LOCOMOÇÃO E PREENSÃO · 2020. 7. 31. · O estudo dos movimentos na medicina do aparelho...

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LOCOMOÇÃO E PREENSÃO

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LOCOMOÇÃO E

PREENSÃO

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

2

GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL

Rodrigo Sobral Rollemberg

SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL E PRESIDENTE

DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE – FEPECS

João Batista de Sousa

DIRETOR–EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS

DA SAÚDE – FEPECS

Armando Martinho Barbou Raggio

DIRETOR DA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ESCS

Maria Dilma Alves Teodoro

COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA

Paulo Roberto Silva

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Modulo 207 – Locomoção e Preensão

3

Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde – FEPECS

Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS

LOCOMOÇÃO E PREENSÃO

Módulo 207

Manual do Estudante

Grupo de Planejamento

Coordenação: Aloísio Fernandes Bonavides Junior

Vice-coordenação: Getúlio Bernardo Morato Filho

Colaboração

Ana Lúcia Quirino

Jefferson Lessa Soares de Macedo

Brasília - DF

FEPECS/ESCS

2015

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

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Copyright© 2015 - Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS

Curso de Medicina – 2ª série

Módulo 207: Locomoção e Preensão

Período: 25/05/2015 a 03/07/2015

A reprodução do todo ou parte deste material é permitida somente com autorização formal da FEPECS/ ESCS

Impresso no Brasil

Tiragem: 15 exemplares

Capa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/CAO/FEPECS

Editoração gráfica: Núcleo de Informática Médica – NIM/GEM/CCM/ESCS

Normalização Bibliográfica: Núcleo de Atendimento ao Usuário - NAU/BCE/FEPECS

Coordenador do Curso de Medicina: Paulo Roberto Silva

Coordenador da 1 Série: André Luiz Afonso de Almeida

Coordenador da 2 Série: Getúlio Bernardo Morato Filho

Coordenador da 3 Série: Francisco Diogo Rios Mendes

Coordenador da 4 Série: Márcia Cardoso Rodrigues

Grupo de planejamento:

Coordenador: Aloísio Fernandes Bonavides Junior

Componentes: Getúlio Bernardo Morato Filho (vice-coordenador), Ana Lúcia Quirino (Laboratório Morfofuncional -

Histologia) e Jefferson Lessa Soares de Macedo (Laboratório Morfofuncional - Anatomia)

Tutores:

Aloísio Fernandes Bonavides Junior

Ana Eunice Sobral Feitosa do Prado

Cinthya Gonçalves

Cláudia da Costa Guimarães

Edivalther Viudes Dantas

Francisco Wanderley Fernandes

Gerson Gianini

Hélio Bergo

José Paulo da Silva Netto

Juliana Ascenção de Souza

Raissa de França Vasconcelos Dantas

Renata Orlandi Rubim

Simone Karst Passos

Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)

BCE/NAU/FEPECS

SMHN – Quadra 03 – Conjunto A – Bloco I – Brasília-DF - CEP: 70707-700

Tel/Fax: 55 61 3326-0433 - Endereço eletrônico: http://www.saúde.df.gov.br/escs

E-mail: [email protected]

Locomoção e preensão: módulo 207: manual do estudante. / Grupo de

planejamento coordenação Aloísio Fernandes Bonavides Júnior, vice-

coordenação Getúlio Bernardo Morato Filho ; colaboração Ana Lúcia Quirino,

Jefferson Lessa Soares de Macedo. -- Brasília : Fundação de Ensino e

Pesquisa em Ciências da Saúde / Escola Superior de Ciências da Saúde, 2015.

26 p. : il. (Curso de Medicina, módulo 207, 2015).

2ª Série do Curso de Medicina.

1. Locomoção. 2. Preensão. 3. Desenvolvimento neuromotor. 4. Aparelho

locomotor. I. Bonavides Júnior, Aloísio Fernandes. II. Morato Filho, Getúlio

Bernardo. III. Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS.

CDU 612.7

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, p. 6

2 ÁRVORE TEMÁTICA, p. 7

3 OBJETIVOS, p. 8

3.1 Objetivo geral, p. 8

3.2 Objetivo específicos, p. 8

4. SEMANA PADRÃO, p. 9

5. PALESTRAS, p. 9

5.1 Palestra 1. p. 9

5.2 Palestra 2. p. 9

5.3 Palestra 3. p. 9

5.4 Palestra 4. p. 9

5.5 Palestra 5. p. 9

6. CRONOGRAMA DAS AVALIAÇÕES, p. 10

7. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES PRÁTICAS, p. 11

7.1 Cronograma das atividades práticas, p. 11

7.1.1 Anatomia, p. 10

7.1.2 Histologia, p. 10

7.1.3 Funcional, p. 10

7.2 Cronograma semanal de atividades, p. 12

8. PROBLEMAS, p. 15

8.1 Problema 1: “Osso tem vida”, p. 15

8.2 Problema 2: “Menos osso, mais fratura”, p. 16

8.3 Problema 3: “Músculo e energia”, p. 17

8.4 Problema 4: “Exercício orientado”, p. 18

8.5 Problema 5: “Pernas fortes”, p. 19

8.6 Problema 6: “A mão do pianista”, p. 20

8.7 Problema 7: “Coluna e movimento”, p. 21

8.8 Problema 8: “Andar e correr”, p. 22

8.9 Problema 9: “Trauma limita o movimento”, p. 23

REFERÊNCIAS, p. 24

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1 INTRODUÇÃO

“A Anatomia se relaciona tanto com a

medicina quanto com a arte e deve ser

considerada ciência e arte.”

Prof. Liberato Di Dio

Figura 1 – A lição de anatomia do Dr. Nicolaes

Tulp (1632)

Fonte: Rembrandt (1906-1666)

O Movimento e a preensão estão relacionados

com a própria evolução da espécie humana. O

andar ereto permitiu o maior deslocamento do

Homo sapiens através dos continentes da terra

e provocou a sua disseminação geográfica,

distribuição espacial expansionista,

transformando-o em individuo independente e

dominador de um mundo hostil e primitivo. Os

movimentos refinados que progressivamente

adquiriu o tornaram apto mais do que qualquer

outro ser vivo para a sua sobrevivência e

defesa. Auxiliaram no preparo de alimentos, no

uso do fogo, permitiram a caça e a

manipulação de instrumentos, alterando o

ambiente ao seu redor, e com a escrita

desenvolveram novos canais de comunicação e

expressão.

Movimentos mais apurados e a preensão já

incorporada ao melhor desenvolvimento

neuromotor deram um status de liderança ao

homem moderno. Isto tudo possibilitou um

nível mais complexo de organização social.

Movimentos humanos não são simples

deslocamentos como os das máquinas.

Revelam muitas vezes sentimentos, como no

afago da mãe com o filho, ou na ira do soco

desferido em um desafeto. Personificam

comportamentos intrínsecos decorrentes das

relações interpessoais. São o mecanismo que

possibilita a todos nós o direito de ir e vir para

vários locais com autonomia e liberdade. É a

personificação da independência. Por esta

razão, a perda dos movimentos representa uma

grande carga de sofrimento psíquico, de

impotência interna, de fracasso. Saber lidar

com a perda das funções motoras e descobrir

novas formas de preservar ou readquirir

movimentos sempre foi um grande desafio da

Medicina.

O estudo dos movimentos na medicina do

aparelho locomotor, historicamente foi

correlacionado ao conhecimento anatômico. A

anatomia dos músculos, ligamentos, tendões e

ossos deve ter um lugar de destaque no

aprendizado contemporâneo do estudante de

medicina. Entender a gênese do movimento e

da preensão, bem como a descrição anatômica,

embriológica e fisiológica das nobres

estruturas responsáveis por eles, deve ser um

compromisso do futuro médico.

Sejam bem-vindos!!

“Todo corpo permanece em seu estado de repouso, ou de movimento uniforme, em linha reta, a

menos que seja compelido a alterar este estado por forças aplicadas sobre ele.”

(Isaac Newton)

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ASPECTOS

MORFOLÓGICOS

Embrio/ Anatomia

LOCOMOÇÃO E PREENSÃO

ASPECTOS

FUNCIONAIS E

BIOMECÂNICOS

Contração

Muscular

Bioenergética

Movimentos

Articulares

Marcha

Movimento

Ossos

Músculos

Articulações

Nervos

Vasos

Músculos

Coluna

MMSS*

MMII**

ASPECTOS

PSICOSSOCIAIS

DISFUNÇÕES

Musculares

Ósseas

Tendíneas

Incapacitações

Psicológicos

Ocupacionais

Sociais

Prevenção

Recuperação

*Membros superiores

** Membros inferiores

2 ÁRVORE TEMÁTICA

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Compreender os sistema muscular e

esquelético como uma unidade

interdependente, desde sua formação

embriológica, até sua próxima relação

funcional, anatômica e biomecânica, além de

compreender como é regulado os sistemas de

manutenção de energia do sistema muscular

esquelético, como é mantida a homeostase

óssea e como essa homeostase pode ser

reestabelecida após um processo de lesão,

discutindo formas de prevenir doenças ósseas.

3.2 Objetivos específicos

Ao final do módulo, o aluno deverá ser

capaz de:

Identificar ossos, músculos,

articulações, vasos sanguíneos e

nervos da anatomia humana, e

relacioná-los aos movimentos dos

esqueletos axiais e apendiculares;

Distinguir a composição celular e

tecidual dos sistemas

musculoesquelético e articular,

relacionando-as com suas funções

específicas;

Compreender como ocorre a formação

embriológica dos sistemas muscular e

ósseo

Entender o processo de contração

muscular e distinguir os diferentes

tipos de fibras musculares esqueléticas;

Diferenciar os metabolismos aeróbico,

anaeróbico aláctico e láctico,

identificando os principais substratos

energéticos consumidos em cada

metabolismo e a quantidade de energia

produzida;

Compreender a biomecânica da

marcha e postura, identificar os

músculos envolvidos nesses processos

e as possíveis alterações na marcha

caso algum desses músculos seja

lesionado;

Compreender a biomecânica do

processo de preensão, identificar os

diferentes tipos de pega e identificar os

músculos e nervos envolvidos na

motricidade e sensibilidade da mão,

além das estruturas ósseas;

Compreender como ocorre o

metabolismo ósseo;

Compreender como ocorre a regulação

dos íons cálcio e fosfato;

Entender o papel da vitamina D, do

cálcio, fósforo e do exercício físico na

qualidade óssea;

Identificar fatores de risco e orientar a

prevenção da perda de massa óssea

(osteopenia);

Compreender como ocorre a

remodelagem do tecido ósseo;

Discutir as medidas de promoção à

saúde, prevenção e reabilitação e os

aspectos psicossociais envolvidos nas

doenças do aparelho locomotor;

Entender os mecanismos de fratura e o

processo de reparo ósseo;

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4 SEMANA PADRÃO

2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira

Manhã

8h às 12h

Horário

Protegido para

Estudo

Habilidades e

Atitudes IESC

Horário

Protegido para

Estudo

Horário

Protegido para

Estudo

Tarde

14h às 18h

Sessão de

Tutoria

Horário

Protegido para

Estudo

Horário

Protegido para

Estudo

Sessão de

Tutoria

Habilidades e

Atitudes

(14h às 16h)

Palestra

(16h às 18h)

*Ver cronograma específico da atividade prática na sessão 7

5 PALESTRAS

5.1 Palestra 1

PALESTRA – Fraturas e Consolidação Óssea – Dr. Aloísio Fernandes Bonavides Júnior

Data: 29/05/2015, às 16h - SEXTA-FEIRA

Local: Grande Auditório ESCS

5.2 Palestra 2

PALESTRA –A Biomecânica das Lesões Esportivas – Dr. Aloísio Fernandes Bonavides Junior

Data: 05/06/2015, às 16h - SEXTA-FEIRA

Local: Grande Auditório ESCS

5.3 Palestra 3

PALESTRA – Doenças ortopédicas em crianças e adolescentes que alteram a marcha – Dr Caio

Fernando

Data: 12/06/2015, às 16h - SEXTA-FEIRA

Local: Grande Auditório ESCS

5.4 Palestra 4

PALESTRA - Metabolismo Energético Relacionado ao Exercício Físico – Dr. Getúlio Bernardo

Morato Filho

Data: 19/06, às 16h - SEXTA-FEIRA

Local: Grande Auditório ESCS

5.5 Palestra 5

PALESTRA - Prescrição de Exercício Físico e Benefícios do Exercício Físico para a Saúde –

Dr. Getúlio Bernardo Morato Filho

Data: 26/06/2015, às 16h - SEXTA-FEIRA

Local: Grande Auditório ESCS

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6 CRONOGRAMA DAS AVALIAÇÕES

6.1 Cronograma das Avaliações

Data Horário Local Avaliação

02/07/2015 14h às 18h Salas de Habilidades e Atitudes EAC

04/08/2015 14h às 18h A definir 1ª Reavaliação

7 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

PRÁTICAS

7.1 Cronograma das atividades práticas

DIVISÃO DAS TURMAS DE ACORDO

COM O EIXO DE HABILIDADES

7.1.1 Prática de anatomia

Local: Laboratório Morfofuncional

Turma A+B: 03/06/2015 e 23/06/2015

– 14h às 18h

Turma C+D: 02/06/2015 e

17/06/2015– 14h às 18h

Turma E+F: 27/05/2015 e 30/06/2015

– 14h às 18h

Turma G+H: 26/05/2015 e 24/06/2015

– 14h às 18h

7.1.2 Prática de histologia

Local: Laboratório Morfofuncional

Tecido cartilaginoso

Tecido ósseo

Tecido muscular

Turma A (14h às 16 h), B (16h às 18h)

02/06/2015

Turma C (14h às 16h), D (16h às 18h)

03/06/2015

Turma E (14h às 16 h), F (16h às 18 h)

09/06/2015

Turma G (14h às 16h), H (16h às 18h)

10/06/2015

7.1.3 Funcional

Turma A e B (08h - 10h) - 20/06/2015

(sábado)

Turma C e D (10h - 12h) - 20/06/2015

(sabado)

Turma E e F (08h – 10h) – 27/06/2015

(sabado)

Turma G e H (10h - 12h) – 27/06/2015

(sábado) Local a definir

Metabolismo Anaeróbico e Aeróbico

RAST (Running-Based Anaerobic Sprint Test

– Teste anaeróbico de corrida em tiros)

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MATERIAL NECESSÁRIO:

2 cronômetros – Luvas - Dosador de lactato

portátil – Lancetas – Computador – Álcool –

Algodão – Balança

Utilizar roupas esportivas leves e tênis

O RAST foi desenvolvido pela Universidade

de Wolverhampton, do Reino Unido, e envolve

seis tiros de 35 metros com um período de 10

segundos de recuperação entre cada tiro e

avalia a potência máxima, a potência média, a

potência mínima e o índice de fadiga.

Observaremos também a quantidade de lactato

sanguíneo dosando sua concentração antes da

atividade, imediatamente após e 5 minutos

após uma recuperação ativa.

Objetivo: Avaliar a potência anaeróbica

durante a corrida e observar os metabolismos

envolvidos nessa atividade.

Equipamentos necessários: um espaço de 50

metros, cones marcando, fita métrica,

lactímetro, 2 cronômetros e balança.

Procedimento: pesar o participante antes do

teste para utilizar nos cálculos futuros. Realizar

um aquecimento de 5 minutos, leve. Colocar

os cones ao final dos 35 metros da pista de

corrida. 2 pessoas serão responsáveis pela

cronometragem, um para marcar o tempo

necessário para correr os 35 metros e outro

para marcar o tempo de recuperação de 10

segundos. Um ficará no final da pista dos 35

metros e dará a ordem para iniciar corrida

gritando: VAI. Observar se o corredor não está

desacelerando próximo de chegar à linha final.

Depois de 10 segundos, dará nova ordem para

que o aluno corra até chegar ao outro lado da

pista. Ao final de 6 tiros, dosa-se novamente a

concentração de lactato no lóbulo da orelha.

Após 5 minutos de corrida leve, dosa-se pela

terceira vez a concentração de lactato.

Marcação: marcar o tempo de cada corrida,

utilizando centésimos de segundo. Calcular a

potência máxima, a potência média, a potência

mínima e o índice de fadiga. Anotar o

resultado da dosagem do lactato pré-teste, pós-

teste e pós-recuperação ativa.

Cálculos: a fórmula a ser utilizada para cada

tiro será:

Potência: Peso X (Distância = 35 m)2 / (Tempo

para completar os 35 m)3

Potência: (Peso x 1225)/(Tempo)3

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7.2 Cronograma semanal das atividades

PRIMEIRA SEMANA: 25/05/2015 A 29 /05/2015

DIA HORÁRIOS GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2ª FEIRA

25/05/15

8h às 12h Horário protegido para estudo

14h às 18h Todos Abertura do P1 Salas de Tutoria

3ª FEIRA

26/05/15

8h às 12h Todos Habilidades e Atitudes

14h às 18h G e H Anatomia Laboratório

Morfofuncional

4ª FEIRA

27/05/15

8h às 12h Todos IESC Unidades Básicas de

Saúde

14h às 18h E e F Anatomia Laboratório

Morfofuncional

5ª FEIRA

28/05/15

8h às 12h Horário protegido para estudo

14h às 18h Fechamento do P1 e

Abertura do P2 Salas de Tutoria

6ª FEIRA

29/05/15

8h às 12h

16 às 18 h Todos Palestra1 Grande Auditório ESCS

SEGUNDA SEMANA: 01/06/2015 A 05/06/2015

DIA HORÁRIOS GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2ª FEIRA

01/06/15

8h às 12h Horário protegido para estudo

14h às 18h Todos Fechamento P2 e

Abertura do P3 Salas de Tutoria

3ª FEIRA

02/06/15

8h às 12h Todos Habilidades e Atitudes

14h às 16h A Histologia Laboratório

Morfofuncional

16h às 18h B Histologia Laboratório

Morfofuncional

14h às 16h C+D Anatomia Laboratório

Morfofuncional

16h às 18h C+D Anatomia Laboratório

Morfofuncional

4ª FEIRA

03/06/15

8h às 12h Todos IESC Unidades Básicas de

Saúde

14h às 16h C Histologia Laboratório

Morfofuncional

16h às 18h D Histologia Laboratório

Morfofuncional

14h às 18h A+B Anatomia Laboratório

Morfofuncional

5ª FEIRA

04/06/15 FERIADO

6ª FEIRA

05/06/15

8h às 12h Horário protegido para estudo

14h às 16h Todos Habilidades e Atitudes Salas de Tutoria

16h às 18h Todos Palestra 2 Grande Auditório ESCS

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TERCEIRA SEMANA: 08/06/2015 A 11/06/2015

DIA HORÁRIOS GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2ª FEIRA

08/06/15

8h às 12h Horário protegido para estudo

14h às 18h Todos Fechamento P3 e

Abertura do P4 Salas de Tutoria

3ª FEIRA

09/06/15

8h às 12h Todos Habilidades e Atitudes

14h às 16h E Histologia Laboratório

Morfofuncional

16h às 18h F Histologia Laboratório

Morfofuncional

14h às 16h

16h às 18h

4ª FEIRA

10/06/15

8h às 12h Todos IESC Unidades Básicas de

Saúde

14h às 16h G Histologia Laboratório

Morfofuncional 16h às 18h H Histologia

5ª FEIRA

11/06/15

8h às 12h Todos Horário protegido para

estudo

14h às 18h Todos Fechamento P4 e

Abertura P5 Salas de Tutoria

6ª FEIRA

12/06/15

8h às 12h Todos Horário protegido para

estudo

14h às 16h Todos Habilidades e Atitudes Salas de Tutoria

16h às 18h Todos Palestra 3 Grande Auditório ESCS

QUARTA SEMANA: 15/06/2015 A 20/06/2015

DIA HORÁRIOS GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2ª FEIRA

15/06/15

8h às 12h Todos Horário protegido para

estudo

14h às 18h Todos Fechamento P5 e

Abertura do P6 Salas de Tutoria

3ª FEIRA

16/06/15

8h às 12h Todos Habilidades e Atitudes

14h às 18h R1 – Módulo 204

4ª FEIRA

17/06/15

8h às 12h Todos IESC Unidades Básicas de

Saúde

14h às 18h C e D Anatomia Laboratório

Morfofuncional

5ª FEIRA

18/06/15

8h às 12h Todos Horário protegido para

estudo

14h às 18h Todos Fechamento P6 e

Abertura P7 Salas de Tutoria

6ª FEIRA

19/06/15

8h às 12h Todos Horário Protegido para

Estudo

14h às 16h Todos Habilidades e Atitudes Salas de Tutoria

16h às 18h Todos Palestra 4 Grande Auditório ESCS

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QUINTA SEMANA: 22/06/2015 A 27/06/2015

DIA HORÁRIOS GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2ª FEIRA

22/06/15

8h às 12h Todos Horário protegido para

estudo

14h às 18h Todos Fechamento P7 e

Abertura P8 Salas de Tutoria

3ª FEIRA

23/06/15

8h às 12h Todos Habilidades e Atitudes

14h às 18h A e B Anatomia Laboratório

Morfofuncional

4ª FEIRA

24/06/15

8h às 12h Todos IESC Unidades Básicas de

Saúde

14h às 18h G e H Anatomia Laboratório

Morfofuncional

5ª FEIRA

25/06/15

8h às 12h Todos Horário protegido para

estudo

14h às 18h Todos Fechamento P8 –

Abertura P9 Salas de Tutoria

6ª FEIRA

26/06/15

8h às 12h Todos Horário Protegido para

Estudo

14h às 16h Todos Habilidades e Atitudes Salas de Tutoria

16h às 18h Todos Palestra 5 Grande Auditório ESCS

SEXTA SEMANA: 29/06/2015 A 03/07/2015

DIA HORÁRIOS GRUPOS ATIVIDADE LOCAL

2ª FEIRA

29/06/15

8h às 12h Todos Horário protegido para

estudo

14h às 18h Todos Fechamento – Problema

9 Salas de Tutoria

3ª FEIRA

30/06/15

8h às 12h Todos Habilidades e Atitudes

14h às 18h E e F Anatomia Laboratório

Morfofuncional

4ª FEIRA

01/07/15

8h às 12h Todos IESC Unidades Básicas de

Saúde

14h às 18h Todos Horário protegido para

estudo

5ª FEIRA

02/07/15

8h às 12h Todos Horário protegido para

estudo

14h às 18h Todos EAC Salas de HA

6ª FEIRA

03/07/15

8h às 12h Todos Horário Protegido para

Estudos

14h às 16h Todos Habilidades e Atitudes Salas de Tutoria

16h às 18h Todos Reservado para o

módulo 201 Grande Auditório ESCS

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Modulo 207 – Locomoção e Preensão

15

8 PROBLEMAS

8.1 Problema 1: Osso tem vida

28/04/2014

Na sala de aula, o interno da ESCS, Carlos,

durante o estágio na Ortopedia estudou a

importância do osso como estrutura biológica,

no aspecto macro e microscópico,

particularizando a função, a composição e a

formação. Estudou também que o osso como

estrutura viva em desenvolvimento, realiza sua

maturação de acordo com o desenvolvimento e

a idade do individuo. No ambulatório de

Ortopedia Pediátrica do HBDF, ele, junto com

os residentes, acompanhou vários casos de

deformidades congênitas do sistema

musculoesquelético. O Dr Claudio, médico

ortopedista responsável pelo ambulatório,

avaliou uma criança com deformidade

estruturada nos pés tipo equino-varo e

associada alteração de estruturas

musculotendineas. Mostrou também outros

pequenos pacientes com malformações

congênitas das extremidades, tais como amelia,

hemimelia e focomelia. Relatou que os fatores

que interferem no desenvolvimento

osteomuscular do embrião são de dois tipos:

hereditários e ambientais. O interno Carlos e os

residentes perceberam então que a

compreensão das alterações ósseas e

musculares em muitas doenças ocorre pelo

estudo do desenvolvimento embrionário

normal .

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8.2 Problema 2: Menos osso, mais fraturas

05/05/2014

Carlos, interno da ESCS, está bastante

motivado no seu primeiro período de internato

na Ortopedia. Ele acompanhou uma criança

com Osteogenesis Imperfeita no ambulatório,

com múltiplas fraturas pelo corpo. Ao chegar

em casa, curioso, foi conversar com a sua avó

Clara, de 76 anos, que apresenta o diagnóstico

de Osteoporose. Pôde perceber que tanto a

criança quanto a sua avó apresentam uma

característica em comum: a perda de massa

óssea. Essa falta de resistência do osso

aumenta o risco de fraturas em ambos.

Impressionado com o que viu no hospital, o

jovem interno aconselhou Clara a realizar

atividade física regular, ter uma dieta

equilibrada e fazer acompanhamento médico

para mensurar a perda óssea com eventual

tratamento se necessário. Renata, namorada de

Carlos, também interna da ESCS, durante o

jantar, contou que no seu estágio na Pediatria

do HRT avaliou alguns recém-nascidos com

muito baixo peso e doença metabólica óssea.

Renata relatou que em qualquer fase do

crescimento, a aquisição mineral óssea é

dependente de uma adequada oferta mineral de

vitamina D, além de um perfeito controle

hormonal, que favoreça a mineralização e

limite a mobilização óssea, promovendo um

aumento do conteúdo mineral.

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8.3 Problema 3: Músculo e energia

08/05/2014

Dia das finais das provas de 100

metros rasos, 400 metros rasos e da maratona

das olimpíadas do Rio de Janeiro. Carlos

observa pela televisão que os finalistas das

provas apresentam biótipos bastante diferentes:

enquanto os competidores da prova de 100 e

400 metros rasos são mais musculosos, os

competidores da prova de maratona são mais

magros. Na transmissão das provas, Joaquim

Cruz, ex-atleta de atletismo e comentarista da

emissora, informou que o campeão da prova de

100 metros rasos chegou à velocidade de 40

km/h de média e o de 400 metros rasos

completou a prova com a média de 32 km/h,

ambas bastante superiores a de um

maratonista, que chegava a 24 km/h de média.

Informou também que os competidores dessas

provas apresentavam diferentes proporções de

tipos de fibras musculares nos músculos

utilizados na corrida, com diferentes

velocidades de contração muscular e

utilizavam diferentes substratos energéticos

como fonte de energia.

O interessante é que, apesar de ter

atingido uma velocidade bastante superior, o

campeão da prova de 100 metros rasos

terminou sorrindo, brincando com a torcida,

sem aparentar estar sentindo dor ou cansaço. O

vencedor da prova de 400 metros rasos

apresentava-se bastante cansado. Além disso,

apresentava uma expressão de dor, colocando a

mão nas pernas e hiperventilando. O

maratonista chegava ao final da prova

completamente exausto, mas não parecia estar

com tanta dor como o vencedor da prova de

400 metros rasos. Joaquim Cruz relatou que

seria interessante que o atleta que disputou a

prova de 400 metros rasos não ficasse parado e

que realizasse um trote após a prova, utilizando

o metabolismo aeróbico para diminuir os

sintomas apresentados.

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8.4 Problema 4: Exercício orientado

12/05/2014

Carlos aproveitou a tarde da terça-feira de

folga no hospital para ir á academia do clube.

Convidou Renata para juntos realizarem

exercícios de resistência com carga nos

membros superiores e corrida na esteira. O

objetivo de ambos é fazerem movimentos

ativos nas articulações dos membros

superiores, proporcionando um equilíbrio entre

a musculatura agonista e antagonista, para

fortalecer grupos musculares sem causar lesão.

Carlos realizou movimentos articulares amplos

nos diversos aparelhos, compreendendo a

abdução/adução/flexão/extensão dos ombros;

flexão/extensão dos cotovelos; extensão/flexão

dos punhos e pronosupinação dos antebraços.

Notou que havia estabilidade em seus

movimentos, devido á integridade dos

ligamentos. Observou que ao realizar esses

movimentos havia contrações musculares

concêntricas, excêntricas e isométricas de

músculos dos membros superiores e tórax.

Alguns exercícios promoveram um

fortalecimento na parte superior do tronco com

uma quantidade moderada de resistência e de

repetições. Finalmente, para se exibir como um

atleta para Renata, Carlos realizou 10

elevações continuadas em barra fixa com

pegada pronada. Ele ficou satisfeito que o seu

estágio na Ortopedia possibilitou o estudo

funcional da musculatura envolvida em seus

exercícios. Enumerou verbalmente para a

namorada os músculos fortalecidos na barra

fixa e declarou que tinha mais prazer em ir a

academia desde que passou a entender a

funcionalidade osteomuscular de seu corpo.

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8.5 Problema 5: Pernas fortes

15/05/2014

Carlos retornou dois dias depois para a

academia do seu clube com o intento de

fortalecer os membros inferiores. Procurou

Sérgio, seu instrutor, para que o mesmo

prescrevesse exercícios específicos. Desta vez,

sua meta foi realizar movimentos articulares

nos quadris, joelhos e pés em aparelhos com

carga, visando o fortalecimento muscular. Ele

observou que os movimentos apresentam graus

de liberdade diferentes e que os aparelhos da

academia são idealizados para respeitar a

amplitude normal de cada articulação. Sérgio

informou que era necessário adicionar

exercícios que focam o core e que exigem

apenas movimentos com o peso do corpo, bem

como exercícios de agachamento com barra e

halteres. Como Carlos planeja participar de

maratonas em dois anos, Sérgio o orientou em

seguida aos exercícios de resistência iniciar

uma sessão de alongamento em membros

inferiores. Carlos percebeu que suas

articulações dos joelhos apresentavam

estabilidade devido á integridade dos

ligamentos e também pela bem desenvolvida

musculatura periarticular.

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8.6 Problema 6: A mão do pianista

19/05/2014

Carlos retorna ao hospital para mais um

plantão na ortopedia. O primeiro paciente é

Jofre, um conhecido pianista de Brasília, que

ao tentar abrir uma lata de doce em casa cortou

sua mão com uma faca na região tenar palmar .

O corte era profundo e Carlos após examinar a

ferida identificou a lesão completa do flexor

longo do polegar da mão direita de seu

paciente. Havia uma grande limitação

funcional e dor. O movimento de pega em

pinça estava comprometido, com um déficit da

preensão palmar ás custas do polegar. Carlos

logo pensou que deveria chamar o ortopedista

responsável pela cirurgia da mão no hospital.

Reconheceu que a lesão por ser em uma área

de complexa anatomia em um paciente que usa

a mão como instrumento de trabalho, deveria

ser operada nas melhores condições e por um

cirurgião especialista. Outra preocupação de

Carlos era quanto á possibilidade de haver

lesão de nervo. Ele tinha estudado que lesão de

nervo apresenta diferentes prognósticos de

acordo com o tipo, podendo ser neuropraxia,

neurotmese ou axoniotmese.

Dr Fernando compareceu ao hospital e

naquela mesma noite, auxiliado por Carlos,

realizou a sutura primária da lesão do tendão.

Não havia lesão do nervo. Fernando relatou

que aquela lesão deveria ser submetida á

intensa reabilitação assistida para um melhor

resultado final.

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8.7 Problema 7: Coluna e movimento

22/05/2014

Carlos observou em seu estágio no

internato que uma das maiores causas de

absenteísmo no trabalho era a dor na coluna. A

dor na coluna limita a função de deambulação

em indivíduos jovens e produtivos, também

diminuindo a qualidade de vida em idosos. No

ambulatório pôde observar que os problemas

na coluna são muito comuns em várias faixas

etárias. O movimento dos membros inferiores

e superiores, em qualquer tipo de atividade

acarreta a transmissão de forças internas e

externas á coluna vertebral. A “coluna” não é

apenas um conjunto de ossos, mas sim uma

complexa estrutura anatômica formada

também por discos, ligamentos e músculos.

Assim, com o passar do tempo, sem um

preparo muscular adequado, surge a famosa

“dor nas costas”. Além disso, Carlos lembrou

da importância da musculatura abdominal na

redução das cargas vertebrais. Ao abordar o

assunto com o Dr Juca, ortopedista especialista

em Coluna, o mesmo relatou que medidas

posturais e um bom condicionamento muscular

são necessários para uma coluna vertebral

saudável.. Dr Juca mostrou que a coluna

vertebral pode ser sede de uma variedade de

desvios, como lordose, cifose e escoliose,

acarretando, a depender da intensidade, a perda

da flexibilidade. Salientou que medidas de

rastreamento clínico na população infantil nas

escolas são benéficas para o tratamento

precoce das deformidades e que isso deveria

ser feito como uma medida importante da

política de saúde.

Carlos, perguntou também ao

experiente ortopedista, qual a relação entre

trauma raqui-medular e a perda de

movimentos. Dr Juca explicou que a função

motora e sensitiva dos membros depende da

integridade da medula e do nível neurológico

acometido. O jovem interno recordou que

quando criança sempre acompanhava sua mãe

no hospital de reabilitação para visitar o tio

Mauricio, que havia sofrido severo trauma na

coluna cervical, com conseqüente paraplegia.

Carlos se emocionava, pois queria entender

porque seu querido tio não podia se locomover

mais.

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8.8 Problema 8: Andar e correr

26/05/2014

Quarta-feira, 03 horas da madrugada. Carlos

acorda com o estridente som da campainha em

sua porta. É sua vizinha Mônica, jovem mãe de

Rodrigo, uma criança com um ano de idade.

Alvo da constante preocupação de Mônica,

Rodrigo é um menino sadio. Tendo um

estudante de medicina ao alcance,

constantemente o importuna para sanar suas

dúvidas de mãe vigilante. Desta vez, entra com

o filho nos braços e de forma impulsiva pede

que Carlos examine a marcha de seu filho.

Acredita que o mesmo está com uma marcha

anormal. Rodrigo anda com passos curtos,

cotovelos fletidos, ausência de balanço dos

braços, flexão plantar no impacto do pé e

aumento da inclinação dos ombros. Não havia

claudicação. Carlos explica que o padrão da

marcha da criança evolui atingindo o padrão da

marcha normal do adulto até os 5 anos. Mostra

para a mãe, andando de um canto ao outro da

sala de seu pequeno apartamento, as fases da

marcha normal do adulto, e tenta tranqüiliza-la

de forma paciente. Aproveita e mostra para

Mônica uma série de marchas patológicas.

Empolgado, fala até dos músculos envolvidos

durante uma corrida, já que espera ser um

maratonista muito em breve. Após gastar 30

minutos com a mãe, ela retorna ao seu lar já

em condições psicológicas normais. Quase 4

horas da manhã, e mais uma noite

desperdiçada de sono... amanhã pedirá aquela

fatia de bolo de chocolate que Mônica tão bem

sabe preparar. Afinal ele julga merecer.

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8.9 Problema 9: Trauma limita o movimento

29/05/2014

Ansiedade e nervosismo no hospital de

Taguatinga, pois o som da ambulância avisava

que estavam chegando mais acidentados no

PS. As equipes estavam de prontidão.

Chegaram duas crianças e quatro adultos em

decorrência de uma colisão de veículos. Após

o primeiro atendimento com a equipe da

cirurgia geral, os ortopedistas foram chamados.

Era uma pequena mas determinada equipe

formada por um jovem médico assistente, dois

residentes e um interno, o Carlos. O jovem

interno estava animado para trabalhar, pois

finalmente depois de tantas entorses de

tornozelo e distensões musculares atendidas,

chegaram ao pronto socorro pacientes

necessitando de procedimentos mais invasivos.

Resultado da avaliação ortopédica: as duas

crianças apresentaram fraturas expostas de

cotovelo e punho respectivamente, um adulto

com luxação posterior de quadril, e um outro

com ruptura total de ligamentos do tornozelo.

Essas lesões traumáticas ósseas e de partes

moles eram severas e constituiam um desafio,

pois podiam evoluir para a não reparação.

Carlos lembrou que a consolidação de um osso

operado e fixado por uma placa é diferente

daquele tratado com gesso apenas . Lembrou

também que fraturas em crianças apresentam

“comportamento” e prognóstico distinto do

que em adultos.

Os demais pacientes apresentavam apenas

contusões moderadas no tronco e membros

inferiores, escoriações e feridas cortantes

superficiais, e não ficariam com seqüelas

incapacitantes pelo trauma. A equipe se

desdobrou visando o controle de danos no

primeiro atendimento do politraumatizado. O

médico assistente solicitou sala para operar os

pacientes acometidos por fraturas e luxação....

foi uma noite longa.

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ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

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