Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

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LOGÍSTICA NA AGROINDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA LOGISTICS ON-ALCOHOL AGRIBUSINESS DOUGLAS MARTINS SANTOS RESUMO: Depois de anos trabalhando no setor, comecei a perceber a necessidade de literatura instrutiva na área, pois sempre fui uma pessoa muito entusiasmada e curiosa e sempre gostei de me instruir na área do meu trabalho; trabalhei em várias funções e setores, fui Operador de Fiação (NEUMAG)no setor Têxtil e sempre busquei conhecimento na área específica em livros, na web, e pessoais em amigos e superiores que também trabalhavam no setor, lecionei Matemática para o ensino médio e fundamental, fui supervisor no IBGE e sempre que tinha dúvidas procurava e encontrava uma vasta quantidade de conhecimentos seja em bons livros, publicações do SENAI, ou mesmo na web, assim sempre estava em plena atualização e aperfeiçoamento. Após algum tempo lecionando, percebi que não era isto que queria para mim e fui procurar outra profissão, conversei com alguns conhecidos e amigos “Pois a network e o conhecimento são imprescindíveis para se adquirir uma boa colocação no mercado de trabalho hoje” e um amigo disse que iria me colocar como Fiscal Agropecuário, pensava eu: está tudo certo! Porém não foi isto que ocorreu, ao chegar lá constatei que a vaga já fora preenchida e só havia vaga de Noteiro (um tipo de apontador registrado como trabalhador rural), porém isto não me desanimou, aceitei o emprego e comecei a trabalhar entusiasmado. Poderia ter pensado como pode eu sendo um professor de matemática agora trabalhando na roça como noteiro?! Poderia até ter desanimado, mas eu estava decidido a mudar de profissão e com muito entusiasmo. Iniciei o trabalho muito feliz, pois nunca havia estado em uma lavoura ou plantação antes e tudo era novo para mim, encarei com muita alegria o meu novo trabalho, apesar da função, o salário era excelente e a empresa não era outra se não o maior grupo sucroalcooleiro do continente o grupo COSAN que muito contribuiu para minha formação e conhecimento; falava para meus companheiros que estaria ali por pouco tempo e eles riam e diziam que estavam esperando a oportunidade ali há anos; mas eu conseguia fazer o meu trabalho com alegria e entusiasmo assim mesmo, e comecei a pesquisar a área e estudar, estudar muito adquirindo um conhecimento técnico avançado, e após três meses fui exercer a profissão de Fiscal concorrendo com técnicos e profissionais experientes da área

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ogística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness é leitura obrigatória para pessoas que desejam desenvolver habilidade em transporte e logística relacionadas ao setor sucroalcooleiro.

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LOGÍSTICA NA AGROINDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA LOGISTICS ON-ALCOHOL AGRIBUSINESS

DOUGLAS MARTINS SANTOS

RESUMO: Depois de anos trabalhando no setor, comecei a perceber a necessidade

de literatura instrutiva na área, pois sempre fui uma pessoa muito entusiasmada e

curiosa e sempre gostei de me instruir na área do meu trabalho; trabalhei em várias

funções e setores, fui Operador de Fiação (NEUMAG)no setor Têxtil e sempre

busquei conhecimento na área específica em livros, na web, e pessoais em amigos

e superiores que também trabalhavam no setor, lecionei Matemática para o ensino

médio e fundamental, fui supervisor no IBGE e sempre que tinha dúvidas procurava

e encontrava uma vasta quantidade de conhecimentos seja em bons livros,

publicações do SENAI, ou mesmo na web, assim sempre estava em plena

atualização e aperfeiçoamento.

Após algum tempo lecionando, percebi que não era isto que queria para mim

e fui procurar outra profissão, conversei com alguns conhecidos e amigos “Pois a

network e o conhecimento são imprescindíveis para se adquirir uma boa colocação

no mercado de trabalho hoje” e um amigo disse que iria me colocar como Fiscal

Agropecuário, pensava eu: está tudo certo! Porém não foi isto que ocorreu, ao

chegar lá constatei que a vaga já fora preenchida e só havia vaga de Noteiro (um

tipo de apontador registrado como trabalhador rural), porém isto não me desanimou,

aceitei o emprego e comecei a trabalhar entusiasmado. Poderia ter pensado como

pode eu sendo um professor de matemática agora trabalhando na roça como

noteiro?! Poderia até ter desanimado, mas eu estava decidido a mudar de profissão

e com muito entusiasmo. Iniciei o trabalho muito feliz, pois nunca havia estado em

uma lavoura ou plantação antes e tudo era novo para mim, encarei com muita

alegria o meu novo trabalho, apesar da função, o salário era excelente e a empresa

não era outra se não o maior grupo sucroalcooleiro do continente o grupo COSAN

que muito contribuiu para minha formação e conhecimento; falava para meus

companheiros que estaria ali por pouco tempo e eles riam e diziam que estavam

esperando a oportunidade ali há anos; mas eu conseguia fazer o meu trabalho com

alegria e entusiasmo assim mesmo, e comecei a pesquisar a área e estudar, estudar

muito adquirindo um conhecimento técnico avançado, e após três meses fui exercer

a profissão de Fiscal concorrendo com técnicos e profissionais experientes da área

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durante toda a minha estadia exercendo a função de Fiscal na Mecanização

Agrícola do Plantio de cana-de-açúcar, pois foi neste ano que se iniciou o Plantio

Mecanizado na Unidade GASA, eu consultei uma infinidade de bibliografias ótimas

sobre plantio, variedades, colheitas, e todos os assuntos relacionados à lavoura de

cana, e não se esgota o conhecimento impresso e via web que temos hoje

disponível; aprendi muito não só estudando e pesquisando como também com a

equipe de profissionais que me cercava, Jamais esquecerei o Srs. Adeildo Cerqueira

Cavalcante, José Roberto Nascimento, Mauro Nobuo meu Supervisor e melhor

professor que já conheci, Tadeu Aparecido Alfinete um grande amigo, Davi Padilha e

em um lugar especial no peito meu amigo Paulo Eduardo Nobre Crespo que

Também Fora meu Supervisor; estes profissionais me auxiliaram em todos os

momentos e agradeço a Deus por ter conhecido pessoas tão importantes e boas

como estas; gostei muito de trabalhar no setor, então decidi estudar na UNIGRAN e

me matriculei no curso Tecnológico em Agropecuária e fui muito bem pois quando a

gente faz o que gosta tudo fica mais fácil não é verdade? Contudo fui transferido

para trabalhar no Transporte como Controlador de Tráfego Chegando a exercer a

função de Líder de turno e foi aí que comecei a perceber a falta de conteúdo para

pesquisa, pois quando procurava bibliografias sobre Logística e Transporte

encontrava uma ampla quantidade de materiais mais quase nenhum direcionado ao

setor sucroalcooleiro especialmente destinado ao corte carregamento e transporte

de matéria prima, menos ainda se mencionarmos planejamento estratégico de

transporte, daí surgiu a idéia de acumular conhecimento, trocar experiências e

ajuntar material para a criação desta obra, usando uma linguagem simples e bem

popular para alcançar principalmente aqueles que sem muita formação buscam

conhecimento, posso dizer àqueles profissionais que fazem a diferença os quais eu

dedico toda esta obra e espero que seja muito proveitosa em vossa jornada

profissional.

Douglas Martins Santos

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ABSTRACT: After years of working in the industry, I began to realize the need for instructional literature in the area because I have always been a very enthusiastic and curious and always liked to get an education in the area of my work, I worked in various roles and sectors, I Operator Wiring (NEUMAG) in the textile and always sought knowledge in specific books, web, and personal friends and superiors who also worked in the industry, I taught mathematics for elementary and high school, I was supervisor in the IBGE and whenever I had questions sought and found a vast amount of knowledge is in good books, SENAI, or even the web, so was always in the middle of updating and improvement. After some time teaching, I realized that this was not what I wanted for myself and went looking for another profession, I talked to some acquaintances and friends "For the network and knowledge are essential to get good placement in the job market today and a friend said that would put me as Agricultural Tax, I thought: it's all right! But this is not what happened, when I got there I found that the vacancy had been filled and there was only pointing wave (a type of pointer registered as rural workers), but is not discouraged me, I accepted the job and began to work enthusiastically. Could have thought how can I be a math teacher now working in the fields as pointing?! It might have discouraged, but I was determined to change his profession and with much enthusiasm. I started working very happy because I had never been on a farm or plantation before and everything was new to me, faced with great joy my new job, although the function, the pay was excellent and the company was nothing if not the largest group the alcohol group Cosan continent that has contributed to my education and knowledge; spoke to my mates who would be there for awhile and they laughed and said they were waiting for the opportunity there for years, but I could do my work with joy and enthusiasm anyway, and I began to search the area for study, study hard, acquiring advanced technical knowledge, and after three months I was practicing the profession of tax competition with technical and experienced professionals in the area throughout my time exercising the function of Tax in the Mechanization Agricultural Planting of cane sugar, it was this year that began on Mechanized Planting Unit GASA, I consulted a host of excellent bibliographies on planting, varieties, crops, and all matters related to sugar cane farming, not exhausted the knowledge and printed via the web that we have available today, learned a lot not only studying and researching as well as the professionals around me, I will never forget Mr Cerqueira Adeildo Cavalcante, José Roberto Nascimento, Mauro Nobuo my supervisor and better teacher I've ever met, Tadeu Aparecido Alfinete a close friend, David Padilha and a special place in my breast friend Paulo Eduardo Nobre Crespo who was also my supervisor, these professionals helped me at all times and I thank God for having known such people important and good as these, I enjoyed working in the industry, so I decided to study in UNIGRAN and enrolled in the course in Agricultural Technology and went very well because when we do what they like everything is easier is not it? However I was transferred to work in the Transportation and Traffic Controller Coming to act as shift leader and that's when I began to realize the lack of content to search for when looking for bibliographies on Logistics and Transportation was a large amount of materials that are almost directed to any alcohol sector especially designed to cut loading and transportation of raw materials, even less if you mention the strategic planning of transport, hence the idea of accumulating knowledge, exchange experiences and gather material for the creation of this work, using simple language and well popular to achieve especially those without much training, seek knowledge, I can say to those professionals who make a difference which I dedicate all this work and hope it will be very useful in your professional journey.

Douglas Martins Santos

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CAPÍTULO I

CONCEITOS PRIMORDIAIS

Logística

Uma coisa muito comum no meio operacional é a confusão da definição

de Logística, O que é logística? Ela está relacionada a quê? A maioria das

pessoas relaciona logística ao transporte, mas a definição de logística vai

muito mais além, podemos dizer que logística é a área da Administração

responsável por providenciar recursos, equipamentos, informações e

tecnologias para a execução de todas as atividades de uma empresa.

A logística é composta pelo Transporte, Movimentação de

Materiais, Armazenagem, Processamento de Pedidos e Gerenciamento de

informações, ainda podemos ver a definição de logística do ponto de vista

formal segundo Council of Supply Chain Management Professionals,

"Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que

planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e

econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos

acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de

origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências

dos clientes" (Carvalho, 2002, p. 31).

Uma das principais ferramentas da logística é o WMS, Warehouse

Management System, em português - literalmente: Sistema de Automação e

Gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. O WMS é uma

parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a

rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking (O picking,

também conhecido por order picking (separação e preparação de pedidos),

consiste na recolha em armazém de certos produtos (podendo ser diferentes

em categoria e quantidades), face a pedido de um cliente, de forma a

satisfazer o mesmo (Rodrigues, 2007).), consolidação automática e cross-

docking (O cross docking é um processo de distribuição onde a mercadoria

recebida é redirecionada sem uma armazenagem prévia. Tudo isto faz

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diminuir o tempo e o throughput time tem tendência a ser diminuído. ) para

maximizar o uso do valioso espaço do armazéns. Iremos encontrar em

logística, muitas palavras em inglês, porém não se preocupe, com o tempo

você irá se acostumar com tais termos, e melhor ainda irá usá-los em uma

linguagem bem mais fácil e acessível, mas isto não quer dizer que um bom

profissional não deve conhecer os termos, muito menos não estudar inglês,

pois hoje é imprescindível sabermos ao menos o básico de inglês e espanhol,

pois num mercado competitivo e cheio de oportunidades como encontramos

hoje estes conhecimentos são diferenciais na concorrência a uma ótima vaga

no mercado de trabalho.

História

Desde os tempos bíblicos, os líderes militares já se utilizavam da

logística. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram necessários

grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas,

armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram

necessários o planejamento, organização e execução de tarefas logísticas,

que envolviam a definição de uma rota; nem sempre a mais curta, pois era

necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem

e distribuição de equipamentos e suprimentos. Na antiga Grécia, Roma e no

Império Bizantino, os militares com o título de Logistikas eram os

responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra. Carl Von

Clausewitz dividia a Arte da Guerra em dois ramos: a tática e a estratégia.

Não falava especificamente da logística, porém reconheceu que "em nossos

dias, existe na guerra um grande número de atividades que a sustentam, que

devem ser consideradas como uma preparação para esta".

É a Antoine-Henri Jomini, ou Jomini, contemporâneo de Clausewitz, que

se deve, pela primeira vez, o uso da palavra "logística", definindo-a como "a

ação que conduz à preparação e sustentação das campanhas", enquadrando-

a como "a ciência dos detalhes dentro dos Estados-Maiores".

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Em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na

Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou

algum tempo para que estes conceitos se desenvolvessem na

literatura militar. A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial, raramente

aparecia a palavra Logística, empregando-se normalmente termos tais

como Administração,Organização e Economia de Guerra. A verdadeira

tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias

criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros

Navais dos Estados Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro

"Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra". Segundo Thorpe,

a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das operações

militares, enquanto a logística proporciona os meios". Assim, pela primeira

vez, a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da

Arte da Guerra. O Almirante Henry Eccles, em 1945, ao encontrar a obra de

Thorpe empoeirada nas estantes da biblioteca da Escola de Guerra Naval,

em Newport, comentou que, se os EUA seguissem seus ensinamentos teriam

economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra Mundial. Eccles,

Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do

Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logística Militar, sendo

considerado como o "pai da logística moderna" Até o fim da Segunda Guerra

Mundial a Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após

este período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais

destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas

organizações e empresas civis.

Desenvolvimento

As novas exigências para a atividade logística no mundo passam pelo

maior controle e identificação de oportunidades de redução de custos,

redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do

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prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas,

facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de

longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias

de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e adequação

dos negócios. Apesar dessa evolução, até a década de 40 havia poucos

estudos e publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas

começaram a se preocupar com a satisfação do cliente. Foi então que surgiu

o conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude do

consumidor. Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP

(Material Requirements Planning).

Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento

revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização,

pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na

administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas

passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local,

sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para

moldes mundiais de operação.

Atividades Envolvidas

A logística é dividida em dois tipos de atividades - as principais e as

secundárias (Carvalho, 2002, p. 37):

Principais: Transportes, Manutenção de Estoques,

Processamento de Pedidos.

Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais,

Embalagem, Suprimentos, Planejamento e Sistema de informação.

Nesta trataremos apenas de transportes de cargas, pois a definição

transporte abrange uma área enorme, desde transporte de pessoas para a

lavoura até o transporte de equipamentos menores como peças para

reposição em manutenções mecânica.

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CAPÍTULO II

CONCEITOS A SER ASSIMILADOS E REFLETIDOS

No setor sucroalcooleiro especificamente na parte

agrícola, podemos exemplificar todo o transporte usando um fluxograma,

porém quanto mais estudamos o transporte, mais podemos distinguir os seus

tendões de Aquiles, e visualizar partes que até então não eram classificadas

como integrante do transporte de matéria prima (Cana-de-açúcar).

Por meses tentei tratar de Corte Carregamento e Transporte (CCT) sem

destacar a manutenção, mas é impossível excluir o setor manutenção da

cadeia de transporte, pois todo o processo de transporte de Matéria Prima

(MP) é diretamente dependente da perfeita organização, distribuição e

especialização da Manutenção, e digo isto não apenas por especulação, mas

por anos vivenciando experiências no setor. Observando o quadro acima

podemos notar a seta da manutenção para a lavoura, isto é contínuo, pois

todos os anos na entressafra há a manutenção de todos os equipamento que

partem do local de manutenção para a lavoura em caminhões Prancha ou

outro tipo de transporte, e esta manutenção preventiva e corretiva feita na

entressafra vai determinar o bom, ou mal início, meio e fim da safra; Na

lavoura encontramos na maioria das vezes em um transporte organizado uma

comissão de manutenção e apoio que, “geralmente NÃO FUNCIONA”, mas

porquê afirmo isto? Porquê não há como montarmos um almoxarifado em

plena lavoura, uma vez que constantemente a as Frentes de trabalho (ou

Blocos como é chamado em outros tipos de Lavouras tais como eucalipto

Manutenção e

Equipamentos

Lavoura Corte e

Carregamento

Percurso

Indústria

Descarregamento

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etc.) trocam de locais, isto é todos os equipamentos e maquinário migram

constantemente, e às vezes para locais de dificílimo acesso, encontrei casos

de caminhões e equipamentos terem que atravessa córregos para se chegar

a um novo local de colheita, e esta dificuldade de acesso reflete em atrasos e

prejuízos para o setor, pois em se tratando de Transporte tempo é dinheiro,

Imaginamos um exemplo: Uma máquina Colheitadeira estoura uma

mangueira, para trocar esta mangueira gasta-se apenas 10 minutos, mas não

há este tipo de mangueira no Caminhão Oficina e termos que contatar o

Controle ou a Central de Manutenção para agilização e transporte desta

mangueira até a frente de Colheita, neste Pequeno exemplo podemos

destacar algumas qualidades fundamentais e imprescindíveis que deve existir

em um Controlador ou em qualquer funcionário que esteja envolvido no

Transporte. Observe:

Para contatar a necessidade da mangueira o Encarregado da frente de

Colheita vai se utilizar da Comunicação. Esta por muitas vezes é ruim ou

irregular pois, a mesma é feita geralmente através de Rádios e pode ser

dificultada por Interferências, Logo a pessoa do outro lado do rádio deve ser

atenciosa responsável e sempre procurar conhecer o setor como um todo,

para poder intermediar possíveis problemas de comunicação, deve conhecer

todos os padrões de conversação em rádio e procurar sempre solucionar o

problema. O Controle geralmente acaba intermediando todas as atividades

relacionadas ao transporte, manutenção, distribuição e verificação de

informações. O funcionário vale o que ele consegue resolver, não são

poucos os colaboradores que por não se tratar de algo de sua competência

abandonam o problema “pois pensam não é problema meu” que por muitas

vezes é mais difícil para o responsável do que para ele próprio resolver, e isso

acarreta atrasos e prejuízos em toda a cadeia de transporte.

Todos os funcionários envolvidos no transporte devem conhecer bem o

setor e a empresa para qual vende sua força de trabalho, pois em uma

situação como esta citada, devemos saber com convicção quem é

responsável por qual setor, e aquém devemos acionar logo é necessário

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Conhecimento. Conhecer bem a chefia e os responsáveis para saber a quem

recorrer em um momento de urgência, pois toda a vez que um equipamento

para na lavoura há aí uma emergência, pois uma colheitadeira hoje custa

mais de um milhão de reais, e toda vez que ela para, ela deixa de produzir

trazendo conseqüentemente prejuízos para empresa, Certa vez estava

estudando sobre peças e manutenções de colheitadeiras, e meu superior

imediato disse o que fazia, pois conhecer as peças básicas e os

funcionamento de colheitadeiras e tratores, não tinham nada a ver com a

minha função de controlador de tráfego; Ele estava completamente enganado,

pois aprendi com um supervisor meu o Sr. Mauro Nobuo e com Gerente

amigo meu Helder Bassaglia que conhecimento na área de atuação é

obrigatoriedade, mas nas áreas correlacionadas é riqueza de conhecimento,

por isso que com poucos meses trabalhando de fiscal de mecanização

agrícola eu já entendia de quase todas as manutenções da plantadeira que

utilizávamos e sempre que quebrava algo eu já acionava a manutenção

especificando o quê e aonde estava o problema, Pois não tínhamos um

caminhão oficina disponível, Também na entressafra me dedicava a auxiliar

na oficina caso não houvesse outro trabalho para se fazer.

Outra qualidade importante é a Pró Atividade . O que seria pró

atividade? O profissional proativo é aquele que se antecipa às situações.

Ele tem conhecimentos sobre sua área de atuação, sabe como seus

colegas trabalham e aproveita para adquirir experiências com eles,

mesmo não tendo muito tempo. Ou seja, o proativo tenta, em todas as

situações, adquirir o máximo de conhecimentos (muitas vezes

inconscientemente), o que lhe permite antecipar-se aos fatos. Mas o que

seria Pró Atividade afinal? Sabemos que ela até já deixou de ser uma

qualidade para elevar-se ao grau de virtude. Todos crêem que são pró ativos,

mas na realidade muitos confundem o conceito. Há os que pensam que ser

pró ativo é ter iniciativa; Outros, que é a orientação pela ação rápida. Vamos

colocar os "pingos nos is". Um dos significados do prefixo "pró" significa

antecipação, algo que acontece antes. A pessoa pró ativa está sempre se

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antecipando aos acontecimentos, fazendo até mesmo alguma espécie de

previsão para poder atuar de uma determinada forma planejada. Logo, a pró

atividade não é sair queimando pneu e agir de qualquer maneira. É

necessária uma análise do contexto, identificação e seleção de alternativas e

imaginação dos resultados de cada cenário. Isto leva algum tempo. Claro que

nunca se tem certeza do que poderá acontecer, mas, com um bom

planejamento, maximizamos as chances de sucesso. Então ser pró ativo

significa tomar a iniciativa? Também, mas não apenas isso. A iniciativa por si

só é uma reação, e não uma ação. Quando adicionamos a esta um

questionamento positivo do processo, além do planejamento, então chegamos

à pró atividade. Pensando um pouco além, este questionamento positivo é a

base para toda mudança que pode ocorrer em referência a algum assunto.

Iniciativa pode levar a mudanças, mas de maneira inconsistente.

Questionamento positivo e planejamento sem a iniciativa da execução não

passam de sonhos num pedaço de papel. A pró atividade é quase a própria

mudança (quase porque, em alguns casos, a mudança, num contexto macro,

normalmente ocorre sem planejamento, e muito rapidamente) uma vez que é

a soma da iniciativa com o questionamento positivo e com o planejamento.

Some-se a ela a criatividade, e vamos chegar à inovação. Criatividade sem

pró atividade não passa de um monte de idéias que podem ser ou não ser

úteis. Pró atividade sem criatividade resultará em mudança de pouco ou curto

impacto. Mudanças que valem a pena começam com certa dose de

criatividade. A estas mudanças dá-se o nome de inovação.

Como expressado pelo Célebre Alfredo Posse Lago

PRÓ ATIVIDADE = INICIATIVA + QUESTIONAMENTO POSITIVO + PLANEJAMENTO

INOVAÇÃO = PRÓ ATIVIDADE + CRIATIVIDADE

Logo pró atividade é uma virtude que deve estar presente no dia a dia

de todo funcionário que almeja chegar à posição gerencial e administrativa de

uma empresa, a pró atividade deve ser pré requisito na seleção e contratação

de funcionários, depois de ler todo este parágrafo pense e pergunte para si

mesmo: Eu sou Pró Ativo? Consigo melhorar? Posso chegar mais longe?

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Podemos agora retomar o assunto da reposição da mangueira da

colheitadeira, como vimos se o funcionário tiver uma excelente comunicação

ele irá saber receber e passar informações com precisão, se ele tiver também

conhecimento e for pró ativo ele irá contatar a pessoa certa e resolver o

problema da manutenção agilizando o envio da mesma para a lavoura, mas e

o trabalho dele neste meio tempo? Se for um controlador de tráfego como

estará a frota nestes 10 minutos perdidos para resolver o problema? Ele

saberá quantos caminhões chegaram? Quantos saíram? Para onde foram?

Além de todas as qualidades o funcionário deverá ser RESPONSÁVEL e

EFICIENTE pois de nada adianta resolvermos trabalho dos outros e não

fazermos o nosso com a mesma dedicação e afinco, isto ocorre com uma

freqüência enorme em uma gama de empresas e as vezes faz com que a

chefia ao invés de enxergar qualidade, venha a perceber um defeito horrível

de se encontrar em um colaborador, logo como conceituado pelo professor

Msc Alexandre Portela Barbosa Eficiência significa fazer um trabalho

correto, sem erros e de boa qualidade. Eficácia é fazer um trabalho que atinja

totalmente um resultado esperado, Eficiência é fazer alguma coisa correta,

Eficácia é fazer um trabalho que atinja plenamente um resultado que se

espera. É fazer "a coisa certa", ou seja, a coisa que leve ao resultado

almejado.

Retomando o que vimos até aqui: Todo o Processo de transporte

depende diretamente do bom gerenciamento e administração da manutenção,

também depende da capacidade dos colaboradores envolvidos que devem ter

qualidade, ou melhor, virtudes como: Boa Comunicação, Conhecimento da

Empresa, Pró Atividade, Eficiência e Responsabilidade, e isto deve ser

expandido a todos os colaboradores envolvidos no transporte a exemplo de

motoristas, auxiliares, controladores, encarregados, operadores, e não vou

deixar passa em branco os Coordenadores, Gerentes e Administradores.

Agora podemos sair da manutenção e começar a entender a

organização na lavoura. No campo encontramos uma variedade de

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colaboradores com funções específicas administrados por um Fiscal ou

Encarregado que organiza, orienta e estabelece as metas a serem

alcançadas em cada turno, além de responder diretamente pela frente de

colheita e pelo seu bom andamento. Este fiscal deve ter por obrigação

conhecimento ou experiência elevada em estatística, deve dominar as

ferramentas operacionais e administrativas, tendo maior responsabilidade que

o supervisor, não quero que confunda responsabilidade com hierarquia, pois o

responsável pela frente responde a um supervisor acima dele; quando falo

responsabilidade é que o responsável pela frente deve dominar todo o

processo de operação e manutenção dos equipamentos sob sua

responsabilidade, deve ter conhecimentos gerenciais e estratégicos de

administração de empresas, deve ter um conhecimento avançado ou no

mínimo básico de estatística , meteorologia e agronomia. Meu Deus o que é

isso!? Você pode perguntar: Onde encontrarei um profissional com estas

qualificações, quero dizer aqui que me refiro à CONHECIMENTOS e isto não

quer dizer que todo responsável por uma frente de CCT deve ser especialista

nestes assuntos, porém se for, sorte a de quem o contratar! Pois para minha

satisfação eu fui testemunha de uma cena que nunca consegui esquecer.

Certa vez visitando meus tios em uma fazenda, fui testemunha ocular de um

acontecimento um tanto estranho, uma vaca prenha havia perdido a cria e

fazia já dias e o feto havia inchado dentro dela, chamou-se o veterinário e o

mesmo não realizou a cirurgia pelo fato de não constar com ambiente

específico para realizar ali uma cesariana; Um funcionário pegou um estilete

amarrou na mão entre os dedos, esterilizou o conjunto mãos luvas e estilete e

introduziu dentro da vaca, o que ocorreu lá dentro eu não sei, só sei que ele

cortou e retirou as paletas, depois os quartos, e depois o resto do corpo do

feto, admirado perguntei como seria isto possível, ele disse era simples

apenas o segredo estava na posição do estilete na mão que após cortar a

parte do feto tocava-lhe o dedo inferior protegendo assim de cortar qualquer

parte interna da vaca. Este funcionário não era veterinário, não era técnico,

nem tinha o ensino médio, apenas nascera e fora criado cuidando de bois e

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vacas, não quero dizer com isto que não há a necessidade de estudar e

buscar conhecimento, mas quero dizer que o que traz o conhecimento maior e

específico é a prática. O responsável pela frente de Colheita deve antes de

tudo conhecer o processo de corte, carregamento e transporte, conhecer os

tendões de Aquiles do setor, deve entender as situações adversas

encontradas no decorrer da safra, identificá-las, organizá-las e estudar os

seus efeitos no decorrer da colheita, conheci um fiscal que trabalhava comigo

que trazia estas anotações e tinha uma estimativa de quanto seria a redução

da produção em caso de chuva destacado o efeito de mm/m², creio que em

três anos ou mais de empresa ele teria informações que eram desconhecidas

até pelo Centro meteorológico da mesma, não em informações mais em

detalhes, este conhecimento é de suma importância, uma vez que um

profissional com experiência em campo já passou por muito mais situações

destas, que aqueles que começaram no setor recentemente “incluindo-me

nesta categoria, pois estou começando”. A observação e a anotações de

determinadas informações são preciosidades, e elas são únicas, pois cada

operador de máquina tem uma experiência e praticidade diferentes, logo o

encarregado da frente deve conhecer a sua CP ( capacidade de produção),

não são poucos os encarregados ou fiscais que não sabem o tempo de

carregamento da frente de sua responsabilidade, não sabem dar uma

estimativa de entrega, de quantas toneladas ou mesmo caminhões a frente

irá entregar por hora, a maioria não sabe se adiantar passando informações

no início do turno das dificuldades que a frente irá enfrentar, preparando o

controle de tráfego para uma possível redução na produção de uma frente,

que obrigatoriamente deverá ser suprida por outra frente, a frente de

transporte e controle de tráfego deve trabalhar em sincronia, a função mais

importante do transporte é o encarregado de tráfego e os controladores, mas

estes se não agirem em sincronia com as frentes de colheita, além de dar

prejuízos significativos para a empresa, ainda irão atrapalhar o trabalho de

profissionais competentíssimos como os encarregados e fiscais das frentes de

colheita, estes conhecimentos básicos, pois considero básico até demais,

Page 15: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

serão tratados detalhadamente no capítulo de qualidade de matéria prima.

Outro assunto que deve ser tratado também e a importância de os motoristas,

os operadores e todos envolvidos em qualquer atividade, notificar o controle

de imediato sobre qualquer parada, ou defeito em equipamentos, pois

acontece com freqüência de motorista estar com caminhões quebrados, ou

com defeito nas frentes de colheita e permanecerem na mesma sem notificar

a controle, às vezes por um turno inteiro, lugar de equipamento com defeito

ou quebrado é na oficina, e não na frente de colheita atrapalhando o corte e

carregamento nem na beira da estrada atrapalhando o tráfego, uma maneira

eficiente de se reduzir este tipo de deficiência (bem comum), é colocar os

próprios motoristas para identificar e comunicar este tipo de irregularidade ao

controle.

Page 16: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

CAPÍTULO III

TRANSPORTE DA CANA-DE-AÇÚCAR

O sincronismo entre a lavoura (Setor Agrícola) e a Indústria, no momento

da retirada da cana da lavoura até o recebimento na usina, é o fator de maior

peso responsável pelo o aumento ou a redução do custo de produção. Motivo

este que, faz necessária a utilização de meios de transportes eficientes. Os

tipos e subtipos de transportes utilizados no Brasil são rodoviários (em sua

maioria), ferroviário (em apenas algumas regiões), e hidroviário (bem pouco

utilizado).

No transporte rodoviário são utilizados: Tração animal (em algumas

regiões do Brasil com declividade do terreno elevada, principalmente em

algumas regiões do nordeste; Tratores com carretas (geralmente em áreas

próximas á indústria, ou mesmo dentro das propriedades industriais) e

Caminhões usados com maior freqüência e eficiência. Dependendo do

conjunto utilizado pode se transportar de 20t à 60 t de cana por viagem.“ valor

este que pode ser variável devido a fatores como variedade, idade do corte,

tipo de colheita etc.” Iremos tratar do transporte com caminhões uma vez que

este é o mais utilizado.

Para o transporte de matéria prima utiliza-se caminhões com dois eixos

que transportam em média 10t de cana e com 3 eixos que transportam em

média 15t de cana, reboques tracionados por caminhão ou trator, segue

abaixo figuras de conjuntos usados no transporte rodoviário da cana-de-

açúcar.

Caminhão Trucado

Caminhão Trucado+Reboque ou Romeu & Julieta

Page 17: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

Caminhão trator+Semi-reboque ou Cavalo+Semi-reboque

Treminhão

Rodotrem

Bitrem

CUSTOS DO TRANSPORTE

Estudos realizados sobre colheita de cana-de-açúcar na comparação de

subsistemas de corte, que o corte mecanizado possui uma vantagem

diferencial (custo/t) em relação ao corte manual para áreas com produtividade

acima de 50t/ha. Saber os cálculos dos valores horários das máquinas é

fundamental no planejamento das operações e no dimensionamento do

transporte no sistema mecanizado. As despesas do conjunto por unidade de

tempo é chamada de Custo-hora ou Custo Horário Total (Cht) e é

composto pelos custos fixos (Chf) e custos variáveis (Chv) .

Custos fixos (Chf) são aqueles que não dependem do tempo de uso,

nem do estado de conservação das máquinas, sendo assim as despesas

geradas pela compra da máquina (depreciação da mesma, juros sobre o

capital, seguro, impostos, taxas e alojamento).

Custos Variáveis(Chv) são aqueles dependentes do uso da máquina

assim como reparos e manutenções, combustível, salário dos operadores; isto

é variam de acordo com o uso da mesma.

Segundo Pereira (2003) o custo fixo pode ser calculado usando a

equação abaixo,

Page 18: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

Logo podemos ver que em um ano, o custo de propriedade é fixo, mas

se considerarmos as horas de uso ele é variável porque depende do tempo de

uso anual do equipamento. Assim, o planejamento das operações agrícolas e

o dimensionamento do sistema mecanizado devem ser adequados não só em

número, mas também na capacidade buscado maximizar o tempo de uso

anual do equipamento. Uma máquina ou um conjunto subutilizado com

poucas horas de uso anual, pode representar um pesado ônus financeiro para

a empresa.

O valor final do equipamento (VF) varia por região, estado de

conservação, entre outros tantos fatores, mas notamos valores padrões entre

10% a 20% do valor inicial; o valor de alojamentos, seguros e taxas (Alst)

costumam ser 1% do valor inicial; o custo do combustível (Cc) é igual ao

produto do fator de consumo específico para motores diesel (Fce) pela

potência do motor do equipamento (Pm) pelo preço de custo do litro do óleo

diesel (Pc), logo Cc=Fce.Pm.Pc , onde Fce=0,12L/cv.h, Pm é medido em cv e

Pc é o valor do litro de diesel em R$, Segundo Pereira o custo de óleo

lubrificantes fica estabelecido em 15% do consumo de combustível, logo o

coeficiente 1,15 da equação II deve-se a soma do custo de combustível e de

óleo lubrificante.

O cálculo do custo variável foi realizado de acordo com a equação

abaixo.

Page 19: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

(Tabela I) Nesta tabela encontramos os fatores de manutenção e reparos. ASAE ( American

Society of Agricultural Engineering) 1998.

EQUIPAMENTO TEMPO DE VIDA

ÚTIL ESTIMADO H

FATOR DE REPARO E

MANUTENÇÃO Frm

Trator Agrícola 2x4 TDA 12.000 1,00

Trator Agrícola 4x4 ou de Esteira 16.000 0,80

Semeadora 1.500 0,75

Pulverizador, Grade e Arado 2.000 0,60

Colhedora automotriz 3.000 0,40

(Tabela II) Nesta tabela encontramos os fatores de tempo de vida útil estimado. ASAE

(American Society of Agricultural Engineering) 1998.

Observe que na tabela o valor é constante para a manutenção e reparos,

que pode ser utilizado para fins de Planejamento, contudo estes valores não

correspondem à realidade na prática, quando observa-se as despesas no

decorrer da vida útil do equipamento.

EQUIPAMENTO FATOR DE REPARO E

MANUTENÇÃO Frm

Trator Agrícola 2x4 TDA 1,00

Trator Agrícola 4x4 ou de Esteira 0,80

Semeadora 0,75

Pulverizador, Grade e Arado 0,60

Colhedora automotriz 0,40

Page 20: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

Para encontrarmos o Custo Horário Total efetuamos apenas a

somatória da equação I com a II chegando à equação 3descrita abaixo.

Cht = Chf+Chv

Se o Planejamento e o desenvolvimento das operações de transporte e

colheita mecanizada forem mal feito, ou algo de vital importância for

desconsiderado, isto poderá acarretar um custo adicional de pontualidade,

vivenciamos no dia a dia da colheita mecanizada que um excesso de

máquinas em número ou Capacidade resultará num custo fixo adicional, que

não será compensado pelo eventual ganho de pontualidade adquirido pela

redução do tempo de operação evitando assim a redução das perdas de

produtividade devido às incertezas climáticas. Com tudo uma falta de

capacidade poderá resultar em perdas de produtividade devido ao atraso na

conclusão no intervalo de tempo ótimo, logo o Planejamento deve buscar um

dimensionamento equilibrado do Sistema.

Page 21: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

CAPÍTULO III

QUALIDADE DA MATÉRIA PRIMA

Assim como nos outros segmentos a logística não é só responsável pelo

eficiente transporte e armazenamento, ela abrange outros segmentos e

responsabilidades, e por este motivo vamos conhecer neste capítulo as

exigências de qualidade na matéria prima, e os fatores que colaboram para a

redução e maximização da qualidade, além dos efeitos desta nos processos

industriais, pois de nada adianta minimizar os custos com corte, carregamento

e transporte eficiente, se a matéria prima transportada não possui qualidade

suficiente, caso não posua ainda causa prejuízo nos processos industriais,

logo deve haver equilíbrio na produtividade e qualidade, vemos um exemplo

prático deste desequilíbrio na transição do corte da cana crua para a cana

queimada no Brasil, em se tratando do corte manual, houve a percepção de

um aumento significativo na produção, e devido a demanda crescente e as

pesquisas do Proálcool aconteceram várias pesquisas nesta área, e foi

constatado um aumento de 47% à 72% valores estes também que podem

ser comparados no corte atualmente, pois há uma redução entre 45% à 70%

na produtividade T/hd (tonelada por homem dia) no corte manual da cana

crua. Contudo com este significativo aumento da produção houve também

uma diminuição de qualidade na matéria prima.

Ao final da década de 1970 e início de 1980 o rendimento de corte

manual era de um índice considerado baixo na tabela seguinte (entre 8 e 9

toneladas de cana/homem.dia) até esta época era exigido o desponte na mão

a altura dos palmitos (ponto de quebra) e maior limpeza dos colmos e das

leiras, logo após o impulso do Proálcool, verificou-se um sensível aumento de

produção de cana-de-açúcar e álcool, exigindo maiores quantidades de

produção, conseqüentemente maior rendimento na produtividade nos

trabalhadores rurais na operação de corte e carregamento, mas como dito

anteriormente com o aumento do rendimento entre os trabalhadores houve

uma significativa baixa na qualidade de matéria prima entregue, isto é, um

Page 22: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

significativo aumento de impurezas minerais (terra, e pedras) e vegetais

(palha e fibras estranhas à Cana).

Segundo Osvaldo Alonso, defini-se por qualidade em cana-de-açúcar ou

MP, a maior riqueza e pureza em açúcares, bem como menor presença

possível de impureza vegetal (folhas verdes, palha e palmito) e mineral (solo e

pedras).

Os principais fatores que interferem na qualidade de matéria (cana-de-

açúcar) prima são: Ambiente de produção, variedades e sua fitossanidade e

os resultados das operações do corte e carregamento da cana, para

complemento deste trabalho iremos tratar apenas do item “resultados das

operações de corte e carregamento” e iremos destacar ainda as intempéries

climáticas que influenciam também na qualidade de matéria prima e na

eficiência do CCT.

Como deficiência operacional e fatores para o aumento de impurezas,

podemos citar a má regulem dos equipamentos, o incorreto preparo do

solo e a má administração dos equipamentos, nesta obra não vamos nos

prolongar em detalhes para não sairmos nosso foco que é o CCT, ou seja,

devemos nos focar nas operações de colheita, isto é corte carregamento e

transporte. Como dito antes o responsável pela frente, deve antes de tudo ter

um conhecimento minucioso da previsão do tempo, deve-se antecipar às

intempéries climáticas, a maior inimiga de uma boa colheita, o profissional

deve semanalmente fazer o planejamento de colheita nas áreas, fazer uma

análise minuciosa da previsão semanal do tempo, planejar as táticas e

estratégias caso haja chuva, e fazer este planejamento semanal baseado na

previsão com variação entre 10 mm e 15 mm, que pode ser considerada uma

margem de segurança, uma vez que a previsão semanal é bem variável em

relação à diária; “já vivenciei previsões de 29 mm se desencadearem em 75

mm de chuva” ; deve incluir na sua estratégia a identificação e localização dos

locais de produção com alta infiltração do solo, altitudes, e caso haja pouca

chuva e a impossibilidade de mudança de local de produção, deve-se dividir a

área a ser colhida em pelo menos baixada, encosta e espigão, uma vez que

Page 23: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

nesta mesma seqüência encontramos diferenças de compactação,

porosidade e infiltração do solo; este planejamento não pode ser feito

somente semanalmente, mas também diariamente revisado, pois sempre

devemos revisar as situações do local e as possíveis desconformidades que

poderão atrasar o corte e carregamento do dia seguinte, mas podemos dizer

isto é trabalho para um encarregado de frente, ou fiscal? Claro que sim!

Mesmo sem ser gerente, o profissional deve ter conhecimentos gerenciais e

trabalhar sabendo que ele gerencia toda a frente de colheita enquanto no seu

turno; Isto inclui equipamentos, conhecimentos e pessoal, este planejamento

semanal e diário é negligenciado pela maioria dos profissionais operacionais

do setor, pois por muitas vezes já ouvi e creio que você já ouviu também algo

do tipo “não ganho pra isto” não é? O descaso no processo de

aperfeiçoamento e do aprendizado profissional está tão óbvio que hoje

encontramos profissionais tão acomodados que podem achar que este livro é

perca de tempo e de tinta, lembro-me quando comecei a trabalhar no setor de

Transporte/Logística apelidaram-me de menino do tempo com ironia pelo fato

de toda mudança climática prevista, eu passar antecipadamente para os

meus encarregados pelo rádio e em uma reunião à tarde quando peguei o

planejamento de corte disse para o encarregado de mão de obra

(particularmente é claro, pois a respeito, consideração à hierarquia nunca

deve ser deixado de lado mesmo quando encontramos pessoas com menor

formação que a gente, pois como disse no início “NADA SUPERA A

EXPERIÊNCIA” Logo não importa se você é um agrônomo ou engenheiro de

produção, você sempre vai estar aprendendo com pessoas humildes e

simples, e também vai estar sempre colaborando com pessoas de formação e

experiência bem mais elevada que sua. ) o senhor deu uma olhada na

previsão para depois de amanhã? Ele sorriu, e brincou comigo, mas ele foi

tão sarcástico que fiquei chateado e pensei não deveria ter dito nada, pois

achava que não estava ajudando muito, mas pra minha surpresa e sorte o

amanhecer do segundo dia foi chuvoso seguido do terceiro e quarto dia, e

este mesmo encarregado dirigiu-se a mim e disse que se ele estivesse me

Page 24: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

ouvido a cana não ficaria por tantos dias cortada no chão perdendo a

qualidade, e no final nós ainda nos tornamos grandes amigos e companheiros

profissionais; Outro acontecimento também muito interessante foi quando

num período muito seco e de ventanias no ano de 2007, a impureza mineral

começou a ter altas significativas, e o nosso encarregado queria uma

resposta, ou seja, queria saber o motivo, e falei para ele que era por causa

dos ventos fortes e da seca, ele riu de mim e disse que em mais de 20 anos

de profissão nunca havia ouvido um absurdo destes, eu e um companheiro de

trabalho pegamos uma lona, cortamos um quadrado de 1mx1m e partimos

para o experimento deixando este pedaço de lona onde os caminhões se

movimentavam perto do transporte, que possuía menor tráfego e menor

movimentação de equipamentos que na lavoura, depois de 2 horas havia 113

gramas de terra, perdemos algum tempo calculando a área de contato dos

caminhões e constatamos que em percentagem pode ser insignificante a

quantidade de impureza mineral precipitada do ar, porém constamos que há

sim uma influência no aumento de impureza mineral se levarmos em conta a

alta concentração de poeira no ar no período seco e de fortes ventos no local

da colheita mecanizada poderia haver uma aumento entre 0,18Kg e 0,21Kg

de impureza mineral por tonelada de matéria prima, isto foi feito ao lado da

guarita de transporte, podemos imaginar os efeitos na lavoura onde há uma

maior movimentação de máquina e caminhões, estes dados são apenas

simples análise de observação, sem o uso de nenhum critério científico, pois

para afirmar a veracidade dos dados deve-se desenvolver outras pesquisas

nesta área; Pegamos os resultados e mostramos ao nosso superior e ele nos

parabenizou e nos elogiou e disse que gostaria que todos os seus

funcionários fossem assim.

A chuva torna o transporte lento devido à influência nas estradas dentro

dos locais de produção, aumenta a impureza mineral devido a aderência de

solo à palha e conseqüentemente a cana (este efeito é ainda maior em

variedades com alto índice de acamamento ou deitadas próximas ao solo) a

palha molhada pesa mais dificultando a limpeza nos exaustores, elevando a

Page 25: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

porcentagem de impureza vegetal juto à matéria prima, o solo úmido fica

maleável dificultando a circulação de equipamentos que começam a encalhar

depois de alguns mms de chuva, podemos dizer que o maior inimigo do corte

e carregamento no quesito qualidade e produtividade é a chuva, assim como

ela é excelente para as plantações, para o solo e muitas outras coisas, ela

atrapalha os processos de carregamento e causa aumento das impurezas na

matéria prima, mas como a chuva é necessária devemos nos planejar e fazer

com que estes impactos sejam minimizados ao máximo possível, e uma vez

que é difícil termos controle nas intempéries climáticas as impurezas

aumentam significativamente, e devemos buscar a redução máxima ou seja, a

perfeição do corte/carregamento da cana nos períodos propícios, pois uma

redução significativa nas impurezas neste período além de contribuir para um

melhor aproveitamento pela indústria também equilibra os resultados finais da

safra compensando os períodos chuvosos.

Os principais inimigos da qualidade em situações normais são a má

regulagem e a má operação dos equipamentos e o incorreto preparo do solo,

principalmente na região de São Paulo nos primeiros meses de colheita, onde

encontramos a conjunção de alta umidade relativa do ar e queda brusca de

temperatura nos períodos noturnos acentuando a dificuldade de limpeza pelas

colhedoras, logo se deve ter um cuidado especial no período noturno, de

preferência alocando os melhores profissionais para este turno. Outra coisa

terrível é colher em área que não houve a quebra dos lombos, erro de preparo

que considero grave quando a colheita for mecânica, só quem já passou por

isso pessoalmente sabe a situação de impurezas na matéria prima e o

desgaste que isto traz aos equipamentos, este tipo de inconformidade deve

ser percebido bem antes de entrarmos em tal área.

Por estas poucas linhas podemos ver a importância da qualidade na

matéria prima a ser transportada, e os impactos das impurezas resultantes

das operações de colheita e transporte sobre a qualidade da matéria prima,

até porque diz Osvaldo Alonso: “Transportar impurezas, quaisquer que sejam

seus índices mostra-se antieconômico.

Page 26: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

CAPÍTULO III

PERDAS NOS PROCESSOS DE COLHEITA E TRANSPORTE

As mudanças e inovações tecnológicas trouxeram uma maior

produtividade, a demanda por MP aumentou significativamente nestes últimos

anos, trazendo a necessidade do desenvolvimento de máquinas que fizessem

o trabalho do trabalhador rural, e graças às muitas pesquisas chegamos aos

modelos de colhedoras que temos atualmente, mas com as crescentes

inovações tecnológicas, surge também no contexto a necessidade de

profissionais altamente capacitados para operação e manutenção destes

equipamentos.

A Case lançou em comemoração a produção lanço uma página com o

histórico da evolução mecânico-tecnológica das colhedoras disponível em

http://www.caseih.com.br/colhedora/Brasil/index.html. Onde você pode ter a

oportunidade de visualizar o árduo trabalho para que se desenvolvessem

colhedoras como as que existem hoje no mercado.

Juntamente com a colheita mecanizada que, além de aumentar a entrega

de MP na indústria reduz significativamente os custos de colheita, vieram as

conseqüências; Algumas podem e devem ser evitadas, outras porém fogem

ao nosso controle. Podemos dizer que como conseqüência da colheita

mecanizada, houve um aumento nas perdas no processo de colheita.

As percas que podem e devem ser evitadas são aquelas relacionadas à

operação correta de equipamentos, e ao preparo do solo e planejamento da

lavoura, hoje o maior responsável pelas perdas é o mau planejamento do

preparo de solo da área a ser colhida mecanicamente.

Como é sabido, existe uma perda mínima no processo de colheita

mecanizada, mínima pelo motivo de mesmo seguindo todos os procedimentos

corretos a colhedora tem uma percentagem de perda aceitável. Acredita-se

que entre 1 e 2% de perdas é o normal, se seguido todos os procedimentos

operacionais e de preparo de solo, contudo é difícil (porém não impossível) a

Page 27: Logística na Agroindústria Sucroalcooleira Logistics on-Alcohol Agribusiness

excelência na operação dos equipamentos, além do preparo de solo, que no

caso de colheita mecanizada, deve ser minucioso, levando em conta todos os

fatores do terreno. De acordo com medições feitas pelo CTC (Centro de

Tecnologia Canavieira). 10% da matéria-prima colhida é perdida no campo

quando o corte é mecanizado, representando prejuízo da ordem de US$ 450

milhões por ano (MAGALHÃES et al., 2006). Através destes números vemos

a necessidade de desenvolver programas de aperfeiçoamento dos

operadores, e questionar o preparo do solo, a declividade, as curvas de

níveis, pois atualmente no mercado, há tendências de se deixar a colheita por

parte de empresas terceirizadas que colhem e transportam a cana, e são

remuneradas em cima de produtividade, impurezas minerais e vegetais e

outros fatores pré estabelecidos em contrato, contudo antes de se arriscar em

uma aventura, a empresa terceirizada deve antes de tudo conhecer a área a

ser colhida e analisar se é viável a colheita mecânica na área, pois por

experiência própria, já vivenciei ambientes onde Jamais! De maneira alguma

iria colocar uma colhedora minha; isto faz com que as empresas tenham

prejuízos anuais altos, ou não alcance o lucro planejado para a safra.

O CTC tem por padrão a tabela acima descrita, porém cada empresa

adota metas pré estabelecidas no planejamento de safra.

A perdas da colheita que levaremos em conta neste trabalho são as

perdas visíveis, pois estão associadas à:

Variedade: influencia na produtividade, tombamento,teor de fibra

entre outros fatores.

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Preparação da Área: padronização do espaçamento entre linhas,

comprimento da área, sistematização do plantio, depressões e

torrões, quebras de lombo, qualidade de cultivo e sulcos causados

por erosão em locais em que não houve um eficaz planejamento e

preparo do solo.

Situação dos Equipamentos da Colhedora: Tipo de lâminas do

corte de base, sincronização dos facões picadores, faquinhas

cegas, dentre outros fatores.

Mas o que tem isto a ver com logística? Imagine que você saia de são

Paulo e vá para o Amazonas para buscar um carregamento de processadores

de computador Quad Core, chegando ao destino você é carregado e no

carregamento os funcionários deixam cair 8 processadores; “vocês sabem o

quanto a nova geração de processadores é pequena” no caminho cai mais

uns 5 processadores, e assim por diante. Tenho certeza que você deve estar

se questionando se eu sou louco! Jamais alguém deixaria isto acontecer! Pois

é, e por que teria que ser diferente com a Cana-de-açúcar? A cana necessita

ser colhida e deve ser levada ao local de produção, da mesma maneira que

não se deve transportar impurezas para a indústria, não se deve deixar

matéria prima na lavoura, jogada nos embarcadores ou mesmo nos

carreadores, mas uma vez coloco em primeiro lugar, acima do planejamento

de colheita está a manutenção, pois da mesma depende a redução de 1,5%±

0,3 nas perdas no processo de colheita, fazendo manutenções regulagens

adequada nos equipamentos, em segundo o que particularmente considero

essencial, o eficiente e eficaz preparo de solo pois, dele depende o bom

desempenho da colheita mecanizada.