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ANO 1 – Nº 2 Thierry Hertoghe Cientista belga confirma presença no II Congresso Latino-Americano da World Society of Anti-Aging Medicine Farmácias Magistrais Grupo Longevidade Saudável cria o selo Procem LS (Programa de Certificação das Farmácias Magistrais) Centro de Genomas® Laboratório especializado em testes de Biologia Molecular é novo parceiro dos médicos do GL Hormônios bioidênticos Prevenção e tratamento dos distúrbios associados ao envelhecimento do organismo

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A Revista Longevidade em Foco tem direção científica do Dr. Ítalo Rachid. Acompanhe as novidades dessa edição e visite o website do Grupo Longevidade Saudável: www.longevidadesaudavel.com.br

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ANO 1 – Nº 2

Thierry HertogheCientista belga confi rma

presença no II Congresso Latino-Americano da World

Society of Anti-Aging Medicine

Farmácias MagistraisGrupo Longevidade Saudável cria o selo Procem LS (Programa de Certifi cação das Farmácias Magistrais)

Centro de Genomas®Laboratório especializado em

testes de Biologia Molecular é novo parceiro dos médicos do GL

Hormônios bioidênticos Prevenção e tratamento dos

distúrbios associados ao envelhecimento do organismo

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Expediente

Sumário

Editorial

Pág. 4Turismo - Um oásis dedicado ao relaxamento

Pág. 6Fitness - Uma corrida pela saúde

Pág. 8Entrevista: Thierry Hertogue - Medicina da Longevidade vai crescer cada vez mais

Pág. 10Saúde - Hormônios bioidênticos: benefícios para o organismo

Pág. 12Entrevista: Arnoldo Velloso - Magnésio: mineral essencial para a saúde

Pág. 14Capa - As Farmácias magistrais ganham selo de certificação para aperfeiçoamento de processos

Pág. 16Nutrição - Vitamina D, com “D” de determinante

Pág. 18Carreira - Você está trabalhando mais e ganhando menos?

Pág. 20Detox - Fígado: um “herói” na purificação do organismo

Pág. 22Parceria - Medicina preventiva e personalizada a partir da pesquisa genética

Pág. 24Educação - Modulação hormonal reverte efeitos da osteoporose

Pág. 25Agende-se - Curso Endocrinologia da Obesidade: proposta inovadora que observa a doença pela ótica da fisiologia

Pág. 26Agende-se - Pós-graduação em Ciência Anti-Aging e Longevidade Humana

Redação, Edição e Programação Visual: SB Comunicação (www.sbcomunicacao.com.br) I Jornalista Responsável: Simone Beja Publicação oficial do Grupo Longevidade Saudável: Av. Washington Soares, 855/612, Edson Queiroz, CEP: 60811-341, Fortaleza – CE. Tels.: 0800 0011223 / (55) (85) 3246 2126 I Diretor Científico: Dr. Ítalo Rachid I Diretora de Marketing: Polliana Rachid I Diretora Administrativo-Financeira: Tatiana Mota I Diretor Comercial: Carlos Avellar.

Mais um passo na busca pela qualidade dos serviços oferecidos pelo grupo Longevidade Saudável. Com o objetivo de reforçar, complementar e expandir a segurança na manipulação dos hormônios bioidênticos prescritos aos clientes dos médicos que fazem parte do Grupo Longevidade Saudável, foi criado o Procem LS, Programa de Certificação das Farmácias Magistrais. Duas unidades já foram certificadas e outras se encontram em fase de acreditação. A iniciativa inclui o monitoramento e aperfeiçoamento de processos em farmácias magistrais. Em razão de sua relevância, o tema ganha destaque nesta segunda edição da revista Longevidade em Foco, que agora circula com 28 páginas.

Outro assunto abordado nesta edição são os benefícios dos hormônios bioidênticos para o organismo. Embora já tenha ocupado espaço em jornais e revistas de diferentes pontos do país e por diversas vezes, o tema ainda gera dúvidas sobre as vantagens desses hormônios, principalmente para o público leigo, que não conhece os conceitos da Medicina da Longevidade. Afinal, o que são e que benefícios trazem para nosso organismo os hormônios bioidênticos?

Com a proximidade do II Congresso Latino-Americano da World Society of Anti-Aging Medicine (Wosaam), que ocorre em outubro, em São Paulo, aproveitamos para entrevistar aquele que será um dos destaques do evento: o médico e cientista belga Thierry Hertogue. Em entrevista exclusiva para a revista Longevidade em Foco, o pesquisador, que esteve no I Congresso da Wosaam, realizado no ano passado, também em São Paulo, fala da sua aposta em torno do crescimento da Medicina da Longevidade no país e no mundo. Ele trará para o II Congresso Latino-Americano da World Society of Anti-Aging Medicine um seminário sobre terapia hormonal como forma de tratar problemas como hipotrofia de próstata.

Outros assuntos completam essa edição da revista, entre eles a parceria entre o Grupo Longevidade Saudável e o Centro de Genomas® CATG – Central de Atendimento Genético, um dos mais respeitados laboratórios especializados em testes de Biologia Molecular, e a importância da modulação bioidêntica para combater a osteoporose.

Boa leitura!

Abraço a todos,

Ítalo Rachid

www.longevidadesaudavel.com.br

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| Revista Longevidade em FocoPág 4

Turis

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Viajar é sempre muito bom. Disso ninguém tem dú-vida. Agora, viajar para um spa localizado em um lugar paradisíaco e, de quebra, ter inúmeras possibilidades de terapia para restabelecer o equilíbrio do corpo é unir o útil ao agradável. Esse é o conceito que rege o surgi-mento de vários estabelecimentos do gênero em todo o Brasil, entre eles o Satsanga Spa, construído dentro do Hotel Vila Galé, na Praia do Cumbuco, no litoral do Ceará, a 35 km de Fortaleza, que traz uma proposta holística, baseada em técnicas e na fi losofi a orientais.

Um oásis dedicado ao relaxamentoLocalizado no litoral cearense, o Satsanga Spa alia diferentes técnicas em prol do envelhecimento saudável.

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De acordo com o geriatra e médico do exercício Mar-cus Castelar Maia (CREMECE 10679), diretor clínico do local, o diferencial do Satsanga Spa Médico está em perceber o hóspede como um ser humano completo, usando os cinco sentidos para despertar a mudança contida no próprio cliente. Tal percepção vem ao encon-tro de muitos dos conceitos aplicados na Medicina da Longevidade, especialmente no que diz respeito à redu-ção do estresse e a uma alimentação mais equilibrada.

“A busca é para desencadear a mudança de atitude

Apesar de adotar técnicas de

relaxamento, como a massagem, o

Satsanga Spa tem como proposta mudar

o estilo de vida de seus clientes

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que todos nós temos que ter. Todas as terapias (em-pregadas no spa) foram discutidas, desde a técnica de execução até a temperatura, a iluminação e o aroma do ambiente, passando ainda pela cordialidade dos tera-peutas”, conta o Dr. Marcus Maia.

Com tais cuidados, logo em seu primeiro ano de fun-cionamento, o Satsanga, classifi cado como um centro de longevidade e vitalidade, já teve o reconhecimento do prêmio Guia Quatro Rodas como O Melhor Spa em Hotéis do Brasil em 2012. O reconhecimento não foi por acaso. As massagens realizadas no Satsanga têm padrão internacional e foram trazidas por uma terapeu-ta que trabalhou durante 16 anos nos melhores spas da Europa. Segundo o Dr. Marcus Maia, os profi ssionais coordenados por ele aliam o conhecimento técnico e científi co da medicina à fi sioterapia para fundamentar todos os movimentos, a fi m de trazer um benefício real para a saúde do corpo e da mente do cliente.

AmbienteTodo o ambiente e a sequência de banhos calor-frio

são discutidos. Ainda existe a possibilidade de acupun-tura, osteopatia e alongamento para a melhoria das do-res. O ambiente praiano e as terapias à beira-mar per-mitem um contato com a natureza e, inevitavelmente, com a essência da pessoa, possibilitando mudanças. O spa não tem o objetivo único de relaxamento, mas de permitir uma mudança no estilo de vida, através dos conceitos do próprio cliente, para torná-lo mais saudá-vel e agradável”, esclarece Dr. Maia.

Com dois anos de funcionamento, atualmente, o Sat-sanga recebe cerca de 350 clientes por mês, originá-rios, principalmente, da Região Sudeste do Brasil, dos Estados Unidos e da Europa, em razão de o spa fazer parte de um grupo português, além, é claro, do público local. Em comum, esses pacientes chegam com o dese-jo de reduzir o estresse, repousar e relaxar.

“Assim como todos os nossos procedimentos, inves-tir em um relaxamento saudável e revigorante envolve planejamento e qualidade técnica. Relaxar não é ape-nas sentar-se no sofá, mas reenergizar-se, fortalecer o estado emocional, permitir o autocontrole e investir nele. O estresse é considerado pela medicina um fator pró-infl amatório permanente, sendo um desencadeador de eventos cardíacos e neurológicos como o AVC e o infarto do miocárdio”, explica Dr. Marcus Maia.

Procedimentos como o tratamento facial ajudam a reenergizar o paciente, fortalecem seu estado emocional e contribuem para a redução do estresse

Foto: Divulgação

ConceitoNão é à toa que a medicina aplicada no Satsanga

está alinhada aos conceitos do envelhecimento sau-dável. De acordo com o Dr. Marcus Maia, no spa, o treinamento físico reabilita o corpo e propõe uma nova forma de viver, com novos movimentos, autonomia e independência. A nutrição ensina como se alimentar, melhorando a digestão e aumentando a hidratação, o que reduz os radicais livres, que aceleram o envelhe-cimento.

Ainda segundo o Dr. Maia, mais do que uma ten-dência, o turismo médico desse tipo é uma mudança mundial, com um perceptível crescimento no número de alianças entre hospitais e estruturas de lazer, o que denota uma mudança de atitude das pessoas. “O tempo é algo precioso hoje em dia. O investimento em saúde e lazer pode e deve ser realizado ao mesmo tempo. O mo-mento do relaxamento é quando estaremos mais aptos a receber as mudanças e executá-las”, acredita Dr. Maia.

“O spa não tem o objetivo único de relaxamento, mas de

permitir uma mudança no estilo de vida do cliente, para torná-lo

mais saudável”

“O spa não tem o objetivo único de relaxamento, mas de

permitir uma mudança no estilo de vida do cliente, para torná-lo

mais saudável”

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Cada etapa do circuito é também uma oportunidade de divulgação do Movimento Conviva, que tem como obje-tivo incentivar a convivência harmoniosa entre pedestres, veículos automotores e bicicletas no trânsito.

“A bicicleta, além de um equipamento de lazer, é tam-bém um meio de transporte. Sua boa convivência com os veículos é fundamental para que seu uso seja incen-tivado e cresça, o que é uma ação alinhada à ideia de longevidade”, avalia Nogueira.

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Não é de hoje que caminhadas e corridas são ativi-dades apontadas como efi cazes armas contra um dos maiores vilões da vida moderna: o sedentarismo. Para incentivar a prática da corrida e da caminhada, algumas iniciativas promovem eventos e reúnem atletas profi ssio-nais e amadores, a fi m de movimentar o corpo e divulgar os benefícios dos exercícios físicos para a saúde.

É o caso do Circuito da Longevidade Bradesco Seguros. Desde 2007, o evento percorre, anualmente, várias cidades do país, nas quais são realizadas caminhadas, corridas e outras ações, no sentido de incentivar a prática esportiva.

Desde o seu surgimento, o evento já reuniu mais de 160 mil pessoas e, este ano, vai passar por 14 cidades brasileiras. “O circuito gera movimento na cidade. A cada ano, nós trazemos novidades, a fim de atrair mais participantes. É uma prova muito reconhecida no Brasil”, conta Alexandre Nogueira, diretor do Gru-po Bradesco Seguros.

Uma corrida pela saúdeCircuito da Longevidade Bradesco Seguros promove o tema em diversas cidades do país.

“Associar nossa marca à ideia de longevidade faz todo o sentido dentro dos objetivos do

Grupo”

“Associar nossa marca à ideia de longevidade faz todo o sentido dentro dos objetivos do

Grupo”

Alexandre Nogueira, diretor do Grupo Bradesco Seguros

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A ATIVIDADE FÍSICA EM PROL

DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Os efeitos da prática da caminhada ou da corrida regularmente são inúmeros. Entre eles estão a redução da massa gorda corporal (uma pessoa de 70 kg queima cerca de 450 calorias a cada hora de corrida), o aumento da capacidade cardiorrespiratória e a melhora do sistema circulatório, com o aumento da entrada de oxigênio nos tecidos e a otimização da função dos órgãos.

Tais atividades físicas melhoram também o controle da pressão arterial, por causa da maior elasticidade dos vasos sanguíneos; previnem contra a osteoporose, já que estimulam a formação de massa óssea; melhoram o sono; previnem contra o diabetes, uma vez que as taxas de glicose caem e as células se tornam mais sensíveis à insulina; além do controle do estresse, com a estabilização do hormônio cortisol e a liberação de endorfi na.

“O organismo, ao realizar a atividade física, aumenta sua demanda de oxigênio nos músculos, usando mais nutrientes e acelerando os processos metabólicos. Corretamente praticada, essa forma de atividade física é uma grande aliada para a manutenção da saúde”, garante o ortopedista e traumatologista Marcos Scholz (CRM-PR 18408 e CRM-SC 12082).

Ainda segundo o médico, a prática regular da caminhada ou corrida contribui para o aumento da qualidade de vida, uma vez que mantém a reserva funcional do organismo em seu patamar mais elevado. “Esse é o mecanismo pelo qual nos adaptamos às sobrecargas funcionais (resposta do músculo a uma solicitação do organismo). Isso, juntamente com a manutenção de ótimos níveis hormonais e a uma alimentação equilibrada, faz com que tenhamos um envelhecimento o mais saudável possível”, assegura Dr. Scholz.

A estrutura oferecida aos participantes do evento é de primeira. Além de orientação sobre como se preparar para a prova, a presença de ambulâncias e equipes mé-dicas de plantão garante a segurança dos atletas que, em algumas etapas, ainda passam por uma avaliação de saúde. Ao mesmo tempo, durante o percurso, um locutor auxilia os participantes com informações, os tempos dos atletas são controlados por chip e algumas provas são transmitidas ao vivo pela internet.

Os critérios para a escolha das cidades que recebem as etapas do circuito variam. No interior, por exemplo, são contempladas localidades em que não há ações semelhantes. Já as capitais foram incluídas por serem cidades em que há grande demanda de participantes. Sempre com o apoio das prefeituras.

“Nós já atingimos números interessantes, mas que-remos trazer inovações para a prova, melhorar a comuni-cação, com transmissão pela web, por exemplo, sempre pensando em atrair novos participantes. Este é o nosso desafi o: mais qualidade para envolver mais participan-tes”, diz o executivo.

Para Nogueira, hábitos como a prática de atividade física e uma alimentação equilibrada e saudável fazem parte do rol de ações em prol da qualidade de vida das pessoas.

Ele lembra, no entanto, que, sozinho, o circuito não é sufi ciente. Mas a iniciativa promove a cultura da prá-tica esportiva e a discussão sobre o tema, bem como a refl exão de que isso é importante para a promoção da longevidade. “Associar nossa marca a essa ideia é fun-damental, faz todo o sentido dentro de nossos objetivos de contribuir para a sociedade”, destaca.

Outras ações do Grupo Bradesco Seguros visando à longevidade incluem o programa Porteiro Amigo do Idoso; a parceria com o projeto Ciclofaixa de Lazer, em São Pau-lo; o incentivo ao World Bike Tour e o Fórum da Longevida-de, encontro anual que reúne apresentações e debates de profi ssionais envolvidos com o tema.

Dicas para quem quer participar do Circuito da Longevidade Bradesco Seguros• Mantenha-se hidratado.• Boa postura ao caminhar é fundamental – o tronco

deve estar ereto, a cabeça deve estar sempre na posição vertical, com o queixo paralelo ao chão. O abdome deve estar ligeiramente contraído. Outra dica é manter os ombros relaxados.

• Tênis adequados são muito importantes. O calçado deve ser confortável, de tecido leve e arejado, com a parte da sola um pouco mais alta no calcanhar e, se possível, com amortecimento. Em caso de dúvida, consulte um ortopedista. Tênis inadequados podem causar problemas na coluna e nos pés.

• Caminhar não é correr. Ao sentir-se ofegante,

recomenda-se diminuir a velocidade das passadas. A capacidade física varia de pessoa para pessoa. Respeite seus limites.

• É recomendado consultar um médico antes de iniciar qualquer tipo de atividade física.

• Pense no seu momento de caminhada como um mundo à parte. Evite conversar e concentre-se na atividade e nos benefícios que ela trará. É importante a consciência do próprio corpo e da respiração durante a prática, num exercício paralelo de concentração.

melhoram também o controle da pressão arterial, por causa da maior elasticidade dos vasos sanguíneos; previnem contra a osteoporose, já que estimulam a formação de massa óssea; melhoram o sono; previnem contra o diabetes, uma vez que as taxas de glicose caem e as células se tornam mais sensíveis à insulina; além do controle do estresse, com a estabilização

atividade física, aumenta sua demanda de oxigênio nos músculos, usando mais

metabólicos. Corretamente praticada, essa forma de atividade física é uma grande

garante o ortopedista e traumatologista Marcos Scholz (CRM-PR 18408 e CRM-SC

regular da caminhada ou corrida contribui

uma vez que mantém a reserva funcional do organismo em seu patamar mais elevado. “Esse é o mecanismo pelo qual nos adaptamos às sobrecargas funcionais (resposta do músculo a uma solicitação do organismo). Isso, juntamente com a manutenção de ótimos níveis hormonais e a uma alimentação equilibrada, faz com que tenhamos um envelhecimento o mais saudável

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“Medicina da Longevidade vai crescer cada vez mais”

Entre as autoridades internacionais em Medicina da Longevidade que estarão no II Congresso Latino-Ameri-cano da World Society of Anti-Aging Medicine (Wosaam), que será realizado em outubro, em São Paulo, um dos destaques será o médico e cientista belga Thierry Herto-ghe. O pesquisador, que esteve presente ao I Congresso da Wosaam, no Brasil, em 2011, é mundialmente conhe-cido por dar embasamento científi co aos conceitos de-fendidos por essa abordagem da medicina.

Ex-presidente da Wosaam e detentor de diversos tí-tulos ligados à área, Dr. Thierry Hertoghe é autor dos li-vros A Solução Hormonal, DHEA: O Hormônio de uma Vida Melhor, e Mantenha-se Jovem, além do guia médico The Hormone Handbook. Seus estudos abrangem terapias hormonais, melatonina, DHEA, hormônio do crescimento e cortisol. Em entrevista exclusiva à revista Longevidade em Foco, ele adianta o que vai apresentar no Brasil em outubro e aponta o futuro da Medicina da Longevidade no mundo, entre outros assuntos.

Longevidade em Foco – Que avaliação você faz do I Congresso Latino-Americano da World Society of Anti--Aging Medicine?

Dr. Thierry Hertoghe – O congresso foi um sucesso. Houve temas fascinantes, informações de ponta, incluin-do algumas importantes, de caráter científi co sobre como reverter o envelhecimento, bons oradores internacionais e um bom público.

Que temas você trará para o II Congresso Latino-Ame-ricano da World Society of Anti-Aging Medicine?

Terei um seminário sobre a terapia hormonal como a única forma de tratar ou diminuir problemas como hipotro-fi a de próstata, tamanho dos órgãos genitais, seios exces-sivos, desempenho esportivo, calvície, fertilidade, aumento da mama, cistos ovarianos, endometriose, miomas, incon-tinência urinária e distúrbios no ciclo menstrual, assim

como todos os aspectos da sexualidade masculina e femi-nina (libido, sensibilidade sexual, aumento do orgasmo e função erétil). Também falarei sobre a testosterona como forma de reverter a calvície masculina, os efeitos do IGF-1 sobre os cabelos, defi ciências de testosterona em ho-mens, terapia com hormônio do crescimento e IGF-1 para reverter a perda muscular e de pele, ação terapêutica de longo prazo com insulina e a reversão do envelhecimento, além do tratamento de mulheres depois de um câncer de mama com estrógenos e progesterona.

Atualmente, quais são os temas mais comuns nos estudos que comprovam a efi cácia dos hormônios bioi-dênticos e onde são publicados?

Novos estudos científi cos sobre hormônios bioidên-ticos, do hormônio do crescimento ao IGF-1, passando pela testosterona pelos hormônios femininos, são os mais abundantes. Em sua maioria, são publicados por cientistas nos Estados Unidos.

Você defende a reposição de hormônio do crescimento em adultos contra os efeitos do envelhecimento. Quais são os benefícios desse tratamento e quando ele é indicado?

Terapia com hormônio do crescimento torna o cabelo e a pele mais espessos; melhora a hidratação da pele; reduz as rugas de grandes dimensões; torna o rosto mais fi rme (reduz a fl acidez das bochechas); aumenta o volume dos músculos, especialmente nos ombros, costas, nádegas e coxas; reduz a gordura, especialmente a abdominal, e a celulite; melhora a energia, eliminando a exaustão; reduz a ansiedade; melhora o sono e a concentração. Em geral, a terapia hormonal benefi cia o envelhecimento saudável e a qualidade de vida.

Você é a favor de tratar fetos com defi ciência hormo-nal. O que causa distúrbios hormonais em fetos? O que há de mais moderno no tratamento hormonal desses bebês?

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“Medicina da Longevidade vai crescer cada vez mais”

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A maioria das defi ciências hormonais em fetos se dá em razão de defi ciências hormonais ou de uma dieta ina-dequada (muito baixa em proteínas e com excesso de car-boidratos ruins) da mãe. Uma triagem cuidadosa da mãe em busca de defi ciências hormonais, bem como um trata-mento com hormônio do crescimento durante a gravidez e uma dieta rica em proteína e à base de alimentos orgâni-cos, pode ajudar o bebê a ter um futuro hormonal melhor. A maior novidade é o tratamento de mulheres grávidas com hormônio do crescimento (para melhorar a função da placenta e evitar as estrias) e DHEA (para melhorar a ma-turação e a abertura do colo do útero no fi nal da gravidez).

Problemas hormonais também causam envelhecimen-to precoce em crianças e adolescentes. Quais são as manifestações físicas desse envelhecimento precoce? Quais as indicações de tratamento com reposição hormonal nessa faixa etária?

A defi ciência do hormônio do crescimento em crianças proporciona o aumento da massa gorda e a diminuição do desenvolvimento muscular. Se a ausência é total, como na defi ciência do hormônio do crescimento genética não isolada, a criança vai ter músculos pobres e morrerá entre 19 e 34 anos mais cedo do que um irmão que não tenha o gene defi ciente, o que é uma prova de que a defi ciência de hormônio do crescimento causa envelhecimento e mor-te precoces. Qualquer criança com essa defi ciência deve ser tratada com terapia hormonal sempre que a correção de uma dieta inadequada e de defi ciências nutricionais não seja sufi ciente. Caso contrário, os resultados escola-res, o crescimento, a estatura e a saúde, a longo prazo, podem ser afetados. Defi ciências hormonais em crianças são mais frequentes do que se pensa e os médicos muitas vezes hesitam em tratá-las com reposição hormonal.

Você prega a reposição com hormônios bioidênticos

em mulheres na menopausa e pré-menopausa. Em que casos essa terapia não é indicada?

Quase todas as mulheres jovens e idosas com defi ciên-cia de hormônios sexuais devem ser tratadas com suple-mentos hormonais femininos para o equilíbrio da saúde. A aparência física e a longevidade são otimizadas e, se a terapia hormonal é equilibrada com dieta adequada, o risco de câncer e outras doenças relacionadas à idade é reduzido.

Mais do que um pesquisador da área, você é um divul-gador da Medicina da Longevidade. Como observa o avanço dessa prática médica no mundo e no Brasil?

Essa medicina vai crescer cada vez mais. O que vai acelerar seu crescimento será a criação de cursos acadê-mico-científi cos sobre Medicina da Longevidade. No Brasil, como no resto do mundo, médicos e cientistas pioneiros se antecipam aos demais e lideram a área. Meu desejo é que a atitude científi ca e a abertura de muitos médi-cos brasileiros que praticam Medicina da Longevidade os transformem em futuras autoridades e em novos profes-sores da área, verdadeiros líderes dessa nova medicina.

Em muitos lugares, a Medicina da Longevidade ainda encontra resistência de alguns setores da medicina tradicional. Por que isso acontece? Como mudar esse quadro?

Como os avanços desse tipo de medicina são mais rá-pidos do que a sua aceitação geral e o uso pela maioria dos médicos, sempre haverá algumas polêmicas, que sur-gem diante de qualquer pioneirismo, sempre questionados e combatidos. Isso é normal e saudável, pois pressionam os médicos que praticam a Medicina da Longevidade a tra-balharem cada vez melhor e a atualizar a ciência. Quanto mais essa medicina fi zer parte das universidades, mais ela será aceita.

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Saúd

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Hormônios bioidênticos: benefícios para o organismo

O tema tem sido recorrentemente visto em jornais e revistas, mas, apesar disso, muitos ainda tem dúvidas sobre as vantagens dos hormônios bioidênticos. Afi nal, o que são e que benefícios trazem para nosso organis-mo? “Os hormônios bioidênticos são assim chamados porque são semelhantes aos hormônios endógenos, ou seja, aqueles produzidos pelo organismo humano. Essa técnica vem sendo empregada na medicina há cerca de 25 anos e é uma das pilastras que podem auxiliar a prevenção e o tratamento dos distúrbios associadas ao envelhecimento”, explica o médico e diretor científi co do Grupo Longevidade Saudável, Ítalo Rachid (Cremesp 114612).

Ele lembra que o processo de produção de hormônios no organismo começa a cair entre os 25 e os 30 anos. Por isso, o recomendado é a realização de avaliações periódicas dos níveis hormonais, já a partir dessa idade.

“Os hormônios são como mensageiros enviados pelas glândulas para controlar as funções celulares, para que se man-tenham vivas e se comuniquem ade-quadamente entre si. Assim, eles são responsáveis por regular o crescimen-to, o metabolismo e o desenvolvimento

do organismo, além de contro-lar as funções de muitos te-cidos e atuar nas funções reprodutivas. E a queda da produção hormonal resulta em fenômenos degenera-tivos ao longo do enve-

lhecimento. A modulação hormonal tem esse objetivo: permitir a continuidade dos processos de reparação e restauração celular”, conta.

Dr. Rachid explica que o termo bioidêntico refere-se a uma substância cuja estrutura molecular é exatamente idêntica à dos equivalentes produzidos pelo nosso pró-prio organismo.

“Ao contrário da reposição hormonal, em que a pro-posta é apenas repor os hormônios que estão com ní-veis baixos, colocando-os em um nível compatível com a idade, na modulação hormonal, a suplementação é feita com hormônios bioidênticos e outros nutrientes, como aminoácidos, vitaminas e antioxidantes. O objetivo des-se método é que o organismo atinja níveis hormonais compatíveis com aqueles de adultos jovens e saudáveis na faixa etária compreendida entre 25 e 30 anos”, co-menta o médico.

De acordo com ele, cada hormônio tem um receptor específi co no organismo, o que pode ser comparado a cada fechadura ter sua chave específi ca para ser aber-ta. E é isso o que os hormônios bioidênticos permitem: abrir a porta de modo fi siológico, porque exercem função semelhante à do hormônio endógeno e, se usados de forma correta, de acordo com indicações clínicas, pro-tocolos e guidelines específi cos, são bastante seguros.

“A atividade de cada hormônio é determinada, em parte, pela sua estrutura química, que possibilita sua li-

“O objetivo da modulação hormonal é que o organismo atinja níveis hormonais compatíveis com

adultos jovens e saudáveis na faixa etária compreendida entre

25 e 30 anos”

“O objetivo da modulação hormonal é que o organismo atinja níveis hormonais compatíveis com

adultos jovens e saudáveis na faixa etária compreendida entre

25 e 30 anos”

Ítalo Rachid, médico e diretor científi co do Grupo Longevidade Saudável

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gação ao sítio de ação específi co dentro do organismo. Quando usamos substâncias quimicamente diferentes, a ligação fi ca prejudicada e pode nem mesmo ocorrer, não exercendo o efeito esperado. Por outro lado, ao utili-zarmos hormônios quimicamente iguais aos do organis-mo humano, a chance de essa ligação ocorrer aumenta consideravelmente, bem como o efeito hormonal. Assim é possível devolver ao organismo a função do hormônio efetivamente carente”, diz Dr. Rachid.

Segundo ele, a redução dos hormônios não é decor-rência do envelhecimento, ao contrário: nós envelhece-mos porque os hormônios caem. E cada pessoa apre-senta um quadro singular de necessidades, em relação à quantidade de hormônios no organismo, independente-mente da idade ou do sexo. Em razão disso, cada pessoa deve ser vista e avaliada de forma individual.

“Modulação hormonal consiste em traçar, por meio de avaliações clínico-laboratoriais, o perfi l hormonal in-dividual do paciente, determinando, assim, as suas ne-cessidades hormonais. A partir dessa avaliação inicial, é elaborado um programa de reequilíbrio metabólico para cada paciente”, explica o médico.

Ele conta ainda que, a partir dessa avaliação inicial, é elaborado um programa de reequilíbrio metabólico para cada paciente. Como a melhor curva hormonal é aquela comparável à de adultos jovens e saudáveis, ou seja, pró-ximo dos 25 a 30 anos, para obter a resposta metabólica buscamos resgatar níveis hormonais compatíveis com a produzida nessa faixa etária. Dr. Rachid ressalta ainda que a modulação hormonal visa ao equilíbrio glandular de mulheres, homens e crianças, não importando a idade.

O médico deixa claro que modulação hormonal não tem a função de parar o tempo, mas pode atrasar o re-lógio biológico, reduzindo a velocidade com que envelhe-cemos, minimizando, dessa forma, as possibilidades de patologia. Isso porque o método permite repor as maté-rias-primas necessárias e indispensáveis ao equilíbrio do organismo. De acordo com ele, o que conhecemos como doença nada mais é do que a soma das carências gradu-ais, crônicas e cumulativas de matérias-primas básicas de que o corpo necessita para funcionar com perfeição.

Além dos hormônios bioidênticos, na modulação hormo-nal também são usadas substâncias que protegem contra a oxidação celular, que é o processo responsável pela inten-sifi cação dos processos catabólicos do envelhecimento. Dr. Rachid explica que os antioxidantes usados podem ser na-turais, como os encontrados em determinados alimentos. São usados ainda hormônios precursores e substâncias que estimulam o sistema nervoso, que ajudam a melhorar a circulação no cérebro. O resultado é uma memória saudá-vel e a melhora da disposição em geral.

Segundo o médico, os hormônios bioidênticos podem ser obtidos por meio de várias fontes, como da molé-

cula do colesterol, da molécula da preg-nenolona, do inhame mexicano e da tecnologia recombinante. Para ele, o importante é o grau de similaridade que os hormônios bioidênticos têm com o recep-tor celular específi co. “É isso que os diferencia dos hor-mônios convencionais”, esclarece.

Dr. Rachid lembra que a modulação hormonal foi tema de uma palestra ministrada por ele, durante o 45º Con-gresso de Ginecologia e Obste-trícia, em junho, em Brasília.

“Apresentamos aos parti-cipantes do congresso fatos que comprovam que se trata de uma prática médica ética e de boa qualidade. Que a modulação hormonal bioidêntica é praticada no mundo todo há quase 25 anos, por mais de 200 mil médicos, com resultados clínicos inquestionáveis e indiscutíveis. No Brasil, somos mais de 1,6 mil médicos, com qua-se 500 mil pacientes. Existe uma vasta base de trabalhos científi cos que com-provam sua efi cácia e superioridade clínica, quando com-parados aos hormônios convencionais”, comenta.

Em seu site, o Grupo Longevidade Saudável disponibiliza para médicos, pacientes e ao público em geral, artigos científi cos que comprovam a efi cácia e superioridade clínica da modulação hormonal bioidêntica.

O endereço na web, www.longevidadesaudavel.com.br, exibe ainda reportagens já feitas por diferentes veículos de comunicação (tanto jornais impressos e on-line, quanto revistas e programas de TV), com o objetivo de divulgar um pouco do conceito adotado pelos médicos que atuam com a Medicina da Longevidade no Brasil.

Informações disponíveis na internet

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Ele tem 83 anos e, em outubro de 2010, lançou o livro Magnésio – O Que Ele Pode Fazer por Você, com o objetivo de dividir com o público leigo e com outros médicos o conhecimento acumulado sobre o citado elemento quími-co. Com formação em Neurologia, Dr. Arnoldo Velloso da Costa (CRM-DF 211) começou a estudar a Medicina Or-tomolecular, especialmente a importância do magnésio no organismo, em 1979, depois de uma crise de saúde provocada pelo uso de um medicamento sintético.

Sua especialização sobre o tema é tamanha que, com o tempo, passou a ser conhecido como Dr. Magnésio. Em entrevista exclusiva à revista Longevidade em Foco, o médico explica melhor o papel do magnésio no corpo humano, justifi ca sua opção por esse objeto de estudo e associa o elemento químico que o apelida à qualidade de vida e ao envelhecimento saudável.

Longevidade em Foco – O senhor relaciona a alta incidência de alguns distúrbios de saúde no Brasil, como os cardíacos, à carência de magnésio no solo e na água do país. Essa afi rmação tem comprovação científi ca?

Dr. Arnoldo Velloso da Costa – Sim. O magnésio es-tabiliza 350 funções diferentes no corpo humano asso-ciadas a outros minerais, a proteínas, a enzimas... Ele é a essência da vida. E ele não é bem representado na ali-mentação, está mais presente na água. Em alguns locais do planeta, o solo é pobre em magnésio. É o caso da Fin-lândia. Já no Japão, o solo é rico, com uma boa relação entre magnésio e cálcio. Aqui no Brasil, 95% das pesso-as sofrem de carência de magnésio. Isso é causado não apenas pela falta desse elemento no solo e na água do país, mas pelo consumo em excesso de alimentos ricos em gordura, pelo consumo de álcool e porque as pessoas não comem alimentos ricos em magnésio, como nozes e amêndoas, o que também contribui para esse défi cit. Essa situação se agrava com a idade. Depois dos 65 anos, a pessoa fi ca desamparada e pode ter um infarto causado por um estresse. No Japão, isso não ocorre. O solo mais a base alimentar, ricos em cálcio e magnésio, fazem com que as pessoas tenham maior expectativa de vida.

De que maneira o magnésio atua no corpo humano e quais são as suas principais fi nalidades?

O magnésio é antioxidante, anti-infl amatório, ativa as enzimas, controla o sódio, o potássio e o cálcio, elementos que são controlados por bombas iônicas que dependem do magnésio. Ele também auxilia a defesa do organismo e ativa 350 enzimas. O Brasil tem poucos vulcões e, conse-quentemente, pouca água rica em magnésio. Nossa média é de 15 mg de magnésio por litro de água. O ideal é que se tenha entre 70 mg/l e 90 mg/l. Algumas empresas até já produzem água rica em magnésio e cálcio. Mas é im-portante destacar que o magnésio não é suprido pela ali-mentação. A pessoa que tenha carência desse elemento deve fazer uso de suplementos, na maior parte das vezes, produzidos em farmácias de manipulação.

Qual é, exatamente, a proposta terapêutica sugerida pelo senhor com relação ao uso do magnésio?

Basicamente, a reposição do magnésio ausente no or-ganismo através de suplementos ou por via intravenosa, dependendo do caso.

Existem alimentos ricos em magnésio? Se sim, quais são eles?

Existem, sim. Os principais são as amêndoas, nozes, chocolate, banana, alimentos calóricos e as folhas, em ge-ral.

Como é feita a reposição desse elemento em pessoas que sofrem com a sua carência?

Pode ser tanto por via oral, com suplementos, quan-to por via intravenosa ou por uma alimentação rica em magnésio. Ou ainda através de uma combinação dessas possibilidades.

Quais são as patologias mais comuns associadas à carência de magnésio no organismo?

A falta de magnésio acelera o envelhecimento, aumen-ta a tendência de morte súbita e amplia a propensão a problemas cardíacos, entre outros distúrbios.

O tratamento com reposição de magnésio é indicado para combater que patologias?

Em geral, patologias associadas ao diabetes e à pres-são alta. Em casos de desidratação, no entanto, é preciso corrigir antes. O atleta profi ssional, por exemplo, às vezes perde muito magnésio pelo suor, em razão do esforço in-tenso. Se você der cálcio a ele, isso agrava a perda de

Magnésio: um mineral essencial para o organismo

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Magnésio – O Que Ele Pode Fazer por Você, lançado em 2010 pelo médico Arnoldo Velloso da Costa

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magnésio e ele pode ter uma convulsão. A pessoa que pratica atividades físicas, geralmente, acha que não pre-cisa de suplementos, mas isso é um erro. Às vezes, a pessoa morre do coração por causa disso, pois precisa de uma reserva de magnésio. Nosso mecanismo de defesa atua só até os 55 anos, mantendo uma reser-va óssea de magnésio. Depois dessa idade, é preciso repor. Já existe, inclusive, um tipo de reposição que previne contra o mal de Alzheimer, impedindo a per-da de ligações nervosas.

O tratamento com magnésio pode ser ministrado a qualquer tipo de paciente ou há contraindicações?

Tudo tem contraindicação. No caso do magnésio, espe-cifi camente, se o rim do paciente estiver funcionando mal, é preciso haver o controle da dosagem. Caso contrário, a pessoa poderá dormir muito. É um efeito colateral, o que ocorre quando há qualquer excesso.

Desde quando o senhor se interessa pelo tema ‘mag-nésio’ e o que motivou esse interesse?

Eu sou neurologista, trabalhei durante muito tempo com tratamentos do crânio. Com o passar do tempo, re-solvi fazer um curso, na Alemanha, de Medicina Ortomo-lecular. Isso foi há mais de 30 anos. Desde então, passei a exercer esse tipo de medicina, baseada na nutrição. De-pois disso, entrei no Colégio Americano de Nutrição, onde estudei, e me liguei a pesquisadores de lá e da Alemanha. Há 34 anos, eu estudo o assunto. Tenho 83 anos, estou no meu último ato, por isso resolvi escrever um livro sobre o assunto, feito para o leigo e para o médico.

O senhor também argumenta que a água do Brasil, além de pobre em magnésio, está contaminada. Por quê?

Nossa água está contaminada com fl úor, uma substân-cia altamente corrosiva e tóxica. Sua presença agrava o défi cit de magnésio, produz calcifi cações patológicas, não previne cárie, como defende o Governo, provoca câncer e deteriora os ossos, entre outros problemas. As autoridades sanitárias fi zeram isso para prevenir a cárie, mas a presen-ça de fl úor na água não previne nada. Em países desenvol-vidos isso foi banido. A contaminação da água com fl úor está associada a câncer de bexiga, de tireoide, nos ossos, na boca e no fígado, entre outros.

De que maneira níveis equilibrados de magnésio no organismo contribuem para um envelhecimento mais saudá-vel?

A associação é clara. A maior prova é o Japão, que tem uma grande disponibilidade de magnésio. A maior longevidade é a do ja-ponês, que só morre quando acaba a pilha.

O magnésio é o melhor geriatra que existe. Ele ajuda a pessoa a envelhecer de forma mais lenta, uma vez que retarda os efeitos do envelhecimento, sem contar que ajuda a prevenir o diabetes. E ele faz parte do nosso corpo, e nós temos que ter esse elemento no corpo.

Quais são as novidades mais recentes sobre o assun-to? Existem outros médicos com pesquisas semelhan-tes?

No mundo inteiro, pesquisam sobre o magnésio. Alguns produtos permitem obtermos maior concentração de mag-nésio em pessoas de certa idade. Esses níveis mantêm os neurônios conectados e previnem contra o Alzheimer. Existem pesquisas avançadas especialmente na Itália e no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

Qual é a abordagem do seu livro, “Magnésio, e o que ele pode fazer por você”?

O livro foi lançado em 18 de outubro de 2010. Ele ex-põe esse estudo e fala de vitaminas que complementam o tratamento. Na verdade, o magnésio é o maestro da orquestra e as vitaminas são fi gurantes, fazem os acom-panhamentos. Sem o magnésio, há difi culdade de rege-neração das células, menos energia, insufi ciência cardí-aca, infarto, diabetes, pressão alta e outros distúrbios de saúde.

Atualmente, o senhor atua como neurologista ou se dedica à Medicina Ortomolecular?

Faço as duas coisas. Hoje, eu ainda sou um neurologis-ta, mas com mais recursos. Muitas vezes aplico suplemen-tos em vez de medicamentos sintéticos.

magnésio e ele pode ter uma convulsão. A pessoa que pratica atividades físicas, geralmente, acha que não pre-cisa de suplementos, mas isso é um erro. Às vezes, a pessoa morre do coração por causa disso, pois precisa de uma reserva de magnésio. Nosso mecanismo de defesa atua só até os 55 anos, mantendo uma reser-

a qualquer tipo de paciente ou há contraindicações?

De que maneira níveis equilibrados de magnésio no organismo contribuem para um envelhecimento mais saudá-vel?

A associação é clara. A maior prova é o Japão, que tem uma grande disponibilidade de magnésio. A maior longevidade é a do ja-ponês, que só morre quando acaba a pilha.

O magnésio é o melhor geriatra que existe.

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Capa

Oferecer maior garantia da qualidade e efi cácia dos produtos prescritos por médicos do Grupo Longevidade Saudável (LS). Esse é o objetivo do Procem LS, Programa de Certifi cação das Farmácias Magistrais para estabele-cimentos que manipulam os hormônios bioidênticos para pacientes que fazem a modulação hormonal. O progra-ma, de monitoramento e aperfeiçoamento de processos, foi lançado recentemente e já conta com duas unidades certifi cadas, enquanto outras estão em processo de cer-tifi cação. Embora as farmácias de manipulação já sigam legislações específi cas implementadas pela Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sejam fi scaliza-das pelas Vigilâncias Sanitárias Municipais e/ou Estaduais, o grupo decidiu criar um selo de qualidade próprio, para garantir os produtos consumidos pelos usuários da mo-dulação hormonal.

“Sempre trabalhamos com farmácias de manipulação com grande capacidade técnico-científi ca, que atuam de acordo com as regulamentações criadas pelas autorida-des sanitárias, mas decidimos reforçar, complementar e expandir a segurança na manipulação dos hormônios”, explica Ítalo Rachid (Cremesp 114612), médico e diretor científi co do Grupo Longevidade Saudável.

Segundo ele, o Procem LS é um programa contínuo, que tem como objetivo ajudar a aperfeiçoar ainda mais o setor farmacêutico magistral, proporcionando para os estabelecimentos ferramentas para gerenciar a garantia da qualidade de seus processos e serviços.

O diretor comercial Carlos Avellar, um dos responsá-veis pela criação do Procem LS, lembra que as farmácias magistrais são obrigadas a seguir rigorosamente as nor-mas criadas pelas autoridades sanitárias que defi nem os princípios éticos e de boas práticas da manipulação,

além de contarem com Certifi cado de Regularidade do Conselho Regional de Farmácia.

Outro exemplo da busca pela excelência é o alto nível de adesão dos estabelecimentos ao Sistema Nacional de Aperfeiçoamento Magistral (Sinamm), criado pela As-sociação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfar-mag). Trata-se de uma ferramenta de monitoramento que envolve temas como educação continuada, programa de auditorias e controle de qualidade, reunindo os requisi-tos de capacitação, padronização e melhoria de qualida-de das farmácias magistrais.

“O Procem LS chega para contribuir com o trabalho já realizado para garantir a qualidade dos produtos prepara-dos pelas farmácias magistrais, sendo uma iniciativa a mais nessa mesma direção”, diz Avellar. Ele lembra que os estabelecimentos certifi cados passarão igual-mente por auditorias, para verifi cação de conformidade com a legislação vigente e parâmetros estabelecidos pelo programa.

Ele comenta ainda que as farmácias magistrais certi-fi cadas pelo Procem LS usam matérias-primas analisa-das e aprovadas por laboratórios de controle de qualida-de independentes e centros de pesquisa universitários, o que permite que todas as etapas, desde a validação de matéria-prima e manipulação até os resultados do controle de qualidade, sejam cuidadosamente controla-das e registradas, permitindo rastrear todo o processo.

Avellar ressalta que, para a modulação hormonal bio-idêntica, é traçado o perfi l hormonal individual de cada paciente, por meio de amplas avaliações clínico-laborato-riais, para que possa ser elaborado, se e quando neces-sário, um programa de reequilíbrio metabólico de acordo com suas necessidades, o que exige que os médicos

Farmácias magistrais ganham selo de certifi cação

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ligados ao LS possam contar com farmácias que sigam rigorosamente os critérios técnicos, de qualidade e segu-rança no preparo das fórmulas.

De acordo com o diretor, outro ponto importante – e que consta dos critérios para certifi cação pelo Procem LS – é com relação à capacitação técnico-científi ca dos pro-fi ssionais que atuam nos estabelecimentos. “As equipes de farmacêuticos das farmácias precisam ser altamente qualifi cadas e preparadas, para atender às necessida-des dos usuários da modulação hormonal bioidêntica”, defi ne Avellar, que ressalta que o tópico que trata da questão da capacitação técnica e credibilidade científi ca contempla 11 itens, incluindo biotecnologia aplicada a nanofármacos.

Já a fase dois do processo de certifi cação conta com um tópico que prevê o acompanhamento do tratamento feito pelos clientes de médicos ligados ao LS que usam medicamentos manipulados.

A escolha dos fornecedores é outra questão prevista no programa de certifi cação de farmácias magistrais do Grupo Longevidade Saudável. Para o diretor comercial, o controle de qualidade dos estabelecimentos inclui a qualifi cação dos fornecedores de matérias-primas e ou-tros insumos, uma vez que, depois de transformados em medicamentos, é a farmácia que assume plena respon-sabilidade da qualidade do produto preparado perante o consumidor. “Escolher um fornecedor idôneo, criterioso e competente é importante para a garantia da qualidade do medicamento magistral e traz tranquilidade e seguran-ça para o paciente”, esclarece.

As duas farmácias magistrais já com selo Procem LS são a Evidence e a Artesanal. A primeira, com sede em Fortaleza, há 12 anos atua no mercado de antienve-lhecimento, sendo vinculada a centros universitários de pesquisa. Com mais de 260 colaboradores, a Artesanal conta com oito lojas em Goiânia, duas em Anápolis, uma em Aparecida de Goiânia e dois teleatendimentos (Goiânia e Anápolis), além de um moderno Centro de Pesquisa e Tecnologia Farmacêutica.

Já a Evidence conta em seu quadro de funcionários com farmacêuticos especializados em indústria farma-cêutica, manipulação magistral e cosmetologia, além de um avançado centro de manipulação de medicamentos e correlatos, já tendo inclusive realizado estudo científi co em seres humanos, com resultados publicados em peri-

• Contribuir de forma ética e responsável para o desenvolvimento ordenado de um modelo de saúde que visa à prevenção e à longevidade, a partir da demanda gerada em nossos programas de educação médica continuada.

• Envolver e buscar nesse processo grupos empresariais igualmente éticos e comprometidos com a saúde, o bem-estar e os benefícios dos clientes que buscam nesse modelo de prevenção um envelhecimento digno e mais saudável.

• Os resultados e as metas corporativas alcançadas serão a consequência natural de um trabalho sério e responsável, focado na segurança do paciente e que merecerá o retorno esperado e devido como em qualquer atividade empresarial desenvolvida.

Objetivos Principais do Procem LS

ódico de alto peso científi co. Encontram-se em processo de auditoria e certifi cação mais 7 empresas, as quais já realizaram investimentos de vulto visando adequarem-se aos critérios técnicos do Procem LS.

Mercado da farmácia magistral no Brasil

O volume de vendas de medicamentos manipulados nas farmácias magistrais vem crescendo a cada dia. De acordo com dados da Associação Nacional das Farmá-cias Magistrais (Anfarmag), as quase oito mil unidades registradas nos Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs) atendem, pelo menos, 60 milhões de pessoas por ano. Ainda segundo a associação, em torno de 100 mil profi s-sionais entre médicos e dentistas prescrevem, pelo me-nos uma vez por ano, uma fórmula para ser manipulada em uma farmácia magistral.

O setor no Brasil é considerado o maior mercado des-se segmento no mundo, apesar de atuar sob uma das le-gislações mais exigentes, quando comparada às normas determinadas pelas autoridades sanitárias de outros países. Além dos produtos e medicamentos habituais, são oferecidos os serviços de atenção farmacêutica, aplicação de injetáveis e pequenos curativos.

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Nut

rição

Vitamina D, com “D” de determinante

“Ela também vem sendo considerada uma vitamina anticâncer, principalmente quando administrada em do-ses mais elevadas. E tem a capacidade de modular os níveis de insulina produzidos pelo pâncreas, além de um papel importante de suporte no desenvolvimento e nas funções cerebrais”, enumera Juliana.

CérebroO cérebro, aliás, é um dos órgãos mais benefi ciados pela vitamina D, já que possui grande número de receptores para esse elemento. As ações bioquímicas do siste-ma nervoso ainda são objeto de muitos estudos. No entanto, já se sabe que a vitamina D pode reduzir a incidência de infl amação cerebral e reduzir quadros de depressão, ansiedade, ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, riscos de suicídio e outros dis-túrbios de comportamento originados por uma possível infl amação crônica do tecido cerebral.

Juliana alerta, porém, para os riscos de efeitos cola-terais. “Existem relatos de toxicidade de vitamina D pelo seu uso indiscriminado e excessivo, o que pode gerar perda do mecanismo de regulação urinária, aumento da taxa de fi ltração glomerular, hipercalciúria, calcinose, anorexia, náuseas, vômitos, hipertensão e encefalopatia hipertensiva”, adverte.

De todos os elementos necessários ao bom funcio-namento do corpo humano, um tem sido cada vez mais considerado um parente muito próximo dos hormônios, por sua atuação no organismo: a vitamina D. Agindo como um agente modulador, ela tem como grande fun-ção aumentar a absorção de cálcio intestinal a partir da radiação ultravioleta – processo que pode ser auxiliado por uma alimentação direcionada. Essa química traz inú-meros benefícios, alguns dos quais ainda estão sendo pesquisados.

Diretamente associada à exposição ao sol (20 minu-tos diários são sufi cientes), a produção de vitamina D no organismo pode e deve receber o auxílio de uma dieta adequada e da suplementação, cada vez mais usada, em razão de um estilo de vida em que as pessoas não to-mam sol ao longo do dia. De acordo com a nutricionista Juliana Rocha (CRN2 7615), que tem especialização em Nutrição Clínica, Prática Ortomolecular e Nutrição Espor-tiva, existem boas fontes alimentares ricas em vitamina D. “São ótimos exemplos os óleos de peixe, em especial o de fígado de bacalhau, gema de ovo, leite, manteiga, salmão, sardinha, atum, batata-doce e óleos vegetais”, indica.

Segundo a nutricionista, a vitamina D é necessá-ria em todos os ciclos da vida, desde o nascimento até a velhice. Para cada idade, existe uma recomen-dação, que pode variar dependendo do tratamen-to, da patologia ou da simples reposição. Entre as benesses promovidas por sua ação no or-ganismo estão o auxílio à integridade óssea, o aumento da função neuromuscular e a mo-dulação do sistema imunológico.

Similar a um hormônio, elemento atua como modulador no organismo.

| Revista Longevidade em Foco

“A vitamina D é considerada anticâncer, modula os níveis de

insulina produzidos pelo pâncreas e tem papel no desenvolvimento

e nas funções cerebrais”

“A vitamina D é considerada anticâncer, modula os níveis de

insulina produzidos pelo pâncreas e tem papel no desenvolvimento

e nas funções cerebrais”

Nutricionista Juliana Rocha (CRN 27615)

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Durante uma palestra, recebi uma pergunta muito interessante: “Trabalho cada vez mais e ganho menos. Não tenho mais tempo para mim, nem para a minha fa-mília ou para fazer aquilo de que gosto. Não tenho qua-lidade de vida. É possível reverter essa situação usando os conhecimentos de gestão e mercado?”.

Desde a Revolução do Cliente, em 1980, convivemos com clientes cada vez mais informados e exigentes. Eles aumentam os custos e reduzem a receita do seu consul-tório ou clínica. Isso tem impacto imediato na redução dos seus lucros.

Concorrência Global quer dizer que todos concorrem com todos pelo dinheiro do cliente. Médico não é concor-rente de médico. Dentista não é concorrente de dentis-ta. Fisioterapeuta não é concorrente de fi sioterapeuta. Quem concorre com médicos, dentistas e fi sioterapeutas são os Bens de Demanda Positiva, aqueles que esponta-neamente as pessoas querem ter. É o caso de um iPad, da nova HDTV, do Blu-Ray, de um segundo carro ou de viagens para a Disney, entre outros. O cliente gasta o dinheiro dele com os bens de demanda positiva e não tem dinheiro para cuidar da saúde. Isso reduz a receita e diminui o lucro de consultórios e clínicas.

Os fornecedores, que ampliam as suas ofertas – e nem sempre trazem retorno sobre o capital investido –,

Você está trabalhando mais e ganhando menos?

* Por: Roberto Caproni

aumentam os custos sem gerar receita adicional. Isso também reduz os lucros de consultórios e clínicas. Como o lucro está sendo reduzido pela ação dessas três for-ças, o profi ssional da saúde tem que trabalhar muito mais para manter seu padrão de vida. Isso reduz o seu tempo para a família e para fazer aquilo de que gosta, sacrifi cando sua qualidade de vida. Para reverter essa situação, basta anular essas três forças.

A força 1, clientes mais exigentes, pode ser anulada oferecendo excelência no atendimento ao cliente. O con-ceito de excelência no atendimento não é algo padroniza-do, mas varia conforme o público-alvo.

A força 2, concorrência global, pode ser anulada fa-zendo com que os clientes desejem mais os serviços da saúde do que os bens de demanda positiva. Como fazer isso? Tornando a saúde também um bem de demanda positiva. Essa mudança de percepção pode ser conse-guida com um programa efi caz de comunicação social.

Para anular a força 3, basta analisar, antes de com-prar novos equipamentos, o tempo de retorno do capital investido. É importante que o adicional de novos clientes atraídos pelo novo equipamento pague o investimento em até 24 meses.

(*) Roberto Caproni é graduado em Odontologia e Administração de Em-presas, pós-graduado em Marketing e Psicologia e ministra o curso MBA Compacto de Gestão e Mercado para Profi ssionais da Saúde.

Força 1: Clientes mais bem-informados e exigen-tes nas suas relações de troca.

Força 2: Concorrência global.

Força 3: Fornecedores de equipamentos e mate-riais para consultórios e clínicas.

Existem três forças que pressionam os lucros em todas as atividades humanas, incluindo o seu

consultório ou clínica:

Como anular as forças que reduzem o seu lucro, melhorando o seu resultado fi nanceiro, a qualidade de vida e o prestígio social.

“Com o lucro reduzido, o pro-fi ssional precisa trabalhar mais e

perde qualidade de vida”

“Com o lucro reduzido, o pro-fi ssional precisa trabalhar mais e

perde qualidade de vida”

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Carr

eira

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Fígado: um “herói” na purifi cação do organismo

Alimentos gordurosos, bebidas al-coólicas, vegetais com agrotóxicos, produtos químicos, refrigerantes... É grande a lista de vilões do or-ganismo que agem a partir dos hábitos do mundo moderno. E se esses inimigos do corpo são prejudiciais a praticamente to-dos os órgãos, de forma geral, eles são especifi camente no-civos a um deles, justamente o maior responsável por tentar “lim-par” o organismo dessas toxinas: o fígado.

Uma boa mudança na alimentação já é capaz de ajudar muita gente a manter esse importante órgão funcionando de ma-neira satisfatória. Mas, em casos mais extre-mos, um programa de detoxifi cação é capaz de produzir pequenos milagres. Quem atua nessa área garante que, com o tratamento, o fígado ad-quire grande força, capacidade de recuperação e de desintoxicação, começando a funcionar com mais efi ciência logo após a primeira limpeza.

“O tratamento é indicado a todos que comem ‘de tudo’, pois, em maior ou menor grau, uma alimentação onivorista gera resíduos, que vão sendo armazenados em nossas vísce-ras, provocando, a médio prazo, disfunções e problemas de saú-de. O programa só é contraindi-cado na gravidez, se a pessoa estiver com hemorroidas ativas e para portadores de marcapasso”, esclarece o naturopata e hidroco-lonterapeuta Adoilto Chaves, que coordena o programa de desintoxi-cação Super Detox, no Spa Maria Bonita, em Nova Friburgo (RJ).

Além de limpar o organismo de to-xinas, um programa de detoxifi cação tem outros objetivos e benefícios.

Deto

xific

ação

Principal responsável pela desintoxicação do corpo, órgão merece cuidados especiais e constantes.

Ele contribui para a perda de peso, promove o equilíbrio e a estabilização da pressão

sanguínea e do nível de açúcar no san-gue, pode diminuir e até eliminar a es-teatose hepática, purifi ca o sangue, au-menta a energia, rejuvenesce a pele, garante maior efi ciência do sistema imunológico e melhora tendências à hiperatividade. “As dores diminuem, a energia física e a clareza mental au-mentam!”, resume Adoilto.

No programa Super Detox do Spa Ma-ria Bonita, o fígado merece alguns cuida-

dos especiais. O principal deles é a ingestão, pelos pacientes, de sucos à base de maçã,

ricos em ácido málico, que ajudam a relaxar os dutos por onde passa a bílis, assim como a tornar

mais macio o material retido no fígado, o que facilita a eliminação dessas toxinas. Os tônicos à base de cítricos fortalecem o órgão, ajudando-o a desempe-

nhar melhor sua função desintoxicante.Adoilto Chaves faz questão de frisar que uma ali-

mentação mais equilibrada já contribui bastante para a manutenção de um fígado saudável. Ele sugere que se evitem os exageros com frituras e gorduras em geral,

bebidas alcoólicas, agrotóxicos, conser-vantes e outros produtos químicos usados na industrialização de alimen-tos e refrigerantes, além do excesso de medicamentos.

“Os efeitos negativos vão desde o acúmulo de resíduos tóxicos até o enfraquecimento do fígado por sobre-carga de trabalho no esforço de defen-der o organismo dessas substâncias”, explica. “A longo prazo, o consumo des-regrado desses elementos pode causar problemas digestivos, mal-estar, aler-gias, dores e disfunções em geral, can-saço físico e mental, irritabilidade, obe-sidade, hipertensão, diabetes, hepatite, arterosclerose, osteoartrose, esteatose, cirrose e câncer.”

Suco de maçã, rico em ácido málico, facilita a eliminação de toxinas

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Super DetoxDe acordo com Adoilto Chaves, o programa Super De-

tox, do Spa Maria Bonita, inclui um conjunto de procedi-mentos que visam à desintoxicação hepática profunda e dura uma semana, de domingo a domingo. Além de uma alimentação natural e orgânica, o tratamento conta com a ingestão de drinques especiais, enemas, hidrocolon-terapia, atividades físicas (caminhadas, danças, hidrogi-nástica e ioga), terapias relaxantes (shiatsu, watsu, thai massage, shirodara e massagem com pedras quentes),

“Ao passar por essa experiência, posso confi rmar uma frase que ouvi há certo tempo: daqui para a frente, a única certeza que eu tenho é a da mudança. O ceticismo, muitas vezes, nos priva de sensações e experiências que nos fazem sentir um crescimento sem fronteiras. Fazer essa semana de detox foi realmente incrível. Perdi 4 kg, ganhei mais energia e ajuda para aderir a novos e saudáveis hábitos. Foi tudo de bom ver o que o mundo moderno pede. Xô, estresse!”

(José Roberto Lima)

“O programa Super Detox correspondeu a todas as minhas expectativas. Simples de ser seguido e extremamente efi caz, após menos de uma semana me sinto mais leve e revigorada. Recomendarei a todos, não somente pelo programa em si, mas também pelo ambiente proporcionado pelo staff do spa. Foi uma experiência incrível.”

(Eliane Soares)

“Estive no Spa Maria Bonita, no período de 3 a 10 de julho de 2011, a fi m de me submeter ao Programa Detox. Meu objetivo básico inicial era, além de perder alguns quilos, também obter ganho em qualidade de saúde, com a propalada desintoxicação de alguns órgãos (fígado, rins etc.) vitais. Após ter passado uma semana me submetendo a todos os tratamentos, com alimentação higienista específi ca, própria para o detox, não só conseguir perder 5 kg em uma semana como também constatei melhoria da minha disposição para as tarefas do dia a dia e que os resultados dos meus exames clínicos de sangue, urina, eletrocardiograma e RX, realizados logo após o tratamento de detox, foram todos considerados ‘normais’”.

(Expedito José de Vasconcelos Gonçalves) “Há mais de trinta anos, estou diagnosticado com uma dislipidemia (gordura no sangue) severa. Utilizei, sempre com apoio

e indicações médicas, todas as estatinas que foram desenvolvidas, além de dietas rigorosas por alguns períodos e atividades físicas, ainda que moderadas. Nada conseguiu reduzir o problema, que se viu agravado com uma esteatose hepática também severa (muita gordura no fígado). Procurei tratar-me com uma hepatologista de renome e tudo foi feito, sem êxito. Então, por recomendação de minha nutricionista, Patricia Davidson, fi z o primeiro detox com o terapeuta Adoilto Chaves. Os efeitos me impressionaram. Voltei dois anos depois e repeti o tratamento. Aí, sim, tive comprovações induvidosas dos resultados positivos dessa intervenção desintoxicante. Nunca antes, as taxas de gordura no sangue estiveram absolutamente em níveis normais, como ocorreu, e o fígado, limpo, sem nenhuma gordura. Por isso, voltei, em agosto de 2011, para mais um tratamento dessa natureza, por estar convicto de sua efi cácia.”

(Roberto Wider)

terapias desintoxicantes (drenagem linfática, esfoliação, banhos de argila e hidrofi toterapia, que é o uso de pi-jamas embebidos em infusão de ervas especiais), pa-lestras, vivências e meditação, entre outras atividades. Depois de uma semana dispensando um cuidado espe-cial com o fígado e “limpando” o organismo, cabe ao pa-ciente cuidar melhor desse órgão, “evitando a ingestão dos produtos nocivos mencionados e procurando ter uma alimentação natural e saudável”, orienta Adoilto.

A OPINIÃO DE QUEM PARTICIPOU DO SUPER DETOX

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Medicina preventiva e personalizada a partir da pesquisa genética

Parc

eria

Após o término do Projeto Genoma Humano em 2001 - marco de uma nova era para o mundo moderno, os avan-ços nas tecnologias de estudo do DNA tem-se desenvol-vido de forma sem precedentes na última década. Hoje, a ponta de lança tecnológica dos exames preventivos é a análise de genes, que são regiões específi cas do DNA que contém a informação necessária para a produção de proteínas celulares, as quais são responsáveis pelo fun-cionamento correto e adequado de todas as células do corpo. Esse tipo de exame pode predizer o risco de uma pessoa desenvolver determinada doença ou condição de saúde. Diante do importante papel desse processo na de-terminação do envelhecimento ativo e saudável, o Grupo Longevidade Saudável fi rmou parceria com o Centro de Genomas® CATG – Central de Atendimento Genético, la-boratório especializado em testes de Biologia Molecular.

“Conhecendo o perfi l genético, por meio dos exames de DNA que serão realizados no Centro de Genomas®, nossos médicos poderão efetivamente avaliar o risco do desenvolvimento de certas patologias às quais o pa-ciente pode estar geneticamente predisposto e atuar na prevenção da doença e na promoção do bem-estar”, comenta o diretor comercial do Grupo Longevidade Sau-dável, Carlos Avellar. Ele lembra que, além de identifi car patologias raras, os avanços nos exames genéticos são capazes de indicar tendências genéticas de doenças como demência, depressão, câncer e doenças cardíacas por meio da análise do DNA (sigla em inglês para ácido desoxirribonucleico), o centro das informações genéticas de cada pessoa.

Para a consultora Científi ca do Centro de Genomas® Aderuza Horst, graduada em Nutrição pela Universidade Estadual do Centro-Oeste e com doutorado e pós-doutora-do em Ciência dos Alimentos, pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, a parceria com o Grupo Longevida-de permitirá que os pacientes obtenham a melhor abor-dagem preventiva ou terapêutica. “Isso porque os testes possibilitam aos médicos praticar o que chamamos hoje de medicina personalizada”, defi ne a especialista. Além da realização de exames, a parceria prevê projetos de educação continuada e atualização dos profi ssionais, possibilitando a interpretação correta dos resultados e consequentemente, o tratamento mais adequado a cada paciente, de acordo com o seu perfi l genético.

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Em entrevista ao site Medcenter Medsca-pe, um dos mais respeitados portais de atua-lização médica do mundo, o geneticista e doutor Francis Collins, diretor do Natio-nal Human Genome Research Insti-tute e um dos líderes do projeto de mapeamento do genoma, esclare-ce que as descobertas mais re-levantes estão nas categorias de diagnóstico, farmacoge-nômica e terapêutica. Ele lembra que, em termos de diagnóstico, é pos-sível determinar quem apresenta risco de apresentar doenças hereditárias antes dos sintomas. Como exemplo, o pesquisador cita que mulheres portadoras de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 apresentam alto risco de desenvolverem neoplasias de mama e ovário.

Como o cientista deixou claro em sua en-trevista, já é possível decodifi car o genoma in-teiro de um paciente e estabelecer conexões entre deter-minados genes e o estilo de vida, principalmente no que diz respeito à alimentação. Segundo Collins, já é possível praticar uma medicina mais individualizada e preventiva, que oferece às pessoas a oportunidade de avaliar seus riscos futuros de desenvolverem doenças e melhorar as estratégias de prevenção.

Um exemplo disso é o caso de uma pessoa que tenha uma variação no gene que codifi ca para enzima metile-notetrahidrofolato redutase (MTHFR). Essa alteração está relacionada ao aumento das concentrações plasmáticas de homocisteína e, consequentemente, ao aumento do risco cardiovascular. “Esse paciente será orientado a manter um estilo de vida saudável, com orientações médi-cas e nutricionais específi cas para sua variação genética, com o objetivo de reduzir esse risco”, explica Aderuza.

Já a trombose venosa é uma doença que pode ter componente genético. O teste molecular positivo da mu-tação G1691A no gene do fator V origina o Fator V de Leiden. A ocorrência dessa mutação aumenta o risco do surgimento de uma trombose venosa em até 80 vezes em homozigotos. Outros fatores de aumento desses ris-cos são o uso de contraceptivos orais, pós-operatório prolongado e a gravidez.

Com relação ao Alzheimer, a doença se caracteriza pelo acúmulo de placas senis, que surgem a partir da de-posição excessiva e subsequente agregação do peptídeo Aβ no cérebro. A hipótese da cascata Aβ sugere que as placas amilóides extracelulares consistem da agregação de peptídeos Aβ insolúveis, gerados a partir de clivagens proteolíticas da proteína precursora do β-amiloide (APP), causando, assim, danos em regiões cerebrais e precipi-tando os sintomas da doença de Alzheimer.

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Em entrevista ao site Medcenter Medsca-pe, um dos mais respeitados portais de atua-lização médica do mundo, o geneticista e doutor Francis Collins, diretor do Natio-nal Human Genome Research Insti-tute e um dos líderes do projeto de mapeamento do genoma, esclare-ce que as descobertas mais re-levantes estão nas categorias de diagnóstico, farmacoge-nômica e terapêutica. Ele lembra que, em termos de diagnóstico, é pos-

hereditárias antes dos sintomas. Como exemplo, o pesquisador cita que mulheres portadoras de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 apresentam alto risco de desenvolverem neoplasias de mama e ovário.

Como o cientista deixou claro em sua en-trevista, já é possível decodifi car o genoma in-

Em entrevista ao site Medcenter Medsca-Em entrevista ao site Medcenter Medsca-pe, um dos mais respeitados portais de atua-lização médica do mundo, o geneticista e doutor Francis Collins, diretor do Natio-nal Human Genome Research Insti-tute e um dos líderes do projeto de mapeamento do genoma, esclare-ce que as descobertas mais re-levantes estão nas categorias de diagnóstico, farmacoge-nômica e terapêutica. Ele lembra que, em termos de diagnóstico, é pos-

hereditárias antes dos sintomas. Como exemplo, o pesquisador cita que mulheres portadoras de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 apresentam alto risco de desenvolverem neoplasias de mama e ovário.

Como o cientista deixou claro em sua en-

O Centro de Genomas® CATG – Central de Atendimento Genético – é um laboratório considerado referência em biologia molecular para o diagnóstico e monitoramento de doenças infecciosas e genética Humana. A empresa conta com um Grupo de Inteligência Genética (GIG), que é composto por profi ssionais da área da saúde com mestrado e doutorado, além de visão científi ca. O objetivo do GIG é traduzir a informação científi ca em métodos e exames aplicáveis na prática médica, especialmente visando à medicina preventiva personalizada. O GIG é composto pela dra. Cintia Vilhena, dr. Ricardo Diaz, dr. Ismael Dale, dr. Carlos Santos, dra. Aderuza Horst, ms. Michelle Zanoni, dra. Glaucia Jansen e dra. Cristina Carvalho.

“Investigamos alterações em nove ge-nes relacionados à doença de Alzheimer.

Um exemplo é o polimorfi smo no gene que codifi ca para Apolipoproteína

E, localizado no cromossomo 19. Essa proteína compõe as lipoproteínas ricas em triacil-gliceróis (quilomícrons e IDL

– lipoprotepína de densi-dade intermediária) e na doença de Alzheimer está relacionada à deposição da APP, aumentando a for-mação das placas senis”, comenta a especialista.

NutrigenéticaUma das áreas de maior

destaque na era pós-genoma é a Genômica Nutricional, que tem tor-

nando possível a prescrição nutricional com base no genótipo individual. A Genô-mica Nutricional tem como objetivo exa-

minar a interação gene-nutriente, em nível molecular. E conta com duas disciplinas distintas, mas que se complementam: a Nutrigenômica e a Nutrigenética. A Nutrigenômica considera a infl uência de nutrientes es-pecífi cos ou dietas complexas na expressão gênica. Já a Nutrigenética estuda como a variabilidade genética interfere na resposta individual à dieta.

É justamente na Nutrigenética que está centrada a parceria do Grupo Longevidade Saudável e o Centro de Genomas®. A partir da análise da variação em genes específi cos é possível direcionar recomendações nutri-cionais adequadas com o objetivo de reduzir o risco de doenças, visando o envelhecimento saudável.

Referência em Biologia Molecular

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Educ

ação

Modulação hormonal reverte efeitos da osteoporose

O número de fraturas no quadril em decorrência da os-teoporose deve aumentar 32% até 2050 no Brasil. É o que mostra estudo realizado pela International Osteoporosis Foundation (IOF) e divulgado recentemente. Segundo a pes-quisa, a maior causa do crescimento está relacionada ao envelhecimento da população, uma vez que a estimativa é que o número de pessoas com mais de 70 anos aumentará 380% até 2050. Esse total passará a representar 14% da população brasileira. Atualmente, estima-se que a osteopo-rose atinja três milhões de pessoas no Brasil, sendo que a incidência é maior entre as mulheres, chegando ao percen-tual de uma em cada três mulheres com mais de 50 anos.

Ainda de acordo com a pesquisa do IOF, que reuniu infor-mações de 14 países - Brasil, Chile, Argentina, México, Uru-guai, Peru, Venezuela, Cuba, Costa Rica, Colômbia, Bolívia, Nicarágua, Panamá e Guatemala-, a maioria das pessoas com osteoporose sequer possui o diagnóstico da doença.

Assim como ocorre com outras patologias ligadas ao en-velhecimento, a osteoporose pode ser evitada com a modu-lação hormonal bioidêntica, como lembra o médico Cassio Luis Giorgi (Cremesp 41777), ginecologista em São José do Rio Preto.

Segundo ele, a osteoporose está associada ao declínio fi siológico do hormônio do crescimento (GH), ou somatotro-fi na, que é produzido na hipófi se anterior. O especialista ex-plica que a secreção de GH é pequena nos primeiros anos de vida, depois aumenta progressivamente, até atingir seus valores maiores na puberdade. A partir daí, segue-se um declínio progressivo.

“A somatopausa é um processo por que passam tanto o homem quanto a mulher, em geral, em torno dos 30 anos. As alterações no organismo são a perda da massa muscu-lar, baixa no sistema imunológico e menor lubrifi cação das articulações. O resultado disso pode ser a osteoporose ou a osteopenia”, comenta Giorgi. O médico, que teve osteope-nia de esqueleto inteiro e acabou sofrendo fratura em oito costelas, após uma queda da própria altura, em sua casa, ressalta que a modulação com o hormônio do crescimento vai além de deter os efeitos do envelhecimento, conseguin-do reverter uma série de sintomas, inclusive a osteoporose.

“Na época em que tive a osteopenia, estava na andro-

pausa e somatopausa, mas, com modulação hormonal bio-idêntica, consegui me recuperar”, lembra. O ginecologista esclarece que a reposição do hormônio do crescimento pro-move a reversão de determinadas funções do organismo, melhorando, por exemplo, o rendimento cardíaco, a recupe-ração da força e massa muscular, do humor, da memória, das funções sexuais e do estado imunológico.

“Isso porque o envelhecimento está associado a im-portantes mudanças na composição corporal. Entre os 30 e os 75 anos, ocorre um aumento de 100% na massa gordurosa com aumento da gordura central, uma queda entre 20% e 50% na massa muscular e de 20% na massa óssea”, esclarece.

De acordo com o médico, pesquisas apontam que o uso do GH na modulação hormonal bioidêntica ajuda o desaparecimento da massa gordurosa excedente, a dimi-nuição do LDL colesterol (o chamado colesterol ruim), o aumento do bom colesterol, a melhora dos ligamentos e articulações, no desempenho sexual, do sono e na corre-ção da osteoporose, que tem nas fraturas o componente de maior risco da doença.

“Como o nome já diz, a osteoporose deixa os ossos po-rosos, com risco de fratura. E 30% das pessoas que sofrem uma fratura por osteoporose vão a óbito, por causas como a embolia pulmonar”, alerta Giorgi.

Ginecologista Cássio Luis Giorgi (Cremesp 41777)

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CURSO ENDOCRINOLOGIA DA OBESIDADE

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Quase que diariamente nos deparamos com notí-cias publicadas em jornais e revistas especializadas em saúde a respeito de novos estudos e pesquisas sobre a obesidade e as comorbidades relacionadas à doença. Exemplo disso é a recente publicação, na Revista Inter-nacional do Câncer, de pesquisa feita por cientistas aus-tralianos revelando que o risco de morrer por câncer de próstata é quase duas vezes maior entre homens com sobrepeso de mais de 20 quilos durante sua vida adulta. Os autores do estudo, entre eles Dallas English, diretor de um centro de pesquisa em genética e epidemiologia da Universidade de Melbourne, analisaram os casos de 17 mil homens com idades entre 40 e 69 anos. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografi a e Es-tatística (IBGE), a obesidade já se tornou uma epidemia.

Dados do último levantamento sobre o assunto mos-tram que, em todas as regiões do país, em todas as fai-xas etárias e em todas as faixas de renda, houve um au-mento contínuo e substancial do percentual de pessoas com excesso de peso e obesas. O sobrepeso atinge mais de 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade e cerca de 20% da população na faixa etária entre 10 e 19 anos. Entre os adultos, os dados são ainda mais preocupan-tes: 48% das mulheres e 50,1% dos homens com mais de 20 anos estão acima do peso. E, entre os 20% mais ricos, o excesso de peso chega a 61,8% na população de mais de 20 anos.

Para realizar a pesquisa, o IBGE seguiu os parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS) na conceitua-ção de sobrepeso (Índice de Massa Corporal superior a 25%) e obesidade (IMC superior a 30%).

“A epidemia da obesidade é hoje um dos mais importan-tes e graves problemas do sistema de saúde, seja ele públi-co ou privado, e não só no Brasil, mas no contexto mundial. As comorbidades associadas à doença consomem tempo e recursos, e já existem previsões que apontam que a rede de saúde poderá ir à falência, caso medidas corajosas e inovadoras, associadas a outros modelos de saúde, que pri-vilegiem a prevenção e detecção precoce dessas doenças não sejam adotadas”, diz o médico Ítalo Rachid (Cremesp 114612), diretor científi co do Grupo Longevidade Saudável.

Ele lembra que pesquisas recentes revelam ainda que a prevalência da obesidade na infância e adolescência vem aumentando tanto em países desenvolvidos quanto naque-les em desenvolvimento. “Em virtude das graves repercus-sões orgânicas e psicossociais da obesidade e do alto cus-to que a doença acarreta à sociedade, sua prevenção deve ser iniciada precocemente”, defende o médico, que vai mi-nistrar, em novembro, o curso Endocrinologia da Obesidade.

O curso ocorrerá entre 9 e 10 de novembro, em São Pau-lo, tendo como objetivo oferecer aos participantes a opor-tunidade de conhecerem e passarem a trabalhar com um programa terapêutico efi caz e solidamente embasado em fi siologia. O público-alvo é formado por médicos diplomados e com licença ativa para a prática regular da medicina. Entre os temas tratados estão: epidemia da obesidade; toxicida-de ambiental e alimentar: impacto na obesidade; análise das dietas antifi siológicas; e compulsão alimentar.

“Os tratamentos atualmente disponíveis para tratar a obesidade não são satisfatórios. O curso Endocrinologia da Obesidade é uma proposta inovadora, que pretende ofere-cer ao médico a oportunidade de compreender e observar a doença pela ótica da fi siologia. Seu teor está fundamentado em sólido conteúdo, referências científi cas, experiência clí-nica e prática concreta”, comenta o médico.

De acordo com o Dr. Rachid, os médicos que passam pelo curso passam a contar com novas ferramentas, estra-tégias e protocolos que permitem não só oferecer um trata-mento efi caz ao seu paciente, como também trabalhar uma importante questão: a alta taxa de recidivas e insucessos dos tratamentos convencionais.

Endocrinologia da Obesidade

Agen

de-s

e

Uma proposta inovadora que oferece ao médico a oportunidade de observar a doença pela ótica da fi siologia.

Data: 9 e 10 de novembro de 2012 Local: Hotel Golden Tulip Park Plaza – Alameda Lorena, 360, Jardins, São Paulo – SP.Informações e inscrições: [email protected] TeL: (85) 3246-2126.

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Agen

de-s

e

oferecido pelo Grupo Longevidade Saudável. Todo o con-teúdo da pós-graduação é validado internacionalmente, o que insere de forma defi nitiva a medicina brasileira no universo dos mais avançados centros de ensino mun-diais na área de Medicina da Longevidade.

“Atualmente, cerca 1.800 médicos no Bra-sil passaram por esse curso introdutório e 320 já são pós-graduados ou pós-graduandos nes-sa área”, explica Íta-lo Rachid (Cremesp 114612), médico e diretor científi co do Grupo Longevidade Saudável.

A ginecologista Margarita Ubaldo (Cremesc 8040), co-ordenadora médica do Grupo Longevidade Saudável em Santa Catarina, defi ne o curso como uma grande experi-ência de transformação profi ssional e pessoal.

“A pós-graduação é fantástica e oferece amplo supor-te técnico na área de Medicina da Longevidade. Por meio dela, consegui um aprimoramento imenso na qualidade do meu atendimento. Melhorando a qualidade de vida das pessoas, melhorei minha própria, sob o ponto de vista físico e emocional”, declara a médica.

Dados do último Censo realizado pelo IBGE revelam que os idosos já representam 8% do total da população brasileira. A tendência é que, em 2045, ocorra uma in-versão da pirâmide populacional, ou seja, o percentual de idosos ultrapasse o de jovens. Essas mudanças na estrutura populacional demandam ações e cuidados de várias áreas da sociedade, e é nesse contexto que a Me-dicina da Longevidade se torna uma área cada vez mais importante, principalmente pelo seu caráter preventivo, que reforça os cuidados durante toda a vida para um envelhecimento saudável.

Com a proposta de investir na Educação Médica Con-tinuada, o Grupo Longevidade Saudável criou o curso de Pós-graduação Master em Ciências do Anti-Aging e Longevidade Humana, que já formou um total de cinco turmas. O curso é ministrado de forma modular, com aulas expositivas presenciais, com uma carga horária total de 360 horas.

As aulas ocorrem na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, em parceria com o Grupo Longevidade Saudável. O curso terá duração de 18 meses e conta com módulos como: Introdução à Medicina Anti-Aging, Metodologia Científi ca, Fisiologia do Envelhecimento, Fi-siologia da Infl ação e Ortomolecular, entre outros.

Para participar do curso é preciso ser graduado em Medicina, não importando a especialidade médica. Além disso, o candidato deve ter concluído o curso de Fisiolo-gia da Longevidade e Modulação Hormonal Bioidêntica,

Pós-graduação lato sensumaster em Ciência da Fisiologia Humana

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