LOGÍSTICA DE TRANSPORTES O RISCO DO APAGÃO NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Jovelino Pires AEB –...
Transcript of LOGÍSTICA DE TRANSPORTES O RISCO DO APAGÃO NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Jovelino Pires AEB –...
LOGÍSTICA DE TRANSPORTESLOGÍSTICA DE TRANSPORTES
O RISCO DO APAGÃO NO COMÉRCIO O RISCO DO APAGÃO NO COMÉRCIO
EXTERIOR BRASILEIROEXTERIOR BRASILEIRO
Jovelino PiresJovelino Pires
AEB – Associação de Comércio Exterior do BrasilAEB – Associação de Comércio Exterior do Brasil
EXPORTAÇÕES MUNDIAIS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS
DE BENS DE BENS -1948 – US$ 58 bilhões1948 – US$ 58 bilhões- 1973 – US$ 579 bilhões1973 – US$ 579 bilhões-1983 – US$ 1.835 bilhões1983 – US$ 1.835 bilhões-1993 – US$ 3.725 bilhões-1993 – US$ 3.725 bilhões-1999 – US$5.566 bilhões-1999 – US$5.566 bilhões-2000 – US$ 6.265 bilhões2000 – US$ 6.265 bilhões-2001 – US$ 6.003 bilhões2001 – US$ 6.003 bilhões-2002 – US$ 6.455 bilhões2002 – US$ 6.455 bilhões-2003 – US$ 7.119 bilhões (*)2003 – US$ 7.119 bilhões (*)
EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONALINTERNACIONALEXPORTAÇÕES MUNDIAIS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS
DE SERVIÇOSDE SERVIÇOS1980 - US$ 365 milhões1980 - US$ 365 milhões1990 - US$ 782 milhões1990 - US$ 782 milhões1996 - US$ 1.268 milhões1996 - US$ 1.268 milhões1998 - US$ 1.320 milhões1998 - US$ 1.320 milhões1999 - US$ 1.339 milhões1999 - US$ 1.339 milhões2000 - US$ 1.457 milhões2000 - US$ 1.457 milhões2001 – US$ 1.458 milhões2001 – US$ 1.458 milhões2002 – US$ 1.570 milhões2002 – US$ 1.570 milhões2003 – US$ 1.600 milhões(*)2003 – US$ 1.600 milhões(*)
Fonte: WTO e SECEX (*) estimadoFonte: WTO e SECEX (*) estimado
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
5.500
6.000
6.500
7.000
7.500
Fonte: IMFFonte: IMF
BALANÇA COMERCIAL BALANÇA COMERCIAL
= =
PRINCIPAL FATOR DE EQUILÍBRIO DO PRINCIPAL FATOR DE EQUILÍBRIO DO
BALANÇO DE PAGAMENTOSBALANÇO DE PAGAMENTOS
COMÉRCIO EXTERIOR É FUNDAMENTAL PARA COMÉRCIO EXTERIOR É FUNDAMENTAL PARA O BRASILO BRASIL
PAÍS EXPORTADOR DE BENS PAÍS EXPORTADOR DE BENS E NÃO DE CAPITAIS E SERVIÇOS E NÃO DE CAPITAIS E SERVIÇOS
87% de nossas vendas externas são 87% de nossas vendas externas são de bensde bens
6
Crescimento do Comércio MundialPrevisão OCDE
2003 2004 20054% 7,8% 9,1%
ANO EXP IMP EXP PART % IMP PART % 1960 118 126 1,3 1,1 1,4 1,1 1970 292 308 2,7 0,9 2,5 0,8 1980 1.897 1.972 20,1 1,1 22,9 1,2 1990 3.425 3.430 31,4 0,9 20,7 0,6 1993 3.698 3.764 33,6 0,9 25,5 0,7 1994 4.179 4.256 43,5 1,0 33,1 0,8 1995 5.078 5.216 46,5 0,9 49,7 1,0 1996 5.345 5.521 47,8 0,9 53,3 1,0 1997 5.535 5.719 52,99 1,0 61,36 1,1 1998 5.440 5.658 51,10 0,95 57,39 1,0 1999 5.625 5.881 48.01 0,85 47,00 0,8 2000 6.358 6.662 55.09 0,87 55.80 0,84 2001 6.155 6.441 58,22 0,94 55,58 0,86 2002 6.424 6.600(*) 60,36 0,95 47,33 0,72 2003 73,08 48,25
BRASILBRASILMUNDOMUNDODESEMPENHODESEMPENHO
US$ BILHÕESUS$ BILHÕES
Fonte: OMC e SECEXFonte: OMC e SECEX(*) DADOS ESTIMADOS(*) DADOS ESTIMADOS
SALDO DA BALANÇA = US$ 24,8bilhões
ANO
SETOR
EMPREGABILIDADE
PIB
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ( 1870 ) SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO ( 1970 ) SOCIEDADE DO CONHECIMENTO ( 2000 )
AGRICULTURA INDÚSTRIA SERVIÇOS AGRICULTURA INDÚSTRIA SERVIÇOS AGRICULTURA INDÚSTRIA SERVIÇOS
58% 14% 28% 4% 59% 37%
2% 5% 93%
56% 16% 28% 9% 55% 36% 3% 24% 73%
ECONOMIA / USA
É necessário ter competitividade em escala internacional quer É necessário ter competitividade em escala internacional quer
dentro ou fora do País e aproveitar as oportunidades da NOVA dentro ou fora do País e aproveitar as oportunidades da NOVA
ECONOMIA.ECONOMIA.
COMPETITIVIDADECOMPETITIVIDADE
LOGÍSTICA GEOGRÁFICALOGÍSTICA GEOGRÁFICA LOGÍSTICA SETORIAL LOGÍSTICA SETORIAL
LOGÍSTICA FUNCIONAL LOGÍSTICA FUNCIONAL
MONTAGEM ONDE FOR MAIS MONTAGEM ONDE FOR MAIS INTERESSANTEINTERESSANTE
CUSTOS LOGÍSTICOS
O usuário brasileiro chega a pagar 3 vezes mais do que seu concorrente estrangeiro
O Brasil é grande exportador de produtos primários, sendo que sua fronteira de produção pode estar a
2.000km do porto de embarque
Variação do ciclo médio de exportação : “lead times” atuais x desejáveis (dias)
0
20
40
60
80
100
120
140
Ciclo deImportação
Ciclo deMontagem
Ciclo deExportação
Ciclo Total
Atual
Desejável
Fonte: FGV / AMCHAM
Custo logístico em % do valor agregado
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
Estados Unidos
América Latina
Fonte: Council of Logistics Management
COMPETITIVIDADE
100
84,3 84,382,8
81,1
65,6
47,6
26
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Pon
tos
(mil)
1º - EUA
2º - Finlândia
3º - Luxemburg
o
4º - H
olanda
5º - Singapura
20º - Chile
35º - Bra
sil
49º - Arg
entina
Análise pelos seguintes itens - 2002Eficiência Gerencial 33º Eficiência Governamental 38ºPerformance Econômica 35º Infra-Estrutura 37º
Fonte: IMD World Competitiveness Yearbook 2002
COMPETITIVIDADE
Fonte: IMD World Competitiveness Yearbook 2002
34 32 29 3137
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Posiç
ão n
o R
an
kin
g
1998 1999 2000 2001 2002
Infra-Estrutura
Evolução brasileira no ranking da competitividade mundial 2002
Matriz de Transporte invertida em relação às vantagens comparativas Matriz de Transporte invertida em relação às vantagens comparativas normais (a grandes distâncias, custo do aquaviário chega a 12 x menor normais (a grandes distâncias, custo do aquaviário chega a 12 x menor que o do rodoviário e 3 x inferior ao do ferroviárioque o do rodoviário e 3 x inferior ao do ferroviário))
0,33%13,86%
20,86%
4,46%
60,49%
Rodoviário
Aéreo
Aquaviário
Dutoviário
FerroviárioFonte: ANUT
Divisão do transporte de cargas no Brasil
Fonte: ANUT
Divisão do transporte de cargas no Brasil
42%
91%
28%
7%
26%
0%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%Carga Geral
Granéis
QUESTÕES DE LOGÍSTICA DE TRANSPORTE
Até o porto – Rodovias 60% do transporte Ferrovias 20% do transporte
No Porto: tempo de movimentação e custos operacionaisPelo Mar: freqüência de naviosAté o Porto
- Ferrovias – Previstas desde o Plano de Metas de Juscelino
Sepetiba não tem acesso hoje a bitola estreita do Sul vindo de MG e Centro-OesteImportância: Poderia dar vazão a parte da carga que hoje transita por São Paulo
Obs.: Os trens só podem transitar pelo Grande São Paulo, à noite período de 4 a 6 horas
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
• Até 2004, as concessionárias devem investir cerca de R$ 1.3 bilhão
• Para atingir padrões internacionais, o sistema necessita de mais R$ 15 bilhões
• Produtividade da malha = 30% do sistema americano• Traçado da malha é 30% mais longo que das rodovias• Velocidade média dos trens
Brasil = 23 km / hEUA = 80 km / h
• Precariedade do sistema causa perdas US$ 150 milhões nas cargas
EUA
BRA
Por questão estratégica, o Rio tem todo empenho em que o tramo Norte do Ferroanel de São Paulo ocorra com presteza.
Cargas entrando ou saindo de Sepetiba terão acesso a importantes regiões do Sudeste Industrial.
Busca-se a integração de bitolas.
Custo da construção de 65km de linha em São Paulo estimados em R$ 150 milhões.
FORTE EXPECTATIVA DE AUMENTO DE EXPORTAÇÕES DA REGIÃO, CONSOLIDADAS EM
CONTÊINERES, DAS PME
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
A integração logística de São Paulo com a Plataforma Fluminense é indispensável à alavancagem das exportações brasileiras.
Vencer os custos internos é o nosso desafio.
O produto é competitivo na porteira da fazenda ou na porta da fábrica.
O principal problema que se encara é chegar ao
porto a preços competitivos internacionais
CUSTOS LOGÍSTICOSCUSTOS LOGÍSTICOS
Fluxo RodoviárioFLUXOS RODOVIÁRIOS
(BASE 2002)
1000 t/ano
Tudo depende de verbas e investimentos
PPA 2004 – 2007 - Arco Rodoviário RJ
Construção de 78 Km da BR 493
Governo = R$ 8 milhõesBNDES = R$ 114 milhões (Como pagar? Pedágio?)S. Privado=R$ 114 milhões
PPP – PARCERIA PÚBLICO PRIVADA
34km do Rodoanel de São Paulo custou R$ 1,2 bilhãoO Rodoanel São Paulo está orçado em R$ 6 bilhões
E as regras? São claras e duradouras?
QUESTÕES ATUAIS
Porto de SEPETIBA
- Baixa freqüência de navios, com poucos armadores conveniados
Ex.: - Maersksealand (portos do Norte da Europa – Semanal)Aliança Navegação (Buenos Aires – Semanal)Hamburg Süd - (Serviço Magellam – mensal)
Aliança e Ocean Bulk (Golfo do México – quinzenal)Consórcio Aliança / H. Süd/ CMA Hapag Loyd (Norte
da Europa – semanal)
Intenção de Investimentos
Porto de SEPETIBATerminais Quantidade de Projetos Prazo(meses)Cargas Especiais 1 18Granéis Líquidos 2 24Granéis Sólidos 3 36Granéis Agrícolas 1 18Áreas Operacionas 3 12Reparos Navais - Plataforma 2 24Carga Geral 2 12Total 14
Total do Investimento = US$ 626 milhõesCrescimento do ISS de 150%Crescimento do ICMS do Estado = 20%Empregos diretos = 3.060 Empregos indiretos = 12.800
OUTROS PORTOS DO RIO DE JANEIRO
Intenção de Investimentos
Rio de Janeiro - 13 Projetos US$ 582 milhões
Niterói – 5 ProjetosU$ 8 milhões
Angra - 4 ProjetosUS$ 210 milhões
Investimentos parados ou de pouca viabilidade
Carga tributária crescente já em torno de 38% do
PIB (o maior de nossa história)
Custo do dinheiro coloca o Brasil no podium dos
mais elevados do mundo
Competição externa também ocorre no País, no
mercado interno
SITUAÇÃO ATUAL
Novos tributos (CPMF, mais 2,5% IR, CIDE,
COFINS)
Aliciamento financeiro para atrair capitais
estrangeiros
FORMA INCORRETA DE ENFRENTAR O PROBLEMA
Os tributos se perpetuam e
perdem a direção do seu destino
Filas nas rodovias para Paranaguá
Difícil acesso ao Porto de Santos pelo próprio
gigantismo do porto
Difícil acesso a navios de maior calado (Rio, Santos,
Vitória)
Atividades administrativas sem visão empresarial,
com rotinas a superar
QUESTÕES SE PERENIZANDO
Integração dos Portos de Santos, Sepetiba, Rio,
Vitória via:Término do Tramo Norte do Ferroanel de São PauloRealização do arco rodoviário do Rio (liga vias de acesso de S.Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Vitória)Desobstrução dos acessos aos Portos de Santos, Rio e VitóriaCapacitação do movimento de cargas entre os quatro portos e aeroportos de São Paulo e Rio
PROPOSTAS EIXO S.Paulo / Rio / E. Santo
Fim dos conflitos político-econômicos, notadamente o escoamento da sojaReestudo de procedimentos de fiscalização/ administrativos para fora da Zona PrimáriaConstrução de mais dois berços no porto
PROPOSTAS PARANAGUÁ
PROPOSTAS BELÉMFim das discussões político/administrativas sobre a questão da estadualização do portoApoio ao Porto de Santarém da Cargil para escoamento da
safra de grãos.
Criação de 500 mil empregos com frentes de
trabalho, apoiadas pelo Batalhão de Engenharia
do Exército, para recuperação de ferrovias e
rodovias de acesso aos portos
FORÇA DE TRABALHO
Onde não há recursos é preciso criar.
As frentes de trabalho poderiam:
Diminuir os problemas logísticos
Diminuir o desemprego, criando vagas aos mais
necessitados
Reduzir o impacto dos Sem Terra que, eventualmente,
nunca trabalharam no campo
Aumentar a oferta interna e externa de nossos bens com
custos condizentes com a competitividade de
nossos parceiros no comércio internacional
RESULTADOS
PARA SER PARA SER COMPETITIVOCOMPETITIVO
O BRASIL O BRASIL
ESPERA QUE CADA UM ESPERA QUE CADA UM
CUMPRA COM O SEU DEVER CUMPRA COM O SEU DEVER