“#o”“nt#o, como "oc6 sabe que isso "ai funcionar5”“?erda, eu n#o sei.” oe chutou uma cadeira. “%

apenas uma tentati"a. Fuem de"eria saber sobre esse tipode coisa5”

-orina n#o se importou em responder. la esta"apensando na sua 'rimeira ?udan$a. “<u$a, al!uémtentou uma apro4ima$#o direta comi!o na minhaprimeira "ez, também. ra meu pai. u &á te disse o queaconteceu com ele5”

“ós n#o temos tempo para uma história, -orina.”“Apenas escute. le tentou ser um “pai moderno”

comi!o, mas isso apenas me dei4ou ainda mais maluca.Fuando ele fala"a comi!o como meu  pai, como se eleesti"esse tentando me intimidar, eu recua"a.'ro"a"elmente esse é o moti"o pelo qual ele ainda está"i"o, coitado.”

“<3, eu entendi.” oe bateu na porta. “iroL aiada(L ós estamos aqui para a&udar, nós n#o temos muitotempos antes que —” la n#o te"e a chance de terminarantes que a porta fosse pelos ares, arremessando oe nasparedes dos cub(culos. iro saiu do almo4arifado, a!oraem sua forma -rinos. eu p6lo era completamente ne!roe seu peito bem !rande, mas ele se mo"ia com uma !ra$aque -orina nunca "ira em um lobisomem. le se "iroupara a Andarilha do Asfalto e mostrou suas !arras emdesafio. Oh, Deus, ela pensou. Ele deve pensar que eu

sou uma presa, uma parceira ou algo do tipo. Ele

 puro instinto. !ue merda eu "a#o?

Gm ru!ido feroz do outro lado do escritório decidiuisso. oe saiu do meio das paredes dos cub(culosderrubadas em sua forma ispo e !olpeou o corpo do>unático. la o derrubou e a!arrou seu pesco$o com suaspresas.

-orina ou"iu sirenes. Desesperada, ela falou nal(n!ua :arou. “oe, nós temos que sair daquiL”

iro compreendeu a lin!ua!em, se n#o o

si!nificado. ntretanto, essa compreens#o pareceuassustá0lo ainda mais. le colocou as palmas de suas m#osno ch#o e se le"antou. oe, surpreendida e distra(da porsua companheira de matilha soltou a mand(bula. irorecuou e mostrou os dentes para as duas.

“?uito obri!ado,” resmun!ou oe. A 'el(cula seras!ou e te"en e >Csistrata apareceram ao lado de seuscompanheiros de matilha. >Csistrata se quei4ouM assirenes a dei4a"am desconfortá"el. te"en olhou porcima de seu ombro, para as pessoas boquiabertas na&anela. les pro"a"elmente n#o podiam "er claramentepara perceber o que esta"a acontecendo, mas as not(cias

locais certamente teriam histórias sobre isso.-orina sussurrou em :arou. “>Csistrata, seu Dom.Acalme0o.” A 1/ria e!ra olhou para sua companheira

de matilha e ent#o para sua alfa, para apro"a$#o. oeconsentiu e raste&ou ao redor como se fosse flanqueariro.

< >unático se!uiu a amea$a mais ób"ia, e por umse!undo, ele deu as costas H >Csistrata. la lan$ou0se Hfrente e cra"ou a pata em seu flanco. -orina "iu suae4press#o mudar de medo e f/ria para serenidade, mas elasabia que isso n#o ia durar muito. la a"an$ou e colocousua m#o em seu !i!antesco ombro.

la con"ersou com ele calmamente, em &apon6s,tentando confortá0lo. oe se afastou um pouco e "oltou Hsua forma humana para falar com te"en. >Csistrataresmun!ou com ur!6ncia. “-arros se apro4imam.”

-orina se apoiou no peito de iro, sabendo queenquanto esti"esse na forma omin(dea, ele poderiamatá0la com uma mordida. m :arou, tranquilamente,ela disse, “2olte, iro. 8ela4e seu corpo e "olte H suaforma.”

“'assos se apro4imam a!ora,” rosnou >Csistrata. oefoi H frente.

“ós temos que ir. Dei4e o >unático se ele n#o podenos se!uir, nós o pe!aremos depois, em um asilo ou al!odo tipo.”

-orina permaneceu calma, mas olhou para sua alfa.“ós n#o nos dei4amos para trás.”

“Desde quando isso é parte da >itania5”-orina fez uma zombaria. “ $oc% é capaz de recitá0

la5”“A >itania5” <s :arou "oltaram seus olhares para

iro. le esta"a de pé, nu, em sua forma omin(dea. uaface esta"a corada de "er!onha e ele tremia. &m susto e

ele vai direto para o "renesi, pensou -orina.oe olhou para sua matilha. “;udo bem, "amos

esperar que isso funcione, "amos tirar esses caras daqui.te"en, tente o que puder para colocar o filhote naGmbra —  tal"ez o seu unicórnio de estima$#o possaa&udar. te"en se enfureceu, mas n#o respondeu. “u "ouse!urar a pol(cia do lado de fora.”

-orina balan$ou a cabe$a. A pol(cia n#o precisava

ser contida, se a ?atilha de =usca pudesse desaparecer naGmbra, eles poderia ir até a eita dos -éus de 'edra. oen#o esta"a pensando na matilha ou na se!uran$a deles,ela esta"a apenas ali"iando a tens#o. ?as te"en e

>Csistrata &á esta"am desaparecendo, te"en se!urando am#o do >unático assustado e murmurando calmamentecoisas para ele.

“oeL” -orina n#o sabia o que ela iria dizer, elatinha que impro"isar.

“< qu65” A Ahroun n#o se deu o trabalho de "irarpara ela.

“Dei4e os policiais em paz.”oe esticou a cabe$a e lentamente se "irou. “stá me

desafiando de no"o5”“#o. u estou te dando um conselho. Dei4e0os em

paz. ós podemos simplesmente sair.”

Do lado de fora, a "oz de um policial, ampliada porum me!afone, fez com que as duas despertassem. “ósestamos entrando. -oloquem suas armas no ch#o.” 'e

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 pergunto que bobeira contaram para eles, pensou-orina.

oe olhou sua companheira de matilha de cima abai4o. “'or que eu de"eria5”

A inspira$#o che!ara. “u "ou lhe dizer por qu6.>embra o que 2ictor disse antes de nós sairmos5 obre aoutra ?atilha de =usca e como eles se muda"amcontando apenas com o 2éu, ent#o aquele enhor dasombras idiota apareceu do nada quando eles esta"amem o"a )n!laterra e colocou todos eles em &ul!amentopor ras!ar o 2éu5 % contra a merda da >itania, oe. ainda se aplica a nós. Especialmente a nós. ós somosum e4emplo para esses caras.” la apontou para fora.

oe respirou fundo e ent#o estendeu sua m#o.“?elhor acreditar que nós iremos acertar isso depois.”-orina n#o respondeu, apenas a!arrou a m#o de sua alfae passou pela 'el(cula.

@ @ @u bebi o final da á!ua. lton olhou para mim.

?uitos :alliards que eu &á "i possuem essas pausasdramáticas nos finais de suas histórias, antes de contar ocl(ma4. Al!uns dizem que é para aumentar a tens#odramática, mas na "erdade, é apenas para molhar a!ar!anta.

le me interrompeu antes que eu come$asse a falarno"amente. :rosseiro, mas nós está"amos apenaspapeando. “nt#o, o que aconteceu5”

“=em, no final iro era um enhor das ombras —

um a33en, um dos caras do <riente. Depois de trazerele de "olta, seu 'o"o no 7ap#o esta"a bri!ando por elecom os enhores das ombras de eattle. lepermaneceu na 1unda$#o por um tempo, ent#o se foipara BCoto, eu acho.”

“< que a pol(cia disse sobre o escritório5”u dei de ombros. “#o sei. u n#o "i. A eita dos

-éus de 'edra n#o esta"a muito contente conosco, éób"io, ent#o nós n#o acompanhamos. u tenho certezade que se ti"esse ha"ido problemas maiores, nós ter(amosou"ido a respeito.”

le se inclinou para frente. “;udo bem, o fato é esse.u compreendo que "oc6s ti"eram problemas porque n#o

tinham um 'hilodo4, mas "oc6s se sa(ram bem. u di!o,fale o que quiser, mas "oc6 realmente conhecia a >itania— ”

“2oc6 está perdendo o foco,” eu disse. u n#o souuma contadora de histórias muito boa. u prefiro lidarcom multim(dia para contar histórias o que, claro, limitameu apelo quando estou fora de minha tribo. “ósestá"amos por um fio de cabelo para nos matarmos. e ospoliciais ti"essem nos "isto, ou se oe e eu ti"éssemosbri!ado, quem sabe o que poderia ter acontecido5 ?as seti"éssemos conosco al!uém que soubesse  a >itania,al!uém que ti"esse sido treinado para isso, nós ter(amosido bem, porque ele teria mencionado0a e nin!uém iriadar as costas para isso. % um trabalho importante. ;odosos au!/rios possuem papéis importantes.” u estou meirritando a!ora. lton ainda tem aquele sorrisinhoprotetor no rosto e eu n#o sei se ele faz isso de propósitoou n#o.

“u sei que nós temos. < meu é questionar as coisas,certo5 1azer com que as tradi$+es n#o nos atrase e, n#o"e&o porqu6, com uma matilha de profissionais, nósprecisamos de um Ahroun.”

u respondi de imediato. “Fuem "ai nos liderar5Fuem "ai nos inspirar5 u di!o, posso com issomomentaneamente e com o equipamento correto, masn#o em um aperto. < que acontece quando nossamatilha se "6 rodeada por Dan$arinos ou al!o assim e nóstemos que pensar rápido5 #o é suficiente que todos nós&á tenhamos passado por matilhas antes, porque nenhumde nós quatro foi escolhido por  (una  para sermos:uerreiros spirituais. 'ode si!nificar que al!uém se

machuque ou morra e eu n#o estou disposta a arriscarminha sorte nisso mais.”< sorrisinho protetor de lton se foi. 'arece que ele

está considerando o que eu disse, o que é bom. u respirofundo. u me sinto um pouco machucadaM acho que eume esquentei com tudo isso.

“=em, ent#o me responda o se!uinte,” ele disse. “<que acontecerá quando o Apocalipse finalmente che!ar etodo mundo disser, ‘esse n#o é o meu papel’5”

'uta merda, essa eu n#o sei responder.

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  ntrodução:

Amados por

Luna

 Esse é o verdadeiro erro da lua;

 Ela se aproxima mais perto da terra que de costume, E deixa os homens loucos.

— William Shakespeare, Otelo

O que um Augœrio? Pra começar, é bem mais que uma escolha de

carreira ou estereótipo. O Augúrio afeta cada aspecto da

ida do !arou" isso tem um profu#do e sutil impactosobre quem ele é e o porqu$. Augúrios #%o ape#asdetermi#am a forma pela qual o !arou ser& isto pela 'aç%o, como também de que modo ele ir& i#teragir como mu#do ao seu redor. Assim como os cl%s de ampiros eas (radiç)es de magos, a #egatia padr%o poderia serposta #a mesa isto que o !arou #%o é defi#ido por seuAugúrio e os *ogadores #%o deeriam esperar que cada!alliard se*a um *oial me#estrel ou cada Ahrou# umsa#gui#&rio desco#trolado. Os !arous s%o i#di+duos esuas #atureas tra#sce#dem a combi#aç%o t+pica de raça,tribo e augúrio que est& listada em sua pla#ilha.

-#treta#to, #esse caso, #ós equilibrar+amos isso coma #egaç%o #outra direç%o o Augúrio é importa#te. -muito. /m Augúrio não é ape#as um estereótipo ou uma

diis%o de grupos sociais de lobisome#s. Augúrios t$mdime#s)es m+sticas, espirituais e psicológicas que t$mimpacto #a perso#alidade do !arou, #a difere#ça deperspectia, #a si#gularidade de cada po#to de ista doaugúrio e #as caracter+sticas que eles compartilham. Os

*ogadores e#t%o deem ser e#cora*ados a e0plorar oarquétipo além de qualquer amputadora ou escraiadorais%o de estereótipo —  e0iste mais perersidade quecriatiidade #uma completo pacifista Ahrou# ou #um!alliard que se importa me#os com co#tos e história.

1isto que os Augúrios #%o s%o ape#as grupossociais, o que s%o e0atame#te2 -les podem sercomparados a certos sistemas sociais da ida real 3como osistema de castas da 4#dia5, mas tais comparaç)es quasesempre s%o superficiais. As castas te#tam forçari#di+duos de#tro de regras espec+ficas, *& os augúriose#olem i#di+duos para serem #ascidos com uma

imposiç%o m+stica para dada tarefa ou posiç%o social.6eido ao compo#e#te m+stico e aos laços espirituais queum augúrio represe#ta, #%o e0iste literalme#te #ada

Introdução: Amados por Luna 13

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semelha#te em #osso mu#do real, e os augúrios #%opodem ser *ulgados adequadame#te da mesma ma#eiracomo #ós podemos *ulgar qualquer i#stituiç%o da idareal. 7ertame#te, eles podem parecer durame#terestritios 8s se#sibilidades moder#as — e muitos *oe#s!arous das tribos urba#as como os A#darilhos do Asfaltodiem com o mesmo se#time#to que o sistema est&ultrapassado e precisa ser liberado. 9as e#qua#to algu#s!arous se#tem que os augúrios s%o restritios em suateoria, outros ao i#és disso se#tem si#cerame#te quesuas perso#alidades s%o i#adequadas para o papel que:u#a apo#tou para eles. ;sso soa como absurdo e muitos!arous se#tem<se gratos por terem uma posiç%o o#de elese#co#tram uma realiaç%o ge#u+#a além da raia de serforçado para um papel que eles #%o cabem. 6e fato, aprópria ra%o de se ter um augúrio, é que #um graum+stico isso é o papel da ida que é mais #atural erealiador ao ser que o possui. As estrelas e os ciclos de#ascime#to #u#ca cometem erros.

/m claro efeito colateral #isso é que a me#os queha*a algum fator prepo#dera#teme#te i#comum prese#te#a situaç%o 3tal como doe#ça me#tal, m&cula da W=rmou sofrime#to catastrófico5 um !arou pode, 8s ees,e#co#trar realiaç%o ge#u+#a em carregar os deeres deseu augúrio. > literalme#te o propósito para que ele foicriado e #ada #o u#ierso trar& t%o profu#da satisfaç%o eorgulho dig#o em ser um e0emplo para seu sig#o lu#ar.

Um Augúrio é uma profissão.  7ertame#te #%o éape#as uma profiss%o, mas esse é o melhor po#to departida mu#da#o. Se uma tribo é compar&el a uma et#ia#a ida real, e#t%o o augúrio se iguala i#timame#te coma carreira escolhida. Assim como e#ge#heiros, professoresou policiais, membros de um augúrio compartilham umaocupaç%o e um co#*u#to comum de per+cias, da#do<lhescerto coleguismo e e#te#dime#to com os outros de suaclasse. /m !arou #ecessita trei#ar #os primeiros a#ospara cumprir o papel que seu augúrio reserou para ele"e#qua#to algumas tribos particularme#te #acio#alistasquebram esse modelo, #o geral filhotes recebem muito deseu trei#ame#to de um grupo de seu augúrio, #%o de suatribo. /m !alliard precisa apre#der as le#das, umAhrou# precisa domi#ar cada aspecto da arte da guerra eum (heurge precisa apre#der as formalidades dos mu#dos

espirituais.Um Augúrio é uma mentalidade. 1isto que o deerest& i#culado a tudo que o co#some, um sig#o lu#ar deum !arou molda sua is%o do mu#do. Para um Ahrou#,o mu#do é feito de coisas que ameaçam !aia, o caer#,sua matilha e a ele mesmo" o (heurge ao i#és disso $ omu#do como uma série de mistérios a serem i#estigados,co#templados, compree#didos e fi#alme#te e0plorados.!alliards, atraés de seu estudo de co#tos le#d&rios,começam a er o mu#do como algo io, uma históriaem eoluç%o, ao passo que o Philodo0 $ esse co#*u#topera#te os termos de respo#sabilidade, *ustiça e

reer$#cia. ;sso #%o quer dier que os augúrios se*am#ecessariame#te uma r+gida doutri#a para os !arous —

muito pelo co#tr&rio, de fato. Por ter uma perspectia 

 Mudando de Augœrio Os aspectos mec?#icos da muda#ça de augúrio

de alguém s%o discutidos #o @itual de @e#ú#cia3Lobisomem, pg. BC5, mas as implicaç)es sociaisdisso deeriam ser e0ami#adas mais profu#dame#te.Predesti#aç%o é uma realidade ob*etia para os!arous e re*eitar o augúrio que a astrologia co#cedeua um !arou é e0atame#te como dar um palpite #ospla#os de !aia e :u#a. > claro que, e0istem muitasra)es para um lobisomem querer faer isso —

astrologia 8 parte, os !arous ai#da s%o seres de lire<arb+trio que eoluem atraés do tempo e mudam deacordo com suas e0peri$#cias. /m augúrio pode setor#ar um fardo, um peso morto sob as costas de um!arou trae#do<lhe sofrime#to, amargura efi#alme#te corrupç%o —  isso é bem erdadeiro emrelaç%o aos augúrios rigorosos tal qual a :ua 7heia.Além do que, #esses tempos desagrad&eis #%oe0istem eid$#cias reais que :u#a, sempre umesp+rito caprichoso, realme#te co#heça o melhor #odes+g#io das trilhas da ida para suas cria#çasmetamorfas. - mesmo se ela fosse, bem, a grama doii#ho sempre parece ser mais erde.

A pol+tica dessa muda#ça pode ariar ta#toqua#to alguém possa imagi#ar —  as tribosco#seradoras $em isso como um aba#do#oblasfemo do deer, *& as mais moder#as e#caramcomo uma Descolha pessoalE sobre o modo de er ascoisas — e os @oedores de Ossos, como de costume,realme#te #%o d%o a m+#ima import?#cia e#qua#to

os !arous estierem fae#do alguma coisa de útil paradefe#der !aia co#tra a W=rm. -#treta#to, adi#?mica social do perso#agem muda para semprepara aqueles que co#hecem sua decis%o. A is%o doslobisome#s sobre moralidade #%o é ta#to umadicotomia de bem e mal como é de #atural e #%o<#atural — e o que pode ser mais #%o<#atural quere*eitar um papel que a própria :u#a lhe reserou2(al arrog?#cia cosmológica é ista por muitostradicio#alistas como uma fraquea dos homi#+deosmoder#os —  e essa idéia é suste#tada pelo fato deque muito poucos lupus mudam de augúrio, mesmo

compara#do com o mi#úsculo #úmero de !arou queo faem./ma boa a#alogia para muda#ça de augúrio #a

sociedade !arou é a muda#ça de se0o #a sociedadehuma#a — é amplame#te dr&stico, i#compree#didoe estigmatiado socialme#te. '%o importa o qu%odogm&ticos ou tolera#tes se*am os po#tos de ista deum !arou, e0iste alguma coisa profu#dame#tei#quieta#te para eles sobre alguém decidir assumirque sabe mais do que os 7elesti#os sobre o que émelhor para si mesmo, e re*eitar suas decis)es sobreseu desti#o. A #ecessidade de alguém trocar de

augúrio #%o é #ecessariame#te ética ou moralme#teerrada — mas isso #%o sig#ifica que os !arous #%oachem que se*a.

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defi#ida sobre o mu#do e uma compree#s%o fi0a de seulugar #ele, o !arou recebe uma facilidade maior parabala#cear seu *ulgame#to e a clarea de seus atos, do quese ele fosse de uma cultura i#diidualista de auto<defi#iç%o. @eco#hecidame#te, algumas ees esse*ulgame#to simplesme#te se amo#toa e se tor#a umproblema pra os especialistas —  um !alliard#ormalme#te ir& e#co#trar um (heurge qua#doco#fro#tado com um mistério espiritual — mas o fato éque os augúrios s%o uma das coisas que os permitemsobreier com a te#acidade que possuem.

Um augúrio é uma origa!ão. Os !arous possuemuma profu#da ligaç%o pessoal com sua matilha ou seutotem de seita, mas seus laços com :u#a, por serem mais+#timos, s%o mais fortes. A própria lua é uma profu#daimagem eocatia para o !arou —  isso #%o ape#asabastece a sua Fúria" isso reafirma seu lugar #o u#ierso,da#do<lhe força para co#ti#uar luta#do #um mu#dodeastado e simbolia sua própria olatilidade, sua#aturea mut&el. Se !aia é um +dolo de adoraç%o, airgem imaculada sob cu*o esta#darte os !arous lutam,e#t%o :u#a é como uma #obre susera#a, madri#ha decriaç%o e ama#te passio#al de todos protegidos por ela.Os lobisome#s se#tem um i#cr+el pare#tesco e deoç%opara com ela, e simplifica#do, a erdade é que e#qua#toos tote#s d%o 6o#s úteis associados com uma proibiç%o,:u#a d& a eles a erdadeira ess$#cia de suas #atureasmetamorfose, Fúria e todos os poderes do Augúrio.

O custo desses 6o#s impressio#a#tes é um terr+elfardo, um deer que #u#ca ir& ter fim, mas #%o me#oscheio de uma alegria e#tusi&stica pela maioria dos

!arous. /m !alliard #u#ca dei0ar& o legado ou asabedoria de seus a#cestrais serem esquecidas. /mPhilodo0 preserar& a *ustiça e a tradiç%o até seu últimosuspiro, se preciso for. /m Ahrou# literalme#te dar& suaida para defe#der !aia qua#do a #ecessidade surgir.Além disso, eles est%o repara#do um débito t%o pesadoqua#to aquele se#tido pelos huma#os para com seusab#egados pais amados. 7omo os caaleiros medieais, oideal de deoç%o dos !arous ao seu orde#ado deer éabsoluto. > claro, o 9u#do das (reas est& lo#ge do ideale e0iste um #úmero cresce#te de !arou que traem seudeer de um modo ou de outro. (ambém como os

caaleiros medieais, a ades%o dos deeres de um augúrioé muito estiliada e formal #a cultura !arou. O sistemade @e#ome demo#stra o gra#de impacto que o augúriotem #o prest+gio de#tro da sociedade !arou e o 'arradorque dese*e e#fatiar os aspectos caalheirescos dosaugúrios deeria aplicar seerame#te as perdas de@e#ome por alguém a agir fora de seu augúrio.

 Falhando com seu Augœrio 9uito #esse liro é direcio#ado para abra#ger os

deeres de um lobisomem de um dado augúrio e como ele

pode se ali#har a ele. A suposiç%o #atural ser& que o*ogador ir& *ogar com um perso#agem que te#ta agir deacordo com seu augúrio, apre#de#do com seus erros,

amadurece#do de#tro de seu papel e ee#tualme#te setor#a#do co#fi&el para a 'aç%o !arou. Lobisomem é demuitas ma#eiras um *ogo sobre e#co#trar seu lugar eapre#der a ser aceito pela sua sociedade, se#do essa*or#ada fu#dame#tal para a represe#taç%o do augúrio #o*ogo. 9as #em todo !arou age de acordo com as3reco#hecidame#te seeras e rigorosas5 dema#das de seuaugúrio. -#t%o, o que faer com os !arous que falham2

-#tre os @oedores de Ossos, 9argaret D9agsEA#darilha<dos<Gecos #%o apre#deu #e#huma liç%o maisprofu#da do que a *ustiça é uma piada" como ela podeimpelir um Philodo0, qua#do ela #u#ca iu um por simesma para crer que ele e0iste2 Sa#gre#to é um Ahrou#que tem iido luta#do por !aia, ai#da que ele #%ocompree#da isso. Agora, ele luta ape#as por sua glóriapessoal, usa#do sua força f+sica superior para domi#arcada um ao redor dele. Sama#tha 6uas<Hrores é umabru0a #o se#tido cl&ssico — para ela, os esp+ritos s%o umrecurso a ser usado e abusado, se#do assim ela ma#témtodos ao seu redor ig#ora#tes de seus mistérios, assimcomo ela acha que um bom (heurge faria. Piotr 1o<dos<:e)es $ a erdade ape#as como um sig#ificado para umfim" a promoç%o dos Presas de Prata e a calú#ia dequaisquer tribos que buscam tomar seu poder. Woe podeser um @oedor de Ossos busca#do @e#ome em seu caer#!alliard" ele é mais traiçoeiro que um Sa#guessugaa#ci%o.

(odos esses co#ceitos s%o &lidos e i#teressa#tespara um *ogador, mesmo que se*am rarame#te membrosideais de seus augúrios. > apropriado *ogar com umperso#agem como esses2 Sem dúida —  mas e0istemalgumas coisas que oc$ precisa ter em me#te.Lobisomem é um ce#&rio o#de o carma é uma força real,ao me#os e#qua#to os débitos para com os esp+ritosforem pagos — e aqueles que quebram suas promessas 3oque esse#cialme#te o augúrio é5 ee#tualme#te ir%oreceber a isita deles. 9esmo sem isso, a #ecessidadedram&tica pede que os traidores e per*urosco#seqIe#teme#te paguem pelos erros. 1ia*ar por umameteórica derrocada até a corrupç%o e a loucura pode seruma idéia fasci#a#te, assim como cami#har pelo limitedo precip+cio a#tes de ser esbofeteado #o rosto pelos seuspecados e chorar por sua rede#ç%o #a espera#ça de que

#%o se*a tarde demais.O que realme#te #%o é tematicame#te apropriadopara Lobisomem, por outro lado, é esperar que seuperso#agem possa ma#dar 8 merda as suas obrigaç)esespirituais e Jsair limpo dessaJ ai#da por cima, históriaapós história. Afi#al de co#tas, que tipo de história seria9acbeth se o sa#gre#to casal termi#asse o co#to comoi#co#testados por toda a -scócia, sem as co#seqI$#cias2Gasicame#te, #este caso, se oc$ quer *ogar com umperso#agem que trai seu augúrio, este*a preparado para asco#seqI$#cias de ser uma figura tr&gica e #%o eite ofracasso 3como um *ogador5 qua#do ele em. Ao i#és

disso, abrace<o, e reire<se com todo o drama arde#te daru+#a de seu perso#agem 3ou rede#ç%o humilha#te5 quepuder. Ape#as #%o espere a recompe#sa do 'arrador pela

Introdução: Amados por Luna 15

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sua traiç%o auto<imposta —  que #%o é a tem&tica deLobisomem.

> claro, a repree#s%o que em com qualquer tipo deforte muda#ça emocio#al se aplica aqui também te#hacertea que oc$ #%o este*a aacalha#do demais ei#terferi#do com a i#terpretaç%o dos *ogadores.Lobisomem #%o é ape#as um *ogo sobre um #%o<huma#o, mas sobre cultura social que acredita #aobrigaç%o do i#di+duo para o bem maior — é um *ogo degrupo, que t$m que se diertir como um grupo.

 Como Usar Esse Livro O Livro dos Augúrios tem a estrutura que qualquer

um poderia querer — cada cap+tulo detalha um augúrio,das ge#eralidades de propósito até as ariaç)es de cadatribo, até o a#e0o de #oos 6o#s e outras regrasapropriadas para cada sig#o lu#ar. ;sso é amplame#teauto<e0plicatio.

A i#formaç%o co#tida #essas p&gi#as #%o prete#dem

ser impositias —  elas prete#dem for#ecer i#spiraç%o,#%o limitaç)es. Ao ler a sess%o sobre os arquétipos dos(heurges, por e0emplo, oc$ pode reco#hecer seupróprio perso#agem ou, se #%o, e#co#trar uma direç%oque possa se adequar aos seus pla#os para o dese#ol$<lo. (ale muitos arquétipos chamem sua ate#ç%o e for*aruma am&lgama deles é mais i#teressa#te que uma is%oespecialiada. 'o fim, esses arquétipos s%o ape#as peçasde mo#tar, #ada mais.

-#t%o leia o liro e compartilhe isso com seus*ogadores. ;magi#e o qu%o perto oc$ quer chegar domembro ideal de seu augúrio, e o qua#to oc$ quer sermais realista do lobisomem padr%o #ascido sob seu sig#olu#ar. Procure #a i#ter#et um daqueles programas quediem a oc$ a que sig#o lu#ar oc$ perte#ce, se quiser.7om espera#ça, oc$ ir& e#co#trar alguma coisa #oasobre o augúrio de seu perso#agem que ir& adicio#ar um#oo eleme#to ao seu *ogo.

- se tudo der errado, é claro, e0iste sempre o @itualde @e#ú#cia...

16   Livro dos Augúrios

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  Introdução: Amados por Luna 17 

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  apítulo Um:

Perguntas

Sem Respostas

 A natureza nunca faz uma tolice; quando ela cria um tolo,era essa a intenção.

— Josh Billings

 Instru‹o Nenhuma luz da lua brilhava no caern, e apenas

os olhos brilhantes da multidão reunida brilhavam naluz das tochas. As coisas aconteceram como decostume na assembléia, com cerimônia, canções ebebidas. Aora vinha uma das melhores partes, pelo menos na cabeça da maioria dos !ianna" o conto. #mdos lupinos cutucou sua companheira de matilha com

 um nariz elado.$%& em frente. %oc' conta.( A )ovem *ançarina da +ua deu de ombros. $u

 não sei. -arece que precisa de mais aluns detalhes,e...(

$onte,( e/iiu sua companheira, uma loba de p'los marrom0amarelado com olhos castanhos. $1aora. A lua est& nova. onte a hist2ria.(

$3em... tudo bem.( A 4alliard então se levantou,e seus companheiros de seita olharam para ela.

$u tenho um conto para compartilhar,( elacomeçou, $um sobre nosso s&bio l5der, quando ele era

apenas um filhote, recém sa5do de sua -rimeira 6udança, ainda cheirando a leite(. 7isadasapareceram na multidão, mas elas se encerraram

rapidamente para escutar. $N2s temos uma fortetradição de ensinamento aqui na 8eita da 3enção de 3ridet, e essa é uma hist2ria de aprendizado e delições. 6uitos de voc's sem d9vida pensam que o )ovem 3rilho0nos0:lhos reuniu sua sabedoria primeiro aos pés de um +ua 6inuante, como ele pr2prio.( la deu uma r&pida olhada para sua companheira lupina, quesorriu, sabendo o que estava por vir. $u estou aqui para dizer que por suas pr2prias razões, seu primeirol5der de seita o entreou a um dos +ua Nova, da tribo

dos 7oedores de :ssos. u ve)o d9vidas em seus olhos.-orque um s&bio 6eia +ua faria alo tão tolo : que poderia aluém que tem fama como questionador erebelde ensinar a um filhote cu)o destino era via)ar,cantar e contar nossas lendas(

 A *ançarina da +ua se sentou, todos os olhossobre ela. $ntão ouçam, e eu tecerei o conto.(

 Na Escurid‹o da Lua Ian acordou com o cutucão incômodo de um bico

afiado da bota de vaqueiro em suas costelas. Piscandocontra o sol que entrava pela janela, ele viu Andrea em

p, pr!"ima a ele. #roga, ela nunca dorme$ %oitepassada, ela contou piadas ao redor da fogueira at altashoras, e nessa manhã, parecia que ela nunca tinha sequer

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 19

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tirado um breve cochilo. &le resmungou.'#e p, garotinho,( ela riu, seu sotaque te"ano

acertando suas orelhas. ')ue fracote. *enha, n!s temoscoisas pra fa+er, pessoas para encontrar, lugares paravisitar.(

'nhhh. )ue horas são$( Ian resmungou.'-ais de meiodia, e voc/ teve pelo menos quatro

horas de sono. Acorde.( 0 p o cutucou novamente,muito mais severo agora. 1#eus, eu j2 ouvi que os 3iannaeram um bando de b/bados pregui4osos, mas voc/ ganhade todos, garoto.(

Ian sentia um breve fio de raiva, mas o dei"ou delado. <erto, eu levanto, eu levanto.< &le se pôs de p eesfregou o sono de seu rosto. ')ue porcaria tãoimportante assim para acordarmos tão cedo$( A5agabash se pôs a pensar sobre a no4ão de 'cedo( dojovem.

'm passeio pela cidade. %osso ilustre l6der teentregou a mim esse m/s, e hora de voc/ come4ar aaprender algumas coisas sobre a vida.(

0 jovem parecia confuso. '&u não entendo. &uachei que iria come4ar o aprendi+ado com outro 7alliard.8em ofensas,( ele adicionou rapidamente, 'mas voc/ nãonasceu na mesma lua que eu. &ntão, porque voc/ vai meensinar$(

A 5agabash riu. '9alve+ eles tiveram pena de voc/ edei"aram as milh:es de can4:es, dan4as e cantos paradepois. 0u pode ser que eles querem te torturar umpouco, dei"ando voc/ nas mãos minhas e de meuscompanheiros. ;aralho, eu não sei. -as quando Bla+e d2uma ordem, eu geralmente tento obedecer, a não ser queesteja claro que ela não esteja pensando claramente. & eununca vi isso acontecer.( &la jogou pra ele um moletom eum jeans no chão. '%ão que voc/ não seja bonito, masnão o -ardi 7ras, e a pol6cia de %ova 0rleans talve+tenha algo a di+er sobre um adolescente pelado. &u teespero l2 fora.(

Ian balan4ou sua cabe4a e se vestiu.

 Comeo  Ian não tinha imaginado que um lobisomem

dirigisse um carro, mas Andrea o fe+, num feio e verdeervilha *ol<s=agen. &la estacionou na Pra4a Jac<son,

nem se importando em trancar as portas. 8em problemas,pensou Ian> algum teria que estar louco para roubar algotão horr6vel.

'&u estou morrendo de fome. *amos comer algumacoisa,( disse Andrea, e logo eles estavam mergulhados emgrandes sandu6ches e bebendo mil<sha<es #i"ieBlac<ened *oodos, sentados em um banco isolado, namargem do rio.

'Bem, vejamos. &u acho que eu devo come4arfalando sobre mim. &u sou uma ?ua %ova, uma5agabash. Isso voc/ j2 sabe. -as eu aposto que voc/ainda não tem nenhuma pista do que que estamos

fa+endo pelo nosso povo como um todo, tem$1'h, eu acho que voc/s pegam leve com as coisas eparam as brigas e coisas assim, certo$ & voc/s pregam

pe4as$( Ian tentou se esfor4ar para lembrar as coisas quehavia aprendido antes de seu 5itual de Passagem, mas elenão se lembrava de nada.

Andrea consentiu. '%ada mal. Isso certamente parte do que significa ser um ?ua %ova. -as umapequena fra4ão do todo. Pegue o seu pr!prio aug@rio, pore"emplo. 9odos os 7alliards são m@sicos$ #e jeitonenhum. #a mesma forma, nem todos n!s somoscomediantes.(

'Aqui vai uma hist!ria para voc/, o nascimento doprimeiro 5agabash. 2 muito tempo, quando o mundoera jovem e tudo mais, 7aia ficou entediada. &la tinhafeito as coisas que queria, mas tudo era muito perfeito.)uem aquela que as 3@rias %egras estão semprefalando... oh, sim, Arachne. 0 fato , quando algo falho, uma afronta nature+a. Assim, 7aia decidiu,junto com sua amiga ?una, que os lobisomens nascidossob a lua nova iriam simboli+ar as pessoas que tentam serperfeitas, enfe+adas, impressionadas consigo mesmo, erecebem um bom chute no traseiro.(

'&u pensei que a honra da imperfei4ão fosse dosimpuros(, Ian observou secamente. -arece que ela tirouessa hist2ria de paredes de banheiros, ele pensouconsigo mesmo.

Andrea balan4ou a cabe4a. 'Pare de interromper omeu conto. *oc/ pode ser o 7alliard, mas eu ainda estouacima de voc/. 0nde eu estava$ 0h, o prop!sito dos ?ua %ova. ;erto. #e forma geral, n!s somos o que sechamam de Cquestionador de modosD. %!s levamos umpouco de leviandade para a coisa toda, tambm. -eu#eus, n!s nos matar6amos se não tivssemos nada para rirocasionalmente. *oc/ e eu sabemos que um trabalhosrio ser um dos guerreiros de 7aia, mas muito dessaseveridade e outras baboseiras acabam com a nossa for4a. %!s podemos tra+er a pa+, ou lev2la para outro lugar. %!s podemos apontar falhas nos melhores planos dosAhroun e dos -eia ?ua, e ainda assim salvar o rabo detodo mundo no processo.(

Ian pensou por um minuto. '&ntão voc/s meio queasseguram que as matilhas não se levem a srio demaisenquanto estão planejando e tomando decis:es.(

Andrea sorriu. '&"atamente. *oc/ um garotobrilhante. Pega as coisas r2pido.(

 Famosa Esperteza 'Bem, eu acho que melhor eu te apresentar a

alguns ?ua %ova bem conhecidos, porque se voc/ nãopuder responder um punhado de perguntas sobre hist!riae eventos atuais, serei eu quem estar2 em problemas.(Andrea terminou sua cerveja e jogou a garrafa no li"o.'*enha, n!s vamos encontrar com um amigo meu. *oc/vai gostar dele, mesmo ele sendo um nerd.(

Ian caminhou junto a ela, absorvendo o ambiente davelha cidade. Parecia que havia mais do que seis mesesque ele viera aqui com seus pais, apenas para descobrir

que havia mais em sua heran4a gentica do que elepensava ser poss6vel. & muito mais imund6cie no mundodo que ele podia lidar.

20  Livro dos Augúrios

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'J2 leu  A ai/a 6&ica$( perguntou Andrea,interrompendo seus pensamentos sobre o passado.

'h, não posso di+er que j2 li,( disse Ian.'Isso ruim. &u encontrei uma c!pia na mochila de

um pirralho riquinho nessa mesma rua. &le com certe+anão estava lendo, então, eu peguei emprestado. -uitobom, deveria ser uma leitura obrigat!ria para qualquer?ua %ova. &nfim, voc/ pode pensar nisso como suajornada mitopotica. *oc/ não vai conhecer nenhumcachorro chamado 9oc<, mas eu garanto que voc/ achar2as pessoas com que ir2 encontrar muito interessantes.;ombust6vel para hist!rias futuras.( &les viraram emmais algumas esquinas e entraram em um beco. Andreabateu na porta de metal e aguardou. ns minutos depois,a porta abriu com um rangido. Ian a seguiu no queparecia ser o controle de alguma missão da %A8A.

;omputadores ocupavam praticamente cadacent6metro quadrado do lugar, e o que os hard=ares nãoocupavam, os papis tomavam conta, junto com umasubstEncia seca, que cheirava como pi++a velha. 0scomputadores não eram os normais que se v/ por a6, esim grandes servidores com v2rias lu+es piscantes. Ianconseguia manusear um computador comum, mas nãoesse tipo de coisa. 0 quarto retangular era escuro, com asparedes cobertas por jornais e artigos de revistas. Ianobservou o sujeito que se apro"imou, vindo do outro ladodo escrit!rio, se que se podia chamar disso. 8euscabelos brancos engrenhados e seus olhos rosados oidentificavam como um impuro, e sua escassa aprecia4ãopelos seus convidados era incômoda. &le dei"ou Andreadar um r2pido beijo em sua bochecha.

'Ian, conhe4a um amigo de muito tempo, &duardo.&ddie, este meu mais novo fardo, Ian. &ddie umAndarilho do Asfalto,( ela completou. 'm 5agabash,como eu.(

'*oc/ poupou as melhores partes$( perguntou oAndarilho do Asfalto. 8ua vo+ era alta e estridente.'Porque se voc/ tiver come4ado os detalhes sem mim...(

'%ah, nada de importante. Apenas algumas coisassobre ?una. &u guardei as hist!rias sobre os her!is ?ua %ova e as coisas tribais para quando voc/ estivesseconosco.(

&ddie acenou com a cabe4a. 'Bom, bom. Bem,vamos come4ar. &u tenho certe+a e aposto os meus doiscentavos que voc/ est2 estragando tudo.(

Andrea levantou os olhos. '9udo bem. )ue seja. &uquero lhe falar sobre alguns nomes para voc/ saber,alguns bons, outros ruins. 0s primeiros de minha lista um 5oedor de 0ssos —(

'Imagine,( murmurou &ddie.')uem est2 falando agora, hein$ ;omo eu di+ia,

antes de ser rudemente interrompida, um dos ?ua %ovamais conhecidos da minha tribo um cara deFashington chamado #entes )uebrados. Alguns5agabash, como voc/ vai notar, assumem o lado pol6tico,

e eu reconhe4o que ele tem muita e"peri/ncia. &letrabalha junto com comit/s de a4:es pol6ticas assimcomo com sindicalistas protestantes. &m uma linha

similar de trabalho est2 um dos seus 3ianna, com o nomede 8tuart Bro=n, apesar de que os lobisomens o chamamde Perseguea*erdade. &le um tipo de jornalista quemostra algumas boas hist!rias sensacionalistas econspira4:es de ve+ em quando.(

'& não se esque4a que ?una tambm nos ensinou atradi4ão de interpretar o trapaceiro, mesmo que esse nãoseja o @nico modo de conseguir que as coisas sejamfeitas,( disse &ddie. '&u ouvi muitas coisas sobre esseancião Fendigo chamado Ataquedo9ouro.Aparentemente, ele tem uma grande reputa4ão nãoapenas como um malandro, mas tambm como algumque possui um momento impec2vel. Alguns di+em queele pode acabar com o seu ego, merecidamente, claro, deforma tão esperta que voc/ não percebe at horasdepois.(

Andrea limpou uma mesa e se sentou, com as pernasdobradas. '9ravessuras são parte do jogo, como Julishadas -il -2scaras pode lhe di+er. &la uma 3@ria %egraafricana que, aparentemente, nunca apareceu da mesmaforma duas ve+es. &la surpreendente como umavigarista. Algum que eu odiaria conversar com esse;ria de 3enris chamado 8tigghalf )uebradorde0ssos,ou algum traval6ngua pr!"imo disso. Para ele, perguntarcomo os lobisomens se comportam pedir por uma brigacom quem quer que esteja ao seu redor.(

'Poupeme dos ;rias e de seus modos,( interrompeu&ddie. '*oc/ tambm precisa falar pra ele sobre aqueleoutro maldito escandinavo, *igiados-ortos. m ?ua %ova, talve+, mas ele ficou maluco, se voc/ entende oque quero di+er, e deu trabalho para toda a tribo.(

Andrea limpou sua garganta. ';erto, eu não disseque eles eram perfeitos. & antes de voc/ tra+er isto tona,eu sei que os pobres Peregrinos 8ilenciosos tinham umdos seus enlouquecido tambm. &les o chamam deAbnatha o 5isonho. -as olhe, são apenas dois de umalista inteira de ?ua %ova her!icos.(

*oc/ pode di+er que aquele 5agabash 7arra*ermelha, Pata9orta, são, Andi$( replicou &ddie.

'%ão, mas considerando por tudo o que os 7arras*ermelhas t/m que passar. & Pata9orta um impuro,para come4ar. Por isso ele um pouco e"tremo. Pelomenos ele est2 fa+endo algo, mordendo os traseiros doslobos e os envolvendo. &u não me importo de um poucode crdito ser dado a ele por isso.( &la bufou com raiva.'-uito obrigada, eu perdi completamente minha linhade racioc6nio.(

&ddie sorriu. '&ntão me dei"e participar daconversa. 8e não mencion2ssemos ;eleste Percorrea&spiral5eversa, nossa amiga Gophia se magoaria. ;elestesupostamente uma Presa de Prata que arrebenta, srio.&la famosa no mundo todo, e algumas pessoas di+emque ela destruiu um caern infestado pela FHrm so+inha.&u adoraria conhec/la. #e qualquer forma, n!sprovavelmente dei"amos de lado alguns famosos ?ua %ova, mas a6 estão alguns para voc/ come4ar, caso voc/sinta o desejo de criar uma can4ão ou algo do tipo. 0 queeu quero que voc/ lembre que mesmo estando em

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 21

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poucos n@meros, n!s somos tão importantes quantoqualquer Ahroun.(

 Interpretando o Papel  '*oc/ gosta de filmes, garoto$ J2 assistiu o 7uerra

nas &strelas original$ algo antigo agora, então atmesmo alguns anci:es j2 ouviram falar> eles não vão com

freq/ncia at esse tipo de coisa, veja bem, porque muito dif6cil para a maioria de n!s sair por a6 ap!s aPrimeira -udan4a. %ão h2 d@vidas de que an 8oloseria um 5agabash. Ahhh, que sujeitoK &le tinhacoragem, esperte+a e apar/ncia para detonar. Bem, comoele, muitos de n!s, ?ua %ova, são ardilosos. %!sdesfrutamos da intelig/ncia e nunca dei"amos as pessoassaberem o que vamos fa+er em seguida. Isso fa+ com quetodo mundo fique alerta. & o que aposto que Andi não tecontou que n!s ajudamos a servir como v2lvula deescape para a vol2til nature+a de nossa sociedade. 0 queeu quero di+er com isso$ simplesL quando um

lobisomem se empolga, s ve+es leviandade necess2riapara redu+ir a pressão, ao invs de toda essa raiva ser soltasobre um Parente ou em algum inocente. m 5agabashpode ajudar a ameni+ar o ambiente e a manter as cabe4asfrias. %ão ache que para isso não seja necess2rio nervosde a4o. Alguma ve+ j2 esteve entre dois Ahroun queestavam prontos para rasgarem um ao outro semnenhuma ra+ão$ &u j2, e apesar de não ter sido muitodivertido para mim, certamente me mostrou outras

possibilidades. *eja, n!s somos uma ra4a que est2encolhendo. %ão precisamos cometer erros e nosmatarmos, não agora.(

'Alm disso, não vamos nos esquecer da partehumana de nossas nature+as,( ele continuou. '&u hesitochamar alguns dos humanos de her!is e divindadestrapaceiras, por si. Alguns deles eram apenassurpreendentemente espertos. 9alve+, pensando nelescomo uma for4a de mudan4a, um elemento de caos emuma cultura est2tica seja uma analogia melhor. Algunsdesses personagens sa6ram de lendas, e provavelmentepossu6ram um fundamento. 0utros eram, talve+,inven4:es da mente humana como uma forma dee"plicar o ine"plic2vel. #e quem eu estou falando$ Bem,e"istem os caras em espec6ficos, dos quais falaremos maistarde, como ?o<i das sagas n!rdicas, 0disseu dos mitosgregos e o ;oiote dos 6ndios americanos. -as alguma ve+voc/ ouviu falar do 8r. Aranha$ &le da Mfricaocidental, e os descendentes desses povos espalharamseus nomes para os Nndias 0cidentais e na Amrica do8ul. 0 8r. Aranha tem muitos nomes, como Anansi ouAnnencH. &le fa+ trapa4as, com certe+a, mas maisconhecido por sua sabedoria e criatividade. Aqui est2 ummote, CA sabedoria da aranha maior do que a de todo omundo junta.D & isso est2 diretamente ligado com oscontos do 8r. Aranha.(

'm de meus favoritos anuman, o #eus-acaco(, disse Andrea. 1&le o e"plorador definitivo e

22  Livro dos Augúrios

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tem uma importante posi4ão no leste, em terras tãodiversas quanto a ;hina, Nndia e Japão. As maioreshabilidades de anuman são sua coragem e vontade detentar qualquer feito, sem importar quão selvagem ouperigoso, para ajudar seus amigos. um bom e"emplopara seguirmos.(

&ddie bateu sua caneta nos dentes e sentouse emuma cadeira quebrada. ';erto, de volta aos nossos egosespirituais. &u tambm deveria mencionar toda a idiapor tr2s dos ciclos crescentes e minguantes da lua. Averdadeira lua nova não nenhum dos dois —  umanoite de ciclo minguante, uma noite da 'verdadeira( luanova e então uma noite do ciclo crescente, j2 que ?unacome4a a crescer novamente. claro que imposs6veldi+er o que  a lua nova est2 fa+endo> voc/ tem queconhecer todo o ciclo. -as os 9heurges geralmentesabem di+er, e são r2pidos em di+er em que ciclo seencontra a lua quando um dos nossos nasce. 0s nascidosquando o ciclo não est2 nem crescendo nem minguando,são os 5agabash 'mais puros(, ou assim di+em os9heurges —  sem tend/ncias para agir em qualquermaneira. 8e voc/ for como Andi, um 5agabash do ciclocrescente, voc/ tem a reputa4ão de ser do tipo feli+, dotipo que se mantm bemhumorado, o que pode ser umproblema se voc/ estiver tentando levar uma questãosria aos anci:es. )uanto a mim, eu nasci no ciclominguante, e injustamente, eu devo di+er, n!s somosconsiderados a ter um tipo de visão seca e deprimidasobre as coisas, algo como &d=ard 7oreH. ;omo um ?ua %ova disse tão eloquentemente uma ve+, um 5agabashdo ciclo crescente pode avisar o l6der de seita a impediruma cat2strofe com grandes doses de humor, mas um dociclo minguante iria levar muito tempo para descrevercada possibilidade devastadora antes de di+er que ascoisas não são tão ruins quanto parecem. %ão a maispura verdade, mas essa a hist!ria que voc/ ouvir2.(

O Cora‹o da Seita Andrea notou a chance e entrou na conversa. 'Bem,

&ddie tem um certo jeito com as palavras. Bem, dei"emedi+er a voc/ um pouco sobre o que os 5agabash fa+em naseita. *oc/ j2 esteve em algumas assemblias, participoude alguns rituais. *oc/ sabe como essas coisas são

importantes para n!s. -as voc/ provavelmente viubastante do que acontece nas nossas cerimôniascondu+idas pelos 9heurges, 7alliards e -eia ?uas.(

'8im, eu estava justamente me perguntando isso,(disse Ian. 'm 5agabash pode ter um cargo na seita$(

';laroK Para ser mais preciso, eles podem possuirpraticamente qualquer cargo, mas um pouco raro v/los como 7randes Anci:es, -estres de 5ituais, -estresdo ivo, ;onjuradores da FHld, ;a4adores da *erdadeou -enestris. 9odos esses cargos são melhoresadequados para os 7arou nascido para apoiar certastradi4:es, e não para for42los.(

'h, então o que sobra$( perguntou Ian.'-uita coisa. %ormalmente, um ?ua %ova de postoavan4ado assume uma cadeira no ;onselho de Anci:es.

m 5agabash de grande ajuda em fa+er o ;onselho vertodos os lados de um problema. Alm disso, um 5agabashpode ajudar um Ahroun que est2 servindo como *igia,atuando como um 7uardião> ele pode ser os olhos eouvidos do ?ua ;heia quando patrulha. #a mesmaforma, os ?ua %ova são bons Inimigos da FHrm e *igiasda 9erra.(

'Para um 5agabash com uma certa quantidade decharme e racioc6nio, sempre h2 o papel de *igia doPortão,( acrescentou &ddie. 'Algumas ve+es, eles acharãomais f2cil encontrar e entrar em acordo com outras seitase outros lobisomens devido ao fato deles serem ps nochão e comunicativos. Agora, algumas matilhas nosdei"am de p/los em p devido a sua reputa4ão de pregarpe4as, mas n!s temos mais no4ão em não fa+er issoenquanto agimos como liga4ão com outras seitas.(

 A Alma da Matilha  ')uando dentro de uma matilha,( continuou

Andrea, 'o 5agabash geralmente tem que agir como um2rbitro. At mesmo os melhores companheiros dematilha brigam e discutem, e de uma boa quantidadedisso saud2vel. -as isso pode ultrapassar os limitesmuito r2pido. %!s podemos dar um pu"ão nosencrenqueiros e dei"ar que o l6der da matilha, ou oPhilodo", cuide dos detalhes. Alm disso, manter osesp6ritos dos membros da matilha elevado um trabalhoimportante. 8em d@vida trabalho do ?ua -inguantecantar e fa+er todos saudar as hist!rias, mas se todos estãodeprimidos, n!s podemos alegr2los tambm.(

'm dever mais triste que os ?ua %ova t/m ajudar

a lembrar os bons tempos dos que ca6ram ap!s umabatalha,( suspirou &ddie. ' natural e correto que n!sfiquemos de luto, mas não at um ponto em que n!s nosdesesperamos ou esquecemos porque ainda estamos vivos.Algumas ve+es, somos n!s, os 5agabash, que temos quechutar o traseiro de nossos companheiros de matilha queestão com o cora4ão partido, para que levantem econtinuem a viver. muito dif6cil fa+er isso quando voc/tambm quer se deitar e chorar. -as a vida continua. 8en!s pudermos nos lembrar dos bons momentos daspessoas, isso ajuda a superar a dor e a triste+a.( &le sorriupara Ian. '&spero que demore muito at que voc/ tenha

que se preocupar com isso.( ånulos 'Bom, vamos agora come4ar a falar sobre as tribos.

&u acho que ele sabe os nomes e tudo mais, mas eu queroque ele saiba alguma coisa sobre os ?ua %ovaespecificamente,( disse Andrea.( '*2 em frente, &ddie,isso o que voc/ queria fa+er. Por que não come4a comas 3@rias$( &ddie deu a ela um sorriso malandro.

 F!rias Neras As ?ua %ova das 3@rias %egras muitas ve+es

parecem ser muito depressivas. Algumas acham que porterem nascido sem a lu+ de ?una, elas precisam descobriro que elas fi+eram para terem a desagradado, então, elas

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 23

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passam muito de seu tempo tentando consertar qualquercoisa que tenham feito errado. A 3@ria tambm parecemais prop6cia mudan4a do que a maioria das ?uas %ova. 9alve+ por que sua perspectiva de protetoras detodas as f/meas, elas tenham muito a mudar. &u nuncapassei muito tempo com qualquer 3@ria, para ser honesto— eu sempre as dei"o nervosas — mas eu ouvi di+er queelas podem ser mais cruis do que suas companheiras detribo. )uando uma Ahroun simplesmente rasgaria umestuprador, a vingan4a de uma 5agabash ser2 certamenteprolongada, mais dolorosa e com menos ind6cios de umataque de lobisomens. &las dei"am suas presas loucasantes de mat2las, caso a desafortunada v6tima não tirarsua pr!pria vida antes.

 "oedores de Ossos 'Agora, dei"eme contar um pouco sobre a tradi4ão

5agabash de minha tribo,( interrompeu Andrea. '%!stemos muitos ?uas %ova infames e amantes de diversão,juntamente com ladr:es, batedores de carteiras, patifes e

vagabundos. -as embora voc/ não os veja muito, porra+:es !bvias, um 5agabash 5oedor de 0ssosfrequentemente um artista do subterf@gio e dafurtividade. %!s somos grandes espi:es em territ!riosinimigos e fa+emos um e"celente trabalho dereconhecimento. Isso tudo parte de facilitar o trabalhodos ?ua ;heia e dos -eia ?ua. &les são respectivamenteos melhores m@sculos e os mais refinados estrategistas . %ão discutimos isso. -as sem informa4:es inteligentes,os melhores planos vão direto para a lata de li"o.(

'%ão esque4a os ativistas tambm, Andi,( disse&ddie. '&sses garotos podem se rivali+ar conosco nesse

aspecto. &u sei que a maioria dos lobisomens evita seenvolver nos assuntos humanos, mas os 5oedores eAndarilhos são duas e"ce4:es. Pense em qualquer granderevolu4ão, e voc/ pode apostar que um 5oedor de 0ssosobservava bem de perto, no m6nimo. algo que os Presasde Prata não pensam, saca$(

 Filhos de #aia 'Agora, eu não pretendo ser injusto ou indelicado,(

come4ou &ddie, enquanto Andrea recuava, 'mas os ?uas %ovas dos 3ilhos de 7aia o dei"ariam enjoado, de tãoorgulhosos e idealistas que são suas metas. ?una que me

ajude, mas voc/ não pode evitar de gostar e admir2los.&les t/m ideais elevados e inten4:es nobres. A tribo deleslhes d2 um pouco de respeito tambm, porque muitos3ilhos de 7aia possuem mentes abertas, e o principalprop!sito dos 5agabash propor novas idias e pr2ticas.

'0 que &ddie não mencionou,( continuou Andrea,' que grande parte dos ?ua %ova dos 3ilhos de 7aia sãopacificadores. &les fa+em isso em n6veis elevados e deuma forma que dei"aria seu cabelo em p, apenas paraassegurar uma trgua ou amolecer alguns egos. &u possonão me sentir da mesma forma, mas eles t/m coragem.9alve+ não tenha muito sentido, mas devemos dar

crdito sua sagacidade.(';ertamente, por outro lado, temos aqueles quequestionam as tradi4:es —  e no caso dos 3ilhos de 7aia,

eles questionam a idia de que a que pa+ ou negocia4:essão respostas necess2rias para o que quer que se tenha emmãos. J2 viu um 3ilho de 7aia defender a guerra$ &u j2> mais uma coisa para se ver quão afiado pode ser o chifredo nic!rnio. & com um bom 5agabash defendendo ocaso, assustador ver os outros 3ilhos concordando comseus argumentos.(

 Fianna '*oc/ j2 conhece um 5agabash de sua pr!pria tribo,Ian$( &ddie perguntou. 0 jovem 3ianna balan4ounegativamente sua cabe4a.

'%ada bom. &les t/m um trabalho ra+oavelmenteinteressante, embora não seja o @nico que eu aprecie.m termo veio at n!s da hist!ria BritEnica, e esse Ccriador de reisD. 0s ?ua %ova 3ianna tem como um deseus deveres, observar seus anci:es e mant/los em alerta.0s mais famosos, ou assim dito, podem criar ouderrubar os maiores l6deres apenas questionandoos e seintrometendo. Alguns golpes bem colocados, podem

gerar d@vidas e, bem, um l6der deveria estar acima dereprova4:es. %ão que aqueles que ca6ram, nãomerecessem por isso, naturalmente.(

'*oc/ provavelmente tambm conheceria um5agabash de sua pr!pria tribo em tempos de guerra,(completou Andrea. ')uando voc/ come4ar a aprenderum milhão de hist!rias que eu lhe disse antes, eu estoucerto de que uma grande parte delas ser2 sobre coisasinteligentes que os ?ua %ova dos 3ianna fi+eram atravsdas eras.(

 Crias de Fenris '&u serei o primeiro a admitir que acho os ;rias de3enris um pouco, ah, e"tremistas,( e"plicou Andrea,

ignorando o bufar de &ddie. '-as eles são o que sãoLtotalmente dedicados a destruir seus inimigos, da formaque puderem. por isso que eles não consideram um5agabash sorrateiro como uma coisa m2. Apesar do que&ddie aqui pode di+er, meus companheiros t/m muito emcomum com eles quando se trata de um trabalho dereconhecimento. &les são e"celentes estrategistas, quenem sempre t/m o respeito que eles merecem de seuscompanheiros de tribo> afinal de contas, eles usamesperte+a e fraudes para derrotar seus inimigos. -as os

anci:es certificamse de que eles sejam tolerados atmesmo pelos mais novos 7arou, para que eles saibam quetodos que usam sua for4a contra a FHrm são dignos derespeito — e a esperte+a aumenta sua for4a. &u conhecium 5agabash que criou uma arte de voltar seus inimigosuns contra os outros, enfraquecendo os inimigos, antesque os ?ua ;heia finalmente os atacassem.(

'Provavelmente não por acidente que algunsdesses 5agabash comecem a honrar ?o<i,( completou&ddie. '&u não sei o quanto voc/ sabe sobre ele, mas umacoisa importante que voc/ precisa saber que ele não foiapenas algum que pregava pe4as. 8e não fosse por ele,

0din não teria 8leipnir, seu cavalo de oito patas. %averdade, de uma certa maneira, ele ajudou a tra+er umanova era para o mundo, onde tudo seja verde e tranqilo.

24  Livro dos Augúrios

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Alimento para a imagina4ão, de qualquer forma.

 Andarilhos do As$alto ';ontinuando,( &ddie entrou na conversa, 'voc/

provavelmente percebeu que o meu neg!cio comcomputadores. uma maneira simples de di+er, porquetem horas que eu sinto que trabalhar com meuscomputadores quase, bem, sagrado. ;omo umae"peri/ncia fora do corpo, eu suponho. Isto uma pr2ticacomum entre os ?ua %ova dos Andarilhos do Asfalto,mas isto apenas a ponta do iceberg. &m um sentidomais amplo, o que fa+emos encontrar as fraque+as dosinimigos e a e"por para nossas matilhas en"ergarem. Afalha fatal pode ser qualquer coisa, desde transa4:es sujasno mundo mortal corrup4ão da FHrm. #e qualquerforma, conhecer o calcanhar de Aquiles do inimigo, podeajudar a derrot2lo de forma mais eficiente. Algumasve+es n!s temos algo para indicar para nossas pr!priasfraque+as tambm —  testar medidas de seguran4as, essetipo de coisa. %!s tambm temos uma reputa4ão deativistas honrados. ;omo mencionamos anteriormente, etambm de inovadores. %os d/ uma chance e n!sapareceremos com uma nova solu4ão para o problema.Algo como enigmas de pensamentos laterais, se quevoc/ j2 trabalhou com algo disso.(

#arras %ermelhas &ddie olhou para Andrea. ')uer falar com ele um

pouco sobre os 7arras$(Andrea suspirou. 'Ian j2 ouviu como eles são

pressionados nos dias de hoje, com o grandedesenvolvimento da terra e tudo mais. &ntão eu voutentar esquecer isso um pouco. m pouco parecido comos ;rias, os 7arras *ermelhas são um pouco, hmm,fan2ticos. & nessa mesma linha, os 5agabash nunca sãol6deres. 0 que eles fa+em, no entanto, dar os passosnecess2rios para manter o alfa na ponta dos ps. Issosignifica que eles tiram sarro e +ombam de suaautoridade... apenas para mais tarde mostrar suasgargantas.(

'*oc/ quer di+er que eles querem que o alfa osataquem$( perguntou Ian, intrigado.

'%ão e"atamente. 0 que eles fa+em refor4ar odom6nio do alfa, dando a ele a chance de subjug2lo. &usei, um pouco estranho, mas não se esque4a de quemesmo na forma humana, n!s temos uma linguagemcorporal e isso mostra quem o chefe. 0s 7arras*ermelhas, se nada mais, nos ajudam a compreender omesmo conceito nas formas quadr@pedes.(

 Senhores das Som&ras &ddie assentiu. 'Bem colocado. 9udo bem, indo em

frente, vamos falar sobre os 8enhores das 8ombras. &r,ele j2 conhece esses caras, certo$( ele perguntou.

Andrea piscou. 'Ah sim, ele at mesmo conheceu ovelho -anto;in+a na seita. &les se deram muito bem.(

';erto,( disse &ddie. '#e qualquer forma, os ?ua %ova dos 8enhores das 8ombras possuem um grande

interesse em seus servi4os, e por isso servem a seus l6derestribais como rivais e advers2rios. Agora, a maioria delesnunca tem nenhuma d@vida de que irão se erguer a altasposi4:es> mas isso não o real objetivo. 0u pelo menos, o que eles di+em... Bem, vamos peg2los em um n6velsuperficial por um momento. ;onsidere todos os grandesl6deres da hist!ria. A maioria sempre teve um segundoem comando ou at mesmo um competidor amig2velpara mant/los no auge para melhorar o que quer queseja que fa4am. & isso do que feito um 5agabash dos8enhores das 8ombras — se assegurar que são l6deres sãoos melhores. &u acho que esse um papel bem ingrato.(

'*oc/ fa+ soar pra+eroso,( sorriu Andrea. '*amoscontinuar com —(

Pererinos Silenciosos '92 bom, t2 bom,( disse &ddie. '*amos discutir

sobre os Peregrinos 8ilenciosos. &u não acho que voc/encontrar2 muitos perambulando entre as seitas, mas euaposto que voc/ encontrar2 um mais cedo ou mais tarde.;omo voc/ sabe, eles gostam de viajar. Assim, elesouvem todo tipo de coisa interessante. 9alve+ seus7alliards possuam os mais estranhos e menos ouvidoscontos de todos, mas são os ?ua %ova que t/m asmelhores fofocas e not6cias. como se eles coletassemtodas essas not6cias e as arma+enassem para uso futuro.(

'Alguns dos ?ua %ova se v/em como solucionadoresde problemas ambulantes,( disse Andrea. '&les estãodispostos a se envolver e ajudar, fa+endo o que fornecess2rio, onde quer que isso aconte4a. #e tudo emtudo, um bando de caras decentes para se ter comoamigos. &m batalha, no entanto, uma hist!riadiferente. &les são assustadores. ;omo um esp6rito davingan4a, eles aparecem do nada, espalhando a mortesem remorso, e se vão como o vento da noite. ma ve+que algum enfurece um Peregrino ?ua %ova, melhorque ele vigie suas costas pelo resto de seus dias, poiseventualmente ele encontrar2 seu destino.(

Presas de Prata '%!s vamos encontrar um 5agabash Presa de Prata

mais tarde,( continuou Andrea, 'então voc/ j2 est2avisado antes, eles são um pouco diferentes. &"c/ntricos,voc/ diria. Alguns deles possuem surtos depersonalidades interessantes, e estranhas manias. -as emum conte"to geral, os ?ua %ova dos Presas são acess6veis. %ovamente, eles são algo entre a foice e o martelo, j2que eles estão em uma tribo que louva o passado e astradi4:es acima de tudo... e ali est2 o 5agabash cujotrabalho questionar esses modos e tra+er novas idias ecren4as. -udan4as acontecem lentamente entre osPresas de Prata, mas as inova4:es que acontecessem, semd@vida são devido esperte+a dos ?ua %ova.(

'-e pergunto se Gophia sabe alguma coisa sobre seuPresa de Prata coroado e se seu l6der de cabe4a quentetem um 5agabash falando em seus ombros$( perguntou&ddie.

Andrea deu de ombros. '%ão sei, mas se ele tão

  Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 25

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esperto como todos di+em, ele deve ter.(

'(tena '&m uma multidão de povos que amam seus

segredos, os ?ua %ova dos <tena são os melhoresguardi:es de segredo,( disse Andrea com um sorriso. '&unão vou ao ponto de cham2los de interrogadores, mas sevoc/ j2 conversou com um 5agabash dessa tribo, voc/saiu de l2 sem saber onde estava com a cabe4a. &les fa+emjogos da mente e coisas assim, mas o que eles realmentegostam de fa+er se aventurar pelo mundo e coletar todotipo de informa4ão, e então tra+er de volta para casapara, hmmm, vamos chamar de prote4ão.(

&ddie dei"ou uma gargalhada escapar. '0 que minhaamada amiga est2 tentando di+er diplomaticamente queeles irão te enganar, descobrir o qu/ voc/ sabe e entãolevar para seus anci:es, que irão guardar aquilo para umuso no futuro. &les provavelmente possuem todos tiposde segredos escondidos em seus caerns. m poucoassustador, se quer minha opinião.(

 )endio 'Bem, então, vamos finali+ar a coisa com os

Fendigo,( disse &ddie. 'Assim como os <tena eles seconsideram como os CPurosD, voc/ sabe, um povo de

origem não europia que chegaram e tomaram suasterras. 9alve+ seja verdade que eles tenham um tipo decone"ão especial com a -ãe 9erra> eu não sei sobre a

perspectiva particular deles. 0 que eu sei que eles

geralmente t/m os ?ua %ova em grande estima dentro datribo. &sque4a os estere!tipos dos nativos americanoscomo r6gidos e sem humor> tudo besteira. %a verdade, otrabalho do Fendigo 5agabash tra+er a risada quandonecess2ria, para quebrar as regras e manter a vidainteressante ao invs da mesmice de sempre.(

Ian assentiu, esperando que tivesse absorvido tantainforma4ão. '&i, posso fa+er uma pergunta$(

0s dois ?ua %ova olharam para ele com surpresa.';laro,( disse &ddie. 'Porra, n!s não te demos muitachance de falar, não $(

'9udo bem. -inha d@vida L se as tribos são tão

afastadas uma da outra, como voc/s sabem tanto sobreelas$(Andrea sorriu amplamente. '%ão uma m2

observa4ão. 9udo bem, j2 que voc/ perguntou, eu vou tedi+er. #iferente de alguns outros aug@rios, n!s, 5agabash,conversamos uns com os outros. %!s somos muitoabertos aos outros. %!s imaginamos que, se um de nossostrabalhos saber como evitar que nosso povo se mate emmomentos de loucura, melhor que n!s tenhamosalgumas informa4:es nas mãos. Isso responde suapergunta$(

'&u acho que sim,( disse a jovem 7alliard. '0 que

mais voc/ queria que eu soubesse$('Porque voc/ não nos di+ o que gostaria de ouvir emseguida$( respondeu Andrea.

26   Livro dos Augúrios

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*ora da Escola Ian pensou um minuto. '& sobre os jovens ?ua

 %ova$ *oc/s os dei"am com os outros aug@rios, ou osmantm com voc/s o todo o tempo, ou o qu/$

&ddie procurou um minuto em sua escrivaninha epu"ou outra cai"a de pi++a. 'mm, essa est2 nova.( &le

abriua, e claramente estava, uma fumegante torta depepperoni l2 dentro. '&u acho que a maioria dos anci:es,e com isso eu digo qualquer um com algum posto, vaiperceber que n!s temos que contribuir na educa4ão denossos jovens. *oc/ conhece aquele antigo ditadoafricano que precisase de uma vila para criar umacrian4a$ &ntão, n!s encorajamos nossos filhotes a sair,brincar, viver, aprender uma coisa ou outra.(

Andrea trou"e cerveja gelada da arruinada geladeirano canto. 'Bem, vamos parar apenas um segundo e falarsobre filhotes e tudo isso.(

 Crianas e Parentes ';erto, qualquer 9heurge digno ser2 capa+ de saber

se um recmnascido ir2 ser um 7arou ou um Parente. &com alguns poucos c2lculos, ou apenas mera observa4ãoele saber2 o aug@rio tambm. 0 comunicado donascimento de um ?ua %ova sempre recebido comalgumas risadas antecipadas e algumas sobrancelhaslevantadas. &u fico triste em admitir que nesses dias enesses anos, nascimentos de Ahroun parecem ser o quetodos querem.( &la jogou fora a tampa de sua garrafa 'um mal sinal. %!s não podemos ser todos ?ua ;heia.(

'*oc/ mencionou algo antes sobre não termosmuitos ?ua %ova mais,( disse Ian. 'Por que isso$(

'%ingum sabe,( disse &ddie. '&u digo, não portermos menos noites de ?ua %ova no m/s. &m todas ashist!rias, sempre dito que e"iste uma chance igual dequalquer uma das cinco faces de ?una aparecer em suasele4ão de guerreiros, como demonstra4ão de suavontade, mas não isso.(

'&u tenho ouvido aqui e ali que e"iste um outroimpedimento, um sinal do 3im dos 9empos,( respondeuAndrea. '-as, novamente, o que não $ Algumas ve+eseu acho que se um ancião tem uma unha encravada, eleacha que isso um mau press2gio.(

'& os Parentes$( perguntou Ian. '%ossos Parentestem aug@rios tambm$(

'%ão, na verdade não. &u digo, eles podem teralgumas tend/ncias, mas eu diria que eles se ap!iam maisem dire4ão s atitudes de seus irmãos e irmãs lobisomensdo que a ter qualquer inclina4ão particular deles mesmos.&u tenho um bom n@mero de Parentes no 9e"as, e eudigo que n!s somos mais parecidos que diferentes.Parecidas prefer/ncias por humor, mudan4as e tudo mais.8ua irmã provavelmente tem talento para cantar econtar hist!rias, certo$ Provavelmente porque voc/ um7alliard, mas isto não pode ser dito como certo.(

Primeira Mudana '8e eu tivesse que escolher uma palavra paradescrever como um 5agabash reage Primeira -udan4a,

seria curiosidade,( disse &ddie. ';laro, um choque f6sicoe mental da pior forma poss6vel, mas um pouco hil2rio,tambm. %ovo e diferente, ampliando seus sentidos, todoesse tipo de coisa. Alguns outros aug@rios se dão bem malnessa situa4ão, mas os ?ua %ova absorvem tudo isso e sedivertem. &les irão brincar um pouco, testando suasnovas formas, novos sentidos. 0 ponto principal queeles irão aprender a se adaptar rapidamente.(

'Ainda assim(, avisou Andrea, 'os lobisomens locaisdevem tentar encontrar o novato o mais cedo poss6vel.&u j2 ouvi rumores de jovens ?ua %ova ficando umpouco e"ultantes demais, e então voc/ v/ todo tipo dehist!ria nos tabl!ides que te fa+em pensar.(

'0u pior, em programas como :s 6ais -rocuradosda América. %ingum quer que isso aconte4a, certo$(disse &ddie.

'%unca,( sorriu Andrea.

O "itual de Passaem'?embra de seu 5itual de Passagem$( continuou

Andrea. '*oc/ provavelmente se pergunta das vari2veistarefas que os outros aug@rios recebemL um Ahroun temque enfrentar um servo da FHrm, um 9heurge tem quenegociar com um esp6rito, e por a6 vai. Bem, no meu5itual, eu tive que fa+er tr/s coisasL fa+er uma crian4a quechorava rir, convencer um ancião que eu falava averdade e fa+er dois guerreiros mostrarem a garganta. %ãofoi f2cil. ?evoume duas semanas, mas eu conseguicompletar tudo.(

', o meu foi mais ou menos do mesmo tipo, voc/sabe, mostrar que eu era esperto,( acrescentou &ddie. '&us! tinha que inventar um jeito de entrar na fortale+a deum dos anci:es sem ser pego. ;Emeras de seguran4a portodos os lados, isso pra não mencionar todos os guardasarmados com balas de prata. -eu deus.(

'0 5itual de Passagem, no geral, para os 5agabashvai tentar colocar sua ess/ncia tona,( e"plicou Andrea.'0 ponto usar suas capacidades pra provar seu valor. %ão f2cil, mas necess2rio, j2 que isso mostra a todosos lobisomens presentes que voc/ acrescenta algo seitae j2 est2 pronto para assumir responsabilidades deadultos.(

+empo de Crescer '9udo bem, de volta sua pergunta original,( ela

continuou. ';omo n!s ensinamos nossos 5agabash$ surpreendentemente f2cil. %!s simplesmente os jogamosna piscina e dei"amos que eles absorvam tudo.(

'0 que ela est2 tentando di+er, com sua t6picaeloq/ncia,( interrompeu &ddie, ' que a melhor formade ensinar um 5agabash com a pr!pria vida. 8empergaminhos, sem livros, li4:es. ;laro, n!s conversamoscom eles, mas normalmente no conte"to de reali+aralguma coisa a mais. %!s levamos nossos jovens ?ua %ova conosco quando viajamos, lutamos ou e"ecutamosnossos deveres regulares na seita. &les observam, e

aprendem. Pouco a pouco, suas tarefas aumentam medida que suas habilidades melhoram. 8eria !timo sen!s tivssemos todo o tempo do mundo, mas

Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 27 

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infeli+mente, o aprendi+ado, se assim prefere, terrivelmente curto. &"istem muitas responsabilidadesque precisam ser assumidas por nossos jovens para queeles realmente se divirtam antes de se jogarem no meiodas batalhas.(

Os Outros A porta foi escancarada. 'Atrasada, estou atrasada$&ste rel!gio que voc/ me deu, quebrou. &u não consigo

consert2lo. 3oi de prop!sito$(Ian viu a mulher delicada, com cabelos prateados,

vestida com uma saia surrada e uma blusa onduladabranca brilhar dentro da sala. 8eus olhos a+uis fi"os nele.

'0 que isso$ ma galinha rejeitada$ &la parecemuito magra para estar vivaK &duardo, voc/ não temalimentado ela$(

Andrea deu uma gargalhada e abra4ou a mulher.'Gophia, voc/ est2 terr6vel. &stou contente em ver quevoc/ pegou as roupas que compramos. &u não queria ter

que lidar com uma por4ão de turistas observando denovo.( &la levoua em sua prote4ão. 'Ian ;orrigan,conhe4a Gophia 5osmarvo. &la uma ?ua %ova dosPresas de Prata, e uma velha amiga.(

Gophia cheirou Ian. 'Ah. 0utro duaspernas. &le um ?ua %ova tambm$(

'%ão. m 7alliard. -as eu estou tentando lheensinar uma coisa ou outra. Gophia uma lupina queandou tendo uns problemas por a6. &u tive que dar umaajudinha e n!s nos tornamos companheiras desde então.&la gosta de andar conosco, quase tanto quanto correrpelos pEntanos.(

'Apenas não diga para os companheiros Presas dePrata dela,( bufou &ddie. '&u não quero saber o que elespensam sobre ela perambular com a ral.(

Gophia simulou um tapa no rosto dele. '%ão insultevoc/ mesmo, que não nada bonito.' &la pegou umpeda4o de pi++a. ')ue mentiras eles te contaram,garoto$(

'h, nem tantas(, gaguejou Ian. 'Principalmentesobre os ?ua %ova, e quem eles são e como são.(

'&u cheguei na hora certa,( disse Gophia entre umamordida e outra. '0 que eles t/m dito sobre as outrasdiferentes faces de ?una$(

'Bem, nada na verdade,( disse Ian.'%!s est2vamos justamente falando disso quandovoc/ chegou aqui(, respondeu &ddie.

'ahK &u vou falar agora. & voc/s dois podem fechara boca por um momento.( Jogando sua pi++a pro lado, aPresa de Prata se sentou pr!"imo a Andrea.

'%!s temos um relacionamento diferente com cadaum dos outros aug@rios,( e"plicou Gophia. '3alarei sobretodos(

 Lua Crescente ')uando ?una come4a a se movimentar ap!s o

per6odo sem lua, sua lu+ fraca e delicada. & nessaescuridão, n!s podemos ver pela primeira ve+, e então, eisque encontramos os ?ua ;rescente. &les compreendem

mais que qualquer outro aug@rio o que n!s somos, poissão muito pr!"imos aos ?ua %ova em ess/ncia.&ntretanto, suas mentes freqentemente se voltam paraoutro mundo, a terra dos esp6ritos. &ntão, uma de nossastarefas est2 em ancor2los no presente, neste lugar eneste momento. -uitas ve+es, os 9heurges apreciamnosso estilo @nico de sabedoria, e estão mais do quedispostos em ouvir nossas palavras.(

 Meia Lua '&m nosso desejo de assegurar a pa+, temos os -eia

?ua como aliados. ;omo eles normalmente são nossosl6deres em tempos de pa+, n!s focamos muito de nossaaten4ão em seu comportamento. %ingum admira umalfa que est2 sempre distante e separado dos outros.&ntão, os encorajamos a ouvir as palavras de seussubordinados, passando seu tempo entre seu povo aoinvs de gastar esse tempo entre os anci:es. &m algumastribos, fun4ão do ?ua %ova provocar e ati4ar o -eia?ua a se superarL alguns o fa+em com bom humor, outros

com desafios e discuss:es. Basta isso para di+er que elesnão comandariam tão bem se não fosse por n!s.&ntretanto, esse um relacionamento desconfort2vel,com o tempo. m -eia ?ua pode não gostar de serquestionado ou de ter suas estratgias desfeitas. Portanto,devemos ter muito cuidado nos meios que usamos paracumprir nossos deveres.(

 Lua Minuante '&u ouvi outros ?ua %ova di+erem que os 7alliards

são grosseiros e e"altados. Bem, isso pode at ser verdade,mas at que vale a pena ouvir as palavras deles. m

5agabash sempre precisa saber as @ltimas fofocas ehist!rias, para entender o ambiente das seitas e tribos.Agora, eu preciso di+er que particularmente divertidodar corda para os egos inflados dos #an4arinos da ?ua,mas lembrese das suas garras. #epois dos ?ua ;heia, seutemperamento o mais e"plosivo de todos.(

 Lua Cheia '0s ?ua ;heia são nossos opostos ou n!s   somos  a

pr!"ima face deles no ciclo de ?una$ #if6cil di+er. &mmuitos os casos, n!s os encontramos raivosos, a f@ria forte demais dentro deles, para qualquer demonstra4ão de

ra+ão ou discernimento... -as, n!s não somos um ra4a deguerreiros, gerada para ca4ar$ %ão podemos esperar delesqualquer coisa menor do que eles são. 0 que podemosfa+er servir como suas sombras lembrandoos de guardarum resqu6cio de sabedoria em seus cora4:es mesmoquando eles massacram nossos inimigos. 9alve+ seja porisso que ?una nos colocou lado a lado, como sombra elu+.

Gophia terminou seu relato e bebeu vigorosamenteda garrafa que &ddie tinha aberto para ela.

'au,( bufou Ian. '#eus. Isso foi... realmente legal.('Gophia tem uma encantadora habilidade de contar

hist!rias e um sotaque legal que não atrapalha, tambm.(5eplicou Andrea. '-as não dei"e ela te enganar> &la não 7alliard(

28  Livro dos Augúrios

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'9alve+ fui, em outra vida,( replicou a Presa dePrata. 'Os ve+es eu sonho com isso. 3alando nisso, n!sprecisamos falar a ele sobre os ?ua %ova e os esp6ritos. Aeduca4ão de nenhum novato poderia ser completada deoutra maneira.

O Outro Mundo '&u continuo com isso,( disse &ddie. 'j2 que eutenho alguns esp6ritos por a6 me ajudando. m e"celente

benef6cio de ser um 5agabash em um relacionamentocom esp6ritos que eles meio que te entendem. &u pensoque isso quase uma coisa natural ou inata a eles. Algunsesp6ritos poder ser muito caprichosos, voc/ sabe, e talve+por isso n!s nos damos tão bem.(

'&les costumam nos perdoar,( acrescentou Gophia,'pois eles não rejeitam o que significa ser um ?ua %ova.&les nos v/em como aquilo que n!s somos, e admiramque n!s não negamos nossos instintos fundamentais,mesmo quando os outros se irritam conosco.(

'ma outra coisa a ser dita sobre os esp6ritos queeles gostam de aten4ão, e, com e"ce4ão dos 9heurges,n!s somos os seus maiores pu"a sacos,( disse Andrea. '0st6picos Ahroun estão rosnando e procurando algumabatalha, mas n!s não nos importamos de sentar umpouco e conversar. %!s lembramos aquilo que os esp6ritosnos di+em, e guardamos seus segredos, criando um bomrelacionamento entre n!s.(

Ian estava perdido com tanta informa4ão e semostrou confuso, Andrea teve que rir. 'Pobre #an4arinoda ?ua, talve+ voc/ devesse ter aprendido todos aquelescantos e dan4as 7alicas. %!s jogamos muita coisa sobre

voc/, não jogamos$('%ão, tudo bem. &u apenas não tinha idia sobreessas coisas. %ão se preocupem, mas eu tenho que ir,( elebalan4ou sua cabe4a.

';laro, claro. #ei"eme pegar o meu laptop e ireicom voc/. Ian, pra+er em conhec/lo. %ão somos maisestranhos.( #isse &ddie dando um aceno.

'8im, voc/ precisa visitar nossa seita e contar umdaqueles contos pelos quais sua tribo tão famosa,(acrescentou Gophia. 'Andrea vai levar voc/.(

'?ev2lo$( disse Andrea. 'Porra, caras, n!splanej2vamos ir com voc/s em suas pequenas sabotagens.

8e voc/s não se importarem, claro.( Gophia e &ddielevantaram as sobrancelhas, e então o Andarilho doAsfalto deu de ombros.

'*ai ser bom ter mais um bra4o forte. &u não esperoproblemas, mas nunca se sabe.(

Ian engoliu nervoso, mas não pode esconder a Ensiaem sua vo+. '&u farei o que puder para ajudar.(

Andrea socou o ombro dele. '%!s sabemos disso,garoto. *amos ver o que &ddie e Gophia t/m em mente.(

'%!s ainda estamos no escuro,( respondeu &ddie,'mas não por muito tempo.( &le retirou o sofisticado efino laptop de sua mochila. -omentos depois, um

programa de mapeamento mostrava parte de uma planta.'&sse o esbo4o da armon Biolife 5esearch ;enter.(0u o que est2 nos arquivos do escrit!rio de inspe4ão no

centro da cidade. Gophia e &u suspeitamos que h2 maisdo que aparece aos olhos.

'm de nossos Parentes est2 esperando um filhote,(disse Gophia, 'e ela foi enviada para l2 para alguns CtestesespeciaisD. &ssa mulher, ela sabe bem pouco sobre osmodos 7arou, apenas que seus primos t/m CmodosesquisitosD. %!s queremos lhe ensinar mais, tra+er elapara mais perto de n!s, mas agora... ela pode ser umrisco.(

'Independente disso, n!s não achamos que tudo aconchegante e confort2vel nessa empresa,( continuou&ddie. '%!s rastreamos v2rias mulheres de fam6lia sendoenviadas para l2 para testes prnatais, e quando elasretornam, elas estão um pouco diferentes. %ada quepossamos apontar precisamente, mas o l6der da minhaseita e de Gophia querem algumas informa4:es de dentro,agora que envolve um Parente. &ntão vamos fa+er umreconhecimento. oje, eles fecham s cinco, então n!spensamos que seria a hora perfeita.( &le apontou para seurel!gio. 'J2 são sete, e est2 ficando escuro mais cedonessa poca do ano.(

Andrea tirou sua jaqueta e apontou para Ian. '?ivrese de tudo que não for dedicado. Parece que vamos daruma caminhada.(

&ddie se levantou e abriu a porta que dava para seubanheiro. m grande espelho ficava pendurado atr2s daporta. '9alve+ isso fa4a ficar mais f2cil, se voc/ ainda fornovo nisso, Ian. %!s vamos na frente, voc/ e Andrea nosdão cobertura.( &le manteve seu laptop com ele, Iannotou. Gophia j2 havia retirado suas roupas erapidamente, de uma maneira pr2tica, transformouse emum forte e platinado lobo branco com brilhantes olhosa+uis. &la olhou para o espelho, &ddie logo atr2s dela.Andrea apontou para que Ian seguisse.

Nunca vou me acostumar com isso, ele pensou,sentindo o frio da passagem entre mundos. &le chegou noprdio de &ddie, agora um refle"o de paredes ecomputadores, cobertos por teias. &sp6ritos com v2riaspernas e olhos verdes brilhantes olhavam para ele, e o7alliard ficou satisfeito em correr atr2s dos outros e sairdaquele lugar.

&les caminharam pelas ruas de %ova 0rleans, e Ianpercebeu que muitos prdios pareciam bastante s!lidos.Ao observar seu olhar, Andrea falou. ' um lugar antigo.Preste aten4ão por onde anda> nem tudo por aqui bonito e maravilhoso.(

#epois de algum tempo, eles estavam diante de umprdio que brilhava com uma p2lida lu+. 9eias de aranhao cobriam, e Ian viu mais das horrendas aranhas do queviu no prdio de &ddie.

' aqui,( resmungou o Andarilho do Asfalto.'*amos checar o per6metro e nos encontrar do outrolado.( &les se separaram em duas duplas e percorreramcuidadosamente os arredores da empresa. Ian estavatanto desapontado quanto aliviado em perceber que nada

parecia fora do esperado enquanto seguia Andr emantinha seus olhos atentos. Pouco minutos depois, elesse reagruparam.

  Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 29

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'8em guardas. 8em perigo,( sussurrou Gophia.'*amos entrar$(

&ddie fran+iu a testa. 'Parece muito simples e f2cil.-as, pro diabo. #ei"eme tomar conta de algorapidinho.( &le abriu sua mochila e tirou o laptop. 0laptop +uniu brevemente, e Ian viu algumas centelhas aoredor do prdio. 'Aqui, isso vai nos dar alguns minutossem ter que preocupar com as malditas cEmeras. 3iquempr!"imos.( 5apidamente, ele se moveu para uma portalateral, e então desapareceu, Gophia e Andrea oseguindo.

Ian levou alguns segundos para seguir, e quando elesentiu o vento do mundo real me"er nos seus cabelos,&ddie j2 tinha aberto a porta que ficava no lado sudoestedo prdio.  6erda,  isso foi r&pido, pensou Ian. &lepercebeu que as dobradi4as da porta tinham sidoarrancadas.

Gophia farejou o ar e então sussurrou, ';heiro daFeaver.( &la atravessou o solado da porta e pisouvagarosamente no hall direita deles. &ddie olhou suavolta e seguiu, parando momentaneamente diante deuma porta.

'&sperem. Aqui um laborat!rio. &u quero chec2lo.( &le sussurrou algo para a porta, e em poucossegundos, ela se abriu. 0s quatro se viram em umpesadelo.

Arma+enados em gigantescos frascos estavam ovosinchados, transparentes, que continham algo que pareciaser fetos —  coisas deformadas com v2rios membros e!rgãos. Ian teve que engolir o vômito.

'0h, merda,( disse &ddie. '&u acho que n!s temosum problema aqui. #ei"eme pegar alguns discos, e n!svoltamos e falamos com a seita que esse lugar precisa serderrubado.( &le foi para um dos computadores presentesquando, de repente, uma porta do outro lado da salaabriu de uma ve+. #ois homens vestidos em uniformes daseguran4a armada entraram na sala, apontando o queparecia submetralhadoras para os lobisomens.

Gophia gritou e saltou em um deles, atacando suagarganta. 0 outro apontou e disparou em &ddie, quedei"ou um grito escapar enquanto seu corpo crescia paraa gigantesca forma homemlobo, com p/los branco ebrilhantes olhos escarlates. &le demonstrou dor quando

uma das balas o acerto.'PrataK( ele rugiu. '-atemnosK(Andrea deu um aviso a Ian. '&les sabem de n!s,

estão armados com prata. #errubeos rapidamente.( &leentão deu um grito, como um p2ssaro, um ganso talve+, eo homem que atirou em &ddie subitamente caiu no chão,se contorcendo em um tipo de ataque, espumando pelaboca e cuspindo em si mesmo. Ian não hesitou> ele saltousobre o homem e come4ou a espanc2lo, quase que feli+com isso. 8angue espirrou de onde Gophia estavaocupadamente rasgando a laringe do homem sobre o qualela saltou, mas em seus movimentos finais, ele deu um

tiro que acertou bem em sua barriga. 7emendo de dor,ela largou o corpo dele e deu alguns passos vacilantes.?evou a &ddie apenas um @nico passo para alcan42la e

agarr2la, como se a loba prateada não pesasse nada emseus imensos bra4os. ;om sua mão livre, ele agarrou umapilha de discos de computador que ele viu em uma dasestantes.

'8aiam daqui,( ele disse. '&u estou bem. &u levoela.( 8ua garganta balbuciava as palavras, mas Ian podiaentend/las bem o suficiente. Andrea o empurrou rumoao objeto brilhante na parede que segurava o papelhigi/nico, e antes que ele percebesse, ele estava nomundo das sombras de novo. &ddie j2 havia passado, eele estava correndo tão r2pido ele podia pelo caminhoque eles vieram. 0fegando, eles sa6ram do per6metro doprdio, se esquivando das aranhas que agora estavamdespertas e alertas gra4as ao cheiro de sangue. Apenasquando eles estavam alguns quarteir:es de distEncia queeles diminu6ram o passo.

'-erdaK( "ingou &ddie. ';omo eles sabiam que n!sest2vamos por l2$(

'&u acho que tem mais coisa do que salta aos olhos,(resmungou Andrea, 'especialmente por eles teremconseguido manter aquela merda fora do seu alcance, ederam alguns bons tiros com muni4ão de prata.( &laacariciou Gophia. ';omo ela est2$(

Para a surpresa de todos, a loba falou com vo+ bai"a.'9udo bem. -e coloquem no chão.( 9odos elesarregalaram os olhos enquanto ela ficava de p, umpouco vacilante mas ainda em p, e cuspiu um pouco deerva. '-eu dia de sorte. &u trou"e minha pr!priamedica4ão.( Gophia lambeu a ferida que tinha parado desangrar, logo acima de seus quadris. 'Ai.(

&ddie usava novamente sua forma humana. ';acete,voc/ me assustouK &u achei que voc/ tinha morrido.(

Gophia segurou a dor um pouco. '%ão o primeiro. %em o @ltimo. ;asa, agora.(

-ais tarde naquela noite, Andrea e Ian caminharam

de volta ao carro, onde o 7alliard se surpreendeu aoperceber que ningum havia se incomodado com o carro.8ua amiga deu a ele uma piscadela enquanto ela entrou egirou a chave, e Ian podia jurar que ela tirou uns insetosda ma4aneta da porta. &la arrancou e foi rumo seita.

'*oc/ foi bem, garoto, para seu primeiro ataque comalguns ?ua %ova. 7ostei de voc/ ter estado na batalha.(

Ian resmungou. 'Por que n!s não voltamos, eacabamos com eles$(

'Bem... era o chamado de &ddie, e ele queria maisjuntar informa4ão do que chutar traseiros. -as fiquetranqilo, n!s não terminamos com aquele lugar ainda.Algumas ve+es, n!s temos que recuar, pensar melhor,antes de forjar um bom plano. Pelo menos, no que n!s,5agabash, acreditamos. &le ir2 ver aqueles discos e passara informa4ão. & então, n!s voltamos l2 e limpamos olugar. Armados com detalhes, n!s podemos fa+er umtrabalho muito melhor do que simplesmente tentare"termin2los.(

 N,s Mesmos &les dirigiram por um longo tempo em sil/ncio. Não

30  Livro dos Augúrios

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era um dia tão ruim, pensou o 3ianna. &le tinhaconhecido um Andarilho do Asfalto e uma Presa dePrata, ambos mais ou menos como ele havia presumido.Por alguma ra+ão, Ian pensava que a altiva Presa de Pratanão falaria com uma humilde 5oedora de 0ssos, masGophia parecia ter uma afei4ão sincera por Andrea. #omesmo modo, ele pensava que o Andarilho do Asfaltoestaria coberto por arames e eletrodos ou algo do tipo,mas &ddie parecia um tanto normal, apesar de ser umimpuro. 9udo ainda era estranho para ele. Aoportunidade de libertar um pouco de sua f@ria nohomem que atirara em &ddie havia lhe dado um arrepiode pra+er, e ele se surpreendeu ao descobrir que queriavoltar e fa+er algo mais danoso a ele.

'm centavo pelos seus pensamentos, garoto.( Avo+ suave de Andrea interrompeu seus devaneios.

'%ada demais,( Ian respondeu. '0brigado por medei"ar falar com alguns ?ua %ova. &les eram muitolegais. & por me dei"ar fa+er parte de alguma coisa.(

'Imaginei que gostaria deles. 8em d@vida, não coincid/ncia eu tambm querer que voc/ conhecesse umlupino e um impuro. &u sei que voc/ conheceu alguns naseita, mas eram todos 3ianna. 3ora de sua tribo, as coisaspodem ser bem diferentes. 8e voc/ vai servir sua matilhacomo um mensageiro, essa carinha bonita e essa l6nguadoce s! vão lhe manter afastado.( &la suspirou. '-inhaquestão não sobre ser apenas lobo ou humano. sobreser lobo e humano. 9alve+ não entendamos a coisa deequil6brio perfeito tão bem quanto um Philodo", masvoc/ gasta algum tempo observando quaisquer das tr/sra4as. %a nature+a, os lobos brincam entre si, comofilhotes e at mesmo como adultos. &les gostam de sedivertir, e a ast@cia fa+ parte do seu estilo de vida. 0mesmo vale para os humanos, e embora eu saiba querealmente não seja do feitio dos 3ianna, acho que voc/deveria olhar para os impuros, tambm. A maioria delesnecessita de uma pequena alegria e de risadas. 7aia sabeo quanto isso raro em suas vidas. &ntão, jovem#an4arino da ?ua, fa4a a esta velha mentora um favor,me prometa que pelo menos uma ve+ em sua vida,cantar2 uma can4ão alegre para um impuro arruinado.(

Ian acenou com a cabe4a. '&u prometo.('Justo.( A conversa cessou por um longo per6odo de

tempo, mas assim que passaram para a estrada de terrabatida que se estendia at o caern, ela falou novamente.Ian poderia não estar certo, mas achou ter ouvido algo deestranho na vo+ dela, um tremor talve+, ou uma nota demelancolia. &ntão ela prosseguiu.

'Bla+e me contou um pouco sobre voc/, Brilhonos0lhos. )uando retornou de seu 5itual de Passagem, eladisse que #ana confidenciou para ela em um sonho. &unão sei a hist!ria toda, mas pelo que ficou subentendido,eu acho que voc/ ser2 um dos grandiosos. 3a4ame outrofavor, hum$ )uando estiver liderando uma grandematilha e fa+endo feitos grandiosos, cante uma can4ão

para mim. 5ecorde minhas fa4anhas, grandes e pequenasda mesma maneira. %ão se esque4a que passamos mais de

um dia de diversão na %ova 0rleans.( ;om isso, suaseriedade se foi, o olhar s!brio de repente brilhou comvida e risadas.

 A 4alliard, nfrenta0o0-erio, encarou o foosilenciosamente por um momento enquanto se preparava para concluir a narração. $Aqui neste mesmo caern, h& não muitas luas atr&s, meu mentor me deu a =laive que um dia pertenceu a Andrea. le adescreveu como a que possu5a >a destreza de um uerreiro, a paci'ncia de um )uiz, e a habilidade comas palavras de um *ançarino da +ua.> u o ouvi falarsobre outras tribos, outros au9rios, outros metamorfos, até mesmo da pr2pria Andrea, e eu seique ele se mantém na tradição de ensinar o que ela lheensinou. 6as o que 3rilho0nos0:lhos não foi capaz deafirmar era como ele a amava como sua pr2pria irmã, eque tinha tentado durante muitos meses declamar umconto de sua l2ria, sua honra e sabedoria, porémsentia a dor muito profundamente. u sentia a dor

dele pela sua morte, e eu pensei muito em como poderia prestar homenaem ? mem2ria dela. 6inha narração foi apenas um breve vislumbre na vida desta+ua Nova, mas talvez possa ser uma porta aberta paraconvidar nosso estimado ancião a começar sua pr2priahist2ria, sua pr2pria cura.(

#m sil'ncio firme e penetrante abateu0se ao redordo c5rculo naquele momento, e rin permaneceuquieta como se visse um vulto em movimento ficando de pé a sua frente. la havia ultrapassado seus limites

#m olpe de vista percebeu um semblante robustoolhando fi/amente do alto de seu cicatrizado e

 musculoso corpo. 6as mesmo com a cabeçainstintivamente imersa em busca de )ustificativas, ela viu que não era f9ria que contorcia a face da criatura, mas aflição.

$%oc' me honra com o conto de uma *ançarinoda +ua,( ele sussurrou para sua aluna, $aora meresuma a uma reprovação de um 8em +ua.( leacenou em neação, então observou, enquantoe/aminava a assembléia através de olhos viilantes. <1como ela diz, embora eu acredite que ninuém fora da minha antia seita conheça a hist2ria da vida e mortedela. onforme as luas se estendiam pelos anos, eu

acumulei a mem2ria dos 8em0+ua, não compartilhando nada da randeza dela, e isso é um dos tr's randes pecados de um *ançarino da +ua.

$u ouvi a morte uivar muitas vezes em minha vida, mas quando ela uivou para a minha primeira professora foi como prata afiada. Na minha dor, eu nãotive a coraem de declarar...( ele pausou, curvou acabeça, antes de continuar. <u desonrei seu esp5rito,enfraqueci sua mem2ria. 6as,( a voz dele tornou0se mais potente, $minha promessa ainda não foiquebrada. u )uro perante todos voc's, da pr2/ima vezque nos encontrarmos, uivaremos para Andrea, 8orri0-ara0A06adruada@(

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 -oos e .i/ers‹o0 Perspecti/as do Narrador 

Nunca08&bia, a +ua Nova, caminhou pelo prado, momentos antes de amanhecer, seu sorriso laroesticou0se mais que o habitual, apesar da boca cheia.

8ua companheira de matilha *ançarino da +uaconhecia o seu )eito de burlar uma narração, e elaestava obstinada a desenterrar a su)eira... uma vezque ela sabia onde estava o que deveria encontrar, eaonde procurar. rin sabia que era melhor peruntaraonde Nunca08&bia adquiriu a informação, porém teveque aprender a seuir as pistas que ela dei/ou. #m favor coletado em Nova :rleans, uma visita ? seita 3aou ndormi, alumas escutas )udiciosas... e aora uma velha ferida poderia cicatrizar, a seita teria um nome novo para inspirar e um esp5rito poderiadescansar um pouco mais aliviado. ncontrando um

local apropriado, a +ua Nova lupina cavou no frescosolo pedreoso. No momento o nascer do soltransfiurava as nuvens acima em chamas, ela )oou abota de caub2i rasada e manchada no buraco erapidamente preencheu a abertura, tapando0a com uma dança circular. la uivou uma vez, e esticou suacabeça. B distCncia, ela teve certeza de escutar um fraco uivo de resposta que acabou e terminou em umasincera risada. 8orrindo ainda mais, a +ua Novaretornou a seus companheiros de matilha, empolada pela noção de que aluns professores não aceitam a morte como uma resposta.

Bemvindo ao um tanto quanto louco e il!gicomundo dos 5agabash, um lugar onde bons jogadores e %arradores engenhosos podem tra+er alguns sorrisos parao normalmente severo mundo dos ?obisomens, assimcomo provocar algumas refle":es tambm. Jogar com um?ua %ova permite um conjunto singular de desafios erecompensas. Aqui estão algumas diretri+es para os %arradores apresentarem o que h2 de melhor nos5agabash para todos os jogadores.

 "esistindo 1 S2ndrome dos +olos A maior armadilha na qual os jogadores e

 %arradores podem cair tratar os 5agabash como algumtipo tolo divertido e idiota. 8im, certamente verdadeque este aug@rio tem o dever e a obriga4ão de tra+erhumor e aliviar a tensão, mas isso não quer di+er que eletenha que agir intencionalmente como um est@pido otempo todo. %a verdade, essas são obriga4:essecund2rias, na melhor das hip!teses. 8er alegre etravesso não sinônimo de se fa+er de bobo> de fato,muitos atores di+em que fa+er comdia muito maisdif6cil e requer um pensamento muito mais p no chãodo que drama. 8endo assim, como equilibrar leviandade eas li4:es que os 5agabash são condu+idos a ensinar$

&m primeiro lugar, dispense algum tempo para falarcom o jogador que quer e"perimentar um ?ua %ova.Pergunte como ele prev/ o personagem na matilha e na

hist!ria como um todo. 0 desafie a propor algunse"emplos ou idias do que ele gostaria que o personagemfi+esse dentro do grupo. ;omo %arrador, crie algumassitua4:es onde ele possa tentar usar o humor assim comoum 5agabash usaria, como meio de tra+er um novo modode pensar, mantendo a pa+ ou acalmandotemperamentos.

Peruntas Encora3adoras 0 papel tradicional do 5agabash servir como um'questionador dos modos(. 3urto e trapa4a t/m um lugarimportante em suas vidas, mas a responsabilidadefundamental do 5agabash desafiar suposi4:es e tra+ernovas idias. m bom e"emplo liter2rio 0disseuQchamado de lisses pelos romanosR. &le não eracomediante — era um tipo de pensador revolucion2rio.8em d@vida, foi trapa4a esconder um bando de gregos emum ;avalo de 9r!ia, mas havia mais sabedoria ali do quehumor. &ste pode ser um modo realmente @til para umjogador novo se envolver. 9alve+ o l6der da seita tenha

nomeado o ?ua %ova matilha dos jogadores como ummeio de instigarlhes em alguma a4ão e os manter agindocontra a FHrm ou a Feaver. &m outras palavras, o5agabash pode acender o entusiasmo em seus alvos e osmanter agindo. %arradores inteligentes tambm podemusar os 5agabash para envolver os outros jogadores emv2rios ganchos de hist!ria pondo um fim na pulga atr2sda orelha do ?ua %ova. 8e ele ouvir rumores sobrefomori perambulando em volta do local de alimenta4ão,ele pode passar a informa4ão para sua matilha... e aaventura se inicia.

4uando N‹o Funciona Indiscutivelmente, o 5agabash um dos aug@riosmais dif6cil de se interpretar bem. Apesar de que elespossam possuir importantes posi4:es na seita, incomumque eles sejam os melhores l6deres ou os mais bravosguerreiros. Alguns jogadores alegramse com a chance deinterpretar um personagem sem todas asresponsabilidades de estar na frente de todo luta ouassemblia> h2 muito para ser dito sobre ficar ativo deoutras formas alm de atacar inimigos e planejar o futuro.Porm, muitos jogadores podem não ter paci/ncia ou asutile+a de fa+er justi4a aos 5agabash. &les podem di+er

que esse aug@rio não encai"a muito bem com eles... ouvoc/ pode chegar mesma conclusão. ;onsidere tambmo tipo de crônica que voc/ tem nas mãos. ma que uma combina4ão de 'tipos( de aventuras provavelmentetem mais a oferecer ao 5agabash do que um 'matar epilhar( semanal.

Algumas op4:es estão dispon6veis. 8e o jogadorgosta do personagem, mas não do aug@rio, sempre h2 o5itual de 5en@ncia. ;om a mudan4a para qualquer outroaug@rio, e"istir2 certa quantidade de esc2rnio edesconfian4a associadas com tal feito, não ser2 o menordeles os problemas com ?una que surgiram da rejei4ão

das vontades dela. 0utra possibilidade permitir ojogador a recome4ar com um personagem que seja maisde seu agrado e interesse. 0 que quer que voc/ decida,

32  Livro dos Augúrios

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tente fa+er uma escolha que encai"e com o jogador, como grupo de jogadores e com a crônica.

 Ar5u6tipos 9alve+ mais do que os outros aug@rios, o 5agabash

possui uma imagem prdefinida, de um palha4o,trapaceiro e comediante. %a realidade, ele muito mais

comple"o do que isso. Aqui est2 uma apresenta4ão tantoda imagem t6pica como dos outros caminhos que o ?ua %ova pode seguir.

O L2der de Oposi‹o Interna 0 ?6der de 0posi4ão Interna Q?0IR assume seu

papel como 'questionador dos modos( muito seriamente.&le não tenta virar o lobo l6der, mas para algum de fora,certamente parece que sim. 9oda ve+ que o l6der fa+ umaproposta ou mostra um plano, esse 5agabash est2 bemaos seus calcanhares para mostrar as falhas. &le e"aurev2rios cen2rios para en"ergar todas as possibilidades — eentão ele as descreve repetidamente em detalhes. %ote

que o ?0I não desrespeitoso, mas ele sem d@vida nãotem medo de se levantar e mostrar seus pontos de vista.

0 que o ?0I precisa de um pouco mais de tato.8uas idias geralmente são e"celentes, e suas inten4:essão verdadeiras> gra4as sua perspic2cia, muitos de suamatilha e seita sobreviveram a situa4:es potencialmentemortais. -as ele descobrir2 que mais dos anci:es iriamreceb/lo bem se ele não fosse tão unilateral e não seimpusesse tanto> no geral, ele est2 tão ocupado

apontando as falhas de uma estratgia que se esquece decomentar as partes boas.

0 ?0I nascido no ciclo minguante da lua umpessimista. &le ainda tem um senso de humor e umracioc6nio afiado, mas nos momentos cruciais seu humorvaria. &le mais do tipo que resmunga e di+ '&u te disse(.Por contraste, o ?0I do ciclo crescente um ambicioso>ele s ve+es pensa tr/s passos frente e espera que todos oacompanhem. dif6cil de se enfurecer com algum tãoentusiasmado, mesmo quando ele est2 mostrandoproblemas e erros.

O Apaziuador Apesar da manuten4ão da pa+ geralmente ser a

prerrogativa dos -eia ?ua, esse 5agabash assume o papelde carregar o fardo dos problemas de todos, e assimmanter a harmonia da matilha ou seita intacta. &le tanto lastimoso quanto impressionante porque est2sempre se desculpando pelos erros de todos. 0Apa+iguador tambm um 'sofredor por uma causa( j2

que ele est2 disposto algumas ve+es a assumir a culpapelas transgress:es dos outros para manter a seita oumatilha no rumo certo — o cl2ssico lobo ômega.

7eralmente, o resto dos lobisomens não tem nadacontra o Apa+iguador. -as eles sem d@vida orespeitariam mais se ele tivesse mais determina4ão e seerguesse e defendesse suas cren4as e pontos de vista doque apenas tentasse acalmar humores conturbados. Paraser melhor sucedido, o Apa+iguador necessita

  Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 33

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desenvolver uma espinha e tambm a sabedoria de saberquando ser humilde e quando defender o que ele achaque certo e justo. Ao invs de sempre pedir por perdãopelos outros, ele precisa ser mais ativo em fa+er com queaqueles que discordam trabalhem entre eles, com oApa+iguador servindo como um mediador que mantm ascoisas amenas.

0 Apa+iguador do ciclo crescente da lua surpreendealguns lobisomens como falsamente animado. &le est2sempre com um rosto feli+, mesmo nas piores situa4:es, esempre disposto a suportar raivosos safan:es quandooutros ficam frustrados com seus esp6ritos sempre feli+es.0 Apa+iguador nascido sobre o ciclo minguante da lua mais melanc!lico. &le se culpa por coisas que deramerrado e um disposto bode e"piat!rio. Apesar de suaatitude redu+ir as tens:es, seus companheiros de seitaestão definitivamente cheios de sua depressão emelancolia.

O Ino/ador 0 Inovador o mais moderno 'da vanguarda(

dentre os lobisomens. 8ua idia de dei"ar as coisas asalvo um pouco radical, em tudo desde pr2ticas sociaisat o tempo ocioso que passa na seita. ;laro que ele nãoquebra nenhuma das tradi4:es sagradas, mas ele est2disposto a encontrar novas maneiras de fa+er as coisas.Por e"emplo, ele pode propor que todos os cargos da seitasejam compostos por ?ua %ova por um m/s, para ver sealgum inova4ão surge, ou que o Ahroun que vem at elepara um 5itual da ;onquista parta em uma buscaespiritual.

7eralmente, o Inovador tem grandes idias, mas sua

reputa4ão como 5agabash e um pouco da esquisiticetrabalha contra ele. ?obisomens são firmes em suastradi4:es e muitos são relutantes em considerar novasformas de pensar. Para ganhar confian4a e respeito, oInovador não precisa apenas aparecer com planosinovadores, ele tambm deve servir como e"emplo emostrar que podem servir e trabalhar a um prop!sito @til.

0 Inovador nascido sobre o ciclo minguante achamuito mais f2cil quebrar as regras do que o nascido nociclo crescente. &le não ir2 necessariamente desafiar a?itania, mas ele não tem medo de question2laabertamente e sugerir que ela foi criada em outro tempo,

para um outro tipo de lobisomem. 0 Inovador do ciclocrescente se foca em problemas menos sagrados, taiscomo o tratamento dado a Parentes ou o relacionamentoentre tribos.

O 7atedor Sorrateiro 0 papel secund2rio do 5agabash por muito tempo

foi de um rastreador e infiltrador e"periente> medidaque a situa4ão dos 7arou se torna mais desesperadanesses anos sombrios, muitos ?ua %ova passam maistempo como batedores atr2s das linhas inimigas do quequestionando os anci:es no caern. 0 5agabash corre

frente da matilha, prestando aten4ão em obst2culos eoportunidades> ele entra e sai de instala4:es bemguardadas, tra+endo informa4:es e bugigangas e

equipamentos roubados para seus companheiros dematilha usarem contra seus inimigos.

Algumas ve+es, o Batedor 8orrateiro fica tão presono papel de espião, que ele se esquece do quadro geral eda tarefa que se segue. )uando os companheiros dematilha estão esperando ansiosamente por informa4:esvitais, ele pode estar juntando mais coisa do querealmente necess2rio. Para ser o mais prestativo parasua matilha, o Batedor 8orrateiro precisa de um poucomais de foco e de autodisciplina.

)uando um 7arou nascido no ciclo crescente servecomo um batedor, ele realmente  assume o papel,infiltrandose nas fileiras advers2rias e, dependendo datribo, usando v2rios equipamentos hightech ebugigangas. 0 nascido no ciclo minguante parece gostarde infligir dano colateral mais do que os outros, e mais doque constantemente, suas miss:es de batedor terminamcom um pouco de sangue derramado, normalmente dolado do inimigo. Alguns 5agabash do ciclo minguantepossuem 'cart:es de visitas( registrados que são um tipode assinatura que eles dei"am quando e"ecutam suasdestrui4:es.

O +rapaceiro +2pico  %egar que a reputa4ão do 5agabash como trapaceiro

e comediante merecida um descrdito ao papeldestinado por ?una para o aug@rio. -itos e lendas estãorepletos de e"emplos de trapaceiros que, com suas pe4as,compartilharam grande sabedoria. Para os %!rdicose"iste ?o<i> para as v2rias tribos nativas americanastemos a 5aposa, o ;oiote e a 7ralha. 0 9rapaceiro

96pico carrega essa grande tradi4ão. ;om suas trapa4as,ele mostra a matilha novos meios de lidar com umproblema. 8ua risada pode aliviar o fardo da triste+a, esua disposi4ão em servir como um bode e"piat!rio aliviatens:es.

;laro que, todas essas trapa4as fa+em como que osoutros fiquem cautelosos com o 5agabash. -embros daseita s ve+es não sabem di+er quando ele est2 tentandoser srio ou sincero, então eles voltam ao estere!tipo parasaber como reagir. )uando conhecem um 5agabash pelaprimeira ve+, os outros fa+em suposi4:es sobre seucomportamento, e provavelmente e"istem alguns

fragmentos de desconfian4a escondidos abai"o dasuperf6cie. A tarefa do 9rapaceiro 96pico permanecerfiel a ele mesmo e a suas fun4:es na sociedade 7arouenquanto convence os outros de que ele pode e ir2 sercarrancudo e srio quando tal humor forverdadeiramente necess2rio.

8e o Drapaceiro D5pico é nascido no ciclocrescente da lua nova, ele é mais contente e feliz. 8uastrapaças e peças são de boa natureza e normalmente não envolvem nada terrivelmente mau ou secreto. :Drapaceiro do ciclo minuante possui um senso dehumor mais sinistro. 8uas trapaças são brutas e

 rossas, e ao invés de entilmente ensinar uma lição oucompartilhar sabedoria, ele não est& acima de ameaçase intimidação para mostrar seu ponto.

34  Livro dos Augúrios

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 No/os .ons de "aa&ash • Silenciar (Nível Um) — Apesar de os 5agabash

serem professores, uma coisa eles nem sempre podemensinar, quando manter a boca fechada. Os ve+es algumimpulsivo Ahroun di+ algo infeli+ sobre outro grandiosoAhroun, ou talve+ um filhote tagarela est2 prestes a

revelar muitas coisas sobre o que ele sabe. %esses casos,este #om age como um silenciador tempor2rio. &le fa+ oalvo esquecer as palavras, perder sua linha de racioc6nioou cria uma distra4ão tempor2ria. Alm de evitar queamigos digam coisas est@pidas, o #om pode tambm serusado contra insultos de inimigos ou contra fomorichamado por refor4os. Por causa do v6nculo entre osmembros da matilha, esse #om usado mais facilmentecom eles — afinal de contas, isso foi feito pra um bemmaior, certo$ m esp6ritodosabi2 ensina esse #om.

Sistema:  0 Jogador testa 5acioc6nio S ?2biaQ#ificuldade igual ao 5acioc6nio do alvo S T> para

companheiros de matilha, redu+a a dificuldade em umR>;ada sucesso silencia o alvo por um turno, impedindoode manter qualquer comunica4ão verbal Qentretanto,outras formas de comunica4ão, como a linguagem desinais e a escrita, ainda são poss6veisR.

• Ímã Trapaceiro (Nível Dois) — ;onhecidocomo '#om do ;huteme( pelos particularmenteirreverentes ?ua %ova, esse #om cria um 6mã espiritualem uma 2rea ao redor de um alvo inconsciente do #om,atraindo para o local esp6ritos baderneiros. Apesar debrincadeiras letais estarem fora dos limites, qualqueroutra coisa v2lidaL 6tens são movidos ou perdidos

temporariamente, o alvo pode ser cercado por esp6ritosbrincalh:es na mbra, ou momentaneamente perder seucaminho num territ!rio familiar. 0 6mã não pode serremovido ou escondido Qo alvo não pode v/lo, emboratodos os esp6ritos e 7arou perceptivos possamR, emborauma v6tima convincente ou sortuda seja capa+ de'comprar sua liberdade( com os esp6ritos com oapropriado chiminage. &sse #om ensinado por qualqueresp6rito trapaceiro.

Sistema: 0 5agabash gasta um ponto de 7nose etoca o alvo Qum tapa nas costas ou um aperto de mãofuncionam tão bem quanto um socoR. 0 jogador testa

5acioc6nio S &nigmas Qdificuldade o Posto do alvo S U>dificuldade V para não -etamorfosR. 0s efeitos do #omduram um dia por sucesso. ma falha cr6tica joga o efeitocontra o 5agabash. Qo infeli+ fa+ o teste contra si mesmopara determinar quanto tempo ser2 atormentado pelosesp6ritos e uma falha cr6tica nesse segundo teste fa+ osefeitos durarem um m/s lunar inteiroR. At mesmo osesp6ritos concordam que h2 brincadeiras que vão longedemais. 0 5agabash que usar esse #om mais de uma ve+por m/s ?unar, ou contra um mesmo indiv6duo mais deuma ve+ por sessão, corre o risco de se tornar alvo daaten4ão dos esp6ritos Qsubtraia um sucesso da Parada de

#ados a cada uso consecutivo desse #omR.• Língua nos Dentes (Nível Dois) — 8entir averdade, costuma fa+er parte das fun4:es de um -eia

?ua, mas os trapaceiros são peritos em obter admiss:es deculpa, sempre de forma acidental. #urante uma conversaQacalorada, ou qualquer outraR, o usu2rio desse #om podefa+er o alvo acidentalmente di+er aquilo que ele desejaesconder Q';laro que eu tenho tudo a ver com a mortedele... quero di+er, não tenho nada com isso( ou '0 colarnão est2 aqui, procure onde desejar, mas não perca tempono escrit!rio. 8eria muito !bvio.R A falha do alvo podedespertar imediatamente mentes suspeitosas, mas elepode atrapalhar o alvo o bastante para causar uma realadmissão de culpa, como uma confissão ou um ataque.&ste #om ensinado por um 7affling do 3alcão ou porum esp6ritodaverdade.

Sistema: 0 5agabash deve estar em uma conversacom o alvo relacionado a suas suspeitas sobre o crime oua a4ão. 0 jogador e o alvo fa+em um teste resistido de-anipula4ão S ?2bia, dificuldade igual a 3or4a de*ontade do oponente. m sucesso permite uma sutilinforma4ão, apenas confirmando uma suspeita j2e"istente. ;inco sucessos fa+em o alvo contar qualquerinforma4ão conden2vel, sem poder esconder nada.

• mpuni!a!e (Nível Tr"s) — m dos trabalhosde um 5agabash ser o portavo+ de verdadesincômodas. Infeli+mente, nem todos toleram essa fun4ãoe muitas ve+es os que mais precisam ouvir a verdade, sãoaqueles que menos demonstram vontade em fa+/lo. 0s?ua %ova devem ser r2pidos para evitar a f@ria de umancião que est2 sendo repreendido por um subordinado.;om esse #om, o 7arou pode di+er a um respeitado l6derque ele ferrou tudo, sem se tornar um mensageiro morto.0 #om ensinado por um esp6ritodogato.

Sistema: 8e for bem sucedido num teste de ;arismaS ?2bia Qdificuldade WR, o 5agabash pode evitar as pioresrepercuss:es dos seus discursos. 0 alvo precisa fa+er umteste de 3or4a de *ontade Qdificuldade W mais os sucessosdo ?ua %ovaR para punir, ou atacar o orador pelo restoda cena. ;ada tentativa de usar esse #om em um mesmoper6odo lunar, adiciona SX a dificuldade do 5agabash. %ote que tudo o que o 5agabash disser tem que ser clarae nitidamente verdade do seu ponto de vista — mentirasou duplos sentidos não são poss6veis. Por e"emplo. '8eusobrinho quebrou a ?itania(, funcionaria se o 7aroumencionado tivesse devorado um guarda, mas não se ele

houvesse fracassado em respeitar um territ!rio dos#an4arinos da &spinal %egra. QIsso uma simplesopinião, e assim como '*oc/ um grande idiota(, s! aceit2vel se for sinceroR. 0 %arrado d2 a palavra final. 8eo 5agabash fi+er mau uso desse #om, ele não apenasperceber2 ap!s ter falado, como o 7ato tornar2 sua falhavidente.

• # Suspeito $omum (Nível Tr"s) —  0sdesconfiados 5agabash s ve+es precisam colocar umamarca em algum, seja para saber a locali+a4ão de umfilhote ou rastrear um agente do governo suspeito. 08uspeito ;omum permite ao usu2rio ter uma idia geral

da locali+a4ão de v2rios suspeitos a qualquer momento.m esp6rito da coruja ou um esp6rito urbano da8abedoria ensina esse #om.

  Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 35

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Sistema: 0 5agabash pode colocar uma marca emum n@mero de indiv6duos igual a seu valor de 7nose.Para escolher o alvo, o ?ua %ova precisa, ou ter umavisão desobstru6da ou ter um forte rastro com o cheiro doalvo e fa+er um teste de 7nose Qdificuldade YR. 8e bemsucedido, ele precisa gastar um ponto de 7nose e seconcentrar por tr/s turnos. Qo jogador rola Percep4ão S&nigmas, dificuldade Z para alvos f6sicos e o valor de7nose para esp6ritosR. 0 5agabash pode sentir a dire4ãogeral de um alvo. 8ucessos aumentam a precisãoL umsucesso diria '8udoeste, a dois quilômetros ou tr/s (,enquanto cinco sucessos mostraria '8udoeste, U<m, navaranda de sua casa(. 8e o 7arou j2 tiver o n@merom2"imo de alvos, ele deve 'abandonar( um antes deadquirir outro.

• Tempora!a !e Loucura (Nível %uatro) — &"isteum pequena linha entre um humor insano e o precip6cioda loucura. A compreensão desse limite por parte do ?ua %ova o permite fa+er com que seus inimigos cheguemperto da loucura. Apesar desse #om não fa+er nenhumdano real v6tima, ele pode fa+er dela um objeto deesc2rnio e +ombaria... e dar uma quantidade de respeitoao 5agabash que us2lo. )ualquer esp6rito de ?unaensina esse #om.

Sistema: 0 jogador gasta um ponto de 7nose e fa+um teste resistido de -anipula4ão S ?2bia contra a 3or4ade *ontade do alvo. m sucesso fa+ com que a v6tima setorne desarticulada e tenha ataques de loucura por umn@mero de turnos igual 7nose do 5agabash> tr/ssucessos fa+em a loucura durar pelo restante da cena. Odiscri4ão do %arrador, quatro ou mais sucessos podemcolocar a v6tima em um estado incoerente por umper6odo ainda maior.

• Trocar a Lua (Nível $inco) — &sse #omessencialmente fa+ um lobisomem 'caminhar atravs dosps de outra pessoa(. Por um curto per6odo de tempo, o?ua %ova pode alterar o aug@rio de outro lobisomem,para qualquer outro que ele considerar apropriado.)ualquer esp6rito de ?una pode ensinar esse #om.

Sistema: 0 5agabash gasta um ponto de 3or4a de*ontade e o jogador testa -anipula4ão S InstintoPrimitivo. Para cada sucesso, o alvo deve ficar um diacom seu novo aug@rio. 0 5agabash pode terminar os

efeitos previamente, se assim desejar. 0 alvo perde acessoaos #ons espec6ficos do Aug@rio, ganha ou perde pontostempor2rios de 3@ria, tra+endo sua base para o m6nimo doaug@rio apropriado e, repentinamente senteseinfluenciado a pensar pelos deveres de seu novo [email protected] e"emplo, se um 5agabash altera um Ahroun em umPhilodo", ele come4ar2 a tentar dar o e"emplo, sentindoum impulso em ameni+ar disputas, e tra+endo coisas parao seu julgamento. Quma oportunidade de interpreta4:esengra4adas e criativasR. 0s ?ua %ova de posto avan4adousam esse #om para ensinar uma li4ão para aqueles queassumem o papel de seu aug@rio muito severamente, o

que pode realmente ser efetivo ao mostrar umaperspectiva diferente.• &lo 'rgil (Nível $inco) — ;om esse #om, o

?ua %ova pode adentrar os cora4:es e mentes dosmembros de uma determinada matilha. &le pode sentir osmedos e preocupa4:es de alguns amigos ou inimigos paramelhor ajud2los ou atac2los. -unido desseconhecimento, o 5agabash pode guiar sua pr!priamatilha em ataques ao inimigo ou utili+ar sua estranhamarca de sabedoria para facilitar a pa+ e acordo. )ualqueresp6rito da Feaver pode ensinar esse #om.

Sistema:  Ap!s gastar um ponto de 3or4a de*ontade, o jogador testa Percep4ão S &nigmas. ;adasucesso ap!s o primeiro permite a procura de umainforma4ão crucial em dois membros de uma matilha porsucesso. Por e"emplo, com dois sucesso, ele ter2 doismembros da matilha, e com tr/s sucessos ele podedescobrir sobre quatro. 0 %arrador d2 as informa4:es deforma descritiva. &le não precisa di+er especificamentePosto ou aug@rio, por e"emplo, mas pode apontar quem o mais d2 as ordens e quem as segue. Alm disso, esse#om pode dar dicas ao 5agabash dos medos e fobias queele pode melhor usar em sua vantagem. ;om aaprova4ão do %arrador, ele tambm pode descobrir oPosto dos membros da -atilha, quem tem mais 3@ria e7nose, e possivelmente, certas )ualidades ou #efeitos. %arradores devem ser generosos, pois esse um raro epoderoso #om.

• Dom !e rometeu (Nível Seis) — &ste poderoso#om permite ao 5agabash fa+er a proe+a final, roubar umpoder sobrenatural e transform2lo em um #om. Almdisso, o novo #om pode ser ensinado a outros, como se o?ua %ova fosse esp6rito tutor. A parte dif6cil que o5agabash deve ser alvo do poder primeiro, mas, depoisdisso, ele transforma o poder, que agora pode serensinado a outros, mas ele mesmo não pode usar. mpoderoso esp6rito, como o avatar de um Incarnatrapaceiro ensina esse #om.

Sistema:  8obreviver, sofrer e se sacrificar são osmeios de se adquirir esse #om, apesar de nenhum testeser necess2rio. 0 5agabash precisa sofrer os efeitos dopoder Qcomo uma disciplina vamp6rica ou uma rotina deum magoR usado sobre ele. &ntão ele pode usar suae"peri/ncia, trabalhando com o esp6rito apropriado etransformar o poder em um #om. que pode ser ensinadoa outros. 0 5agabash não pode ele mesmo usar o #om e

agora est2 vulner2vel aos seus efeitos. A pr!"ima ve+ queencontrar um oponente usando esse poder, o inimigo tema dificuldade redu+ida em X para afetar o ?ua %ova Qopoder afeta mais facilmente o 5agabashR. )ualquer podersobrenatural pode ser copiado dessa maneira inclusive osmaculados pela FHrm. #essa forma os lobisomens podemdevolver o poder da FHrm para ela mesma. &m vista dosacrif6cio envolvido, os ?ua %ova normalmente ganhamconsider2veis n6veis de 5enome, não apenas por 'roubar(o poder, mas tambm por ensinar a outros. 0 %arradordeve se sentir livre para criar e inovar na cria4ão depoderes de outros jogos Qcomo *ampiro e +agoR dentro

do universo de Loisomem. 0 %arrador determina o %6vel de qualquer #om adquirido desse modo, comoachar apropriado.

36   Livro dos Augúrios

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 No/o "itual de Pacto  "itual do 8mea 

 %6vel 9r/s7eralmente fun4ão do 5agabash adicionar

frivolidade e desviar uma situa4ão tensa. )uando a

divisão e a f@ria amea4am a unidade da seita, alguns5agabash escolhem o perigoso e sacrificante 5itual do[mega. ma ve+ que sua e"ecu4ão seja bem sucedida, omestre de rituais se torna insultuoso> tudo que ele di+ oufa+ acerta no nervo de todos da seita Qe dos visitantes queestiverem por l2 quando o ritual come4aR. Anci:escolocam ele pra trabalhar e o punem por ser folgado, e osAhroun querem praticar suas habilidades de arremesso de5agabash. At mesmo o impuro mais bai"o di+, '#eve sermuito ruim ser voc/(. 0 mestre de rituais ser2 levadopara matan4as, espancamentos caso não seja r2pido osuficiente e pode at ter seu equipamento roubado ou

danificado em nome do !dio. At mesmo a sua pr!priamatilha o trata como li"o. 9oda a tensão, !dio e f@riaque amea4avam dividir a seita agora são direcionadospara um indiv6duo, tra+endo unidade e purga4ão aos7arou. 0s efeitos duram no m6nimo um dia, apesar deque para uma melhor situa4ão o 5agabash possacontinuar a interpretar o papel de ômega indesej2vel,para assegurar a harmonia.

Sistema: sando seu pr!prio sangue misturado como solo do caern, o mestre de rituais inscreve o glifo 7aroupara *ergonha em seu peito e entoa um canto. 8e bemsucedido, o 5agabash cai para Posto m pela dura4ão do

ritual.;aso a tensão na seita seja resultado de um eventosingular Quma morte, um desafio de divisas, etcR, o ritualdura um @nico dia. %o caso de uma crise mais duradouraQnegocia4:es entre seitas ou um conclave acaloradoR, oritual pode demorar uma semana. %o final do ritual, oglifo desaparece e o Posto do 5agabash volta ao normal,adicinados de \ pontos tempor2rios de onra Qat V paraum ritual e"tensoR e ele volta a ter um tratamentodecente para compensar o sacrif6cio. 0s membros da seitaestarão mais inclinados a se comprometer e ter umamaior compreensão dos pontos de vistas opostos,

permanecendo unificados por um tempo.0 mestre de rituais pode encerrar o ritual antes dotempo, apagando o glifo e gritando 'J2 chegaK(, mas eleperde U pontos de onra e X de 8abedoria, e pior, a seitaperde todos os benef6cios do ritual.

&sse um ritual espec6fico dos 5agabash> qualqueroutro aug@rio Qassumindo que eles achem um professorRtem SU de dificuldade no teste e ganha ou perde apenas Xponto de onra.

 No/os Fetiches  Insetos 7elisc9es 

 %6vel X, 7nose \7randes Insetos são fetiches que parecem ser algum

tipo de um grande inseto — joaninhas, abelhas ou louva

adeus, por e"emplo —  feitos de argila e pintados emcores berrantes. m lobisomem pode colocar um dessespequenos insetos em objetos que ele queira proteger debisbilhoteiros casuais, ativando o fetiche quando ocoloca sobre o objeto. )uando qualquer um alm dolobisomem tenta abrir ou perturbar o item em questão, ogrande inseto ganha vida e 'ferroa( o ofensor. Isso não letal, mas e"cessivamente doloroso, como o pior ferrãoimagin2vel. ;aso o ofensor tenha alguma ra+ão que ofa4a ficar em sil/ncio, ele deve fa+er um teste de 3or4a de*ontade, dificuldade Z, para evitar gritar com todo ar deseus pulm:es.

 Foo de Lo(i  %6vel T, 7nose Y&sse fetiche normalmente parece como um pedra

vermelha flamejante, do tamanho apro"imado da palmade uma mão humana, similar em cor a uma cornalina.)uando ativado com o gasto de um ponto de 7nose Qumteste comum não ativa um fetiche desse poderR, elepermite ao portador aumentar sua -anipula4ão em doispontos pela dura4ão de uma cena. &m condi4:es ideais, ousu2rio assume essa oportunidade para e"ecutar umtruque ou de alguma forma tirar vantagem de uma formaque o homônimo da pedra aprovaria. m esp6rito daengana4ão normalmente a fonte do poder do fetiche.

 No/o Amuleto Pintura Facial  

7nose YPintura 3acial pode assumir v2rias apar/ncias, desde

uma maquiagem de panquecas at uma rica lama ocre,normalmente dependendo da cultura de onde vem o seucriador. um fetiche e"tremamente @til, j2 que eletemporariamente ofusca a apar/ncia do usu2rio. )uando

ativada, a pintura pode simplesmente fa+er o usu2rioparecer mais ou menos bonito Qaumentando oudiminuindo a Apar/nciaR, ou dar ao usu2rio diferentescaracter6sticas faciais. ma pessoa de pele escura e olhoscastanhos pode, por e"emplo, escolher ter olhos a+uis euma pele bron+eada. As mudan4as não ocorrem pelocorpo todo, apenas na face, mas um item bastante @tilpara quando se precisa passar por outra pessoa. 0s efeitosduram uma cena.

  Capítulo Um: Perguntas Sem Respostas 37 

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  apítulo Dois:

Guardiões dos

Mistérios Sagrados

 A natureza, para ser comandada, precisa ser obedecida.

— Francis Bacon

Os Luas Crescentes Anjou ‘Annie’ Patchquilt odeia estereótipos étnicos

com uma intensidade passional. Ela odeia o vago cheirode gordura no ar da Reserva que a!ia todo mundo suarmais do que naturalmente deveria. Ela odeia a roupaesarrapada do E"ército da #alva$%o que ela conseguiupara seus ilhos e so&rinhos. Ela odeia o papel de parededescascado e a mancha marrom de goteira no orro degesso de sua casa apertada. Acima de tudo' ela odeia

quando qualquer homem &ranco olha pra ela e v( apenasuma mulher nativa repugnante em roupas po&res. Ent%oela tra&alha' com um desespero calado' para manter suacasa em ordem' limpa e ha&it)vel' dentro do poss*velcom o que ela tem. +sto era como tentar segurar umaavalanche com uma "*cara de ch)' mas ela nunca paroude tentar.

Agora mesmo' ela est) esregando compulsivamentesua mesa de jantar com uma esponja de a$o' tentandoremover as manchas do molho ,rat -acaroni quesecaram como esmalte h) meio ano atr)s. e uma orma'isso era puriicador —  esse movimento repetitivo

acalmava os nervos dela. +sso a ajudou a esqueceralgumas coisas. /udo isso poderia ser acilitado' elaponderou' se a sua gente n%o tivesse uma tri&o de

lo&isomens sugando seus poucos recursos comocarrapatos gordos. Rapidamente' ela se puniu. Ela j) viuos 0arou a!erem muitas coisas corajosas em suas vidas'ajudando as pessoas e se doando. 1%o que todos elessejam como Fala23om2as2#om&ras. #eus dedostencionaram e ent%o ela perce&eu quando se arranhoucom a esponja de a$o' mas n%o se importou. Arrogantes'paternalistas' intimidadores' cruéis e manipulativos —isso era verdade. Ela odiava a todos os malditos /heurgese seus amigos esp*ritos tam&ém.

e qualquer orma' ela pensou' isso insultava sua

intelig(ncia. Anjou nunca oi particularmente umaamante da nature!a e ela encarou como umaestereotipa$%o enquanto os lo&isomens esperavam queela respeitasse seus esp*ritos da nature!a só por que elatinha uma pele marrom como a deles. 3omo na /4'onde todo nativo americano tem uma prounda eemp)tica liga$%o com os animais e com o 5Esp*rito da/erra6 —  junto com sua machadinha e seu cocar depenas. Anjou se considerava uma mulher pr)tica —mesmo por que ela sa&ia mais so&re o uturo do seu povodo que so&re o passado dele. 7s 89tena nuncaaceitariam isso' é claro' mas o m*nimo que eles poderiam

a!er era cuidar da sua própria vida e dei"ar a sua malditaespiritualidade para si mesmos' em ve! de or$)2la nosoutros.

  Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 39

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 1%o pense so&re isso' ela disse a si mesma. 4oc( sóvai icar deprimida e tem tra&alho a ser eito. 7 &arulhoestridente da porta interrompeu suas rele":es.

54) em&ora6' ela gritou' sua vo! revelando mais dasua ang;stia do que ela normalmente se permitiria.

51ós precisamos conversar' Anjou.6 Ela conheciaaquela vo! — era Aaron <uatro2Patas' um dos Philodo"da #eita do Rio. Ela pensou em pedir para dei")2la empa!' mas a ;ltima coisa que ela queria era dei"ar mais0arou nervosos com ela' ent%o ela suspirouproundamente' ajeitando seu ca&elo preto e dei"andoque seu convidado entrasse com toda a rie!a que elapossu*a.

5As coisas que voc( disse no Bar do =omemPrateado na ;ltima noite' so&re Fala23om2as2#om&ras eos 89tena' elas est%o se espalhando.6

5> uma sociedade livre' n%o é? Eu posso di!er o queeu &em entender@6

51%o'6 disse Aaron' com uma vaga triste!a em suavo!' 5n%o é' pelo menos' n%o completamente. E e"istemmuitas' muitas coisas que a seita n%o tolerar) que voc(diga em p;&lico. Eu sinto muito. 7 que aconteceu' dequalquer orma' para que voc( dissesse tamanho venenoso&re #om&ras e seus esp*ritos?6

Anjou suspirou' estava cheia de humilha$%o. Aaronqueria oerecer conorto a ela' mas ele n%o sa&ia como.5Eu vou lhe contar ainal de contas' se voc( n%o ouvir demim' vai ouvir de um dos meus ‘amigos’. 8m ano e meioatr)s' eu conheci um &elo e gentil homem' chamadoPhillipe Rouchard' nós nos apai"onamos.6

Anjou colocou suas m%os calejadas entre os ca&elose seu rosto era de triste!a e miséria. 5Ele me achava&onita' Aaron. Ele era meu sonho' minha pai"%o e aminha ;nica oportunidade de viver uma vida com maisdignidade do que eu tenho agora. #om&ras veio até mim.Ela literalmente apareceu do nada uma noite enquantoeu assistia /4' sem d;vida esperando me assustar com am)gica de percorrer atalhos' como se eu osse umaignorante. Eu nunca me senti so!inha desde ent%o' voc(sa&e — eu sempre sou&e que um de voc(s poderiam estarem minha casa pela 8m&ra' me espiando e eu nuncaserei capa! de perce&er isso. Aquela vaga&unda levouminha seguran$a em&ora para sempre. Enim' ela nem

sequer se incomodou em se apresentar. Ela apenas medisse que a -%e 89tena olhara para o ruto da minhauni%o com Phillipe e achou que ela osse de mau agouro'que eu tinha que me separar dele imediatamente eescolher um companheiro dierente' da Reserva. Ent%o'ela desapareceu. #em nenhuma e"plica$%o' nenhumconselho' só uma imposi$%o. Eu acho que todos oshumanos devem se sujeitar a um /heurge' certo?6

51%o. 1em todos' eu juro. -as continue' por avor.6Anjou olhou com uma cara eia para ele.

53ertamente voc( j) ouviu o resto. Esse lugar é pior doque a menor das cidades. Eu iquei com Phillipe e ui

criticada. Ele desapareceu no ar quando eu estava gr)vidade cinco meses. As crian$as nasceram deeituosas e a;ltima morreu na unidade de tratamento no dia anterior

ao que eu ui ao &ar. Agora' eu n%o posso nem mesmosorer em pa! —  todos os que eu pensava serem meusamigos est%o cochichando so&re qu%o tola eu ui' por n%oter me calado e o&edecido aos esp*ritos como uma &oacriada. E eu perdi meu uturo' aquele que parecia t%o&rilhante. Essa é minha triste história preiro n%o entrarnos detalhes mais sangrentos. /udo que aquela malditavelha tinha de a!er era me dar alguma e"plica$%o' umajustiicativa' além de ‘seu amante é sujo’.6

54eja' esse é o meu ponto. Eu respeito a maioria doseu povo' realmente respeito. -as eu acho que seus/heurges s%o completos merdas. -eu av oi criado emuma dessas escolas católicas ‘especiais’ que eles t(m paraos nativos — com certe!a voc( j) ouviu alar delas. Euouvi por tudo que ele passou' como eles usavam a religi%opara golpear nosso povo e nos manter na ignorCncia' euvejo a mesma coisa acontecendo com nossos /heurges.4oc( j) ouviu isso de outros 0arou' como eles seinteressam por coisas que n%o deveriam e eventualmentese queimam. Eu tive que sacriicar muito na minha vidaporque os 0arou estavam em guerra com a Drm. #e aguerra é t%o importante' por que voc(s gastam tantosrecursos pagando dé&itos a esp*ritos e guardando locaissagrados? /alve! seja dierente para voc(' mas eu digoque tudo que voc( est) a!endo é prostrar2se para um&ando de dogm)ticos e tiranos deuses2parasitas. Ent%osim' eu conirmo tudo o que eu disse no &ar.6

O Primeiro Theurge Aaron a&riu sua &oca para alar' mas as palavras

icaram presas. 1%o havia muito a ser dito para responder

algo como aquilo. +sso seria mais di*cil de resolver doque ele pensara inicialmente. -entalmente' ele "ingouFala23om2as2#om&ras' mas ele n%o admitiria isso.

5Por avor' n%o pense em nós como ditadores outiranos' Anjou. Eu estimo sua dor' compreendo porquevoc( se sente erida por Fala23om2as2#om&ras. Acredite'eu quero tentar consertar essa &agun$a' n%o apenas varr(2la para de&ai"o do tapete. 3ertamente voc( n%o é aprimeira pessoa a se sentir re&ai"ada por um /heurge oua sentir que os uas 3rescentes i!eram mal a voc(./heurges s%o conhecidos por serem enigm)ticos'manipulativos e até mesmo enganadores. -as eles t(m

suas ra!:es para serem assim e espero poder ajud)2la aentend(2los melhor. Ent%o por que nós temos /heurges'voc( pergunta? 7 que eles a!em por nós? ei"e2mecome$ar desde o in*cio ent%o.6

5/odas as tri&os possuem lendas so&re o primeiro/heurge e muitas clamam ele ou ela para si. 1o entanto'o é e"traordin)rio é que' apesar dos detalhes de cadalenda serem dierentes' o molde &)sico é e"atamente omesmo. Eu acredito que haja um pouco de verdade nessaslendas' mas eu n%o espero que voc( a$a o mesmo. Porenquanto' por avor' apenas escute. E"istem sempre seisest)gios para a históriaG Aliena$%o' /ransgress%o' #inais e

Proecias' 3omunica$%o' #acri*cio e Restaura$%o. 70arou descrito como o primeiro /heurge variaamplamente de lenda para lenda — algumas ve!es é um

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grande guerreiro' outras um simples impuro. -as ele ésempre separado de sua tri&o' sua matilha' seu c*rculo

social. Algumas ve!es ele é um vision)rio que v( coisasque os outros n%o en"ergam' outras ve!es ele é doente ouaté mesmo louco. -as ele sempre est) separado' so!inhoe n%o é completamente normal.6

5A /ransgress%o é de longe a parte mais vari)vel dahistória. 7s outros 0arou' em sua arrogCncia' conseguemoender o mundo espiritual — na lenda dos 89tena' pore"emplo' eles levam um re&anho de cari&us H morte ematam todos eles' dei"ando quase toda a carne e pelepara apodrecer. 7 desrespeito undamental mostrado aoPai Animal do cari&u demonstra a hu&ris desses 0arouprimitivos muito &em. 7utras tri&os possuem outras

transgress:es' por e"emplo' os Presas de Prata alam doassassinato de um rei' enquanto as lendas dos Andarilhosdo Asalto alam so&re o e"term*nio dos humanos pré2históricos cada tri&o coloca sua moral preerida nahistória. -esmo assim' a arrogCncia dos 0arou conseguiuoender mortalmente os mundos espirituais e' enquantoisso persistir' nada de &om surgir) das &uscas de nossara$a.

5+sso nos leva para a pró"ima se$%o do mito' #inais eProecias. entamente' os maiores poderes tornaram2seconhecidos. Fetiches se despeda$avam quando usados em&atalha. -) sorte e coincid(ncias estranhas assolavam

esses 0arou primitivos. As colheitas de seus Parenteshumanos ca*am esta$%o após esta$%o' enquanto seusParentes lupinos eram presas para ca$adores e

predadores. Eventualmente' j) que isso ocorreu emtempos quando o mundo era mais pró"imo da magia' a

maldi$%o espiritual se tornou insuport)velG os dias setornaram mais quentes so&re o olhar de =élios e as noitesainda mais rias que o v)cuo do espa$o. /empestadesviolentas seguiam os 0arou primitivos como um legadodo Av /rov%o. /odas as eridas se tornaram inectadas'todas as crian$as mortas ao nascer e a trama so&renaturalda realidade come$ou a ativamente ustigar os 0arou.6

5Apenas o 0arou que era o Primeiro /heurge podiaperce&er a causa disso e seus avisos reca*am so&re ouvidossurdos. em&re2se que isso oi antes do esta&elecimentoda maioria da espiritualidade 0arou e ninguém sa&iacomo alar com os esp*ritos. -as o Primeiro /heurge

partiu na 8m&ra para tentar acertar as coisas. Agora eledeve passar por v)rios ord)lios e testes antes que osesp*ritos compartilhem seus segredos a ele' e assim ele oa!' demonstrando grande esperte!a e sa&edoria noprocesso. Por sua coragem e vis%o' os esp*ritos d%o a ele aha&ilidade de conversar em sua l*ngua' e inicia2se averdadeira comunica$%o entre as ra$as. 8ma ve! criada'essa ponte n%o é acilmente que&rada muito tempodepois do Primeiro /heurge ter morrido' os espiritualistas0arou carregam o acordo dele no aprendi!ado de umsimples om. -as só palavras n%o eram suicientes pararecuperar o equil*&rio' j) que a hu&ris dos 0arou oendeu

os esp*ritos em grande escala. 8ma grande reden$%o eranecess)ria.6

57 #acri*cio é sempre mortal. As lendas 0arou n%o

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 41

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s%o histórias &onitinhas' Anjou' e a verdade éque apenas com sua morte o "am% podiaapa!iguar o mundo espiritual. 1enhum outrosacri*cio era grande suiciente. 1as tri&os maisguerreiras' sua ang;stia é aumentada muitasve!es' para enati!ar o aspecto do m)rtir —  o/heurge 3ria de Fenris é acorrentado em umamontanha enquanto #urtur joga pedrase"tremamente quentes so&re sua ormadestru*da por toda a eternidade' por e"emplo.4oc( acredita que o 3ristianismo oi a primeirareligi%o a ter um #alvador que a&solvessetransgress:es com sua própria vida? -uitas dasmitologias das religi:es humanas possuem suas&ases ou paralelos nas histórias dos 0arou. Amorte do Primeiro /heurge ecoa a pequenamorte que a maioria dos /heurges e"perimentadurante seu Ritual de Passagem —  é umacorrespond(ncia sim&ólica' isso conta muito emum mundo m*stico.6

5Assim' o equil*&rio entre os mundos dosesp*ritos e da carne oi restaurado' as pragas etragédias so&renaturais aca&aram —  essa é aRestaura$%o. 7s 0arou' agora capa!es decompreender os esp*ritos' se a&ateram aoouvirem do sacri*cio do Primeiro /heurge. 7slo&isomens primitivos juraram que esse tipo deoensa a 0aia nunca deveria chegar a se tornart%o rude novamente e para mostrar suadedica$%o a isso' eles i!eram um pacto comunaG todos seus ilhotes nascidos so&re a luacrescente' o sinal de una para os maioresmistérios' seriam direcionados aos mundosespirituais' para agirem como emiss)rios emensageiros para os esp*ritos' garantindo que os0arou nunca alhem em pagar seus dé&itosnovamente.6

 As Mil Faces Anjou &alan$ou a ca&e$a lentamente

enquanto ela digeria a lenda. 5+sto é' hum...evocativo' eu acho' num sentido primitivo' masainda n%o icou claro para mim o que os

/heurges a!em nas quest:es pr)ticas' reaisenquanto seus guerreiros est%o morrendo naslinhas de rente e seus ju*!es est%o reor$ando alei tri&al.6

51%o soando depreciativo' eu iqueicansada de ver o povo tentando usar as lendascomo justiicativa para as quest:es da vida realdesde a primeira ve! que um dos meus anci:estri&ais veio com toda aquela rotina de 5voc(n%o entende os 3aminhos 1ativos' sua crian$ada cidade ignorante6 so&re mim. Apelar paraum precedente m*tico n%o é uma orma v)lida

de argumento6.7 lo&isomem concordou. 5-uito &em.4oc( possui uma mente aiada Anjou' daria

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uma &oa Philodo". -as voc( n%o pode julgar um aug;riopor uma pessoa' n%o importa qu%o orte uma presen$adela possa ser em sua vida. 7s /heurges s%o muitodiversiicados e eles possuem v)rias un$:es dierentespara se ocupar na sociedade 0arou6.

O Sacerdote 5Primeiramente e mais importante' /heurges s%o o

clero da nossa sociedade —  mas voc( j) sa&ia disso'certo? 3ontudo' eles n%o s%o como os sacerdotes mortaise os "am%s que voc( j) tenha tido e"peri(ncia. #e muito'eles s%o mais como as sacerdotisas e monges de templosde misteriosos cultos ancestrais. Iuntamente com osdeveres normais de qualquer autoridade religiosa' eles s%orespons)veis pela preserva$%o do mistério e do temor quecercam o sagrado6.

Anjou &uou. 5-antendo as massas de 0arouassustadas e a merc( deles. <u%o no&re6.

5-antendo os 0arou reverentes6' Aaron corrigiu.5E"iste uma dieren$a entre a sincera rever(ncia e

simples ignorCncia' Anjou. /odos os 0arou reverenciam0aia e querem servir a Ela. 7s /heurges n%o or$amninguém a isso' eles n%o precisam. +sto est) no interior denós num caminho que eu realmente n%o consigo e"plicara um humano. #into muito. 1ós nascemos como seresespirituais' im&u*dos com 0nose. -as nós tam&ém somosseres orgulhosos' um t*pico 0arou é mais poderoso doque noventa por cento de outros seres que ele poder)lidar. 7s /heurges asseguram que nosso orgulho nuncachegue a atingir o ponto de hu&ris e desrespeito com osesp*ritos' como oi dito na história do primeiro /heurge.8m dos muitos crimes graves de nossa ra$a — incluindo

o +mpergium e a 0uerra da F;ria — se originou pela altade respeito de um modo geral. +sso algumas ve!es tr)s Htona uma antiga sensa$%o de terror que nos a! lem&rarque n%o somos as ;nicas criaturas que se acham dignas de0aia' ent%o na verdade eu ico grato por termos/heurges para cuidar disso. Espiritualmente cuidam deum importante tipo de limita$%o para os 0arou' quandoesquecemos de reverenciar' coisas ruins acontecem. Eisso toma uma grande quantidade para acertar narealidade' terror genu*no nos cora$:es dos guerreirosescolhidos de 0aia' dado o que enrentamos em uma &aseregular. Algo do que torna o /heurge uma igura de

grande inspira$%o é o desconhecido' a nature!aalien*gena de que ele lida' o ato de que nunca sa&er)quais dos seus segredos um /heurge pode estar ocultando.Ent%o' o medo que um /heurge inspira é o medo de sealhar em nossos diversos deveres para com 0aia. 8m/heurge é um lem&rete vivo para todos os 0arou de quenós todos temos na realidade' divindades de poderescosmológicos olhando por so&re nossos om&ros' mesmoem&ora n%o consigamos v(2los ou toc)2los. 7s 0arouprecisam disso — nós precisamos sa&er que n%o somos omaior gorila no quarteir%o e que devemos nossa lealdadea patronos espirituais muito acima de nós6.

Anjou &alan$ou a ca&e$a. 5Religi%o como umsistema de controle para seu poder so&renatural. Eu acho

que posso ver isso. Eu acho que posso en"ergar assim.-as claro que voc( n%o precisa de um quinto da sua ra$adedicado a só isso?6

O Mensageiro 57h n%o. A maioria dos humanos acredita que o

espiritual é isolado numa terra muito distante que eles sópodem interagir com uma morte ou em terr*veis raros

momentos de e"peri(ncia m*stica. +sto n%o é verdadepara os 0arou — esp*ritos est%o pró"imos todos os dias. 1ossos pequeninos deuses olham' por so&re nossosom&ros' a tudo que a!emos' nós precisamos ter pessoasque conhecem os ritos tradicionais e os caminhos antigos—  pessoas que s%o classiicadas para alar com essesmistérios vivos da maneira apropriada6.

Anjou criticou ceticamente. 5-as por que ent%otodo aquele vudu e porcaria? Por que se incomodar comos ritos' as dan$as sacras e os enigm)ticos que&raca&e$as? Eu tenho vivido com os 0arou por toda minhavida eu sei muito &em que qualquer 0arou tem a

capacidade de aprender como alar coerentemente comos esp*ritos. Até mesmo alguns especialmente devotamseus Parentes a aprender esse truque. Ent%o porque temosde coniar aos /heurges ao invés' digamos' aos Philodo"'quando eles tradu!em a linguagem dos esp*ritos emtermos de tolas met)oras e enigmas?6

58ma ve! eu i! uma pergunta similar a um velhoPeregrino /heurge' quando eu era jovem e ine"periente.+sso oi o que ele disse em respostaG 7s /heurges nuncaouscam para a causa da ousca$%o. Eles n%o est%o aquipara nos enganar' mas como qualquer diplomata elingJista eles t(m que dar o respeito apropriado para

am&os os lados da troca. 1ada é mais an)tema do que umesp*rito sendo tratado como um aliado mundano' umaonte — como um guerreiro parente ou um alto contatona 1arcóticos. Este é caminho da Deaver —  implicarque apenas propriedades importantes de uma coisa sejaaquela que possa ser acilmente o&servada' entendida ecatalogada. Algumas coisas s%o melhor dei"adasdesinormadas — ou ao invés disso' ormado por sonhos'dan$as espirituais e ora$:es ao contr)rio das &analidadesda anatomia e da negocia$%o6.

5-eu amigo /heurge disse que e"istem duasverdades no mundoG a primeira' a mais dura verdade' que

é aquela que os Philodo" lidam — a verdade do sim oun%o' culpado ou inocente verdade adquirida pelao&serva$%o e an)lise. +sto é verdade' mas tam&émo&scurece qualquer verdade maior que possa estarde&ai"o de uma mentira. >... literal' na alta de um termomelhor. A verdade do /heurge' por outro lado' é umaverdade suave a verdade das lendas' das proecias es*m&olos. 1em tudo na mitologia é estritamente casual'mas est) l) por uma ra!%o6.

5/odos os esp*ritos — sim' inclusive os -alditos —s%o uma parte de uma maior verdade sim&ólica. 4oc(n%o pode colocar essa verdade em palavras —  isso iriamat)2la e a Deaver iria ganhar. Ent%o os /heurgescortam2na em peda$os' misturando cada uma em

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 43

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mistério e enigma. Ent%o eles as entregam' esperando queisso solucione o ‘enigma’ na procura de alguma imediata'di*cil verdade onde nós encontraremos uma min;scula'inestim)vel a*sca da verdade maior contida —  umaverdade que eles n%o podem articular mesmo que elesquisessem tam&ém6.

5Ao menos' é o que di! meu amigo. #ério' em&ora'isto seja ultimamente acad(mico —  mesmo se nósquiséssemos nossos /heurges para alar estritamenteracionalista e de maneira precisa com os esp*ritos' comoos tradutores oiciais ou alguma coisa assim' mas eles n%opodem. -uitos' muitos esp*ritos s%o altamente elusivos eenigm)ticos por nature!a e /heurges tem de alar em seun*vel se eles quiserem alar como todos eles.8ltimamente' esp*ritos podem reletir aspectos dacondi$%o humana' mas eles n%o s%o parecidos como voc(e eu isto pode tomar anos de treinamento de um/heurge e uma mente aiada para relatar a eles numn*vel que eles possam entender. /udo o que eu estoutentado di!er é que os uas 3rescentes tem sólidas ra!:espara serem enigm)ticos isto n%o é como se elesestivessem tentando intimidar um ignorante ou escondersua própria incompet(ncia6.

Anjou concordou. 5-uito &em6.

O Educador 5/heurges a!em mais do que apenas causar medo e

conundir'6 o Philodo" disse isso com um sorriso auto2depreciativo. Anjou sorriu de volta a despeito delamesma. Ela se mostrou genuinamente interessada' Aaronimaginou. Esse era um &om sinal6.

5Eles tem um jeito com os outros 0arou' veja voc(.

 1ossa ;ria queima orte eles nos ajudam a educar nossa0nose como um contraponto. Eu acho que voc( podedi!er que eles e"ercem algum tipo de inlu(ncia calmanteso&re nós' prevenindo a F;ria de se so&ressair so&re ara!%o. 3ontudo' estou certo que é di*cil para voc(acreditar' que em muitos casos eles possam ser os maisemp)ticos 0arou —  n%o necessariamente o maisperceptivo das emo$:es essa honra vai para os 0alliard— mas o maior desejoso em compartilhar das dores dooutro' aliviar o sorimento de outros para nos relem&rarde nossos la$os com nossa eusa. Eu duvido que voc( j)tenha visto alguma ve! esse outro lado de um /heurge'

Anjou. Acredite quando eu digo que eles podem ser serestremendamente cheios de compai"%o o ;nico pro&lemaé que alguns deles n%o sa&em ao certo como e"pressaressa compai"%o sem colocar a&ai"o a muralha deadmira$%o e rever(ncia que cercam o seu ausp*cio6.

5/heurges tam&ém s%o nossos curandeiros. 8m deseus ons espirituais mais comuns permite2os curarerimentos so&renaturalmente' echando carne com umtoque. -ais eles tam&ém praticam a arte da medicinanum senso geral — muito poucos /heurges n%o possuementendimento de toda medicina de her&alismo ehol*stica. 4oc( pode até di!er que eles n%o curamdiretamente os outros t%o &em quanto eles ensinam osoutros a ver como a nature!a pode ajud)2los a curar a si

mesmos. Em alguns casos' voc( pode até comparar um/heurge a uma cl)ssica parteira6.

5> claro' muitos /heurges tam&ém possuemha&ilidade com a medicina moderna alguns s%o atéisiologistas e cirurgi:es ha&ilitados. em&re2se que n%oseguir propriamente os caminhos tradicionais n%oimplica em di!er que nós n%o podemos tam&ém a&ra$armétodos modernos quando eles servem para nossospropósitos6.

O Destino do Mal  8ma coisa que muitos 0arou Ke tam&ém muitos

jogadores de LobisomemL' podem n%o ter perce&idoé que matar -alditos e outras criaturas da Drm n%oa enraquece verdadeiramente no cen)rio geral dascoisas. +sto n%o é para di!er que muitos atos dehero*smo de muitos grandes heróis guerreiros 0arouoram em v%o — longe disso. estruir os servos daDrm' assim como aqueles simples &urros maliciososque alimentam o seu poder com ódio e ignorCncia'ajuda muito &em. +sto protege inocentes quepoderiam de outra orma serem machucados por suasa$:es' evita que a corrup$%o seja disseminada eganha tempo para que outros 0arou encontrem umasolu$%o mais duradoura e geralmente contri&ui comos esor$os de uma ra$a morta em manter as ileirascontra sua e"tin$%o inal 7 que isso n%o a!' por umoutro lado' é enraquecer a Drm num senso geral. 7potencial da Drm é determinado altamente pelopoder de corrup$%o que ela representa' as aces domal representados pelos +mpulsos da Drm e seus-aeljin +ncarnae. Fomori e -alditos s%o apenasagentes da Drm usados pra ensinar essa corrup$%oé a corrup$%o em si que concede a or$a maculada'n%o os -alditos e os Fomori.

5> a* onde os /heurges Ke todos os outros 0arouque ajudam a seguir sua vis%oL entram. 3uraespiritual' a restaura$%o do &alan$o meta*sico epsicológico —  essas coisas s%o indiscutivelmentemuito valori!adas pela 1a$%o 0arou Kem&ora seadmita que como povo so& cerco' os lo&isomens n%o

est%o numa &oa posi$%o para tomar constantementea longo pra!oL. -as eles s%o sem d;vida as ;nicascoisas que s%o realmente capa!es de erir a Drmcomo uma entidade' tanto como qualquer grandeor$a meta*sica como a Drm possa ser 5erida6. 1%os%o apenas os /heurges' é claro eles s%o apenasaqueles que est%o no volante. <ualquer 0arou podelevar a luta para a Drm num n*vel mais espiritual'no im de tudo as vitórias da 1a$%o 0arouenvolver%o este tipo de conlito metaórico entrevirtudes e pecados' pure!a e corrup$%o. epois detudo' na longa jornada isto é a ;nica coisa que

realmente unciona.

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O Pastor 5Aos /heurges tam&ém oi dada a tarea de

transmitir o conhecimento espiritual H ra$a doshomens' ensinando a humanidade a perce&er ea reverenciar os esp*ritos da mesma maneira quenós a!emos. 4oc( j) cogitou porque a palavrapros 0arou da energia de nossos la$os espirituais

é a mesma que a ‘gnose’ dos humanos? +sto é deato uma orma de conhecimento secreto' umagnose que nos leva a ver o que a humanidaden%o pode. 1ós n%o apenas acreditamos' ou atésa&emos' que todas as coisas em volta de nósest%o vivas —  nós sentimos isso' igual comovoc( toca' escuta e cheira. 0arou s%o h)&eis'num certo n*vel' em perce&er o pulsar dacria$%o' e se voc( se a&rir' voc( tam&ém. 7min;sculo io do mundo espiritual acess*velpara a ra$a dos homens nessa época é conhecidacomo Perieria' Anjou. 7s /heurges tra&alham

para encorajar a humanidade a e"pandir suaspercep$:es espirituais para v(2la' mas tantoshumanos n%o se importam o suiciente paraquerer olhar6.

5+sto que digo n%o é so&re convers%o' éso&re pegar a humanidade para chamar euspelo nome ‘certo’' acreditar em nosso dogma ouseguir um dado conjunto de mandamentos. 7s/heurges est%o encarregados de unir os mundosou esp*rito e carne mais uma ve!' como eleseram nos /empos Mureos quando o mundoainda era jovem. <uando o muro da Deaver' a

Pel*cula' n%o era orte o suiciente pra &loquearas percep$:es gnósticas. #e a humanidadepudesse apenas perce&er o mundo espiritual dojeito que nós podemos' eles estariam aptos a vera realidade e erimento concreto que muitas desuas escolhas causaram. Por um lado' é di*cilculp)2los por machucarem 0aia' porque todoseles podem ver rochas e )rvores e outrasmatérias aleatórias— eles minguam a 0nose' oconhecimento secreto' de orragem. Eles n%opodem mais ver a ess(ncia do mundo vivo emvolta deles eles n%o entendem o valor das

coisas' porque a idéia de tratar )rvores e rioscomo se ossem pessoas j) saiu de moda h) maistr(s séculos atr)s6.

Anjou &uou desdenhosamente. 5#intomuito. > que isso soa t%o ‘1ova2Era’.6

Aaron encolheu os om&ros. 54oc( mepediu para justiicar os /heurges. Eu n%o voumudar minhas palavras apenas porque seuspreconceitos humanos tornam di*cil para voc(tom)2los seriamente. <uem voc( pensa quedeseja que acredite que tudo est) ligado a umareligi%o alternativa que é supericial e

merecedora de esc)rnio' de qualquer jeito?6Anjou n%o sa&ia ao certo como responder

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aquilo. 5Eu... n%o sei. > que isso sempre pareceu artiicialpara mim' eu acho6.

Aaron a&ai"ou2se lentamente. 54oc( pode imaginaro qu%o di*cil é' ent%o' ser um /heurge nessa época?4oc( tem um dever sagrado para ensinar a humanidadecomo reverenciar o mundo dos esp*ritos e a primeiracoisa que vem na mente de tantos humanos quandoconrontados com a adora$%o da nature!a é que isso éalsa. E ainda assim' temos a cren$a de um proetasolit)rio que oi pregado em uma cru! pode desculpartodos os maus da humanidade... isto é uma institui$%onacional. #eu tra&alho é um solit)rio e di*cil dever' euconhe$o muitos /heurges que se desesperaram ou que atémesmo trou"eram o esp*rito e a carne mais pró"imosoutra ve!.6

O Purificador 53ontudo' este n%o é o ;nico dever que o /heurge

tem no mundo humano. > verdade' que eles s%o um dosausp*cios requeridos para interagir ortemente na

sociedade humana. Assim como e"pandir as percep$:es'eles tam&ém s%o encarregados por una a desenrai!ar ecurar a corrup$%o.

Agora' atacar e destruir o mais proundo corrupto —isso cai para os Ahroun. -as s%o os /heurges osrespons)veis por pressionar de volta o discreto toque daDrm nos tecidos sociais' curando a alma e salvandoaqueles que podem ser salvos. +sto é tristemente irnicoque o seu ;nico encontro signiicante com um /heurgetenha machucado tanto voc( Anjou' porque e"istemmuitos /heurges que iriam considerar isto parte dadescri$%o do seu tra&alho prestar a voc( socorro antes

que seu machucado pudesse se tornar amargura' e ent%o;ria e no im corrup$%o6.

51%o Fala23om2as2#om&ras' pelo menos6.5/alve! n%o. -as n%o ache que todos os do aug;rio

dela s%o da mesma orma —  como todos os 0arou' os/heurges s%o indiv*duos e eles s%o muito diversos. Enim'so&re a corrup$%o...6

5> tam&ém um dever do /heurge achar a corrup$%oescondida em meio ao mundo humano' em&ora n%osolenemente um dever do /heurge. Raga&ash e 0alliardss%o &em acostumados para arejar os aspectos mundanosda corrup$%o — su&orno inanceiro' injusti$a legal' ódio

racial e assim vai. -as os /heurges s%o os unicamenteequipados para locali!ar e rastrear males m*sticos oupsicológicos e suas redes de esp*ritos aliados oerecemalerta a 1a$%o 0arou para perigos que nós nuncater*amos sequer imaginado de outra orma. /heurgesent%o puriicam a m)cula num n*vel espiritual —algumas ve!es isso pode ser t%o simples quanto usando oRitual de Puriica$%o outras ve!es isso pode envolveruma miss%o no interesse da restaura$%o de um esp*ritocorrompido a sua condi$%o saud)vel ou simplesmente oequivalente espiritual da psicoterapia. 8m monte de/heurges passa muito tempo apenas alando com

esp*ritos de inlu(ncia maléica' tentando reairmar seusenso de propósito e entendimento de sua nature!a

sagrada por ora$%o' catarse metaórica e medita$%o.Apesar de tudo' quando o que est) que&rado éreconstru*do outra ve!' o /heurge o&teve triuno.6

O Mdium5> tam&ém dever de um /heurge alar por aqueles

que n%o possuem vo! própria. +sso inclui os esp*ritosmenores que n%o podem alar com 0arou n%o versados

na l*ngua dos esp*ritos' os grandes +ncarnae e totens' quen%o triviali!am a si mesmos maniestando diretamente eendere$ando seus desejos' e os heróis mortos dosancestrais 0arou' cujos esp*ritos &uscam os /heurges aorma para a!er seus desejos conhecidos. 7 /heurge éum cl)ssico necromante' comungando com o esp*rito deam&os mortos e nunca2nascidos para ganhar segredos'mas ele precisa tam&ém agir como um representante dosdesejos desses seres. +sso pode aca&ar por colocar um/heurge numa pol*tica &em tensa diante de uma seita' ouapenas mostrando seu ressentimento. -uitos 0arou est%ocheios o suiciente com suas próprias vidas para ter de se

preocupar ou tomar conta dos anseios e caprichos de seusancestrais' por isso é responsa&ilidade do ua 3rescenteem assegurar que os mortos sempre tenham seus direitosassegurados6.

5+sto pode ser metaórico como tam&ém literal. #e aintui$%o m*stica de um /heurge sugere que um heróimorto deseja tra!er algum tipo de mensagem para a seita'esse comunicado deve ser levado a sério vindo dos l)&iosdo /heurge' mesmo que o mesmo nunca tenha vistoverdadeiramente o esp*rito2ancestral do herói. 8m/heurge possui a autoridade de alar em &ene*cio dospoderes espirituais' agindo como seus representantes na

sociedade 0arou. 3ontudo' isso pode vir a parecer umprivilégio acilmente a&usivo' e na verdade é — muitos/heurges aprenderam a iniciar suas próprias vontadescom 5os esp*ritos e"igem que...6. -as a regra cardinal dosacordos com os esp*ritos é que voc( colhe o que voc(planta. #e um esp*rito que soreu de um acordo distorcidocom um determinado /heurge decide aparecer' as raudesrecaem so&re ele mesmo e o /heurge precisa enrentar aperda de Renome ou até muitas' muitas puni$:es piores.Até na mais a&strata' desonestidade espiritual oende asninhadas de esp*ritos' e nenhum /heurge pode durar pormuito tempo quando o mundo invis*vel se volta contra

ele6.

O Compromissado 5Assim como os /heurges s%o as 4o!es dos Esp*ritos'

eles tam&ém s%o conhecidos como o Bra$o dos Esp*ritos'garantindo que todos os dé&itos com o mundo etéreosejam reparados por completo. 3himinage é tratado comuma tremenda solenidade pelos /heurges e muitosconsideram que seus dé&itos para os esp*ritos sejam t%oimportantes quanto suas responsa&ilidades na matilha.Eu n%o estou certo se devo seguir t%o longe assim' porqueeu sou um Philodo"' n%o um /heurge' por uma ra!%o. Eudigo que qualquer /heurge que n%o possa achar umaorma de equili&rar am&as as o&riga$:es n%o é digno de

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seu t*tulo. 3ontudo' isto pode parecer maisdi*cil do que soa. 7s esp*ritos s%o a onte detodo poder' misticismo e inorma$%o dos/heurges. #ervindo em sua matilha' ele éregularmente chamado para acertarmisticamente um inimigo' para aprender seussegredos' para criar etiches ou assegurar suporteem uma a$%o militar' convocando esp*ritos daguerra. /udo isso signiica em&renhar2se em3himinage' um descuidado ou ing(nuo /heurgepode rapidamente se achar preso na rede de umesp*rito astuto e aca&ar) atado a ele por toda suavida. Iurar nunca vestir2se de vermelho a partirdaquele momento' parece simples'especialmente se isso signiica que um grandiosoesp*rito touro ir) lutar ao seu lado até a morte.-as esta promessa dura até a morte' voc( podeter de ouvir a lenda da queda de 3u 3hulainn.> um ato de &alan$o cont*nuo para um/heurge' tentando adquirir o m)"imo de poderposs*vel n%o a!endo uma promessa que ele n%opossa manter6.

5/heurges n%o s%o respons)veis apenas peloseu próprio 3himinage eles reor$am os acordosespirituais de toda 1a$%o 0arou. /ragicamente'0arou de outros aug;rios algumas ve!es est%odispostos a enganar' or$ar ou violar um esp*ritopara seus próprios desejos ou até mesmo so& asmelhores inten$:es de ajudar 0aia acima detudo. Alguns /heurges podem sentir essastrai$:es meta*sicas' enquanto outros aca&amsendo contatados pelo esp*rito a&usado. 1o imdas contas' tudo aca&a caindo nas costas do/heurge' que tem de assegurar que o esp*ritoseja reparado. +sso pode signiicar tomardecis:es politicamente tolas' ou até mesmo terde enrentar mem&ros do mais com&ativoaug;rio num desaio de com&ate para deender adignidade do esp*rito. /heurges cuidam dissotudo e muito mais e"istem até mesmo lendasso&re /heurges solit)rios assumindo a culpa poruma seita inteira' que destratou os esp*ritos'usualmente com palavras' mas ocasionalmentecom a$:es tam&ém. Reor$ar o respeito porseres que podem ser t%o acilmente e"ploradosn%o é uma tarea )cil.6

O Ritualista 5Estou certa de que voc( j) viu mais do que

sua justa partilha de rituais sendo reali!ados'sendo Parente 89tena6.

Anjou &alan$ou a ca&e$a.5E?65E eu penso que eles est%o com medo'

honestamente' e enquanto eu n%o ver o realpoder que eles t(m' eu ainda vou achar que isto

tudo é um monte de supersti$%o deles6.54oc( est) certa nisso' nem tudo o que

voc( v( num ritual é estritamente necess)rio

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para suas un$:es so&renaturais. -as isso n%o é apenassupersti$%o é comunidade. 0arous s%o seres primitivosnós somos predadores em caminhos que est%o além dequalquer sentimento humano. Por causa disso' eu devoadmitir' eu sempre achei que os serm:es religiosos doshumanos e seus sacramentos eram meio... 5caé2com2leite6' na alta de um termo melhor6.

Anjou riuG 54oc( n%o est) so!inho6.5-eu ponto é que /heurges usam rituais muito

parecidos com os ministrados pelos humanos em seusserm:esG para reairmar a no$%o de comunidade'mantendo todos unidos. #e isso parece som&rio eassustador' é porque nós somos uma ra$a som&ria eassustadora' estes aspectos sempre estar%o conosco.Em&ora' eu tenho que admitir' eu n%o acho que os ritosdas outras tri&os sejam t%o intencionalmente maca&roscomo os dos 89tena. e qualquer jeito' o ritualismo a!um &ocado para unir os 0arou e manter a unidade eesperan$a vivas nesses tempos de desespero. /odo ritualnos conecta com algo maior do que nós. Eu conhe$otudo isso muito &em —  Philodo" s%o quase t%oenvolvidos nos rituais quanto os /heurges s%o. 3orrendoo risco de parecer clich(' voc( pode comparar nosso ritoscom aquelas est;pidas técnicas de dinCmica de grupo dosuppies' cheias de altos e &ai"os' mas sem o atorem&ara$ador6.

Anjou riu' imaginando a cena' e Aaron sorriu devolta para ela antes de continuarG 5-as é claro' o aspectosocial é apenas um lado do ritual 0arou e"iste um montede poder real ali tam&ém. E isso me leva a outra quest%odo por qu( nós chamamos nossos /heurges...6

Os Mgicos 5Eu n%o vou negar que /heurges a!em algumascoisas som&rias algumas ve!es' Anjou. E nós n%o estamosalando de neo2pag%os ou amantes das )rvores aqui uas3rescentes t(m um poder real' tang*vel e n%o temem us)2lo. Em adi$%o a todos os seus deveres sociais e espirituais'/heurges cumprem o&jetivos temporais muitoimportantes na 1a$%o 0arou. Eles criam etiches'adivinham coisas importantes so&re as orma$:esinimigas' amaldi$oam nossos inimigos' a!em venenos'prendem esp*ritos para pr)ticos pactos de deesa e voltamos elementos contra o inimigo. +sto talve! n%o se torne

imediatamente aparente para voc(' j) que mora por aqui—  todo 89tena possui uns poucos eiti$os e magiaspessoais — mais nós somos a e"ce$%o' n%o a regra. 1umcaern de 3ria de Fenris' os guerreiros s%o os guerreiros' os&ardos s%o &ardos e qualquer tipo sério de poder estar)so& a esera do /heurge6.

5A magia de um /heurge n%o é o&viamentenenhum lash de eiti$aria hollNoodiano. /heurgestendem a despre!ar o ó&vio so&renatural em avor dasartes da inlu(ncia e casualidade' sendo tipicamenteproicientes numa variedade de maldi$:es' a&jura$:escontra males e magias de revela$%o. Agora' todos os

0arou possuem seus próprios grupos de ons' masenquanto a maioria dos lo&isomens acha uma pequena

quantidade de truques que s%o diretamente pr)ticos paraeles pessoalmente e dei"am o resto como est)' /heurgestendem a estudar os poderes dos esp*ritos muito maisproundamente. -uitos /heurges procuram derru&arquaisquer rumores de um novo om vigorosamente edevotam uma grande parte de seu tempo para e"pandirseu repertório —  isto é parte de seu dever' apesar detudo. /heurges tam&ém t(m mais acilidade para ganharnovos ons ora do alcance normal de sua ra$a' tri&o ouaug;rio — é muito mais comum voc( ver um /heurgecom um om de 0alliard do que vice2e2versa. 1averdade' os /heurges s%o conhecidos por oendermem&ros de outras tri&os por or$ar esp*ritos' para queestes partilhem os segredos tri&ais6.

5-as nenhum 0arou realmente tem umaa&undCncia de ons o que torna os /heurgesassustadores e poderosos é que ninguém pode predi!ere"atamente que poderes concedidos um /heurge temde&ai"o de sua manga. Eles podem sa&er so&re qualquerom e nenhum /heurge digno do t*tulo ir) dividir oconhecimento dos ons que ele sa&e acilmente. Emalguns casos' nem os companheiros de matilha do/heurge est%o completamente a par de seu truno até queeles precisem sa&er. ito tudo isso' n%o muito da t%oconhecida magia do /heurge é realmente dele so!inho'mas sim um avor que ele rece&e de um esp*rito' pagodepois pelas constantes teias de 3himinage que rolam emvolta da vida de um /heurge. +sso signiica que um/heurge que conhece um diverso corpo de esp*ritos podea!er qualquer maldita coisa num tempo de necessidade'pelo pre$o de prender sua vida numa intrincada teia deo&riga$:es e dé&itos espirituais para sempre. 1ada é degra$a' no im das contas.

O Oficial de !ntelig"ncia 5Por hora' eu j) alei so&re /heurges como onte de

inorma$%o o suiciente. 8ma matilha normalmente&usca por seu /heurge para desco&rir qualquerinorma$%o que eles possam precisar num conlitovindouro. +sso é usualmente vislum&rado através demeios m*sticos — espionagem e conhecimento espiritual— mais isso pode tam&ém ser aprendido de uma ormamais mundana. Espera2se que /heurges sai&am segredos eem muitos c*rculos a medida do poder de um /heurge é

determinado por quanta sujeira ele conhece so&re pessoaspoderosas. 3hantagem é uma pr)tica comum entre eles'um meio de ganhar a inlu(ncia e a vo! que eles precisampara reali!ar seus deveres espirituais mais &enevolentes. 1%o ique chocada Anjou —  voc( sa&e o qu%o di*cilnossa guerra é e qu%o di*cil pode ser conseguir qualquercoisa semelhante H justi$a ou compai"%o na sociedadehumana. /heurges apenas usam as erramentasdispon*veis para eles. ito isso' /heurges n%o s%o espi:es'uma ve! que esse o&jetivo pertence aos Raga&ash. 7paralelo mais pró"imo para eles seria compar)2los aanalistas de intelig(ncia' mas suas ontes s%o usualmenteesp*ritos ao invés de agentes de campo. Enquanto osRaga&ash tendem a gostar de serem sorrateiros' /heurges

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amam inorma$%o para sua própria prote$%o e' quantomais escuro o segredo' mais eli! o estereot*pico /heurgeser).

5#e voc( suspeita que #om&ras estava violando suaprivacidade' Anjou... eu odeio ter de di!er isso' mas voc(provavelmente est) certa. -uitos /heurges s%o incr*veis&is&ilhoteiros adicionar uma heran$a 89tena H misturaapenas do&ra a tenta$%o de achar mais um suculentosegredo novo. /heurges o&servam a todo mundo'reqJentemente através de meios m*sticos que um 0arounormal n%o tem jeito de detectar. #im' é invasor' e claro'isso alimenta ressentimentos' mas justo como osRaga&ash e suas traquinagens' isto é parte de seurenomado o&jetivo para 0aia' ent%o ninguém poderealmente a!er muito so&re  isso. 1a verdade' elesgeralmente n%o vigiam os Parentes' porque eles n%o t(msegredos privados que eles queiram aprender. E se um/heurge se torna realmente o&cecado so&re seus segredos—  tentando chantagear um l*der de seita' por e"emplo—  um Philodo" ou outra autoridade 0arou pode seencarregar de coloc)2los de volta na linha. 7u' se aoensa or grave' morder a garganta deles ondeestiverem6.

/erminar nessa nota dei"ou um inconvenientesil(ncio.

O M#stico 5+magino que voc( provavelmente n%o tenha muita

opini%o so&re misticismo6.Anjou &alan$ou a ca&e$a' mas n%o havia hostilidade

quando ela alouG 5<uando eu era pequena' minha m%etinha esse &rilhante livro colorido da /ime2ie so&re as

religi:es ao redor do mundo. Eu lem&ro das otos dosmonges #ui' saindo para o deserto na Ar)&ia #auditapara cantar e gritar até entrarem num estado de transe...ou morrer. Eu me lem&ro de pensar qu%o corajosos elesdeveriam ser' arriscar suas vidas na esperan$a derece&erem uma vis%o. Ent%o eu cresci um pouco ecomecei a ver suas a$:es como est;pidas e supersticiosasao invés de no&res. Por toda a conversa na televis%oso&re e"peri(ncia m*stica' eu nunca vi nada queparecesse real' concreto de &oa é que validasse todos ossacri*cios que o povo a! em seu nome.6

Aaron &ai"ou a ca&e$a lentamente. 5Aqueles

monges s%o t%o &oas imagens de um /heurge comoqualquer outro. +sto é uma quest%o de opini%o' eu acho'mas eu nunca pensei que aquelas pessoas ossemest;pidas.6

57lha Anjou. E"istem quest:es m*sticas para asquais nós o&viamente precisamos o&ter as respostastam&ém. Espiritualidade 0arou n%o é algo eito apenaspara dar2nos conorto quando os tempos s%o di*ceis —nossa é apenas nos di! que nossa deusa est) morrendo eque o mundo est) propenso a morrer com Ela. Em ve!disso' espiritualismo é apenas uma parte do mundo paranós' algo a que nós somos ligados por dever e os mundos

espirituais s%o sempre t%o doentes quanto o corpóreo.Ra!%o e ci(ncia' mesmo sendo t%o ;teis em muitas )reas'

n%o podem nos salvar nisso —  Drm' 0aia' pure!a ecorrup$%o essas coisas est%o simplesmente além de seusdom*nios. 1ós precisamos de nosso misticismo' agoramais do que nunca' se nós quisermos ter esperan$a. 1ossos m*sticos s%o os homens de um olho só nummundo de cegos eles s%o os ;nicos que podem nosoerecer orienta$%o nos reinos dos grandes mistérios6.

Anjou riu e Aaron desejou ser um 0alliard' para quesuas palavras pudessem articular lindamente o que ele sósa&ia em seu cora$%o. -as ele n%o era e ent%o ali estavauma humana' com o esp*rito proundamente erido'olhando para ele como se ele osse um idiota.

O $isionrio 54oc( acredita na Drm' Anjou?6Ela parou e pensou. 5#im' eu acho. Eu j) vi o

Ahroun se arrastar de volta de &atalhas co&erto desangue. Eu j) ouvi as histórias' escutei as descri$:es dosan$arinos da Espiral 1egra e Rastejante 1e"us. #eusinimigos s%o certamente reais. E eu j) vi o real poder

so&renatural que seus ons t(m — para curar' para criartrevas' para esmagar armas e computadores ou setornarem invis*veis. 4oc( n%o est) lutando uma guerraimagin)ria' ent%o a! sentido que a or$a espiritual deseus inimigos seja respeit)vel como algo real tam&ém. Esim' se voc( quer sa&er' na verdade isto tudo me assusta6.

57 que e"atamente voc( pensa que a Drm é'Anjou?6

5Eu' eu n%o sei. > o inimigo' o mal que voc(com&ate. Eu n%o sei muito so&re isso. Eu acho que é algocomo o emnio' certo?6

51a 3ristandade' eu ouvi que o -al é apenas um

anjo que saiu da linha' um esp*rito revoltoso que n%orespeita seu criador. Eu acho que isso é uma imagemra!o)vel da Drm. Para os 3rist%os' apesar disso' o maln%o é t%o importante no grande esquema das coisas.-iguel pode vir um dia e acertar ;cier' isso n%o ariauma grande dieren$a. 7 mundo iria continuar seguindoem rente muito &em depois que tudo passasse' o 3éu iriacontinuar a&rindo seus port:es para os verdadeiroscrentes e a ordem natural de eus iria continuarreinando na /erra. 7 &em triuna so&re o mal' assimcomo #%o Io%o nos disse como seria. -as com a Drmn%o é t%o simples6.

5A Drm est) aqui para icar' Anjou. Ela n%o éapenas um anjo re&elde ou esp*rito ladino' ela é um dostr(s pilares do universo. Eu duvido muito que até mesmoum ser divino como una — ou 0a&riel' se voc( preerir— poderia sequer mat)2la. +sto seria como tentar matar agravidade ou e"terminar o amor. E a Drm éa&solutamente necess)ria —  sem ela' o mundo n%opoderia e"istir em qualquer coisa semelhante a orma quenós conhecemos e toda vida com certe!a cessaria.6

5Por isso que o o&jetivo do /heurge como umvision)rio é t%o terrivelmente importante para a luta dos0arou. Alguém tem de pensar H rente alguém tem queconsiderar seriamente o que nós vamos a!er so&re aDrm no inal. Agora' qualquer grupo de pessoas so&

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 49

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cerco est) inerentemente or$ado a pensar por ummomento' tentando so&reviver ao pró"imo dia' semanaou m(s. -as no im isso é destrutivo' porque isso signiicaque nós continuamos a recuar' perdendo terreno' semtermos um estratagema a longo pra!o para solucionarnossos pro&lemas. Agora mesmo' a 1a$%o 0arou temsuas m%os a&solutamente ocupadas' ent%o os /heurgess%o os ;nicos que est%o pensando longe —  tentandoigurar como nós podemos realmente curar o mundo'restaurar o equil*&rio para a /r*ade' ao invés de apenaslutar numa guerra de conten$%o para impedir que Drma$a pior do que ela j) a!6.

5Essa é uma causa digna de se a!er parte' e se voc(pensa so&re isso um pouco' voc( ver) que o misticismo eo questionamento espiritual' a procura de revela$:esso&renaturais' é a ;nica apro"ima$%o que tem algumachance de uncionar. A n%o ser que voc( possa pensar emqualquer coisa melhor que os /heurges poderiam estara!endo para curar a corrup$%o que eles ainda n%otenham eito. Acredite em mim' eu sou todo ouvidos...6

Anjou n%o podia.

 As $rias Opini%es 5Ent%o' qual é o seu plano vision)rio? <ual o

catecismo aqui? 3omo seu povo m*stico vai a!er paracolocar as pe$as do mundo juntas novamente?6

5=) muita discuss%o nesse tópico' mas nenhumconsenso' ineli!mente. /heurges s%o muitodiversiicados e todos os "am%s das tri&os possuemcaracter*sticas dierentes. -esmo em uma tri&o'/heurges dierentes acham que dieren$as s%o

necess)rias. 7 espiritualismo 0arou é muito dierente dareligi%o humana nós n%o estamos presos por nenhumdogma ou catecismo devido H nossa desconian$a naDeaver. +sso é uma grande or$a' mas tam&ém uma graveraque!a —  em termos de e"plora$%o espiritual' todostendem a a!er suas próprias coisas' e uma ve! que nósestamos em uma situa$%o onde nós precisamos dealgumas respostas imediatamente' isso pode ser &emruim.6

5Eu conhe$o um grupo de 3rias de Fenris noAri!ona que acreditam que a Drm 3orruptora possa serenraquecida' e o aspecto do Equil*&rio possa renascer' se

a humanidade pudesse aceitar a morte como algo natural'ao invés de tem(2la. 1o Alas9a e"istem /heurgesDendigo que querem testar e e"pulsar a humanidade dascidades' na esperan$a de que com isso eles aprendam arespeitar 0aia novamente' j) que eles depender%o danature!a para sua so&reviv(ncia di)ria — e n%o' isso n%oé uma su&miss%o muitos humanos querem  viver maispró"imos do mundo natural. 7utros /heurges v(em arestaura$%o do equil*&rio so& a orma de ensinar as &oasa$:es em si' seja a honestidade' a raiva justa'religiosidade espiritual' amor aos pais e ilhos ou simplescortesia. 7s Portadores da u! +nterior' inspirados pelo

Budismo' v(em a modera$%o entre todas as coisas como achave para resistir H inlu(ncia da Drm. 7utras vis:ess%o mais so&renaturais —  uma ca&ala de Peregrinos

/heurges na 8ganda coleciona contos de jornadas8m&rais' conerindo e analisando2as na esperan$a deencontrar algo em comum nas vitórias 8m&rais contra aDrm. 8ma matilha de Andarilhos em #eattle édedicada a analisar psicologicamente an$arinos daEspiral 1egra capturados' na esperan$a de que curar suasloucuras possa ter um eeito contri&uinte em curar aDrm como um todo. 8m &ando de estudiosos Roedoresde 7ssos undaram uma sociedade dedicada a desvendarlendas ur&anas' retirando a parte psicológica dos terroresm*ticos que amea$am o lado mais po&re da humanidade.E claro que nossos 4igias dos -alditos aspiram mantercriaturas malignas em sono proundo com can$:esa&en$oadas e outros poderes sutis' e aca&ar com -alditosativos acalmando suas emo$:es inlamadas' levando2os H-odorra.6

57 ato é' veja' que eu acho que todas essas coisasnos ajudam. 7 mundo possui pro&lemas realmentegrandes e uma solu$%o épica e heróica para o dilema daDrm n%o vai simplesmente aparecer. -as v)riospequenos esor$os n%o necessariamente acrescentamalguma coisa no inal eu acho que toda apro"ima$%oespiritual pode a!er pelo menos algo de &om contra aDrm e os diversos modos dos /heurges s%o as melhoreschances que nós temos. 1a verdade' n%o s%o apenas os/heurges' apesar de que é claro que eles possuem umavis%o mais clara do inimigo. =umanos lutam contra aDrm constantemente' apesar de n%o sa&erem disso elesse op:em H corrup$%o promovendo a justi$a social'recusando a se entregar aos desejos &)sicos' possuindoor$a para cuidar de algo. A luta espiritual possuimilhares de aces' e quanto mais armas metaóricas os/heurges acharem' melhor todos estaremos.6

Theurges Atra&s das Tri'os 54ivendo em uma seita 89tena' Anjou' voc( só v(

uma ra$%o de toda a cultura 0arou. /oda tri&o tem suaspróprias perspectivas so& espiritualidade e seus própriosrituais.6

5As /heurges das F;rias 1egras se consideram servasda Dld tanto quanto de 0aia' em&ora elas consideremque elas estejam intimamente ligadas. A teologia delas seliga ortemente H g(nero' é claro — elas acreditam que as

mulheres t(m uma poderosa liga$%o com a Dld por queam&as compartilham do poder de gerar vida. Os ve!esisto é usado como uma desculpa para argumentos desuperioridade eminina' e muitas /heurge das F;rias 1egras di!em que machos s%o imundos' justiicando aestrita segrega$%o de g(nero no qual a maior parte dosrituais das F;rias ocorre. -as e"iste algo ainda maisproundo para elas do que apenas "enoo&ia — as F;riasquerem proteger as coisas que s%o unicamente emininas'e dierentemente da maior parte das humanas eministaselas acreditam e apóiam os papéis dos g(neros. Aocontr)rio do que voc( provavelmente ouviu' elas n%o

sacriicam homens ou tra&alham contra eles — a maioriaacredita que 0aia criou cada g(nero com ha&ilidades;nicas e um papel ;nico. 7 oco delas é na mulher' e elas

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querem garantir que os homens reverenciem' e sim' atétemam' o poder eminino. Ao menos' essa é a históriaque eu ouvi de uma "am% F;ria com quem eu converseiuma ve!.6

Anjou assentiu. 5-ulheres s%o e"clu*das de tantascoisas' grandes e pequenas. =omens reqJentemente n%ov(em isso' mas toda mulher est) alerta disso. Eu acho quedeve signiicar muito para essas mulheres ter seus rituaissecretos e seu papel sagrado' as honrarias e deveres ques%o unicamente emininos dos quais os homens n%opodem compartilhar. Eu n%o posso di!er se isso é justo oun%o' mas eu posso entender como isso garante umadignidade que de outra orma elas n%o teriam.6

Aaron assentiu. Ele estava satiseito porque Anjouestava assimilando as idéias que ele estava descrevendoao invés de suas próprias. /alve! ainda pudesse haveruma conclus%o justa para isso. Mvido em manter seuinteresse' ele continuou 57s Roedores de 7ssos n%o s%oreqJentemente t%o espirituais' mas ainda assim seus/heurges t(m um poderoso nicho. Rir cura a alma e elesusam auto2deprecia$%o para garantir a dignidade paraaqueles que de outra orma n%o teriam. #eus rituais s%oreqJentemente uma paródia daqueles das outras tri&os— eles t(m um ritual especial para o domingo do #uperBoNl — mas eles ainda s%o poderosas erramentas paracriar rever(ncia' comunh%o' comunidade' aconchego ecompai"%o. 7s Roedores desdenham da ormalidade' masna irrever(ncia eles parado"almente mostram granderespeito para com as tradi$:es das outras tri&os e pagamchiminage para esp*ritos que pouco t(m a ver com seusnomes. 1o cora$%o das grandes cidades' Anjou' h)esp*ritos poderosos e ocultos que dirigem as pai":es dosoprimidos e dos selvagens. Estes seres s%o raramentevistos ou ouvidos em seus lares' porque a Pel*cula dascidades é muito orte' mas os Roedores de 7ssos lhes d%ouma vo!' e a!endo isto' eles a!em das cidades coisasvivas ao invés de coletividades estéreis. Estes /heurgesensinam a humanidade a respeitar as coisas *sicas de suarotina di)ria' os prédios e os amontoados de li"o — elestiram o cora$%o e alma de animismo e os tra!em para aidade moderna' e nós os devemos muito por isso.

5Eu tive uma ve! a oportunidade de o&servar um dosgrandes esp*ritos secretos ur&anos aos quais os Roedores

/heurges pagam homenagens — os /otens das Pilhas dei"o' os Rastejantes 7cultos dos Esgotos' o Esp*rito do-eg)lito da Esta$%o 3entral de -ontreal. Eu gostaria deser capa! de lev)2la a 8m&ra para que voc( mesmo osvisse' pois eles s%o majestosos e terr*veis' e mesmo assimqualquer tentativa de descrev(2los só os aria engra$ados.-as' ineli!mente' eu n%o posso.

57s /heurges dos Filhos de 0aia a&ra$am o ideal decura espiritual com todo o cora$%o' procurando meios depuriicar a corrup$%o de indiv*duos e curar eridasemocionais. Eles t(m cone":es' através de seu totem'com esp*ritos especiais chamados 0uias do 3ora$%o que

t(m grande percep$%o das emo$:es e potenciais de umindiv*duo. <ualquer pessoa tem um 0uia do 3ora$%o eseus esp*ritos entendem o caminho que a pessoa pode

achar para se erguer do sorimento' perda e depress%o. >responsa&ilidade de um /heurge Filho de 0aia usar ainorma$%o para ajudar a pessoa em quest%o. Agora seisso soa como clich( ou adocicado para voc(' gostaria quevoc( considerasse istoG6 

5/enho certe!a que voc( j) viu crueldade edegrada$%o na sua vida' Anjou — eu sei que eu vi. E eusei que' como eu' voc( provavelmente ergueu suasparedes emocionais e preveniu2se de compartilhar a dorde outros completamente' por que este tipo de empatiaseria di*cil demais de suportar. 1ós todos a!emos isto'conscientemente ou n%o' e eu n%o estou tentandocondenar isto. -as estou tentando te a!er en"ergar aincr*vel coragem que permite a estes /heurges a!erem oque a!em' viver a dor dos outros com eles'compartilhando de seu sorimento. > conuso e dói'pouqu*ssimas pessoas est%o psicologicamente prontaspara se dar desta maneira para outros. 3ertamente' voc(j) viu pessoas assim? Em a&rigos para desa&rigados' emcentros de crise de a&uso se"ual' em departamentos depol*cia e até escolas? E voc( j) sentiu uma pequenaadmira$%o por eles' e muito sem gra$a' por que voc( sa&eque n%o é da sua nature!a se dar t%o altru*sticamente epor completo como eles a!em. > assim que /heurgesFilhos de 0aia s%o. Pense nisto antes de considerar todosos /heurges como tolos' a&ra$adores de )rvores oudogm)ticos.6

Anjou olhou para &ai"o e n%o disse uma só palavraem resposta para o desaio de Aaron' que depois de ummomento continuou alando.

5#e os Filhos de 0aia /heurges s%o dotados degrande compai"%o' ent%o os dos Fianna s%o a&en$oadoscom alegria. /antos dos meus companheiros se recusam aver a proundidade espiritual dos Fianna' só por que suapele é &ranca. #e esquecendo por um segundo dos crimesda tri&o contra as /erras Puras' pergunte2os como elestratam a terra deles mesmosG os Fianna sempre tiveramortes la$os com a terra e voc( pode perguntar a um deseus /heurges so&re seus conhecimentos de qualquercoisa viva que cres$a dentro de muitas milhas ao redor desuas casas. 3omo nós' eles assistiram a uma tri&o que umdia era pró"ima a eles cair no papo da corrup$%oespiritual dierentemente de nós' seus irm%os nem aomenos tiveram uma morte heróica. Por causa disto'/heurges Fianna tendem a ser muito sérios quanto adesenrai!ar corrup$%o espiritual e psicológica na 1a$%oeste ato diicilmente a! dos /heurge Fianna5investigadores6 e 5especialistas6 populares dentre asseitas estrangeiras. -as no im' ninguém quer ver outragrande tragédia como a dos 8ivadores Brancosacontecer' ent%o estamos satiseitos em t(2los.

5Agora' vivendo numa seita de 89tena' voc(provavelmente j) ouviu &astante so&re airresponsa&ilidade dos Fianna e so&re crimes passionais.7s Fianna t(m almas de artistas e cantores' e seus

/heurges tentam usar isto para tra!er mensagens derever(ncia H humanidade. Eles tam&ém tiram sarro poristo' por que &em reqJentemente o que sai do processo

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s%o &a&oseiras de =ollNood' conversas pseudo2célticas eestereótipos supericiais. -as ao menos eles est%otentando reviver a espiritualidade primordial /heurgesFianna colocam um peso enorme no reviver 3elta'ruidismo moderno e até Dicca' e para cada de!ins*pidos a&ra$adores de )rvores e portadores de cristaisque eles arrastam para nós' temos pelo menos umverdadeiro espiritualista' cujo cora$%o e alma s%overdadeiramente sintoni!ados com a ninhada de 0aia. Etalve! isto &aste.

#e voc( quiser alar so&re primitivo' ent%o' vamosaos 3rias de Fenris. A maior parte dos rituais de seus/heurges s%o aterrori!antes para muitos estrangeiros'envolvendo dor' sangue e Hs ve!es até morte. Ao mesmotempo' na verdade' nada que eles a!em é gratuito.Fenris' eles di!em' arrancou com uma mordida a m%o de/r por uma ra!%o. #e /r n%o tivesse perdido sua m%ocolocando a F;ria a&ai"o da justi$a' como este atopoderia ter algum signiicado? Por quanto tempo umauni%o poderia durar' se n%o osse selada com agonia eperda? #uspeito que muitos 4igias dos -alditosentenderiam isto. A espiritualidade de Fenris é uma deor$a e ordem' e um /heurge servindo Fenris ir) até o imdo mundo para redimir uma d*vida de chiminage.‘Aquilo que n%o me mata só pode me dei"ar mais orte’eles di!em e para o 3ria ao menos isso pode ser verdade.-as eles n%o t(m nada além de despre!o por aqueles quen%o conseguem suportar seus rituais e isto costumaalien)2los de outros /heurges.

5Andarilhos do Asalto /heurges s%o vistos com umgrau de preconceito por outros nascidos na ua3rescente h) mais de vinte anos atr)s. 7 que é umagrande vergonha na verdade' por que eles est%o entre osmais necess)rios e inovadores espiritualistas da 1a$%o0arou. > &em simples o conceitoG respeitar todos osesp*ritos e"ceto os que n%o se encai"am com a minhavis%o de mundo. Eu estive em grandes cidades e apesar den%o poder di!er que s%o meus locais avoritos' eu n%o sout%o cego a ponto de n%o ver que h) sangue de verdade'ang;stia' pra!er' ;ria' pai"%o e elementais crusescondidos so& erro e pl)stico. 8m /heurge pode sentireste tipo de coisa' voc( sa&e e os Andarilhos do Asaltodecidiram e"plorar isto &em detalhadamente.6

5Agora' isso n%o quer di!er que muitos dos esp*ritosda cidade n%o sejam coisas doentes e destru*das — isto éapenas um ato o&jetivo e d( aos Andarilhos algumcréditoG eles sa&em disso. -as os /heurges s%ocurandeiros' e os /heurges Andarilhos tomaram para si amiss%o de restaurar o sem&lante de dignidade erever(ncia das cidades' ensinando a humanidade arespeitar as almas de prédios que eles erigiram e as ruasque pavimentaram. E se os residentes ur&anos realmenterespeitassem o mundo ao redor deles' eu acho que ascidades iriam terminar em montes de lugares melhores doque est%o hoje em dia. Bem' v)rios jovens Andarilhos

uas 3rescentes v(em a si mesmos em uma miss%osolit)ria de tra!er a Deaver de volta H sanidade e'enquanto suas metas s%o admir)veis' eu n%o tenho

certe!a que eles tenham no$%o da prounde!a dopro&lema. -as quanto H tri&o toda? ei"e2me di!er queeu n%o desisti de ter esperan$a pela -%e Aranha ainda.6

5A espiritualidade dos 0arras 4ermelhas é muito'muito di*cil de ser compreendida por qualquer 0arou=omin*deo eli!mente' Anjou' ninguém realmenteespera que os Parentes ao menos tentem entender. 1ós'0arou' esperamos honrar os 0arras como qualquer outratri&o' mas eu diicilmente culparia voc( por seu horrorquando eles s%o mencionados' sa&endo o que voc(signiica para eles. Para sua espécie' eles s%o inimigosperigosos' e isto é tr)gico. 7 que posso di!er so&re seus/heurges? 3ome$a aquiG imagine uma mente sensciente'pensante' sem nenhum conceito de lógica' nenhumara!%o ou racionalidade. e muitas maneiras' eles s%o &emparecidos com o que a humanidade j) oi' antes dosurgimento da #uméria e Egito — eles n%o procuram enem querem e"plica$:es para o mundo' eles apenas oreverenciam. 1%o h) linha entre o mundano e oespiritual para um /heurge 0arra 4ermelha' por que adieren$a é impercept*vel para eles. =) apenas anature!a' que assim como provém' tam&ém tira a vida' ea massiva' estranha n%o2nature!a constru*da pelos-acacos. 1%o e"iste nada 5so&renatural6 para o 0arraquanto a rituais ou 0nose' mas a cidade é praticamenteso&renatural —  literalmente 5ora da nature!a6 —  algoque eles nunca testemunharam. Est) além da ordemnatural' além das leis de 0aia —  ao menos na vis%odeles.

7s rituais e servi$os dos 0arras ocorrem nasprounde!as das regi:es selvagens mais puras. -uitosoutros 0arou nunca viram um 0arra /heurge — s%o seus&atedores e guerreiros que s%o conhecidos pela inCmiade atacar acampamentos humanos' e 0alliards ePhilodo" que mais reqJentemente negociam com outrasseitas 0arou. Pela sua alta de distin$%o entre m*stico emundano' eles n%o pensam em si mesmos como "am%s oum)gicos. Ao invés disso' eles se v(em como restauradoresdo equil*&rio inerente H nature!a e aqueles que aliviam aseridas. Eu ouvi di!er que 0arras 4ermelhas /heurge s%oincum&idos da tarea de criar e ensinar os jovens —tanto 0arous quanto Parentes — mas isso pode ser umainorma$%o enganosa ou especula$%o de parte das minhas

ontes.5#enhores das #om&ras /heurges... nem todos osua23rescente s%o seres &ons' e na verdade muitos#enhores "am%s se encai"am em muitas das acusa$:esque se a! contra o aug;rio como um todo. -uitos deless%o peritos em usar esp*ritos e m)gica para espionar'amaldi$oar' destruir e envenenar. Eles s%o conspiradores'e vindo de um 89tena isto é algo signiicativo. 7s#enhores governam pela or$a' e como para maior partedos /heurges alta poder *sico' eles acharam uma outraorma de autoridade para so&reviver dentro da cont*nuasele$%o arNiniana que a tri&o pratica. #eu poder' como

o de um tradicional homem 4odu' vem do medoG eles s%o&em conhecidos por ver e sa&er coisas que os outros n%operce&em' e ent%o eles montaram esse mistério' a!endo

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com que seus poderes ocultos ossem vistos comoaterrori!antes e maca&ros' tanto quanto osse poss*vel.Eles s%o mestres da guerra psicológica e terrorismooculto' e isto torna tudo mais terr*vel para uma de suasv*timas que acorda levemente co&erta com sangue quen%o é seu' por que di!em que v*timas sa&em que seupoder m*stico é real e os #enhores poderiam ter eitomuito' muito pior.6

57s #enhores das #om&ras /heurges respeitam osesp*ritos' mas eles s%o muito mais aptos a prend(2los edomin)2los do que qualquer outro 0arou' que lide maisdiplomaticamente. > claro que' na ninhada do Av/rov%o a maior parte dos esp*ritos consideraria um/heurge como sendo digno de um servi$o se' e apenas se'eles pudessem or$ar o esp*rito em quest%o' ent%o éapenas a orma como as coisas s%o eitas. #enhores/heurges s%o tam&ém comumente l*deres de cultos nomundo mortal' usando suas ha&ilidades ritual*sticas paracolocar humanos interessados em poderes ocultos a seuservi$o.6

57s Peregrinos #ilenciosos /heurges' sendoviajantes' entendem melhor que ninguém a santidadedos lugares. ocali!a$%o é uma m)gica por si só' e a casade alguém é o seu templo — ninguém sa&e disso melhorque os Peregrinos' que tiveram sua terra natal rou&adapelos vampiros o*dios. Eles s%o comumente aptos acontar &astante so&re o car)ter de um local por suapresen$a *sica' e muitos Peregrinos /heurges s%oe"tremamente &em versados em histórias ehereditariedade. A estes seres' respeitar o passado est) dem%os dadas com o respeito aos esp*ritos' na verdade iston%o os torna tradicionalistas — h) uma dieren$a entrerespeitar o que veio antes e tentar or$ar o presente a seequiparar ao passado.6

5/odos os /heurges podem alar com os esp*ritosancestrais dos 0arou —  sendo nós mesmos meio2esp*ritos' nós podemos ir ao Reino -édio quandomorremos. -as os /heurges dos Peregrinos t(m la$oscom o -undo +nerior' a casa das almas dos humanosmortos' e eles s%o capa!es de conversar com os antasmase som&ras que l) residem. -uitos Peregrinos /heurges sedevotam aos mortos' ajudando2os a resolver pro&lemasque os mant(m conectados ao Reino de 0aia. +sto'

reqJentemente' vai além de se vingar de uma morte ouentregar uma ;ltima mensagem para um amado aspai":es de um antasma s%o t%o proundas e cheias denuances como as de uma pessoa viva' e elas precisam serresolvidas antes que o esp*rito inquieto possa seguir. >um tipo de cura espiritual' que é' claro' o centro dosdeveres de um /heurge. Eu ouvi rumores de que grandestragédias recentemente atingiram o mundo pós2vida doshumanos' e os /heurges Peregrinos procuramsimplesmente ajudar os antasmas a so&reviver onde elespuderem — mas isto é apenas um &oato' e nada mais.6

5Presas de Prata /heurges continuam na grande

tradi$%o Européia de aplicar ra!%o H é' e usam estudoilosóico para desco&rir grandes verdades espirituais eutenho certe!a que /om)s de Aquino estaria &astante

orgulhoso. 1%o surpreendentemente' eles tendem aserem muito preocupados com a ortodo"ia' mas eu pensoque isso venha mais de um sincero desejo de acreditar noque é verdade' do que de um pensamento dogm)tico. #uaclare!a de teologia lhes d) um grande credencial ao setratar de humanos' que est%o acostumados a ver asreligi:es pag%s e alternativas' como teologias vagas ou da5nova era6 Kno sentido supericialL. Estes Presas de Pratas%o' em algum grau' &em sucedidos em articularanimismos' e isso n%o é algo simples. Ainda assim'mesmo no meio de um intelectualismo detalhado e sal:esreais' e"istem um outro lado dos "am%s dos Presas dePrata. 3ultos misteriosos' cele&rantes empolgados'mestres da proecia e or)culos proéticos n%o s%oincomuns na tri&o' e ormam seus próprios cultos eac$:es' normalmente se aliando aos grupos ruidasapoiados pelos Fianna. Eles n%o s%o muito opostos aointelectualismo prevalecente dos /heurges dos Presas dePrata' mesmo sendo um contraponto muitos /heurgespertencem a um campo durante o dia e a outro durante anoite. 3om isso' os Presas prestam homenagens aointelectual e aos elementos passionais da espiritualidade.6

5ado o car)ter da tri&o' n%o é surpresa que a honraesteja t%o ortemente presente no "amanismo dos Presasde Prata. Eles est%o dentre os mais devotados a manter —e reor$ar — as d*vidas de chiminage dentro da 1a$%o0arou. +neli!mente' eles t(m pro&lemas para apreciarqualquer tipo de humor no que di! respeito a esp*ritos' eisso pode lev)2los a conlitos com os Raga&ash.Feli!mente' como em todas as coisas' eles tentam liderarpor e"emplo' e a presen$a de um Presa de Prata podetra!er a uma seita esmorecida um novo respeito aosesp*ritos' simplesmente através da no&re!a e daeloqJ(ncia do /heurge que ala em nome dessa tri&o.6

57s /heurges dos Portadores da u! misturam amitologia 0arou com a ilosoia Budista para chegar a umsistema de cren$a que eles chamam de 0aiadharma' ociclo da vida. -uitos desses s%o m*sticos isolados' quevivem o estilo de vida estereotipado e se isolam dasinlu(ncias impuras para aumentar a sua clare!a depensamento. -as muitos outros est%o por a*' entre ahumanidade e os 0arou eu acho que a melhor orma dedescrever a miss%o deles seria di!er que eles se v(em

como sentinelas do e"cesso. Eles tra&alham para ensinara humanidade e os 0arou a evitar os e"tremos em suasescolhas e a a&ra$ar o caminho da modera$%o e datemperan$a.6

5Eu suspeito que eles tenham algo a ver com arecente decis%o da tri&o de se separar da 1a$%o 0arou.Eu posso ver que uma vis%o de algum tipo os guiou' e euespero que a escolha deles tenha sido correta. Aindaassim' a 1a$%o é menor sem esses /heurges. Eles s%o emgrande parte os indiv*duos respons)veis por convencer a 1a$%o 0arou a ver a Deaver como uma amea$a t%osigniicativa quanto a Drm' e por nos dar pistas de

como agir contra ela. A vis%o deles do que a Deaverrealmente é' é tam&ém &astante vision)ria — ao invés deocar nos aspectos tradicionalmente enati!ados da

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 53

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tecnologia e modernidade' eles v%o até o centro e v(em a-%e Aranha undamentalmente como a tecel% dasilus:es que o&scurecem e ocultam a vis%o espiritual. Eun%o digo que entendo todas as ilosoias deles' mas algunsde seus tra&alhos certamente s%o leituras ascinantes.6

5Parte do motivo pelo qual eu estou lhe di!endotudo isso' Anjou' é para que voc( n%o veja todos os/heurges como os dos 89tena. 1ós temos /heurgestomando as decis:es mais importantes na nossa tri&o' eeu n%o vou discutir com voc( se quiser me di!er que issopode n%o ser algo completamente &om. A verdade é queassim como os 89tena desco&rem muitos segredospoderosos e verdades sagradas' nós tam&ém soremos dasma!elas da lideran$a dos /heurgesG cuidado e"cessivo'uma tend(ncia H ina$%o' uma atra$%o por poderesm*sticos som&rios. 3omo um Philodo"' eu devo admitirque eu vejo muita esperan$a por muitos dos orgulhososjovens Ahroun e 0alliards que se jogam em posi$:es delideran$a dentre nós. Espiritualidade é &om' mas n%o étudo' e essas novas e dinCmicas perspectivas est%oajudando nossa tri&o a perce&er isso. Ent%o' sim' se voc(quer sa&er' um pouco da sua ;ria com os /heurges queconheceu provavelmente possui uma &ase correta' emuitos deles talve! sejam complacentes. Eu n%o vounegar isso.6

Anjou &alan$ou a ca&e$a lentamente. 57&rigadopor me conceder isso. Eu n%o me oponho aos /heurgesem geral' eu acho. > que alguns por aqui parecem t%oarrogantes...6

Aaron acenou lentamente. 5Agora' para osDendigo. Aqui voc( vai encontrar praticamente ocontr)rio —  a lei dos guerreiros. 7s /heurges dosDendigo tendem a seres vingativos' usam medo em suavantagem' assim como a!em os #enhores das #om&ras.-uitos v(em esor$os para ensinar a humanidade comodesencaminhados' acreditando que a =istória mostrouque os humanos s%o muitos ignorantes para sereminstru*dos. 3laro que' quando eles alam de humanos'eles geralmente querem di!er 5homens &rancos6. Portudo que os Dendigo temem' Anjou' eles est%o ao nossolado contra um mundo que ainda se alimenta e a&usa denós eles s%o nossos +rm%os -ais 1ovos' n%o podemosesquecer disso.6

5Eu tenho certe!a que voc( j) ouviu a ostenta$%oque os Dendigo que visitam a seita a!em so&re ser 1ativos de puro sangue' de uma ancestralidade augusta'assim se voc( tiver estudado um pouco de antropologia e=istória americana' voc( sa&e o qu%o rid*culas s%o essasairma$:es. 7s anci:es tri&ais possuem a mesma atituderente H espiritualidade que eles t(m so&re linhagens—  5mantenha pura6 —  e a a&ordagem n%o é maisreal*stica no campo do misticismo do que é so&re ra$as.-uitos de seus /heurges s%o antropologistas amadorespor necessidade' tentando manter seus rituais echiminage estritamente condi!entes com a orma que os

3hero9ee ou os /shimshan i!eram séculos atr)s. 3laroque é uma raque!a de&ilitante para um m*stico ocarmais em detalhes de orma do que na sinceridade de

e"press%o' e rituais de tr(s séculos atr)s geralmente n%os%o muito aplic)veis no mundo moderno' a n%o ser porsitua$:es muito limitadas. 1as seitas mais r*gidas' e"isteaté mesmo uma orma de um apartheid espiritual or$ado— /heurges n%o podem comungar com esp*ritos que n%opossuem precedentes nas lendas pré23olom&ianas ou dosDendigo.6

57&viamente' esse é um am&iente intensivamentesuocante para verdadeiros vision)rios espirituais e os/heurges escapam dele sempre que podem. Eu j) escuteialgo so&re um movimento espiritual secreto na tri&o quemistura uma cren$a distintivamente modernista com adevo$%o tradicional de proteger os povos 1ativos epreservar n%o apenas a orma' mas o signiicado' aess(ncia primitiva das tradicionais religi:es 1ativas.#endo isso t%o v)lido' eu dou a esses corajososespiritualistas toda a minha &(n$%o.6

Outras Luas 

54oc( deve compreender isso' AnjouG aug;rios n%os%o como na$:es eudais ou tolas divis:es escolares. 1ósdependemos uns dos outros' e nós lidamos com os outrosaug;rios todos os dias de nossas vidas. 7s /heurgespossuem muitas coisas que eles podem a!er para ajudarmem&ros dos outros aug;rios' e similarmente elespossuem muitas necessidades que dependem dos outros0arou para serem alcan$adas. Algumas dessas trocas s%opuramente proissionais' mas outras s%o muito' muitopessoais' estando ligadas Hs ra*!es que a!em cada aug;rioser o que é. +sso é mentalidade de matilha' e n%o é algoque eu possa acilmente e"plicar para um humano. >

como am*lia' mas é algo mais — amando ou odiandoseus companheiros de matilha' voc( conia nelesimplicitamente. 4oc( e"ecuta a un$%o na qual voc( é&om —  seu aug;rio — e voc( precisa que eles a$am omesmo' permitindo H matilha uncionar de orma eetiva.+sso tudo é &elo' de seu próprio modo e eu espero n%oparecer estereotipado ao di!er que provavelmente estejaum pouco ora da sua e"peri(ncia. e qualquer orma...6

57s Raga&ash n%o s%o dierentes dos /heurges demuitas ormas' e os dois aug;rios respeitam um ao outromais do que voc( inicialmente esperaria. 7s Raga&ashmuitas ve!es atuam como musas para os /heurges — seus

questionamentos so&re os nossos modos acendeu emmuitos /heurges mais do que uma e"tensa e"plora$%oespiritual. /heurges que prop:em idéias verdadeiramenteradicais ou vision)rias v%o perce&er que os Raga&ashoerecem a eles o ;nico suporte que eles encontrar%o na 1a$%o 0arou' e por isso eles s%o gratos. Além disso' amaioria dos /heurge possui uma maior compreens%o daimportCncia espiritual do arquétipo do trapaceiro do quemuitos outros 0arou' o que signiica que eles tolerar%o as&rincadeiras dos Raga&ash melhor do que' digamos' umAhroun. 3laro que se um /heurge achar que umRaga&ash est) !om&ando dos esp*ritos ao invés de

ilumin)2los' todo o relacionamento se torna &astanteamargo rapidamente. Porém' n%o se espera isso de umRaga&ash' e poucos agem dessa orma' ent%o isso

54  Livro dos Augúrios

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normalmente n%o é um pro&lema.653omo qualquer clérigo' os /heurges se arriscam a

se perder na trama do dogma' recitar seus rituais sagradossem pai"%o ou inspira$%o sagrada verdadeira. 7sRaga&ash lutam contra o dogma e contra a vis%o limitadaem todos os lugares da 1a$%o 0arou — eles n%o est%otentando destruir a tradi$%o' apenas assegurar que elamantenha seu signiicado e permane$a le"*vel —  e os/heurges s%o seus alvos com a mesma reqJ(ncia que n%oo s%o. E"iste uma grande diversidade em como os/heurges respondem ao ato de ter sua teologia desaiadapor um Raga&ash' que vai do medo e ultraje ocultos atéuma aceita$%o calma e um de&ate sensato. Apesar de queeles nunca admitir%o' os /heurges invejam os Raga&ashGpraticamente todo /heurge que possua uma e"peri(nciasigniicante teve que a!er um sacri*cio doloroso paracumprir uma promessa em algum ponto de sua vida. 7j;&ilo casual com o qual o Raga&ash evita suasresponsa&ilidades' que&ra seus juramentos e escapa comum sorriso maroto parece inerentemente decadenteHqueles 0arou que oram escolhidos por 0aia paraassegurar que promessas eitas aos esp*ritos ossem sempremantidas. #im' é o papel sagrado deles' mas isso aindaassim incomoda...6

5/heurges o&viamente possuem uma tremenda gamade responsa&ilidades e eles geralmente se voltam para umcompanheiro de matilha Philodo"' como eu' para ajudara tra!er ordem para suas vidas caóticas. Eu acho que éporque o papel de meu aug;rio é ser um pilar para queoutros 0arou possam se sustentar' e os /heurges aca&amnos procurando por esta&ilidade' por suporte eocasionalmente para acompanhar a realidade' mais doque voc( imagina. > &om ter alguém que possa levar suascrian$as para a escola enquanto voc( est) em uma &uscaon*rica' e a maioria dos Philodo" est) disposta a a!er essetipo de coisa para um companheiro /heurge. 8maami!ade sólida com um Philodo" é uma &oa orma de um/heurge manter um pé i"o em preocupa$:es temporais'assim evitando que eles se percam em suas torres demarim de ideais e misticismo. Eu acho que eu poderiadi!er que nós servimos de Cncora para eles' e elesparecem gratos por isso.6

51ós tam&ém somos seus companheiros ritualistas

dentro da 1a$%o 0arou. Em teoria' nós temos eseras deinlu(ncia dierentes das deles —  nós nos ocamos emrituais que conerem respeito' julgam Renome' separam averdade das mentiras e reor$am deveres' enquanto elesv%o mais para o lado de rituais que possuem verdadeiropoder m*stico ou uma sim&ólica signiicCncia esotérica.Ainda assim' somos todos ritualistas' e a maioria dosPhilodo" valori!am ter um amigo /heurge cujo cére&ropossa ajudar organi!ar uma cerimnia e assegurar que elatenha o impacto emocional correto. Rituais s%o rituais'ainal de contas' e sua pr)tica d) aos /heurges e Philodo"um terreno em comum.6

57s 0alliards tam&ém possuem muito em comumcom os /heurges. Am&os os aug;rios possuem deveresque os condu!em para o mundo humano' e assim am&os

aca&am tentando condu!ir algo parecido com a vidahumana acima da vida 0arou. -uitos /heurges possuemplanos para restaura$%o espiritual que envolvemmudan$as na sociedade' legalidade ou atitudes humanas'mas o "am% é uma igura assustadora e algumas ve!esanti2social eles n%o possuem a etiqueta social da qual os0alliards s%o peritos. Assim' aca&a que /heurges e0alliards geralmente tra&alham juntos' apoiando oativismo social' movimentos de protestos am&ientais'v)rias causas de direitos civis e eventos religiososalternativos. #eria justo di!er que os /heurges prev(em oque deve ser eito' ornecendo seus cora$:es e almas'enquanto os 0alliards sa&em como a!(2lo' sendo mestresem tagarelar e até em inspira$%o sincera. 7s /heurgesainda dependem dos 0alliards para articular e apresentarsuas idéias de uma orma que capture a imagina$%o daspessoas.

5+neli!mente' na sociedade 0arou a rela$%o entreesses aug;rios nem sempre é harmoniosa. 0alliardsguardam as histórias e lendas da 1a$%o 0arou' e comoqualquer autor dram)tico eles algumas ve!es encaramtentativas de censura das autoridades religiosas locais. 7scontos dos 0alliards em sua maioria se ocam Keromanti!amL no poder e compet(ncia de um ;nico herói0arou' e algumas ve!es os /heurges acham que essasantasias heróicas n%o mostram suicientemente que tudoaquilo que o herói representa é um presente dos esp*ritos.Eu tenho certe!a de que os /heurges preeririam que todalenda osse redigida como um testamento H devo$%o ecomo uma pe$a &arroca so&re moralidade' enquanto os0alliards passionais gostam de aventuras e hero*smo. Acria$%o de histórias é um dom*nio dos 0alliards' equando os Postos s%o iguais o 0alliard possuem umaautoridade a&soluta na )rea. -as 0alliards jovensreqJentemente se v(em rustrados por /heurges anci:esque agem como censores. Feli!mente' a maioria dos0alliards —  como todos os 0arou —  reverenciamproundamente os esp*ritos' mesmo que eles n%o a$amdisso uma carreira. Ent%o' algumas pequenas sugest:es emudan$as para que uma história seja honrada tantoquanto precisa e divertida s%o geralmente &em2vindas.6

57s Ahroun pouco possuem em comum com os/heurges' eles s%o pereitos contrapontos. 7s uas3rescentes s%o introspectivos' educadores' vision)rios'idealistas e t%o pac*icos quanto um 0arou pode ser osua 3heias s%o rudes' diretos' pr)ticos' preocupados como imediato' com coisas tang*veis e claro' muito nervosose violentos. +sso n%o signiica que e"ista um grandeconlito' apenas que suas eseras de inlu(ncia raramentese so&rep:em. 7s Ahroun consideram altamente os/heurges com o pé no ch%o e lógicos como au"iliarest)ticos qualquer guerreiro sa&e o valor de especialistas decampo.  Porém' os /heurges normalmente s%o os 0aroumenos com&ativos' e eles dependem dos Ahroun paraproteg(2los em &atalha a ajuda deles pode ser

inestim)vel' mas geralmente e"ige que os /heurges semantenham aastados da primeira linha do com&ate paradirecionar esp*ritos e jogar maldi$:es nos inimigos. Além

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 55

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de tudo' os dois aug;rios possuem um respeitoproissional saud)vel pelo tra&alho um do outro'mas n%o possuem ortes la$os pessoais ami!adesKou rivalidadesL entre Ahroun e /heurgestendem a se desenvolver &aseados em atoresdierentes dos deveres e da nature!a dos aug;riosenvolvidos.

Theurges e os Se(os 5Alguns 0arou' particularmente as F;rias

 1egras' possuem teorias que alam que e"istemsigniicantemente mais /heurges (meas do quemachos. +sso est) ligado H teoria de g(nero delas— a agress%o masculina comedida e guiada pelaintrospec$%o eminina. #eria mais interessantever as estat*sticas dessa orma' mas claro que asociedade 0arou n%o é estruturada de umaorma que permita a coleta de tais dados comseguran$a. Eu diria que em minha e"peri(ncia

de vida' eu j) vi um grande n;mero de /heurgesmachos' e eles a!em seu tra&alho muito &em —assim como qualquer Ahroun (mea. /alve! n%otenha tanto a ver o macho e (mea comomasculino e eminino. 7 /heurge certamente éum arquétipo educativo' algo relacionado nassociedades tradicionais como o papel eminino'e até mesmo nos dias de hoje nós vemoshomens serem t%o capa!es de serem t%o &onseducadores quanto mulheres' a correspond(nciam*stica entre qualquer /heurge' macho ou(mea' e o aspecto eminino e"iste' em algum

n*vel.657s /heurges algumas ve!esintencionalmente conundem o papel dosg(neros para o&ter poder m*stico. 3om certe!avoc( j) ouviu alar dos 3ontr)rios —  ostrapaceiros e "am%s que se vestem do se"ooposto e assumem ormas e"ageradas de seuspapéis se"uais em suas sociedades? Raga&ash s%oos 0arou mais inames a assumir esse papel' masos /heurges tam&ém o a!em por ra!:espsicológicas e so&renaturais. Esses raros/heurges tendem a ser p)rias ou questionadores'

seguindo as pegadas dos Raga&ash' mas elespossuem um tom mais pertur&ador do papel de3ontr)rio do que os uas 1ovas. +sso os colocaa parte da sociedade' e tende a pertur&ar aspessoas em um n*vel instintivo. > )cil rir de umtravesti' mas ninguém ousa rir de um /heurge' eisso a! com que reste apenas a estranhe!a e omedo. A sa&edoria popular prega que é esperadode um /heurge ser pertur&ador de algumamaneira' e isso os ajuda a assumir o papel dereverenciar os esp*ritos. -isticamente' a divis%ode se"os carrega grande poder. #im&olicamente'

atravessar essa linha a! do /heurge um serm)gico' assim como cru!ar a linha entre a vida ea morte durante o Ritual de Passagem.

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$i&endo como um Theurge 5Entre os 0arou' /heurges s%o os que mais

provavelmente e"perimentam uma Primeira -udan$amenos traum)tica. Eles n%o possuem uma F;riae"or&itante' e n%o h) uma tend(ncia instintiva a seremsanguinolentos ou agressivos como os 0alliard ou

Ahroun. #%o incomuns os /heurge que possuem F;riapotente o suiciente para entrarem em renesi na épocade sua Primeira -udan$a. Além disso' o /heurge é umser de dois mundos mesmo antes de estar consciente desua heran$a —  esp*ritos de 0aia geralmente se sentematra*dos a proteger e guiar um /heurge recém2nascidoantes de sua -udan$a' enviando sinais e press)gios desdeos primeiros dias de vida. -uitos dos /heurgeshomin*deos e"perimentam a primeira mudan$a ao viajarnas prounde!as de )reas selvagens' lugares em que nuncaestiveram antes' levados a a!(2lo por instintos que elesn%o compreendem totalmente e mensagens vindas de

além do mundo material. 7s /heurges lupinos seencontram em contato com quest:es espirituais que osseparam de seus companheiros lo&os' e sua introspec$%o ecuriosidade reqJentemente os levam para longe damatilha antes que ocorra a Primeira -udan$a.

5#e a Primeira -udan$a é mais )cil para os/heurge' o Ritual de Passagem serve como compensa$%o.-uitas tri&os reali!am pr)ticas dierentes' mas e"iste umtema comum entre a maioria delasG para se tornar um"am%' o iniciado deve morrer e retornar H vida. 7s 3riasde Fenris literalmente enorcam seus /heurges em umgrande carvalho' dei"ando2os so& vento e chuva por

nove dias e nove noites. #uocamento normalmente n%oé capa! de matar o 0arou' mas a alta de o"ig(nioprovoca desmaios e alucina$:es —  vis:es sagradasconcedidas por Fenris e pesadelos invocados dos maisproundos 1ilheim. 7s Dendigo enviam seus jovens/heurges para as )reas selvagens' jejuando em solid%o atéque entrem em renesi devido H ome ou lhes sejaconcedida uma vis%o pela -ulher -etamora ou o0aroto do 3éu. Iovens Andarilhos do Asalto algumasve!es engatinham pelos tu&os e t;neis de vapor so&clu&es noturnos ou raves' após uso intencional degrandes quantidades de alucinógeno para tentar undir

suas consci(ncias com a multid%o de dan$arinos' am;sica da cidade. +ndependente do método' o jovem/heurge entra em contato com a morte com o o&jetivode ter uma &reve vis%o do mundo dos mortos. -esmoentre as tri&os que n%o reali!am tal pr)tica' é muitocomum para ser coincid(ncia o ato dos /heurgeaca&arem mortalmente eridos ou pró"imo ao coma apóso Rito de Passagem —  os esp*ritos clamam os seusdireitos' seja através de rituais ou circunstCncias.6

5Essa quase morte é tanto um eco sim&ólico dosacri*cio do Primeiro /heurge quanto uma liga$%ogerada com o mundo espiritual. Ao a!er uma jornada

para o mundo além desse e retornar' o /heurge torna2seum ser m)gico' uma criatura de dois mundos e uma pontede um para o outro. Agora' todos os 0arou s%o criaturas

de esp*rito e carne' Anjou todos nós possu*mos aha&ilidade de percorrer atalhos. -as um /heurge éespecial porque age como condutor' pois est) em am&osos mundos ao mesmo tempo metaoricamente' sen%oisicamente. Esp*ritos reconhecem isso' isso os torna maisavor)veis a comunicar mistérios sagrados e a oerecerajuda ao /heurge nas horas de maior necessidade. Portudo o que eles devem passar' as &(n$%os de uma crian$ade dois mundos s%o grandes de verdade.6

5A vida de um /heurge é cheia de demandas' umato cont*nuo de equil*&rio entre o espiritual e otemporal. Por um lado' muitos de seus deveres — guiarespiritualmente a humanidade' proteger animaissagrados' criar etiches' ser conselheiro de sua matilha'curar os enermos' garantir chiminage — requer que elesestejam ocados em sua vida real e normal. A 1a$%o0arou n%o tem uso para os /heurges que est%o t%oenvolvidos com os mistérios superiores a ponto de setornarem alheios Hs &analidades da vida 0arou. 1averdade' tais indiv*duos podem ser um grande atraso paraa matilha@ =) momentos em que os 0arou se preparampara as &atalhas' e precisamos de aliados esp*ritos prontosa lutar do nosso lado' encantos para manter os -alditosaastados e armas etiches para dar aos nossos guerreirosmais ortes. #e um /heurge or 5espiritual6 demais paraprovidenciar essas coisas' ele est) gravemente descuidadocom seus deveres.6

5Por outro lado' entretanto' o mundo das som&ras'press)gios e mistérios é como o canto de uma sereia so&reo /heurge e se ele echar os ouvidos demais' ele é oculpado pela recusa de ouvir as revela$:es divinas —novamente' um pecado grave. 4oc( deve entender  isso'Anjou' e eu reconhe$o o qu%o ora da sua — ou minha—  )rea de e"peri(ncia isso deve serG /heurges vivemmergulhados em um mundo m*stico' onde press)gios eenigmas maravilhosos espreitam em cada esquina.+magine se tudo o que voc( e"perimentasse tivesse doissigniicadosG o literal e o sim&ólico. 8m /heurge que sedistancie e se dei"e su&mergir por completo nesse mundoetéreo come$a a ver causas e eeitos so&renaturais emtudo a seu redor' a!endo previs:es e lendo mensagensonde elas n%o e"istem e se tornando incapa!es de serelacionar com as preocupa$:es do mundo material.

Psicólogos mortais denominam essa condi$%o de<ui"otismo —  uma compuls%o em atri&uir causasso&renaturais a eventos mundanos.6

57 ato do equil*&rio torna2se ainda mais di*cil seum homin*deo /heurge tentar manter algo que seassemelhe a uma vida humana normal' junto com suastareas espirituais e materiais. > incrivelmente surrealaca&ar de voltar de uma miss%o m*tica no mundoespiritual a tempo de completar a conta&ilidade paraentregar a seu chee' mas alguns /heurge se v(em nessasitua$%o. Ainda assim' e"iste uma ra!%o que leva os/heurges a viver uma vida da mesma orma que um

humanoG eles devem' se &uscam curar e inluenciar asmoléstias da sociedade humana' serem uma parte dela.8m curandeiro n%o pode a!er seu tra&alho distante do

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 57 

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seu paciente — ou ora do mundo do paciente — sem seimportar com a vida dele. Ent%o o /heurge tenta manteruma proiss%o' paróquias' am*lias e outras preocupa$:eshumanas com maior reqJ(ncia do que os outros 0arou'com variados graus de sucesso. 7 quanto o misticismo eos chiminages podem atrapalhar depende do indiv*duo— os mais espertos uas 3rescentes tratam isso comomala&aristas' se divertindo enquanto todos os elementosde suas vidas caóticas e completas tentam se equili&rar.Aqueles com menos dessa estranha compostura humanase v(em diante de um esor$o cont*nuo' e enervante'para manter todas as galinhas em ila. Ainal' ninguémdisse que ser um ua 3rescente era )cil.6

5Envelhecer é tanto di*cil quanto recompensadorpara um /heurge. Eles tendem a ter a maior longevidadeentre os 0arou' mas eles tam&ém t(m os mais limitadosuturos. ierente dos Ahroun ou Raga&ash' elesgeralmente n%o desaparecem em uma chama de glória.Ao contr)rio dos 0alliards' nossa sociedade n%o d) a elesa li&erdade para virarem solit)rios que v%o a &usca deuma ;ltima grande história ou lenda. 7 preceito daitania so&re os velhos e enermos tende a serinterpretada literalmente com os /heurge —  ou maisprecisamente' eles s%o considerados um atraso quando amente come$a a alhar. 8m guerreiro deve manter2ses%o' tanto no corpo quanto na mente' mas um "am%precisa apenas ser capa! de ouvir os esp*ritos claramentee lem&rar seus segredos. Para os /heurge' posto e idadetendem a estar diretamente relacionados' mais do quepara outros aug;rios. 8m jovem e am&icioso guerreiroadquire muita per*cia em sua arte em uma década' oumenos' mas a verdadeira maestria da espiritualidade levauma vida inteira. +sso pode ser rustrante para osam&iciosos uas 3rescentes —  um velho Anci%o/heurge deve ter visto duas gera$:es de Ahrounultrapass)2lo em posto antes de o&ter seu t*tulo —  maspaci(ncia é uma qualidade que os /heurge valori!am' dequalquer orma' e eu tenho certe!a que muitos 0arouinvejam a oportunidade dos /heurge de aproveitar a vidano tempo certo' ao invés de terem que se apressar por ela.

57 /heurge que alcan$am o status de anci:es emposto assim como em idade é um l*der espiritual de seupovo' um valoroso recurso a qual todos os 0arou prestam

rever(ncia. Anci:es /heurge geralmente se tornam-estres de Rituais de sua seita' mas um /heurge podepossuir uma vasta gama de posi$:es na seita.+ndependentemente do seu t*tulo' eles s%o tratados comuma rever(ncia aos anci:es at*pica dentro da sociedade0arou. 1ós dependemos dos nossos anci:es /heurge'Anjou' de uma maneira que é di*cil de articular. Elesest%o mais pró"imos daquilo pelo qual estamos lutando' eé di*cil para qualquer 0arou n%o se sentiremmaravilhados quando lidando com eles. 1ossa sociedadereverencia a sa&edoria' tanto quanto glória e honra' emuitos anci:es /heurge s%o vistos como sa&edoria

encarnada. Precisamos deles' e quando eles morrem suaperda é sentida por toda a seita.6Aaron se calou' sem sa&er ao certo o que alar em

seguida' tentando capturar com palavras algo que elesuspeitava que n%o poderia ser capturado.

Anjou e Aaron alaram so&re trivialidades a maior

parte da tarde. 8m Philodo" compreende psicologia'ainal' mas qualquer um poderia notar que uma mulherque perdeu seu ilho e cujo todos os Parentes est%otirando sarro n%o precisa de nada mais do quecompanhia. A &atida na porta —  que Aaronsilenciosamente esperava que n%o ocorresse — se deu nasprimeiras horas da noite. Ele rapidamente oi atender aporta' antes que Anjou pudesse responder.

Aaron nunca havia encontrado Fala23om2as2#om&ras antes' sendo um visitante H seita' mas ela erat%o impressionante quanto ele havia imaginado. 1%odava para ele estimar sua idade —  possivelmente maisvelha do que qualquer humano j) oi — mas seus ca&elos&rancos enovelados' olhos vermelhos e sua pele' comouma coura$a' a!iam2na parecer sa*da de uma lenda0rega. +sso' Aaron supunha' era e"atamente a imagemque ela desejava invocar.

5Posso entrar?6 ela perguntou com a vo! de umamulher n%o acostumada a pedir permiss%o.

53laro'6 Anjou rapidamente respondeu.5Achei melhor &ater' dessa ve!.6Anjou concordou com a ca&e$a' assustada.

3laramente' Aaron n%o era o ;nico que havia ouvido oscoment)rios desrespeitosos que ela havia dito so&re Fala23om2as2#om&ras.

As palavras da anci% oram r)pidas e desajeitadas'ela claramente n%o estava se divertindo ao pronunci)2las.

5Eu... eu ouvi uma parte do que Aaron estava lhedi!endo. #a&e' ele tem ra!%o' nossos deveres s%o duros edi*ceis' e reqJentemente nos dei"am e"austos. 1ósdevemos ensinar a humanidade a reverenciar os esp*ritos'mas algumas ve!es torna2se mais )cil apenas a!er ahumanidade temer os esp*ritos. -edo é sempre maissimples de cultivar do que respeito verdadeiro' e voc(pagou o pre$o pelo meu descuido. Eu ui negligente emmeus deveres' Anjou. Eu senti sua dor em meus sonhos' eeu sa&ia que eu era a causa. 7 modo com o qual eu lideicom voc( oi desonroso' o por isso eu estouverdadeiramente arrependida.6

Ela parecia muito vulner)vel naquele momento' eAnjou evitava seu olhar.51ada pode ser eito agora. Est) terminado. 4amos

apenas continuar com as nossas vidas.6Fala23om2as2#om&ras mantinha uma e"press%o

indecir)vel. 5Finalmente' voc( merece uma e"plica$%omelhor do que a voc( rece&eu. Phillipe n%o era umhomem &om em nenhum sentido do termo. Ele era... umser som&rio' Anjou' e que estava so& a m)cula do+nimigo. Ele estava usando voc( para chegar H seita. Emminhas vis:es' voc( se deitava no ch%o' olhar va!io' suagarganta cortada pelo próprio ilho. #eja muito grata aos

esp*ritos de 0aia que lhe mostraram a compai"%o queeles tiveram ao or$ar a corrup$%o que haveria de senutrir na alma de suas crian$as e passar para seus corpos.

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A alternativa teria sido muito' muito pior para voc(. Emnenhum uturo poss*vel Phillipe poder) ter cumpridoseus sonhos. Eu deveria ter lhe alado tudo isso quandonos conhecemos' ao invés de apenas dar uma ordem eesperar que voc( osse o&edecer.6

Anjou n%o disse nada' horrori!ada com as palavrasde #om&ras. Após alguns instantes de sil(ncio' #om&rasdecidiu que seria melhor simplesmente mudar de assunto.5Palavras s%o estéreis. #%o coisas da Deaver. 8ma ve!que elas sejam ditas' elas nunca mudam. 4oc( n%opoderia e"plicar o que é ser um /heurge em palavras'Aaron. 4oc( devia sa&er disso.6

A anci% virou2se para Anjou 5se voc( temrealmente interesse em compreender o que signiica serum /heurge' eu só posso lhe mostrar' n%o di!er.6

/emerosa' Anjou concordou. Ela estava surpresa emadmitir que estava interessada nisso pelo seu próprio&em' ao invés de pura praticidade. #om&ras eniou a m%oem seu ro&e e retirou o que inicialmente parecia oesqueleto de um rato' colocando2o na mesa em rente aAnjou. Ent%o ele se moveu. Era mesmo um pequeno ratomorto2vivo' algo vagamente como o ogo &rilhava emseus olhos. Apesar disso' ele n%o parecia muitoamea$ador na verdade' Anjou perce&eu que ela queriareverenci)2lo' como uma don!ela no&re diante de umgrande cavaleiro.

5Esse é um esp*rito de nascimento e renascimento'Anjou. Ele me avisou so&re suas crian$as.6

<uando Anjou encarou a pertur&adora lu! nos olhosdo esqueleto' o esp*rito respondeu com algo que n%o erae"atamente comunica$%o' mas poderia ser o ancestralprimordial da ala' h) mil(nios quando o mundo eramenos comple"o e mais m)gico. Ent%o Anjousimplesmente entendeu' e ela sa&ia que o que ela haviaaprendido jamais poderia ser e"plicado' apenase"perimentado.

57&rigada6' ela e"clamou' sem lego. 7 ratoesqueleto guinchou silenciosamente e sentou2se so&resuas pernas de osso' aparentando contentamento.

#om&ras sorriu. Em sua ace' isso era surreal.5Anjou' Parentes n%o podem ser /heurges' mas eles

s%o "am%s h) mil(nios. A humanidade possui poucos"am%s nessa era. 4oc( certamente é capa!' e até pode serposs*vel tra!er para a sua vida a dignidade que voc( tantoalmeja. Eu enganei voc( e' para compensar' se voc(quiser' eu compartilharei com voc( meus mistérios esegredos' e posso ensinar as maneiras com que oshumanos reverenciam e alam com os esp*ritos. Eu n%oquero lhe pressionar eu simplesmente notei que seuuturo parece va!io' e eu oere$o uma lu!. 1%o decidaagora. Pense a respeito.6

Anjou concordou silenciosamente com a ca&e$a.5Eu.... eu vou pensar. Eu n%o consigo di!er nada agora.Eu estou em choque' pra ser sincera.

A /heurge concordou e ent%o segurou Anjou pelosom&ros' com or$a. 5=) mais uma coisa que sou o&rigadaa di!er antes que nos separemos' Anjou. Eu n%o meimporto se voc( pensa que eu sou uma vaca' ou se voc(

di! isso aos outros. 1%o ca&e a mim me importar comesse tipo de coisa' e talve! seja até verdade. E' acreditevoc( ou n%o' eu tenho compai"%o pela sua dor' e desejo omelhor em sua vida. -as seu eu sou&er que voc( voltou aalar de 89tena e de 0aia da orma como voc( e! no &aressa noite' eu voltarei aqui e arrancarei suas tripaspessoalmente' vou pendurar suas entranhas na divisa docaern como um aviso para todos aqueles que &lasemamcontra os esp*ritos. -eu aug;rio demanda n%o menos doque isso.

Ent%o ela se virou e oi em&ora.

 )otas de )arrati&a A história aca&ou. Iogar com /heurges pode ser

envolvente' especialmente se o 1arrador quiser incluirmisticismo e vis:es proéticas em seu jogo. 7s conselhosa seguir podem acender a imagina$%o além disso'apresentamos algumas novas 3aracter*sticas parapersonagens /heurge escolherem.

 Sinais e Mara&ilhas 3omo e"atamente o 1arrador deve lidar com o

mundo m*stico em que o /heurge vive? Pode serassustador' pois se voc( narra uma cena em um sonho ouadiciona um press)gio sim&ólico e termina mal' podeparecer e"tremamente clich( e de mal2gosto. 7 melhorconselho ao 1arrador é dar ao jogador a chance dee"plorar e interagir com o mundo m*stico —  seja a8m&ra ou uma cena de sonho — ao invés de martelar naca&e$a deles uma mensagem' or$)2lo a trilhar os e"atos

passos da jornada do herói de 3amp&ell ou tentar criaruma atmosera sinistra cheio de adjetivos pomposos.em&re2se que narrar misticismo' como qualquer outrotipo de narra$%o' deve ser uma atividade interativa.

Encontre algumas ontes de surrealismo e imagensm*sticas' e adapte ao seu próprio uso. Em um jogoindividual' n%o h) ra!:es para temer cópias' seja doApocalipse de #%o Io%o' ilmes de avid nch ou do;ltimo romance do 1eil 0aiman. +magens m*sticas n%os%o )ceis de se inventar' para a maioria das pessoas' equase sempre s%o &aseadas em mitologia que veio antes.Enquanto voc( or ra!oavelmente discreto para a!er tudo

mais interessante' e n%o incluir elementos de outrosg(neros' uma vasta gama de inspira$%o ser) muito ;til nacria$%o de um mundo sim&ólico.

 1%o espere que os jogadores leiam sua mente. A piorcoisa que pode acontecer é voc( apresentar uma imagemou encontro que possui importCncia sim&ólica a umjogador /heurge e esperar que ele interprete do mesmomodo que voc(. Poucos jogadores gostam de que&rar aca&e$a em um enigma o&scuro' de sim&olismo criadopelo 1arrador' mas a maioria n%o vai a!(2lo. Além disso'ao contr)rio dos enigmas' que seguem lógica concretaKcomo intrigas' mistérios de assassinatoL' é quase

imposs*vel um jogador perce&er a interpreta$%o 5certa6de um s*m&olo ou press)gio. E"iste um motivo pelo qualpersonagens possuem valores em Enigmas —  n%o h)

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 59

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nada de errado em permitir que eles a$am uma rolagempara perce&eram a interpreta$%o 5correta6 Kou seja'relevanteL de um s*m&olo ou press)gio.

/am&ém n%o é &las(mia o 1arrador evidenciar osim&olismo diretamente' com a melhor interpreta$%oK5Ao olhar para o velho relógio na parede de ordeAlistair voc( nota que o p(ndulo est) irmemente presocom teias de aranha. 4oc( pisca' e as teias desaparecem'e voc( se pergunta se realmente as viu. /alve! esse sejaum press)gio de que ele est) tentando prevenir seuenvelhecimento com algo ailiado H Deaver.6L ouapresentar s*m&olos com ó&vias interpreta$:es racionais.-esmo que os jogadores n%o tenham que adivinhar nada'o uso de met)oras adiciona o elemento de mistério egera atmosera para o jogo.

3omo alternativa' voc( pode usar um truquesimples' que redu! a rustra$%o do jogador /heurge eaumenta tanto a compet(ncia do personagem quanto ado jogador de inluenciar no jogo. 3oloque algunselementos sim&ólicos e m*sticos e espere para ver como ojogador vai interpret)2los e quais sentidos vai atri&uir aeles. #e a interpreta$%o or ra!o)vel' criativa e comple"a'a$a com que o jogo incorpore essa vis%o' até um certoponto' mesmo que n%o osse o que originalmente estavaplanejado para aquela imagem. 7&viamente' isso deveriaparar se as interpreta$:es e proecias do /heurgepassarem a ser uma tentativa do personagem de se&eneiciar —  mas a maioria dos apel:es n%o est)interessada em imagens m*sticas mesmo' ent%o esse é umrisco pequeno.

#ai&a a hora de manter algo ora de cena para ummaior impacto. 8m personagem pode se recusar a ouvirque 54anessa 0uardi%2da2Drm adentra o cora$%o doReino do Flu"o' e sua mente se a&re para toda a cria$%o.4)rias horas passam antes que ela retorne a companhiade sua matilha' preenchida porém incapa! de articularcom propriedade alguma das maravilhosas coisas queaca&ou de e"perimentar6' mas qual descri$%o poderia o 1arrador dar e ainda conseguir ugir do clich( e dainadequa$%o? Ao manter as e"peri(ncias m*sticassecretas' o 1arrador mantém o interesse tanto dajogadora de 4anessa quanto do resto de sua matilha' deoutra orma ica apenas repetitivo.

E"iste uma consist(ncia interna para vis:es' imagenson*ricas e outras acetas similares do misticismo. 1%o é oque normalmente chamamos de lógica' mas ainda éconsistente e a manuten$%o desses elementos de lógicade a!2de2conta a! com que os jogadores estejam aptos ainteragir de maneira signiicante com a estranhe!a queum jogo regado a metaplot pode oerecer. Algumas dasmais comuns dessas 5leis do misticismo6 s%o as seguintesG

Semelhante Afeta Semelhante  —  3ont)gio émais do que um princ*pio que magos Ke /heurgesL usamem rituais é um tema recorrente em uma vasta gama demitologias. 7s céus' ou a 8m&ra' s%o paralelos H /erra e

quando um se altera' o outro tam&ém é aetado. 1averdade' muitas jornadas espirituais s%o eitas com oe"ato propósito de curar na 8m&ra algo que é inacess*vel

no mundo real. <ualidades emocionais e espirituais queno mundo real estejam ocultas atr)s de muros derepress%o' incredulidade ou ormalidade podem estarrepresentadas metaoricamente na 8m&ra — ao se curarou puriicar a met)ora' o /heurge e seus aliados podemreqJentemente au"iliar as pessoas atingidas no mundoreal.

A Vida É Uma História — -itos s%o o&viamentehistórias' ao ponto que verdadeiras miss:es espirituais ejornadas épicas que as inspiram tam&ém possuemelementos dram)ticos nelas. Em um mundo onde destinoe atalidade s%o or$as reais' eventos devem acontecer emum ciclo natural liter)rio para que cheguem a umaconclus%o. 3omo em uma história' uma jornada m*ticapossui um come$o' meio e im' per*odos de tens%oascendente' camaradagem evocativa e desesperoavassalador. ierentemente da vida normal no -undodas /revas' que algumas ve!es pode ser ar&itr)ria Kou5pós2moderna6' em termos literaisL as coisas na 8m&ra enas vis:es sempre ocorrem por uma ra!%o' e caminhamdo come$o até o im natural. 7&viamente' isso n%osigniica que sempre haja um inal eli!...

Intuitivo, Não Raional  —  -isticismo n%o éracional' mas certamente é sens*vel' com a mentalidadecerta. 8ma ve! que um martelo &atendo em rochas a!um som similar ao trov%o' é pereitamente lógico que umesp*rito do /rov%o tenha vasta e"peri(ncia comopedreiro' ou empunhe um enorme martelo. 7 cord%oum&ilical j) manteve ligadas m%e e ilha' ent%o claro quepoderia ser usado mais tarde' se guardado' para permitir Hm%e' encontrar sua ilha perdida' j) adulta. Para opensamento moderno' h) v)rias ra!:es pelas quais essascoisas n%o s%o cr*veis' mas esse n%o é o pontoG se voc( seor$ar a pensar de maneira pré2cient*ica e passar porcima das cone":es usando o &om senso e sa&edoriapopular ao invés da ra!%o' todas elas se tornam claras.Essa é a mentalidade certa para narrar o mundo m*stico.

!udo É "ais Sim#les — 1a vida real' pessoas s%ocomple"as' com de!enas de motiva$:es conlitantes'dierentes pecados e virtudes e histórias de vida cheias denuances' que raramente seguem um tema ou padr%omuito claro. Esp*ritos s%o &em mais simples que isso —eles s%o icnicos' e representam uma aceta

e"tremamente limitada da e"peri(ncia humana. 0arou'seres meio2esp*ritos' encontram2se no meio do caminhoGeles podem possuir a comple"idade da humanidademundana em suas vidas di)rias' mas tam&ém possuemuma nature!a mais pura e simples em seu interior' umarepresenta$%o icnica moldada em parte pela sua tri&o'aug;rio' nature!a e seu maior o&jetivo de vida' que aloraquando eles se envolvem com misticismo épico oujornadas espirituais. em&re2se disso' e a$a suaspersonagens —  protagonistas ou n%o —  com toquesicnicos mais amplos no mundo m*stico dei"e acomple"idade e os tons de cin!a para as histórias

mundanas. A $alan%a &eve Se '(uilibrar  —  Aplique oad)gio da ci(ncia que di! 5toda a$%o gera uma rea$%o na

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 Comprando Rituais #e um 1arrador n%o quer os mais poderosos

rituais conhecidos da sociedade 0arou nas m%os desuas recém ormadas matilhas' ele tem todo o direitode limitar os jogadores aos rituais de 1*vel /r(s oumenos' quando criando personagens 3liath. 7direito de utili!ar um ritual raro ou poderoso deve seralgo que os jogadores tenham de negociar com seu 1arrador' n%o assumindo isso como um direitonatural inerente ao jogo. Pelo contr)rio' um jogador/heurge pode querer se tornar um ritualista &emmais diversiicado do que os meros cinco n*veis derituais permitidos ao personagem no jogo. #e o 1arrador est) inclinado a dei"ar um jogador come$arcom um ritualista ha&ilidoso' o mesmo poderiadei"ar um /heurge possuir mais do que cinco pontosem Rituais usando seus pontos de &nus. -uitos/heurges jogadores ir%o querer come$ar a jogar como 5,it ritual &)sico6 para /heurges KRitual de3onjura$%o' de espertar Esp*ritos e de3ompromissoL. +sto retira todos os cinco pontosposs*veis no Antecedente Rituais' e a! com que umjogador compre alguns rituais tri&ais ou sociais e"tras'e isso n%o vai dei"ar o jogo desequili&rado'especialmente depois que os pontos de &nus j)tenham sido usados para aumentar F;ria' 0nose eFor$a de 4ontade. Esta regra opcional pode serespecialmente valiosa levando2se em considera$%oum jogo onde n%o e"iste muita oportunidade deinteragir com os anci:es 0arou' ou onde tomandogrande espa$o de tempo necess)rio para aprender n%oseria muito pr)tico.

dire$%o oposta6 aos reinos da emo$%o' o&riga$%o' moral emeta*sica' e voc( tem essa lei. 1a verdade' isso descreve&em o enredo geral de Lobisomem — a Drm e Deaverest%o ora do equil*&rio e até que ele seja restaurado' aspessoas ir%o sorer. /oda escolha gera conseqJ(ncias'em&ora quem tenha que lidar com elas nem sempremerece' no sentido moderno — considere a história doPrimeiro /heurge aqui. #acri*cio' algumas ve!es' énecess)rio para se chegar a um o&jetivo —  para

encontrar um &em poderoso' um grande mal precisa sersorido por alguém. 1o mundo *sico' o mal é geralmentemuito recompensador no dom*nio dos esp*ritos'entretanto' carma é uma or$a real' em&ora seus eeitoscompensadores possam parecer duros e &arrocos para osaetados.

!udo ) *essoal —  7s protagonistas de umajornada espiritual nunca s%o genéricos a ela o que elesenrentam ser) moldado pela sua própria nature!a. ois/heurges' enviados para a 8m&ra na mesma miss%o' paraencontrar a vers%o e"ata do mesmo etiche' ter%ohistórias completamente dierentes para contar quando

retornarem — uma jornada m*stica n%o é &aseada apenasno o&jetivo a ser encontrado' mas na psique' pecados'virtudes e pai":es daquele que procura. +sso se aplica

tam&ém a lidar com esp*ritos quando o /heurge n%o saido Reino de 0aia — ainda é uma miss%o espiritual' aindaque de um tipo mais metaórico. +sso signiica que atravésde suas rela$:es com os esp*ritos' o /heurge se v(enrentando os esqueletos que guarda no arm)rio. 3omo 1arrador' prepare para o /heurge encontros comesp*ritos &aseados n%o apenas na situa$%o' o&jetivo ou)rea' mas &aseado nos tipos de esp*rito e nas demandas dechiminage que mais ortemente est%o em ressonCnciacom o conceito do personagem /heurge.

 )o&os Dons de Theurge  *ere#%ão do Airt +Nvel Um- — 8sando este

om' um /heurge pode &asicamente identiicar umesp*rito por seu airt — a trilha dei"ada pela passagem deum esp*rito. +sto unciona essencialmente como umrastreio no mundo *sico' e n%o sendo muito inormativo—  um ca$ador pode di!er algumas coisas através daspegadas de um &is%o' mas n%o pode aprender nada

signiicante so&re uma criatura desconhecida. 3ontudo'esp*ritos particularmente poderosos e astutos sa&emcomo disar$ar seus airts. <ualquer esp*rito ancestral queora renomado como um grande ca$ador pode ensinareste om.

Sistema. /rate isto e"atamente como a ha&ilidadedo 0arou em identiicar e rastrear animais Kpelo cheiroou pela procura de pegadasQrastros' com a discri$%o de um/heurgeL' mas ao invés disso' aplicado aos esp*ritos. 1oteque o 0arou pode n%o ser capa! de seguir um esp*rito portodos os lugares atr)s de seu rastro —  lem&rem2se'esp*ritos podem voar.

Sentir /himina0e +Nvel Um- —  /heurgespossuem meios de sa&er todo tipo de coisas secretas queoutros 0arou gostariam que permanecessem escondidascom este om' eles podem aprender como unciona oequil*&rio do chiminage' icando ciente espiritualmentede qualquer acontecimento com um relance. Este omrevela se o alvo pagou todas as suas d*vidas com osesp*ritos' se ele ignorou um dé&ito ou engajou2se numa&las(mia contra seu totem ou outros patronos espirituais.8m esp*rito da coruja ensina esse om.

Sistema.  8m teste de Percep$%o FurtividadeKdiiculdade SL revela o estado de dé&ito do alvo nos

mundos espirituais com tr(s ou mais sucessos' o /heurgepode aprender o nome de um esp*rito com quem o alvomais recentemente tenha agido errado' se e"istir.

 1aa 's#iritual +Nvel &ois- —  8sando esseom' um /heurge pode im&uir uma aca — ou qualquerarma que ele possa carregar em uma m%o — com poderpara acertar por entre a Pel*cula' aetando inimigos nooutro lado. 3ontudo' este om n%o d) nenhumaha&ilidade de ver por entre a Pel*cula' além do que os0arou normalmente podem a!er. 8m esp*rito da vespapode ensinar este om.

Sistema.  7 0arou gasta um ponto de 0nose' e

qualquer arma que ele carregue consigo est) livre paraacertar criaturas em am&os os lados da Pel*cula' emqualquer )rea onde ela seja igual ou menor do que o n*vel

Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 61

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de 0nose do 0arou. Este eeito dura pelo resto da cena. &es0osto dos 's#ritos +Nvel &ois- — /heurges

usam esse om como uma orma de aviso espiritualcontra aqueles que oenderam os esp*ritos. +sto causa m)sorte na v*tima' e as a! testemunhar press)gios' segundosua própria cultura' que indiquem mal agouro ou umcarma cosmológico negativo. 1ote que muitas pessoasmodernas podem n%o sa&er reconhecer um press)giocomo tal' mas eles ainda v%o achar o press)gio ora de suaprópria nature!a. 8m corvo da tempestade ensina esteom.

Sistema.  7 /heurge gasta um ponto de 0nose'queima uma e*gie da v*tima e rola sua -anipula$%o 7cultismo Kiiculdade SL o alvo pretendido n%o precisaestar presente. Os ve!es na mesma história que o om éusado' o alvo ter) um mau uncionamento numaimportante Kmas n%o com perigo de vidaL rolagem dedados automaticamente' ou sorer com eeitos de mauuncionamento uma ve! em todo dia de sua vida.

'voa%ão da /erim2nia +Nvel !r3s- — Rituaisn%o s%o usados apenas para evocar eeitos so&renaturaiseles tam&ém t(m um valor inerente para /heurges eneles mesmos. 8sando este om' o 0arou evoca umsenso de uni%o' rever(ncia e mistério sagrado através deuma conduta ritual*stica —  qualquer coisa entre umsacramento católico e um ritual 0arou. Iuntamente comqualquer eeito m*stico normal' a cerimnia produ! umasensa$%o de reairma$%o e propriedade cosmológica paratodos que participam. -esmo que os /heurgesnormalmente usem esse eeito para ortalecer sincerasdevo$:es espirituais ou construir entre os 0arou uma

comunidade' ele é igualmente uma )cil orma a&usiva demanter os participantes de um ritual em um ignorante edogm)tico medo do mundo so&renatural —  a inten$%odo /heurge' n%o a nature!a do om' determina qual é ocaso. 8m esp*rito enigm)tico ensina este om.

Sistema. <ualquer um pode tentar inspirar' uniicarou clamar por uma audi(ncia a um ritual' com um testede 3arisma Rituais' 7cultismo' Perormance ou )&ia'de acordo com a e"ata situa$%o. A posse desse omaumenta o 3arisma do /heurge em quatro pontos'apenas para os propósitos dessas tentativas Katé om)"imo de noveL.

/asti0ar +Nvel !r3s- — 7 /heurge clama aosesp*ritos para retirar suas &(n$%os de outro 0arou eleprecisa ver&almente atestar as oensas do alvo contra omundo dos esp*ritos' e o alvo precisa estar presente se&em sucedido' o alvo perde o Renome e os onsespirituais. 8m esp*rito hiena ensina esse om.

Sistema. 7 jogador gasta um ponto de 0nose e testa3arisma +ntimida$%o contra uma diiculdade igual H0nose T do alvo. 3ada sucesso causa ao alvo a perda deum ponto tempor)rio de Renome para sempre. Emadi$%o' o alvo perde acesso a um om da escolha dojogador /heurge até o im de uma história' de um n*vel

m)"imo igual aos sucessos conseguidos. A#a4i0uar +Nvel 5uatro- — Uam%s de muitasculturas diversas s%o conhecidos por sa&erem segredos

so&re como aplacar antasmas e ancestrais !angados —esse om é um desses segredos. 8m /heurge com esseom sempre sa&e e"atamente que tipo de sacri*cio énecess)rio para se desculpar por uma oensa contra omundo espiritual' sendo perito nos métodos para oerec(2lo. 8m esp*rito do reino do >re&o ensina este om.

Sistema. 3om um teste de Percep$%o 7cultismoKiiculdade SL' o /heurge aprende o que ele precisaoerecer para aplacar um esp*rito oendido. 8sualmente'se tanto o oensor quanto o /heurge orem sinceros'alguns pontos de 0nose podem recuperar a harmonia seo oensor estiver morto ou ausente' ou se a oensa orverdadeiramente grande' as cortes dos esp*ritos podemrequerer que o /heurge rece&a uma puni$%o em orma dechiminage' como oerecer um etiche ou empreenderuma tarea. Em casos lend)rios' é conhecido que/heurges j) deram até suas vidas para restaurar asliga$:es da 1a$%o 0arou com um +ncarna oendido.

*rofeia +Nvel 5uatro- — Este om concede ao/heurge um vislum&re real do uturo. /ais vis:es s%oespor)dicas e algumas ve!es enigm)ticas' mas a n%o serque um esor$o enorme para mudar algo seja eito' eless%o sempre precisos. 8m esp*rito da coruja ensina esseom.

Sistema. Este om é tanto um elemento da históriacomo um poder o jogador precisa conversar com seu 1arrador antes de adquirir isso para o personagem.+ndependentemente de se ele é possu*do por personagemjogador ou n%o' vis:es v(m apenas pela vontade do 1arrador e contém qualquer inorma$%o que ele deseje.7 1arrador deve sa&er o&viamente se saar evitando ver

o uturo de certos personagens jogadores' para evitartransorm)2los em uma pe$a de que&ra2ca&e$a. /urar a Alma +Nvel /ino- — Através de uma

longa semana de irme prova$%o' estado de transe ecomunh%o espiritual' o /heurge é capa! de colocar oselementos da /r*ade em pereito equil*&rio na alma deum indiv*duo. 7&viamente' o sujeito para ser curadoprecisa estar disposto' e os dois indiv*duos precisam estara sós Ksalvo por contato com esp*ritosL por toda adura$%o. Esse om pode a&randar insanidade' eridasemocionais' sanar os eeitos de um trauma e retirar amelancolia. #e a inj;ria espiritual oi causada pela

própria conduta do alvo' contudo' este om só podeuncionar uma ;nica ve! este indiv*duoG mesmo o sermais emp)tico tem pouca simpatia por aqueles quevoltam a sua uma conduta de auto2degrada$%o depois deter sido ajudado uma ve!. 8m Avatar do 8nicórnioensina esse om.

Sistema. 7s eeitos s%o altamente personali!ados e&aseados no conte"to da história. Este om so!inho n%opode curar totalmente um =arano' mais pode certamenteameni!ar seus eeitos' prevenindo que este o tomecompletamente.

#e o 1arrador j) se envolveu com as complica$:es

de um crossover mecCnico em sua crnica deo&isomem' ele pode escolher colocar esse om pararestaurar de um a dois n*veis de =umanidade' ou su&trair

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um ou dois n*veis de Ang;stia' na vida de um certovampiro ou apari$%o. 3laro' pouqu*ssimos 0arou anci:esiriam desperdi$ar as &(n$%os de 0aia com um verme'mesmo sendo um penitente.

Le0ado Venenoso +Nvel /ino- — Este terr*velom d) ao /heurge o poder de lan$ar uma grande emaliciosa maldi$%o so&re uma vitima H sua escolha. Esteestigma é irrevers*vel' e ir) permanecer com a v*tima atéo im de sua vida. A v*tima precisa estar presente' e o/heurge precisa ver&almente atestar sua maleic(ncia.8m esp*rito do ódio' ou o esp*rito de um animalaltamente venenoso' ensina este om.

Sistema. 7 /heurge gasta um ponto de 0nose e umponto de For$a de 4ontade' ent%o rola -anipula$%o 7cultismo' contra uma diiculdade igual H For$a de4ontade do alvo' enquanto pronuncia a maldi$%o.7&tendo de um a cinco sucessos' o /heurge pode inligiro eeito Amaldi$oado em seu alvo com um n*vel igualao de sucessos o&tidos o 1arrador escolhe a maisapropriada maniesta$%o. 3om seis ou mais sucessos' o/heurge pode ao invés disso escolher inligir o eeitoFuturo 1egro.

Invoar *resen%a +Nvel Seis- — Pelo uso desseestimado om' o /heurge pode chamar diretamente um+ncarna ou 3elestino' tra!endo sua aten$%o so&re a )reaao seu redor. +sto n%o convoca um Avatar ao contr)riodisso' a presen$a é uma permea$%o m*stica do princ*pioque o esp*rito invocado representa. 7 /heurge ter) maistarde que reparar o dé&ito devido ao esp*rito que eleinvocou antes de poder utili!ar o om novamente istotipicamente envolve um orte ta&u' uma e"tensa miss%oespiritual ou o sacri*cio de um valioso etiche. <ualqueravatar 3elestino pode ensinar esse om.

Sistema. 7 /heurge gasta cinco pontos de 0nose ea presen$a de um 3elestino ou +ncarna é eita'maniestando2se' dentro de um raio de VWX metros' aoredor dele por v)rias horas. Essencialmente' o om écomo uma orma prolongada Kem )rea e eeitoL do om/otem e os eeitos s%o altamente vari)veis dependendode qu%o grande or o poder que o 0arou escolheuinvocar. 7s tr(s eeitos que seguem s%o constantesG

<ualquer a$%o que diretamente suportem oprinc*pio do esp*rito invocado t(m um n;mero de dados

igual ao n;mero de 0nose do /heurge adicionado as suasrolagens de dados. Em caso de com&ate' apenas umaorma de rolagem de ataque Kataque' dano' esquiva'iniciativa etc.L ser) utili!ada.

/entativas de a!er qualquer a$%o diretamenteantiética ao esp*rito invocado requerem tr(s sucessosnum teste de For$a de 4ontade Kiiculdade WL' e mesmoassim' a a$%o ser) rolada com uma diiculdade de Y.

7 esp*rito ir) mandar mem&ros de sua ninhada depoder equivalente a uma matilha completa de 0arou dePosto 8m ao local para ajudar o /heurge e seus aliadosimediatamente.

Além disso' os eeitos dependem do poder que o/heurge escolheu invocar 8nicórnio pode simplesmente

tornar qualquer ato de viol(ncia na )rea imposs*vel um+ncarna da colheita pode a!er com que todas as plantasna )rea cres$am ricas e saud)veis em minutos' enquantoinvocar a Deaver pode a!er a Pel*cula se tornarpraticamente impenetr)vel.

 )o&o Antecedente 

 Rede Espiritual  O espírito-falcão voou três vezes sobre a cabeça de

 Mayra antes de pousar em seu ombro e esfrear sua

cabeça contra sua face. !le fala suavemente em seu

ouvido, como uma criança fala com sua mãe.

"Muito bem, min#a fil#a$, -ara sussurrou' "

 Muito %til. Aora v& e avise aos outros$.

Este Antecedente é como um equivalente espiritualpara 3ontatos. 8m /heurge que possui o AntecedenteRede Espiritual cultiva &oas rela$:es com esp*ritosmenores e 0alings de uma determinada )rea' e isto opossi&ilita a sa&er o que se passa com eles — mesmo se oseventos que ele deseja aprender n%o puderem sero&servados no mundo real' eles podem sertestemunhados por um esp*rito ou outro. EsteAntecedente é uma das ra!:es pelas quais os /heurgesdetém inorma$:es que n%o teriam como ter através demeios mundanos.

Para ver se um /heurge pode o&ter algumainorma$%o dos esp*ritos so&re algum evento espec*ico'ele precisa passar v)rias horas na 8m&ra alando comesp*ritos dierentes Kvia o om 3omunica$%o comEsp*ritosL. Ent%o' testar seu valor de Rede Espiritualcontra a diiculdade da Pel*cula onde o evento ocorreu.+sto só pode ser eito uma ;nica ve! por evento. 8msucesso concede uma vaga descri$%o' enquanto tr(s oumais sucessos signiicam que o /heurge ir) ter uma idéiaquase completa do que aconteceu. Entretanto'independentemente de quantos sucessos orem o&tidos' adescri$%o ainda ser) dada pela perspectiva dos esp*ritos'que podem perder importantes detalhes que n%o possuemuma orte ressonCncia espiritual Kcomo inorma$:espol*ticas ou inanceiras detalhadasL.

Através desse Antecedente' um /heurge podetam&ém rece&er pequenas oocas aleatórias e pequenossegredos se o 1arrador desejar' simplesmente através deconversas di)rias com esp*ritos. > claro' este é ummaravilhoso caminho para introdu!ir um novo ganchona crnica. 4oc( tem poucos esp*ritos na procura deinorma$:es ;teis. -uitos esp*ritos est%o dispostos acompartilhar com voc( o que eles viram. 4oc( possui olhos escondidos em v)rioslocais dierentes a todo tempo. Esp*ritos distantes &uscam inorma$:es ereportam a voc( so&re estranhos acontecimentos. A n%o ser que a Pel*cula seja e"tremamentealta' pouqu*ssimo oge da vista de seus esp*ritos2espi:es.

  Capítulo Dois: Guardiões dos Mistérios Sagrados 63

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  apítulo Três:

Lei e Ordem

Dor vem da escuridão e nós a chamamos de sabedoria.— Randall JarrellÓ julgamento! Foste para o meio dos brutos animais— Shakespeare, Julius Caesar

 Medidas  Eu poderia ter pego o menor caminho e pedido ao

 nosso Guardião do ortão pelo acesso ao caern mas por alguma ra"ão eu precisei dirigir esta noite para ver a #ai$a da estrada se estirar na dist%ncia. Era umbelo pa&s' eu podia di"er isso pelo meio luar. (ontanhas marcadas pelas n)voas as sombras das #lorestas caducas e o distante tinido do córrego mederam companhia. * estrada em si seria um in#erno

 para +ual+uer um +ue tivesse est,mago #raco comtodas as curvas e tor-es. Eu mesma. Eu gostei dela um pouco.

 (inha companhia pareceu reconhecer minha necessidade por sil/ncio. (eredith *ubre0 ouCora-ão1do1C)u como ela agora era conhecida erabastante nova para tudo isso apenas tendo retornadodo seu 2ito de assagem a uma lua atr3s. Eu sentiasua preocupa-ão sobre esta estranha e$pedi-ão. 4em&amos ver o +ue estava acontecendo talve" nos pud)ssemos ajudar talve" não.

 *inda bem +ue o jovem Dan-arino da 5ua +ue me

chamou providenciou dire-es e$pl&citas. Droga at) mesmo o melhor rastreador poderia se perder por essasbandas. 6e bem +ue eu sentia a presen-a de um caern

 pró$imo eu duvido +ue o tenha achado se não #osse pelas cabe-as acima.

 Eu pre#eri não pensar na recep-ão +ue ir&amos ter.7 Filho de Gaia pegou uma grande oportunidadearrastando para dentro um #orasteiro reputa-ão ou não e tecnicamente minha acompanhante não haviasido convidada. 8m punhado de 89tena e 6enhoresdas 6ombras era tudo o +ue eu +ueria. E uns poucos Fianna adentro como precau-ão e$tra. Eu havia pensado longa e di#icilmente sobre +uerer ou nãoatualmente aparecer mas então eu me lembrei do

 #ardo +ue meu mentor havia posto sobre mim após meu2ito de assagem: encontre a balan-a da verdadeembora ela tenha tr/s gumes não importa +ual o pre-o.

 Esta noite algu)m iria pagar caro.

Origens e Lendas  Eu estacionei o caminhão #ora da Divisa e me

 preparei para uivar minha sauda-ão movendo (eredith para #a"er o mesmo. ;oc/ deve pensar +ue eutinha tudo per#eito por agora mas para ser honesta

sempre estou um pouco nervosa' primeiras impressescontam bastante. Eu respirei bem #undo e comecei.<6auda-es = 6eita da (ão de ;idro! 6ou

Capítulo Três: Lei e Ordem 65

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chamada Elaine Ed>ards pelos humanos 4alan-a da ;erdade entre os guerreiros de Gaia *thro ju&"a ehilodo$ mãe e #ilha das F?rias @egras. e-o para serrecebida como eu #ui convidada com cora-ão e menteabertasA.

<Bamb)m recebam meus cumprimentos (eredith *ubre0 Cora-ão1do1C)u recentemente chamada para

o povo de Gaia (eia 5ua Cliath das F?rias @egrasA.@ada mal eu acho.@ós esperamos. resentemente um uivo ecoou em

troca uma bela vo" se #e" at) mais emocionante pela mistura de lua e n)voa +ue cercava a clareira.

<4oas vindas para Elaine 4alan-a da ;erdade e (eredith Cora-ão1do1C)u. 6ou chamada Can-ão daa" Filha de Gaia Dan-arina da 5ua e Fostern da matilha das resas 6angrentas da 6eita da (ão de ;idroA.

8ma loba trotou para #ora da escuridão graciosa ebranda com pelugem morena dourada en+uanto ela

se apro$imava eu notei +ue um olho estava escuro eoutro brilhante sem re#letir nenhum brilho da lua.or)m ela não tinha cicatri". 8ma impura entãocaolha eu dedu"i. Esse negócio havia piorado todo otempo. 6e seus companheiros de seita não con#iavam nela eles provavelmente não gostavam de nós então.Ótimo. (as nós )ramos convidadas. Então eu colo+ueide lado minha preocupa-ão.

<7brigado por suas boas1vindas Can-ão da a"A. Eu reconheci sua cabe-a bai$a e seu olhar curvadocom um inclinar da minha própria. * impuraarrebitou a cabe-a para minha acompanhante +ue

educadamente curvou seu olhar em respeito. <B/m as matilhas de sua seita se reunidoA * #orma da loba borrou1se at) +ue uma esbelta

 jovem se p,s perante nós vestida com uma saiasimples e uma camiseta cabelo curto negro tocandolevemente em sua #ace. <@ão e$atamente. Eu pensei+ue nós poder&amos conversar um pouco primeiro. ;oc/ pode me chamar de Joan a propósito. Eu tenho uma pe+uena cabine pró$ima ao limite da divisaA.

@ós caminhamos sobre o chão desigual para acabine de um +uarto. *dentro a decora-ão erasimples: um par de cadeiras de madeira um leito com

 uma coberta de tecido de retalhos uma mesa e uma geladeira. Bapetes grossos de algodão cobriam o chão. (eredith e eu nos sentamos en+uanto Joan servia och3 da panela esperando ao #ogo.

<;oc/s chegaram antes do +ue eu esperavaA eladisse e eu detectei uma nota de descon#orto em sua vo".

<4em a +uestão pareceu importante osu#icienteA eu respondi. <;oc/ disse +ue seu l&der de matilha estava encarando uma puni-ão injusta e +ueos ancies da seita concordaram em ouvir uma opinião neutra de um jui" e$ternoA.

 Joan me olhou e encolheu1se. <Eu não e$pli+ueie$atamente toda a situa-ão. *gora antes +ue suas garras abram as minhas entranhas por #avor escute

 um instanteA.< melhor voc/ #a"er direitoA eu rosnei. <6e voc/

 me pu$ou para longe de minha própria seita porcapricho voc/ ter3 mais com +ue se contentar do +uealgumas novas cicatri"esA. Eu senti (eredith tensa ao meu lado mas ela não #e" mais nenhum movimento.

6eu +uei$o levantou. <4astante justo. *+ui est3 a

situa-ão... toda a situa-ão. (eu l&der de matilhaGerhard Burner um 6enhor das 6ombras #oi acusadode matar outro membro da matilha uma F?ria @egrae hilodo$ como voc/. @osso l&der de seita não gostade Gerhard e acho +ue ele est3 levando algumaevid/ncia duvidosa a s)rio demais para se livrar deGerhard sem amea-ar sua própria posi-ão.A

<arece pol&tica injusta para mim. 6eria o l&der daseita um 6enhor das 6ombrasA

 Joan balan-ou a cabe-a. <8m 89tena um bemconhecido. Este caern era mantido por eles mas eles oabandonaram por algum motivo e os 6enhores o

tomaram. Então +uando eles #oram erradicados numata+ue dos Espirais @egras alguns meses atr3s os89tena voltaram. Gerhard #oi um dos poucossobreviventes da seita dos 6enhores das 6ombras.Calvin ic9s este ) o nosso l&der de seita +ue de m3 vontade o dei$ou #icar. @ós reconstru&mos nossa seita eagora h3 tr/s matilhas ao todo. 7s Ca-adores da 5uasão tr/s Fianna e Cria de Fenris a matilha do ;ale 4ai$o são 89tena e #inalmente nós os resas6angrentas. Gerhard e eu. 6teven ) um Fianna *hroun. Denise ) outra Filha de Gaia uma 5uaCrescente. @anc0 #oi a+uela +ue morreu

supostamente nas mãos de GerhardA.<Então simpli#icando as coisasA eu intercedi<Calvin +uer Gerhard #ora mesmo +ue isso signi#i+uealgumas t3ticas vis. *m3vel. arece +ue toda essacorja est3 interessada demais em sua própria glória aoinv)s da seitaA.

< sobre issoA. Joan resumiu1se. <Eu percebi +ue voc/ gostaria de #alar com todos olhar as evid/ncias. (as ningu)m sabe +ue voc/ est3 a+ui. *indaA.

8m longo assobio +ue pode ter come-ado como um sinal #ugiu de meus l3bios. <7u-a jovem Galliard. ;oc/ sabe bastante sobre a história dos (eia 5ua 7

+ue eles #a"em or +ue eles sãoA Ela meneou acabe-a. <4em sirva1nos mais um pouco de ch3. Eu preciso tra"er meu c)rebro de volta aos negócios no momento e eu vou #ocar em minha própria lua para #a"/1lo. 8m de meus mais salutares deveres ) ensinaroutras F?rias a seguir o caminho dos hilodo$ eu nãodei$arei +ue seu pedido interrompa a educa-ão de minha aluna  —  isto ir3 aprimor31lo. Futuramentetalve" voc/ saiba mais do +ue convidar um (eia 5ua por capricho assim minha aluna a+ui se tornar3 uma melhor ju&"a sobre +uando #alar e +uando #icar emsil/ncioA. 7 +ue eu não disse era +ue conversar era melhor +ue dei$ar meu temperamento subir e cairsobre essa inocente sapatos1bonitos. sso seria um

66   Livro dos Augúrios

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e$emplo bastante pobre para dar a Cora-ão1do1C)u não seria

 Metades do Todo Você me perdoará se eu não for tão formosa

narrando este conto como você. Estou mais acostumada aouvir do que contar, se é que você me entende.ada tri!o tem uma hist"ria diferente so!re como os

#arou se tornaram os $uerreiros de #aia, esp%ritosrevestidos de carne. Eu não vou a!orrecer você com as$eneralidades. & que 's ve(es foi dei)ado de fora dessassa$as, porém, foi como #aia decidiu dividir as tarefas deseus $uerreiros. * verdade, claro, somos !ons $uerreiros.+as #aia foi sá!ia o suficiente para sa!er que nem todo otra!alho de um !om soldado é feito no campo de !atalha.l$umas coisas são feitas por trás das cenas e é aqui queos +eia -ua tem um $rande lu$ar.

erto, de volta ao passado. ara o !em ou para omal, foram os +eia -ua que $uiaram o caminho doslo!isomens. l$uns hroun iriam ar$umentar nesse

ponto. +as pense um pouco nisso e você sa!erá que euestou di(endo a verdade. /uem a0udou a tra(er um fim '#uerra da 12ria3 4m 1ilho de #aia hilodo). /ueau$2rio diri$iu a cria5ão do acto3 +aldi5ão se nãoforam os +eia -ua. E quem che$ou nos 2ltimos anos parachutar a !unda do l!recht em dire5ão ao alto escalãopara que ele pudesse reclamar a oroa de rata3 6em, euestaria condenada, foi aquele $aroto esperto, Evan ura7o7assado. 4m hilodo), se você pode ima$inar isso.

 Fama e Inf‰mia rovavelmente eu deva citar al$uns dos mais

famosos +eia -ua que você deve sa!er. 8alve( vocêpossa se lem!rar deles em suas hist"rias e can59es, mas euvou dei)ar você ser a 0u%(a disso.

:entre a sua tri!o, é claro, está o not"rio hore:estrui5ão. ;ão estou certa de como ele fa( parapreservar o véu com aqueles $randes chifres dele, mas eutenho que dar ao cara al$um crédito. Ele tem talo aotentar fa(er as tri!os e matilhas tra!alharem 0unto. ;"stam!ém damos um lu$ar especial ao 1ilho de #aiachamado 1ala7a7ultura #ron, cu0as sá!ias palavrasa0udaram no fim do <mper$ium, como eu mencionei

antes.Eu conhe5o al$uns lendários +eia -ua da minhapr"pria tri!o, claro. +inha professora e mentora, :aphne8heophiledes, é uma anciã conhecida por liderar a Seitada 8eia de riane, pr")ima a =ashin$ton capital. &utra$rande 12ria hilodo) foi >endra Stevenson, que a0udoua fundar uma das primeiras escolas para mulheres nooeste estadunidense. & triste so!re ela é que seu fim édesconhecido? ela desapareceu na área de São 1ranciscodurante a virada do século.

Estranhamente, eu não posso ar$umentar so!renenhum Roedor de &ssos ou 1ianna hilodo) que se

tornou !em conhecido. 4ltimamente, me parece, apenasos $uerreiros e $uardi9es das can59es destas tri!os$anham maior crédito. -amentável, 0á que eu penso que

eles poderiam fa(er com al$um equil%!rio em suas vidas.& mesmo é verdade dos #arras Vermelhas? por !em oumal, eles têm pouco a fa(er com nossa tri!o, e)ceto pelopequeno n2mero de lupinos entre n"s.

12rias e rias podem não se dar tão !em, mas eu doucrédito onde é devido. >arin Jarlsdottir mostrou7se sercapa( de liderar, uma que ao menos dá uma pretensão deal$o antes de a$ir. 8alve( ha0a al$uma esperan5a emreconcilia5ão entre nossas tri!os, se ela for arepresentante do que os rias de 1enris estão setornando. Sei muito menos so!re :entes de 8rovão, umanti$o ria lupino que vive na 1inl@ndia e serve comoum dos l%deres não7oficiais de toda a tri!o. oucos desselado do po5o o viram al$uma ve(, porém sua reputa5ão éa de $uerreiro e ca5ador lendário.

Enquanto os ndarilhos do sfalto mantém para simesmos mais que nunca, coisa que eu penso serestupide(, eu, todavia, ouvi so!re uma hilodo) entreeles chamada Eli(a!eth -eitora de #enes. Se osndarilhos tiverem uma l%der, acho que ela o seria.Rumores filtraram fora da Europa que ela é realmente aque se movimenta e a$ita as coisas.

1alando de Senhores das Som!ras, natolA +aserAké o l%der da seita do 8rovão Violento nas montanhas4rais. palavra tem7no como um melhor conciliadorque seu predecessor. er$unto7me se esse cara vaitra!alhar com o >oniet(ko ou contra ele3 E até onde>oniet(ko vai, se você não ouviu falar dele ainda, lo$ovocê irá. parentemente, ele é o l%der de al$uma enormecoali(ão européia, mesmo ele não sendo um hilodo).

Você pode sa!er mais so!re isso do que eu, mas osere$rinos Silenciosos contam so!re um de seus +eia-ua que pode ou não ter um destino ne$ro ' frente. Estehilodo) é um impuro australiano chamado #rek-%n$ua7#êmea. Rumores di(em que ele vai de al$umaforma restaurar os 6unAip —  se0a por encontrá7los ouentão a0udando os lo!isomens a a!solver sua culpa so!reeste infeli( equ%voco.

&s ortadores da -u( <nterior, como você sa!e,oficialmente dei)aram a ;a5ão #arou, mas isso nãosi$nifica que eles todos se a$ruparam e partiram para ooriente. 4m dos mais renomados Be definitivamenteperple)oC mem!ros da tri!o é um hilodo) chamadontonine -á$rima :erramada. Ele ficou para trás porsuas pr"prias ra(9es, possivelmente tentando fa(er al$umesfor5o maci5o em unir os lo!isomens em um estandartede alian5a. Eu di$o !oa sorte, pois ele certamente temal$umas for5as curiosas tra!alhando contra ele.

Eu 0á mencionei um dos irmãos de matilha do Reil!recht, o =endi$o Evan ura7o7assado. Dá outrolo!isomem notável entre os então chamados uros quevocê deve perce!er e este é o 4ktena lupino hilodo)-amurum, lá na ustrália. cho que ele deu uma voltana #récia por um tempo, mas os 2ltimos rumores di(emque -amurum fe( seu caminho para as méricas.

 ;in$uém sa!e realmente o porquê.Eu dei)ei o melhor por 2ltimo. pesar de parecerestranho pra mim, muitos dos l%deres dos #randes resas

Capítulo Três: Lei e Ordem 67 

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de rata foram 8heur$es ou hroun. 4ma das e)ce59esfoi a falecida ollette :elacourt, uma resas vinda de ;ova &rleans. Ele é uma das $randes e seF entre n"s+eia -ua. 8odas as indica59es eram que ela tinhase$uido para uma vida de sa!edoria, até mesmo em sua0uventude, ela tra!alhou com muitas tri!os, mesmo ose)clu%dos Roedores de &ssos. /uando seu corpodesmem!rado apareceu num p@ntano imundo, todoinferno se soltou, com a culpa caindo nos Senhores dasSom!ras. verdade so!re seu destino ainda édesconhecida.

6em, a% está al$uma forra$em para seus contos,0ovem #alliard, e uma rápida li5ão de hist"ria para você,+eredith. $ora, de volta ao centro do assuntoG & quesi$nifica ser um +eia -ua.

O Significado do Augœrio través dos séculos, como eu lhe disse, n"s

$anhamos fama, ou notoriedade, como l%deres em tempos

de pa(, aconselhadores em tempos de $uerra e 0u%(es ondee quando fHssemos necessários. ;ão posso real5ar7lhequão inevitável e correto isto é, quão essencial para onosso ser. Você, #alliard, não pode socorrer o amor inatopela m2sica e !elas palavras. ;a mesma moeda, +eredithe eu não podemos resistir ' necessidade e dese0o de!alancear e esta!ili(ar as coisas. ;"s, enquanto +eia-ua, temos um olho para a ordem, é apenas quem somos.Sem re$ras e suas implementa59es, ir%amos de$enerar emuma cor0a de assassinos ne$li$entes. -itania e nossoscostumes tri!ais, refor5ados pelos +eia -ua, mantiveram7

nos todos em forma.Então vamos discutir o dever por um momento, é

uma o!ri$a5ão dada por #aia ao hilodo) se impor etomar a autoridade quando ele vê ser necessário.l$umas ve(es isso si$nifica tra!alhar 0unto ao hrouncomo um aconselhador. &utras ve(es, é dele$ando tarefascomo ele 0ul$ar adequado. Você sa!e que tam!ém somosos 0u%(es e 02ri dos lo!isomens? por isso eu estou aquifalando com você ho0e. Você tam!ém deve notar que 'sve(es é dif%cil ver a 0usti5a servida. Ser um l%der requerque você tome decis9es dif%ceis. Eu estou falando decoisas de torcer o estHma$o, como mandar uma matilhanuma missão certamente suicida, porque é pelo !em daseita ou dos #arou como um todo. * so!re punir aquelesque violam a -itania, pois essas leis foram feitas para nosprote$er e manter nossa honra intacta, mesmo que vocêtenha simpatia pelos infratores. * so!re ir 0unto a um!ando de estranhos e desenterrar a verdade, se0a qual foro pre5o, porque é a coisa certa a fa(er.

Bimidamente (eredith interrompeu1me. <E+uanto =s distin-es entre os hilodo$ verdade +uea+ueles dos ciclos crescente e minguante t/m perspectivas di#erentes em rela-ão ao dever Eu nãohavia encontrado su#iciente para realmente saberaindaA.

6em, se você me per$unta, as diferen5as são!astante sutis. inda assim, al$uns di(em que aquelesnascidos na hora do ciclo crescente parecem parciais emserem moderadores e ár!itros. queles nascidos so! ociclo min$uante podem ter uma propensão em manter a

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ordem e o equil%!rio. Eu penso que essas distin59es estãomuito curtas e secas, pessoalmente. /ualquer hilodo)di$no de al$o sempre será interessado em esta!ilidade, damesma forma que um censo de verdade e 0usti5a.

Papis na Seita  (e$i1me en+uanto passos se apro$imavam da

cabine. Joan levantou1se e atendeu a porta. Eu nãoestava surpresa em ver um homem de cabelo escuro eolhos severos parado ali. 5evantei1me e meneei minhacabe-a. (eredith arredondando seus ombros umbocado não e$atamente estremecendo masclaramente reconhecendo um ancião +uando ela via um.

<;oc/ deve ser o l&der desta seita Calvin ic9ssou Elaine 4alan-a da ;erdadeA.

 Ele abai$ou seu +uei$o abai$ando o cabelo. <6im. Eu ouvi sobre sua chegada do vento. (eia 5ua das F?rias @egras voc/ não #oi convocada por mim. @ós

 podemos resolver nossos assuntos sem a ajuda de #orasteirosA. Ele nem mesmo deu = minha parceira umolhar.

 Ele estava emputecido ressentido e insultado não necessariamente nessa ordem. Balve" #osse hora de passar algum b3lsamo para rela$ar sua juba.

<Benho certe"a +ue ) verdadeA eu repli+uei em um tom agrad3vel. <6e eu não sou necess3ria Gaiasabe +ue partirei. (as me #a-a um #avor me permitaestender uma mão de ami"ade. Conheci poucos 89tenaonde vivo minha jovem aprendi" e eu estamos #alandosobre o papel +ue 5una e Gaia nos deram para sua

Dan-arina da 5ua. Balve" como um descendente dosuros voc/ possa nos di"er o +ue voc/ v/ comoimportantes responsabilidades dos (eia 5uaA.

 Ele #echou a cara mas depois de um tempo pegou $&cara +ue Joan lhe o#ereceu e sentou1se na cadeira+ue restava. Ele deu a Cora-ão1do1C)u uma r3pidaolhada mas não disse nada a ela diretamente.

omo eu lidero esta Seita da +ão de Vidro, paramim o papel principal de um hilodo) é o de lideran5a eam!ientar o e)emplo. Eu falo de tempos de pa(, para emdias de $uerra, eu prefiro acreditar que os $uerreiros dalua cheia possam melhor direcionar nosso caminho. * um

velho costume dentre meu povo, os herokee, de ter doischefes, um para a pa( e outro para a $uerra. maioriados filhos de #aia vê a sa!edoria disso tam!ém.

:entro da seita, o +eia -ua deve ser quem sa!etudo. Ele deve falar com os 0ovens e com os velhos,manter um ouvido a postos, escutar os $ritos de vit"riaassim como os suspiros de triste(a. Ele deve sa!er quemsão seus i$uais, seus su!ordinados e os melhores do queele, o que estimula suas mentes e esquenta seu san$ue?como mais ele poderia tomar as melhores decis9es para asmatilhas3 lém disso, o hilodo) que lidera a seita nãopode pedir a nin$uém para fa(er al$o que ele não faria.

Então, ele deve liderar pelo e)emplo? po!re do chefe quenão faria as tarefas que ele ordena que os outros fa(em,mesmo que elas se0am más e !rutais.

ara decidir quem lidera a seita, eu acredito nacompeti5ão, não apenas nas lutas com presas e $arras,mas tam!ém na esperte(a e sa$acidade. 8alve( os riasde 1enris resolvam seus desafios com san$ue, mas não os4ktena. /uando um 0ovem vem até mim querendo sertestado, eu olho para seu cora5ão e sua mente, não paraseu punho. & que causa medo nele3 /ue caracter%stica euposso atacar que não pode ser vista3 omo ele iráresponder aos deveres de um posto superior, assim comoos riscos e peri$os3 Eu escolho a tarefa que não iránecessariamente colocá7la contra um oponente, a não sero inimi$o em seu pr"prio interior.

seita é a espinha de nossa sociedade? as matilhassão as mãos, pés e olhos. /uando eu concordei em lideraressa seita, eu sa!ia que al$umas ve(es eu teria que tomardecis9es que me desa$radassem porque elas eram para amelhora da seita como um todo, ao invés de !eneficiarapenas uma matilha ou até mesmo um 2nico lo!isomem.Se você parte a espinha de um lo!o no meio, ele morre.+as você pode retirar um olho ou amputar uma mão eele ainda ficar vivo. Se eu devo tomar uma decisão quecause dor, eu sempre vou optar por machucar umamatilha ou um indiv%duo, ao invés de toda a seita.

Sendo tão espec%ficos os deveres de um +eia -ua, euima$ino que o meu povo tenha idéias similares ao seu.m!os sa!emos que na estrutura da seita, praticamentequalquer au$2rio pode possuir um car$o. Entretanto,e)istem tendências para servir em certos car$os. 4m#rande ncião que fala pelo onselho de nci9es, oVi$ia do ortão que se encontra com outras tri!os e oa5ador da Verdade que media disputas sãofreqIentemente todos +eia -ua. s duas 2ltimasposi59es em particular são aptos para al$uém que se0a um0ui( e ár!itro. Em nossa seita, um hilodo) pode tam!émservir como +estre de Rituais ou +estre do :esafio.l$umas ve(es, um #alliard pode até ter uma vo( maisforte, mas o hilodo) possui uma visão mais clara. Emtodos os casos, o privilé$io de um car$o na seita deve irpara o lo!isomem que fará o melhor tra!alho.

<sso responde sua per$unta, 12ria ;e$ra3<er#eitamenteA eu respondi. <Eu seria uma

convidada miser3vel se eu não honrasse a sabedoria deseus anos e e$peri/nciasA. or)m l3 dentro eu

 percebi +ue ele pintou um terr&vel +uadro das coisas. *lgo em meu interior di"ia1me +ue nem tudo era como parecia por a+ui. ora de investigar.

Papis na Matilha <Eu entendo Calvin +ue estou em seu território e

eu respeito essas #ronteiras. Entretanto estamos a+uiambos +ueremos ajudar a chegar ao #undo das coisas. ;oc/ se importa se #icarmos e ao menos #alar comalguns dos outros membros da seita 6e nós lhe demosra"ão para o#ensa nós partiremos na manhã. (as ) uma longa viagem. E minha consci/ncia me incomoda

em pensar +ue eu estarei duplamente #alhando nodever de meu mentor Daphne Bheophiledes chamadaBrama rateada sendo +ue eu procuro servir ao amor

Capítulo Três: Lei e Ordem 69

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de Gaia pela verdade aonde +uer +ue eu v3 e servir de guia para a jovem hilodo$ entre nósA. Eu olhei para (eredith.

7 89tena eri-ou1se pela minha ca&da de nome. 4om. Daphne estaria se aplaudindo' ela teria #arejadoo mesmo #edor de injusti-a a+ui +ue eu. <7 2ito da (orte rateada acontece em tr/s dias +uando a lua

 minguante cresce. ;oc/ tem at) l3 para #a"er suas perguntas e então voc/ deve partir. 7 +ue seguir ) problema da seita e não de estrangeirosA. Então ele selevantou e saiu pela porta.

Br/s dias. uta +ue pariu. Beria +ue ser tempo osu#iciente. E o 2ito da (orte rateada era particularmente sujo envolvendo entre outras coisas uma maldi-ão de en#ra+uecimento e uma eviscera-ão virtual. @ada bonito.

 Joan permaneceu +uieta durante nossa conversa.<Ele não gosta muito de voc/ mas ele a respeitaA ela murmurou. <Então voc/ +uer #alar com os outros

agoraA Eu levantei e me esti+uei. <. Banto para dormir.5eve1nos ao resto de sua matilhaA. (eredith acenouconcordando.

@ós trilhamos +uase uma milha no denso bos+ue.7 cheiro  — ele me deu algo +ue eu havia es+uecido.@ada como gotas de orvalho nas samambaias e 3guaescorrendo em pedras com musgo para renovar seussentidos.

 Em um arvoredo aberto havia uma pe+uenacabine. *t) menor +ue a de Joan. Duas #ormas permaneciam #ora = #rente uma em +uatro patas e

outra em duas. Elas #icaram tensas en+uanto nosapro$im3vamos mas deviam ter reconhecido o cheiroda Dan-arina da 5ua.

<Can-ão1@oturna Finella. Esta ) Elaine a (eia5ua +ue eu chamei a+ui e sua pupila (eredith. F?rias @egras essas são membros dos Ca-adores do%ntanoA.

 * loba veio ate mim e eu soube cumpriment31lacomo igual admirando sua grande bele"a  —  lustrosa pelagem escura e olhos castanhos. Eu estava satis#eitaao notar suas boas vindas a (eredith educada ecalorosa como uma avó cumprimenta uma +uerida

 neta. * jovem guerreira Finella abai$ou sua lan-a e nos saudou.

<Estamos guardando o prisioneiroA ela disse na verdade. <@ão uma tare#a #eli" mas uma necess3riaA.

<Gostar&amos de v/1loA. Eu cru"ei seu olharintenso e sem se importar ela abriu a porta.

 En+uanto entr3vamos eu senti um arrepioadentrar os meus ossos. Este lugar era entrópico va"io. Ele havia sido arrancado do mundo espiritualcom um golpe derrubado. Eu cerrei os dentes e olheibai$o para o homem sentado contra a parede distanteseus olhos negros relu"indo contra a lu" prateada e p3lida passando pelas #restas da porta.

Daphne me disse +ue primeiras impresses

 mostram muito. * primeira +ue eu tive #oi pesar. Euevitei o desespero vindo do 6enhor das 6ombras. Comoregra como a maioria das F?rias eu não con#iava nele. (as a ang?stia desse cara parecia bastante genu&na. Eu ouvi um arranhar da garganta de (eredith' ela deve ter sentido tamb)m.

<Cara deve ser ruim se o velho 5&rio dei$ou algum

estrangeiro entrarA. 7 tom do prisioneiro segurava umleve tom de arrog%ncia ou talve" humor #or-ado. (asele desmoronou aos seus p)s após o momento ter passado.

<;oc/ tem uma l&ngua a#iada para um assassinoAeu repli+uei. <Eu não sairia por a& atirando com a bocase eu estivesse para ser partido dos p)s = cabe-aA.

 Ele se recolheu. <Eu sei +uem ) voc/ Elaine 4alan-a da ;erdade. ;oc/ tem uma bela reputa-ão at) mesmo entre os (eia 5ua de minha tribo. 4em1vinda para o +ue ) digno para voc/ e sua camarada F?ria@egra. En+uanto a minha l&ngua a#iada ) tudo +ue

 me sobrouA.<ue bom +ue voc/ não ) Galliard entãoA eurespondi. uta merda não +ueria sentir pena dessecara ou mesmo gostar dele. (as eu #i". *lgo nesse jovem me comoveu. E não sei o +ue era  — um sinal do)gaso ou talve" apenas puro est?pido ine$plic3velsensa-ão instintiva  — mas sabia +ue esse cara nãohavia matado ningu)m a sangue1#rio. *h sem d?vidasele era capa" de #a"/1lo. (as eu não acho +ue ele matou sua companheira de matilha.

<6ente1seA eu suspirei e me larguei no chão. (eredith se encostou = entrada da porta observando e

esperando. <;amos apenas conversar um pouco.Conte1me toda a história. @ão prometo nada a voc/ ou+ual+uer outro e$ceto por encontrar a verdade sobre o+ue aconteceuA.

< justoA ele respondeu. <4em para come-arsou Gerhard Burner um hilodo$ como voc/. 8m6enhor das 6ombras mas não se ponha contra mimdemaisA. Ele mostrou um ligeiro sorriso. <Benhocerte"a +ue voc/ ser3 inteiramente imparcial. De+ual+uer #orma eu acho +ue as coisas come-aram a ir mal +uando nós convidamos os 89tenaA.

<7 +ue voc/ +uer di"er convidaram os 89tenaA

eu perguntei.<Como eu entendi do meu primo +ue havia

 pertencido a esta seita h3 muito tempo atr3s os89tena viviam a+ui e reivindicavam1no para si mesmos. @ingu)m sabe como ou por+u/ elesabandonaram o CaernA. Eu travei mas ele continuousem notar. <Então os 6enhores das 6ombras tomaram1 no. Eles viveram a+ui e protegeram o Caern at) unsanos atr3s. 8ma colm)ia inteira de Espirais @egrasamontoaram1se a+ui e mataram +uase todos os parentes e membros da seita. De #ato as ?nicas pessoas dei$adas a+ui #ui eu e outro membro da matilha Denise uma Filha de Gaia por+ue tivemos aest?pida sorte de encontrar com outros lobisomens em

70  Livro dos Augúrios

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 uma seita a leste da+ui. uando nós voltamos paracasa tudo estava uma bagun-a. 4em in#erno nós malt&nhamos #eito nosso rito de passagem e não t&nhamos a m&nima id)ia do +ue #a"er. 8ns parentes sobreviveram mal e um deles sabia sobre os 89tena ao @orte da+ui. Eventualmente nós os convidamos para vir a+ui e nosajudar a guardar o Caern. Digo dois de nós

simplesmente não poder&amos #a"er o trabalhoA. Eu a#irmei gentilmente. <ContinueA.<7 tempo passou e outros vieram para se juntar a

 nós. @anc0 Denise Joan e eu #ormamos uma matilhae mais tarde 6teven entrou. Estranho como pode parecer nós trabalh3vamos muito bem juntos. @anc0e eu ambos meio +ue tomamos a responsabilidade #a"endo planos e dirigindo as coisas. @ós )ramos todos+uase da mesma idade e posto e nós tomamos a #rentedo ata+ue contra os Espirais @egras +ue mataram meus arentes. En+uanto os 89tena conseguiram a maioria das posi-es principais na lideran-a do Caern

 nós est3vamos ganhando nossa própria reputa-ão. E@anc0 e eu +uer&amos ter uma palavra nas coisasA.Gerhard parou por um momento e me olhou nos

 meus olhos. <Eu estaria mentindo se eu dissesse +ue não +ueria comandar a seita e nossa matilha. arte da minha id)ia do +ue #a" um bom hilodo$ ) +ue eleslideram particularmente pelo e$emplo. E @anc0 era uma #orte oponente. 6e nós tiv)ssemos +ue competir por isso eu não sei se teria ganhado. (as eu teriaseguido ela e con#iado nela se ela me derrotasse. Esta) outra tare#a do hilodo$ como eu vejo  —  de ser o primeiro e o melhor em servir +uem esteja no comando.

 Eu teria apoiado ela por+ue o #a"er seria desempenhar meu melhor pela matilha. 6e eu não pudesse estar nocomando ao menos eu poderia alertar e dar meuconselhoA.

 Eu pensei nisso um momento. <Falando nisso+uanto ao resto de sua matilhaA

<Joan ) uma boa menina mas ela meio +ue tem acabe-a nas nuvens sonhando acordada e compondocan-es. Denise gasta a maior parte de seus diasdentro da Divisa ou na 8mbra. E 6teven ) um bom guerreiro mas ele ) o +ue eu chamo de um estereótipo Fianna  — nenhuma disciplina. ramos sempre @anc0

e euA.<;oc/ percebe +ue com @anc0 partido voc/ teria

 um advers3rio a menosA eu contei. Ele #icou tenso e eu vi raiva em seus olhos negros.

<Eu não tive +ue me rebai$ar ao assassinato paraderrot31laA ele rosnou. <*lgo podre est3 acontecendoa+ui e voc/ não ouviu toda a história. E voc/obviamente teve uma id)ia med&ocre do +ue signi#icaser um hilodo$ numa matilha ao contr3rio de correr por a& julgando as pessoas se voc/ acha +ue eu a mataria por issoA. (eus p/los do pesco-o eri-aram1se mas eu pisei na raiva. alavras agora golpes depoisse chegasse a isso. Eu mencionei a ele para continuar.

<Então nós est3vamos nos reve"ando liderando e

 planejando as coisas. @ós mant&nhamos encontros da matilha #re+Hentemente e erguemos uma planilha de+uem iria manter o dever de guarda e por a& vai.@anc0 e eu t&nhamos a palavra #inal mas todostiveram sua parte. (as antes +ue @anc0 e euanunci3ssemos nossas inten-es para Calvin e o restoda seita na ultima assembl)ia as coisas #icaram

bastante tensas. 7s 89tena não estavam muito #eli"es mas claro eles não nos disseram nada. Então doisdias atr3s Joan encontrou o corpo de @anc0es+uartejado apenas #ora da Divisa. 6eu #etiche uma pena de (aIat ela di"ia estava desaparecido. ouve uma busca e entre todos os lugares ela apareceu na minha cabine. Eu não tinha id)ia de como ela #oi pararaliA.

 Eu mentalmente mastiguei a+uilo um instante.<arece alguma coisa de eregrino 6ilencioso. 7ndeela conseguiuA

<@ão #a-o id)iaA. 2espondeu Gerhard. <(as ela

 viajou um bocado antes de se #i$ar a+ui então +uemsabe De +ual+uer #orma isso era tudo +ue Calvin precisou para jogar o livro em mimA.

<Ele pediu aos esp&ritos por ajuda Ela nãodescobriu se voc/ estava mentindo ou nãoA

 Ele riu r3pido e curto. <Claro +ue sim. Ele perguntou para todo mundo na porcaria da seita se elessabiam algo sobre a morte de @anc0. Bodos disseram não e eles aparentemente!!!K todos disseram a verdadeA.

 Eu balancei a cabe-a. <Eu não entendo. or +ueculpar voc/ com tão #raca evid/ncia sso não parece

 particularmente justo ou imparcialA.<ara uma ju&"a voc/ ) bastante inocente. ;oc/ não entendeu sso #oi su#iciente para ele di"er +ue euera culpado +ue encontrar o #etiche era su#iciente +uede alguma #orma eu consegui dissimular minha parte no assassinato dela. Ele disse +ue havia maneiras deencobrir a verdade e +ue isso certamente era parte daeduca-ão de um 6enhor das 6ombrasA. Gerhard dei$ouseu +uei$o cabisbai$o. <7s 89tena tem suas própriasra"es para não se importar muito com o +ue acontececomigo. 6e eu sair da #oto não haver3 ningu)m paradesa#iar sua tomada do caern ou = lideran-a da seitaA.

 Eu parei e considerei. <Então me dei$e ver por mim mesmaA. (eus olhos #erroaram en+uanto eusussurrava levemente sentindo o #luir caloroso de meu próprio corpo em dire-ão a este companheiro (eia5ua chamando pela ben-ão de Gaia para suahilodo$. <Gerhard voc/ matou sua irmã de matilha ;oc/ tomou o #etiche delaA

<@ãoA ele respondeu #irme e com convic-ão. Eeu sabia a verdade disso. Ele era inocente. 7u ao menos ele acreditava +ue ele era.

<4em isso ) issoA eu disse após o instante ter passado. <Eu vou #alar com seus outros irmãos de

 matilha e a& dar a Calvin um peda-o do meu

Capítulo Três: Lei e Ordem 71

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 pensamentoA. Eu parti sem outras e$plica-es (eredith no meu

encal-o. Joan esperou nas sombras en+uanto Can-ão1@oturna e Finella conversavam discretamente entre si.ora de sondar minhas suspeitas.

<Dan-arina da 5ua voc/ e seus irmãos de matilha por #avor juntem1se a nós em sua cabine em uma hora. Eu +uero #alar um pouco com (eredithantes de #alarmos com elesA.

Perspectivas Triais @ós #i"emos a jornada de volta ao con#ort3vel

 pe+ueno retiro de Joan e eu servi outra $&cara de ch3+uente para nós duas. Depois de um tempo eu #alei.

<Esta pode não ter sido a melhor maneira de voc/aprender depois de tudoA eu suspirei. Eu estavaabominando admitir mas temia ter sa&do dos meuslimites da minha classe.

<or +ue em nome de Gaia seria issoAerguntou (eredith surpresa. <Eu j3 aprendibastante. uero di"er voc/ não acha +ue o 6enhor das6ombras ) culpado achaA

 Eu indaguei. <@ão... mas tem algo di#erente a+ui. *h claro eu j3 havia mediado muitas discord%nciasentre minhas irmãs F?rias @egras mas toda essa coisa multi1tribal ) muito nova para mim. Eu admito +ue

e$ista #or-a na diversidade mas isso Esse lugar nem

de longe são as @a-es 8nidas dos Garou e eu não soudiplomataA.

<4em se #i"er voc/ se sentir melhor dei$a eu tedi"er o +ue eu pegueiA ela respondeu com um olharesperan-oso. <De in&cio este lugar ) uma bagun-a. *oinv)s de lutar contra a L0rm ou a Leaver toda essaseita se tornou um ninho de cobras. oliticando.Competindo por poder. @ão est3 certo est3A

 Ela soou tão triste eu tive +ue conter o riso. <6ão um bando de cretinos tudo bem mas não se preocupecom isso. Estereótipos nem sempre di"em a verdade mas nesse caso os segredos dos 89tena e a reputa-ãodos 6enhores das 6ombras com certe"a subiram acabe-aA.

 (eredith me deu uma longa olhada e então #alou novamente. <*s tribos v/em di#eren-a em como #a"emos nosso trabalhoA

 Eu parei para considerar.

 Fœrias !egras Entre as 12rias, n"s respeitamos cada au$2rio

i$ualmente. 8odas têm um lu$ar como don(ela, mãe e!ru)a. Você pode chamar de e$o, mas eu acho que ohilodo) fica no centro da cultura 12ria ;e$ra. Elainterpreta a -itania, decide as puni59es e encontra a0usti5a. l$uns nos criticam por sermos muito

desarmoni(adas com a =eaver, mas como sempre, é umaquestão de equil%!rio. Em minha tri!o, +eia -uas sãotanto fato quanto sa!edoria. Elas não têm que ser i$uais,

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mas elas têm que ser verdadeiras. parte mais dif%cil dotra!alho, ao menos da minha perspectiva, é considerartanto as palavras da lei quanto o esp%rito da lei.

 "oedores de Ossos Eu realmente $osto do visual dos Roedores no

si$nificado do !alan5o e do lu$ar do hilodo). 8alve(mais que a maioria das tri!os, seus +eia -ua não apenas

se consideram 0u%(es, mas tam!ém advo$ados de am!as asnature(as #arou. Sim, eu estou falando so!re homem elo!o. omo n"s 12rias, eles freqIentemente são ativistaspara mortais necessitados de al$uma 0usti5a eimparcialidade. Eles tam!ém ficam ao lado daqueles queforam a!andonados e esquecidos. :esnecessário di(er,n"s freqIentemente estamos do mesmo lado quandovamos servir os interesses da verdade. h, e se0acautelosa se você al$uma ve( tentar trapacear al$umacoisa de um Roedor de &ssos hilodo)? eles são astutosem rodear e ne$ociar.

 Filhos de #aia Eu me lem!ro de um conto de Stephen >in$ ondeum pacificador !em7intencionado teve uma faca na$ar$anta por seus pro!lemas. E sem ofensas a essa tri!o,mas é isso que eu temo poder acontecer a muitoshilodo) 1ilhos de #aia. Eles tomam seus papéis depacificadores muito literalmente, prontos para 0o$ar suasvidas fora em ra(ão de manter as coisas harmoniosas eserenas. Eu admiro sua cora$em, mas para ser umintermediário efetivo, você tem que ficar vivo. orém, os+eia -ua dos 1ilhos de #aia tem muito renome como osmelhores professores entre os #arou e isso merece muito

respeito. Fianna Donestamente, eu não tenho nenhum preconceito

pessoal contra os 1ianna, verdade, não tenho. or outrolado, eu não inve0o seus +eia -ua? eles têm um tra!alhoinfernal. rimeiro e principalmente, sua tarefa é mantero pessoal na linha, tarefa nada fácil considerando a fortepai)ão e falta de, hum, autocontrole dentre a tri!o. Eenquanto eu não sei por que o papel caiu para ohilodo), eles tam!ém são os responsáveis por arran0arencontros entre os 1ianna e arentes. Eu pessoalmente

acho isso antiquado, senão completamente se)ista, maspara cada um deles. l$o para se lem!rar é que os +eia-ua dessa tri!o usualmente têm a mais forte resolu5ão dequalquer 1ianna. 6om para sa!er quando você tiver quelidar com um que insultou você.

 $rias de Fenris &s 1enrir chamam seus +eia -ua de 1orseti? eu não

sei o e)ato si$nificado da palavra, mas se você ouvi7la, aomenos terá uma referência. Esses caras sãocompletamente como manda o fi$urino. Eles interpretama -itania estritamente e permitem pouca escapat"ria.Sem d2vidas você deve ter ouvido falar de suas puni59esseveras mesmo para pequenas infra59es, mas inferno, aomenos eles não pretendem ser nada mais que i$norantes.

Você conheceu um 1enris hilodo), ao menos você sa!ecom o que está lidando? não há nenhuma som!rao!scura. 4ma coisa que até eu posso admirar, porém, équão cuidadoso o 1orseti convoca as leis, morais ecostumes de sua tri!o. Se n"s precisamos di(er al$o de!om so!re eles, e eu suponho que deva, então dei)e sereles quem $uardam a tradi5ão e o passado com $randereverência.

 Andarilhos do Asfalto &s ndarilhos do sfalto, talve( não tão

surpreendentemente, puseram uma curva diferente nopapel do hilodo). 6em, os +eia -ua são tosseK tipos$erenciais. h, eu não necessariamente quero di(er queeles são homens de ne$"cios, mas eles podem muito !emser. Eles acumulam dinheiro, aconselham aqueles queprecisam e até mesmo têm certe(a que lo!isomens eparentes rece!am cura f%sica e espiritual. Eu acho quevocê pode di(er que eles são astutos em multitarefa. ;ashoras va$as do dia, eles fa(em mais que coisas t%picas de

hilodo), como interpretarem as leis e 0ul$ar disputas.#arras %ermelhas 

-em!ra o que eu disse so!re a ria não pe$arnenhuma som!ra o!scura3 6em, quadruplique isso paraos #arras de +eia -ua. Eles vêem o mundo inteiroapenas em dualidadesG preto e !ranco, certo e errado,lo!o e homem. & #arra hilodo) irá ouvir am!os oslados da hist"ria Bnão importa se tiver três ou maisC, eentão tomar sua decisão. Eu não os culpo por serem tão...!idimensionais? quero di(er, é a nature(a quintessencialdeles, não é3 inda assim, é apenas mais uma coisa que

torna tratar com os #arras e)cepcionalmente dif%cil. Senhores das Somras qui está um pequeno conselhoG nunca 0o$ue )adre(

com um +eia -ua Senhor das Som!ras. Esses lo!isomenssão mestres no plane0amento e avalia5ão. Eles er$uemtramas dentro de tramas tão facilmente quanto um atorencerrando uma cena. & pro!lema é, a maioria de n"snão sentimos suas patas manipuladoras até que se0a lá oque eles er$ueram dê frutos. ara ser honesta, 's ve(eseles têm !ons motivos para toda essa s2!ita mano!ra.Entretanto, mesmo um no!re o!0etivo não muda o fato

de eles serem astutos e reservados. omo os resas derata, o 0o$ador chave de um Senhor das Som!ras,>oniet(ko, não é um hilodo), mas você pode apostarque ele tem uma pancada deles sussurrando em seusouvidos.

Peregrinos Silenciosos onsiderando que essa tri!o está amplamente

dispersa, você não deve estar surpresa que eles nãotenham uma t%pica estrutura de seita. ere$rinos #alliardpodem preservar a lin$ua$em, can59es e hist"rias datri!o, mas os +eia -ua tam!ém a0udam a formar o ne)odo sistema de comunica5ão tri!al. lém disso, como eumesma, muitos deles são conhecidos por serem !ons0u%(es itinerantes — querendo ceder um ouvido imparcial

Capítulo Três: Lei e Ordem 73

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'queles que pedem por um — se0a lo!isomem ou esp%rito.E enquanto eu não posso falar com certe(a, eu ima$inoque mais de um hilodo) dentro da tri!o estátra!alhando em al$uma maneira de reclamar sua terranatal, E$ito, especialmente a$ora que a coali(ãoconhecida como hadi tem seriamente chutado ostraseiros dos san$uessu$as para fora dali. 8em umaere$rina chamada 6ennu que n"s todos podemos quererolhar nos pr")imos dias. Se al$uém pode intera$ir comaminha7om7oder, o l%der ere$rino no hadi, é ela.

Presas de Prata Entre os auto7proclamados l%deres da ;a5ão #arou,

os resas dão um lu$ar especial ao hilodo). * verdadeque l!recht é um hroun, mas ele se rodeia com os+eia -ua para lhe direcionar e lem!rá7lo da lei. E temum monte de coisas le$ais a se sa!erL & +eia -ua resade rata deve orar não apenas a lei #arou, mas a leitri!al tam!ém — coisa e)tremamente comple)a. & resade rata hilodo) é tam!ém um professor e mentor entre

a tri!o, muitos podem recitar a hist"ria tão !em quantoqualquer :an5arino da -ua. ode ser que eu te dei)eichocada. 6om, tam!ém tem o lado ruim para tantaresponsa!ilidade e essa é o fardo de ser o l%der entre osl%deres. s e)pectativas são demasiadamente altas e maisde um +eia -ua dos resas de rata caiu devido ' intensapressão mental.

&'tena  maioria dos +eia -uas dessa tri!o são $randes

mentores e criadores de v%nculos. omo parentes 4ktenavêm de muitos lu$ares e ori$ens, é importante ter al$uém

que mantenha as coisas conectadas. * ai que o hilodo)aparece. &s 4ktena normalmente os chamam-e$isladoresF ou acificadoresF ao invés de 0u%(es.+uitas ve(es, como o l%der da seita mencionou, ohilodo) é chefe em tempos de pa(, mas renuncia paraum hroun em tempos de #uerra, ainda mantendo umpapel importante como conselheiro. &utra tarefa menosdiscutida do +eia -ua é $uardar se$redos. &s #alliardpodem ter o conhecimento oculto todo $uardado, mas éo hilodo) que $eralmente decide quando oconhecimento deve ser compartilhado e como.

 (endigo Em uma tri!o tão pesadamente %n$reme na tradi5ão,o papel principal do +eia -ua é preservar os velhoscaminhos para passar de $era5ão em $era5ão. omo os4ktena, o hilodo) é quase sempre o l%der, e)ceto na$uerra, mas os =endi$o puseram uma curva nas coisas.Eles não assumem nada de um +eia -ua até que ele seprove di$na. Então, o direito de lideran5a não é denascen5a? pelo contrário, é conquistado. 4ma coisa vocêtem que respeitar so!re os =endi$o nissoG eles podemnem sempre concordar entre si, mas quando um hilodo)que $anhou seu respeito fala, a tri!o escuta e o!edece,

mesmo que eles não entendam o prop"sito e inten5ão daspalavras dos +eia -ua. Vamos apenas esperar que al$uémtolo não pe$ue as rédeas da lideran5a.

Treinamento  (eredith esteve ouvindo intensamente o tempo

todo mas agora ela interrompeu com uma +uestão.<Eu percebi +ue voc/ segue o aug?rio em +ue nasceu mas +uão di#erente ) o treinamento de um pore$emplo Galliard ;oc/ mencionou +ue muitos (eia

5ua t/m +ue aprender história e coisas do tipo. sso não parece um pouco de prolongamento vãoAEsta é uma questão realmente interessante e,

honestamente, uma que eu não pensei muito so!re antesde a$ora, então eu estou feli( por tê7la levantado. Eusuponho que o melhor caminho para responder a isso éfalando so!re o que acontece durante a inf@ncia de umlo!isomem, presumindo que ele foi criado por arentescientes de sua condi5ão ou em uma seita adequada, aoinvés de ter sido dei)ado s" para ser seqIestrado porestranhos em al$um ponto ou mesmo esquecidos comoum filhote perdido. Eu odeio di(er isso, mas os 1etiches

dos arentes nem sempre tra!alham tão rápido ese$uramente quanto deveriam. +as vamos em frente aoassumir que a crian5a em questão teve a !oa sorte deestar em um lu$ar onde ela pudesse aprender so!re comoas coisas acontecessem. &s locais sa!em que ele virá a serum lo!isomem e, além, qual fase da lua era em seunascimento. Eu não sei muito da forma como você foieducada, mas isto é o tipo de coisa que foi comi$o.

 )uventude +inha pr"pria filha tem sete anos, tomei cuidado ao

apresentá7la aos outros mem!ros da minha seita e aos

seus arentes desde que ela era um !e!ê. s hist"rias deninar que ela ouvia eram as de nossos $randes her"is,desde aquelas sa$as de sa!edoria até as dos nossos $randes$uerreiros. l$o que n"s colocamos nesses contos é o quechamo de -itania 5ight”. 8alve( é apenas uma coisa dehilodo), mas não deveria ser. arentes e outros adultossão os melhores a$entes de sociali(a5ão para crian5as e euacho que é importante, tanto para os #arou quanto osarentes, aprender a moral que queremos !em. Eu insistopara que ela recite a -itania em ordem ou qualquer!esteira como essa3 ;ãoL +as eu quero que ela lem!re do!ásico, como respeitar os outros, ser honrada e não pisar

no espa5o de outra pessoa. ssim, em teoria, ela vaisempre preservar esses valores que nutrimos.

Primeira Mudan*a :e novo, vamos ima$inar que a rimeira +udan5a

de al$uém ocorra pr")ima a outros lo!isomens e arentesque essa pessoa conhe5a desde a inf@ncia. 4oom, a% está.+esmo que você meio que espere por isso, você e eusa!emos que é muito traumático e doloroso, tanto f%sicaquanto espiritualmente. & pra(er e a maravilha vêmdepois. 4ma das primeiras coisas que tratamos deverificar é o au$2rio do novo lo!isomem. Se os re$istros

foram $uardados, n"s 0á sa!emos so! qual lua ele nasceu.Se não, os -ua rescente podem falar com certosesp%ritos e desco!rir muito rápido.

74  Livro dos Augúrios

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:iferentes tri!os tratam os lo!isomens recémtransformados de diferentes formas. l$uns preferem não$astar muito tempo ensinando a eles, uma ve( que elespodem morrer no Rito de assa$em. essoalmente, eunão $osto da apro)ima5ão nade ou afundeF? ao menoslhes dêem al$umas li59es so!re como !oiar antes de 0o$á7los na la$oaL ssim, se um hilodo) novo vem a mim, euquero ao menos conversar so!re as coisas !ásicas. l$ocomo o que eu fi( conti$o, certo3 l$o desse tipo é um!om treinamento para qualquer novo metamorfo? estoufalando de discutir a -itania, as várias tri!os, os au$2rios,as ra5as e assim por diante. +as com um +eia -ua, eutam!ém quero fri(ar a import@ncia do dever. Eu talve(procure um pouco na hist"ria de nosso au$2rio, comotemos sido 0u%(es, l%deres, homens7da7lei e assim pordiante, desde o in%cio dos tempos. Eu tam!ém falo noquão ele deve ser um e)emplo de equil%!rio entrehumanos e lo!os. <sso é o que $eralmente os assusta. &h,não aquela coisa do humanoMlo!o e, sim, o como ohilodo) tem que ser um cidadãoF modelo. ;uncaouviu falar naquele dito, uis custodiet ipsos custodes ;ão3 6em, si$nifica quem vi$ia os $uardi9es3F. Emoutras palavras, não há al$o como um departamento decasos internos dos lo!isomens. ;"s, hilodo), temos quemais ou menos policiar a n"s mesmos, estar em nossomelhor comportamento e servir de e)emplo para osoutros, da rimeira +udan5a até a morte.

 "itos de Passagemomo você !em sa!e a partir dessas cicatri(es frescas

em seu flanco, você não é um mem!ro maduro até quevocê passe pelo Rito de assa$em? todos sa!em disso. &

que as pessoas podem não sa!er é que usualmente, os+eia -ua da seita, consultando com outros anci9es,costumam decidir as tarefas que os aprendi(es delo!isomens devem completar. E é acordo atrás de acordo,principalmente se você estiver falando de um $rupo dediferentes no59es tri!ais so!re o que é importante. &s1ianna podem querer que os filhotes tra$am de voltaal$um peda5o perdido de m2sica? os 4ktena sem d2vidapedirão um se$redo esquecido de uma anti$a tradi5ão.ssim, n"s hilodo) tentamos ne$ociar um acordo feli(para os filhotes. s tarefas não podem ser imposs%veis aponto de que a falha se0a certa, mas não podem ser muito

fáceis tam!ém. Eu $osto da apro)ima5ão do tridente.rimeiro, para testar a resistência dos filhotes, eu achoque eles precisam lan5ar um pouco daquela 12riaviolenta e su0ar de san$ue suas $arras com um pouco da=Arm. * por isso que parte de seu Rito de assa$emenvolveu com!ate. Se$undo, eu acredito que elesprecisem falar com um esp%rito? afinal de contas, isso éem parte o que n"s somos, e qual a melhor forma de nosconhecermos3 Então eu $aranti que você passasse porisso, tam!ém. 1inalmente, especialmente para ohilodo), eu quero que eles mediem al$um tipo dedisputa. ode ser entre dois arentes, sendo que eu

cuidaria de tudo, mas eu quero que eles se envolvam emum tipo de discussão, separem os dois e esse tipo de coisa0usta. Então o Rito de assa$em não será um processo

curto que qualquer um possa terminar numa tardepre$ui5osa. Eu não acho que se0a raro passarem semanas.

 (eredith me deu um sorriso #or-ado e cheio de pesar. <E essa ?ltima era a mais dura das tr/s semd?vida. Eu pensei +ue não sairia viva da+uela pancadaria entre o impuro e o lupinoA.

Ei, não era para ser fácil. +eu ponto principal é quese um filhote recém transformado é um +eia -ua, entãoeu tenho que ver se ele é di$no do au$2rio. Se isso nãofor provado no Rito de assa$em, então eu tento fa(eral$um teste rapidamente. Se não, um Ritual da Ren2nciapoderá ser requisitado. /ue inferno, não me olhe tãoassustada. Somente al$umas raras ve(es um filhote nãoconse$ue viver de acordo com as demandas de ser um+eia -ua. Eu di$o que em todos os meus dias, s" vi issoocorrer umas três ve(es. +as é um pouco melhor fa(erisso rapidamente do que ter um hilodo) mal7feitoservindo nosso povo. E você foi !em, ora5ão7do7éu.

 Servindo a Trio /uando o +eia -ua completa o Rito de assa$em,

seu aprendi(ado ainda não está terminado, como vocêestá prestes a desco!rir. ;ão por um !om per%odo. Eleprovavelmente treinará lado a lado com um hilodo) deposto superior, aperfei5oando seu conhecimento das leise costumes #arou, para corretamente interpretar essetipo de coisa para tri!o. lém disso, ele aprende o quesi$nifica ser um l%der. Eu não estou apenas falando de sera ca!e5a no calor da !atalha, mas de tam!ém tomardif%ceis decis9es, aquelas que roerão sua alma. 4ma dascoisas mais dif%ceis que ensinamos aos +eia -ua, queeventualmente liderarão nossas matilhas e seitas, é que amorte é parte da vida. ode até partir seu cora5ão se umami$o querido morre, mas se foi para o !em do nossopovo, isso teve que ser feito. 0a a$ora, e dei)e o lutopara depois? esse é um ditado entre n"s. ;"s nãopodemos demonstrar nenhuma parcialidade? temos queser 0ustos em todas as coisas, sem importar a dor quepossamos sentir.

&utra parte de servir ' tri!o envolve ter !om0ul$amento. Eu não estou falando de ser um 0ui( per se,mas ao invés, conhecer quando dar e pe$ar, quandopressionar e quando a!andonar. ;ão é al$o que possa serensinado, de verdade, mas vem de anos de e)periência,o!servando os outros e não fu$indo das tarefas.

 "ela*+es com os Outros Augœrios 

 Eu levantei os olhos +uando algu)m bateu = porta.8m momento depois um rapa" alto e magro comcabelos castanhos entrou com Joan. Ele acenou com acabe-a e pegou para si mesmo uma cerveja de uma pe+uena cai$a de isopor. *h o Fianna *hroun pensei.

 Ele sentou1se ao meu lado. <7i eu sou 6tevenDale  —  2asga1(alditos. ;oc/s devem as F?rias@egras Elaine e (eredithA.

  Capítulo Três: Lei e Ordem 75

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 Eu balancei minha cabe-a em resposta.<7brigado por vir. @ós +uer&amos ouvir sua opiniãosobre o +ue aconteceu a+uiA.

6teven tomou um longo gole da garra#a de cerveja' pouco #oi dei$ado al)m da saliva +uando ele terminou.<;eja voc/s parecem mo-as espertas então eu voucontar para voc/s de uma #orma direta. Eu não sei de

 nada do +ue est3 acontecendo. @ão ) +ue eu pessoalmente tenha algo contra Gerhard mas #atos são #atos e eles apontam ele como culpado. ior ele tentoudi#amar Denise e isso realmente me dei$ouaborrecidoA.

<7pa opa. 7 +ue voc/ +uer di"er ele tentoudi#amar Denise Denise a companheira de matilha de voc/s * 5ua Crescente @ingu)m mencionou issoantesA. 2angi meus dentes.

7 *hroun deu com os ombros. <*cho +ue isso #icou um pouco con#uso. 6im na noite em +ueencontramos o #etiche de @anc0 na casa de Gerhard

 nós tamb)m encontramos as coisas de @anc0 na casade Denise. @ão muito apenas algumas roupas e umas poucas pe-as de joalheriaA.

 Eu #itei Joan. <@ingu)m me contou issoA.<4em estou lhe contando agoraA replicou 6teven.

<E mais Denise viu @anc0 e Gerhard discutindo sobrealguma coisa não muito antes de encontrarmos ocorpo dela. 7h no caso de não ter mencionado #omosDenise e eu +ue #omos procurar por ela e aencontramos degolada. Gerhard estava #urioso etentava entender o +ue tinha acontecido. rocuramosem todos os lugares atr3s de provas e #oi a& +ue as

coisas apareceram na casa de Denise. Ficou #eio praela por um minuto mas +uando encontrei o #etiche +ueGerhard havia escondido e Denise lembrou1se delediscutindo com @anc0  Calvin apareceu e assumiu asitua-ão. 7 resto eu presumo +ue voc/s saibamA. Elebateu seu punho na palma da outra mão. <2ealmente me dei$ou incomodado tamb)m. Denise ) muitoesperta. Juntos... merda eu o mataria pessoalmente seos 89tena permitissemA.

<(as Gerhard disse a verdade. Ele não matou@anc0A reclamei.

6teven deu com os ombros. <Denise e$plicou +ue

=s ve"es esp&ritos podem ser subornados para ajudar aesconder a verdade. Fantasma1de1Fogo ) um 5uaCrescente de uma matilha dos 89tena e ele disse +ueera verdade. Então a gente supe +ue de alguma #ormaGerhard encobriu a verdade para #a"/1lo parecerinocente e p,r a culpa na Denise. E isso ) muito bai$oat) mesmo para um 6enhor das 6ombras.

<Calvin disse a mesma coisaM Joan murmurousuavemente inclinada contra o muro. <Eu lembro desuas palavras: NB&pico de voc/s voltarem contra um dosseusNA.

 Eu suspirei e es#reguei meus olhos. Essa era umada+uelas noites +ue eu desejava ser uma #ilhote novamente ouvindo a sabedoria aos p)s de minha

 mentora. Eu nunca disse a (eredith claro mas comoeu desejava +ue nossos pap)is estivessem trocados.<Budo bem tudo bem. Eu acho +ue nós j3estabelecemos o #ato de +ue isso não ) uma grande #am&lia #eli" de lobisomens. ;oc/s estão atirando maisdo +ue +ual+uer outra coisa. (as isso não ajuda adescobrir como @anc0 morreu e por+u/A.

7 *hroun me olhou por um minuto. <;oc/ gostade #a"er isso r at) pessoas +ue voc/ mal conhece eajud31los a consertar seus problemasA

or um momento eu pensei +ue ele estava sendo um espertalhão' então eu percebi +ue sua pergunta #oi #eita com um sincero interesse. <4em sim eu acho+ue gosto. o +ue eu devo #a"er. Eu não posso mudar minha nature"a 6tevenA.

<J3 conheceu muitos Garou di#erentes Bodos osaug?rios todas as tribosA

 Eu acenei com a cabe-a. <6im e essa ) a parteinteressante. E apesar de nem sempre ser #3cil ) uma

e$peri/ncia de aprendi"ado perp)tua. egue osdi#erentes pap)is +ue 5una estabeleceu para cada umde nós. Como uma hilodo$ eu posso ver +ue cada um) uma parte do todo' nós não poder&amos ter um sem ooutroA.

 "agaash +uitos lo!isomens menospre(am os -ua ;ova, e isso

não é s" in0usto, como é est2pido. &s Ra$a!ash possuemolhos atentos e racioc%nio afiado. Eles en)er$am coisasque os outros não perce!em, e de sua maneira, eles sãotão há!eis em manter a pa( quanto os hilodo). * fácil

confundir trapaceiroF com trapa5aF, e essa é uma dasra(9es porque todo mundo olha com desconfian5a para os-ua ;ova. +uitas ve(es, eles têm uma ra(ão para a$ir detal maneira. &casionalmente, o que um limitado enervoso l%der de seita  precisa  é al$uém para a0udar aaliviar as tens9es. qui vai um pequeno se$redo paravocêG +eia -ua usam os Ra$a!ash sem ver$onha al$uma./uando n"s sentimos a necessidade de um pouco decontrariedade ou uma nova perspectiva, n"s pe$amos um-ua ;ova e o colocamos para tra!alhar. * efica(, sutil ecompletamente compreens%vel o motivo pelo qual -unae #aia nos deram os Ra$a!ash em primeiro lu$ar.

l$umas ve(es, é claro, isso ultrapassa o territ"rio dediretamente se opor a outra pessoa. Se um Ra$a!ashconstantemente fala que -ei é ultrapassada e erradaF,n"s temos que lem!rá7lo que ;ão apenas a -ei estácerta por uma ra(ão, n"s devemos lem!rarmos do esp%ritono qual ela foi feitaF enquanto tamb)m tentamos mantero que eles nos di(em em perspectiva. ;ão se en$aneG umRa$a!ash talentoso é uma !ên5ão e um saco ao mesmotempo.

Theurge  Já que tantos -ua rescente são mestres de rituais e

nossos la5os mais fortes com o mundo espiritual, n"s,+eia -ua, precisamos !astante de suas palavras. Sem asvis9es dos 8heur$e, sem seus sonhos e compreensão de

76   Livro dos Augúrios

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nossas almas, n"s estar%amos perdidos. /ualquer l%derhilodo) que valha al$o terá uma forte 8heur$e ao seulado. Em tempos de pa(, se um +eia -ua não puderliderar, um -ua rescente quase certamente será amelhor escolha. 8udo !em, eu sei que muitas ve(es, um8heur$e tem sua ca!e5a nas estrelas e precisa ser tra(ido' realidade, mesmo que isso si$nifique retirá7lo do mundodos esp%ritos por al$uns minutos. * um pequeno pre5o ase pa$ar pela sa!edoria e ensino dos -ua rescente.

#alliard  ssim como os 8heur$e nos a0udam a interpretar as

quest9es espirituais, os #alliard são nosso suporte nosassuntos de lei e hist"ria. * verdade que todo hilodo)deve sa!er tudo so!re a -itania e e)emplos da 0usti5a doslo!isomens no passado? como os humanos, n"svalori(amos a precedência e o conceito de prima(ia. +asisso é uma enorme quantidade de material. E os #alliardsão manuais de referência am!ulantesL &s melhores delespodem recontar contos, tanto os $randes quanto os

pequenos, e como os +eia -ua do passado interpretarama lei e fi(eram 0usti5a. +inhas recorda59es são tão !oasquanto a de qualquer um, mas eu me curvo perante aslem!ran5as de um #alliard !em treinado quando lidamoscom uma discrep@ncia nas quest9es de hist"ria anti$a.omo eu escolho interpretar os fatos é minha tarefa, masa0uda ter todos esses fatos na ca!e5a de um -ua+in$uante a qualquer momento.

 Ahroun  ;"s percorremos todo o ciclo e che$amos a$ora aos

melhores $uerreiros de #aia, os hroun. /uando a pa(

falha e a $uerra che$a, até mesmo os +eia -ua procurampela lideran5a deles. Suas compreens9es da !atalha sãotão instintivas a eles quanto o nosso amor por 0usti5a épara n"s e n"s devemos respeitar esse fato e entre$ar alideran5a como requer a tradi5ão. ;o entanto, isso nãoquer di(er que n"s desaparecemos do quadro $eral.pesar de que muitos -ua heia são estrate$istas!rilhantes, eles podem precisar de uma se$unda opiniãoou de uma op5ão diferente. $ora, se eles escolhemse$uir o nosso conselho ou não, depende deles, mas n"sestar%amos ne$li$enciando nosso dever se não falássemosquando v%ssemos falhas ou pro!lemas nos planos de

!atalha de um hroun. 4m comandante -ua heiasempre será um melhor $uerreiro com um sá!io hilodo)ao seu lado como tenente ou conselheiro.

 "ela*+es ,spirituais  Eu mal terminei meu pe+ueno discurso sobre os

5ua Cheia +uando o ?ltimo membro da matilhachegou. Denise bateu levemente e então entrou. Elaera uma mulher atraente provavelmente perto dos OPanos com um cabelo loiro olhos a"uis e sardas. Eu vi preocupa-ão e estresse em seu rosto en+uanto ela deu um r3pido abra-o em seu companheiro de matilha eamigo Filho de Gaia Joan. Eu apertei sua mãoen+uanto ela se sentava no chão.

<ra"er em te conhecer. Eu sou Elaine essa ) (eredith e voc/ deve ser Denise reston a 5uaCrescenteA.

 Ela acenou com a cabe-a. <7brigada por vir a+ui. *t) a pouco tempo eu não sabia +ue voc/s j3 haviamchegadoA. Ela deu um olhar para Joan. <@ingu)m medisse +ue voc/s estavam vindo. Eu normalmente acordo

de madrugada para visitar o caernA. J3 era assim tão tarde 7u cedo talve" Como +ue para me certi#icar uma lu" rósea entrava pela janela. Eu senti uma onda de cansa-o me atingir mas dei deombros. maginei +ue minha companheira deveriaestar ainda mais cansada at) então não usada nessaslongas horas. <@ós chegamos na noite passada logoapós o p,r1do1sol. Eu j3 conversei com todos da sua matilha e$ceto voc/. 7 +ue voc/ tem a di"er or +ueGerhard matou @anc0 *lgum esp&rito #alou a voc/e$atamente o +ue aconteceuA

Denise passou um dedo em seu cabelo en+uanto

 #alava. <* ?nica ra"ão +ue eu posso imaginar ) +ue@anc0 +ueria ser a l&der da seita assim como o 6enhordas 6ombras e ele não +ueria outro rival. 7s 89tena j3eram desa#io o su#iciente para se lidar. De +ual+uer #orma eu acho +ue ele a matou roubou suas coisas ecolocou alguns dos pertences dela nas minhas coisas para me #a"er parecer culpada. Cretino. uando nósencontramos a pena #etiche tudo mudou. uem maisal)m de um 6enhor das 6ombras mataria seu própriocompanheiro de matilha e #aria outra pessoa levar aculpaA

<(as com certe"a o seu l&der de seita Calvin

convocou a sabedoria do Falcão e pediu a Gerhard paradi"er a verdade não Foi o +ue Gerhard disse para mim. E +uando ele disse +ue não matou @anc0 eleestava sendo honestoA eu contra1argumentei.

<(eu deus ele ) um maldito 6enhor das 6ombras! Ele provavelmente tem centenas de meios di#erentes decorromper a verdade!A disse Denise. <Eu digo ele provavelmente tem mais meios de enganar os esp&ritosa cobrir seus rastros do +ue um 5ua Crescente!A @ocanto do meu olho eu vi 6teven acenando avidamenteseus olhos brilhando en+uanto ele olhava para aBheurge.

 Eu abri minha boca para responder então pensei melhor. @ão era o +ue ela havia dito e sim como eladisse. Eu me lembrei de outro dos ditados em latim #avoritos de Daphne: *litur vitium vivit+ue tegendo<* corrup-ão ) alimentada e e$iste por ser ocultadaA. *lgumas ve"es seus pensamentos de advogada eramdolorosamente apropriados.

<Diga1me como ele pode ter #eito issoA eu dissebai$o. <Como uma Bheurge voc/ certamente tem maise$peri/ncia do +ue eu em tais assuntosA. Ela acenoucom a cabe-a e disse avidamente.

Eu não posso falar muito so!re assuntos espirituaissem antes mencionar -una e como essencial ela é paratodos os lo!isomens. & elestino da -ua, a lu( de -una

Capítulo Três: Lei e Ordem 77 

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queima fria e pura em nossos cora59es. * seu !rilho quecria um dos ter5os essenciais do nosso ser, o au$2rio. ;"ssomos, como você sa!e, criaturas de carne e esp%rito? oque nos fa( 2nicos é como n"s refletimos -una? se0a senascemos humanos, lo!os ou impuros? e qual totem tri!aln"s se$uimos. Essas coisas são equili!radas, ou pelomenos deveriam ser.

$ora, como n"s lidamos com esp%ritos está alémdos conceitos !ásicos do chimina$e... depende muito doau$2rio. ara mim, falar com as criaturas do outro mundoé tão natural quanto respirar. Verdade, eu aprendi ummodo de mudar minhas palavras em uma lin$ua$em queeles possam entender, e essa ha!ilidade foi conquistada, enão inata. +as n"s, -uas rescentes, possu%mos um tinoinato para isso.

 Eu interrompi. <E +uanto a um hilodo$ comoGerhard ou at) mesmo (eredith e eu @ós não temosesse talento inato +ue voc/ disse então como nós podemos #a"er os esp&ritos nos ajudarA

Esp%ritos são o que são. Eu não quero soar como umaconspiradora, mas al$umas ve(es vocês, +eia -ua,possuem um olho melhor para en)er$ar a essência deal$o. Esp%ritos apreciam isso porque eles se divertem emmostrar suas nature(as fundamentais. ;"scompreendemos isso e nunca pedimos a eles para seremal$o que não são, quando pedimos por sua a0uda. Vocêstam!ém parecem possuir essa ha!ilidade. l$unsesp%ritos tam!ém apreciam o seu amor pelo equil%!rio,especialmente aqueles associados com a =eaver.

ssim funciona o Senhor das Som!ras hilodo),!em, ele provavelmente não teve que tra!alhar muito.

Eu o ima$ino achando !em fácil coa$ir um esp%rito daninhada do vH 8rovão a a0udá7lo, ou possivelmente atéa ;e!lina ou outro esp%rito que $osta do ocultamento ecamufla$em. Ele provavelmente fe( uma !ar$anha queenvolveu suprir o dese0o do esp%ritos por se$redos e outrascoisas. 8%picoL

Eu suspirei e acenei com a ca!e5a. Eu vi como issopoderia ter sido feito, mesmo não sendo um 8heur$e.&!ri$ada, :enise, por compartilhar suas idéias. Eu... nãosei o que fa(er. Eu ainda tenho outros dois dias, $ostariade descansar e pensar so!re tudo isso um poucoF.

Ela deu de om!ros e assentiu, iniciando uma

conversa com seus companheiros de matilha enquanto eufechava meus olhos e passava as informa59es em minhaca!e5a. Vendo que eu estava pe$ando no sono, +eredithse encolheu no tapete e estava roncando dentro depoucos minutos. Eu rodei e andei por um tempo, incapa(de limpar da minha mente as ima$ens de san$ue e morteque apareciam aos milhares.

Parentes  Eu não lembro de ter dormido mas acordei com as

 palmas vindo da pe+uena conven-ão... e o cheiro do #ermento do pão. * mole"a se dissolveu = medida +uelembrei onde eu estava e o +ue eu estava #a"endo. Emalgum momento durante o dia eu deitei no chão e #ui

coberto por um cobertor  —  obra de (eredith semd?vida. 7lhando para #ora eu vi o p,r1do1sol e percebi+ue dormi durante um bom tempo. 4em pelo menos minha mente estava mais clara.

8ma mulher +ue não reconheci estava cortando pão en+uanto (eredith passava manteiga de mel. Elastamb)m tinham dei$ado peda-os estranhos de carne na

 mesa —

 pareciam carne de cervo ou um bi#e. Dei1lhes uma r3pida acenada com a cabe-a e ambos sorriram de volta.

MJoan teve de resolver alguns negócios da seita mas ser&amos pobres an#itries se não compartilharmos nossa mesa. ;enha comer. Eu sou adle0 uma primae arente. Esposa do #alecido tio de Gerhard se voc/+uer detalhesA.

@ão precisei pensar duas ve"es. Devorei a maior parte da comida com algum pão entre ela então apoiei minhas costas na cadeira e dei um pe+ueno gole noca#). (eredith tamb)m o #e".

<6eu marido morreu en#rentando EspiraisA perguntei entre os goles.7 rosto de adle0 se #ran"iu. <6im eu sinto muito

a #alta dele. muito cedo para eu pensar em me casar novamente mesmo +ue eu saiba +ue meu sobrinho eoutros iriam gostar muitoA. (ordi minha l&ngua etratei de não ir contra as no-es de casamento de suatribo dever e coisas do tipo. Eu tinha outras coisascom +ue me$er. E ela me pareceu uma pessoa legal.

<6eu marido era um (eia 5ua como GerhardA perguntei depois +ue um sil/ncio con#ort3vel passara.

<@ão ele era um 2agabash mas as pessoas o

respeitavam. 7 l&der da seita contava com ele entreseus melhores conselheiros em seu Conselho. (inha mãe era uma Galliard. Balve" eu tenha algo dela por+ue eu gosto das histórias antigas. essoas sesurpreendem +ue a+ui nesta parte oeste do estadohaja mais do +ue alguns poucos descendentes deeuropeus orientais. Eu sei +ue os escoceses e osirlandeses são a maioria mas estamos a+ui tamb)mA.

 Eu assenti. <Eu não acho +ue arentes tenhamalgum tipo de aug?rio não No#icialmenteN mas #alandoanedotadamente eu vejo +ue a in#lu/ncia de 5unasobre nossos arentes humanos ou lobos são mais

comuns +ue se imagina. Como voc/ algumas pessoas possuem dons inatos para contar histórias e can-es.7utros tendem a possuir o peculiar senso de humor+ue voc/ v/ nos 5ua @ovaA. (eredith continuoucomendo mas pude sentir +ue ela ouviu atentamente.6oa $arota, pensei, você está aprendendo. * nossa tarefamanter o rastro dos arentes, mesmo daqueles que nãosão nossos. 8emos que conhecer as linhas de san$ue,sa!er quem está 0unto com quem, sa!er a quem osaminhos foram contados e a quem não foram. E temosque sa!er quais arentes têm mais amor por n"s do quemedo.

adle0 se serviu de uma outra $&cara e pensou na+uilo +ue eu lhe disse. <Eu concordo. Depois de

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tudo ainda +ue nós mesmos não sejamos Garou nósainda somos escolhidos certoA

nclinei minha cabe-a. <5egal ver +ue umarente entendeu issoA. 5evantei1me da mesa.<7brigado pelo lanche. @ós temos algumas coisasainda por terminarA. (eredith p,s nossos talheres noescorredor e me seguiu para #ora.

 Eu #echei a porta atr3s de nós e senti o ar #rio da noite tocar meu rosto. Eu consegui chegar muito bem=s concluses +ue tinha +ue #a"er mas talve" algumtempo em +uatro patas me ajudaria a encarar minha nova tare#a com mais certe"a do +ue senti agora. 7lheide relance para minha estudante. 7h +ue di#&cil li-ão para aprender tão cedo pensei amargamente.

-umano e Loo  Eu #ui em busca da lupina anciã +ue conheci no

dia anterior  — Can-ão1@oturna a+uele era seu nome —  com (eredith me seguindo. Can-ão1@oturna era Fianna mas isso era bom. 6eus machos poderiam ser um pouco est?pidos mas uma de suas #/meas tinhasalvo meu traseiro não muito tempo depois de meu2itual de assagem. Ela lutou #ero"mente como+ual+uer F?ria então isso era legal na minha opinião.@o entanto não era de outra vo" #eminina +ue eu

estava atr3s e sim das palavras de uma de +uatro patas.@ós a encontramos de novo guardando a cabana

rude onde Gerhard esperava por sua puni-ão. Ela nossentiu vindo pensei mas esperou at) nos

apro$imarmos para nos receber com boas1vindas. 6ouGarou h3 +uase QR anos mas eu nunca cansei daonda de alegria +ue passa por mim en+uanto nós noscumpriment3vamos como semelhantes pesco-o a pesco-o l&ngua a l&ngua. 6em d?vida Can-ão1@oturnaera um bocado mais velha' havia muito cin"a em seus p/los negros. (as recebeu1me como algu)m de posto pró$imo e mostrou certa amistosidade a (eredithtamb)m. Eu sacudi minha cabe-a e nós andamos paraa #loresta dei$ando os companheiros de matilha delade guarda.

<Eu pensei +ue voc/ viriaA ela come-ou. <;oc/ ) (eia 5ua um #ilho do e+uil&brio de 5una. *ssim comoa mais nova. ;oc/ sabe +ue nós mesmos estamose+uilibrados entre lobo e homem então meus conselhos poderão ser ?teisA.

<Como voc/ di"A respondi. <Banto humano+uanto lobo tanto esp&rito e carne  —  o e+uil&brio )importante pra mim. Eu tenho tentado me tornar tãolobo +uanto humano assim +ue minha lógica nãosobreponha meu instinto' se eu #osse lupino eutentaria aprender o pensamento humano para coincidircom meu instinto lupino. o melhor modo eu creio para julgar verdadeiramente  — e eu acho +ue minha #) em minha metade lobo est3 sendo recompensada. Eutenho... um instintoA.

  Capítulo Três: Lei e Ordem 79

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<Eu acho +ue algo muito triste aconteceu com a matilha resas 6angrentas eu acho +ue eleses+ueceram a 5itania as partes sobre rendi-ãohonrada desa#io justo e esse tipo de coisa. *lgo me di"+ue alguns da matilha não reconheceriam um boml&der mesmo +ue ele corresse e cravasse suas garras emseus traseirosA.

Can-ão1@oturna deu uma gargalhada sorrindo #or-adamente pelo divertimento. <;oc/ pode estarcerto. Conte1me o +ue aconteceu. ;oc/ viu euimagino em seus sonhos ainda +ue voc/ não se lembredelesA.

 Eu suspirei. <Eu não posso e$plicar como essasid)ias chegam = mim' elas apenas v/m. como+uando sabemos +ue ) hora de dar a lu"  — nós apenassabemosA.

 E eu lhe contei a história como ela apareceu na minha mente.

Você e eu sa!emos que não e)iste uma coisa como

um t%pico -o!isomem, não de nenhuma das três partesque nos fa( ser o que somosG nossa tri!o, nosso au$2rio e anossa ra5a. E é esse o pro!lema no cora5ão desta hist"ria.+uitas suposi59es foram feitas por todos  os envolvidosso!re como um importanteF Senhor das Som!rasdeveria ser, ou um estereotipado 1ilho de #aia. &s4ktena fi(eram sua parte, tam!ém, por ainda manter"dios de séculos atrás. Eu não os culpo, mas foramtempos de pandemHnio em que os Estran$eiros da=ArmF pre0udicarem a superf%cie tão a$udamente. :equalquer modo, estou diva$ando.

& po!re tolo neste quadro é o hroun Steven :ale.

Ele não é um mau rapa(, mas ' medida que a lu(completa de -una $uia seu pensamento, elenaturalmente sente7se mais forte, e além de tudo, omelhor para liderar. Em al$uns momentos, é provávelque se0a verdade? tenho certe(a que ele é indispensávelcontra uma colméia de Espirais ;e$ras. +as eles nãoinvadiram nenhuma neste momento, a menos que eutenha perdido al$uma coisa.

Então Steven queria ser o l%der da matilha —  masele é um tipo honesto de rapa( e nunca desafiaria amenos que ele se sentisse di$no. Ele derramou suasvontades para uma pessoa que qualquer um confiariaG um

8heur$e dos 1ilhos de #aia. :enise era a l%der espiritualda matilha, certo3 or que não confiar nela3 E #aia sa!eque um de seus pr"prios 1ilhos nunca seria nada além deum pacificador.

Vamos apenas di(er que por um momento talve( esta-ua rescente não se0a uma t%pica tranqIili(adora dealmas pro!lemáticas. 8alve( ela che$ou a esta seitaori$inalmente para servir, mas em al$um momento, deal$uma forma, al$o ficou meio distorcido. Ela foi uma daspoucas so!reviventes quando Espirais atacaram a seita,0unto a #erhard. Vendo aquela carnificina, lutando comtodo seu poder, aquilo deveria ter sido um inferno de se

olhar, ainda mais para so!reviver. Eu não sei  suasmotiva59es. 8alve( al$o aconteceu ' ela na noite doataque que danificou sua mente. 8alve( ela tenha ido '

al$um tipo de profunde(a, furtar7se do p@nico e parar defalar para esperar um esp%rito, um que estivesse ansiosopara semear o desentendimento. Eu não tenho certe(a.

& que eu estou quase certo é que ela foi possu%da,talve( permanentemente, talve( s" por um pequenotempo. Estou supondo que o que quer que tenha tomadoseu corpo era poderoso suficientemente para esconder averdade de todos — incluindo da pr"pria :enise. Eu seique ela acreditava que falava a verdade, so!re tudo. +asfoi sua mão que assassinou ;ancA. E plantou a evidência,primeiro nela mesma, depois em #erhard. So! ainfluência do esp%rito ou não, ela fe( isso. :e qualquermodo, ela cometeu uma a5ão errada contra um mem!rode sua matilha. or isso, eu penso que a puni5ão será...áspera.

 * loba virou sua cabe-a em surpresa. <or +u/ ela mesma @ão #a" sentidoA.

1a( apenas se você levar toda a reputa5ão dosSenhores das Som!ras em considera5ão. culpa

rapidamente recairia so!re ele —  por parecer que#erhard tinha armado para :enise ser quem ca%ra, masentão a verdadeF apareceria. :enise fica corretamenteindi$nada, e todos estariam muito irritados com o Senhordas Som!ras. ;ão s" ele matou um mem!ro de suamatilha sem compai)ão, um crime horr%vel por si mesmo,mas tam!ém tentou fa(er com que outro levasse a culpa. pior puni5ão não seria suficiente para limpar suasa59es, seria3

 ;o quadro ori$inal, #erhard está morto, assim como ;ancA. matilha está redu(ida a trêsG Steven, :enise e Joan. :enise é a de posto maior, mas ela a!dica para

Steven. E tudo está certo no mundo, supostamente.Steven lidera, mas :enise é sua 6eta, e ele fará qualquercoisa que ela fale, pois ele confia nela implicitamente. &l%der da seita, urtis, provavelmente não quer olharmuito a fundo para ver o que está ocorrendo em!ai)o deseu nari(. 8alve( ele pense que estando a matilha resasSan$rentas redu(ida, isso fa( com que sua posi5ão fiquemais forte. 8alve( ele este0a enver$onhado, ou merda,talve( ele tenha muita coisa em sua ca!e5a. aram!a, seeu sou!esse quais são seus sentimentos? ele certamentenão me dirá.

 Eu ca& no sil/ncio e olhei para a lupina. *o meu

lado eu senti (eredith tremendo = medida +ue tudoa#undava dentro dela. 7uvir isso seria um in#erno paraalgu)m ainda empolgado pela novidade de ser umGarou mas era a+uilo.

Can-ão1@oturna então se levantou trotando emdire-ão a um arbusto +ue estava perto de nós. 7uvi um pe+ueno movimento com as patas e ela voltou comalguma coisa +ue brilhava discretamente ao redor deseu pesco-o. Era um espelho um tipo de coisa #ora1de1 uso redondo e pendurado em uma corrente grossa debron"e.

<Eu vi uma ve" essa história mas não #e" sentido

 pra mim. Eu precisava de um nascido humano para me ajudar a e$plicar por+ue essas coisasaconteceramA. Ela curvou sua cabe-a e o espelho saiu

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desli"ando. Can-ão1@oturna #echou seus olhos ecantou umas pe+uenas notas agudas' então asuper#&cie do espelho es#uma-ou. Eu vi com um cora-ão pesado assim +ue eu vi tudo +ue tinha descrito eradetalhado na super#&cie do vidro como um #ilme mudo. *+uilo me arrepiou at) os ossos mas eu não tirei osolhos das cenas. * morte da F?ria @egra (eia 5ua. 7

 precavido olhar no rosto da Bheurge en+uanto elaarmava tudo. Como ou por +u/ ela chegou a essadesonra não estava claro' nem a lupina ou eu poder&amos di"er +uando o esp&rito entrou em sua #orma se #oi conjurado ou se veio sem ser esperado. (as os #atos da morte de @anc0 estavam ali.

<Eu não pude entender o +ue aconteceuAcon#idenciou Can-ão1@oturna. <Eu precisei de algu)m para me ajudar. or tudo +ue ela so#reu por sualinhagem a Dan-arina da 5ua +ue voc/ chama de Joan se tornou uma amiga. Eu lhe dei meu conselho+ue era chamar por voc/A.

 Eu assenti sentindo um pouco incomodado sobrecomo as coisas aconteceram mas desisti de apresentar minha evid/ncia e dei$ei a seita decidir o destino da5ua Crescente. Eu #i" o trabalho sujo ao tra"er a verdade = tona' ) hora deles limparem sua própriasujeira.

 (eredith e eu voltamos em dire-ão = cabine. *lgumas l3grimas ca&ram de seu rosto' talve" ela #osselouca ou talve" estivesse assustada. Elas j3 tinhamsecado antes dela #alar.

<Então ) isso ;oc/ veio pra c3 e mostrou1lhes a verdade e agora voc/ vai emboraA. 6enti con#usão

talve" um sentimento meio magoado em sua vo" cheiade juventude.<6im. Eu atirei uma lan-a na #erida +ue estava

in#estada limpando o pus. *gora a+ueles +ue sãol&deres e mentores desta seita precisam participar dacuraA.

<(as.. não parece certo! *parecer resolver problemas e...A. 6ua vo" #alhou en+uanto eu agarreiseu bra-o e girei at) #icar com o rosto em #rente ao meu.

<*costume1se garota. ;oc/ acha +ue eu des#rutodo destino +ue Gaia escolheu para mim * id)ia ) a de

+ue gostar ou não ) irrelevante. Esse ) o copo +ue a (ãe #e" para +ue eu enchesse. sso ) tudo +ue eu preciso saber. *goraA  — disse rispidamente  — <voc/+uer sentar no caminhão en+uanto eu vejo o +ueacontece so"inha 7u voc/ ser3 uma Garou e ver3 sua #un-ão ao meu ladoM

8m #ogo acendeu em seus olhos e minhas d?vidasacabaram desanimando1a. <@ão eu #icarei. *inda +ue voc/ ache +ue eu tenho muita compai$ão de lado eu jurei ser sua pupila. Eu não desistireiA.

6e algum dia ela se arrependeu de sua decisão nunca me disse.

 Eu nunca tinha visto o 2itual da Ca-ada e euespero nunca mais ter +ue testemunhar outro. Can-ão1

@oturna e eu compartilhamos nossas descobertas comCurtis e para minha surpresa ele parecia velho edoente mas mais con#i3vel do +ue eu poderiaimaginar. 7 Bheurge não lembrava de nada +uerealmente tinha acontecido e somente atrav)s de umadas b/n-ãos de Gaia o l&der da seita #oi capa" de ver a verdade atrav)s das con#uses e mentiras. ual+uer

coisa +ue a possu&ra voluntariamente ou não #oirespons3vel pelos atos dei$ando para tr3s a concha da5ua Crescente para ser punida. Eu senti a vergonha e pesar dos 89tena e me senti mal pelo +ue #alei deles para minha pupila.

uanto ao (estre de 2itual deles um mpurochamado Fantasma1de1Fogo veio a mim com um potede cer%mica cheio de tinta +ue eu aceitei com umcora-ão pesado. Era uma honra +ue eu realmente não+ueria mas não poderia se+uer sonhar em recusar. * mistura tinha cheiro de nature"a: argila da terra garan-a e hena. Eu desenhei a marca de um )gaso

em meu ombro nu surpreso em ver (ereditho#erecendo1se para segurar a jarra en+uanto eu me pintava escondendo minhas cicatri"es na co$a e nabarriga as marcas de um guerreiro a carne enrugadade uma mãe +ue gerou uma crian-a. Eu vi com certasurpresa +ue Joan tamb)m estava se pintando' ela #icou esperando em Crinos seus olhos brancoscintilando bai$os = 5ua (inguante. ró$imo Can-ão1@oturna j3 tinha posto pedras amarelas marcadas emtrabalhadas ondas e espirais. 7 resto da matilharesas 6angrentas 6teven e Gerhard não participaria' eles #icaram silenciosamente nas sombras.

 *gora nós apenas t&nhamos +ue esperar +ue a Ca-ada #osse #ormalmente invocada.7 (estre do 8ivo era um dos 89tena +ue eu não

tinha conhecido uma Galliard +ue se chamava7lutsa. Ela criou um longo e #?nebre uivo en+uanto aassembl)ia come-ava. Então Curtis #alou.

<6onhos1da1(anhã chamada Denise restonentre os humanos voc/ #oi julgada culpada deassassinar um membro de matilha por causa deavare"a e in#elicidade. ;oc/ reconheceu uma #alha por permitir a si mesma ser manipulada por #al3cias  etru+ues. *inda assim ao admitir e aceitar seu ato

 #alho voc/ mant)m uma linha de honra. or estara"ão o conselho julgou +ue voc/ não morrer3 sem uma chance de ganhar nosso respeito em sua passagemA.

 Ela curvou sua cabe-a aceitando seu destino emsil/ncio. 7lutsa grunhiu um rosnado a#inado e então a Filha de Gaia condenada correu. 6ua #orma cresceuat) um lobo desesperado en+uanto ela galopou atrav)sdos arbustos e pelos campos da divisa. Fantasma1de1 Fogo soltou um grito #ino e choroso cheio delamenta-ão e a Ca-ada come-ou. @ão sei +uantashoras passaram mas a Filha de Gaia correu at) +ueseu cora-ão estivesse pró$imo de e$plodir. (esmoassim a+uilo j3 tinha terminado antes do alvorecer.

Capítulo Três: Lei e Ordem 81

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 Eu tinha o sangue dela em minhas mãos mas o golpe #atal para minha surpresa veio da sua companheiraam3vel Joan. ual+uer um +ue diga +ue uma Filhade Gaia não pode ser #ero" ) est?pido' eu não tenhocerte"a de j3 ter visto uma F?ria golpear com tantoódio e agonia. Depois de +ue a 5ua Crescente caiu morta 7lutsa come-ou a Cerim,nia para os Falecidos.

 Foi breve por)m sincero. * seita dispersou1se assim+ue o sol levantou e nós duas F?rias retornamos para onde dei$amos nosso caminhão. Eu +uis ir pracasa para ouvir a risada da minha #ilha para abra-aros membros de minha matilha para acabar com o gritode morte de um lobisomem +ue eu ouvia em minhacabe-a. (eredith não disse nada mas havia um olhar mais assustado nela nesse dia.

 Eu não estava surpresa em ver Joan e Can-ão1@oturna esperando para nos ver partir. @ão trocamos nenhuma palavra apenas nos tocamos em despedida.Droga eu esperava +ue me sentiria melhor.

ntegridade serviu pra algo. elas nossas leis #i"emos o+ue era correto. (as isso não pararia com os pesadelos+ue eu sabia +ue teria nas pró$imas semanas. Ss ve"es mesmo os ju&"es não conseguem dormir o sonodos justos.

 )ui. e )œri/ Perspectivas do !arrador 

 Jo$ar com um hilodo) é uma $randeresponsa!ilidade? afinal de contas, muitos dos outrosau$2rios olharão para o +eia -ua em !usca de lideran5a,conselho e orienta5ão. Ns ve(es, pode ser dif%cil para o jogador  estar de acordo com as e)i$ências do personagem. qui, vamos dar al$umas dicas para que os ;arradores dêem aos 0o$adores al$uma a0uda ao lon$o docaminho.

Posi*0o $onfort1vel  rimeiro de tudo, enquanto +eia -ua

freqIentemente atuam como l%deres de seitas oumatilhas, não há lei di(endo que eles devem fa(ê7lo.

Vamos di(er que o 0o$ador está mais confortável com umconselheiro secundário. Ele ainda pode ser indispensável,mesmo que outra pessoa Bincluindo um persona$em do ;arradorC tenha o poder do veto final. :epois, quando o0o$ador se acostumar com as demandas de uma lideran5a,ele pode su!ir de posto e posi5ão. ense em qualquer0ovem her"i de um filme ou fic5ãoG muitos come5aramcomo aprendi(es ou su!ordinados, desenvolvendorela59es pr")imas com seus mentores. p"s elesrece!erem al$uma e)periência da vida real de!ai)o daprote5ão deles, eles estavam prontos para mais desafios etarefas. Em qualquer caso, você provavelmente não quer

pHr muita pressão no 0o$ador para que ele se0a ume)traordinário l%der desde o in%cio? dei)e7os adquiriremal$umas coisas antes de 0o$ar muita coisa no prato deles.

O Philodo2 Solit1rio 8alve( mais do que em outro au$2rio, o +eia -ua

apresenta uma oportunidade interessante para 0o$os solo.Enquanto o cora5ão de -o!isomem é uma crHnicacentrali(ada ao redor da matilha e da vida em seita,mandar um hilodo) solitário em uma missão de 0usti5a emiseric"rdia pode tra(er uma !ela que!ra do furor de

0o$ar com vários 0o$adores e permite um intensodesenvolvimento do persona$em para o solista Bvocê teráque dar aos persona$ens dos outros 0o$adores um temponos holofotes, tam!ém, evidentementeC.

 A Matilha de Meia Luas /ue tal uma crHnica onde todos  0o$uem com um

hilodo)3 8alve( esta matilha multi7tri!al sirva deconselheiros especiais para um l%der $randioso, comol!recht ou >oniet(ko. Suas responsa!ilidades sãomuitas, desde procurar informa5ão até visitar outrasseitas, romper acordos e manter contato com arentes.

laro, eles têm que tra!alhar pr")imos aos outrosau$2rios. N medida que o pocalipse se apro)ima, talve(suas tarefas incluam contatar certos 1eras ou matilhas de!usca. Esta é uma chance de mostrar como tri!osdiferentes p9em suas pr"prias caracter%sticas nainterpreta5ão do +eia -ua.

 Lidando com o "itual da "enœncia  ;arradores e 0o$adores 0á sa!em que renunciar o

au$2rio dado ao persona$em é, de fato, uma coisa muitoséria, mas se e)iste uma ra(ão muito forte, pode ser feito.& que os ;arradores devem lem!rar é que uma roupa$em

de desconfian5a e suspeita estarão para sempre nopersona$em. 8alve( ele não encontrará nenhuma cr%ticae)altada ou olhares incomuns, mas ele com certe(aouvirá sussurros pelas costas e ocasionalmente enfrentaráescárnio e cinismo, particularmente dos mem!ros de seuanti$o au$2rio. :o mesmo modo, acordos com -una eseus disc%pulos deverão ficar notoriamente mais dif%ceis.

o re0eitar o papel de hilodo), um persona$emestá di(endo que não conse$ue viver de acordo com ase)pectativas de lideran5a, de tomar decis9es e deinterpretar leis e costumes. ara um $rupo de seres quereverenciam as tradi59es, isto é especialmente uma

afronta. l$uns -o!isomens podem tomar isto como umsinal de re0ei5ão para a essência do que realmentesi$nifica ser #arou. Eles poderão tam!ém considerar queo anti$o +eia -ua é uma criatura sem equil%!rio — al$onão parece estar certoF so!re ele. ;arradores devemcertamente se sentir livres para e)plorar muitos temaspor trás desta mudan5a no caminho do persona$em,tanto na novidade do novo au$2rio quanto nas sementesamar$as da re0ei5ão do anti$o.

 Ar3utipos rquétipos refletem estere"tipos e os definem? eles

podem mostrar o !ásicoF de como 0o$ar com um au$2riopondo uma nova caracter%stica ou usando uma velhaidéia. &s arquétipos a se$uir devem dar aos 0o$adores e

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 ;arradores al$umas idéias de como tra!alhar com o +eia-ua criativamente no quadro da crHnica.

O In3uisidor ara manter a lei e a 0usti5a, o hilodo) tem que

fa(er per$untas dif%ceis e 's ve(es dolorosas. & <nquisidore)cede neste e)erc%cio, até o ponto pr")imo aofanatismo. Enquanto suas inten59es são $eralmente !oas,

sua técnica é afiada. ;ão são todos que apreciam suacondu5ão e am!i5ão, nem sua pai)ão pelo fi$urativo B'sve(es, literalC rastros de san$ue. & <nquisidor é al$uémque assume as coisas, do tipo que !ar$anha, chutatraseiros e p9e nomes em seu pequeno livro ne$ro com$osto. /uando no 0ul$amento de seus companheiroslo!isomens, ele é um dos que dá seu voto — sem medode nada ou nin$uém.

& pro!lema com o <nquisidor é que ele não calculaas conseqIências de seus atos. +esmo que ha0a uminsi$nificante e fácil caminho para encontrar a verdade,que dei)a a honra de outro intacta, mas ainda cumpre o

tra!alho, ele sempre irá optar pelo caminho mais dif%cil.or esta ra(ão, a maioria dos lo!isomens os temem maisdo que os respeitam. Eles o se$uiriam se fossemordenados, mas o fariam por estarem precavidos emrela5ão 's represálias, não por lealdade. & <nquisidor é!om? ele s" tem que aprender a amaciar seus modos emal$umas ocasi9es. ;in$uém quer vê7lo mostrando a$ar$anta desnecessariamente, mas da mesma forma, eledeveria aprender como aceitar suas derrotas$raciosamente.

& <nquisidor nascido so! o ciclo crescente tende aver tudo em dualidadesG sim e não, !om e mau, certo e

errado. ;unca há meio7termo. /uando nascido so! ociclo min$uante, o <nquisidor costuma se revelar nomedo que evoca nos outros. Ele é como um velho, anti$oprofessor que não tem miseric"rdia, por nin$uém e pornenhuma ra(ão. Ele não é e)atamente um a!solutista,mas desfruta da reputa5ão.

O Perfeccionista & erfeccionista al$umas ve(es é casca7$rossa e

nervoso. Ele acredita que tudo tem um lu$ar em!ai)o dosol e, qualquer um que não este0a no lu$ar apropriadodeve dei)ar o local o mais rápido poss%vel, senão ele

ficará muito incomodado. & erfeccionista é ocompanheiro que percorre as divisas de novo, de novo ede novo, enlouquecendo os 8heur$e com suainquieta5ão. Ele tam!ém requer muita coisa enquantoor$ani(ador das coisas da seita e de sua assem!léia?quando o erfeccionista assume o comando, outrospoderão estar certos que todas as coisas irão caminharsem dificuldades.

o desenvolver um +eia -ua sá!io, o erfeccionistaprecisa aprender a diminuir e rela)ar um pouco. Ele podetra!alhar !em com outros Bestá em sua nature(a, afinalde contasC, mas ele tam!ém precisa melhorar seriamente

ao tomar conselhos e dicas de seus companheiros, nãofalar uma coisa e, então, se$uir seu caminhoindependente do que foi dito. Resumindo, ele precisa

come5ar a ver a floresta e as árvores, não apenas asfolhas, as ra%(es e os $alhos.

& erfeccionista do ciclo crescente se especiali(a emdetalhes. Ele olha minuciosamente em detrimento doquadro $eral. Se concedidos, estas pequenas partes dotodo irão ser incr%veis mas, no final, pelo fato delesempre não dar um passo para trás com um olharo!0etivo, ele pode perder $randes pontos. &erfeccionista do ciclo min$uante está plane0ando darordens? ele é um pouco sa!ichão que pode ter umaelevada opinião so!re suas pr"prias ha!ilidades.

O L4der 5espreparado  ;ascido so! a +eia -ua, este lo!isomem está

destinado a ser l%der... mesmo assim, ele teme o desafioque o a$uarda. Ele pode não querer as rédeas docomando, mas por destino ou heran5a, elas ca%ram emseu colo. & -%der :espreparado tem !oas qualifica59es,mas ele está cheio de d2vidas so!re si. 8oda ve( que eletoma uma decisão, ele teme ser a errada. lém disso, ele

se culpa pelos fracassos da matilha, e nunca leva créditopelo sucesso deles.

& -%der :espreparado tem um pouco de comple)ode mártir, mas ele internali(a isso em lu$ar de reclamarso!re seu destino em vida. maioria de seuscompanheiros de matilha provavelmente não perce!eque o silêncio que eles assumem por sa!edoria quieta é,na verdade, uma preocupa5ão e d2vida escondidas so!reo futuro. & -%der :espreparado precisa $anhar confian5a,e isso s" virá de sucessos repetidos, a passa$em do tempoe o apoio firme de sua matilha.

& -%der :espreparado nascido so! o ciclo crescente

da -ua pode parecer sem emo59es, talve( até mesmo não7ami$ável. Seus opositores o chamam de frio e insens%vel,enquanto seus ami$os, a despeito da ami(ade por ele,acham que ele tem muitas preocupa59es dentro de suaca!e5a. Se nascido so! o ciclo min$uante, o -%der:espreparado parece estar constantemente no limite,checando e re7checando cada prepara5ão uma d2(ia deve(es ou mais. Ele é pessimista e acredita que al$o irá darerrado a menos que ele este0a lá para consertar.

O )ui. Itinerante Enquanto o <nquisidor tira as cascas da mentira para

!uscar a verdade, dei)ando muitas cicatri(es no processo,o Jui( <tinerante cura feridas anti$as. Ele se move de seitaem seita, convidado na maioria dos casos, e aplica umconfortável !álsamo de cura em qualquer lu$ar que se0anecessário. & Jui( usualmente mantém suas cartaspr")imas ao cora5ão até que se0a tempo de falarpu!licamente, mas ele quer falar com cada um e todospara fa(er as coisas certas... onde quer que esse caminholeve.

<nfeli(mente, o Jui( <tinerante 's ve(es trope5a empro!lemas por causa de sua aparência de !on(inho. Eleacredita que todas as disputas possam ser resolvidas de

uma forma 0usta e ra(oável, se0a através de discussãomediada ou até uma luta. lém disso, ele acredita noprevalecer inerente da 0usti5a so!re os lo!isomens, um

Capítulo Três: Lei e Ordem 83

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olhar de fora que se choca com temperamentos fortes epersonalidades duras. ara tornar7se um melhormoderador, o Jui( faria !em em, ocasionalmente, dei)arde lado vis9es cor7de7rosa e lidar com tons de cin(a deuma maneira um pouquinho mais c%nica.

& Jui( do ciclo crescente em particular têmdificuldades em investi$ar a!ai)o da superf%cie das coisas.Ele usualmente fica contente em ouvir todos os lados dahist"ria, dar seu 0ul$amento e partir em seu caminhofeli(, sem refletir so!re o caos que ela talve( tenhadei)ado para trás. & Jui( do ciclo min$uante, por outrolado, pode prolon$ar sua estadia e !uscarminuciosamente aquilo que lhe importa além da área desua !oa vontade.

5ons O Sabedoria da Lua (Nível Um) — 4sando esse

:om, o lo!isomem pode desco!rir a fase da lua queanunciou o nascimento de uma pessoa. pesar dissopoder determinar o au$2rio, o :om não dá nenhumapista se a pessoa é um lo!isomem ou mesmo se éso!renatural em al$uma maneira? ter nascido so! uma luamin$uante si$nifica muito mais para um #arou do quepara um humano normal. /ualquer esp%rito da lua podeensinar esse :om.

Sistema:  4m 2nico sucesso em um teste deercep5ão P <nstinto rimitivo Bdificuldade QC énecessário para determinar a fase da lua no momento donascimento de al$uém? dois sucessos determinam se elaestava em seu ciclo crescente ou min$uante.

O Presságio da Verdade (Nível Dois) — &s +eia-ua raramente são chamados para tomar decis9es fáceisou dar 0ul$amentos simples — se as coisas fossem simplesassim, o hilodo) não seria necessário. ssim, quando ospro!lemas che$am até ele, até mesmo um 0ui( pode usaruma dica aqui ou ali. &!servando seus arredores, o sá!io#arou pode ver no cair de uma folha ou no voar de uma!or!oleta uma resposta que ele procura.

Sistema: & 0o$ador $asta um ponto de #nose e fa(um teste de ercep5ão P Eni$mas Bdificuldade variável,de em um lu$ar fechado a para uma floresta no pHr7do7solC. & :om leva no m%nimo um minuto para ser

usado? o usuário $anha 7T na dificuldade se ele lidar como pro!lema por meia hora. Sucessos são adicionados 'nature(a e certe(a do pressá$io, enquanto uma falhacr%tica tra( uma certe(a equivalente, mas uma conclusãoerrHnea. +ais do que tudo, os efeitos desse :omdependem do ;arrador, e dependem da situa5ão? deforma $eral, o ;arrador deve usá7lo para dar uma pistaso!re o assunto em questão.

O Coração Dividido (Nível r!s) — & cora5ão deum lo!isomem é cheio de f2ria e muitas ve(es, esse fo$ointerno pode superar a for5a de vontade do lo!isomem.om esse :om, ensinado por qualquer esp%rito árvore,

um hilodo) pode !revemente fa(er com que outros$uardemF sua f2ria em seu interior, para que nin$uémtome uma decisão de dano irreparável.

Sistema: & prop"sito desse :om é a0udar a aliviar asdificuldades que um lo!isomem encontra quando sua12ria e)cede sua 1or5a de Vontade B-o!isomem, pá$.TUQC. ara cada sucesso em um teste de +anipula5ão P<nstinto rimitivo do hilodo), uma penalidade de umdado é ne$ada ao persona$em alvo. & efeito dura porcinco minutos por sucesso —  um hilodo) podetemporariamente aliviar a +aldi5ão, mas nunca ne$á7la.

O ril"a da #ealidade (Nível $uatro) —ercep5ão é su!0etiva, mas um hilodo) não se podepermitir tal lu)o. Esse :om permite o usuário a sentir seo que o alvo acredita ser verdade é mentira. 4m Ja$$lin$do 1alcão ensina esse :om.

Sistema:  & 0o$ador testa ercep5ão P Eni$masBdificuldade C. 4m 2nico sucesso determina se o su0eitoestá contando uma inverdade sem inten5ão. 8rêssucessos desco!rirão se o su0eito está mentidodeli!eradamente. inco ou mais sucessos revelarão averdade da mentira em seu n%vel mais simples Bisso pode

di(er quem cometeu um crime, mas não o motivo ou paraquem o criminoso estava tra!alhandoC. ;ote que esse:om funciona apenas quando al$uém fala da verdade emque ele acredita? companheiros de matilha não podemsair tentando arran0ar iscasF falando nomes paradeterminar quem realmente cometeu um feito, pore)emplo.

8rilha da Realidade lida com fatos conhecidosBela nunca pensou em voltarF, apesar de suas !ravatas,seu irmão não matou o +aldito so(inhoFC, e não com$randes verdades espirituais.

O Cul%a da &lma (Nível Ci'o) — Esse poderoso

porém temperamental :om permite que o peso da culpaque está no cora5ão er$a7se ' superf%cie. & efeito varia,mas usualmente aparece escurecendo as caracter%sticas doalvo? as som!ras se aprofundam ' medida que a culpaaumenta Boutros efeitos incluem uivos dos demHniosF, osom dos ventos de inverno ou até mesmo umaonipresente m2sica de fundoC. ;ote que, apesar de 2til,possui al$umas limita59es severas, pois re$istra apenas ospro!lemas do indiv%duo. ara uma santa senhora, umasimples mentira pode dar a ela pesadelos eprofundamente escurecer sua alma, enquanto umvi$ilante pode dormir o sono dos 0ustos e passar

indetectado pelo :om. ulpa da lma é ensinado poral$uém da ninhada do 1alcão, ou qualquer esp%ritoassociado com Justi5a.

Sistema: & #arou deve olhar Bou em al$uns casos,ouvir ou cheirarC o alvo e concentrar por um turnocompleto. & 0o$ador testa ercep5ão P EmpatiaBdificuldade C? o n2mero de sucesso indica a claridadeda impressão do #arou.

Soltura das &marras (Nível Seis) —  E)istemmuitos meios de misticamente aprisionar a vontade deoutros. Esse :om rompe tais la5os, de domina5ão dosan$ue de um vampiro até o controle da mente de um

ma$o, ou um ta!u da +eia -ua. queles que conhecemesse :om podem usá7lo em qualquer ser, incluindo nelesmesmos. Esse :om é dado apenas por um <ncarna ou por

84  Livro dos Augúrios

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um esp%rito de poder equivalente, normalmente comouma recompensa por al$um $rande servi5o.

Sistema:  & #arou é automaticamente imune aqualquer coer5ão so!renatural, e)ceto aquelas vindas deum ser mais poderoso que um <ncarna. & usuário do :ompode que!rar uma compulsão m%stica de outra pessoatocando7a, $astando um ponto de #nose e testando+anipula5ão P -ideran5a Bdificuldade TT 7 a 1or5a deVontade do alvoC.

 !ovos "ituais  "itual de Puni*0o  "itual da Morte Prateada 

 ;%vel /uatropenas o Ritual dos :entes Vin$ativos de #aia é

uma puni5ão pior do que o Ritual da +orte rateada. &slo!isomens o reservam para aqueles que matam seupr"prio povo sem provoca5ão ou desafio, cometendoassassinatos frios e calculados com o o!0etivo de alcan5aral$uma meta ou o!0etivo. or e)emplo, um lo!isomemque mata outro para rou!ar um fetiche ou ascender aopoder seria um provável candidato a sofrer essa puni5ão...se for provado que ele é culpado. 4m crime menor podevaler uma a5ada, onde o ofensor tem pelo menos umachance de se redimir ao morrer? mas na +orte rateadanão há reden5ão, apenas ver$onha e humilha5ão. :iantedos lo!isomens Bno m%nimo outros doisC e esp%ritosreunidos, o mestre de rituais recita os crimes do ofensor.

Enquanto fa( isso, toda a for5a é drenada do corpo doofensor, para que ele não fa5a nada, apenas se encolhaenquanto um dos #arou Bnormalmente o mestre deritual, mas 's ve(es é um arente ou companheiro dematilha do assassinadoC er$ue a klaive para o $olpe fatal.

Sistema:  4m teste de arisma P RituaisBdificuldade C é tudo o que é necessário para tirar doofensor toda sua for5a. & alvo não pode percorrer atalhosou sair do lu$ar. 4m teste de 1or5a de VontadeBdificuldade W P os sucessos do mestre de rituaisC énecessário para permanecer !ravamente no final? umafalha custa T ponto temporário de #l"ria e U pontostemporários de Donra, enquanto uma falha cr%tica custao do!ro de pontos B0á que o alvo cede no final e chorapateticamenteC.

 "ituais de Pacto  "itual do Sangue da Matilha 

 ;%vel 4m

maioria dos #arou forma matilhas que são li$adase dedicadas a um esp%rito totem. ;esses dias de seitasmistas e ma$ras fileiras, al$uns lo!isomens são for5adospela necessidade a correr 0untos temporariamente. Esseritual une um $rupo de lo!isomens em uma matilhadedicada a um prop"sito em particular, como uma !usca,uma !atalha ou uma simples $uarda das divisas do caern.&s efeitos e)piram ap"s a tarefa ser completada, oudepois de um mês lunar, o que acontecer primeiro.nci9es normalmente esperam associa59es maispermanentes para pedir as !ên5ãos de um esp%rito totem.

  Capítulo Três: Lei e Ordem 85

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pesar dos efeitos so!renaturais desse ritualeventualmente aca!arem, respeito m2tuo e ami(ades sãoresultados comuns. Seitas rivais podem unir seus$uerreiros com esse ritual para melhorar suas rela59es. ;ão é incomum para tais matilhas se transformarem emmatilhas de verdadeF no decorrer do caminho, sedevotando a um totem espec%fico.

Sistema:  ada mem!ro da matilha 0ura seuprop"sito de união enquanto eles cortam a palma da mãoou da pata e derramam uma pequena quantidade desan$ue em uma ti$ela. & san$ue é misturado e pintadono rosto, mãos e peito Bacima do cora5ãoC de cadamem!ro. +ediante um ritual !em sucedido Barisma PRituais, dificuldade C, a matilha rece!e !enef%cios, comoiniciativa simult@nea e mano!ras de com!ate especiais. ;ote que mem!ros de uma matilha de verdadeF podemparticipar dessa matilha temporária, mas provavelmenteeles terão que dar al$uma e)plica5ão para um totemenervado.

 "itual do #rande $onselho  ;%vel /uatro ;esses dias, quando a unidade é tão importante, ela

dolorosamente está em falta. +uitas ve(es, uma ri)a 0o$amatilha contra matilha, tri!o contra tri!o ou seita contraseita. 4m #arou popular pode ser Bpossivelmente deforma errHneaC acusado e sentenciado, ou velhosressentimentos $eram $uerras. pesar dos maioresesfor5os dos +eia -ua, a estrutura da sociedade doslo!isomens é rompida. Esse arriscado, masimpressionante, ritual atrai os esp%ritos mais poderososenvolvidos na disputa —  normalmente os totens das

matilhas que estão na disputa, apesar de que totens decaerns ou tri!ais possam estar envolvidos tam!ém. * umatentativa peri$osa, mas se !em sucedida certamente traráa pa(? quando os esp%ritos mais poderosos de uma seitafalam em un%ssono, até mesmo matilhas que estão em$uerra ouvem com aten5ão.

Sistema:  dificuldade do teste de arisma PRituais é i$ual ao tipo de esp%rito invocado mais elevadoBcomo no Ritual de on0ura5ão, pá$. TQW do livro!ásicoC. & que se se$ue deve ser intensamenteinterpretado Bapesar de que o ;arrador pode a0ustar aatitude inicial do totem de acordo com o n2mero de

sucessos o!tidosC. 4ma ve( que todos os esp%ritos estãopresentes, o hilodo) deve mostrar a situa5ão eMou e)poro caso. &s esp%ritos fa(em um conselho com o +eia -ua,ou o interro$am. Se eles concordarem com suas decis9es,eles estarão ao seu lado quando ele dá Bou reiteraC o0ul$amento. Se, por outro lado, eles discordarem com adecisão do 0ui(, isso tam!ém se mostrará claramenteBnormalmente resultando na perda de Donra e decredi!ilidadeC.

 "itual M4stico 

 "itual da Lua ,negrecida 

 ;%vel 8rêsEsse ritual raramente usado cria uma área

espiritualmente morta, essencialmente fechando umpequeno espa5o ao acesso 4m!ral. & espa5o não podeser maior do que uma pequena ca!ana ou um quarto$rande. &s #arou se sentem !astante desconfortáveisnessa área morta, e os esp%ritos aprisionados ali podem seenfraquecer até a ine)istência.

Sistema: &s arredores do espa5o são inscritos com$lifos, e uma fuma5a de ervas ou incenso é queimado parae)pulsar esp%ritos e influências espirituais do espa5o.ada sucesso BRacioc%nio P Rituais, dificuldade Caumenta a el%cula em um, até o má)imo de TX. lémdisso, #nose não pode ser recuperada de maneiranenhuma dentro do espa5o selecionado, e esp%ritosmateriali(ados presos lá dentro come5am a se desfa(er nata)a de T ponto de Essência por hora. &s efeitos do ritualduram um n2mero de dias i$ual aos sucessos do mestre derituais, terminando com o pHr7do7sol do 2ltimo dia. &ritual demora meia hora para ser e)ecutado, e pode sercontinuado quando necessário.

 !ovos Fetiches Pena do Ma6at 

 ;%vel Y, #nose &ri$inalmente uma cria5ão dos ere$rinos

Silenciosos, os ere$rinos ficaram conhecidos pordividirem esse fetiche com os +eia -ua das outras tri!osque prestaram a0uda aos filhos da oru0a. pena podeter várias formas, de uma pluma de avestru( até uma pena

de $ralha. /uando um hilodo) está conversando comal$uém, ele usaF a pena contra a verdade de seu discursoatirando7a no ar. Se a pena for direto para o chão, elapesaF mais do que as palavras que a pessoa disse? elas sãoverdadeiras. Entretanto, se o orador está mentindo, apena permanece flutuando? suas palavras são muitopesadasF. aso o lo!isomem que usa a pena falhe emativá7la, a pena cairá no solo... e ele não perce!erá queestá ouvindo mentiras.

 ,spelho da -ist7ria  ;%vel W, #nose Q4m Espelho da Dist"ria pode ser um simples

espelho de !olso, um caco de vidro ou qualquer outrasuperf%cie refletiva Bdesde que não se0a prataLC. /uandoativado, o usuário fa( uma per$unta espec%fica ao vidro,como mostre7me quem rou!ou minha klaiveF. 4ma!reve e silenciosa ima$em irá aparecer. 8ais lampe0ospodem condu(ir a uma inverdade, 0á que eles não dão oquadro completo do que ocorreu e porquê. ima$emtam!ém reflete a realidade vis%velF? se al$uém estáusando um disfarce, é isso que o usuário do fetiche vê, enão a pessoa por !ai)o da máscara. s ima$ens de umEspelho da Dist"ria não são provas concretas paraassem!léias ou rituais de puni5ão, mas elas podem levar ohilodo) na dire5ão correta.

86   Livro dos Augúrios

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  Capítulo Três: Lei e Ordem 87 

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  apítulo Quatro:

Velhos ontos

e Novas anções

“Você está, de fato, jogando pedras dentro de um poço.

Sempre que você ouve um eco vindo de seu Subconsciente, você

conhece a si mesmo um pouco mais. Um pequeno eco pode

iniciar uma idéia. Um grande eco pode resutar em umahist!ria."

— Ray Bradbury, “How to Keep and Feed a Muse”

 #go sobre essa seita  —  ees te tratam bem. #

segurança dees também n$o é nada ma para um

 grupo de pacifistas. %es sabiam que eu estava

chegando antes de estar & ' qui(metros das divisas do

)aern, e assim que eu atravessei, observei um grande

e muscuoso *uardi$o me encarando, mas sorrindo.

“Você vai faar até o amanhecer+", ees sempre me

 perguntavam isso. Sim, creio que tave eu vá. # maior parte da seita é composta por -ihos de

*aia, apesar de achar que a estre de /itua é

U0tena, a jugar pea sua cooraç$o e suas vestes. 1sso

é bom, porque depois do papo furado po2tico, e outras

dores de cabeça que eu encarei na 3tima seita que

 visitei, sem mencionar o fato de ter percorrido uma

onga dist4ncia na 5erra Sagrada, que certamente é

quente demais para ser confortáve nos dias de hoje, é

bom estar em um territ!rio amigáve.

 %nt$o quando o Senhor das Sombras sentou no

outro ado da mesa de piquenique, meu est(mago

apertou um pouco. %e é obviamente um Senhor —

)abeos negros, sorriso escondido, um eg2timo e6empo

da ancestraidade da “nobrea" da tribo. as o que ee

quer comigo+

7 7 7

 %e caminha para dentro da careira e dirige8se

 para a mesa de piquenique, e meu coraç$o começa a

apertar. #gora é minha chance. Se metade dos

rumores que eu ouvi sobre ee for verdade, ee esteve ao

redor de todo o mundo e votou, e ee provavemente viu

coisas que eu s! posso imaginar. #gora, n$o irei fraquejar, pois esse é Samir o )haca, peo amor de

*aia9

 %spanei o p! sobre meus ombros e e6porei. %ssas

seitas hippies espantam o inferno para onge de mim  —

 nunca e6iste um ugar para se refrescar, & menos que

 você goste de caminhar uma hora até encontrar um

banheiro no parque, que também n$o s$o muito

impos. %stou desgastado peo passeio e o jipe foi

embora, mas ee parece bem mais despenteado do que

eu, e isso é bom.

 %sse cara tem agumas hist!rias que posso usar,

tenho certea. % oras, tave eu possa contar8heagumas coisas também+ Sentei do outro ado e o

observei meticuosamente. %e reamente parecia

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 89

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espreguiçou. “)erto, ent$o qua é o probema aqui+

 Vocês dois pensam que s$o o *aiard perfeito+"

“Dem, de forma aguma —" começou Samir.

“ — perfeitos," acom terminou. %es trocaram

 um ohar, e o Senhor das Sombras continuou. “%u s!

 pensei que dada minhas e6periências especiamente

 3nicas, creio que eu tenha uma gota mehor sobre o

que n!s *aiard dever2amos faer nesse mundo."“Sim, porque minhas e6periências no campo

correram de um ado para o outro, até o fim".

 Huc? evantou uma sobranceha. “5udo bem,

rapaes. #gora fiquei interessada. Vamos tentar

 manter isso civiiado, porque está muito quente para

tentar separar vocês dois se isso for resovido com as

 garras. acom, o que você quis dier com o que os

*aiards devem faer nesse mundo+"

 acom meneou a cabeça. “Dem, n!s

Fançarinos da Hua sempre tivemos uma

responsabiidade com a =aç$o *arou. %u n$o quero

subestimar os outros aug3rios, mas para ser honesto,&s vees penso que nosso cargo é o mais importante."

“%m que aspecto+ )omo+" Samir dirigiu & Huc?

 um estranho ohar, ent$o embrou da acunha da

*arou.

 acom dá outro sorriso forçado. “Cue se dane,

 vamos faer isso direito." %e retirou sua camisa e

dobrou sob ee na forma de um travesseiro. “Fei6e8me

contar8he uma hist!ria."

Origens H. algum tempo atr.s, antes dos $arou

fragmentarem-se em tribos, todos n(s t5n'amos o mesmoprop(sito sob $aia% 4ispostos simplesmente, )ramostodos guerreiros% 3or)m, n(s n#o )ramos o mesmo tipo deguerreiros ue os 1'roun  — ob*iamente, n#o )ramostodos  destinados a sermos l5deres% <(s )ramossimplesmente necess.rios para ca"ar e matar tudo uecolocasse nossa M#e em risco%

“Mas durante o tra6eto isso ficou problem.tico% 7uimagino ue isso se deu porue n#o )ramos diferentes obastante, e porue pod5amos pensar como 'umanos assimcomo pensar como lobos, ficamos entediados% 7nt#oalguns de n(s come"aram a temperar um pouco mais as

coisas% 1uelas pessoas ueriam andar sorrateiras por a5,praticar boas a"0es, e agirem como espi0es% 7les eramespertos e perspica8es, e eles fa8iam isso sob a lua no*a%4a mesma forma, certas coisas eram *is5*eis sob a luacrescente e n#o podiam ser *istas sob nen'uma outra lu8%+s lobisomens ue as obser*aram conclu5ram ue taisseres poderiam nos ensinar muito, e ent#o elescome"aram a ca"ar sob a lua crescente para entendermel'or esses esp5ritos% 7 assim por diante%

“1ueles de n(s ue decidiram ca"ar sob a luaminguante, bem, n(s somos um tanto dif5cil de explicar%1 lua minguante ) uase, mas n#o totalmente, completa%

= o meio-termo entre o euil5brio e aten"#o uecaracteri8am a lua dos 3'ilodox e a paix#o e f2ria da luados 1'roun% <(s entendemos a necessidade de lei,

ordem e tradi"#o, mas dese6amos a pure8a da ca"ada e damorte% Resumindo, n(s )ramos um tipo de fenda%

“<(s ca"amos e ui*amos sob a lua minguanteporue entendemos a aspira"#o pela integridade, massabemos ue n#o podemos ter tudo% <(s conclu5mos, aospoucos, ue pod5amos contar 'ist(rias e cantar can"0essobre perfei"#o e reali8a"#o, mesmo se n#o pud)ssemoster isso% 7 de certa maneira, n(s encontramos o ueest.*amos procurando e o fa8endo, ao contar 'ist(rias degrandes feitos, n(s consegu5amos ensinar li"0es e inspirarpaix0es% 7 em algum lugar disso tudo, Luna nos aben"ooucom um tipo de cole"#o de 4ons%

“3ense nisso% $alliards possuem 'abilidades muitodi*ersas% 3odemos ol'ar atra*)s da mente de outraspessoas e con*ocar ilus0es, mas tamb)m tril'ar oscamin'os da lua e con*ersar com animais% 1c'o ue )porue Luna entende ue n(s precisamos desse tipo delimite% ;emos um trabal'o muito exigente%”

“1lguns 6o*ens $arou aproximaram-se e agoraacenaram com a cabe"a concordando uando Malcolmterminou% &amir, no entanto, girou o ol'ar em dire"#o >Lucy, como ue pedindo permiss#o para falar% 7la acenoupositi*amente%

“/sso foi muito bom, Malcolm, mas *oc realmenten#o disse o ue os $alliards faem% &im, n(s contamos'ist(rias% &im, n(s inspiramos os po*os% Mas tem ummonte de coisas al)m disso%”

 As òltimas Can›es “%u n$o vou debater sua hist!ria — n$o é como se

 fosse ago maior que uma fábua, peo menos para

 prop!sitos práticos." acom arrepiou8se enfurecido, mas Samir continuou. “as pense por um minuto

sobre como é ser um *aiard agora. A mundo está

acabando, a @?rm está abrindo sua mand2bua para

engoir *aia. =!s temos os humanos destruindo tudo o

que podem tocar, incuindo uns aos outros. %es est$o

 mandando uns aos outros pros ares, baseando8se na

estupide. % aqui está a =aç$o *arou com vários

 poegares apoiando isso —"

“#cho que estamos divagando um pouco, Samir,"

 Huc? disse serenamente.

Samir baançou a cabeça negativamente. “)erto,

descupe. A que quero dier é, se tem ago com o qua nosso aug3rio sofre, é com o fato de que nossa funç$o é

 maditamente vaga. /eamente, n!s temos um monte

de chapéus diferentes para vestir, dependendo de onde

estamos. atiha, seita, tribo, =aç$o *arou como um

todo e por a2 vai."

O Galliard na Seita “?om isso em mente eu creio ue a seita ) um bom

lugar para come"ar% + ue os $alliard ensinaram uandoeles foram tra8idos para nossa sociedade@ ?laro, issodepende da seita em uest#o, mas *amos pensar sobre o

ue eles *em%“$alliards podem preenc'er ualuer posi"#o na

seita, por)m *oc ir. nos encontrar mais fre!entemente

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 91

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em algumas fun"0es doue em outras%&entinelas, porexemplo, geralmentes#o 1'roun, n#o$alliards% 1s duasposi"0es uecostumamos assumirs#o de Mestre do Ai*oe Menestrel%

Lucy deu umaespiada nos dois e n#odisse nada, mascertamente sentiu atens#o no ar%

“. o Mestre doAi*o ) f.cil,”continuou &amir,tentando simular uen#o sentiu a s2bitapress#o no ar%“$allliards aprendem4ons associados >ui*os e comunica"#o,e n(s aprendemoscomo transformaresses ui*os em can"#o%7 assim, ) claro,estamos nospreparando para seraueles ue iniciam asassembl)ias% 7u 6.encontrei Mestres doAi*o de outrosaug2rios, mas n#omuitos% /sso fa8 sentido —  n(s somos oslobisomens ue podemin*ocar os $arou detodas as partes daseita, e os ue podemrealmente inspir.-loscom o esp5rito daassembl)ia%”

“1gora umMenestrel ) uma outra'ist(ria% ?laro, n(scontamos bem as'ist(rias —”

“&er um $alliard) bem mais do ueCcontar 'ist(riasD,cara%” &amir le*antouos ol'os paraMalcolm, irritado com

a interrup"#o%Malcolm espanou umpouco da poeira sobre

seus ombros econtinuou indiferente%“<#o ) apenas contar'ist(rias% Eoc sabedisso% = garantir ue oou*inte est.aprendendo a li"#ocorreta, ue *ai al)mda 'ist(ria% 7 isso )metade do trabal'o deum Menestrel% Eou tedar um bom exemplo%

“7u esta*a*isitando um caernmuito especial no$rande <orte Brancon#o muito tempoatr.s% ;i*e o pra8er deou*ir a 'ist(riacontada por umMenestrel dos $arrasEermel'as, emborac'amar isso de“'ist(ria” )des*alori8ar realmentesuas 'abilidades% 3arteui*o, parte m5mica —”

“&im, eu 6. *i umlupino contar'ist(rias, Malcolm%”

7ntre n#oargumentar e perdersua *e8 de falar,Malcolm balan"ou suam#o para &amir econtinuou% “4eualuer forma, oassunto era sobre umdos princ5pios daLitania%7specificamente, erasobre um lobisomemue caiu por comercarne 'umana%”Malcolm pareciasaborear o ol'ar naface de Lucy% “7u sei,grande *iola"#opara n(s% &e ualuerum de n(s trscont.ssemos essa'ist(ria, n#o 'a*eriadebate ue apoiarianossas opini0es%3or)m, da forma ue

ele contou isso, *ocrealmente sentiria fome  mais tarde% /sso

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foi incr5*el% 1 forma ue ele contou a 'ist(ria  —  sualinguagem corporal e os odores ue ele expeliu  —

simplesmente atuou como escol'as de pala*ras e inflex#opara um contador de 'ist(ria *erbal como *oc e eu% +prop(sito integral de contar 'ist(rias ) extrair umaresposta do ou*inte, e um bom $alliard, n#o interessa om)todo ue ele — ou ela — use, pode obter a respostaue ele uer%”

&amir c'acoal'ou desapro*ando% “3apo-Furado%”Lucy ol'ou de relance para ele, mas n#o o impediu defalar% “Gue besteira, Malcolm% 1 inten"#o de contar'ist(rias ) passar adiante uma li"#o, um pouco denot5cias, ue se6a% 1penas extrair uma resposta — merda,isso ) o ue os filmes americanos fa8em% 7les sacodemcada m2sculo card5aco ue *oc tem% /sso n#o ) contar'ist(rias, ) manipular% Am $alliard tem um de*ersagrado com a <a"#o $arou, e essa responsabilidade )manter a sabedoria e as tradi"0es vivas apresentando-asem um formato ue at) mesmo 6o*ens aprendi8es possam

entender% 7 isso significa ue n#o interessa como *ocenfeita uma 'ist(ria, tem de 'a*er 'onestidade nisso,sen#o isso seria apenas um 6eito de deixar as pessoasanimadas%”

Malcolm bufou de maneira irris(ria% “&im, e o ue )o trabal'o dos Menestr)is, ent#o@ <a 2ltima assembl)iaonde esti*e presente, o Menestrel foi para o palco antesdo Festim% = nosso  —  desculpe,  meu  —  trabal'opreparar a reuni#o para o ue *em depois, e isso significaarranc.-los de ualuer depress#o ue o Guebra do +ssopossa coloc.-los% Eamos encarar isso, essa di*is#o daassembl)ia geralmente n#o ) a mais animada, 'o6e em

dia% Mas relacionamos isso ao totem do caern colocartudo o  ue temos no Festim% 7 isso significa ue oMenestrel precisa conuistar pessoas na assembl)ia% &eisso en*ol*e uma peuena puxadin'a nas cordas docora"#o, t dentro%”

“7nt#o o ue *oc est. di8endo, ue a fun"#o de um$alliard dentro de uma seita ) a de um publicit.riopessoal@”

“?laro% <a mesma medida, ou mais, 6. ue essecargo ) ser professor e cronista%”

Lucy limpou sua garganta% “Mais alguma coisa@”1mbos os $alliards pensaram por um momento, e ent#o

Malcolm falou%“&im, eu ten'o mais uma coisa% ;al*e8 isso se6aapenas nas seitas ue fre!entei ultimamente, mas pareceue o Eigia do 3ort#o tende a ser um $alliard, n#o )@”&amir positi*a com o semblante% “7u esti*e pensando oporue disso% 7 fa8 sentido para o &entinela e o /nimigoda Iyrm serem 1'roun, mas por ue os 3orteiros n#os#o 3'ilodox ou ;'eurge, de*ido >s suas fun"0es, aoin*)s de $alliard@ Meu palpite ) ue n(s simplesmentefomos parar nesse cargo porue ) o mais social dasmaiores posi"0es da seita%”

&amir laminou os ol'os% “7u ac'o ue isso )

coincidncia% $alliards de posto mais alto aprenderam ossegredos das pontes da lua% ?reio ue isso aconteceporue $alliards assumem o cargo muitas *e8es, o

bastante para ser not.*el, mas n#o acredito ue isso se6aum tipo de tendncia%”

Malcolm deu com os ombros% “?omo eu disse, euesti*e *isitando di*ersos tipos espec5ficos de seitas nos2ltimos anos recentes, ent#o eu *ou admitir ue n#oposso confirmar isso perfeitamente% Mas realmente,sempre ue eu for suplicar uma posi"#o na seita, seriacomo 3orteiro% 3or)m existe mais nesse trabal'o do ueparece% Eoc tem ue lidar com *amos *er,” elecutucou a pele ao redor de seus dedos% “+ totem docaern, os lunas nas pontes da lua, *isitar $arous,abandonar $arous, e *oc tem ue escol'er mensageiros%/sso refere-se > parte de lideran"a orientada de nossosaug2rios, porue 3orteiros de certa forma tm ue cuidardos outros% 7les tm ue ser os primeiros > cumprimentarno*os con*idados um monte de *e8es, e isso d. > eles ofornecimento, em primeira-m#o, de not5cias e boasfofocas%” 7le d. com os ombros% “7u n#o sei, fa8 sentidopara mim%” 7le deu um gole em sua garrafa dD.gua, e&amir apro*eitou a oportunidade para falar no*amente%

“?laro, $alliards crescem ao exercer alguns dos*.rios rituais importantes para a seita% <aturalmente,ualuer um pode aprender ualuer ritual dado, masalguns rituais caem naturalmente sob nosso ramo%3ro*a*elmente o mais importante ) —”

“1 ?erimnia pelos Falecidos%” Malcolm rebaixaseus ol'os conforme ele di8 isso% &amir n#o percebe%

“<#o, na *erdade, eu iria falar do Ritual de?onuista% <#o me le*e > mal —  a ?erimnia pelosFalecidos certamente ) importante% Mas me parece ue aresponsabilidade pelos mortos poderia ser facilmentesuprida por um ;'eurge, enuanto o de*er de a6udar6o*ens $arous com seus camin'os ) mel'or feito poralgu)m ue possa fa8-los sentirem-se orgul'osos de seusfeitos e a6ud.-los > lembrar uais li"0es eles aprenderam%”Lucy indicou com a cabe"a, e ol'ou para Malcolmprocurando alguma contesta"#o% 7le tin'a uma pronta%

“Eoc poderia facilmente di8er o contr.rio, por)m%3or ue n#o ter um compan'eiro da matil'a do rapa8executando o Ritual de ?onuista, ou pelo menos umcompan'eiro de tribo@ Am 3'ilodox, por exemplo, poderepresentar o dono dos feitos mais fielmente do ue um$alliard% Mas eu entendo o ue uer di8er% 1 coisa sobre

a ?erimnia pelos Falecidos, por)m como colocarisso%” Malcolm cerrou seus l.bios e desli8ou sua m#osobre uma faixa de couro ao redor de seu pun'oesuerdo%

“?erto, *amos tentar isso% Funerais entre os'umanos n#o s#o realmente para os falecidos% 7les s#opara a6udar os *i*os > idarem  com o fato da morte, eent#o tem um monte de con*ersas sobre encomendar aalma da pessoa para 4eus, bla bla bla% Honestamente,creio ue ) por isso ue funerais 'umanos tem perdidomuitos de seus aspectos celebrati*os% 1', *oc *ai *erisso >s *e8es — esti*e em *el(rios irlandeses — mas cada

funeral 'umano em ue esti*e d. para sentir como sealgo fosse perdido, algo ue todo mundo uer di8er, masn#o podem simplesmente se meter% 7les de*iam saber

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 93

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disso, supon'o, mas como pessoas cresceram distantes dasantigas tradi"0es, seus ritos funer.rios defin'aram emoutro simples exemplo para a f) *a8ia deles,simplesmente outro modo de arrumar uma desculpa parasuas mortes parecidas%”

“<ossos rituais tm algo da express#o “Eoltar para$aia”, mas geralmente ) celebrar a *ida do falecido eJouin*ocar castigos conforme necess.rio% = mais sobre olobisomem ue acabou de morrer, e colocar tudo > limpocom ele para ue ele, em contrapartida, possa retornarpara guiar seus descendentes% 7 supondo ue at) as tribosmais “primiti*as” ol'am para isso desse 6eito, creio ue )dessa forma, e sempre foi assim% Eoc fala sobre tercerte8a ue as 'ist(rias possuem uma li"#o —  o ue )mel'or para certificar-se ue as li"0es sobre*i*er#o doue assegurar ue o *ener.*el falecido tem algum lugarpara ir@”

“7, sim, tal*e8 um ;'eurge possa cuidar do ladoespiritual das coisas% Mas se 'ou*e sempre uma 'ora paraagir como um publicit.rio, uerido, ) durante uma?erimnia%” Malcolm sorriu, mas o ol'ar atr.s de seusol'os era melanc(lico% 7le ob*iamente 6. executou umaou duas ?erimnias pelos Falecidos% “7nuanto ofalecido n#o era corrompido e n#o trouxera *ergon'apara sua seita e sua tribo, um bom $alliard pode sempre

encontrar algo bom para di8er% 1 ?erimnia n#o ) ummomento de brutal 'onestidade% = o momento de en*iaralgu)m para a grande *ida p(s-morte,” ele pausou eol'ou para &amir, “ou o grande descon'ecido, em algunscasos, assegurando-os ue ees serviram > $aia% <en'umelogio 'umano 6. c'egou perto disso, porue eles n#opossuem a mesma garantia ue temos% 7 isso ), em grandeparte, o por u n#o somos simples Crep(rteresD ouCcontadores de 'ist(riasD — mesmo ue nossas supostastradi"0es orais se6am mais 'ist(ria ue mitologia%”

&amir soltou um silencioso “'mmp'” mas n#ointerrompeu%

“1c'o ue ) importante mencionar, tamb)m,”continuou Malcolm, “ue ?liat' $alliards e $alliards deposto mais alto possuem fun"0es diferentes%” &amirergueu uma sobrancel'a, mas sua face n#o re*ela*a se eleconcorda*a ou n#o% Malcolm continuou% “$alliardsanci0es come"aram a captar uma *erdade muito essencial

sobre contar 'ist(rias, *erdades ue ningu)m ueestudou folclore 6. soube — isso tudo 6. 'a*ia terminadoantes%”

&amir berrou% “$rande $aia, ) o bastante para esse*el'o pangar)% &em 'ist(rias originais@ = o ue *oc t.me di8endo@”

“<#o exatamente% 4igo apenas ue os caras de postoele*ado do nosso aug2rio 6. ou*iram todos os contosantigos de suas tribos, suas seitas, e pro*a*elmente damaioria da <a"#o $arou% /sso l'e d. duas possibilidades,desde ue *oc n#o este6a mais com uma matil'a% Amdos dois conuistar uma posi"#o na seita, e n(s 6.

mencionamos ue ser o 3orteiro ) uma escol'a popular,se6a l. ual for o moti*o, ou *ia6ar o mundo e saciar o*a8io de seu repert(rio%”

1 con*ersa parou por *.rios, e desconfort.*eis,segundos% ?ada um dos ri*ais cru8aram ol'ares,aparentemente esperando o outro para criticar comalgum coment.rio sobre a *olta ao mundo% 4e maneirasurpreendente, nen'um dos dois o fe8% &amir, noentanto, falou antes ue Malcolm pudesse continuar%

“Bom, em resposta > sua teoria de “*er tudo”, porue ent#o n(s *ia6amos pelo mundo@ &e *oc ou*iu todasas 'ist(rias poss5*eis, por ue ir atr.s de no*as —especialmente nos caerns em ue *oc *isita@ Eoc pensaue os $arras *#o l'e di8er algo ue 6. n#o ten'aou*ido@”

Malcolm rosnou, e seus bra"os nus ondularamconforme seus m2sculos contorceram-se% Lucy colocouuma m#o em seu ombro, balan"ou sua cabe"a e respiroufundo% “;ouc')%”

&amir sorriu con*encido, mas n#o espremeu o casodas andan"as de Malcolm% “?reio ue ocorreexatamente o contr.rio do ue *oc sugeriu uando os$alliard en*el'ecem% 1c'o ue em cada uma das f.bulasexiste uma experincia real, uma ue pode simplesmentemudar o curso das .guas de uma guerra% 7 >s *e8es o 6eitode se aprender a *erdade ) procurando e ou*indo as'ist(rias de primeira-m#o se poss5*el% 7 se isso significaue *oc de*e aprender 'ist(rias de um *el'o lobisomemgrisal'o ue n#o deixou sua seita, ou lar, em uma d)cada,ent#o *oc ter. ue *ia6ar at) auela seita% 4e ualuerforma, *oc est. alimentando um entusiasmo paraaprender 'ist(rias ue come"am antes da 3rimeiraMudan"a, supon'o%”

Malcolm meneou a cabe"a negati*amente% “7u n#osei sobre isso% E.rios $alliard ue encontrei apenasiniciaram-se na arte de contar 'ist(rias ap(s entrar emuma matil'a%”

O Galliard na Matilha “Eoc nunca fe8 parte de uma matil'a, fe8 &amir@”

+ 3eregrino &ilencioso pensou em considerar a perguntacomo uma ofensa, mas o tom de Malcolm n#o implica*amal5cia ou 6ocosidade%

“<#o, eu cogitei isso uma *e8, e tudo desabou demaneira explosi*a%”

Malcolm balan"ou a cabe"a% “7u esti*e em uma

matil'a por um tempo% 1lguns anos, na *erdade% Mas oue você pensa ue de*eria ser a fun"#o de um $alliardem uma matil'a@”

/sso era uma aposta, e todos os $arou presentessabiam disso% Malcolm esta*a deixando &amir falarprimeiro, medindo sua 'abilidade para ter *antagensuando fosse sua *e8 de responder% &amir n#o se mostrouner*oso, entretanto% “Bem, n(s falamos algo sobreCrelatoresD mais cedo% Francamente, eu ac'o ue ) umaboa analogia% + $alliard ) um rep(rter in*estigati*o pornature8a, ou, de*eria ser pelo menos% 7les lembram aosmembros da matil'a os acontecimentos e isso significa

ue enuanto os 1'roun acordam as matil'as de man'#para treinar e praticar t.ticas, o $alliard ) umobser*ador, e procura ter certe8a ue eles est#o fa8endo o

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ue de*eria estar sendo feito% +s $alliard n#o s#ofre!entemente alfas, mas n(s somos betas naturais%”

“+s 1'roun podem ser mais '.beis em fa8er osoutros $arou da matil'a bei6arem o c'#o, mas os$alliard tm outro tipo de autoridade% Ama *e8 ue ) o4an"arino da Lua uem conta as 'ist(rias dos feitos dasmatil'as, se6a em uma assembl)ia ou para o Menestrel,um $alliard de uma matil'a determina como a matil'ainteira ) *ista pela seita% /sso pode fa8er uma grandediferen"a em termos de renome, ue pode incitar ouimpedir um lobisomem ue dese6a um desafio por umposto mais alto, ou ue uer aprender um no*o 4om%”

&amir deu um ol'ar atra*essado a Malcolm antes decontinuar% “?laro, n#o ) correto pensar ue um $alliardde*eria usar dessa *antagem para manipular ou coagir osmembros de sua matil'a% 7sse tipo de coisa )definiti*amente desonrado, e eu ten'o ou*ido 'ist(riasde $alliards se submetendo > Eo8 do ?'acal por essetipo de merda%” Malcolm deu um riso for"ado, mas n#ointerrompeu% “1ssim como um 3'ilodox ) um bomrepresentante de uma tribo ou matil'a em tempos de pa8,estaremos mel'or com um $alliard em tempos de guerra% <(s temos algumas C'abilidades com pessoasD, por maisincmodo ue o termo possa soar, e n(s podemos us.-laspara resol*er um mal entendido, ou iniciar uma guerracompleta%”

“1ui est. um exemplo desse tipo de 'abilidade% 7uesta*a andando com uma matil'a na /rlanda por umtempo — basicamente, eu precisei de um fa*or da ?oru6auma *e8, e o acordo seria ue eu me uniria a essa matil'apor um ms ou dois% 4e ualuer modo, a $alliard delesera uma cadela ordin.ria% 7la era uma Roedora de +ssose ela podia sair sem dar explica"0es e socar praticamenteualuer um%”

“Bem, essa matil'a esta*a tendo problemas comuma incmoda matil'a de 4an"arinos fugiti*a% 7nt#o, a$alliard procurou pela cidade por um tempo,encontrando os 4an"arinos e se apresentando a eles% <#ome perguntem como ela fe8 isso sem ser despeda"ada% 7laera realmente sutil, mas basicamente ela deixou escaparue sua matil'a esta*a pr(xima de dan"ar a 7spiral% 7laeste*e com eles por um tempo — rumores di8em ue elaat) mesmo participou de um de seus rituais, mas isso n#o

foi confirmado—

  e ent#o finalmente ela disse estarpreparada para trair sua matil'a%”“?laro, ela le*ou os 4an"arinos para uma armadil'a%

7 eles compraram a id)ia, tudo porue ela gastou tempocomunicando-se com os bastardos, aprendendo seusnomes e suas personalidades — em resumo, ela gan'ou aconfian"a deles”% 7le parou para dar um gole em suabebida% “7la tin'a a essncia de $alliard do ciclominguante% &e ela fosse do ciclo crescente, teria elaconseguido con*encer um dos 4an"arinos a searrepender@”

“Hmm, certo”, resmungou Malcolm%

“4e ualuer modo, al)m de obser*ar todos os fatos,e guardar os feitos dos membros de sua matil'a, e

ocasionalmente ele*ar emo"0es ao .pice,  um $alliard

tamb)m ) uma esp)cie de animador de torcidas%”Malcolm suspirou “R., r., $aia% Eoc est. certo, no

entanto% Ama boa parte do trabal'o de todos os4an"arinos da Lua ) ter certe8a ue sua matil'a n#o est.caindo em desespero% Eamos assumir todos n(s *emosmerdas ue nos fa8 uerer desistir% Mas um $alliard temuma grande *antagem —  n(s podemos *er isso comofatos de uma 'ist(ria%”

&amir *irou os ol'os% “+ra, isso foi profundo%”“1penas me ou"a, certo@ +s Meia Lua s#o o 2nico

outro aug2rio com a nossa aprecia"#o por 'ist(rias, maseles s( pegam os fatos apresentados, em sua maior parte%7nt#o *amos pegar, por exemplo, uma matil'a ue *iuum rio entul'ado uase morto para a polui"#o% + Reinoest. ruim, a Ambra, pior ainda, e todas as matil'asrealmente se sentem como se esti*essem no inferno, porue o u eles podem realmente fa8er@”

“+ 1'roun pode *er Malditos ue precisam sermortos% + 3'ilodox sabe bem ue a Litania ordena ue amatil'a purifiue o lugar% + ;'eurge pro*a*elmente est.uase aos prantos com o dano causado aos esp5ritoslocais, e o Ragabas'%%% uem sabe@ Mas o $alliard * esserio lamacento e relembram uma 'ist(ria sobre algosimilar ocorrido no passado —  at) mesmo um passadomuito recente — e de uma t.tica, o ue pode ser muito2til% +u, no m5nimo, ele pode contar uma 'ist(ria uele*antar. os esp5ritos da matil'a de sua depress#o,fa8endo-os agir de no*o% + 1'roun e o 3'ilodox podem*ir a ser o estrategista e o 6ui8, respecti*amente, usandoas 'ist(rias dos $alliards como ponto de partida —”

“7spere, ent#o n(s somos a porcaria dos caras das

idéias@” &amir agitou sua m#o no ar como se tentasseespal'ar fuma"a% “+', por 4eus, n#o% <(s podemos ser'.beis em contar algumas 'ist(rias ou le*antar algunsesp5ritos, e isso ) magn5fico, mas cada situa"#o )diferente% 1prender 'ist(rias ) importante, mas n(sestamos criando no*os contos todos os dias% Recai sobren(s nos assegurar ue as lendas de aman'# se6amcontadas e recontadas, assim os $arou do mundo saber#oue alguns guerreiros de $aia est#o por a5, fa8endo seusde*eres% &e *oc continua contando 'ist(rias sobre umpassado distante, e os lobisomens 6o*ens perder#ocontato, assim como acontece com adolescentes

'umanos uando perguntados se acreditam na B5blia ouno ?or#o ou em algum outro antigo —  e totalmenteinacess5*el — texto%”

Malcolm se le*antou e mexeu suas m#os em sinal defrustra"#o% “7nt#o n(s somos supostamente os idiotas domilnio e de*5amos aprender coisas ue s( a ultimagera"#o pode entender@ <#o mesmo% 7u penso ue n(ssomos professores antes de int)rpretes%”

“/sso soma contra sua reputa"#o e as coisas ue tin'adito agora mesmo,” obser*ou Lucy%

“Min'a reputa"#o nada tem a *er com a min'aapresenta"#o de lendas ou 'ist(rias de outros $arou,

muito obrigado,” disse Malcolm, um pouco mais diretodo ue pol5tico% “7 eu n#o disse nada muito diferente ueindicasse ue eu sou a fa*or de alterarmos o conte2do de

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 95

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nossas 'eran"as para se adeuar >s aten"0es menoscompetentes  de 'o6e% 7m casos de expedi"#o pol5tica,isso pode ser muito sensato ao tratar assunto um pouco—”

“Besus, *oc est. ou*indo o ue di8, Malcolm@”&amir tamb)m se le*antou em repulsa% “Eoc est.di8endo ue n#o ) aceit.*el situar uma 'ist(ria em umcontexto mais moderno, para ue um ou*inte modernopossa entender sem uma 'ora de explica"0es, mas )aceit.*el mentir sobre o conte2do de uma 'ist(riacorreta para manipular o ou*inte@ Eoc de*eria trabal'arem Hollywood%”

1mbos $alliards ficaram uietos por um momento%Lucy *iu ue eles se ol'a*am firmemente e ue ambosmostra*am seus dentes% 7la se le*antou e empurrou osdois, 6ogando-os em seus assentos% “/sto n#o ) esse tipo dedesafio, rapa8es% &e segurem antes ue eu declare umempate%“

&amir e Malcolm resmungaram desculpas para Lucye tomaram seus assentos no*amente% Lucy continuou%“?erto, eu ac'o ue 6. falamos muito sobre as fun"0es deum $alliard na matil'a% Gual o pr(ximo@ 1 tribo@”

Os Galliards nas Tribos “;(pico muito ardiloso,”  come"ou &amir% “?ada

tribo tem uma cultura muito especial e especifica e as'ist(rias s#o contadas de diferentes modos em cada umadelas% = mel'or eu come"ar com as ue mel'or con'e"o,como a min'a pr(pria tribo%”

“+s 3eregrinos &ilenciosos, claro, fre!entementetrocam 'ist(rias e not5cias por abrigo e comida% +utrastribos tamb)m tm os Ccontadores de 'ist(rias

peregrinosD, ocasionalmente, mas claro ue n(s somosmel'ores nisso —  pois temos mais pr.tica% = muitocomum ue as not5cias ue le*amos se6am ruins, e as'ist(rias se6am mais de alerta do ue de di*ers#o, ue )pro*a*elmente o moti*o pelo ual eu goste de contar'ist(rias ue s#o *erdadeiras e acess5*eis% &e uma 'ist(riatem apenas o ob6eti*o da di*ers#o, o 3eregrino ir. cont.-la como ou*iu% &e ela ) um alerta, ele sacrificar. a poesiapela utilidade— >s *e8es”% &amir fe8 uma pausa “1gora,as outras tribos%%%”

“<#o *ai mencionar o <a0iv SIatura, &amir@”Malcolm deu a seu ri*al um insolente sorriso for"ado%

 <otando o ol'ar uestionador de Lucy, ele disse,“1bsolutamente lindo% 7ssa ) uma forma de narra"#oatra*)s da dan"a% Eoc precisa ter uma aprecia"#oleg5tima da arte para entender ualuer 'ist(ria contadadessa maneira, mas *er os dan"arinos girando em tornode si mesmos no ar 6. ) impressionante por si s(”% 7leol'ou &amir de relance, ue esta*a *isi*elmentesurpreso% “+', *oc est. c'ocado por eu saber algumaporcaria@”

“<a *erdade, sim% 4e ualuer modo, isso ) a min'atribo% 7u passei um bom tempo em seitas urbanas, e,portanto encontrei alguns $alliards das duas tribos

urbanas% Eocs podem pensar ue eles tm gostossimilares, mas a *erdade ) ue seus contadores de

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'ist(rias n#o poderiam ser mais diferentes”%“+s 1ndaril'os do 1sfalto usam meios de

multim5dia mais ue ualuer outra tribo, ) claro% &eus$alliards est#o mais pro*a*elmente para designers eanimadores gr.ficos ue para con*encionais contadoresde 'ist(rias, ou no m5nimo eles tm mais facilidade emutili8ar mais tecnologia ue os demais contadores de'ist(rias% 4o mesmo modo, eles tamb)m carregam umpouco do fardo de disseminar as informa"0es para a tribo,o ue significa ue muitos $alliards dos 1ndaril'os do1sfalto s#o proficientes com euipamento de *igilncia—  microfones ocultos, grampos de telefones, microcmeras e esse tipo de coisas% 1l)m disso, elesincorporam esp5ritos tecnol(gicos em suas apresenta"0es,e no final de tudo isso, sentimos ue estamos em algoentre um semin.rio e uma assembl)ia ritual%  /sto )assustador de *e8 em uando, mas ) muito belo e originaltamb)m%

“+s Roedores de +ssos, por outro lado, utili8am oabatido e o imundo uando contam 'ist(rias% 7les tmtoda uma performance de rua s( deles% &eus $alliardsgostam de contar 'ist(rias em lix0es, e eles andamenuanto falam, puxam pessoas para a audincia parailustrar pontos, e moldam suas 'ist(rias para a sua cidadenatal, mesmo ue ela ten'a ocorrido a mil'ares de anoatr.s%” &amir parou para saborear o ol'ar dedesapro*a"#o de Malcolm, “7u adoro isso% 3ara mim, isso) exatamente como os contadores de 'ist(rias de*eriamser% Lembram-se do ue eu disse mais cedo sobre como osmodernos $alliards mudariam o mundo fa8endo no*aslendas@ +s Roedores de +ssos incorporaram essa id)ia%&eus $alliards est#o bem ligados, e n#o apenas com'umanos% Eocs se surpreenderiam com as coisas ueum c#o *agabundo pode *er%”

“7u n#o esti*e em muitos caerns urbanosrecentemente, portanto eu aceito suas pala*ras sobreessas duas tribos,” disse Malcolm% “Mas nas florestas, ofoco est. no passado, nas mais tradicionais 'ist(rias e nosm)todos de narra"#o delas% Fa8 sentido N n#o '. essetanto de ;E ou de filmes para eles tomarem como base%”

“3ortanto, *amos a exemplo mais extremo disso, os$arras Eermel'as% Eocs pensam ue eles apenas ui*amrealmente alto, certo@ &e esuecem ue eles tm mentescomo armadil'as de a"o, com o perd#o da express#o% 7leslembram de tudo, apenas para ter certe8a ue pegaramtodos os detal'es da 'ist(ria% 1l)m disso, eles contam'ist(rias ue tm sido passadas a s)culos ou mais,mantendo-as inalteradas, pois os $arras n#o a*aliam otempo do mesmo modo ue n(s% <a *erdade, existe umaseita de $arras na 3olnia —”

“Malcolm, concentre-se%” Lucy esticou as costas%“?erto, me desculpe% 4e ualuer modo, $alliards

$arras n#o apenas contam 'ist(rias, eles s#oencarregados de assegurar ue suas facetas se6amcorretamente enfati8adas%”

“/sso ) algo ue todos os $alliards de*eriam fa8er”obser*ou &amir%“&im, ), mas nem sempre isso acontece desse modo%

 . este*e em uma assembl)ia dos 3resas de 3rata@ 1s'ist(rias ue esses caras contam, meu 4eus% &e derou*idos a eles, os 3resas s#o completamente inocentes, es#o totalmente capa8es de sal*ar o mundo com umpeueno esfor"o, assim ue as estrelas se alin'arem% +s$alliards dos 3resas de 3rata falam sobre as lendas 3resasde 3rata de um dia, ensinam sobre os 'er(is 3resas de3rata e os reis 3resas de 3rata, e alimentam o orgul'o dos3resas de 3rata%%%” 7le balan"ou a cabe"a “n#o '. d2*idasde ue eles s#o obtusos em suas 'ist(rias%” &amirresmungou desconforta*elmente e le*antou-se% “+ u@”

“<ada% 7u 6. con'eci um $alliard 3resa de 3rata, eeu odeio di8er isso, mas ele ) exatamente como *ocdescre*eu% Mas eu de*o di8er ue ele era um cara *el'o— um 1nci#o,na *erdade — e 6. n#o esta*a muito bemuando eu con*ersei com ele% 7le me contou algumasantigas lendas, e eles realmente possuem esse tipo desentimento de conto de fadas russo muito amargo, aindaue 'er(ico%”

“Eoc descobrir. ue n#o muda muito de 3resa para3resa% 1t) mesmo seus $alliards lupinos s#o dessa forma%7u ac'o ue eles os sobrecarregam% ;al*e8 se6a o mesmoproblema com os Fianna — ”

“7spere a5, c'efe%” &amir le*antou a m#o% “+s$alliards dos Fianna s#o as medidas pelas uais todos n(sde*er5amos ser 6ulgados% Eoc ac'a ue eu sou ummerda@ . *iu os Fianna indo para a batal'a@ &eus$alliards lideram o camin'o com tambores de guerra,flautas, ui*os de batal'a e ualuer outra coisa ue elespossam colocar suas m#os para assustar seus inimigos% 7ao final de tudo, eles podem contar a 'ist(ria com tantoardor e paix#o ue fa8 *oc se sentir como se esti*esse l.%7u peregrinei com uma Fianna $alliard por um tempo,ao sul daui, logo ap(s eu ter *oltado aos 7stados Anidos,e perguntei a ela o ue 'a*ia acontecido% 7la me contousobre como ela 'a*ia *isto o caern cair, e *oc sabe,depois ue ela acabou, n(s dirigimos duas 'oras at) acidade para ca"ar *ampiros, pois eu esta*a el)tricodemais para dormir% Eoc nunca ou*ir. um $alliardFianna di8er C*oc tin'a ue estar l.D%”

“Realmente, apesar dos Fianna fa8erem propagandade seus $alliards, eu ten'o ue di8er ue os ?rias deFenris possuem um bom tino no aspecto psicol(gico de

contar 'ist(rias, tamb)m% &e6a para assustar seus inimigosou colocar todo mundo disposto para a batal'a, os &Oaldsdos ?rias fa8em seu trabal'o% &uas 'ist(rias s#ointerati*as, parecida com a dos Roedores de +ssos eles tetirar#o de seu assento e o usar#o como um boneco nascenas de batal'a% &e *oc ti*er sorte, eles ficar#o em suasformas Homin5deas enuanto fa8em isso% 1lgumas *e8eseles sofrem do mesmo problema ue os 3resas de 3rata —tudo tem ue ser sobre os ?rias e seus gloriosos guerreirose seus nobres auto-sacrif5cio — mas, a maioria de suas'ist(rias s$o  sobre guerra e seus padr0es para guerreiross#o bem altos%”

“+ u, e os nossos n#o@” Malcom fran8iu suassobrancel'as petulantemente% “+s &en'ores das &ombrasnem sempre est#o se escondendo na noite, plane6ando o

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 97 

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assassinato dos 3resas de 3rata, sabe% <ossos $alliardscon'ecem muitos segredos sombrios de todo mundo, eisso reuer ue n(s se6amos bons em par.bolas,implica"0es e, sim, mentiras% 7nsinar nossos lupinoscomo contar uma 'ist(ria sem dar nomes ) um grandedesafio, mas uma *e8 ue nossos mel'ores 'ist(rias s#omel'ores deixados como mentiras, ) necess.rio% Eocuer saber sobre usar con'ecimentos e 'ist(rias paraassustar o inimigo@ + mel'or tipo de 'ist(ria ) o tipo uetermina com um grande Cfoda-seD, ou no m5nimo um finalsurpreendente% <(s usamos as 'ist(rias para deixar aspessoas confort.*eis, fa8-las beber, fa8-las rir —  eent#o, as apun'alamos%” &amir ol'ou para sua bebida demaneira estran'a% Malcom riu em *o8 alta% “1', d. umtempo% <(s reser*amos esse tratamento para nossosinimigos, ou no m5nimo para nossos piores ri*ais%”

“/sso n#o me fa8 sentir mel'or%”Malcom sorriu% “<#o era a inten"#o%” 7le se

inclinou sobre a mesa e sorriu% “7i,” ele disse baixin'o,“6. ou*iu um $alliard dos 4an"arinos da 7spiral <egracontar uma 'ist(ria@” &amir ergueu sua cabe"a comcuidado% “7u 6.% Eoc uer falar sobre coisas assustadoras@Foi como estar em uma cabana renascida no s)timoc5rculo do /nferno% ;odos esta*am gritando, babando eui*ando, enuanto essa cadela maluca esta*a rolandopelo c'#o e gritando suas profecias e meias frases,mudando de formas% Foi intenso% <#o era uma grande'ist(ria, mas foi intenso% 7u n#o fa"o id)ia de ual era oassunto em uest#o da tal C'ist(riaD, mas cara, depois uetudo acabou, todos esta*am prontos para ir% Foi uandoeu parti para regi0es mais amistosas%”

Malcom notou a aparncia no rosto dos doislobisomens e limpou sua garganta% “7nfim, falando de'ist(rias incompreens5*eis, eu ti*e a sorte — eu ac'o —de obser*ar a performance de um 3ortador da Lu8/nterior $alliard uma *e8% . *iu um <o', um drama6apons@ = c'eio de aru)tipos, e muito dif5cil de seseguir se *oc n#o for 6apons e n#o ti*er estudadoteatro% 1s 'ist(rias dos 3ortadores da Lu8 s#o um poucoassim% +s personagens s#o recon'ecidos em algum n5*el,uase instinti*amente, mas a apresenta"#o ) bem formal%7les n#o possuem a mesma uantidade de paix#o ue amaioria dos $arou tem, mas ainda assim eles s#o muito

intensos, se ) ue isso fa8 algum sentido% &uas 'ist(riasn#o *#o te animar a sair c'utando traseiros, mascertamente *#o te fa8er pensar%”

“+s $alliards Fil'os de $aia s#o assim tamb)m, euac'o,” murmurou &amir, ol'ando a seu redor para seassegurar ue o Eigia do 3ort#o n#o esti*esse ou*indo%“<#o ) ue eles n#o se6am passionais, mas, maldi"#o, elesparecem n#o entender ue n(s somos guerreiros e uesangue e entran'as est#o de acordo% <em tudo tem ueter um final feli8% <a *erdade, pro*a*elmente n#o ter.%7u ac'o ue seus 4an"arinos da Lua se alimentam dasdesilus0es gerais da tribo sobre *encer a $uerra atra*)s

da n#o-*iolncia% 7u admito ue ten'o preconceitouanto a isso —  muito tempo no +riente M)dio, euac'o%”

“<#o, eu concordo com *oc% Mas pode ser culpa domuito tempo ue passei com os $arras,” riu Malcom%“Bem, por outro lado, as tribos nati*as possuem tantopaix#o uanto sangue em boas medidas%” 7le sorriu eol'ou al)m de &amir, para as marcas no antigo car*al'o,glifos ue ele sabia ser de origem AOtena% “= engra"ado,de *erdade% ?om os AOtena, *oc ter. 'ist(rias de 'orrorpsicol(gico ou sobrenatural% Muitos de seus antigoscontos en*ol*em esp5ritos inuietos e como osaprisionar% +s rumores s#o de ue seus $alliards s#oensinados a como passar informa"#o em alegorias e aindaassim contar uma 'ist(ria interessante% 7u n#o sei se isso) *erdade em todos os casos, mas eu percebi ue as'ist(rias dos AOtena ue 6. ou*i parecem ser um poucoinofensi*as demais% ?omo se sempre existisse uma piadaue eu n#o entendi% ?laro, a outra coisa sobre os AOtena) ue eles ir#o absor*er ualuer conceito cultural, ent#o*oc pode *er ualuer coisa para compartil'ar 'ist(riasem uma assembl)ia dos AOtena, de pinturas na areia at)dan"as interpretati*as%”

1gora, a outra ;ribo 3ura sobre*i*ente, osIendigo, apesar de%%% uauP &uas 'ist(rias s#o sangrentas ebrutais, mas elas ainda ret)m um ambiente C<#o-4e*eria-&er-1ssimD m5stico% 7les colocam muita nfasena manuten"#o das antigas tradi"0es atra*)s de 'ist(rias,e di8em ue nessas 'ist(rias est#o as c'a*es para derrotarnossos piores inimigos —  &anguessugas, Malditos, at)mesmo 4an"arinos% 7u n#o sei como eles saberiam isso,uma *e8 ue n(s, europeus, trouxemos muitos dessesproblemas conosco uando atra*essamos o oceano, mas,Cas lu8es do norte n#o *iram nada de estran'oD, certo@

Lucy sorriu% “1gora eu *ou ficar com esse poemacorrendo solto na min'a cabe"a por toda a noite%”

Malcom sorriu for"osamente para ela% “4esculpe% 4eualuer forma, os $alliards Iendigo possuem m)todosbem espec5ficos de contar 'ist(rias% $eralmente, ) algoem grupo N os guerreiros mais cora6osos ou mais 'onradosle*antam-se e assumem o papel dos *encedores da'ist(ria, enuanto os membros da seita mais no*os oudesafortunados fingem ue perdem%”

“=, eu 6. *i esse tipo de coisa% <a *erdade, osAOtena fa8em isso tamb)m, e eu 6. *i os Fil'os fa8eremalgo parecido% 4issemina"#o de tradi"0es%” &amir deu de

ombros% “3ro*a*elmente ) algo bom% Guem n(sesuecemos@ +', certo, as F2rias <egras%” 7le bateu seusdedos na mesa% “3or um lado, elas cantam lindo contos%;ocam flautas, liras e por a5 *ai e cantam can"0es ues#o assustadoras% 1lgumas s#o di*ertidas, mas a maioria )como*ente% Mas eu ou*i 'ist(rias do ue as F2riasreamente  fa8em uando contam 'ist(rias, a *erdadeirasel*ageria, coisas das Bacantes% Mul'eres loucas nasmatas, ue in*ocam os c)us e tra8em esp5ritos parailustrar suas sagas% <unca *i, e n#o ou*i de uma fonteconfi.*el, ent#o eu n#o sei% 7 nen'um 'omem em s#conscincia 6. c'egou perto de uma seita das F2rias sem

ser con*idado, ent#o pro*a*elmente eu n#o *oudescobrir a *erdade%”Malcom assentiu% “=, eu n#o ac'o ue eu poderia

98  Livro dos Augúrios

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passar por uma fmea, mesmo ue eu possa me passar porlupino algumas *e8es%” <en'um dos 'omens percebeu osorriso de Lucy%

Desenvolvimento do Galliard  + &ol 6. tin'a come"ado a desaparecer por tr.s das

.r*ores, e de algum lugar > distncia, um ui*o foi ou*ido%

;odos os trs $arou agu"aram os ou*idos, tentandoidentificar o ui*o, ent#o eles balan"aram a cabe"auando recon'eceram ue era um alfa c'amando por suamatil'a% “7sse de*e ser esse 7sfolador-de-Malditos% Am6o*em 1'roun% 3arece bastante competente”%

&amir gargal'ou% “<o entanto, ele precisa aprendera ui*ar%”

“F.cil para *oc di8er isso,” retoruiu Malcom%“3ro*a*elmente ele esta*a ocupado aprendendo a lutar%7xiste um $alliard na matil'a de esse@”

Lucy pensou por um minuto% “&im% Am 6o*emlupino c'amado &ob-os-3)s%”

“/sto ) uma boa imagem,” riu Malcom% “1posto ueele passou por algo engra"ado em seu Ritual de3assagem”%

Lucy bateu com uma m#o na mesa% “7ssa ) uma boapergunta, espertin'os% + ue di8er sobre a 6u*entude deum $alliard e seu Ritual de 3assagem@ Gue tipo de coisasde*e acontecer para ue eles se tornem perfeitos$alliards, como *ocs mesmos@” Malcolm deu-l'e umsorriso polido, mas &amir ficou carrancudo%

Galliards como Filhotes “7u n#o sei uem disse ser CperfeitoD, mas irei

responder essa uest#o% = claro ue isso depende da ra"apara saber ue tipo de 6u*entude um $alliard te*e,mesmo depois da 3rimeira Mudan"a”%

“$alliards 'omin5deos s#o normalmente o tipo depessoas ue lembram das coisas% ?ita"0es de filmes, letrasde m2sicas, o ue as pessoas disseram e por u% 7lestendem a ser confidentes —  imediatamente at) ue amaldi"#o assuma seu lugar% Muitas *e8es, n(s nossentimos aiviados uando descobrimos ue somoslobisomens, apenas porue ) legal descobrir ue n#o )por nossa culpa ue nossos amigos ten'am de repentecome"ado a nos e*itar% Ama *e8 ue um $alliard

'omin5deo ten'a come"ado seu treinamento como um$arou, n(s tendemos a ca*ar muito profundamente nasmais ex(ticas lendas ue conseguimos ac'ar% 7u odeioadmitir isso, mas como Malcolm disse, *ir de uma culturamoderna ue nos bombardeia com imagina"#o einforma"#o a todo tempo, ) f.cil ficar esgotado% Massabendo —  ou acreditando, pelo menos —  ue essas'ist(rias realmente aconteceram torna tudo isso maisexcitante% Am $alliard 'omin5deo pode manter seu tioacordado pela noite inteira perguntando Ce depois o ueaconteceu@”

“$alliards lupino, por outro lado —”

“4e8 pontos para *oc, Malcolm,” suspirou Lucy%“4esculpe% $alliards sel*agens tamb)m possuemgrandes mem(rias antes da Mudan"a% 7les se lembram

onde as manadas *#o para se proteger, onde as partesperigosas da floresta est#o, ue tempo do ano o riac'oflui, e por a5 *ai% ustamente igual >s matil'as de $arous,eles n#o s#o usualmente alfas, mas s#o grandes betas —n#o grandes estrategistas ou tiranos, mas s#o bons emmanter os outros em lin'a, se isto fa8 algum sentido%Ama *e8 ue os 4an"arinos da Lua nascidos lobosmudam, eles tendem a aprender muito rapidamente%7xiste alguma coisa sobre a inclina"#o natural de um$alliard para mem(ria e contos ue tamb)m a6udam areconciliar o cora"#o $arou com a mente 'umana —”

“Hu'@”“4esculpe% 7xplica"#o r.pida instinto animal e

an.lise 'umana  normamente *#o um contra o outro%Reconcili.-los ) dif5cil para ualuer um de n(s, masespecialmente para os lupinos, na min'a opini#o% Mas os$alliards parecem ter mais facilidade com isso,pro*a*elmente porue a no"#o das 'ist(rias e oaprendi8ado do passado 6. ) natural para eles”%

“7 ent#o, n(s temos os impuros% +s Mulos tm umagrande *antagem, eu presumo —  eles s#o parte dasociedade $arou desde o primeiro dia% Mesmo ue elesse6am tratados como merda ou n#o, eles ou*em essas'ist(rias por toda sua *ida, ent#o uando sua 3rimeiraMudan"a *em e, eles tm ue participar, eles est#o doispassos na frente dos $alliards das outras ra"as”% 7le paroupara dar um gole de sua .gua, e depois le*antou um dedo%“1cabou de ocorrer em mim ue a maioria dos $alliardsimpuros ue eu 6. *i incorporam um 'umor auto-depreciati*o em suas 'ist(rias% <a maioria das *e8es isto) centrado em ualuer de suas des*antagens

particulares% ?on'eci um $alliard impuro uma *e8 ueera cego% 7le podia perceber tudo a sua *olta —  seusoutros sentidos eram assustadoramente agu"ados — masele esbarra*a nas pessoas ou colidia em .r*ores durante'ist(rias como se isso fosse ser engra"ado% ?oisas comoessa”% 7le ol'ou para &amir% “Eoc entende o ue euuero di8er@”

&amir consentiu% “=, eu 6. *i isso, tamb)m% ?on'eciuma impura no 7gito de nome 7xalta"#o-de-$aia% 7laera al)rgica a prata —  uero di8er, realmente al)rgica%7la tremia se prata se aproximasse dela, seus ol'osueima*am, coisas desse tipo% 7la usa*a isso para fa8er

gra"a de ualuer dur#o ue *iesse a sua seita carregandouma Olai*e ou balas de prata — do tipo como, C+ ue s#o*ocs, loucos@D 7la era a Eigia do 3ort#o, pense sobreisso”%

“Am Eigia do 3ort#o impuro@” Malcolm balan"ou asua cabe"a%

Lucy e &amir ambos se espantaram com ele% “7 da5@”eles disseram em un5ssono%

“<ada, eu ac'o% ;udo bem% 4e ualuer forma,ent#o o ue ) t5pico de todos os 6o*ens $alliards@ Boamem(ria@”

“?erto,” disse &amir% “Respeito pela 'ist(ria, e

interesse pelas mesmas, ob*iamente”%“Linguagem,” disse Lucy% +s outros dois lobisomensse *iraram para ela% “4esculpe, continuem”%

  Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 99

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“<#o, *oc esta certa,” disse &amir% “1 maioria doslupinos e impuros $alliards parecem aprender aslinguagens 'umanas muito rapidamente, e eu raramenteencontro um 'omin5deo ue fale apenas uma l5ngua%Guantas l5nguas *oc fala Malcolm@”

“Eoc primeiro”%&amir pensou% “Guatro% /ngls, 7span'ol, Qrabe e

$arou”%Malcolm fran8iu o cen'o% “$arou n#o conta, isso )

instinti*o% ;odos n(s podemos fa8er isso”%“<#o igualmente bem”%“&im, certo, isso ) *erdade”% + &en'or das &ombras

concordou% “7, n#o ) para gabar, mas os 4an"arinos daLua pegam o 6eito mel'or% 3ro*a*elmente porue amaior parte das boas 'ist(rias s#o contadas em $arou,ent#o n(s temos de aprender as nuances para cont.-lascorretamente”%

Lucy pegou Malcolm pelo bra"o% “Guantas l5nguas,Malcolm@”

Malcolm rubori8ou% “4uas, fluentemente% /ngls eFrancs% ?ontudo, eu posso me *irar em *.rias outras%”

O itual de !assagem&amir gargal'ou% “1c'o ue *oc n#o andou por a5

o tanto ue ou*i falar%”Malcolm co"ou sua tmpora com o dedo m)dio%

“Bem, de ualuer forma, esses fil'otes com boasmem(rias e per5cias em l5nguas e um faro para no*asnot5cias passam por muito treinamento% <(s n#ocostumamos ensinar  como se contar 'ist(rias, eu ac'o%7sse tipo de coisa ) dif5cil de ensinar, e al)m disso, todo4an"arino da Lua tem seu pr(prio estilo% + meu n#o )parecido como era do meu tio% + ue n(s ensinamos ) aimportncia de fa8er isso, e as ra80es para essaimportncia *ariam”%

“7 n(s 6. as ou*imos,” inter*eio Lucy% “7 o ue falarsobre o Ritual de 3assagem@” 1mbos os $aliardscome"aram a falar de uma *e8, e Lucy ergueu suas m#os%“I'oaP &amir@”

“+brigado,” disse ele, sorrindo gentilmente% “<ossosRituais de 3assagem diferem por tribo, ) claro, mas namaioria das *e8es, eles en*ol*em em contar ou recontaruma 'ist(ria% 1lgumas *e8es, n(s temos ue achar uma

'ist(ria retirando-a de um esp5rito ou de outro $arou%7m outras circunstncias, n(s precisamos criar uma% /stonormalmente tem algo a *er com algo ensinado pelomentor%”

“&im, normalmente,” resmungou Malcolm% “1 n#oser ue seu mentor se6a um puto malicioso ue nem omeu era% Meu Ritual de 3assagem foi di*ertido% 7le memandou para as florestas e depois usou um 4om parac'amar uma criatura da Iyrm eu sabia exatamente oue o ui*o significa*a, ent#o l. esta*a eu, no meio danoite numa floresta, esperando pela dita criatura daIyrm pular em cima de mim”%

&amir criticou% “Gue diabos fora o moti*o para isso@”“/sto tomou muito tempo para eu entender, mas eupenso ue era um teste para min'a coragem e min'a

'abilidade para me adaptar numa situa"#o corrente% +ue, uando *oc pensa sobre isso, ) importante paraualuer $arou, mas bastante  importante para um4an"arino da Lua% <(s n#o podemos nos permitir perdernossas cabe"as n#o importa u#o ruim este6am >s coisas,porue n(s somos aueles ue os outros $arou ol'ampara buscar apoio e inspira"#o”% 7le baixou seus ol'os%“7u ac'o ue fi8 tudo certo, porue eu passei no Ritual etudo mais, mas nesse dia eu uestionei a sabedoria domeu mentor uanto ao desafio% + ue teria acontecido seele ti*esse c'amado algo reamente 'orr5*el, algo ue eun#o pudesse ter dado conta@”

Lucy bateu no ombro de Malcolm% “7u ten'o certe8ade ue ele sabia o ue esta*a fa8endo”%

Malcolm ol'ou para cima e endureceu seu rostono*amente% “=, pro*a*elmente% Mas como &amir disse,isso n#o ) t5pico de nossas inicia"0es% <ormalmenteen*ol*e um teste de ast2cia, mem(ria e 'abilidade%1lgumas *e8es diplomacia, algumas *e8es combate%4epende da tribo% Mas todos  n(s temos de contar a'ist(ria mais tarde e fa8-la soar bem”% +s outros $aroubalan"aram a cabe"a em concordncia%

 Ciclo "ital  “4epois do Rito de 3assagem,” disse &amir, “se *oc

*ai ou n#o se unir a uma matil'a, o dese6o de lembrar erecontar pro*a*elmente ) nossa caracter5stica ue maisnos define% 7 nossa tendncia a falar muito e sair pelatangente%”

“<a *erdade, *ocs n#o s#o t#o ruins assim,” disseLucy% “7u apenas ten'o ue inter*ir algumas *e8es%”

“Bem, n(s somos os $alliards perfeitos, certo@ 4eualuer forma, > medida ue os $alliards crescem, n(scome"amos a *er padr0es, compreender como as 'ist(riasse unem —  cap5tulos, atos, cl5max, resolu"#o, ualuercoisa% Ei*er em uma sociedade $arou ) mel'or do ueum pun'ado de degraus do teatro, escre*er um li*ro, ouualuer outra coisa, porue contar 'ist(rias ) parte denossa 'eran"a, e nossa 'eran"a ) algo *i*o, ue respira%”

“Eoc sabe, eu disse exatamente isso momentosantes”, Malcolm o lembrou% “Lembra auela coisa de *eras coisas em termos de uma 'ist(ria@ Am $alliard podese perguntar Conde eu estou nos termos do in5cio e do

final dessa uest#o@ &e eu estou contando esse conto emuma assembl)ia, o ue *em a seguir@D =, ) tipo umamaneira de pensar em um problema de tr.s pra frente,mas funciona muitas *e8es%” 7le limpou sua garganta ebebeu um pouco de .gua% “+ problema est., claro, emperder o contato com a realidade%”

&amir consentiu *igorosamente% “7 isso ) toda a*erdade% + maior problema com muitos $alliards, ) ueeles se esuecem completamente ue eles n#o est#o*i*endo em um filme% 7les pensam ue um plano bemconstru5do *ai dar certo sem nen'um erro, ue seusinimigos se comportam de maneira clara, e ue seus

Ca6udantesD — como os 3arentes — de*em estar dispostosa a6ud.-los, n#o importando com o u% 1 *ida real ) umpouco desanimadora para n(s, Lua Minguante, >s *e8es%

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7u 6. *i *.rios desafios de posto estruturados em lidarcom um probema rea, ao in*)s de uma 'ist(ria sobreum antigo problema%”

“4esafios por posto para os $alliards podem serbastante originais, isso ) certo% 7les precisam disso,”Malcolm deu um sorriso, “porue n(s ouvimos tudo sobreos antigos% 7ssa ) uma ra8#o pela ual ) consideradoaceit.*el para os $alliards desafiarem $arou de outrosaug2rios ) tipo uma garantia de ue n(s n#o iremosapenas ficar no nosso 6ogo mental de 'ist(rias edescobriremos como solucionar um problema”%

Lucy interferiu% “7 o ue '. de errado nisso@ Gual oproblema de usar o passado para resol*er os dilemas dopresente@ 7u ac'a*a ue os $alliards ser*iam para issotamb)m@”

+s dois 4an"arinos da Lua come"aram a falarsimultaneamente% Malcolm se desculpou e gesticuloupara &amir% “Bem”, come"ou &amir, “n#o '. nade deerrado com isso% Mas lembra o ue eu disse sobre lidarcom o mundo real@ 1s 'ist(rias do passado passam pelocurso de s)culos, ou at) mesmo meses, e isso significa ueelas dificilmente n#o foram alteradas% 1s pontas soltas —todos aueles minuciosos detal'es ue aconteceram

durante a resolu"#o dos problemas foram esuecidos% /ssogeralmente beneficia os $alliards a encarar essesproblemas% = por isso ue eu friso ue as 'ist(rias ueconto s#o 'ist(rias, e n#o *erdades absolutas dos e*entos%Merda, a ra8#o pela ual eu posso falar at) o nascer do soln#o ) ue eu tagarelo sem parar sobre min'a compras, )ue eu sei 'ist(rias o suficiente para fa8er isso% Mas isso )o resultado de pr.tica — pois nossos desafios en*ol*em

espontaneidade e muita adapta"#o% 3ro*a*elmente eraatr.s disso ue seu mentor esta*a, Malcolm, apesar deue eu ainda ac'o ue esse foi uma maneira assustadorade se fa8er isso%”

Malcolm balan"ou a cabe"a pensati*amente% “7u odesafiei pelo posto de Fostern, tamb)m, na *erdade% <#oten'o certe8a do por u, depois do meu Ritual de3assagem% 7u ac'o ue eu ueria pro*ar ue n#o era ummedroso, como ele pensou ue eu fosse%” 7le pausou eol'ou > sua *olta% 1 floresta escurecia e o ar fica*a maisgelado% 7le *estiu sua camisa% “7le me en*iou a uma seitade ?rias de Fenris e me mandou compor uma can"#o de

gl(ria sobre isso% <unca mencionou ue ele tin'a umareputa"#o dentre os $arou de l. e ue eles o odiavam, eue sabiam de uem eu era protegido%”

“=, o meu foi bastante similar, se n#o t#odesagrad.*el”, disse &amir% “7u desafiei um 3'ilodox% 7leme fe8 resol*er uma c'arada —  uma porcaria bastantecomplexa — e me fe8 explicar meu racioc5nio% &e eu n#opudesse citar uma 'ist(ria de pelo menos um s)culo deidade como min'a ra8#o por ter decidido pela talsolu"#o, ele n#o aceitaria%”

“7nt#o, tudo depende da 'eran"a, se6a lembrando dopassado ou *isando o futuro,” disse Lucy calmamente% +s

trs sentaram > sombra do crep2sculo e o obser*aram,ou*indo os sons da seita se preparando para a assembl)ia%7les n#o tin'am muito mais tempo% “7 sobre a Ambra@

?om certe8a *ocs tm o seu lugar nos mundosespirituais%”

Galliards e #s$%ritos “?laro ue temos,” disse &amir% “1lguns $alliards se

sentem mais confort.*eis do ue outros% = sempre umacomplica"#o para mim uando eu *ou para o 7gito,porue ) perigoso percorrer atal'os em *.rios lugares% 7u

adoro estar nos mundos espirituais — al)m do fato deue eles ampliam sua 'abilidade de descre*er as coisasem todos os sentidos, *oc pode gan'ar algumasperspecti*as ao falar com os esp5ritos, ue *oc nuncaconseguiria de outra forma% ?laro, reuer uma 'abilidadeem falar com ele, o ue algumas *e8es ) um problema%”

“7sp5ritos ancestrais normalmente est#o dispostos afalar”% Ama careta percorreu o rosto de &amir% Malcolmtampou sua boca com sua pr(pria m#o% “+', porra, medesculpe% 7u me esueci completamente de ue *ocs—”

“;udo bem% <#o ser capa8 de falar com nossos

ancestrais apenas significa ue min'a tribo se lembra desuas 'ist(rias de outras maneiras% 7scrituras, dan"as comoo 3Oi* &watura ue *oc mencionou, coisas assim% ?omo) para vocês, falar com os esp5ritos ancestrais@”

Malcolm pensou por um momento% “=%%% confusoalgumas *e8es% 7les possuem algumas considera"0esmuito diferentes das nossas% 7les n#o falam com anos deexperincia ue *oc imagina ) mais como se elesesti*essem presos em suas pr(prias mentes e n#o ti*essemaprendido muito al)m do ue sabiam uando esta*am*i*os% 1gora, alguns s#o mais l2cidos do ue outros, ealguns mais 2teis, mas eu ac'o ue ) uma parte

importante do de*er de um $alliard lutar para preser*ara 'eran"a, para ser capa8 de interpretar o ue umancestral disse e suas *ontades% /sso significa aprender as'ist(rias% 1c'o ue n#o podemos simplesmente deixaressa parte de lado% Guanto mais *oc sabe sobre ocontexto, mais sentido fa8 os contos antigos%”

Galliards e !arentes “7 sobre nossa 'eran"a@ <ossos 3arentes 'umanos e

lobos@ Eocs ac'am ue isso ) parte de seu trabal'o@Eocs se sentem respons.*eis por eles@”

“;odos somos respons.*eis por nossos 3arentes,Lucy%” Malcolm se le*antou espregui"ando-se% “Mas sim,eu *e6o sua d2*ida% ?om nossos 3arentes 'umanos —com a 'umanidade em geral —  n(s temos grandesang2stias% <(s n#o somos como os Ragabas', cu6aMaldi"#o aparece apenas le*emente% <(s estamos apenasum degrau abaixo dos 1'roun em termos de F2ria, e issosignifica ue n(s somos limitados no ue podemos fa8er%Muitos de n(s ue escol'eram assumir profiss0es reais nomundo 'umano tentam ser artistas de algum tipo% Amaboa uantidade de excentricidade ) permitida paraatores, cantores e artistas, e atuar nos mant)m em

contato com nossas audincias —  n(s podemos nosexpressar sem interagir, ent#o n(s n#o assustamos aspessoas%

  Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 101

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“?om 3arentes, ue n#o tm medo de n(s, a uest#o) diferente% +s $alliards tendem a serem mais propensosaos relacionamentos monogmicos do ue os outrosaug2rios —”

“<#o sei por onde *oc tem andando, amigo%” &amirtamb)m esta*a de p), esticando suas pernas como umcorredor% “Muitos $alliards ue eu *i s#o *erdadeirosprom5scuos% 7u me incluo% Mas, para ser 6usto, n#o )sobre sexo, e sim sobre paix#o% <(s nos espal'amosporue gostamos de interagir demais para sermosmonogmicos%”

Malcolm deu de ombros% “?erto% 7u ac'o ue alguns$alliards ficam com um 2nico parceiro 6ustamente porcausa dessa paix#o — eles encontram algu)m ue podemrealmente amar, e isso ) algo grande para n(s% 7utamb)m de*o lembrar ue *oc ) um *ia6ante, ent#o*oc pode ter uma *is#o diferente desse tipo de coisa%”

“7 o ue ) *oc )@”“<#o um *ia6ante% <#o pela min'a nature8a% 7u

estou em uma miss#o bem espec5fica%”&amir ergueu a cabe"a% “;ipo o u@”Lucy le*antou-se% “A', caras@ 4esafio@ $alliards@

Lembram-se@ <(s precisamos acabar logo com isso aassembl)ia *ai come"ar em um instante%”

Malcolm ol'ou para Lucy e depois para &amir% “7un#o sei, eu n#o consigo encontrar uma fal'a de *erdadeno ue ele disse% 7u n#o concordo com tudo, mas —”

“=,” disse &amir, balan"ando a cabe"a% “7u ficariacontente em di*idir o ser*i"o essa noite, se *oc fordisciplinado% 7u digo, sei ue *oc disse ue pediram a*oc para ser o Menestrel por ser*i"os prestados, ent#o,se for esse caso%%%”

Malcolm deu uma grande risada% “+', eu esta*amentindo sobre isso% 7les pediram para mim, mas foiporue eu era um con*idado e c'eguei aui primeiro% <oentanto, eu di*ido as 'ist(rias com *oc, se os anci0esn#o se importarem%”

Lucy consentiu% “7les n#o ir#o% 7u *ou resumir ascoisas% <(s, $alliards, de*emos nos unir%” 7la mudoupara sua forma Lupina e correu para as florestas enuantoui*os de /n*oca"#o come"aram a soar por toda a seita%

&amir ol'ou para Malcolm% “Eoc sabia ue ela era—”

“Ama $alliard@ <#o, eu ac'ei ue ela fosse uma Lua <o*a%” Malcolm obser*ou o lobo desaparecer por entreas .r*ores% “Aau% /sso ue ) diplomacia”% 7le balan"ousua cabe"a e ol'ou para a lua minguante ue aparecia noc)u, e lentamente mudou para sua forma Lupina% &amirtransformou-se tamb)m%

“$an'o de *oc na corrida,” disse &amir, esticandosua l5ngua%

“Eai ac'ando,” respondeu Malcolm% “Eamos, *amosantes ue ela assuma a posi"#o de Menestrel%”

+s dois 4an"arinos da Lua sa5ram correndo nadire"#o das fogueiras da assembl)ia% Ha*iam 'ist(rias

para serem contadas essa noite, e muitos lobisomensaguarda*am para escut.-las%

 Contando &ist'rias  /nterpretar um $alliard apresenta desafios 2nicos

aos 6ogadores e ao <arrador% 1lguns 6ogadores podem sesentir intimidados pela tarefa de um $alliard de contar'ist(rias ao grupo% +utros podem se sentir ner*osos coma responsabilidade depositada sobre eles —  se n#o

representarem bem a matil'a, a matil'a pode perderRenome, mas se o $alliard mente, ele arrisca sua 'onrapessoal% 4o mesmo modo, uanto peso de*e um <arradorcolocar na apresenta"#o de um 6ogador de uma 'ist(ria,especialmente se as ?aracter5sticas de um personagemindicarem um desempen'o mais impressionante do ue o6ogador pode representar@ 7sta se"#o procura responder aestas e a outras perguntas%

Gue o s'ow continueP

!ossibilidades ;odos os aug2rios s#o multifacetados, e o $alliard

n#o ) nen'uma exce"#o% 1pesar do estere(tipo maiscon'ecido desse aug2rio ser o de “$uardi#o das;radi"0es” ou de “bardo”, '. muitas outraspossibilidades%

Ama das primeiras decis0es ue um 6ogador de*efa8er para dar *ida a seu personagem $alliard ) se essepersonagem nasceu sobre a Lua Minguante durante ociclo crescente ou minguante% +s $alliards do ciclocrescente inspiram seus compan'eiros de matil'a compromessas de recompensas e *it(rias, enuanto os$alliards do ciclo minguante estimulam seus

compan'eiros com assustadores contos sobre derrotas%1l)m disso, $alliards do ?iclo Minguante s#o os maispro*.*eis a usarem seus dons 9e 4ons: para manipularseus compan'eiros $arou, aliciando as emo"0esnecess.rias para c'egar ao fim necess.rio% +s $alliardstanto de um como de outro aspecto podem sercompletamente mauia*)licos se necess.rio — condu8iruma saga at) um final bem sucedido pode reuererm)todos ue causa sofrimentos 9ou at) a perda deRenome: em um curto pra8o%

1lgo ue o 6ogador de um $alliard de*e considerardesde o come"o ) o relacionamento do personagem com

sua 'eran"a% +s 4an"arinos da Lua s#o os guardi0es da'ist(ria oral e da cultura de uma sociedade ue passatoda a sua sabedoria oralmente% /sso significa ue n#oimporta ual tribo ou ra"a, os $alliards n#o conseguemfugir das can"0es do passado% ?omo o $arou se sentesobre isso de*e ser um ponto definiti*o em suapersonalidade%

1baixo est#o seis “aru)tipos” para os 4an"arinos daLua, com notas sobre como eles se alteram uandoincorporados por um $alliard do ciclo crescente ouminguante%

O &istoriador  3ro*a*elmente uma das mais importantes e s(lidas

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apresenta"0es t5picas do $alliard, o 'istoriador ) tamb)mo $uardi#o das ;radi"0es% 7le pode focar mais noaprendi8ado e na coleta de 'ist(rias do passado do ueem cont.-las, ou pode sentir ue as 'ist(rias s#o t#o 2teisuanto o contador as deixa 2teis% + 'istoriador pode serum tradicionalista, contando 'ist(rias na l5ngua dos$arou exatamente como eram centenas de anos atr.s, oupode escol'er moderni8.-las, a6ustando-as para ascidades, relacionando-as com e*entos da 'ist(ria'umana para benef5cio dos $arou 'omin5deos 9uecomp0em a maioria da <a"#o de $arou, afinal decontas:% Am 1ndaril'o do 1sfalto ue cria *ers0esanimadas por computador de suas 'ist(rias fa*oritaspersonifica este aru)tipo t#o bem uanto o bardoFianna tradicionalista ue conta suas 'ist(rias ao redorda fogueira%

 Am 'istoriador pode procurar lendas arriscando-sena Ambra, consultando $arou mais *el'os, *ia6ando omundo na busca de con'ecimentos esuecidos, oua*enturando-se com uma matil'a e descobrir as lendasde aman'#% 7le pode procurar por antigas profecias, porum sinal ou detal'es negligenciados ue podem gan'ar aguerra contra a Iyrm% 7ntretanto, o 'istoriadorgeralmente n#o cria seus pr(prios contos ao in*)s dissoele mel'ora suas 'abilidades em recontar ou apresentar

aueles criados e passados por seus antigos portadores% Am 'istoriador do ciclo crescente tem um granderespeito pela autenticidade dos antigos contos, e procura

represent.-los da maneira mais fiel poss5*el% . um dociclo minguante * as lendas como um meio para um fim,o ue significa ue alterar um detal'e aui e ali n#o ir.mac'ucar ningu)m%

O Mani$ulador  +s $alliards s#o excelentes em supor e em guiar as

emo"0es dos outros% 1o lidar com criaturas t#o passionaisuanto lobisomens, ser capa8 de estimular os sentimentosde algu)m ) uma poderosa ferramenta% + manipulador )soberbo nesse tipo de “orienta"#o” e sua maior arma ) a'abilidade de ou*ir, ao in*)s de falar% 1o descobrirsegredos, tendncias e detal'es sobre outras pessoas, ele

descobre uais bot0es apertar para obter uma resposta ealimentar as emo"0es dos outros% 7le aprende a pintarseus inimigos da cor certa, para ue seus aliados fa"am otrabal'o para ele%

 7ntretanto, o manipulador n#o ) necessariamenteum ot.rio c'eio de planos% + mesmo aru)tipo aplica-se>ueles $alliards ue escol'em ser diplomatas econsel'eiros% 1 capacidade de ler emo"0es possibilitauma a6uda na comunica"#o aos $alliards, o ue significaue estes 4an"arinos da Lua s#o excelentes int)rpretesentre as tribos e ra"as% 7les geralmente tamb)m falampela matil'a, mesmo n#o sendo o alfa tecnicamente% 7,

uando o Harano c'ega, o manipulador pode a6udar, demaneira delicada, um lobisomem a *oltar > luta%“&utilmente”, essa ) a pala*ra-c'a*e destes $arou%

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 103

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como algu)m uma *e8 disse, nunca ) bem-*indo em suapr(pria terra — mas alguns $alliards sentem o c'amadodo futuro ao in*)s do passado% 7ntretanto, aprender oscontos antigos ainda ) importante, porue nen'umaoutra ra8#o do ue os feitos dos antepassados de um$arou podem determinar seu pr(prio destino% +sprofetas prestam muita aten"#o aos $arou com muitaRa"a 3ura e conex#o com seus antepassados — o destinoespera grandes coisas desses lobisomens%

medida ue o 1pocalipse se aproxima, asprofecias aparecem com grande regularidade 9o ue n#o )incomum para nen'uma cultura ue se6a obcecada com o4ia Final:% +s profetas $arou s#o c'amados parainterpretar, esclarecer, reescre*er, medicar ou at) mesmocriar sinais e predi"0es, e os $alliards s#o peritos emtodas estas aplica"0es% 7nuanto os $arras Eermel'ass#o 'istoricamente renomados como *identes, um ?riapregando contos do RagnaroO ou um AOtena ue pre* odespertar dos $randes Malditos possuem tanto lugar no

aru)tipo do profeta uanto ualuer outro%3rofetas do ciclo crescente tentam tra8er esperan"apara seus compan'eiros ue se preparam para o combate,lembrando a eles ue as profecias raramente fa8emsentido at) ue elas se concreti8em 9di8endo ue at)mesmo o press.gio mais opaco possui um bril'oprateado:% 3rofetas nascidos sobre o ciclo minguante s#oos profetas do apocalipse da pior esp)cie%%% mais isso n#ouer di8er ue suas pre*is0es n#o se reali8em%

O !ro(essor ;odos os aug2rios tm algo a ensinar, mas os

4an"arinos da Lua s#o, sem discuss#o, os mel'ores paraisso% 1final de contas, eles podem ensinar atra*)s deenigmas ou atra*)s de exemplos uase ueinstinti*amente, ou, se um pupilo dese6ar, simplesmentese sentar e ensin.-lo de maneira mais direta% 1pesar damaioria dos fil'otes gastarem seu tempo com um3'ilodox, aprendendo a Litania e outros preceitosb.sicos da existncia dos $arou, ) a mnemnica e asc'aradas ensinadas pelos $alliards ue a6udar#o o fil'otea recordar desses fundamentos%

1 lin'agem do $arou ) de suma importncia aoprofessor% 7le de*e saber o ue os fil'otes de todos os

aug2rios e ra"as tradicionalmente s#o ensinados e uedesafios eles podem acabar enfrentando, para mel'orprepar.-los% &uas li"0es de*em ser diretas, de aplica"#opr.tica — n#o '. tempo para li"0es desnecess.rias% 7sses$alliards podem a6udar 6o*ens $arou a encontrar suaspr(prias identidades dentro de suas tribos e comolobisomens, a6ud.-los a decidir ue tipo de rituais e 4onseles dese6am aprender, e como mel'or usar essas'abilidades uando as possuir%

+s m)todos de ensinar *ariam extremamente,naturalmente% Am $alliard lupino pode ensinar osfil'otes atra*)s de batal'as e 6ogos, enuanto um

'omin5deo pode usar m)todos &ocr.ticos de instru"#o% 1mat)ria em uest#o, claro, n#o ) restrita ao sobrenatural%

Am F2ria <egra ue ensina auto-defesa > mul'eres )tanto  uma professora uanto um Iendigo ue ensinaaos fil'otes o mel'or uso do Ritual da 3urifica"#o%

Am professor do ciclo crescente da lua certifica-sede ue seus estudantes compreendam as li"0es e suautilidade, e ficam mais tempo com ualuer um de seus“alunos atrasados” para se assegurar de ue eles n#o

fiuem para tr.s% Am professor nascido sob o ciclominguante comanda uma sala de aula de maneira .spera,assim ele ensina, e ualuer um ue n#o aprecie seusm)todos ) deixado para tr.s — se eles n#o podem lidarcom um ambiente controlado, como eles ir#o lidar com omundo real@

 )o Meio do !alco /nterpretar um $alliard significa ue *oc de*e ser o

centro das aten"0es algumas *e8es% 1lguns 6ogadoresescol'em o aug2rio $alliard para seus personagens6ustamente porue isso garante a eles um tempo sob os

'olofotes% 1lguns necessitam de um pouco de a6uda paraenfrentar os desafios de interpretar um dos 4an"arinos daLua%

 *nteresses !r+ticos 3ara aueles 6ogadores ue nunca colocaram um p)

no palco, a simples id)ia de contar uma 'ist(ria na frentedos outros pode ser assustadora% ?ontar 'ist(rias com opersonagem ) um desafio para ualuer um, <arrador ou6ogador% &eguem aui algumas coisas simples para se terem mente ao contar 'ist(rias%

3rimeiramente, fale claramente% Muitas pessoas

balbuciam uando est#o ner*osas% 7nuncie e fale alto osuficiente para ue todos na mesa 9ou o ue uer uese6a: possa te ou*ir%

Manten'a contanto com sua audincia% +l'e paraos outros 6ogadores e para o <arrador% Fa8er contato*isual ) opcional 9isso causa alguns sorrisos amarelados:,mas n#o manten'a seus ol'os para baixo durante a'ist(ria% 4a mesma forma, manten'a o foco% 1tores s#otreinados para escol'er um ponto fixo na audincia efalar para auele ponto uando est#o em um mon(logoou pensando em *o8 alta% /sso pode ser um modo 2til demanter o seu ol'ar mas n#o deix.-lo se perder 9o ue

pode fa8er o seu conto parecer 'esitante:%&e *oc resol*er “atuar e interpretar” a 'ist(ria 9oue reuer as regras do MindDs 7ye ;'eatre,'onestamente: lembre-se ue seu personagempro*a*elmente est. “nauela cena”% 7le se senta em umaroc'a ou camin'a pesadamente para contar uma 'ist(ria,ou ele anda em *olta da fogueira, tocando e interagindocom sua audincia@ = poss5*el contar uma mesma 'ist(riade *.rias maneiras%

3or fim, apesar da 'ist(ria n#o precisar ser ensaiada,) uma boa id)ia para *oc saber ue rumo tomar% <#ofale errado —  fixe-se na 'ist(ria e n#o *. para as

tangentes 9ao menos ue os anci0es das seitas, na formado <arrador, cortem o seu conto:%

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 105

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O !ersonagem como o )arrador 1pesar de ue se erguer na frente de pessoas para

discursar possa ser demais, lembre-se de permanecer nopersonagem uando for fa8er isso, mesmo sendo dif5cil%Guando contar 'ist(rias como seu personagem, ten'a emmente o seguinte

S  Permaneça no personagem.  /sso significa ue*oc s( sabe o ue o personagem sabe% 3ense sobre seupersonagens e suas polari8a"0es, seus planos pessoas, e suaexperincia e use isso para colorir o conto% /magine uma'ist(ria sobre uma retirada de tropas de pa8 ser malcontada por um manifestante% Gu#o diferente pode ser amesma 'ist(ria se for contada por policial@

  1l)m de simplesmente plane6ar, lembre-se deinterpretar seu personagem% E. para a terceira pessoaocasionalmente e narre ualuer a"#o ue seupersonagem assuma% 7le agarra seus compan'eiros dematil'a para ilustrar momentos dram.ticos@ 7la dan"a ou

muda de forma durante o conto@ 7xistem alguma frase-c'a*e de efeito ue ele usa ue *oc n#o possa@S Não recite. /sso pode ser tentador, especialmente

para os 6ogadores ue n#o s#o bons “sob os 'olofotes”,escre*er suas 'ist(rias antes e l-las em *o8 altas% <#ofa"a isso% = muito mais f.cil de se cair no mon(tono, eal)m disso, se *oc n#o ol'a para sua audincia, *oc n#opode interpretar com eles% &e *oc realmente se sentirdesconfort.*el contando uma 'ist(ria impro*isada, *ocpode pensar sobre ensaiar a 'ist(ria antes 9apenas pensecomo se esti*esse contando uma anedota ou uma piada aseus amigos:% +u, se *oc ac'ar ue suas 'abilidades

como escritor *#o muito al)m de suas 'abilidades comoator, escre*a um conto do seu 6ogador contando uma'ist(ria e fa"a c(pias para seus 6ogadores ou mande poremail para todo o seu grupo, para ue eles possam leruando ti*erem tempo%

S Envolva os outros jogadores.  Mesmo ue issosignifiue ue *oc apenas bata nos ombros e diga“Mand5bulas-&angrentas pulou de cima do pen'asco,gritando seu grito de guerra e brandindo sua lan"a”, ofato de *oc se lembrar das contribui"0es dos outrospersonagens fa8 com ue sua 'ist(ria signifiue muitopara eles% 1l)m disso, ) bastante adeuado com o

prop(sito do $alliard na matil'a — o personagem est. l.fa8er com ue eles sintam sua 'eran"a $arou e ele*ar oesp5rito da matil'a e da seita% &e a 'ist(ria for seca edistante, os 6ogadores se esuecer#o ue a 'ist(ria ) sobreeles 9ou seus personagens, claro:% +utro modo deen*ol*er os outros, claro, ) fa8er isso diretamente, edeixar ue eles contem parte da 'ist(ria —  “?laro, damin'a posi"#o no campo, eu n#o pude *er t#o bem amatil'a de 7spiral <egra uanto 3resas-Mordem-?omo-o-/n*erno, pode contar a eles, por fa*or, como osmonstros eram@”

S Seja original. <em todo $alliard conta 'ist(ria

“da maneira antiga”% 1lguns usam m2sica, poesia,desen'o gr.fico, esculturas ou pinturas para seexpressarem% &e *oc for dotado em alguma dessas .reas,

pode *aler a pena criar um personagem com 'abilidadessemel'antes, apenas para *oc mostr.-las% 7 mesmo ue*oc nunca ten'a colocado uma pintura num uadro,*oc ainda pode descre*er a obra de arte ue seupersonagem criou%

Din,micas de Matilha 

;udo isso ) muito bom para os bre*es per5odosuando o personagem est. contando 'ist(rias nasassembl)ias, mas e nas ocasi0es 9muito mais fre!entes:uando a matil'a est. em uma miss#o@ ?ada um dosaug2rios possui seu pr(prio papel na matil'a, e o dos$alliards pode ser um pouco dif5cil de se compreender eapreciar > primeira *ista%

?omo dito anteriormente nesse cap5tulo, o $alliardprecisa ser capa8 de inspirar a matil'a% /sso podesignificar le*.-los a um frenesi 9literal oufigurati*amente: antes da batal'a ou acalm.-los uandoa situa"#o fica muito tensa% “/nspira"#o” n#o significa

apenas “bons sentimentos”% + $alliard pode ac'arnecess.rio 9ou tal*e8 apenas mais um expediente: le*arseus compan'eiros de matil'a ao desespero, medo ou at)mesmo (dio, principalmente se o $alliard ) nascido sobo ciclo minguante da lua%

?omo um $alliard inspira emo"#o@ 1nedotas ) umaforma —  o tipo correto de 'ist(ria, apropriadamenterelacionada com a situa"#o, ue pode ameni8ar o 'umorde todo mundo, ou torn.-los mortalmente s)rios% 4essaforma, um $alliard ue toca um instrumento facilmenteport.til 9como uma gaita: pode pro*er uma m2sica defundo em uma situa"#o, apesar de ue ao menos ue *oc

toue o instrumento, *oc de*e lembrar seus amigos deue seu personagem est. tocando uma certa m2sica ouum tipo de m2sica%

+ $alliard fre!entemente ) um diplomata,especialmente com outros $arou 9ser um diplomata paraos 'umanos uando se tem uma alta F2ria ) dif5cil, apesarde ue alguns $alliards sabem como lidar com isso:% /ssosignifica ue o $alliard algumas *e8es lida comapresenta"0es da matil'a, mesmo ue ele n#o se6a o alfada matil'a% /sso reuer ao $alliard con'ecer cada um deseus compan'eiros por nome 9no m5nimo pelo seu nome$arou:, tribo, aug2rio, e posto% + 6ogador, diante disso,

de*e anotar essa informa"#o em algum lugar% <a *erdade, fa8er anota"0es geralmente ) um bom'.bito para ualuer 6ogador de um lobisomem $alliard,simplesmente porue ) o trabal'o dele col'er e relatar asinforma"0es no final da miss#o 9ou, comumente, no finalde uma 'ist(ria:% + 1'roun pode liderar a matil'a e o3'ilodox interpretar as antigas leis, mas o $alliard ) olobisomem ue tem suas m#os diretamente noandamento da 'ist(ria, ue ) o legado da matil'a% /ssosignifica ue ele tem ue incrementar a 'ist(ria uandonecess.rio, e apresent.-la em uma 1ssembl)ia — o uesignifica em termos ue o $alliard possui uma forma de

controle sobre o futuro da matil'a, uma *e8 ue eleinfluencia o uanto de Renome os membros *#o gan'ar%/sso pode le*ar $alliards inescrupulosos a uma sutil

106   Livro dos Augúrios

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intimida"#o e c'antagem — afinal de contas, uma fraseextra em uma assembl)ia pode fa8er com ue um dado$arou receba Renome suficiente para poder desafiar porum no*o posto% /sso uer di8er ue o $alliard ) olobisomem errado para se enfurecer% 3or outro lado,muito desse comportamento pode le*ar os outrosmembros da matil'a a fa8er algo com suas pr(prias m#os,ue *#o de tra*essuras at) desafios diretos%

Demandas = claro ue nem todos 9ou nem mesmo a maioria: os

$alliards *em seu posto como uma forma de manipularsua matil'a% “?ada matil'a ter. de empreender uma?ru8ada”, 6. di8 a 3rofecia da Fnix% 7ssas pala*ras s#ocombust5*el para um $alliard% 4esde uando ele ou*eessa parte da 3rofecia e est. ligado a uma matil'a, eleest. constantemente procurando por sinais da cru8ada desua matil'a% 1final de contas, se ele puder identificar oue sugere a tal cru8ada, claro ue ele pode descobrir um

modo de termin.-la 9ou pelo menos como dar o pr(ximopasso:% + problema, claro, ) ue uando se est.procurando por sinais, *oc ine*ita*elmente os encontra,e d. pouca aten"#o > *alidade deles% Am $alliard podeconstruir uma elaborada fantasia sobre sua *ers#o dacru8ada da matil'a 9em ue ele mencionou a seuscompan'eiros por dias sem fim, ou ue ele guardouconsigo, guardando a 'ist(ria para ue ela entre nosRegistros 3rateados:%%% e ent#o ac'ar ue a *erdadeiracru8ada da matil'a n#o tem nada a *er com a 'ist(riaue ele esta*a montando%

Guando em uma miss#o ou busca, um $alliard de*e

se focar na tarefa ue est. > frente% ;'eurges podem setornar distra5dos pelos esp5ritos e c'aradas durante todo ocamin'o, os Lua ?'eia est#o ocupados com todo oproblema da lideran"a, mas os 4an"arinos da Luadese6am *er o final da miss#o 9e por seguinte a 'ist(ria:ser condu8ido at) uma conclus#o bem sucedida% 7ssafun"#o do aug2rio combina perfeitamente com o papeldo $alliard de empolgar a matil'a —  eles se tornammoti*adores, respons.*eis por fa8er a matil'a se mo*erno*amente ap(s uma derrota% &e a matil'a ficar presapor um problema, o $alliard pode contar 'ist(rias de umt(pico sem rela"#o, apenas para colocar a matil'a em um

mel'or 9e, com sorte, mais criati*o: estado de esp5rito% -atalha “7m uma luta, todos n(s somos Luas ?'eias”, disse

um $alliard muito famoso% 1t) um ponto, isso ) *erdade— presa e garra s#o o mesmo, independente do aug2rio%7ntretanto, cada um dos aug2rios possui seu pr(priopapel antes, durante e depois de uma batal'a%

1ntes da batal'a se iniciar, o papel do $alliard ) oda guerra psicol(gica% +s Lua Minguante tocam seustambores de guerra 9se poss5*el: ou apenas urram egritam, tentando le*ar seus compan'eiros de matil'a at)

o calor da batal'a%%% e tentando ener*ar os oponentes%4ons como o ?'amado da Iyld e 4istra"0es a6udamnesse tipo de situa"#o, assim como fetic'es como

;ambores do ;ro*#o 9*e6a abaixo:% &e a matil'a sabeue tipo de ad*ers.rio eles enfrentar#o, o $alliard conta'ist(rias ou canta can"0es no dia anterior > batal'a paradiminuir seus inimigos —  8ombando deles, exagerandosuas fraue8as e geralmente fa8endo com ue derrot.-lospare"a algo sem nen'uma complica"#o% 3arcialmente,isso ) feito para dissipar o medo e por outro lado ) feitopara passar ualuer informa"#o t.tica ue as “tropas”possam ac'ar 2teis% 3or exemplo, se a matil'a est.atacando uma ?olm)ia ue segue um totem Maldito da/nsanidade, os $alliards podem ad*ertir as tropas anunca fa8er contato *isual com os 4an"arinos da 7spiral <egra ue a defendem% 1 ra8#o para isso, claro, ) uefa8er isso pode resultar em uma loucura, mas o $alliardpode di8er algo como, “os bastardos s#o t#o feios ue umasimples ol'ada para o rosto deles e *oc perder. suasanidadeP Manten'am os ol'os nas garras deles tamb)m) uma parte perigosa%”

4urante a batal'a, o $alliard atua em um papel de

apoio% +s $arou s#o mais fortes uando lutam como umamatil'a, e um bom $alliard est. no meio das coisas,incitando as t.ticas de matil'a% 7le pode come"ar abatal'a arrancando um naco de plo de um oponente9fa8endo com ue um de seus compan'eiros possa acertara carne macia do inimigo: e ent#o saltar para a6udarualuer aliado preso pelas mand5bulas de outro inimigo%7sse tipo de aproxima"#o permite ele a apoiar a matil'a,gritando encora6amentos e a6udando aueles uenecessitam, e tamb)m a obter uma mel'or *ista docampo de batal'a —  perspecti*as m2ltiplas s#onecess.rias para contar a 'ist(ria depois% + $alliard

costuma sacrificar sua gl(ria pessoal pela gl(ria damatil'a —  ele acaba tendo um grande n2mero de“assistncias” >s poucas mortes% 7ntretanto, ele tamb)m) capa8 de enaltecer a matil'a, e durante a assembl)ia,mesmo ue suas garras n#o ten'am arrancado o cora"#odo inimigo, ele ) o centro da aten"#o de*ido ao fato deser ele uem descre*e a forma como tudo aconteceu%

?om isso em mente, a tarefa do $alliard ap(s abatal'a ) descobrir o ue aconteceu% 1pesar ue issopode ser dif5cil de ser recordado pelos 6ogadores, umabatal'a ) extremamente flex5*el, estressante e umasitua"#o confusa% Guando o c'eiro de sangue est. no ar e

as pessoas est#o morrendo por todos os lado, muitoslobisomens perdem o controle e entram em frenesi% Am$alliard  n$o pode  se permitir isso, caso ele ten'a ainten"#o de contar a 'ist(ria depois% Mas o $alliard temoutras tarefas al)m de contar 'ist(rias ap(s uma luta% 7lede*e a6udar os outros $arou a analisar o ue aconteceudurante a batal'a% + ue deu errado@ Guais fraue8as naestrat)gia da matil'a apareceram@ + ue a matil'ade*eria ter feito de diferente@ + $alliard n#o precisa serum estrategista — se o lobisomem *ai deixar de lado umaparte da batal'a porue ele faria um parceiro de matil'aparecer mal, a matil'a sabe ue ele tem algo para fa8er%

1l)m de condu8ir o conto da batal'a em umaassembl)ia, o $alliard ocasionalmente possui uma tarefamais desagrad.*el para fa8er% Guando um compan'eiro

Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 107 

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resultado ) um tipo de *is#o in*estigati*a, o <arradorpode simplesmente escol'er o ue o personagem * oupoder. guiar o personagem em uma busca dentro dasmem(rias do $arou at) ue ele encontre a informa"#onecess.ria%

S st0cia Lend1ria N!vel &inco# — 7nuantoualuer $arou com uma conex#o espiritual com seusesp5ritos-ancestrais pode pegar emprestado umcon'ecimento ancestral de tempo em tempo, os$alliards, de maneira n#o surpreendente, aperfei"oaramo processo% + personagem pode reuisitar de seus ilustrespredecessores alguma 'abilidade ou con'ecimento e setornar, por um momento, o mel'or ue ele possa ser% Amesp5rito-ancestral ensina esse 4om

Sistema 1penas personagem com o 1ntecedente1ncestrais por aprender esse 4om% + 6ogador testa?arisma Y 1ncestrais 94ificuldade X:% 3ara cada sucesso,o 6ogador poder. aumentar uma 'abilidade para cincopontos, ou, no caso de uma 'abilidade ue 6. este6a nessen5*el, aument.-la para seis pontos% $eralmente,'abilidades “modernas” como ?omputador, ?ondu"#o, eat) mesmo 1rmas de Fogo n#o s#o aceitas, mas isso )deixado > crit)rio do <arrador% + 6ogador de*eriaespecificar ue ancestral ele est. in*ocando e ueHabilidades o ancestral l'e poder. conceder essasescol'as de*em permanecer consistentes atra*)s desubse!entes usos desse 4om 9ou se6a, o mesmo1ncestral pro*a*elmente n#o de*er. conceder Briga,1rmas Brancas e 7sportes em uma sess#o e +cultismo,7nigmas e Rituais em outra sess#o:%

S &ontador de 2istórias N!vel Seis# — 1o in*)sde simplesmente contar e recontar as 'ist(rias dopassado, ou esperar at) os e*entos di.rios *irarem no*as'ist(rias, o $alliard pode mudar os e*entos do existentedrama des*elando-o ao seu redor% 7le pode adicionarno*os “personagens”, alterar cadeias de e*entos, e at)mesmo mudar as moti*a"0es dos participantes maisimportantes% 3or)m, como esse 4om pode literalmentegerar ramifica"0es ue alterem o mundo, os poucos$arou na 'ist(ria ue aprenderam esse 4om relutam emus.-lo% Rumores di8em ue a derrota do ?omedor-de-;empestades se deu parcialmente ao uso desse 4om —mas da mesma forma, rumores tamb)m declaram ue os

terr5*eis e*entos na R2ssia durante o s)culo passadoderi*am de um Fil'o de $aia $alliard ue pensou uesabia como a 'ist(ria iria acabar% <ingu)m sabe ue tipode esp5rito ensina esse 4om tudo indica ue se6a uma*atar de $aia, mas como poucos $arou con'ecem aexistncia desse 4om, ningu)m pode di8er ao certo%

Sistema$ + 6ogador gasta um ponto permanente de$nose e explica, com o m.ximo de detal'es poss5*eis, amudan"a ue ele uer fa8er na 'ist(ria% + <arrador,claro, tem a pala*ra final, e uma *e8 ue a “altera"#odram.tica” ) feita, o $arou n#o a controla mais% 7*entosue ele confecciona podem e tornam-se uma espiral fora

de controle, ent#o o extremo cuidado poss5*el de*e sertomado com o 4om ?ontador de Hist(rias%

 ituais $alliards s#o fre!entemente respons.*eis por

executar Rituais de 3acto e Rituais de Morte% +sseguintes rituais s#o menos comuns, mas continuamsendo considerados importantes, especialmente pelos4an"arinos da Lua%

 itual do !assado Glorioso .Caern/  <5*el ;rsAm caern tem sua pr(pria 'ist(ria e 'eran"a,

al'eios aos $arous ue atualmente o 'abitam% 1prendera 'ist(ria de uma caern ) uma tarefa fascinante, e uepode demorar anos% 3or)m, esse ritual permite ao $arouexperimentar as nuances do desen*ol*imento do caerncomo um son'o febril, os anos passando em poucos epeuenos momentos% 3ara executar esse ritual, o mestredo ritual de*e desen'ar um mapa do caern do 6eito ueele era uando foi fundado pela primeira *e8 9 o ue pode

exigir uma uma boa pesuisa por s5 s(:% 7sse mapa )ent#o ueimado no centro do caern% ?onforme o mapaueima, todos os $arous presente rosnamsilenciosamente enuanto o mestre do ritual recita a'ist(ria do caern% ;odos os lobisomens presentes assistema forma"#o do caern e ualuer outro detal'e importantede sua 'ist(ria como se esti*essem em um son'o% 7sseritual n#o ) muito usado para aprender uma no*a'ist(ria, 6. ue a informa"#o contada ) uma amplaexpans#o do ue o mestre de ritual recita, mas eleconcede uma no*a aprecia"#o para o caern e para a'onra de proteg-lo%

Sistema$ + 6ogador testa /nteligncia Y Rituais% 1dificuldade inicial ) [, sendo diminu5da > cada ponto de1ncestrais ue o mestre de ritual possuir% &e o ritual )executado com sucesso, cada participante recebe umponto adicional de 1ncestrais at) o pr(ximo aman'ecerisso ocorre mesmo se o personagem n#o puder possuiresse 1ntecedente 9posto ue os ancestrais contatados s#oantigos guardi0es do caern e n#o um simples antecessorpessoal do personagem:% 1l)m disso, esse ritual “prepara”o caern o pr(ximo ritual de caern executado receber.dificuldade -T%

 itual do 0ivo essonante .Morte/  <5*el 4oisGuando um poderoso 'er(i morre, >s *e8es a

?erimnia pelos Falecidos n#o ) o bastante% 1s *e8es olocal onde seu sangue 'er(ico tocou o solo precisa deuma marca, mesmo se a marca for completamentein*is5*el no Reino% 7m tal momento, o $arou poder.executar o Ritual do Ai*o Ressonante% 7nuanto esseritual pode ser executado por uma matil'a ou at) mesmoum grupo maior, ele pode ser executado por umcompan'eiro de matil'a do falecido% + mestre de ritualfica em p) sobe o local exato onde o 'er(i caiu 9mesmo

se o $arou foi le*ado para morrer em outro lugar:, ecamin'a em um peueno c5rculo, no sentido anti-

  Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 109

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'or.rio% 7le ent#o adentra a Ambra e ui*a o mais alto emais longo ue ele aguentar% &e o ritual der certo, o ui*oecoar. eternamente, lembrando ualuer um ue pisarna Ambra ue um ?ampe#o caiu nauele lugar%

Sistema$ ;este padr#o% &e o teste for bem sucedido,ualuer um ue possar sentir os esp5ritos ou*ir. o ui*oserenamente no local, e ualuer um ue literalmentepisar em cima do local ou*ir. o ui*o como se o mestre deritual ainda esti*esse al5 ui*ando% Gualuer $arou uetentar executar esse ritual por uma ra8#o errada 9comopor exemplo, para “marcar” um local na Ambra:certamente perder. Honra no Renome, e, de ualuer6eito, o ritual n#o funcionar. para tal prop(sito%

 Fetiches Tambor do Trov1o 

 <5*el 4ois, $nose \7sse fetic'e n#o precisa realmente ser um tambor,

ualuer instrumento musical facilmente port.til ser*ir.,desde ue ele possa ser tocado baixo, amea"ando tons9ningu)m 6amais criou um Ban6o do ;ro*#o, porexemplo:% + $arou toca o tambor enuanto marc'a paraa batal'a, ener*ando seus inimigos com esse pacato, maspenetrante ritmo% +s sucessos da ati*a"#o s#o subtra5dosdos pontos de iniciati*a de ualuer oponente ue ou*irisso, para o primeiro turno de combate apenas% + $aroude*e tocar o tambor por pelo menos dois turnos antes detestar a ati*a"#o do fetic'e% 3ara criar um ;ambor do;ro*#o, o $arou de*e aprisionar um esp5rito-de-guerradentro do instrumento%

 L%ngua do Macaco  <5*el ;rs, $nose X1 despeito do nome, isso ) raramente feito com uma

l5ngua 9e geralmente uando ), uma l5ngua 'umana )fre!entemente usada:% ;amb)m fre!entemente, o$arou aprisiona um esp5rito associado com a linguagem— um papagaio ou uma gral'a, ou >s *e8es um esp5rito da

Iea*er —  em um li*ro ou em algum outro iteminocente% Guando ati*ado, o fetic'e tradu8 um idiomapara outro idioma a escol'a do $arou pelo resto da cena%+ fetic'e apenas funciona com um idioma por *e8, sendoassim ele n#o pode tradu8ir simultaneamente Francs e7span'ol% + fetic'e, por)m, funciona para ambos oslados — o $arou come"a a falar o idioma al*o, mesmo seele n#o falar uma pala*ra de tal l5ngua% + fetic'e podetradu8ir idiomas 'umanos para a linguagem dos $arou% <ingu)m falando no idioma al*o percebe a diferen"a, seo $arou usar o fetic'e para tradu8ir do 1lem#o para o/ngls, ele ou*e /ngls enuanto os outros falam 1lem#o,

mas ualuer um ue fale alem#o n#o perceber. nada deextraordin.rio%

2ualidades e De(eitos ?omo sempre, Gualidades e 4efeitos s#o

caracter5sticas opcionais% ?abe ao <arrador escol'er seir. permiti-los% seguir, Gualidades e 4efeitosapropriados para personagens $alliards%

 Frio em -atalhas .2ualidade3 4 $ontos/ Eoc n#o perde a cabe"a uando peles e sangue

come"am a *oar% Eoc continua sob controle durante o

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combate, n#o importa o u#o ca(ticas as coisas fiuem%1dicione T ao n5*el de /niciati*a do personagem% &e o$alliard entrar em frenesi, esse benef5cio ) perdido%

Tangencial .De(eito3 5 $onto/  <#o importa o uanto *oc se esforce tentando, suas

'ist(rias tendem > di*agar% Eoc n#o consegue manter-se

no tema durante uma discuss#o ou durante uma atua"#o,> n#o ser ue *oc ensaie muito antes o ue ir. di8er oufa8er% 1crescente ] pontos a todas as dificuldades ueen*ol*am 7xpress#o 9> menos ue este6a recitando algoue este6a escrito ou ora"0es memori8adas:, e certifiue-se de interpretar esse 4efeito%

  Capítulo Quatro: Velhos Contos e Novas Canções 111

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  apítulo inco:

Vingadores da

Mãe Sagrada

“Às vezes,” disse Petra, “o que é certo não é pacífico ou passivo. O que importa é que você não fuja das conseqüências. ocê suporta o que precisa ser suportado”.

— Orson Scott Card, Shadow of the Hegemon.

 Aprendendo a Lutar Então, eu ouvi que você matou quatro fomori ontem

e está achando que sabe o que é ser um hroun. Crian!aest"#ida$ O sim#%es fato de você ainda estar euf&rico earrogante mostra o quão #ouco você sabe sobre o que éser um hroun ou do que é es#erado de você.

Escute, fi%hote' é isso que significa ser um hroun.

( %entamente recobrar a consciência enquanto af"ria assassina diminui, sem o%har #ara bai)o, masre*ando si%enciosamente #ara que a me%eca aos seus #ésse+a um omor e não um -arente. ( ser carregado nosombros de seus com#anheiros enquanto uivos de orgu%hodec%aram você um her&i de guerra #or a!es feitas noca%or do instinto, a!es que não eram nada a%ém deinvo%untárias / sua nature*a. ( um esfor!o quieto eassustador #ara manter o 0+usto1 de sua f"ria +usta, éa#render a su#ortar ser uma casca morta% #ara a f"ria deuma deusa vio%ada. E isso nunca é fáci%, nem #or umsegundo.

2ocê acha que isso tudo soa %evemente covarde34uito inf%uenciado #or va%ores homin5deos3 O esfor!o éo mesmo #ara os %u#inos, e%es a#enas vêem com outras

#ers#ectivas. 6obos não odeiam. E%es são verdadeiros einocentes nessa matéria. Oh, e%es emboscam suas #resas,#rotegem seus fracos e mesmo desafiam seus a%fas, masisso  é #uro instinto. 4as &dio está a%ém de%es, é umconceito abstrato e abso%utamente re#ugnante, anecessidade de destruir a%go não #ara #romover sua#r&#ria sobrevivência, mas sim#%esmente #orque essea%go é um anátema, #orque #recisa ser destru5do. 7diorequer consciência e ao invés do outrora inocente %obo, o

hroun %u#ino vai a#render a odiar a 89rm e estama%5cia inf%e)5ve% vai afastá:%o de seus -arentes %u#inos#ara sem#re.

7dio é a #rinci#a% essência de nosso aug"rio. Osi%hos de ;aia adoram dan!ar ao redor disso mas, no fim,é a#enas uma dura verdade que temos que a#render ato%erar. <&s gera%mente damos a isso um ad+etivo dea%guma forma — f"ria 0+usta1, &dio 0+ustificado1, ma%5cia0contro%ada1 — e, em muitos casos, estes ad+etivos sãoa#ro#riados= a 89rm é a coisa mais #r&)ima da defini!ãoob+etiva de ma% que você vai encontrar neste mundo.4as e%es di%uem o significado #orque nossa "ria não é

uma qua%idade, mas uma #ai)ão. 2ocê deve entender issoagora mesmo, se dese+a sobreviver como um hroun' suaf"ria é abso%uta, imacu%ada e devoradora de todas as

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 113

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coisas. <ão e)istem #a%avras nesta sim#%es %inguagemhomin5dea que #ossa descrever a#ro#riadamente aintensidade de um &dio cosmo%&gico a#risionado em umaforma morta%. O #adrão de sua vida é determinado #e%oquanto você consegue contro%ar esta f"ria e #ara ondevocê a direciona.

2e+a, este não é o ti#o de raiva #assageira que o fa*)ingar, bater em a%go, ou #erder a cabe!aconstantemente. 4uitos hroun estão #erigosamente#r&)imos de entrar em frenesis regu%ares, mas muitosoutros não. 6embre:se disso' a f"ria é uma ferramenta,não uma descu%#a. 4uitos +ovens hroun ficamchocados com a fa%ta de sim#atia que recebem dosancies da seita quando seus frenesis causam a%gum danoirre#aráve%. f"ria de 6una não é um #asse %ivre #arairres#onsabi%idade mora%, embora certamente sequa%ifique como um fator atenuante em a%guns casos.4as esta não é a questão. Sua "ria não é a%gosu#erficia%. E%a vem de dentro, é a #ai)ão guia de suavida. ( um im#u%so #rimitivo vindo do fundo de suaa%ma, uma aversão a tudo o que é im#uro. E%a te daráfor!a quando estiver fraco e ca%or quando estiver comfrio, se você não estiver com medo de usar os #oderesde%a. -ara n&s, a verdadeira satisfa!ão s& #ode serencontrada quando destru5mos as coisas deste mundo querea%mente #recisam ser destru5das, quando tra*ermos /vida, a +usti!a e a fe%icidade necessárias #ara que e%a#ros#ere. <osso &dio é tudo, menos insignificante, e6una foi graciosa o suficiente #ara nos dar um grandedom, com o qua% os homens s& #odem sonhar' e%a deu /snossas e)istências um #ro#&sito determinado e c%aro.

 <esta é#oca de deso%a!ão, eu sou, /s ve*es, %evado acrer que os grandes her&is dei)aram o mundo, ou quenunca estiveram ne%e, e tudo o que restou agora foramsuas cascas, #ar&dias monstruosas nascidas de uma f"riadogmática, da vio%ência auto:indu%gente e da rendi!ão ao&dio. ( seu dever #rovar que eu estou errado$ 2ocê devenão s& fa*er o que a sua tribo es#era de você, o que a suamati%ha es#era de você, ou o que sua tradi!ão o %eva afa*er, mas deve também fa*er o que 6una es#era de você.2ocê #recisa cum#rir o seu dever, não im#orta o quãoterr5ve% o custo #ossa ser.

 Can›es dos Primeiros Dias O #rimeiro hroun foi o #rimeiro ;arou, sim#%esassim. 2ocês todos sabem a origem de nosso aug"rio, decerto modo. >a%ve* vocês tenham escutado o conto sobrecomo o Coiote enganou ;aia #ara que e%a %he desse umaforma e)tra e que assim teriam nascido as criaturasmetam&rficas. Com certe*a os ;a%%iards te disseram como;aia confiou a cada um de seus trocadores de #e%e umdever secreto —  Cora) seriam seus mensageiros, <uwisha seu sorriso, 4o?o%é sua mem&ria, e assim #ordiante. Os ;arou, #or sua ve*, seriam seus #rotetores,seus guerreiros. Enquanto a maioria dos aug"rios #ossui

hist&rias orais deta%hando o #rimeiro ;arou a re#resentaruma %ua es#ec5fica ou um her&i %endário que ditou osmo%des #ara o aug"rio, tais hist&rias são raras #ara os

 

 Seu Narrador  <ão é incomum que um hroun thro se gabe

de ter centenas de habi%idades. ( raro, #orém,encontrar a%gum que confesse isso, e 8i%%ianCan!ão:de:Sangue, nascido entre os Crias de enris,é um desses seres. E%e se afundou nas %endas dos;arou como um questionador das verdades aceitas —mesmo que este #a#e% #erten!a c%aramente aos@agabash, 8i%%ian difici%mente dei)aria que isso osi%enciasse. Aei)ando as tarefas dos @agabash de%ado, a sociedade ;arou tem #oucos dissidentesverdadeiros, segundo o sentido c%ássico. 8i%%iammerece crédito #or divergir com honra e dever, aoinvés de *ombar das tradi!es sim#%esmente #or#erversidade. E%e obviamente tinha fortes #ontos devistas do que significa ser um hroun,e eu querodividi:%os com você #orque eu acho que e%es #ossuemno n"c%eo a%go significativo.

Certamente, e%e era amargurado, mas e%etambém foi um grande her&i de sua tribo,#essoa%mente res#onsáve% #or fa*er frente contra acorru#!ão dos Crias na*istas. Então, eu estou tedi*endo #ara %er o que e%e escreveu, mas estandociente do #reconceito do escritor e reconhecer todoseu cinismo, e)centricidade e #redi!es sombrias Bequestionamentos das verdades aceitas, tais como seu#a#e% #or direito como %5der da <a!ão$ como umgrão de sa%.

Outra coisa — 8i%%iam +á morreu. Esse tratado

foi escrito em DF, %ogo de#ois da Segunda ;uerra4undia%. recente nature*a do Ho%ocausto, oenvo%vimento da tribo de 8i%%iam nisto, co%ore suavisão de seu aus#5cio e de todas as coisas re%acionadascom a guerra. Os hroun norma%mente não são seresintros#ectivos, #or isso esse é um dos #oucosdocumentos modernos que e)istem queverdadeiramente #rovam a nature*a, métodos e#sico%ogia do aug"rio, visto #or dentro.

Oh, e as #essoas a quem e%e direcionava essanarrativa eram ostern, e não fi%hotes. a* vocêagradecer #or e%e estar morto, não3

 —

  !o"#a de $rês %ascas, &a'a(as# )nciãodos !ianna, *íder da +eita do ra-o de *u'#nasa

hroun. <&s fomos os #rimeiros, entende3 >odos osoutros aug"rios se definiram #e%a maneira de como e%essão diferentes de n&s.

gora, não ache que isso significa que os outros;arou não estão fa*endo o seu #a#e% como #rotetores de;aia — >heurges nos e)#%icam o que é isto #e%o que%utamos, os -hi%odo) nos mantém nos tri%hos certos, os@agabash e os ;a%%iards defendem as qua%idadeses#irituais e emocionais que ;aia va%ori*a. 4as n&s

cum#rimos a mais %itera% e direta inter#reta!ão de nossodever, isto fa* de n&s a norma da qua% todos os outros seramificam. <&s somos o aug"rio mais antigo e,

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tragicamente, foram as nossas a!es quedefiniram o modo como os outros eranos vêem. E)istem a%gumas %endas quec%amam que os hroun dos #rimeiros dias#erseguiam /que%es que queriam seguiroutros as#ectos da %ua. %gumas %endasdescrevem os G?tena e os Croatan comoas#ectos >heurges e -hi%odo) dos8endigo dos tem#os ancestrais, for!adosa formarem tribos se#aradas quando osi%hos do Hnverno decidiram que seusmodos menos agressivos era uma heresia.e%i*mente, tais %endas são aceitas a#enas#or uma minoria, e contraditas #ordiversas coisas, inc%usive o a#e%ido dos8endigo de 0Hrmão 4enor1. Ae qua%querforma, c5nico como eu sou, não mesur#reenderia que os #rimeiros hrounacreditassem que sua forma era a "nicamaneira aceitáve% de ser seguida #e%os;arou.

 Lutadores e Guerreiros >odos os ;arou são %utadores, fi%ho.

 <ão há duas o#!es' n&s somos uma ra!avio%enta, uma ra!a viciada em vio%ência. <esses dias onde a 89rm está #or toda#arte, qua%quer ;arou que é rea%mentein"ti% em uma situa!ão de combate é um#eso morto — e nossa <a!ão não #odesu#ortar um #eso morto, não agora.

%guns ;arou %utam a#enas quando e%es#recisam e a%guns %utam de formasbastante incomuns, mas mais cedo oumais tarde todos n&s acabamos %utando. Esim, fi%ho, eu digo %utar fisicamente —você #ode a#ostar que todo ndari%ho dosfa%to riquinho, todo curandeiroemotivo dos i%hos da ;aia, todo ve%ho esábio )amã dos G?tena tiveram querasgar um 4a%dito com suas #r&#riasmãos uma ve* ou outra. <enhum%obisomem será com#%etamente #ou#ado

do derramamento de sangue,inde#endente de quão metaf&rico se+a seumétodo #referido de se o#or / 89rm.

O que então distingue os 6ua Cheia3 <&s somos guerreiros entre %utadores,oficiais entre so%dados, os her&is docam#o de bata%ha. Eu não digo que n&sestamos acima dos outros aug"rios= aoinvés disso, meu #onto é que se %utar éuma necessidade #ara todos os ;arou, éuma devo!ão #ara os hroun. <&s somosso%dados e es#eram que fa!amos IJJK do

que os outros ;arou fa*em em um cam#ode bata%ha, #ois %á é o nosso %ugar. ssimcomo os ;arou %utam #ara defender

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;aia, n&s %utamos #ara defender os ;arou —  cobrindosuas fugas, %iderando seus ataques, #rovendo m"scu%os #ortrás de suas estratégias. <em sem#re é um traba%hog%orioso — a%gumas ve*es n&s somos #oucos mais do que#ees em#urrando as engrenagens de um #%ano de um-hi%odo) mais inte%igente — mas n&s devemos aceitar emanter nossa #osi!ão, #orque ninguém mais #ode fa*ertão bem o que n&s fa*emos. gora, mais do que qua%queroutro aug"rio, n&s somos necessários, e n&s não #odemosesca#ar de nosso dever. <&s temos o traba%ho descritocomo o mais sim#%es de todos os aug"rios, mas nossodever ainda #ossui diferentes facetas.

Guerreiros Espirituais O que e)atamente significa o r&tu%o mais comum de

nosso aug"rio3 O que difere um ;uerreiro Es#iritua% deum guerreiro norma%3 Gm ;uerreiro Es#iritua% %uta #oruma causa de maior benef5cio do ambiente es#iritua%. <&s somos guerreiros em nome de ;aia, 6una, da 89%d edos totens de nossa mati%ha, seita e tribo. Em um sentido

maior, um ;uerreiro Es#iritua% é um guerreiro contra acorru#!ão, que %uta #e%a #ure*a dos mundos es#irituais.gora, a guerra #e%a #ure*a es#iritua% tem muitas facetas—  os >heurges fa%am de metaf5sica, os ;a%%iards desociedade e #essoa%= os -hi%odo) nutrem a for!a#sico%&gica enquanto os @agabash tra*em uma renova!ãode idéias. 4as o #a#e% do ;uerreiro Es#iritua% é f5sico,destruir os inimigos com#%etamente e a#esar de quemuitos nessa é#oca %he dirão que a vio%ência não #odeser uma #arte dos ganhos es#irituais duradouros, e%esestão mentindo. %guém tem que e)#u%sar as coisascorru#tas do mundo #ara que o traba%ho dos outros

aug"rios tenha a%gum im#acto. <&s fa*emos isso= n&s%ideramos a guerra #ara e)#u%sar a corru#!ão, matando oscorru#tos, os degenerados e os maus. E tudo da Sombrade 2e%udo está mais %im#a devido aos nossos atos.

Gm im#ortante desdobramento disso é que quandoos ;arou de ;aia vo%tam suas garras #ara outros ;aroude ;aia, e%es estão traindo o significado de ser um;uerreiro Es#iritua%. E%es não estão mais %utando sob abandeira da causa es#iritua%, da #ure*a e da %iberdade dosmundos es#irituais. o invés disso, e%es são condu*idos#or coisas mundanas — ganLncia, orgu%ho, f"ria= esco%haseu -ecado Ca#ita% #referido — e se iso%aram da #arte

es#iritua% de sua heran!a. E%es ainda são guerreiros, c%aro,mas não é certo chamá:%os de ;uerreiros Es#irituaisquando e%es %evam uma vida em nome de ganhosmundanos.

 Carrasco  <em toda matan!a da 89rm come!a com uma

bata%ha. 4uitos hroun se encontram em situa!es ondeé o dever sagrado de%es matar seres que não #ro#emnenhuma %uta. Os ;a%%iards raramente cantam hist&riasdos hroun que %itera%mente rasgaram um fomor queim#%orava #or #iedade antes de morrer, mas essa é uma

situa!ão que a maioria dos 6ua Cheia +á se encontrou ouse encontrará. Cai sobre os nossos -hi%odo) +u%gar

quando o bem e o ma% não estão c%aros, mas se+a umae)ecu!ão cerimonia% de um ;arou traidor de uma seitaou o sim#%es assassinato de uma #u%ga humana, o ato decarregar seus +u%gamentos sem#re cai sobre o hroun.-arece muito mais fáci% %idar com a morte de a%go que teenfrenta, e mais honroso, mas ;aia nem sem#re nos#ermite ta% %u)o. Ae verdade, quanto traba%ho #ode dar ot5#ico e)ecutivo mimado #ara uma mati%ha de%obisomens3

%guns hroun se es#ecia%i*am em tomar as vidasdaque%es que não #ossuem habi%idade em %utar. indabem que isso não é feito com ma%5cia ou com o dese+o deum egocêntrico ma%uco — é a#enas o que é mais efetivoem dadas situa!es, e como eu freqMentemente %embro avocê, n&s estamos em guerra. s hroun das "rias <egras ca!am aque%es que abusam de mu%heres, as0tomadas de #oder hostis1 dos ndari%hos dos sfa%tonas cor#ora!es corru#tas #odem envo%ver umassassinato e os hroun G?tena a%gumas ve*es +urammatar qua%quer estrangeiro que invada seus %ocaissagrados como chiminage #ara seus #atronos es#irituais.Em todos esses casos, o inimigo é tomado #e%o Ae%5rio, e0%utar1 não é a #a%avra #recisa #ara o que acontece. Oquê #ode ser dito, e)ceto que n&s vivemos com isso,evitando nos agradar com isso, e fa*er nosso dever3

 Estrategista  <&s não somos renomados como inte%ectuais, a#esar

de que há mais hroun notoriamente bri%hantes do quevocê #ossa imaginar / #rimeira vista. <o entanto, n&snunca #odemos nos #ermitir sermos est"#idos —estu#ide* custa vidas e #erde guerras, isso é uma trai!ão

ao nosso dever #ara com ;aia e uma fraque*a vergonhosacomo qua%quer outra. inda assim táticas são dif5ceis#ara uma mente coberta #or "ria e isso é um di%ema quemuitos hroun encaram. E)istem várias so%u!es sim#%es— a #rimeira de todas, é a res#onsabi%idade de um 6uaCheia #%ane+ar antes de uma %uta ou outra a!ão tática,#orque uma ve* que a %uta comece, será muito mais dif5ci%#ensar taticamente. Aentre as tribos mais guerreiras, issogera%mente significa evitar a tenta!ão de #artici#ar nascomemora!es que antecedem uma grande bata%ha — eestranhamente, essa é uma tenta!ão que muitos dosme%hores guerreiros de ;aia sucumbem. Os enrir e os

ianna são #articu%armente infames #or suas ce%ebra!esbrutas, fata%istas e fora de contro%e antes das bata%has —honestamente, se você se afastar e o%har ob+etivamente#ara essas festividades, e%as são com#aráveis a umacaricatura de uma festa estudanti%, re#%eta de agressessem sentido, machismo e embebidas com busca de g%&riae temeridade. O %ugar do hroun honrado antes dabata%ha é na tenda, ouvindo atentamente os ancies,com#reendendo a situa!ão do cam#o de bata%ha econtribuindo com a sabedoria dos guerreiros com o#%ano. nfe%i*mente, muitos dos Crias mais renomadosque eu conhe!o, reverenciados ancies da seita, fa%hamnesse sim#%es dever.

 <&s não somos os "nicos estrategistas da <a!ão

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;arou. Os -hi%odo) são e)ce%entes nesse traba%ho, masde uma maneira muito diferente da gente. e%i*mente, éum caso de s5ntese, não ant5tese. <&s temos um instinto#ara guerra que não #ode ser equi#arado e somose)ce%entes homens de idéias na mesa de #%ane+amento. <&s sabemos que com#romissos não #odem ser feitos e,sendo %5deres:#or:e)em#%o, n&s sem#re o%hamos a f%oresta#ara ver as árvores. Os -hi%odo) são mais ob+etivos eintros#ectivos. E%es se#aram a estratégia #arte a #arte,argumentando seu im#acto no cam#o de bata%ha e#rocurando #or cada contingência #oss5ve%.Es#ecificamente, e%es são muito mais ade#tos em a+ustarum #%ano de bata%ha #ara considerar o im#acto datecno%ogia moderna, e em saber quando não atacar ou#or quanto tem#o atrasar um ataque. -or todos nossosinstintos, essas são áreas que tendemos não en)ergar,assim como os -hi%odo) não #ossuem nossa com#reensão#rimitiva da guerra. ( #or isso que qua%quer boa mesa de#%ane+amento dos ;arou #ossui ambos os aug"rios Nqua%quer tática desenhada #or a#enas uma %uasim#%esmente não vai cobrir todas as bases.

 Sobrevivente o contrário do estere&ti#o, a maioria dos hroun

não tem dese+o #e%a morte. <a verdade, a#esar de quematar o inimigo se+a de fato uma virtude entre n&s,muitas vit&rias mais sutis foram conseguidassim#%esmente enfrentando a dor, sofrimento e com#%etotormento. 2ocê sabia que entre todos os aug"rios, ohroun é o menos #rováve% de entrar em Harano3 (verdade — não com uma grande margem, mas é verdade.

Os outros #odem di*er que n&s somos cegos ou est"#idos,mas n&s somos os #i%ares que a#&iam o resto da <a!ão;arou. E é isso que me #reocu#a sobre os nossos +ovens— em muitas seitas, e%es são ensinados de que o me%horque e%es #odem es#erar é morrer com g%&ria, com suas#resas em um 4a%dito. 4e #erdoe #or soar comou%tra#assado, mas nos meus dias uma morte g%oriosa nãonos dava tanto @enome quanto agora, tamanha avergonha em morrer.

Como hroun, é um de nossos maiores deveressobreviver. Os ;a%%iards di*em que essa tarefa — su#ortar—  +á #ertenceu aos homens:tubarão, ma%ditas bestas

esquisitas, foi o que +á ouvi fa%ar de%as. em, n&s osmatamos, ou #e%o menos os co%ocamos fundo o suficienteno mar #ara ouvir fa%ar de%es novamente. Então, agorarecai sobre n&s #ara não cair no dese+o de um decadenteego5smo de esca#ar de uma vida do%orosa com uma morteg%oriosa, mas de sobreviver, e demonstrar #ara todos os;arou a nossa vo%ta que nossa ra!a #ode agMentar maisum dia, mais um ano, mais um sécu%o. <&s devemos serfortes, afina% de contas, e a maior for!a é encontrada nasobrevivência, em continuar e encarar a terr5ve%e)istência com com#ostura e otimismo. E isso me %eva ao#r&)imo dever dos hroun, fi%hote, que é...

 Inspira‹o  <ão uma #orcaria art5stica —  isso é #ara os

;a%%iards. Eu estou fa%ando da ins#ira!ão através da a!ão. <&s devemos não a#enas sobreviver, n&s devemos fa*ercom que os outros sobrevivam também. <essa era, um#rofundo ti#o de fata%ismo está recaindo sobre a <a!ão;arou. Puem #ode nos cu%#ar3 Euro#a ainda estáqueimando e mi%hes estão mortos. s chamas atQmicasno Ra#ão abriram feridas no mundo es#iritua% que ta%ve*nunca se curem. Aresden está em cin*as= <an?ingsangra. Os Sanguessugas estão #or todos os %ados, comocorvos se a%imentando do sofrimento dos humanossobreviventes. a*endeiros humanos deses#erados ca!am%obos mais fero*mente do que nunca. Ao outro %ado dooceano, os -arentes das tribos ind5genas estãoa#odrecendo em acam#amentos internos disfar!adoscomo esco%as. <a!es humanas foram se#aradas e a#enasagora toda a #rofunde*a da vit&ria da 89rm através doHo%ocausto —  através do ma% dos homens —  foireve%ado. Caerns ca5ram em d"*ias e em a%gumas cidadeso céu Gmbra% não #ode ser visto, ocu%tado #or nuvens de4a%ditos. ( isso o que encaramos, e não vai me%horar emde*, vinte ou cinqMenta anos.

 <osso dever é convencer os outros ;arou de que avit&ria ainda é #oss5ve%. <a verdade, eu não tenhocerte*a se isso está dentro do reino da dece#!ão ou dareve%a!ão —  eu #refiro #ensar no "%timo, mas minhas#r&#rias reservas de es#eran!a não estão em sua me%horforma. inda assim, #or toda a escuridão que cobre omundo, n&s, ;arou, ainda somos uma tocha no vácuo.#esar de todas as coisas que eu me envergonho deminha tribo, eu nunca encontrei um #ovo mais forte,mais tena* ou mais ca#a* do que meus com#anheirosCrias. s outras tribos, também me dão es#eran!a —diferente de muitos ;arou, #resas no mito da su#remaciatriba%, eu sei que cada tribo tem sua fun!ão na <a!ão.ssim como os Crias são a or!a dos ;arou, os -resas sãonossa 4a+estade, os G?tena nossa -ers#icácia, osSenhores das Sombras nossa Es#erte*a, os i%hos nossaGnidade, os ;arras nossa Cone)ão -rimitiva. -ensardemais é um v5cio, não uma virtude. Esque!a astentativas de mesurar se n&s #odemos ganhar a guerra —#ense sobre se n&s #odemos ganhar essa bata%ha, agora,ou se n&s #odemos sim#%esmente continuar vivendo erea%i*ando nossos deveres a ;aia #or mais um dia.

res#osta é um ressoante sim. Como ;arou, n&s temos afor!a interior #ara sermos her&is= a#enas e)#erimentaressa fun!ão não é o suficiente. ( o nosso dever sagrado a;aia %embrar nossos irmãos disso, através do e)em#%o,desafiar os outros ;arou a viver como n&s vivemos.

2e+a, eu fa%ei ma% dos ca!adores de g%&ria, aque%esque %utam #e%o seu #r&#rio ego ao invés de seremverdadeiros ;uerreiros Es#irituais. 4as ser g%orioso,ganhar os cora!es e a admira!ão dos outros, é umas#ecto muito im#ortante — não, um dever — de nossoaug"rio, #orque quando n&s ganhamos #rêmios, n&sdamos es#eran!a em troca. Então sim, rego+i*e:se na %u*

de seus #r&#rios sucessos em bata%ha, se+a um guerreiroe)ibido, e%eve seu ego — fa!a o que for necessário #arafa*ê:%os acreditar que e%es %utam uma guerra que #ode ser

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 117 

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vencida, ao %ada de um her&i %endário. Se você tiversorte, e%es #odem acabar vendo e%es mesmo como her&istambém...

 L’der de Guerra #esar dos -hi%odo) #arecerem ser os mais ca#a*es /

tarefa de %iderar, a verdade é que os ;arou são uma ra!a

guerreira e os hroun freqMentemente estão no to#o.Certas tribos —  Crias de enris, 8endigo e "rias <egras, #rinci#a%mente — tradiciona%mente co%ocam oshroun em #a#éis de %ideran!a. <a verdade, nosso ti#onão fa* os me%hores %5deres dentre os ;arou, mesmo quen&s acabemos assumindo esse #a#e%. for!a da nossa"ria, o com#romisso e o inerente dese+o em enfrentar acorru#!ão onde quer que e%a este+a e #ro%ifere, #ode noscegar aos as#ectos mais sutis de uma situa!ão e nos tornarmais fáceis de sermos mani#u%ados. <a verdade, oshroun #odem ser seres honestos e nobres, mas mesmo omais cuidadoso e indireto de nossas fi%eiras ainda assim é

uma arma cega quando com#arada / gra!a socia% de um;a%%iard, a es#erte*a de um @agabash ou / #ers#icácia deum >heurge.

4as a %ideran!a condiciona% certamente é #arte denosso traba%ho. ( uma ironia, ve+a — nosso #ecado maiscitado é rec%amar mais autoridade do que nos é devida,mas ainda assim n&s temos o dever sagrado de assegurarque todo membro de nossa mati%ha obede!a nossasordens sem hesitar. chave, c%aro, é que n&s somos os"nicos su#ostamente a dar ordens em situa!es mi%itares.-ense em n&s como a #o%5cia — n&s temos que manternossa autoridade ou os inimigos irão ca!ar os fracos,

ainda que ninguém queira um estado de guerra. <ão é,na o#inião desse ve%ho guerreiro, #e%o menos, um deverdos 6ua Cheia ditar as #o%5ticas da <a!ão ;arou comoum todo #or muito tem#o. sociedade ;arou é maissim#%es que a humana, e mais #r&)ima de suas ra5*es.Enquanto #oucos #o%5ticos humanos brigam #aradefender suas vidas, qua%quer um em um c5rcu%o de%obisomem, que tem #oder #o%5tico, #ode aumentar esse#oder com #oder f5sico. Cada ve* mais, nos dias de ho+e,4estres do Aesafio se a#&iam em %udismo ou montagemde contos #ara reso%ver desafios ao invés de bata%has, maso sim#%es tru5smo ainda não foi quebrado de forma

a%guma, e entre os ;arou, eu duvido que a%gum dia se+a.O que o 6ua Cheia deve fa*er é manter sua mati%haem uma #ers#ectiva mi%itar e isso necessita de um grau deautoridade #ara ser feito. Cada aug"rio é uma #osseestratégica, mesmo que a#enas n&s en)erguemos as %uasdos ;arou dessa forma. ( nossa res#onsabi%idadeassegurar que todo membro da mati%ha este+a#reenchendo o seu #a#e%, se+a e%e um dever m5stico ousocia%. Gm @agabash não deve ser a#enas um bobo dacorte, mas um batedor, enganador e um agente dees#ionagem. Gm >heurge deve #arar um #ouco dee)#%orar os grandes mistérios #ara fa*er fetiches,

com#rometer es#5ritos da guerra e assegurar que aque%amati%ha tenha a#oio Gmbra% na hora da bata%ha. Gm-hi%odo) não deve a#enas +u%gar %eis e condu*ir rituais,

mas também deve a+udar na disci#%ina e agu!ar a a#tidão#sico%&gica #ara o combate de seus com#anheiros demati%ha. Gm ;a%%iard não deve estar tão com#%etamenteenvo%vido com mito%ogias que não se+a ca#a* de usar sua#er5cia socia% #ara a+udar a sua mati%ha a se mover maisfaci%mente dentro da sociedade humana quandonecessário. O hroun deve coordenar tudo isso,assegurando que as diversas habi%idades dos outrosaug"rios se+am bem a#%icadas #ara fa*er a guerra, quandochegar a hora. Puando um +u%gamento tático necessitaser feito imediatamente, e vidas estão em risco, é aí  que ohroun deve dar um #asso adiante e rec%amar a #osi!ãode %5der.

Pe‹o Costuma:se di*er que ter fé é bom, mas ter fé cega é

ruim. Eu diria a mesma coisa sobre obediência. 4uitoshroun e)igem #osi!es de %ideran!a e #oder, vendo:ascomo seus #rivi%égios #or serem guerreiros. <o entanto, a <a!ão ;arou beneficia mais, ta%ve*, /que%es que este+am

dis#ostos a fa*er aqui%o que %he #edem que se+a feito, aosque #rovidenciam a for!a bruta necessária #ara com#%etaros ob+etivos de a%gum >heurge ou -hi%odo). <ão énenhuma desonra ser o instrumento da vontade dea%guém maior do que você= e, em muitas ocasies fomosn&s, os hroun, quem conseguimos grandes vit&rias #araos ;arou, sim#%esmente #or fa*ermos o que outrosdecidiram que #recisava ser feito.

er!is Sim, diga isso. Aei)e escorrer #or sua %5ngua e #ense

sobre o que rea%mente significa #ara você, a%ém de gibis e

#Qsteres de guerra. maioria das #essoas #ensa em her&iscomo #arte e)c%usiva da fic!ão, não como a%goencontrado nesse mundo triste. 4as n&s somos feitos#ara sermos her&is, #orém. eitos #ara agir com nobre*a e%utar #e%o que acreditamos ser o certo. Somos feitos #arasermos e)em#%os aos ;arou ao nosso redor, #ara %iderar#e%o bom e)em#%o de fa*er a coisa certa. 0Certa1, nessecaso, é gera%mente +u%gada #or um #adrão crue%mente#ragmático, estando nossa guerra assim tão deses#eradacomo está nos dias de ho+e, mas deve — ou deveria —ainda e)istir a%go da essência do sacrif5cio des#rendidoem a%gum %ugar.

Em nossos me%hores dias, n&s %embramos /que%es anossa vo%ta que 0guerreiro1 não é uma #a%avra su+a e quea%gumas ve*es for!a bruta #ode fa*er do mundo um %ugarme%hor — ou mais #rovave%mente, #e%o menos redu* asua descida ao #o!o de corru#!ão de a%guma forma. <ãosão muitas as #essoas que nessa era crue% acreditam nae)istência de verdadeiros her&is, mas é im#ortante quen&s acreditemos. Eu +á vi hero5smo rea%, genu5no —  asvidas de #essoas inocentes Be #or isso eu digo sobrehumanos e %obos #reservadas e me%horadas #e%o va%or denosso aug"rio. <&s devemos acreditar na #ossibi%idade doverdadeiro hero5smo — a cren!a transforma a rea%idade,

e esse ti#o de fé Bnão essa fé cega — a#enas uma fé c%araem n&s mesmos se#ara uma #essoa #ro#ensa a es#asmosde vio%ência nii%ista de um ;uerreiro Es#iritua%.

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 Instintos e Atitudes E)istem duas grandes e confortantes mentiras sobre

"ria que circu%am e envenenam a sociedade ;arou' quee%a é incontro%áve% e que é descuidada. Os instintos doshroun são sim#%es e diretos' res#onda / agressão damesma forma. 2ocê sente isso em seu cora!ão, mesmo

que você não com#reenda com#%etamente. <&s somosinc%inados a res#onder os insu%tos ou / corru#!ão com  raiva e f"ria e n&s gera%mente nos  a#oiamos em nossos  com#anheiros #ara a%iviar  nossos im#u%sos. <unca  subestime a intensidade  de seus instintos  agressivos, crian!a= #arte de  seu dever como hroun é  a#render a contro%á:%os #ara  que os que te circu%am

  este+am a sa%vo. "ria é  uma ferramenta, e não um  mestre= o que você fa* com e%a

é sua res#onsabi%idade.4uitos, muitos 6ua Cheia secretamente gostam de

acreditar que a "ria está a%ém de sua habi%idade decontro%á:%a. fina% de contas, muitos de n&s uma hora ououtra cedemos ao frenesi e ferimos ou matamos a%go quen&s não t5nhamos o direito de ferir. Se torna muito maisfáci% viver com essas mem&rias se você acreditar que vocênão tinha esco%ha. 0<ão foi -resas:do:-oder quem rasgouaque%a +ovem -arente que o chamou de covarde,1 euou!o ser dito, 0foi sua "ria. E%e não #odia evitar1. Comose a "ria fosse, de a%guma forma, um agente e)terno queage em n&s, for!ando nos a fa*er a%go que n&s nuncarea"mente  quiséssemos fa*er. Então, e%e não temnenhuma res#onsabi%idade #or suas a!es sobre virtudedo frenesi — que conveniente$ C%aro, e)istem muitos;arou que conseguem contro%ar suas a!es ainda assim, oque mostra que essa forma de #ensar nada mais é do queuma mu%eta #sico%&gica.

-ara ser +usto com os indiv5duos, a sociedade ;arounão castiga os hroun da maneira como deveria a%gumasve*es. E)iste uma moderada #erda de @enome #ara a  maioria dos hroun que mata um  humano Bou um %obo a%iado em um  acesso de f"ria, enquanto um humano

  iria #assar um tem#o de sua vida na  cadeia. Outros ;arou assumem que  essa vio%ência é nosso %egado, que n&s  não dever5amos ser res#onsabi%i*ados  #e%os frenesis e #e%os atos de #ai)ão.  Aessa forma, a "ria #ára de ser um  fardo e torna:se uma descu%#a, uma  +ustificativa #ara fraque*as morais e #sico%&gicas. Hsso não #ode ser to%erado e  quanto mais cedo as #otências da <a!ão  se conscienti*arem de que assassinato é  assassinato, me%hor n&s estaremos. Rá  chega disso= vamos #ara a segunda  mentira — essa é mais comumente  acreditada #or aque%es que estão de  fora da sociedade ;arou, mas ainda  assim é um grave erro.  <ossa "ria difici%mente é  descuidada, é uma raiva direcionada=

  e%a tem um  prop.sito. <&s,  vergonhosamente, so%tamos nossa  "ria sobre nossos a%iados e sobre  inocentes em a%gumas ocasies, mas  qua%quer um que +á tenha sentido a  89rm sabe que essa não é a ra*ão #e%a  qua% a "ria nos foi dada. corru#!ão  da 89rm evoca um sentimento de  re#u%sa em n&s que é muito dif5ci% de  e)#%icar com #a%avras, isso ra#idamente  nos %eva até um dese+o #rimitivo, uma  f"ria #rimitiva que queimava quando o

 mundo ainda era +ovem. ( quase como se n&s nos tornássemos um rece#tácu%o, uma  casca consciente habitada #or ;aia ou 6una

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quando essas #oderosas divindades atacassem seusodiosos inimigos. Eu não tenho #a%avras me%hores do queessas #ara descrever a fonte de nossa agressão, mas eu#e!o a você que #ense sobre isso' os humanos não têm"ria.

E%es se deitam com o ma% faci%mente,com#rometendo sua ética quando necessário #ara suasobrevivência ou #ros#eridade. <o gera%, essa habi%idadeque e%es têm de fa*er com#romissos os dei)am distantesdo derramamento de sangue, sofrimento e de #erdasdesnecessárias — eu não estou insu%tando os humanos.4as isso sem#re me horrori*ou, que tantos de%es#erderam a ca#acidade de sentir uma raiva verdadeiraquando testemunham a%go que e%es sabem que é errado, édoentio e ma% —  a#enas uma aceita!ão ou uma to%aa#atia. E assim a 89rm se move si%enciosamente #orentre sua sociedade, ganhando mais ade#tos a cada dia.Eu acredito que o mundo tem uma deses#eradanecessidade de criaturas que ainda têm a habi%idade de semover em uma f"ria assassina #erante a in+usti!a ecorru#!ão, que odeiam a escuridão em seu sentidoabstrato ao invés de a#enas se o#orem a e%a quando a#raticidade e)ige. >odas as criaturas de ;aia se ada#tama es#ec5ficas caracter5sticas #ara #reencher o #osto emSua Ordem <atura%. <osso #osto é o de ca!ador,assassino, e ;aia nos deu a "ria #or essa ra*ão.

gora, você tem que entender isso. Outros nasociedade ;arou vão ver você como um bruto ou comoum macaco de bata%has, sim#%esmente #or causa de seusigno 6unar. Ae muitas maneiras, e%es estão certos. <ossamaior virtude é também nossa maior fraque*a' n&s não#odemos e nem devemos nos com#rometer com o ma%. <unca. 89rm deve ser enfrentada onde quer queresida e sem#re que #ro%iferar — nenhum outro aug"riodefende esse mandamento da 6itania com tantatenacidade quanto n&s. 4as nossa inquieta agressividadetambém nos fa* a%vos fáceis de sermos mani#u%ados' você#ode ser um estudioso, um #acifista ou um #ensador sequiser, e essas coisas #odem até mesmo fa*er de você umme%hor guerreiro — mas todo ;arou sabe que sobre essafachada está a "ria de um hroun, e não dá muitotraba%ho tra*er essa "ria / tona. Essa sim#%es verdade dáaos outros um certo #oder sobre você e esse #oder

gera%mente %eva / com#%acência ou indiferen!a. ssimque você se envo%ver em #o%5ticas de seita, seus rivais irãoautomaticamente saber qua% botão #ressionar, e que isso#ode te ferir tremendamente.

%guns hroun tentam com#ensar isso abra!ando oidea% de civi%i*a!ão com#%etamente, tentando co%ocarseus instintos de %ado e transformando:se emmani#u%adores e em seres sociáveis friamentecontro%ados. Pue infort"nio, eu digo' ;aia fe* de vocêum ser sim#%es e e)iste a#enas uma coisa que vocêrea%mente fa* bem. Puando um hroun tenta se refa*ercomo uma #essoa com#%icada, um ser na verdade mais

ca#acitado na sociedade humana do que na ;arou, e%e#erde #arte da sim#%icidade de #ro#&sito que ;aia %hedeu, o #oder se seus instintos agressivos. mesma raiva

que te transforma quando um ma%dito @agabash a#ertaum sim#%es botão irá %he dar o #oder de rasgar a gargantade um 4a%dito enquanto esse mesmo @agabash es#ia aoutra e)tremidade. Se n&s somos brutos, então que se+a'n&s somos o que ;aia ordenou que fQssemos, e eu nãoirei me #ermitir a acreditar que qua%quer coisa mais0com#%e)a1 ou 0suti%1 se+a necessária #ara n&s sermoscriaturas de va%or.

 A"roun atrav#s das $ribos Aiversidade está entre as maiores for!as da <a!ão

;arou e como qua%quer enrir sabe n&s #recisamos decada fragmento de for!a que tivermos nessa era. >odos osguerreiros de ;aia %utam de formas de diferentes, mastodos continuam %utando sob a bandeira Ae%a.

inimi*ade entre as "rias <egras e minha #r&#riatribo é %endária, mas eu es#ero que você acreditará emmim quando eu disser que to%ero a tribo, de modo gera%,sem má vontade. E afirmo, fa%ando como um #r&#rio

hroun, as 6ua Cheia de%as me dão medo. <&s Criastemos a desonra "nica de termos mora%mente fracassadomuito, muito gravemente com re%a!ão ao #ovo +udeu= eutemo que tenha visto muitos dos mesmos #erigosos sinaisna "ria das "rias <egras. E%as tra*em a terr5ve% misturade ideo%ogia 5ntegra, iso%amento de seus 0inimigos1 Beununca encontrei uma "ria que entendesse rea%mente umhomem, a%ém de estere&ti#os e acusa!es e umcrescente &dio e frustra!ão —  isso não #ode terminarbem. @e*e #ara ;aia #e%as a%mas de%as, garoto. Se)ismo éuma doen!a e uma que não #ode ser combatida a#enascom o &dio. sso ta%ve* se+a confortante #ara várias #or

acreditarem que são #oderosas 0#rotetoras1 que saem #ora5 #rontas #ara fa*er estu#radores e es#ancadores dees#osas virarem #resunto, mas nosso mundo é raramente#reto e branco, e muitos que ofendem mu%heres nãodevem morrer. Sangue, terror e morte são #ouco #aracontraba%ancear com#%e)as doen!as sociais como #obre*ae aversão / mu%heres, mas essas são as "nicas coisascontra as quais devemos %utar. Aesconfio que "rias com#ouca "ria tem feito bem mais,e me%hor, #ara o %ugar damu%her no mundo do que suas hroun fi*eram.

Os @oedores de Ossos me dão es#eran!a em frente /#obre*a, #orém. Seus 6ua Cheia tornam:se incr5veis

%utadores desviados, mesc%ando a criatividade efurtividade, que são gera%mente caracter5sticas dos@agabash, com a habi%idade de andar na #onta dos #és edistribuir bofetadas de um hroun. E%es tambémres#eitam seus >heurges e -hi%odo), e%es sabem seus%ugares na tribo, #or isso não tentam comandar so*inhostoda a festa. <otoriamente, e%es sustentam bem o mantode f"ria —  o singu%ar humor auto:de#reciante de suatribo é famoso #or corroer a %oucura do ego antes que amesma torne:se um #erigo. gnorando sua #osi!ão socia%,#orém, os @oedores hroun continuam sendo criaturas#rimitivas e de#ravadas, e e%es, mais do que ninguém,

incor#oram o hroun como o "%timo sobrevivente. <emtodos são mode%os bri%hantes, c%aro —  a "ria %evamuitos de%es a se envo%verem em brutais e vio%entas

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gangues de rua ou a odiar aque%es que #ossuam mais#ros#eridade financeira que e%es. 4esmo assim, e%esmerecem bem mais admira!ão do que recebem. -ara umatribo que su#ostamente e)a%ta for!a e to%erLncia, n&senrir #odemos ser muito cegos quando temos que#erceber a #resen!a dessas qua%idades em um @oedorhroun, outros ;arou também não ficam atrás.

O hroun i%ho de ;aia não está tão #erto do#arado)o como muitos #ensam. ntegridade tra* for!a#ara todos os ;arou e guerra inter:triba% é efetivamenteuma forma de sucumbir / 89rm. <ão confunda #a* comfraque*a, novato= estes são guerreiros que dese+amdefender a causa da #a* até seus "%timo sus#iro. tragédia rea%, #orém, é a fa%ta de res#eito que e%esrecebem de seus com#anheiros ;arou. rgumenteicontra os hroun estarem no to#o #or #adrão, mas #ortudo que sacrificamos e tudo que sofremos em nome de;aia. 4as certamente não #ertencemos / inferioridade$;uerreiros dos i%hos de ;aia que e)ecutaram atos quequa%quer outra tribo definiriam como her&icos,freqMentemente observam seus com#anheiros de tribo seafastarem c%aramente durante meses, sim#%esmente#orque e%es não têm estQmago #ara aceitar que a%gumas#essoas #recisam morrer. Gma situa!ão vergonhosa.

hroun ianna bri%ham como o so"  —freqMentemente dotados de grande be%e*a e carisma, e%es#arecem her&is %endários renascidos, cava%eiros modernosde uma távo%a redonda metaf&rica. Como 6ance%ot,#orém, orgu%ho e)cessivo é na maioria das ve*es suasru5nas. Como muitos ianna, e%es têm uma %igeiramenteromLntica visão do mundo, mas #ara um #o!o de f"riainumana, romantismo —  ou qua%quer distor!ão dorea%ismo —  é uma tragédia es#erando #ara acontecer.4atadores não #odem #ermitir a si mesmos o %u)o de&cu%os rosados e rea%mente muitos 0her&is1 ianna#arecem acreditar que estão vivendo em um %ivro dehist&rias. Ego vai mais fundo nos ianna do que emqua%quer outra tribo, e misturado com a "ria isso #odetornar:se como uma "mida e antiga estufa — um cam#omaduro com #odridão e mofo #sico%&gico. -ai)es nãosão a#enas #assatem#os= e%as os consomem #or com#%eto,movendo, freqMentemente destrutivas e sem#re +oviais.Os ianna encarnam a #ai)ão, e seus hroun misturam

ta% #ai)ão com a habi%idade f5sica de reta%har qua%quercoisa inferior. sso é tudo o que me rebai)arei #ara di*ersobre e%es.

E sobre minha #r&#ria tribo, os Crias de enris3 <&sca5mos, ah, e gravemente, mas os Crias de enris sãofortes. <&s, es#ero, e)tir#amos o veneno de Hit%er detodos os cantos de nossa tribo e creio que como tribonunca mais iremos cometer o erro de render:nos ao &diodessa forma. <&s ainda sofremos da enfermidade da%oucura do ego, agressão cega e %ideran!a hroun, masn&s temos uma grande for!a também, e agora acreditoque estamos a#rendendo a habi%idade do tem#eramento e

a guiar nossa raiva. >a%ve*. Eu re*o, #e%o menos, eu estouaterrori*ado, na verdade= nenhuma outra tribo tem sidocegada recentemente #e%a 6oucura da "ria como a

minha. 4esmo assim somos notáveis, também, e a#esarde macu%ada nossa for!a continua #otente. Aei)e queisso se+a uma %i!ão sobre for!a, novato' fraque*a não ésem#re a#arente, e nem todos os ti#os de for!a mostram:se sobre o cam#o de bata%ha. Eu quero acreditar que osenrir são fortes não somente em nossa #er5cia embata%ha, mas em nossa habi%idade de resistir /s verdadesdo%orosas e sa%var nossa honra esfarra#ada. #enas otem#o irá di*er se #oderemos, mesmo assim, re#ararnosso hist&rico sem cair de maneira si%enciosa nafraque*a.

hroun ndari%hos do sfa%to adotam vio%ênciacomo um bisturi, usando isso como uma ferramenta naengenharia socia%. E%es freqMentemente servem deim#ositores #ara o resto de suas tribo, #rotegendo#ro#riedades criminais e garantindo que os servos da89rm irão encarar os ndari%hos na área financia%,como #referem, no %ugar de serem ca#a*es de atacardiretamente. E%es muitas ve*es acabam agindo comoso%dados e guarda:costas, e minha im#ressão é queenquanto a%guns são fe%i*es em servir honradamenteoutros tornam:se insatisfeitos com suas fun!es na tribo edese+am um %ugar mais a%to ao so%. 2ários ndari%hoshroun mais individua%istas evitam mati%has ereivindicam uma área #articu%ar de suas cidades como um#rotetorado, traba%hando #ara o manter %ivre da mácu%ada 89rm e #roteger as #essoas que a%i residem. -or maisnobre que essa inten!ão #ossa ser, acredito que osndari%hos que seguem os caminhos de seus anciesacabam fa*endo mais #or sua tribo do que seus #rimos de0es#5rito:%ivre1.

Gma observa!ão interessante' quando e%es dei)amde %ado o #reconceito de um #ara com o outro, dechamarem:se de 0-ortadores da 89rm1 e de0-rimitivos1, os hroun dos ndari%hos do sfa%to e dosG?tena c%assificam:se entre as mais efetivas uniescom#%ementares que a <a!ão ;arou tem #ara oferecer.mbas as tribos es#ecia%i*am:se em uma forma #arecidade %utar' acertando o inimigo onde d&i, #%ane+ando deantemão e esco%hendo seus atos de vio%ência #or %ongos#er5odos e im#acto es#iritua%. combina!ão de métodosmundanos e #erce#!ão m5stica contribuem #ara um timee)ce#ciona%mente #erito e efica*, assim os ;uerreirosEs#irituais dessas duas tribos traba%ham +untos mais doque a maioria dos outros aug"rios #odem es#erar,guiando:se #or estere&ti#os.

Os ;uerreiros Es#irituais dos ;arras 2erme%has...oh, ;aia, que e%es sem#re tenham minha miseric&rdia ecom#ai)ão. Homin5deos freqMentemente são cu%#ados#or todo o &dio que os ;arras, que #ossuem uma ami*adesossegada com seus #rimos %u#inos, carregam. >o%os —e%es não entendem que a 4a%di!ão fere igua%mente fundonos %u#inos assim como nos homin5deos3 ;arras hrounsão recheados de &dio, vindos de uma educa!ão %u#inaonde o estrangeiro é odiado, e%es têm uma #equena

habi%idade em entender, redu*ir e contro%ar isso.E%es são res#onsáveis em muito #e%a re#uta!ãonegativa de sua >ribo, sendo #or várias ve*es chamados

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 121

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chocado de que eu este+a di*endo isso da minha #r&#riatribo, novato3 ique chocado.

Pape% na &ati%"a 4uitos aug"rios têm um com#%e)o e variado #a#e% a

rea%i*ar nas misses da mati%ha, mas o nosso écom#%etamente sim#%es' é seu dever tomar a %inha de

frente, assumir o fardo e #roteger seus com#anheiros demati%ha de qua%quer dano f5sico. sto não quer di*er queum com#anheiro de mati%ha de um aug"rio diferente#ossa #erder as for!as ou adoecer, mas e%esfreqMentemente serão encaminhados #ara outros assuntos: e)#u%sar um es#5rito hosti%, tentar arrombar umcom#%e)o trancado, #rocurar um fetiche com visãom5stica : e é sua res#onsabi%idade assegurar que e%estenham seguran!a e o tem#o que e%es #recisarem #arafa*er isso. Puando um com#anheiro de mati%ha cai embata%ha você, como o hroun, com#arti%ha de suadesonra, #ois é sua res#onsabi%idade #rover su#orte

mi%itar e instru!ão da qua% e%e necessita #ara assegurarque e%e não fa%he.im da hist&ria.

 Cic%o de 'ida Cheios de "ria como somos, muitos hroun

iniciam sua e)istência como %obisomens com a -rimeira4udan!a que sem#re é mais vio%enta do que o norma%.2ocê ouve um monte de hist&rias sobre como um ;arounascente descobriu seu #atrimQnio di%acerante su#ostosassa%tantes, estu#radores ou neo:na*istas aterrori*andoseus vi*inhos. Essas são as hist&rias de -rimeiras

4udan!as cantadas nas assemb%éias, #orque viscerais esangrentas como e%as são, e%as continuam sendo do ti#oconfortante. 4uitos ;arou enfrentam situa!es #iores,muitos #iores nesse as#ecto. 4udan!a é causada #orintensos estresse, terror ou sentimentos de agressão, e anature*a humana sendo o que é, isso significa quefreqMentemente um #rofessor condescende, um irmãomais novo #ente%ho ou um #arente dedo:duro são os quesofrem a maior #arte da recém:nascida "ria do%obisomem. ronicamente, mu%heres #arecem mais#ro#5cias / esse ti#o de tragédia do que os homens —machos a#rendem muito cedo o quanto e%es #odem

machucar ao #artir #ara cima fisicamente, mas mu%hereshumanas não tem o mesmo treinamento nessa área. Aequa%quer forma, muitos hroun de ambos os se)oscarregam o segredo das reais circunstLncias / res#eito desua -rimeira 4udan!a até o t"mu%o +unto de%es.Certamente, a%guns hroun tem inicia!es mais fe%i*esdo que outros, mas sangue e morte não são incomuns noca#5tu%o de abertura da e)istência de um ;arou.

O @itua% de -assagem #ara um hroun varia #oucode tribo #ara tribo — isso é uma tradi!ão que ninguémdese+aria mudar. hroun chegam / maturidade em #rovade fogo ao vivo, um viscera% combate contra uma criatura

da 89rm viva. s tribos mais fracas asseguram que o@itua% se+a 0seguro1 — e)istem ancies #r&)imos #arasa%var o fi%hote caso e%e #erca a %uta. Outras tribos não

são tão educadas — a minha #r&#ria Crias de enris, osianna e os 8endigo, todas têm várias hist&rias de@ituais de -assagem que terminam em fata%idades. 4asum so*inho e #equeno 4a%dito ou fomori continua nãosendo #áreo mesmo #ara um ;arou destreinado, e umave* que os instintos ;arou assumam o contro%e, a vit&riaé o resu%tado comum.

-are e #ense sobre como deve ser sentir isso= você éum ado%escente t5#ico, ta%ve* um #ouco emociona% e um#ouco so%itário devido / 4a%di!ão, você acaba de estri#aroutro #rováve% sábio com suas #r&#rias mãos. Sua face e#e%ugem estão manchadas com sangue e outros f%u5dos, etoda #itada de socia%i*a!ão #révia que você tinha estádi*endo que você acabou de cometer uma atrocidade —%embre:se, você é um fi%hote= você #rovave%mente nãoentende rea%mente a 89rm. E ao redor de você todosestão ap"audindo — e%es estão ocu#ados di*endo / vocêque você é um her&i, um #aradigma, um grande guerreiroem sua estrutura. -e%a #rimeira ve* em sua curta vida,você encontra uma aceita!ão verdadeira. -ense sobre oim#acto disso. sso e)#%ica muito sobre nosso aug"rio,rea%mente.

trágica verdade é que muitos +ovens hroun sãoensinados / crescerem como #erseguidores da g%&ria —dese+ando mais morrer #or ;aia do que viver bem emnome Ae%a. sso tende / ser uma reviravo%ta muitogrande entre n&s, se+a #or natura%mente sermos a %inhade frente da tro#a de choque da <a!ão ;arou,inatura%mente devido / névoa de fata%ismo e deses#eroque arre#iaram toda a <a!ão ;arou desde a ;rande;uerra. Como na maioria dos aug"rios ;arou e #rofisses

humanas #arecidas, a +uventude é um tem#o de #ouca#revidência e #ouca intros#ec!ão, mas nosso ti#o /s ve*ese)agera isso até quase virar caricatura. -reci#ita!ão é#erdoada, #articu%armente se dessa ve* isso %evou / umavit&ria. 2árias coisas que deveriam fa*er outros ;aroucome!arem seus afa*eres #ara com seus ancies sãoignoradas em um hroun, #articu%armente em um de@a!a -ura que demonstrou #roe*a em suas recentesbata%has. Gm n"mero de rá#idas e brutais bata%has combestas da 89rm freqMentemente %eva um hroun nameia idade antes do tem#o natura% — n&s #assamos #e%os-ostos com menos idade crono%&gica do que em outros

aug"rios= diferente de Honra e Sabedoria, ;%&ria nãoe)ige anos de estudo e treinamento #ara acumu%ar. ssoa#enas de#ende de sorte, vit&ria e uma boa re#uta!ão.

Chega uma hora na vida de todos os hroun ondeuma esco%ha deve ser feita, mesmo que a vasta maiorianão entenda, isso é e)#osto diante de%es. esco%ha éentre o ego e o dever, entre ego5smo so%i#sista e honrososservi!os #ara um #oder es#iritua% mais e%evado. maiortenta!ão que um hroun sem#re irá encontrar éacreditar nas coisas que fa*em a vida fáci% de viver. 2ocê+á ouviu todos antes' como um )#roun, a 'rande parti"#a da '"ria, a primeira morte, os me"#ores

 fetic#es são meus por direito e é meu dever reivindic/0"os. Os astet 1 )ndari"#os do )sfa"to 1 +en#ores das+om(ras 1 !eiticeiros 1 2udeus 1 3mpuros são tão

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inimi'os quanto a 45rm e é meu dever mat/0"os. 6usou evidentemente o me"#or "íder que min#a mati"#a 1seita 1 tri(o pode ter, dessa forma é meu deverreivindicar. ) 'uerra ta"vez nunca possa ser vencidade qua"quer jeito, então é meu dever cair em uma morte '"oriosa. Evidentemente, dever #ode tornar:se um#ouco #ressionante quando você tem que esco%hê:%o. sso

é o que diferencia ser um her&i de ser a caricatura de umher&i.-oucos hroun de #ostos mais bai)os sobrevivem a

#onto de se tornarem ancies mais no que em qua%queroutro aug"rio, #e%o menos entre as tribos mais vio%entas.que%es que o fa*em são es#ertos e #oderosos veteranosde mi%hares de bata%has e sofrem com a res#onsabi%idadeadiciona% de viver sem a maioria das %imita!es —gera%mente, ninguém em área #r&)ima #ode desafiar abravura de um hroun ancião. sso os dá uma #erigosa%iberdade #ara a conseqMência de seus #r&#rios atos, #e%omenos na maioria das ve*es isso acaba causando grandes

danos / <a!ão. que%es que se renderam ao ego tornam:se os tiranos da seita, ve%has bestas grisa%has vivendo emecos da g%&ria de seus feitos #assados e usando for!a bruta#ara esmagar qua%quer um que os irritam. Esse ti#o deancião hroun não é sem#re &bvio — /s ve*es e%e setorna um e)ce%ente %5der tático, tra*endo / sua seitavit&ria atrás de vit&ria, e então e%es são #o#u%ares eres#eitados #or toda a <a!ão. 4as uma ve* que a seitatenha abra!ado o ti#o de ditadura da g%&ria que esseancião hroun oferece, e%a cresce suti%mente doente, ecomo um tem#%o steca e%a constantemente #recisa denovos derramamentos de sangue #ara se sustentar. sso

#ode ser a#enas uma questão de tem#o até que todas as&bvias manifesta!es da 89rm #r&)imas se+amdestru5das, e o hroun comece a ver as seitas vi*inhasmenos como iguais e a%iados, e mais como sucu%entasconquistas #otenciais. Em breve, ;arou vo%tará garras e#resas contra ;arou, e 6una irá verter em %ágrimas #oraque%e que traiu seu dever tão gravemente...

Pape% na Seita  #rimeira e mais #roeminente fun!ão do hroun

dentro de qua%quer seita é mi%itar. hroun +ovens agem

como tro#as de choque da seita, #artici#ando de assa%tos,o#era!es táticas e outras a!es ofensivas sob asu#ervisão dos ncies. maioria dos 6ua Cheia nãotêm ob+e!es quanto a serem usados dessa maneira, +áque este é o caminho mais rá#ido #ara a ;%&ria e,#ortanto, #ara os #ostos mais a%tos como um hroun.ncies hroun ainda %utam nos interesses da Seita, masquase sem#re em #ostos mais defensivos —  certo ouerrado, a sociedade ;arou ainda se #reocu#a mais com a#rote!ão dos caerns do que com %evar a %uta #ara dentrodo territ&rio da 89rm. Essa é uma tática mais seguranum conf%ito com #oucas #robabi%idades de vit&ria, na

verdade= estratagemas e riscos não costumam sair tãobem como nos fi%mes. hroun %oucos:#or:g%&ria aindainsistem em %iderar gru#os de assa%to mesmo quando e%es

#ertencem ao Caern, o que #ode se mostrares#ecia%mente trágico com a ausência do 2igia, quenunca deveria dei)ar seu Caern e)#osto ao #erigo.

s duas #osi!es mais comuns entre os hroun sãoas de nimigo da 89rm e de 2igia — ambas requeremum guerreiro #oderoso e misturam g%&ria em seus deveres,tornando:as muito atrativas #ara os 6ua Cheia. O #ostode nimigo da 89rm é aberto a hroun de #osto bai)oque não #recisam estar necessariamente %igados / seita. <ão é de se assustar, #ortanto, que se+a o cargo maiscobi!ado entre os +ovens hroun, causa de muito maisdesafios, atritos e #o%iticagem do que este rea%mente va%e.O 2igia encontra uma #osi!ão mais estáve%, #restigiadacom o res#eito de toda a comunidade, o 2igia não ésomente um dos mais #oderosos ;arou da face da terra,e%e é a%guém que decidiu co%ocar sua devo!ão ao deveracima da g%&ria e dos #rivi%égios de %iderar ofensivas. O2igia norma%mente %eva uma e)istência mais ca%ma,ainda que nem um #ouco menos va%orosa.

hroun raramente as#iram /s #osi!es maisritua%5sticas da seita como 4estre do @itua%, 4estre doGivo ou Con+urador da 89%d. E)istindo #oucas ocasiesque #ossam %evar um hroun a ocu#ar tais #osi!es, dequa%quer forma. -rimeiro, em seitas que idea%i*em tanto aguerra, que todos os #ostos im#ortantes se+am ocu#ados#e%os 6ua Cheia. Obviamente, estas seitas seriam#rofundamente desba%anceadas e ina#tas nos assuntosque e)igissem os dom5nios do es#iritua%ismo e dastradi!es ;arou —  não que e%as fossem se im#ortarmuito com isso. Contudo, e)istem s&%idas ra*es #ara queum hroun ocu#e uma #osi!ão #ouco convenciona%dentro da seita. %gumas ve*es um hroun de a%to #ostose devota tão #rofundamente a Honra quanto a ;%&ria, ese encontra numa situa!ão onde sua #resen!a énecessária o tem#o todo dentro da Seita. Esses 6ua Cheiagera%mente acumu%am outra fun!ão %iderando diferentesrituais B/s ve*es mesmo como 4estre do @itua% tanto#ara demonstrar sua devo!ão aos es#5ritos quanto #ara semanterem ocu#ados nos tem#os de #a*.

Outros hroun sim#%esmente e)ibem a#tidesincomuns, as quais os ancies vêm vantagem em tirar#roveito. des#eito de qua% se+a o motivo, o que umaseita #erde em forma%idade e tradi!ão, quando esco%he

um hroun #ra ocu#ar #osi!es ritua%5sticas, e%a ganhaem #ura sinceridade e devo!ão, +á que #oucos seresentendem o sacrif5cio em nome de ;aia como umhroun e essa %ea%dade trans#arece em qua%quer rito ouuivo %iderado #or e%es.

Puanto ao Conse%ho de ncies, a inf%uência dos6ua Cheia vai variar de seita #ra seita, de tribo #aratribo. Eu +á ouvi que dentro das seitas dos i%hos de ;aiae -ortadores da 6u* nterior n&s temos #ouca ounenhuma vo*. Em tribos mais be%igerantes, o Conse%honorma%mente é dominado #or hroun. forma!ão maissaudáve% é a%go no meio termo, com Conse%heiros

hroun oferecendo seu #onto de vista mi%itar, >heurgesa es#iritua%, @agabash desafiando #reconceitos e-hi%odo) equi%ibrando isso tudo a fim de chegar a uma

  Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 125

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decisão fina%. Hnfe%i*mente, nos dias atuaisisso quase nunca é uma rea%idade. Em seitasonde hroun conquistou a #osi!ão de %5derda seita, você raramente verá um Conse%hode ncies #oderoso moderando seu #oder.6uas Cheias não dividem bem a autoridade,e têm a trágica tendência de esmagar/que%es que ficam em seu caminho.

 A"roun e os outros

 Aug(rios gora, antes de eu come!ar a tagare%ar

sobre nossa re%a!ão com os ;arou de outrosaus#5cios, e)istem dois #ontos re%evantesque eu gostaria de enfiar nas suas cabe!as.-rimeiro, hroun são chamados #ara servire a+udar outros ;arou muito mais do quen&s #edimos a mesma coisa de%es, e esse é o

ma%dito +eito que as coisas devem ser. Seuscom#anheiros vão #recisar de você — #aradefendê:%os, #ara %iderá:%os na bata%ha, #aratomar a sua #osi!ão toda ve* que isso fornecessário —  e você vai engo%ir isso eaceitar qua%quer #edido ra*oáve% de%es. -orquê3 -orque é seu dever, +usto ou não. Seseu >heurge #recisa em#reender um ritua%#ara conseguir #or aque%e 4a%ditogigantesco #ra dormir, ou seu ;a%%iarddese+a contar aque%a #arábo%a #o%5ticacontundente numa seita hosti%, ou seu

@agabash quer chegar a a%gum %ugar onde osoutros não querem que e%e este+a, mesmo  que e%e não %he conte o motivo —

  você é o escudo de%es, e é sua  missão assegurar que nada hosti%  #orá suas mãos, garras ou  tentácu%os ne%es, mesmo que  isso signifique que você vai  acabar com uma cicatri* no  #eito e e%es com o renome  #e%a grande vit&ria contra a  89rm.

  O que me %eva ao  meu segundo #onto'  n&s, os 6ua Cheia,  temos que nos %embrar  que somos um quinto

  da equa!ão, não e%ainteira e que os outros ;arou #odem fa*ercoisas que n&s nem sonhamos em fa*er.Somos seres sim#%es, no fundo, e mesmonossas so%u!es sim#%es sendodeses#eradamente necessárias, e%as nãoso%ucionam muita coisa. <&s mantemos a

%inha contra a 89rm, fa*emos isso comcada grama de vontade e fibra de nossoscor#os, no fina% das contas é s& isso que

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da "ria ou que os ;a%%iards foram os grandes #romotoresdo m#ergium. <ão que eu acredite que os hrounestavam errados ou corrom#idos —  s& que n&s#recisamos de a%go #ara contraba%ancear nossa raiva eagressão, não há ninguém me%hor no servi!o do que um-hi%odo).

 <a minha o#inião, enquanto n&s somos os me%horeschefes de guerra dos ;arou, os -hi%odo) estãoqui%Qmetros a frente em termos de %ideran!a #o%5tica a%ongo #ra*o. Sua harmonia e disci#%ina garantem a e%es aob+etividade necessária #ra fa*erem as me%hores decises,e e%es carecem da nossa #ure*a de #ro#&sito — quando ocom#romisso é necessário, e%es irão se com#rometer.-hi%odo) sentem a f"ria como n&s sentimos, diferentedos @agabash, mas e%a não chega a ser forte o bastante#ara ser o motivo condutor de%es. E todos os seus estudos,seus deveres e seus Aons ensinam a e%es integridade efrie*a. Se um hroun chega a #osi!ão de %5der de umaseita ou mati%ha — e na verdade, somos todos indiv5duose muitos de n&s dariam tão bons %5deres quanto qua%querum — então não e)iste um bem mais va%ioso do que umconse%heiro -hi%odo). S& os -hi%odo) têm a c%are*a devisão #ara distinguir quando nossa "ria, nossa #ai)ão,está come!ando a obscurecer nossa visão. E o -hi%odo)será o "nico que a#ontará isso #ara o hroun, mesmoque isso #ossa custar sua vida. Os -hi%odo) se #arecemmuito conosco nesse #onto, e%es conhecem o #eso do seudever sagrado e vão ir até o fim com e%e, mesmo sobamea!a de morte.

hroun costumam subestimar os ;a%%iard. <&sdentre todos os aus#5cios somos os que vemos menos

va%or na arte de contar hist&rias com o im dos >em#os. <&s norma%mente %utamos #e%a ;%&ria, mais de umhroun +á se sentiu incitado a %utar contra um ;a%%iard#e%a maneira como um com#anheiro de mati%ha foiretratado ao redor da fogueira. triste verdade é quemuitos hroun são ca!adores:de:;%&ria, e não im#orta otamanho do feito, um ;a%%iard ta%entoso #ode fa*ê:%osoar como as tra#a%hadas de um fi%hote se e%e tivermotivos. <ão é / toa que os ;a%%iard são conhecidoscomo os mais #o%5ticos dos ;arou, afina% de contas.C%aro, muitos hroun têm egos inf%ados também, eretratá:%os como nada menos do que o #r&)imo Her&i

macu%ado será considerado um insu%to morta%.O que s& serve / nossa vergonha, #ois temos muitoem comum com os dan!arinos. ;a%%iards guardam quasetanta "ria quanto n&s mesmos, o que os %eva, quasesem#re, nesses tem#os sombrios, ao #a#e% de 0hrounreserva1 —  de#ois de n&s, os ;a%%iards têm,#rovave%mente, mais horas de combate do que qua%quer;arou de outro aus#5cio. Sua "ria, +unto ao fato desermos os aus#5cios mais faci%mente condu*idos #e%a#ai)ão, %evam natura%mente a uma grande afinidadeentre os hroun e os ;a%%iard, formando #rofundasami*ades... e outros ti#os de re%acionamentos. Eu +á ouvi

muito sobre hroun e ;a%%iard quebrando a 6itania e,#ara ser sincero, eu estou muito ve%ho e nossos #rob%emasestão grandes demais #ara dar aten!ão a isso. Eu acho que

muitos hroun acham sua nature*a #assiona% atraente,enquanto #ara e%es os 6ua Cheia são como os her&is deseus contos tra*idos a vida.

tividades i%5citas / #arte, ;a%%iards nos #restam umservi!o im#rescind5ve%' e%es nos dão boas o#ortunidades#ara re%a)ar. Seu ta%ento ao %idar com emo!es nosa+udam a #Qr #ara fora toda a ang"stia, dor e tragédia quen&s acumu%amos como ;uerreiros e assassinos Be sim,você é um assassino — eu nunca encontrei um hrounem quem eu #udesse acreditar que matara a#enas emcircunstLncias +ust5ssimas, %evando:as / su#erf5cie ee)orci*ando:as. E%es nos #urgam dessas emo!es e n&s%hes devemos mais do que e%es +amais com#reenderão #oreste sim#%es servi!o. E%es com#reendem nossa nature*avio%enta e mostram certa #ro)imidade com o ti#o maiscru de diversão que #oderia incomodar um >heurge maisde%icado ou um -hi%odo) disci#%inado. -or fim, ;a%%iardssão um dos recursos táticos mais im#ortantes nessa eramoderna —  nunca subestime a im#ortLncia de seusta%entos sociais nesse mundo im#ressionante que osmacacos constru5ram. Gm bom ;a%%iard funciona comoum sabre' sem#re o mantenha afiado, / mão e nuncahesite em uti%i*á:%o quando e%e for a arma mais eficiente/ sua dis#osi!ão.

 Lidando com Esp’ritos Eu +á ouvi que os hroun não res#eitam os es#5ritos

tanto quanto um >heurge. sso não #assa de um Everestde merda — ou #e%o menos deveria ser assim, se todos osmembros do meu aus#5cio vivessem de acordo com osseus deveres. verdade é que n&s somos ;uerreiros

Es#irituais e no fundo tudo que n&s fa*emos, todas ascausas que n&s defendemos com o nosso sangue, comnossas vidas, é em nome de um es#5rito ou de outro.Obviamente n&s não estudamos os es#5ritos como os>heurges fa*em= muitos nem conseguem conversar comos es#5ritos. 4as n&s conseguimos marcar nossos #ontosde um +eito ou de outro, e a mesma gratidão que um>heurge consegue de um es#5rito gua)inim ao cu%tuá:%onunca usando verme%ho em troca de um Aom, n&sconseguimos ao e)#u%sar um bando de 4a%ditos das@avinas onde esse es#5rito gosta de #erambu%ar. <&sdamos nossos usos aos mundos es#irituais.

Observe que não há uma troca de favores aqui.hroun não costumam ter essa #erce#!ão do mundoes#iritua%. 6&gico, é &timo ter uns e%ementais do fogovigiando suas costas quando você esco%he atacar umaCo%méia de Es#irais, mas n&s gera%mente em#regamosum >heurge ou -hi%odo) quando #recisamos negociarcom e%es quando necessário ao invés de o fa*ermos n&smesmos. <&s servimos os es#5ritos, não o contrário, e umbom hroun é inc%inado a essa atitude a%tru5sta quaseinstintivamente. ;aia e Sua -ro%e são a nossa causa. E%essão o cora!ão da nossa guerra, e nenhum cava%eiro #ede aseu senhor #ara #o%ir sua es#ada ou #ara %evar uma

mensagem a um Aucado distante. Há mais venera!ão,mais reverência na maneira como um cava%eiro en)ergaseu senhor — a mesma coisa se dá entre um hroun e os

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es#5ritos. maioria dos hroun %ida mais freqMentemente

com es#5ritos animais e e%ementais. -orque somos osmenos #ro#ensos a a#render o Aom de fa%ar comes#5ritos, e #ortanto, nossas re%a!es com o mundoes#iritua% é em grande #arte em#ática — ainda que muito#ossa ser dito sem usar #a%avras. %gumas ve*es umhroun que não foi cegado #e%o seu Ego #ode ter adesagradáve% e)#eriência de entender #erfeitamentecomo e%e é, visto através do o%har de um es#5rito #%antaou outro es#5rito avesso a "ria. Essa é uma reve%a!ão#rofundamente do%orosa, #e%a qua% não #odemos sentiroutra coisa que cu%#a e vergonha. Então n&s fingimos queisso não im#orta e evitamos esses es#5ritos que se sentirãoofendidos com a nossa #resen!a.

Outros es#5ritos são mais acostumados a "ria,#ai)ão e vio%ência. hroun tendem a desenvo%verre%a!es mais #rofundas com e%ementais e es#5ritos de#redadores e animais agressivos. Esses seres seharmoni*am conosco e n&s com e%es= muitos de%es nosseguem em bata%ha #e%a a%egria do combate, o que ostornam #reciosos a%iados. Essas ami*ades #odem #erdurar,e norma%mente acom#anham um hroun, do rito de#assagem até o t"mu%o.

 )e%a›es umanas Ai*er que as re%a!es entre hroun e seres humanos

são atribu%adas seria um tremendo eufemismo. 4a%di!ão manifesta seu efeito tota% sobre n&s, o quetorna qua%quer ti#o de re%a!ão duradoura com gru#oshumanos basicamente im#oss5ve%. Os hroun de a%gumastribos #ercebem a si mesmos como for!as agindo sobre asociedade humana com a fina%idade de guiá:%a e me%horá:%a —  essa visão é #articu%armente comum entrendari%hos do sfa%to, i%hos de ;aia, @oedores deOssos e "rias <egras — e no fundo, isso é tudo que e%es#odem ser' for!as que contro%am, nunca amigos que sere%acionam. ;ra!as a isso n&s somos o aus#5cio maisde#endente da sua #osi!ão dentro da Sociedade ;arou, emais afetada #e%a imagem que os outros ;arou fa*em den&s. ;a%%iards #odem ser socia%mente mais ade#tos aosc5rcu%os ;arou, mas n&s somos os mais com#rometidoscom a vida socia% ;arou, +á que se e%a nos fa%tar, nãotemos #ra onde ir.

"nica área que não #ode ser coberta #e%aSociedade ;arou é nossa necessidade de re#rodu!ão. <&stendemos a %idar ma% com %ongas e monogLmicas re%a!es— mesmo desconsiderando a 4a%di!ão, ainda e)iste ofato de que n&s freqMentemente entramos em combatesem saber se iremos vo%tar, e isso acaba ficando cada ve*mais dif5ci% quando você tem uma com#anheiraes#erando #or você em casa. hroun fêmeasconstantemente descobrem que seus maridos querem%utar ao seu %ado, o que é obviamente im#oss5ve%. Gmcom#anheiro humano é uma desvantagem tática, umhroun não #ode %iderar sua mati%ha e guardar seu %ar aomesmo tem#o. ina%mente, #ouqu5ssimos humanosgostariam de manter um re%acionamento duradouro com

um ser tão vo%áti% e tão inc%inado a vio%ência. <&srea%mente não #odemos nos re%acionar, afina%, somos dees#écies distintas. -e%o amor de Aeus, #or que n&ses#eramos outra coisa3 -or todas essas ra*es e #or outras,encontrar um hroun que desfrute de uma re%a!ãoromLntica estáve% é e)tremamente raro. Eu ouvi a%gumashist&rias sobre aque%es que su#ostamente fi*eram issofuncionar, mas como um guerreiro eu tenho coisasme%hores #ra fa*er do que tentar confirmá:%as.

Então #ara a maioria dos hroun as re%a!es sãocurtas, descom#rometidas e recheadas com uma #ai)ãoanima%esca. sso nem sem#re é tão romLntico e agradáve%quanto #ode #arecer a #rimeira vista, de qua%quer forma.>endo vivido muitos anos e visto in"meras ve*es amaneira #e%a qua% meu aus#5cio costuma esco%her seus#arceiros, eu diria que essa é uma grande fonte devergonha #ara toda a <a!ão ;arou. 4inhas e)#eriências#rovêm da minha #r&#ria tribo, mas eu duvido que asoutras demonstrem muita su#erioridade no assunto.@e%a!es entre hroun e #arentes sem#re fa%ham em%evar em conta os dese+os dos #arentes. sso quase nuncare#resenta o estu#ro e)#%5cito, mas certamente é umamaneira crue% e ego5sta de se a#roveitar da se)ua%idade deoutro ser raciona%.

E)iste um certo conceito dentro da nossa sociedadeque %eva a%guns hroun a redu*irem as #arentes fêmeasao es#&%io — a divisão do es#&%io de guerra não se %imitaaos fetiches e ao #rimeiro quinhão da matan!a, mais aodireitos de #rocria!ão com as mais be%as Bou até mais deuma maneira mais #erturbadora, as mais +ovens ou asvirgens -arentes de uma determinada seita. s mu%heresse tornam bens, ava%iados não como #essoas, mas comos5mbo%os de g%&ria e #rest5gio. -rofundamente amarradoao dese+o de ter fi%hotes, desses hroun, e)iste uma#sico%ogia de 04acho %fa1 — e%es não o fa*em em nomede ;aia, mas como uma forma de es#a%har sua #r&#riasemente, a fim de #rovar a sua #r&#ria su#erioridadegenética ao assegurar que sua %inhagem irá se estendera%ém da sua e)istência. Os #arentes são a#enas asferramentas #ara que e%es acessem essa f&rmu%a deimorta%idade. O #rob%ema se magn5fica, #ois não sãoa#enas uns #oucos indiv5duos eg&%atras man5acos quetomam essas atitudes frente a se)ua%idade= tradi!es

arcaicas e a mito%ogia da cu%tura ;arou #odem ser ma%inter#retadas e distorcidas de forma a su#ortar essasidéias. Aesde o seu nascimento, os -arentes sãoensinados sobre o seu dever de #rocriar com um ;arou. Emesmo quando e%es su#ostamente #odem esco%her se e%esquerem dormir com um %obisomem ou não, se tornamuito dif5ci% negar seu consentimento dentro desseconte)to socia% no qua% os -arentes estão inseridos.4esmo se as tradi!es não fossem um #rob%ema, será#oss5ve% a um ser humano dar seu verdadeiro %ivreconsentimento a uma criatura que o aterrori*a num n5ve%instintivo3 Ts ve*es eu temo que a distLncia de #oder

entre um humano e um ;arou é sim#%esmente muitogrande... nota mais trágica em todo esse neg&cio s&rdido é

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que n&s rea%mente não temos #rob%emas #ara #rocriar deuma maneira #erfeitamente honrada se n&s assim oquisermos. maioria dos hroun são re%ativamente+ovens e mantém um cor#o #erfeito, e tanto quantonossa "ria #ossa incomodar os humanos emre%acionamentos %ongos, e%a também nos #rovê com um#oderoso atrativo anima% em termos de se)ua%idade. Oque nos %eva a um m5nimo #rob%ema #ara encontrarmos#arceiros com#%etamente dis#ostos entre os -arentessaudáveis se n&s #usermos um #equeno esfor!o e nos#reocu#armos com as necessidades de%es. 4as mesmoassim nos for!amos sobre os que se mostram indis#ostosou re%utantes #or %u)"ria ou #or #ura neg%igência. Emtodos os meus anos eu nunca vi uma faceta mais no+entada sociedade ;arou do que essa. Eu #reciso admitir, queisso rea%mente cria uma nova #erce#!ão sobre os motivosque com#e%em a vio%ência das "rias contra os homens.

* *utro %ado da moeda  <ovamente o cinismo de 8i%%iam se torna

evidente. E)iste verdade nas suas #a%avras — a#esardo termo ainda não ter sido cunhado na sua é#oca,eu acho que o equiva%ente ;arou ao 0encontro:estu#ro1 é #erturbadoramente comum entre os 6uaCheia. Ae qua%quer forma, e%e neg%igencia o granden"mero de hroun que se acasa%am im#ecave%mentedentro dos %imites da honra. Gm grande n"mero dehroun são em#áticos o bastante #ara #erceber o queseus #arceiros querem e sábios o suficiente #aradei)arem aque%es que não o dese+am.

%ém disso, eu +á ouvi -arentes de ambos osse)os fa%ando sobre as suas e)#eriências com umhroun — embora eu tenha encontrado a%guns de%esque se sentiram vio%entados, usados ou abusados,e)istiam muitos outros cu+as #a%avras eu não #ossore#rodu*ir aqui, mas que retratavam essa e)#eriênciacomo a%go e)tremamente satisfat&rio e agradáve% Botermo 0<oite de inacreditáveis %u)"rias1estranhamente me vem a mente. 4ais tarde esses#arentes se sentirão #rofundamente orgu%hosos daim#ortante crian!a que venha a nascer dessa união,im#ortante como todo +ovem ;arou é #ara o mundo.

 <ossa sociedade nunca teve grandes #rob%emas coma desigua%dade entre os se)os, comum na hist&riahumana, ta%ve* #e%o grande #oder com o qua% ambosos se)os foram agraciados. 6itania demanda quen&s tratemos nossos #arentes com res#eito, e mesmonas nossas horas finais como uma ra!a, eu acreditoque n&s mantemos esse mandamento muito me%hordo que outros gru#os sociais o fariam, se #ostos sob amesma #ressão.

Gma "%tima nota' a #rocria!ão, como ;aia através

da nature*a definiu, é um ato entre um macho e umafêmea e, #ortanto, com a ca#acidade de gerar fi%hotes.;ra!as a 6itania, o fato de homens na minha tribo, assim

como em outras, acharem com#reensão ecom#anheirismo nos bra!os de outro homem não étota%mente desconhecido. Eu esco%hi ver isso comoe)#resses de um amor #erfeitamente #%atQnico e decamaradagem entre irmãos, assim como os antigos gregosviam, c%aro que a%guns -hi%odo) mais r5gidosdiscordariam, nomeando essa como uma outra forma deacasa%amento e #ortanto #roibida. inda assim, nenhumim#uro #ode resu%tar dessa união e honestamente quandoeu com#aro o sabor dessas ami*ades com os sentimentosnorma%mente #resentes nos re%acionamentos entre um;arou e uma -arente, eu acho dif5ci% não ver esse ti#o dere%a!ão entre as mais honrosas e dif5ceis esco%has dentreas dis#on5veis a um hroun.

 Encerramento Eu #osso resumir tudo o que é ser um hroun em

#oucas #a%avras' você é um guerreiro e um her&i,#ortanto, comece a agir como ta%. ( sua res#onsabi%idade

%evar essa gera!ão até a #r&)ima, ganhar um #ouco maisde tem#o #ara ;aia e segurar a onda de corru#!ãoenquanto nossos es#iritua%istas e curandeiros tentamencontrar uma so%u!ão a %ongo #ra*o.

Aei)e de ser ego5sta. Co%oque seu ego de %ado, fa!acom que sua raiva se+a +usta, ao invés de desonrosa ereivindique o mato do ;uerreiro Es#iritua% que foientregue a você em seu nascimento.

Cum#ra seu dever.

 Notas de Cr+nica cabou a hist&ria — aqui está uma o%hada no %ado

e)terno do #ersonagem, em como traba%har me%hor oaug"rio hroun em suas crQnicas, se+a você o <arradorou o +ogador de um #ersonagem 6ua Cheia.

 Interpretando o A"roun -oucos +ogadores #recisam de um %ivro #ara di*er

como +ogar com um guerreiro em um +ogo deinter#reta!ão. Aiferente de )amãs ou guardies dacu%tura, o guerreiro é a%go que todos +á +ogaram uma ve*ou outra, e é um #a#e% que é dif5ci% de rea%menteinter#retar 0errado1. E)istem, no entanto, a%guns #ontos

#ara se ter em mente'1. Não Ofusque a luz. Sim, você é o ;uerreiroEsco%hido #or ;aia, e ao contrário do que a narra!ão do#ersonagem aqui, a maioria dos hroun ainda seconsideram os %5deres dos ;arou. 4as isso não #ermiteque você ordene os outros +ogadores / sua vo%ta de umamaneira tirana ou que você assuma que o seu #ersonagemé o 0#rinci#a%1 da hist&ria. 6embre:se que seu #a#e% éins#irar a mati%ha, e #arte disse é se assegurar que todosos membros da mati%ha tenham a%go significante #arafa*er em uma aventura. Escrever 0hroun1 na sua fichanão fa* do seu #ersonagem magicamente mais

significante que seus com#anheiros de mati%ha.2. Compreenda a Maldição. @e%eia as regras sobre a4a%di!ão, que come!am no fina% da #ágina DD de

130  Livro dos Augúrios

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Lobisomem, e então #ense a res#eito do im#acto que e%atem no seu #ersonagem. Se você está inter#retando um%u#ino, %embre:se que e%a também afeta os %obos. Gmahroun que gasta dois #ontos de bQnus #ara aumentar sua"ria #ara U —  nada incomum #ara um #ersonagemhroun —  terá como efeito co%atera% aterrori*ainerentemente VK da humanidade com sua sim#%es#resen!a. sso irá ter um imenso im#acto tanto na sua#ersona%idade quanto no seu hist&rico. -ense sobre issoquando fi*er seu #ersonagem.

3. Não seja um Maao de Comba!e. 4uitoshroun #rocuram #or uma briga em todaso#ortunidades, e é #erfeitamente vá%ido inter#retar isso...até um certo #onto. Sua sede de sangue deve estar dentrodo #ersonagem, não fora de%e= assegure que você não estáindo #ara a sessão a#enas #ara ro%ar dados e matarcriaturas —  esse não é o foco de Lobisomem.  >enhacerte*a de que seu #ersonagem é raciona% o suficiente#ara não atra#a%har as e)#eriências inter#retativas dos

outros —  se o ;a%%iard da mati%ha quer testar suashabi%idades sociais #ara arrancar a%guma informa!ão dea%gum idiota da -ente), é in+usto tanto com o ;a%%iardquanto com o +ogador que seu #ersonagem corra e rasguea garganta da v5tima, antes que e%e #ossa fa%ar.0nter#retar o #ersonagem1 rigidamente e não se #ensarem como 0o que meu #ersonagem faria nessa situa!ão1não é, de forma a%guma, uma virtude se isso torna o +ogomenos divertido #ara os outros +ogadores.

Simi%armente, assegure:se que seu #ersonagem tenhaob+etivos, dese+os e habi%idades que não este+amestritamente re%acionadas com combate. Se você se senta

#arecendo chateado e fa* comentários sarcásticos quandonão há a!ão, você está atra#a%hando o +ogo de todos, eisso não é bacana.

". #ei!e as $i!%rias aras, onquis!e as$erdadeiras ba!al&as. Se+a o que seu #ersonagem fa* ounão fa* em sua inter#reta!ão, assegure:se que você saibafora de seu #ersonagem que sim#%esmente matar 4a%ditosa%eatoriamente não me%hora em nada a %uta #ara a+udar;aia. Os verdadeiros vi%es em 6obisomem não #odemser vencidos a#enas #or garras e Aons, e a#esar davio%ência certamente ter um #a#e% em sua derrota, a curaes#iritua% ou um idea% maior é mais necessário #ara que as

for!as de ;aia conquistem uma vit&ria de verdade. maioria dos hroun não com#reende issocom#%etamente, mas é im#ortante que os +ogadores#ercebam isso, fora de seus #ersonagens, ou e%es irãoacabar frustrados e amargurados com o <arrador, quandoo quadro gera% dei)a c%aro que suas várias bata%hassangrentas não curaram ;aia de verdade, nem um #ouco.

'. (o) não preisa ser *le+al. 4uitos +ogos deinter#reta!ão encora+am os +ogadores a enfati*ar oesti%oso e cinemático seguran!a nos #ersonagens que e%esinter#retam — -al!ed é um bom e)em#%o desse gênero.Lobisomem, no entanto, #or defini!ão não é — crQnicas

individuais #odem variar, mas o cenário:#adrão éins#irado mais #or antiga mito%ogia do que #or Rohn8oo. ssegure:se de demonstrar as motiva!es de seu

#ersonagem, seu hist&rico, e sim, suas fa%has, ao invés dese #reocu#ar se e%e vai ou não #arecer tão ma%*ão assim. 

 Estado de Guerra  nature*a do conf%ito entre os servidores de ;aia e

a 89rm atinge os hroun direta e constantemente,mais do que qua%quer outro ;arou. nfe%i*mente, o

caráter e)ato da guerra varia de crQnica #ara crQnica, e aforma como o <arrador decide a#resenta:%a inf%uenciaenormemente a vida e a #ers#ectiva de um #ersonagemhroun.

 Esperana e )ea%idade Estão os ;arou %utando uma guerra sem es#eran!as

#or ;aia, uma guerra que a 89rm +á venceu3Lobisomem  tem nuances nefastos, mas o +ogo nãores#onde diretamente a #ergunta de quão deses#eran!osaa bata%ha rea%mente é. Em um +ogo verdadeiramentecrue%, #ode e)istir a#enas um #equeno #unhado de

caerns restantes no mundo, e a 89rm está #ersonificadaem cada esquina. <esse caso, #rovave%mente há menosesfor!o verdadeiro #ara combater a inf%uência e im#actoda 89rm, e uma aderência mais sens5ve% aosmandamentos antiquados e %iterais sobre Honra e ;%&ria.Aerrotar a 89rm não é #oss5ve% na mente de ninguém= oque a maioria dos hroun Begoisticamente quer érigorosamente seguir seu #a#e% e morrer 0nobremente1,defendendo ;aia.

 <o outro e)tremo, a guerra ainda #aira no ar e o+ogo continua crescendo, e o +ogo fa* uma troca devio%ência #or uma mito%ogia moderna, tornando a causa

dos ;arou uma bata%ha verdadeira, com inf%uênciacrescendo e diminuindo em ambos os %ados. <esse caso,os hroun devem traba%har muito mais #r&)imos dosoutros aug"rios, e #rovave%mente e)#%orar muitas novasestratégias, #ara conseguirem vantagens no conf%ito.#esar dos ;arou estarem ma%:#re#arados #ara enfrentara 89rm em muitos de seus cam#os de bata%ha, e%es nãosão inca#a*es de se ada#tar — ndari%hos do sfa%to e@oedores de Ossos certamente não são os "nicos%obisomens com inf%uência e artif5cios no mundohumano. <ão é indescu%#áve% #ara uma crQnica dar aos;arou uma chance de recu#erar um #ouco de seu

territ&rio da 89rm, e em um +ogo onde isso é #oss5ve%, oas#ecto her&ico do hroun é o centro das aten!es.

 &ora%idade da Cr+nica Há uma enormidade de tons de cin*a em

Lobisomem, mas há também o ma% c%aramente e)#osto,ob+etivo e tang5ve%. 89rm >riática não é uma#rotetora do equi%ibro incom#reendida= e%a é a corru#!ãoe a de#rava!ão encarnada no mundo. maioria doshroun +á fe* coisas muito ruins, e e%es tendem a não seras me%hores das #essoas, mas, no fina% das contas, a %utade%es é deses#eradamente necessária. ( morta%mente fáci%

transformar o aug"rio em uma caricatura de into%erLnciaao fa*er da 89rm o %ado errado, mas isso #e a #erdermuito do drama e da com#%e)idade que está #or trás dos

Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 131

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hroun. Em Lobisomem, os hroun Bideais não são#sico#atas, e sim guerreiros que %utam uma guerra quedefinitivamente #recisa ser bata%hada. sso não significaque todas suas a!es são +ustificadas #or quaisquer meios—  #ergunte aos +a#oneses sobre Hiroshima e sobre0guerras necessárias1 — mas significa que e%es na maioriadas ve*es estão matando criaturas que #recisavam sermortas.

  Se você, como <arrador, vai dei)ar a 89rm menos0#reto no branco1 em sua crQnica, é +usto ada#tar oshroun Be em #equena e)tensão, toda a cu%tura ;arouda mesma maneira. sso #ode ser #articu%armenteim#ortante em um +ogo de 2am#iroW 6obisomem. Sevocê esco%he transformar vam#iros em figuras romLnticase nobres sensuais, ao invés de #recursores da corru#!ão,vio%a!ão e #rofanadores que e%es são em Lobisomem, fa*sentido moderar a atitude do hroun em re%a!ão a e%esda mesma maneira= fa*er menos que isso é um insu%to /inte%igência de%es. maioria dos hroun não matavam#iros / #rimeira vista #orque são fanáticos re%igiosos=e%es fa*em isso #orque os Sanguessugas estão em umadescida em es#ira% inesca#áve% que está %igada aoconsumo de muitos inocentes e assim ferindo o mundoes#iritua% no #rocesso.

 A ,onte da ,(ria  ortodo)ia re%igiosa dos ;arou atribui o #oder da

"ria ao sofrimento de ;aia, com 6una agindo como umcondutor m5stico, #ermitindo que essa ang"stia se+acana%i*ada #ara fins efetivos. sto é um sim#%es, ainda queum #oderoso, #rinc5#io m5stico —  os ;arou são osvingadores da Aeusa vio%ada, Sua #r&#ria raiva dando a

e%es a "ria que #recisam #ara #ermanecerem firmescontra os inimigos. inda que o ;arou não #ossuam umaevidência concreta #ara a#oiar essa cren!a, e e)ista umgrande n"mero de discre#Lncias que di*em que aortodo)ia não deve ser toda a verdade. -or que es#5ritos#%antas, tão c%aramente admitidos como um as#ecto daabundLncia e ferti%idade de ;aia, evitam os ;arou emque a "ria queima mais forte3 -or que a "ria %eva os;arou a fa*erem atos de grande de#rava!ão3 Puão osfrenesis dos ;arou, que aumentam conforme a for!a da"ria, é tão #arecido com aque%es vistos nosSanguessugas3 -or que certos 4a%ditos, como os uriosos,

#arecem ser ca#a*es de e)ercer a%guma inf%uência sobreesse as#ecto da nature*a dos %obisomens3 E se a "ria éretirada a #artir do sofrimento de ;aia #e%as mãos dohomem, como e%a era tão forte #ara cata%isar a ;uerra da"ria, antes mesmo de ;aia estar severamente ferida3E)iste outro sus#eito &bvio #ara a fonte da "ria dos;arou, c%aro' a 89rm.

  maioria dos %obisomens, obviamente, não gostade admitir que sua ra!a #ossa estar sobre a inf%uência da89rm de qua%quer maneira, mas há um forte ind5cio deque a 89rm #ossa ter um #a#e% na origem da "ria.%guns hroun G?tena acreditam que 6una deu aos;arou o dom5nio sobre a "ria, #ara ensinar a 89rm quea "ria não #recisa ser corru#ta — como qua%quer #oder,

e%a #ode ser usada #ara fins +ustos ou est"#idos. %guns>heurges %evam a diante a herética idéia que cada uso+usto e tem#erado da "ria tra* a 89rm mais #erto dasanidade, de vo%ta / sua fun!ão antiga como guardiã doEqui%5brio. Os hroun dos i%hos de ;aia tentam usar a"ria #ara curar, #romover a idéia de que a "ria é umacaracter5stica essencia% e saudáve% do %obisomem, —  edos humanos$ — a raiva fa* com que as #essoas %utemcontra a corru#!ão, degenera!ão e a#atia. inda que a"ria não descrimine entre usos nobres e corru#tos — um#onto de "ria gasto em combate é igua%mente efetivo seo ;arou está enfrentando um 4a%dito ou assassinandoum -arente de uma tribo riva%.

  O <arrador #ode retratar a "ria #rimariamentecomo uma virtude, uma fonte da corru#!ão ou ambas ascores no caminho dos hroun e em suas e)#eriências,em sua crQnica. Em Lobisomem, a derradeira nature*ametaf5sica da "ria nunca será reve%ada — esse é um dosgrandes mistérios do 4undo das >revas. <o entanto,

uma coisa é certa —  assim como qua%quer #oder, e%a#ode ser usada #ara o bem ou #ara o ma%, mas usá:%ares#onsave%mente é sem#re uma dif5ci% bata%ha. Essabata%ha —  ser o #ersonifica!ão morta% da raiva semdireciona:%a %evianamente — é o #onto centra% do quesignifica ser um hroun, e mesmo que a "ria -ura oucorrom#ida este+a em uma determinada crQnica, essaidéia centra% merece #e%o menos ser citada.

 Novos Dons de A"roun Os Aons a seguir estão dis#on5veis #ara os hroun

como Aons de ug"rio se o <arrador decidir a#rová:%os

em sua crQnica./ -mpa!ia do 0dio N$el m4  —  Gsando este

Aom, um hroun #ode di*er num sim#%es re%ance o quãofortemente um indiv5duo está governado #e%a raiva —tanto momentLnea como sobre o caminho de sua vida.Gm E#i#h%ing ensina esse Aom.

5is!ema6  <enhum teste é necessário= o efeito éautomático. ;astando uma a!ão se concentrando noindiv5duo, o hroun #ode descobrir a "ria #ermanentee tem#orária que o dito indiv5duo #ossui. sto é muito"ti% #ara es#5ritos e outros metamorfos, é c%aro, #osto quea%guns fomori #ossuem "ria. O Aom dos Senhores das

Sombras' ura de Confian!a b%oqueia a #erce#!ãofornecida #or esse Aom com#%etamente.

/ 78!ias de Ma!il&a N$el m4  —  Embora o#a#e% do hroun como %5der dos ;arou se+aquestionáve%, não há d"vida que todos e%es deveriamassumir o contro%e da mati%ha durante uma bata%ha.través da %ideran!a e coordena!ão das a!es da mati%ha,o hroun #resenteia todos os seus com#anheiros demati%ha com grande com#etência no ca%or da bata%ha.Gm es#5rito:%obo ensina este Aom.

5is!ema6  O +ogador gasta um #onto de or!a de2ontade antes de iniciar uma manobra de >áticas de

4ati%ha BLobisomem, #ágina IDI, e divide uma #aradade dados e)tras igua% ao seu n5ve% de 6ideran!a entre

132  Livro dos Augúrios

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qua%quer um que este+a e)ecutando a manobra. Os dadosadicionais deveriam ser divididos o mais equi%ibradocomo #oss5ve%, embora que o +ogador #ode esco%her ondea%ocar os dados e)tras Bou no caso do n5ve% de 6ideran!ado hroun fornecer menos dados que o n"mero decom#anheiros de mati%ha envo%vidos.

/ 9ra -spiri!ual N$el :ois4 — Os ;arou são #ornature*a seres metade carne cor#&rea e metade efêmeraes#iritua%, vivendo entre dois mundos simu%taneamente.través da invoca!ão desse Aom, um hroun manifestasua nature*a es#iritua% de forma mais forte que a f5sica#or um breve #er5odo de tem#o, #ermitindo suas garrasatravessarem as defesas que e%es nunca #oderiam #erfurarnorma%mente. Esse Aom não tem efeito em criaturas quesão metade es#5rito, como outros ;arou, fomori echange%ings. 4as qua%quer ser inteiramente de ummundo, tais como 4a%ditos, vam#iros, fantasmas ouanimais, é suscet5ve% a esse #oder. Pua%quer es#5rito daguerra #ode ensinar esse Aom.

5is!ema6  O +ogador gasta um #onto de ;nose, adificu%dade #ara absorver o dano de um "nico go%#e comgarras do hroun nesse turno é e%evada #ara . <ote quea regra norma% de ser inca#a* de gastar "ria e ;nose nomesmo turno ainda se a#%ica.

/ (i+or ;eno$ado N$el :ois4  —  4atando ummonstro da 89rm Bou outro inimigo, não im#orta quãovergonhoso #ossa ser o conf%ito inter:triba% de umaforma es#etacu%ar, o hroun #ode ins#irar todos osa%iados que estiverem em sua %inha de visão a %utaremmais bravamente através de seu e)em#%o. Gm es#5rito dofa%cão ensina esse Aom.

5is!ema6 -ara ativar esse Aom, o hroun #recisa tergasto #e%o menos V #ontos de "ria naque%e turno e#recisa ter matado o inimigo com um go%#e que causou#e%o menos V n5veis de vita%idade abai)o denca#acitado. O hroun gasta um #onto de or!a de2ontade e todos os seus a%iados ;arou recebem umn"mero de #ontos tem#orários de "ria igua% ao seu n5ve%de Carisma. Gsar esse Aom não e)ige uma a!ão se#aradaem combate sa%vo a a!ão #ara matar o inimigo.

/ <ureza de -spri!o N$el 7r)s4  —  4uitos;a%%iards re%atam hist&rias descrevendo as fraque*as dos%obisomens devido / #rata como um ti#o de chiminage

— o #re!o de 6una e)igido #e%os seus fi%hos #ara o domda "ria. Gsando esse Aom, o %obisomem #ode, comgrande custo, #roteger:se brevemente contra o #oderferino da #rata com suas #r&#rias energias es#irituais. Gm6uno ensina esse Aom.

5is!ema6 O ;arou gasta um n"mero de #ontos de;nose e imediatamente recebe esse va%or em sucessosautomáticos #ara absorver dano #or #rata, mesmo se e%enão tiver dados #ara o teste. O efeito dura um n"mero deturnos igua% / ;nose gasta, não inc%uindo restante doturno usado sua ativa!ão.

Esse Aom não usa uma a!ão #ara ativá:%o e #ode ser

ativado imediatamente se o ;arou foi afetado de sur#resa#or uma ba%a ou %Lmina de #rata #ara a#erfei!oar odano... desde que o usuário não tiver gasto nenhum

#onto de "ria naque%e turno, é c%aro. Esse Aom não#ode ser ativado ao mesmo tem#o que rmadura de6una, qua%quer que tenha sido ativado #or "%timocance%a o #rimeiro dos Aons.

/ 7oque da =>ria N$el ?ua!ro4 — Gsando esseAom, um hroun #ode cana%i*ar uma #arte de sua "ria#ara outro, se+a o beneficiário ;arou, humano ou anima%. <os #rimeiros casos, o efeito é bem mundano, %evandoum a%iado ao combate= nos casos seguintes, isso garanteuma qua%idade im#ressionante e destrutiva #ara seres quenorma%mente não a #ossuem.

 <um n5ve% socia%, esse Aom #ode ser uma #otentefonte de ins#ira!ão Be investiga!ão — embora a "riase+a uma qua%idade #rofundamente viscera% e dif5ci% decontro%ar, e%a também confere a habi%idade de sentir umaira +usta #e%a corru#!ão e in+usti!a — uma facu%dade quemuitos humanos #erderam na si%enciosa a#atia do4undo das >revas. Gm es#5rito da f"ria ensina esseAom.

5is!ema6  o hroun gasta um #onto de or!a de2ontade ou dois se estiver conferindo a "ria #ara ummorta%. E%e então gasta uma quantidade de #ontostem#orários de "ria e o a%vo os recebe e #ode gastarnorma%mente. Gma ve* que quaisquer #ontos a%ém don5ve% norma% de "ria do a%vo B*ero #ara humanos foremgastos, e%es se foram #ara sem#re e b%oqueiam umsegundo uso desse Aom no a%vo.

Esse Aom não fornece "ria a magos, fantasmas ououtros ti#os de seres sobrenaturais que não #ossuam"ria. Es#5ritos +á #ossuem uma Caracter5stica de "ria,mas #odem receber #ontos tem#orários #ara usá:%os #ara

ganhar a!es e)tras em combate como os ;arou fa*em./ #e+is N$el Cino4  —  Esse Aom fornece ao;arou uma égide m5stica que o #rotege de ataques. ssonão é %itera%mente um escudo= mas sim, os go%#essim#%esmente fa%ham em atingir áreas vitais, ba%asricocheteiam numa five%a de cinto e outrascircunstLncias cons#irat&rias #revinem go%#esnocauteantes de acertarem o guerreiro quando essahabi%idade está ativada. Gm es#5rito do vento ensina esseAom.

5is!ema6  O +ogador gasta um #onto de or!a de2ontade e a dificu%dade #ara todos os testes de ataques

feitos contra e%e, #e%a dura!ão de uma cena, sãoaumentadas em I. Pua%quer teste de ataque que atingira#enas um sucesso Bde#ois da esquiva, se a#%icáve%contra o ;arou é considerado ser de ras#ão e causaa#enas dano #or contusão.

/ Mano a Mano N$el 5eis4  —  O 4undo das>revas é um %ugar com#%e)o, re#%eto de intrigas,desorienta!ão e todas as formas de evasão sobrenatura%. <o entanto, os hroun são os seres sim#%es e esse Aom#ermite a e%es estenderem seus métodos ob+etivos atéonde e%es não #odem a%can!ar. O ;arou fa* uma breve#rece a 6una e outros incontáveis es#5ritos do sangue,

terror e vingan!a do #anteão ;arou. E%e então étrans#ortado instantaneamente até um "nico inimigo desua esco%ha, a quem e%e #ode encarar um combate mano:

  Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 133

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a:mano até a morte sob a #r&#ria égide de 6una. Oinimigo não #ode fugir Ba#esar de que retiradasestratégicas, com o intento es#ec5fico de continuar a %utanessa cena, se+a aceitáveis, nem receber a+uda e)terna.O invocador é atado /s mesmas restri!es, é c%aro.

#r&#ria 6una ensina esse Aom e não através deum avatar — o requerente #recisa ir até 6una no @einoEtéreo e convencer a deusa ca#richosa que suas ra*es#e%a necessidade desse #oder são +ustas.

5is!ema6  Esse Aom cance%a todas as formassobrenaturais de #rote!ão, ocu%tamento, feiti!oscontingenciais e #recau!es simi%ares automaticamente.-e%o restante da cena, ambas as #artes não #odemreceber qua%quer a+uda de outras fontes e #odem a#enasusar seus #oderes de nature*a f5sica direta. for!a eve%ocidade sobrenaturais de um vam#iro ou a habi%idadede go%#ear seus inimigos com Es#5rito do *evinho#ermanecem dis#on5veis, mas um membro de ambas asra!as estaria des#ido de sua engana!ão menta% ou sua#resen!a sobrenatura%. Ao mesmo modo, um eiticeiro#ode %an!ar raios ou aumentar sua #r&#ria for!a, mas não#ode se te%e#ortar #ara fugir da%i ou tornar:se incor#&reo#ara evitar os ataques do ;arou.

Esse Aom envo%ve a direta interferência doCe%estino 6una nos afa*eres mortais e o <arrador deve%embrar que um ser #ensante é determinante nos e)atosfeitos do Aom, não um feiti!o sobrenatura% definido. O <arrador deve +u%gar os efeitos do Aom #ara manter umcombate +usto, %im#o e f5sico. Gm ;arou que #e!a #araser trans#ortado #ara um vam#iro em tor#or, #or

e)em#%o, #ode encontrar o Sanguessuga des#erto e#ronto #ara o combate...

-ua%idades e De.eitos s seguintes Caracter5sticas são direcionados #ara

#ersonagens hroun. Se outros #ersonagens #odemse%ecioná:%os isso é um assunto dei)ado ao critério do

 <arrador.Perito em Combate /-ua%idade0 1 pontos2 

2ocê investiu muitas horas em combates rea%mente%etais e você #raticou o suficiente #ara se atra#a%har deforma rea%mente ruim. 2ocê #ode ignorar uma fa%hacr5tica num teste de ataque ou esquiva a cada sessão.

 Esti%o de Luta Diversi.icado /-ua%idade0 3 pontos2 

2ocê tem #raticado um %eque rea%mente vasto dediferente método de combate e #ode a#%icar toda ae)tensão de seu conhecimento na situa!ão. 2ocê nuncaencara #ena%idades em combate #or usar armas e)&ticasou incomuns, #odendo faci%mente identificar qua%querarma ou esti%o de %uta que você ve+a.

 Coragem Contagiante  /-ua%idade0 4 pontos2 

Embora se+a dever de todos os hroun ins#irar

134  Livro dos Augúrios

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coragem no cam#o de bata%ha, e%a vem maisnatura%mente #ara a%guns que #ara muitos= até mesmoentre os vigorosos ;arou, sua coragem e determina!ãosão %endárias. Sem#re que um Aom ou #oder que geremedo se+a usado em você, a+uste a dificu%dade do teste#ara I #ontos a seu favor. Se uma habi%idade simi%ar éusada sobre um ou mais dos seus com#anheiros demati%ha e você está na %inha de visão, a+uste a dificu%dade#ara D ao seu favor.

 Cicatri5ado /De.eito0 1 pontos2  incessante bruta%idade da e)istência como um

hroun tem fina%mente reca5do sobre sua #e%e. Suasres#ostas emocionais de todos os ti#os estão de a%gummodo atrofiadas e #raticamente nenhuma emo!ão af%oraem você. ssustador. dificu%dade de todos os testes deEm#atia feitos #or você são e%evadas em I, caso adificu%dade se+a a+ustada #ara a%ém de , você não #odearriscar o teste.

ubris /De.eito0 673 pontos2 2ocê está firmemente convencido que seu #r&#rio

#oder é su#erior a #raticamente qua%quer um, que você#ossui benef5cios muito a%ém de sua #osi!ão atua% e queos outros ;arou,  es#ecia%mente os de aug"rios menoscombativos, são mais estorvos que au)i%iares. sso nãotorna sua arrogLncia &bvia #ara todo mundo, você #ode

subestimá:%os muito bem ou e)#ressá:%a de formas%imitadas. 4as sua visão estreita o dei)a cego #ara muitasdas suti%e*as do 4undo das >revas e os n5veis su#erioresdessa fraque*a de sua menta%idade #ode a%can!ar oso%i#sismo.

Esse Aefeito é inicia%mente direcionado #ara#ersonagens do <arrador, +á que e%e #ode fa*er um#ersonagem dif5ci% de coo#erar com uma mati%ha e frustara inter#reta!ão. Gm +ogador que quer a#%icá:%a ao seu#ersonagem #oderia #ensar duas ve*es com o <arrador ecom os outros +ogadores #rimeiro.

  Capítulo Cinco: Vingadores da Mãe Sagrada 135

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  onsumação

de uma Profecia

Uma Observa‹o sobre as Luas — Por Chokos

Em nenhum outro livro do Nação Garou temosnotas de tradução, porém no Livro dos Augúrios foidiferente. Elas se fazem necessrias. A maioria dosmem!ros do NG, e !oa parte dos "ogadores, são do velhoe !om Lo!isomem #$ edição, e de l acostumamos com oLua %inguante e Lua &rescente. Apenas para depois vera 'evir retraduzir os termos e lançar o Lua Gi!osa.Alguns defendem, outros atacam. Nas reuni(es do %)N,o pessoal simplesmente a!omina o termo.

'iferente de todos os outros livros, o Livro dosAugúrios vem com uma independ*ncia. Alcançada comdificuldade pelo grupo. Em todos os nossos livros nos

preocupamos com tamanho de pginas, de fontes e tudomais. Essas preocupaç(es ainda e+istem, porémperce!emos ue o Livro dos Augúrios fora feito pela-hite -olf em um tamanho de fonte normal ue opadrão. Ns não alteramos isso, e por isso a diferença dealgumas pginas entre um tra!alho e outro. Algumaspginas a mais não descaracterizam o livro, e voc*spodem estar certos de ue iremos conferir as referenciascruzadas/ 'e ualuer forma, esta!elecemos o nossopadrão, e uma vez ue fizemos isso, não vamos apenasnos curvar perante as vontades da 'evir ou da -hite-olf.

E essa independ*ncia se mostrou no termo LuaGi!osa. Novo e nem tanto utilizado pelos "ogadores.Além de causar uma discussão tremenda. Nossos termos

são 0ciclo crescente1 e 0ciclo minguante1. 2sso define oaspecto do Augúrio dos lo!isomens. A lua sai de Novapara &heia, crescendo 3da4 o ciclo crescente5 e depois vai

de &heia para Nova, minguando 3da4 o termo ciclominguante5. E em am!os os ciclos, ela passa por todas ascinco fases. Acho ue ficou mais fcil de entender, nãoé6

'e ualuer forma, leve para sua mesa o uepreferir, o ue melhor adeuar ao seu "ogo. 7izemos o uemelhor se adeua ao nosso "ogo, e voc* deveria fazer omesmo.

 Ritual do Lobo do Inverno — Por Folha do Outono

 No in4cio, não havia nada e, uando houve alguma

coisa, esta não foi suficiente, então idealizei o NaçãoGarou, e ele foi feito.

8osso ter criado o pro"eto e digo ue a!rir umacomunidade é simples, porém reunir pessoas responsveispara impulsion9la não. 'e &ho:os, ue foi o primeiromem!ro, aos tantos nomes ue temos ho"e, o pro"etoho"e é dono de memorveis recordes e de uma coleçãoinve"vel de livros traduzidos. Esse, sempre foi, desde oin4cio, meu único o!"etivo a frente do Nação Garou. Eagora ue est consumado, é hora de partir.

;e"o ue o pro"eto pode seguir em frente sem ue eueste"a a frente de tudo, isto d a!ertura a uma pessoa ue

se"a realmente fã de Lo!isomem assumir o meu atualposto e continuar, este é um lugar ue h uem ueira eue merece mais ue eu e, agora ue tenho convicção

Consumação de uma Profecia  A

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ue minha missão foi completada com louvor, pois osnúmeros são minhas testemunhas, eu dei+o a liderançado Nação Garou daui para frente, passando para uemcreio profundamente ser capaz de ir além do ue "fomos, ir até o fim.

)empre estarei com o Nação Garou, mas agoranoutra perspectiva. 'ou minha palavra ue estaremossempre "untos. )empre.

(Palavras escritas no dia que a comunidade

chegou ao seu milésimo membro)

Her—is de todas as Luas!  ! Diego Suzanuwo "usao#assado" Ragabash Presa de Prata Cliath

Agradeço a Nação Garou pelo voto de confiança eeste ser o primeiro de vrios tra!alhos para Gaia, e digoaos outros ue a"udem nessa causa pois e mais um passorumo ao melhor caminho. <ueria mandar um a!raço

para a galera do =8G de 7ortaleza, especialmente o meugrupo no !om "ardim 3>lood )oul5 e tam!ém a todos uesempre me deram apoio 3minha namorada dizendo? esse"ogo não presta, eu não gosto dele5 e a todos auele ue!l,!l,!l,!l/

@s Lua Nova são a supremacia, porra/////

 $%O "%ro&a" Ahroun Cria de Fenris Cliath.

>om, esse foi o meu primeiro tra!alho com a NaçãoGarou, e espero ue não se"a o último. &omo foi ditoantes milhares de vezes, mas é sempre !om ressaltar. Novamente um grupo de pessoas se reuniu e desenvolveuum tra!alho sem nem ao menos, na maioria das vezes,um sa!er o verdadeiro nome do outro. 8arece ue aess*ncia de Gaia est realmente presente no coraçãodesses no!res radutoresB =evisadoresB 'iagramadores.Cm dia uem sa!e, não falarão de ns em algumaassem!léia. <uem sa!e os Galliard na hora de contar assuas lendas diga? 0— E houve um tempo, em ue umgrupo de pessoas se "untaram e propagaram a voz de Gaiaem um local aonde não era entendida a sua l4ngua.1<uem sa!e daui a alguns anos, nos registros prateados,mem!ros de todas as tri!os irão falar de ns6 <uem sa!e6) gaia sa!e...

E até l... eu aguardo.Cm a!raço a todos.

'lauber "(otorHead")  Theurge dos Andarilhos do Asfalto Cliath

;rios filhotes estavam na casa de %otorDead, elesse acotovelavam tentando en+ergar e ler o ue estavaescrito num e9mail... &ansado de ver os filhotes seacotovelarem o heurge disse?

—8erai, porra/ sei, eu vou ler o troço em voz alta

proFc*s? 0E a4 cara, !eleza6 Achei um troço legal pra voc*fazer pra gente, na verdade é um teste e se voc* passar eu

posso até ver a possi!ilidade de voc* fazer umas capasaui pro frum...1

—<uem é esse ai io6—io é o cacete, muleue/ o 7olha de @utono,

um 7ianna ue arrumou um serviço pra a"udar a %ãe,cala a !oca e ouve? 0H ligado ue voc* não entendemuito de tradução, mas voc* poderia usar seu 'om de&riar 7undos ransparentes e tratar umas imagens pragente, o ue acha61

—E ai io6—Eu falei ue sim pH, o serviço era pra a"udar a

%ãe/—;éio/ As imagens ficaram timas/ E essas capas

foram as mais rpidas ue rece!emos/ ;ou te mandarmais pra fazer...

—;iram s mule:ada6 <uando fazemos um tra!alhopra %ãe, o renome chega logo, é assim ue funciona.

—8erai io, voc* não disse ue o serviço era praa"udar a %ãe6

—, e da46—Essas capas ue voc* fez eram dos livros de;ampiro///

— ue... uando eu cheguei pro tra!alho... o livro" tava pronto e.... 8era4/ odo mundo fora da minhacasa aca!ou o aprendizado por ho"e////

Então os filhotes aprenderam ue Gaia pode dardiversas tarefas estranhas pros Garou...

 (oonLover "'l—riasem*im" Galliard Fianna Cliath

&onheci a Nação Garou por acaso uandoprocurava, " desesperançado, suplementos paraLo!isomem? @ Apocalipse. Adorei e aderi a causa, e uislogo começar a traduzir. Ainda sou um filhote nessa%atilha, tenho muito ue aprender e conhecer.Agradeço ao &ho:os por confiar a tradução em minhasmãos 3e entender minha pai+ão Galliard e 7ianna5 e ao7olha pela atenção. raduzir um livro de Lo!isomem écomo fazer parte do sistema? conheci esse am!iente h Ianos atrs e maravilhei9me com um mundo regado de7úria e 8ai+ão.Do"e traduzi9lo e disponi!iliz9lo paraoutros "ogadores, novos ou velhos, é fazer parte disso.

Estou ensinando minha namorada a "ogar e uando elacomeçar a ler os suplementos vou poder dizer? 0 vendoesse livro6 7omos eu e um !ando de lo!os malucos uetraduzimos/1 Não posso de dei+ar de agradecer J todos daEndless — voc*s são minha inspiração, força e orgulho.EJ sunami, minha eterna AKen, para a ual deveriaentoar !aladas e !aladas de gratidão e amor, como todo!om 7ianna, como todo !om Galliard... “My nature

 phenomena”, é, esse seria um !om nome de >alada.  Eestou aui, orgulhoso por ter participado e ancioso pelapr+ima.

8or Gaia, por Luna e pela Nação Garou/

8eguem um !om drin: e 0)alute1/ )a!oreiem olivro/

B  Livro dos Augúrios

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 one "S+ar,so-.isdom" Theurge Fianna Cliath

Esses são os uivos dos lo!os agradecendo as ddivasde Luna. )ente9se comigo, garoto, ouça o murmurar dovento e as !atidas dos coraç(es, em sintonia com ostam!ores em volta do fogo. &ontemple a face de Luna,ue revela seu destino e seu caminho. )eu !rilho mostra

apenas uem voc* deve ser, nunca uem voc* realmenteé. 'ei+e ue os mistérios o guiem, iluminem seu caminhoe se revelem diante de seus olhos. Cse a 7úria ue lhe foiconcedida para guiar suas garras so!re as gargantas dosinimigos, nunca para a!rir seu coração J -rm. E maisimportante de tudo, "unte9se aos outros na dança e uivepara agradecer suas ddivas, pois elas lhe foramconcedidas por Luna. 'ance, uive e agradeça, !e!a epule, e uando ouvir os sussurros dos ventos, faça umaprece silenciosa Jueles do outro lado.

Hiro "/em+estadede#rata" Ahroun Presa de Prata Cliath

Enuanto redi"o essas palavras ainda não tive aoportunidade de olhar a !el4ssima o!ra t*m em mãos,mas tenho plena confiança na sua ualidade. &onfiançaue teve seu preço. 8ra dizer a verdade, meu contato comesse grupo se deu J pouco, mas uando tive meu primeirocontato com esse material, realmente me sentientusiasmado com as possi!ilidades, maravilhado com otalento desses "ovens. Agora como parte dessa euipe,dessa Nação, me sinto orgulhoso por mim e pelos meus.

 Nesses mais de dez anos de =8G, nunca vi nada ue

pudesse se comparar J vontade dessas pessoas em mantervivo um fogo ue aos poucos se esvai, cada vez maisrpido. )erve como analogia J nossa prpria Guerra, e eurezo pelo nosso sucesso contra as forças da &orruptora.

A ;isão ue nos conduz, é essa. Algo maior ue aglria pessoal. Lutamos por todos e esperamos ue nossosfeitos se"am cantados e ue inspirem outros como ns eafugentem Jueles ue nos espreitam das som!ras.

8ara!éns a todos os outros mem!ros dessacomunidade e a todos Jueles ue contri!u4ram e uecontri!uirão ainda com esta o!ra. <ue o amor de Lunase"a eterno, ue a nossa 7orça prevaleça e ue Gaia tenha

piedade de nossos inimigos, porue ns não teremos.

 %elle0 o retwalda "#un&osde/rov‹o" Philodox Senhor das Sombras Cliath

Agradeço a todos por terem me dado J chance departicipar desse pro"eto, principalmente ao Chokos, eespero poder a"udar em muitos outros ue venham asurgir na Nação Garou. @ Livro dos Augúrios é algo feitopara a"udar a todos ns, um melhor entendimento so!reas vrias faces de cada augúrio. <uem disse ue "ogar comGalliard é chato ou ue o heurge é muito complicado

vai aprender e entender ue e+istem muitas variaç(esdesses augúrios ue vão aumentar muito a diversidade desuas interpretaç(es e seu divertimento.

'espeço9me aui agradecendo mais uma vez a toda amatilha ue se uniu na tradução desse livroM mais umdentre muitos ue ainda vão surgir.

@!rigado Gaia, por ouvir os uivos de lamento dosfilhotes e trazer a ns o conhecimento antigo para nosa"udar em nossa luta contra a -rm.

Aproveitem galera///

 %ndr1 "'aia23et" Philodox Andarilho do Asfalto Cliath

%ais um livro fica pronto. &om o suor dosGuerreiros de Gaia. Assim provamos para ns mesmos, epara todos, ue lutamos pra vencer, mesmo ue todosdigam ue a !atalha " foi perdida. E provamos tam!ém,ue a !atalha não est perdida.

Agradeço a todas as pessoas ue, ao meu ladolutaram por esse livro. Agradeço a %ariana, minhanamorada e companheira, ue me apoiou e me aturou 3emuito5 nesses meses de tradução. Agradeço tam!ém, ao%estre )herman, eterno companheiro de matilha no=8G.

Espero ue no pr+imo livro tenhamos mais pessoasnessa matilha. %ais pessoas ue, assim como eu,perce!eram o uão no!re é a causa, e o uão importanteela é para Narradores e ogadores de -@'. 2sso vale nãos para o Nação Garou, mas serve de apelo para todos osGrupos de radução. Eles são a nossa única sa4da contraas empresas capitalistas ue s visam o lucro, e seesuecem dos fãs.

8or fim, com o dever cumprido 9 por hora 9 aguardopelo pr+imo desafio, certo de ue ns, do Nação Garou,venceremos mais uma vez.

'ustavo "'uardi‹odo4erbo" Philodox Senhor das Sombras Fostern

Este é o segundo livro em ue saio como revisor, e oprimeiro em ue contri!ui como tradutor 3algumas partesdo 8hilodo+5. Nesse per4odo, entre a revisão do )enhordas )om!ras =evisado e o Livro dos Augúrios, muitacoisa aconteceu? denunciaram traiçoeiramente aconta do Nação Garou no  4shared  o!rigando amigração para o  multiplyM denunciaram as contas ue

criei para disponi!ilizar doKnloads na comunidade doLo!isomemM alguns tradutores 3de dezem!ro para c50sumiram1, assim como duas traduç(esM mas Gaia sa!e oue faz? muitos tradutores e revisores apareceram, e osri!e>oo:s tendem a serem traduzidos ainda neste ano../

@ fato de um cara como eu poder estar num pro"etocomo este s demonstra ue ualuer um, com uma horapor dia, pode fazer muito para o =8G nacional. >astauerer a"udar/ Espero ter contri!u4do para ue as mesasao redor do pa4s possam se tornar mais ricas e comple+as,no n4vel ue este "ogo merece/

Em tempo... cansei de ver todo mundo andar com a

ca!eça !ai+a nas ruas. &hegamos a um ponto em ueninguém corre atrs da vida ue gostaria de ter. Aspessoas deveriam começar a plane"ar suas vidas, assim

Consumação de uma Profecia C

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como plane"am os 'ons ue irão aprender ao su!ir deposto.. as pessoas precisam sonhar mais/

 Insane24izir "Dorme5omLuna" Ahroun Peregrinos Silenciosos Athro

Este pro"eto foi importante por dois principaismotivos? 8rimeiro porue o Livro dos Augúrios deve

a"udar e muito na criação de campanhas e personagensmarcantesM )egundo porue mostrou o crescimentopopulacional da Nação Garou. Estas pginas de créditos epalavras finais deve mostrar isso. A uantidade de genteenvolvida aumentou e isso é timo/ )e"am !em vindos,novos cola!oradores, voc*s são a prova de ue estamostodos no caminho certo.

 5&o,os "4eloidade do /rov‹o" Ragabash Senhor das Sombras Ancio

Agradecimentos. Essa parte do livro é sempre

!acana de se fazer e de se ler depois. Não ue se"am fceisessas palavras, mas elas saem com facilidade uando otra!alho é feito com fervor, dedicação.

Gostaria de agradecer os seguintes nomes? 7olha do@utono, Gustavo, André, ;izir, 'iego, Artur, Dooligan, offison, =onaldo, >one, Agni, Diro, %oonlover, Oao.8essoas ue a"udaram a fazer esse livro, aumentandonossas fileiras consideravelmente. 7oi a primeira vez ueo pro"eto saiu com tantas pessoas, e tivemos dificuldadespra coordenar tudo. %as a e+peri*ncia fica e o livro saiu.;oc*s foram do caralho, caras/

E agora, com o Nação Garou ri!os, nada pode

nos parar. <ue a -rm estremeça, pois os "ogadores deLo!isomem se erguem em um s uivo/ E dessa vez commais livros traduzidos/ )ão cinco no total/ %as não

paramos por aui/Aos amigos de dentro e de fora do Nação Garou, um

grande a!raço/

 6o--ison "Son&ao#assadoe4iveo *uturo" 4anbla,en2

 Filhote Perdidoudo ue eu posso dizer so!re esse pro"eto é ueuma fam4lia o produz com amor afinco e carinho, sãoalguns poucos ue decidiram fazer o mais dif4cil de todomovimento, inicia9lo, essas pessoas fazem parte de umaraça cada vez mais rara, aueles ue lideram econvencem com gentileza e carinho.

 Narro lo!isomem a P anos, e como um !om "ogadorde ;ampiro tinha tudo para achar esse 0"ogo1 algocompletamente desprez4vel, e a definição 0é um A!"!

em Stor#teller1 fazia parecer uma seQ*ncia de mortesdesnecessrias sem motivo algum como plot, e ao "ogar

pela primeira vez essa idéia não mudou muito na minhaca!eça, era mais um "ogo ualuer, um daueles ue nfazem falta se voc* para de "ogar, mas aps ler as palavrasfinais de %ar: Dein Dagen no final do livro !sico euchorei, chorei por ue vi a !ela e+peri*ncia de umhomem em ter posto no mundo um sonho ue se tornerealidade.

Do"e ve"o ue lo!isomem me fez realizar muito, mefez ter uma matilia ue chamo de amigos e me fez ter umlar ue chamo de &aern, não entrei no pro"eto por uedevia algo a alguém, entrei por ue essas são palavrastiradas de uma vida de sonhos E realizaç(es, e porue

seria, sem dúvida alguma, uma verdadeira desonestidadenão permitir ao mundo ue conheça o verdadeiro poderde se sonhar.

D  Livro dos Augúrios

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 As Cinco Faces de LunaO malandro, o xamã, o juiz, o bardo, o guerreiro. Cada

lobisomem segue um desses cinco augúrios, de acordo

com as bençãos da lua. Um lobisomem possui o

grandioso dever de seguir os rumos da fase lunar no

qual ele nasceu - mas isso não é em vão. Se ele é

 verdadeiro com sua lua, ele pode colher grandes

recompensas e trazer glória a seu povo. Se ele

envergonha sua lua, o preço será muito alto.

 As Cinco Trilhas doLobo

O Livro dos Augúrios trata com os cinco

augúrios dos Garou em detalhes nunca antes vistos.

 Aprenda o conhecimento espiritual oculto dos

místicos Theurges, os rituais e deveres dos juízes

Philodox, as disciplinas e estratégias dos guerreiros

 Ahroun. Use os poderes concedidos pela lua nova

para intensificar suas habilidades, ou mergulhe

profundamente na perpectiva do que é ser nascido