Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

51
Luana Dias Nobre SAÚDE DA MULHER E AATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: revisão de literatura Palmas - TO 2015

description

Monografia de Enfermagem. A atuação do Enfermeiro na Estratégia Saúde da Família.

Transcript of Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

Page 1: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

Luana Dias Nobre

SAÚDE DA MULHER E AATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA

SAÚDE DA FAMÍLIA: revisão de literatura

Palmas - TO

2015

Page 2: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

Luana Dias Nobre

SAÚDE DA MULHER E AATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA

SAÚDE DA FAMÍLIA: revisão de literatura

Monografia apresentada como requisito parcial para

obtenção do grau de Bacharel em Enfermagemdo

Curso de Enfermagem do Centro Universitário

Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientadora: Profa. DoutorandaTatianaPeres Santana

Porto Wanderley.

Palmas - TO

2015

Page 3: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

Luana Dias Nobre

SAÚDE DA MULHER E AATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA

SAÚDE DA FAMÍLIA: revisão de literatura

Monografia apresentada como requisito parcial para

obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem do

Curso de Enfermagem do Centro Universitário

Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientadora: Profª. Doutoranda Tatiana Peres Santana

Porto Wanderley.

Aprovada: ___/___/___.

BANCA EXAMINADORA:

_________________________________________________________________

Profª.Doutoranda TatianaPeres Santana Porto Wanderley.

Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

_________________________________________________________________

Profª. Ma.Guiomar Virgínia Vilela Assunção de Toledo Batello

Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

__________________________________________________________________

ProfªMa. Manuela Barreto Silva Bezerra

Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

Palmas - TO

2015

Page 4: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

AGRADECIMENTOS

Enfim, venci essa grande batalha, e agradeço a Deus nosso criador,por cada

momento que me foi concedido e por não me deixar desistir de cada um dos meus

sonhos,permitindo-mequе tudo isso acontecesse, nãо somente nestes anos como universitária

masао longo dе toda minha vida, me proporcionado, coragem, persistência e força para

vencer os obstáculos e me permitindo que tivesse uma família maravilhosa ao meu lado.

Sou imensamente grata aos meus pais Harmando Nobre e Maria Carmelita, pelo

amor, incentivo eapoio incondicional que sempre deram as minhas escolhas, e sempre se

fazerem presentes em minha vida nos momentos felizes e nunca ter me deixando desamparada

nos momentos mais difíceis de desânimo e cansaço, dirigindo-me ao alcance de meus

objetivos.

Ao meu amado irmão Leandro Nobre, que esteve comigo durante todo o caminho

me fortalecendo nos momentos de dificuldades e desespero, e me apoiando para que a

realização deste trabalho se tornasse possível.

Agradeço também os parentes e amigos quedireta оu indiretamente fizeram parte

de minha formação, torcendo pelo meu sucesso durante essa jornada.

A minha professora Tatiana, pela orientação, apoio, confiança e dedicação,

agradeço também pelas manifestações do caráter, afetividade e incentivos sem deixar essa

simpatia que e contagiante de lado, durante esse curto período que nos foi concedido e sendo

de imensa importância no meu processo de formação pessoal e profissional.

E a todo o corpo docente do curso de enfermagem meus eternos agradecimentos.

Page 5: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

“A enfermagem é uma arte, e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva,

um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor”

Florence Nightingale

Page 6: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

RESUMO

NOBRE, Luana Dias. Saúde da mulher, atuação do enfermeiro na EstratégiaSaúde da

Família: revisão de literatura. 2015, 52f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)-

Curso de Enfermagem, Centro Universitário Luterano de Palmas,Palmas/TO, 2015.

A Estratégia Saúde da Família(ESF) desenvolve ações de promoção e proteção à saúde do

indivíduo, da família e da comunidade. No programa está previsto atendimento as mulheres

nas diversas etapas do seu ciclo vital e para isso novas políticas, programas, estratégias e

ações têm sido utilizadas no intuito de obter resultados positivos atinentes ao cuidado e à

manutenção da sua saúde integral. Tratou-se de um estudo de revisão literária que teve como

objetivos identificar na literatura, de 2004 até 2015, o que tem produzido sobre as ações de

enfermagem na Estratégia Saúde da Família envolvendo a saúde da mulher, evidenciar quais

políticas de atenção à população feminina apresenta o maior número de publicações, levantar

o perfil de atuação da equipe de enfermagem e quais as principais dificuldades relatadas pelos

enfermeiros para desenvolver ações relacionadas a esse público. Foram utilizadas, como

fontes de informações, as bases eletrônicas de dados do Portal de Pesquisa da Biblioteca

Virtual em Saúde, LILASCS, MEDLINE, GOOGLE ACADÊMICO e publicações do

Ministério da Saúde. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, obteve-se uma

amostra de 29 (vinte e nove) publicações científicas. Observou-se que com relação às

publicações sobre as Políticas de Atenção a Saúde da Mulher, o foco principal dos autores foi

à saúde sexual e reprodutiva, sendo que os enfermeiros realizam as consultas de enfermagem

visando os aspectos ginecológicos. As dificuldades na assistência citadas pelos enfermeiros

foram: ausência de capacitação, gestão inadequada, preenchimento incorreto de fichas, falta

de materiais, estrutura inadequada e sobrecarga de trabalho. O perfil de atuação mostrou um

profissional pouco experiente, com dificuldade na realização da escuta ativa e de exercer a

autonomia que lhe confere a ESF, além de um atendimento voltado apenas ás intervenções

clínicas, com ações curativas.Os investimentos em infraestrutura são de grande importância

no desenvolvimento das ações de enfermagem, a Educação Permanente dos profissionais de

Saúde requer mais destaque para qualificação adequada no atendimento às mulheres.

Palavras-chave: Saúde da Mulher. Atenção Primária à Saúde. Estratégia Saúde da

Família+mulher e Assistência de Enfermagem.

Page 7: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

ABSTRACT

NOBRE, Luana Dias. WOMEN'S HEALTH, NURSING PRACTICE IN THE FAMILY

HEALTH STRATEGY: LITERATURE REVIEW. 2015, 52f. Monograph for Bachelor of

the course of Nursing of the Center University Lutheran of the Palmas / Brazil. – State of

Tocantins.

The family's Health strategy develops actions of protection and promotion in the health of

person, of family and in the community. In the programs, there are prevision of treatment to

the womans in the several stages of their life cycle and for new policies, strategies and

actions, It has been used in order to obtain positives results reference to the care and

maintenance of integral health. Methodology: This is a literature review of studies designed

to answer the questions in the literature of year 2004 at 2015, what has been produced on the

nursing actions in the Family Health Strategy involving women's health, and evidencing what

are the policies of attention the female population show the largest number of publications, lift

the nursing team performance profile and what are the main difficulties reported by nurses to

develop actions related to this public, they were used as information sources, the bases

electronic Research Portal data from the Virtual Health Library, LILASCS, MEDLINE,

GOOGLE ACADEMICS and publications of the ministry of health. After applying the

criterions of inclusion and exclusion, gave a sample of 29 (twenty nine) scientific

publications.Results and Discussion:. It have observed that in reference the policies of

attention to women's health, the main focus of the authors was the sexual and reproductive

health, with the profile of nursing appointments with the gynecological focus and the

difficulties cited by the nurses were: absence of training, inadequate management , incorrect

filling chips, materials fauts, inadequate structure, work overload. Conclusion: The

investments in infrastructure are of great importance for a better desinvolviment in the

executions of nursing actions, the continuing education of health professionals requires more

investment to improve and enable service providers to execute a perform adequate qualifying

service.

KEYWORDS: Women's Health. Primary Health Care. Family Health Strategy + woman and

Nursing Care.

Page 8: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Linhas de Cuidado Prioritárias. .............................................................................. 19

Page 9: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Distribuição das publicações, segundo base de dados............................................ 28

Tabela 2 - Distribuição dos estudos, segundo período de publicação. .................................... 28

Tabela 3 - Distribuição dos estudos, segundo o periódico de publicação. .............................. 29

Tabela 4 - Distribuição dos trabalhos científicos, segundo as políticas de atenção a saúde da

mulher, abordadas pelos autores no período de 2004 a 2015. .................................................. 30

Tabela 5 - Perfil de atuação do profissional de enfermagem, segundo dados da pesquisa. ... 32

Tabela 6 - Dificuldades relatadas pelos enfermeiros ao atuar nas políticas de atenção a saúde

da mulher na ESF, segundo dados obtidos na pesquisa. .......................................................... 33

Page 10: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

LISTA DE ILUSTRAÇÃO

Quadro 1 - Demonstrativo das publicações científicas sobre as ações de enfermagem na

Estratégia Saúde da Família envolvendo a saúde da mulher no período de 2004 a 2015. ....... 34

Page 11: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12

1.1 Problema ............................................................................................................................. 13

1.2 Justificativa ......................................................................................................................... 13

1.3 Objetivos ............................................................................................................................. 13

1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 13

1.3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................... 14

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 15

2.1 Saúde da Mulher ................................................................................................................. 15

2.2 Políticas Públicas e a Saúde da Mulher .............................................................................. 16

2.3 Atenção Básica e Prevenção ............................................................................................... 18

2.4 Linhas de Cuidado Prioritárias ........................................................................................... 19

2.5 Programas Especificos da Saúde da Mulher ...................................................................... 20

2.6 Atribuições da Equipe de Enfermagem .............................................................................. 22

2.7 Desafios e Necessidades ..................................................................................................... 23

3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 26

3.1 Tipo de Estudo .................................................................................................................... 26

3.2 População e Amostra .......................................................................................................... 26

3.3 Período e Local do Estudo .................................................................................................. 26

3.4 Critérios de Inclusão/Exclusão ........................................................................................... 27

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 28

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 44

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 45

Page 12: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

12

1INTRODUÇÃO

A ESF desenvolve ações de promoção e proteção à saúde do indivíduo, da família e

da comunidade, por meio de profissionais que farão o atendimento na unidade local de saúde

e domiciliar. Segundo o Ministério da Saúde (MS), cada equipe da ESF deve minimamente,

conter um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem, um médico de família ou generalista e de

quatro a seis Agentes Comunitários de Saúde. A atuação da enfermagem na saúde da família

vem se consolidando na prática e na experiência adquirida pelos profissionais na saúde

coletiva (MARQUES; SILVA, 2004).

O enfermeiro, na ESF tem como função supervisionar e qualificar a equipe de

enfermagem e os agentes comunitários de saúde, bem como realizar o cogerenciamento da

unidade. Nessa lógica, o enfermeiro passa a assumir importantes funções, dentre outras, como

educador, prestador de cuidados, consultor, auscultador/identificador dos problemas da

comunidade, articulador, integrador, planejador e interlocutor político, dando formas variáveis

no eixo central da construção do trabalho (RANGEL et al., 2011).

De acordo com Lima (2013) no campo da saúde, tem-se dado ênfase à saúde da

família para aprimorar cada vez mais a prevenção de agravos, a manutenção e a promoção da

saúde. Marques; Silva (2004) ressaltam ainda que a atuação da enfermagem na Unidade

Básica de Saúde (UBS) é um tema que precisa ser explorado e trabalhado, através de estudos

que permitam avaliar a produção de saberes e fazeres, tornando possível identificar a

amplitude do trabalho da enfermagem brasileira na saúde da família e na saúde pública.

Com relação à Saúde da Mulher, novas políticas, programas, estratégias e ações têm

sido utilizadas para facilitar a obtenção de resultados positivos atinentes ao cuidado e à

manutenção da sua saúde integral (LIMA, 2013). Encontra-se em vigor, atualmente, a Política

Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), que apresenta como um de seus

princípios a qualidade da assistência e defende em suas diretrizes, a atenção à mulher nos

diferentes níveis do Sistema Único de Saúde (SUS), com articulação das ações e serviços

(SANTOS, 2011).

De forma geral as mulheres são mais vulneráveis ao acometimento de doenças

sexualmente transmissíveis (DSTs), AIDS e à violência sexual e doméstica. O acesso ao pré-

natal é um problema significativo para as mulheres da população rural, das regiões Norte e

Nordeste e o parto domiciliar em muitas situações é a única opção disponível para atendê-las.

Além disso, têm menores oportunidades de inserção no mercado de trabalho (BRASIL, 2008;

ASSIS; FERNANDES, 2011).

Page 13: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

13

Dentre os vários campos de trabalho do enfermeiro, a ESF merece destaque especial.

Neste programa, além do enfermeiro atuar com mais autonomia, apesar das dificuldades

normalmente apresentadas em nível institucional e em outros níveis, o seu trabalho tem maior

visibilidade e é mais valorizado (ARAÚJO;OLIVEIRA, 2009).

Para Costa; Miranda (2012) o profissional enfermeiro encontrou um promissor

espaço de trabalho e ampliou sua inserção, assumindo a linha de frente em relação aos demais

profissionais de saúde por desenvolver atividades assistenciais, administrativas e educativas

fundamentais à consolidação e ao fortalecimento da ESF no âmbito do SUS.

1.1 Problema

O que tem produzido sobre as ações de enfermagem na ESFenvolvendo a saúde da

mulher?

1.2 Justificativa

O interesse pelo assunto foi despertado nos estágios supervisionados durante a

graduação, ao constatar que a mulher é quem mais procura o atendimento nas unidades, mas

não tornou se claroquaispolíticas são mais desenvolvidas especificamente para esse público e

quais as possíveis dificuldades que o enfermeiro encontra para desenvolver as ações

prioritárias na saúde da mulher como umprofissional da ESF.

Dessa forma acreditamos que o estudo deste tema permitirá aos profissionais de

saúde, conhecer os trabalhos e infraestrutura que a ESF preconiza e disponibiliza para

atendimento à Saúde da Mulher, ampliando conhecimentos sobre a legislação e as políticas

públicas implementadas e executadas permitindo uma análise sobre a real situação no Brasil.

Além de ampliar a visão sobre a atenção básica, poderá servir de referencial teórico para

profissionais que atuam ou venham a atuar na ESF.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Identificar na literatura, de 2004 até 2015, o que tem produzido sobre as ações de

enfermagem na ESF envolvendo a Saúde da Mulher.

Page 14: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

14

1.3.2 Objetivos Específicos

Evidenciar na literatura quais políticas de atenção à saúde da mulher utilizadas no

contexto da ESF apresentam o maior número de publicações;

Levantar na pesquisa bibliográfica qual o perfil de atuação da equipe de enfermagem

naESF que se destacanas ações de Atenção a Saúde da Mulher;

Elucidar nos artigos revisados quais as principais dificuldades relatadas pelos

enfermeiros para desenvolver ações relacionadas à saúde da mulher na ESF.

Page 15: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

15

2REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Saúde da Mulher

A Medicina da Mulher nos Séculos XIX e XX soma-se aos programas de pesquisa

que se dedicam à questão de como o corpo, a sexualidade e a reprodução tornaram-se objetos

privilegiados para forças sociais que emergiram com a modernidade, como pensadores sociais

dos séculos XVIII e XIX, estrategistas do Estado nacional e representantes das ciências

biomédicas. Seus pontos de partida são o estudo da formação de um discurso científico sobre

a diferença sexual e da constituição da ginecologia e da obstetrícia como especialidades

médicas na Europa e no Brasil, e busca compreender como a ciência sexual e a medicina da

mulher foram forças centrais na construção e legitimação da alteridade feminina radicada

inexoravelmente em seu corpo (MARTINS, 2004).

Na Atenção à Saúde das Mulheres, compreende-se a integralidade como a

concretização de práticas de atenção que garantam o acesso das mulheres a ações resolutivas

construídas segundo as especificidades do ciclo vital feminino e do contexto em que as

necessidades são geradas. Nesse sentido, o cuidado deve ser permeado pelo acolhimento com

escuta sensível de suas demandas, valorizando-se a influência das relações de gênero,

raça/cor, classe e geração no processo de saúde e de adoecimento das mulheres (COELHO et

al., 2009).

O sistema de saúde vigente ainda privilegia a assistência curativa e observa-se uma

tendência de medicalização da atenção prestada. A informação, a educação para a saúde, tão

necessárias ao auto-cuidado, e a participação ativa da mulher nas decisões sobre o cuidado

com seu corpo, não são práticas presentes no cotidiano dos serviços de saúde (BERNI; LUZ;

KOHLRAUSCH, 2007).

A integralidade, segundo Maia; Guilhem; Lucchese (2010) é um princípio do SUS,

com várias perspectivas, entre as quais a da articulação de seus serviços. O debate sobre esse

princípio está presente na assistência à saúde, com destaque para a área de Saúde da Mulher, e

nas diretrizes da Vigilância Sanitária. Nesse esforço, na Brasil (2011a) será considerada a

integralidade da mulher, tendo em conta as necessidadee no seu ciclo de vida, assim como a

sua realidade social. Contudo Ramalho et al., (2012) afirmam que o princípio da integralidade

não é efetivado, uma vez que problematizar a situação de saúde das mulheres não é apenas

fazer um recorte na perspectiva de gênero, raça e etnia.

Page 16: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

16

Para Costa; Silvestre (2004), o forte apelo à fragmentação do cuidado à saúde,

inspirado pelo modelo biológico hegemônico, é um dos maiores desafios para a integralidade,

visto que nos últimos anos os diversos programas direcionados para a saúde da mulher,

voltaram-se a cuidados específicos com o corpo ou agravo à saúde. Neste contexto, a

humanização no atendimento surgiu em meio a propostas do MS, como se fosse à solução

para os problemas estruturais do sistema público de saúde.

Para Freitas et al. (2009) na atualidade, o conceito de saúde da mulher é amplo,

contemplando os direitos humanos e a cidadania como necessidades de atenção. Sendo

necessário para um atendimento individualizado, considerar seus ciclos vitais (MEDEIROS;

GUARESCHI, 2009).

2.2 Políticas Públicas e a Saúde da Mulher

A Atenção Primária à Saúde (APS) pode ser definida como um conjunto de ações de

saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a

prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde

(BRASIL, 2011a).

O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) foi criado em 1983

no contexto da redemocratização do país e na esteira da Conferência de Alma-Ata (1978). Os

movimentos sociais e os movimentos de mulheres, principalmente o movimento feminista,

influenciaram a construção do Programa (OSIS et al., 1993).

Em 2004, o Programa foi transformado na Política Nacional de Atenção Integral a

Saúde da Mulher (PNAISM). O objetivo da Política é promover a melhoria das condições de

vida e saúde das mulheres por meio da garantia de direitos,ampliação do acesso aos meios e

serviços de promoção, prevenção, assistência e a recuperação da saúde (TEMPORÃO, 2012).

Brasil (2004) informa que o MS elaborou a PNAISM, em parceria com diversos

setores da sociedade, com o objetivo de melhorar as condições de vida e saúde das mulheres

brasileiras, contribuir para a redução da morbimortalidade feminina, ampliando, qualificando

e humanizando a atenção integral à saúde da mulher no SUS.

Segundo Brasil (2005) para atingir os objetivos da PNAISM e necessário promover a

melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, contribuir para a redução da

morbidade e mortalidade feminina no Brasil em todos os ciclos de vida sem discriminação de

qualquer espécie. Garantir os direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos

Page 17: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

17

meios de serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo

território brasileiro ampliando o atendimento com qualidade no SUS.

Costa (2004) refere que muitos dos problemas atuais de saúde da mulher estão

relacionados à qualidade da assistência. Para Brasil (2004b), estudos sobre questões femininas

e a saúde da mulher contribuem para o reconhecimentoesuperação de preconceitos que ainda

atingem seu cotidiano. Na elaboração de políticas que contemplem uma visão mais

abrangente de saúde, a perspectiva de gênero é essencial. Gênero se refere ao conjunto de

relações, atributos, papéis, crenças e atitudes que definem o ser homem ou mulher.

No concernente às Diretrizes da PNAISM, eo atendimento no SUS deve estar

orientado e capacitado para a atenção integral, contemplar a promoção da saúde, as

necessidades de saúde da população feminina, o controle de patologias mais prevalentes nesse

grupo e a garantia do direito à saúde.

A PAISM deverá contemplar as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas

as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais, mulheres

negras, indígenas, residentes em áreas urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso,

em situação de risco, presidiárias, de orientação homossexual, com deficiência, dentre outras

(BRASIL, 2004c).

Neste ínterim a PNAISM é uma abordagem diferenciada de saúde da mulher, a partir

do rompimento da visão tradicional, principalmente no âmbito da Medicina, que centrava o

atendimento às mulheres nas questões reprodutivas. Um dos aspectos salientados como um

salto de qualidade foi à inclusão, nas políticas públicas de saúde, da contracepção, a partir do

entendimento da mulher como sujeito ativo no cuidado de sua saúde, considerando todas as

etapas de vida (HILLESHEIM et al., 2009).

A PNAISM reforça a humanização da atenção em saúde, concebendo que

humanização e qualidade da atenção são aspectos indissociáveis. Nesse sentido, é

imprescindível considerar que humanizar é muito mais do que tratar bem, com delicadeza ou

de forma amigável , devendo ser consideradas questões de acessibilidade ao serviço nos três

níveis da assistência, provisão de insumos e tecnologias necessárias, formalização de sistemas

de referência e contrarreferência, disponibilidade de informações e orientação da clientela e a

sua participação na avaliação dos serviços (FREITAS et al., 2009).

Partindo do pressuposto de que a ESF é uma ferramenta indispensável para o

progresso das ações centradas na Atenção Básica de Saúde (ABS) no Brasil, ao disponibilizar

o cuidado às mulheres, assume a responsabilidade de melhorar a qualidade de vida desta

Page 18: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

18

classe, beneficiando as mesmas e a sociedade em geral. Dessa forma, incumbindo aos órgãos

competentes, mais investimentos nas Unidades de Saúde, sejam elas da zona urbana ou rural,

para que aumentem as possibilidades de melhoria nos índices de acessibilidade e atendimento,

oferecendo dessa forma, melhor suporte às demandas locais.

Por fim, a ESF ao cuidar da mulher no seu sentido mais amplo, estabelece a

concretização de uma busca constante de direitos e deveres que se propagam em uma

sociedade permeada de pré-conceitos e contradições, colocando-se assim como necessidade o

apoio e segurança no que tange a saúde (ARAÚJO; RÊGO, 2014).

2.3 Atenção Básica e Prevenção

O novo paradigma proposto baseia-se na promoção da saúde e não na cura de

doenças, tem caráter coletivo, de autonomia e corresponsabilidade dos sujeitos, e atua por

meio de parcerias com educação, ação social e trabalho (MOURA, 2003).

Para atingir esse modelo de saúde medidas e fatores vêm sendo adotados como: a

ampliação dos programas de saúde da mulher e da criança, sobretudo os voltados ao pré-natal,

parto e puerpério; a ampliação da oferta médico-hospitalar infantil; as campanhas de

vacinação, de aleitamento materno, de reidratação oral; o envolvimento da comunidade em

ações de saúde, o programa nacional de saúde da família, a redução da fecundidade; e a

atuação dos conselhos municipais de saúde (BRASIL, 2000).

A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de promoção,

proteção, assistência e recuperação da saúde, executadas nos diferentes níveis de atenção à

saúde, da básica à alta complexidade. Conforme previsto, o SUS deverá garantir o acesso das

mulheres a todos os níveis de atenção à saúde, no contexto da descentralização,

hierarquização e integração das ações e serviços, sendo responsabilidade dos três níveis de

gestão, de acordo com as competências de cada um, assegurar as condições para a execução

da PNAISM (BRASIL, 2004b).

Promover a saúde com equidade é um desafio para os gestores públicos e executores

dessas ações. A magnitude das desigualdades sociais em saúde e os recursos escassos impõem

que as prioridades para a gestão pública se fundamentem no conhecimento da situação de

saúde e no impacto de políticas, programas, projetos e ações sobre a saúde e seus

determinantes (DRACHLER et al., 2003).

Segundo o Brasil (2013) para atingir os objetivos propostos, deverá haver

modificações na forma de atendimento ao público feminino, adaptando as atuais

Page 19: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

19

circunstâncias, pois nas ultimas décadas a situação das mulheres no Brasil tem mudado,

notamos a progressiva escolarização feminina e a entrada das mulheres no mundo do trabalho

profissional, nos espaços tradicionalmente ocupados por homens como a medicina e a

odontologia e mais recentemente até as engenharias e a construção civil.

2.4 Linhas de Cuidado Prioritárias

O programa de Assistência á Saúde da Mulher inclui ações educativas, preventivas,

de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando a assistência à mulher em clínica

ginecológica, no pré-natal e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST, câncer

de colo de útero e de mama, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil

populacional das mulheres, segundo Brasil (2004a).

Figura 1 - Linhas de Cuidado Prioritárias.

Fonte: CNTU

As linhas de cuidado prioritárias da Saúde Integral da Mulher conforme o Conselho

Nacional de Saúde são:

Atenção Obstétrica e Neonatal Qualificada (NARCHI et al.,2013) - a qualificação da

atenção compreende a criação de novas estruturas de assistência e acompanhamento

das mulheres na atenção primária, nos serviços de alto risco e de urgências obstétricas,

Page 20: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

20

e na rede hospitalar convencional, que deverá contar com Casas da Gestante e do Bebê

e com Centros de Parto Normal, extra ou intra-hospitalares.

Dentro da linha de obstetrícia e neonatologia conforme Oliveira; Camacho; Souza

(2005) a capacitação de profissionais de saúde, seu crescente envolvimento enquanto equipe e

a implantação de normas e rotinas adequadas são fatores que podem levar a um melhor

aproveitamento do potencial já existente nas atuais condições da rede básica de saúde,

gerando um bom desempenho da mesma na promoção, proteção e apoio à amamentação.

Atenção às Mulheres e Adolescentes em Situação de Violência Sexual, tem como

objetivo organizar redes integradas de atenção para mulheres e adolescentes em

situação de violência doméstica e sexual, articulando ações de prevenção às DST/

AIDS e hepatites, promovendo o empoderamento feminino e a nãorepetição desses

casos (BRASIL, 2011b).

Atenção Integral às Mulheres no Climatério- ampliar o acesso e qualificar a atenção às

mulheres no climatério na rede SUS (BRASIL, 2009).

Redução da Morbimortalidade por câncer - organizar em municípios polos de

microrregiões com redes de referência e contra referência para o diagnóstico e o

tratamento de câncer de colo uterino e de mama; garantir o cumprimento da Lei

Federal que prevê a cirurgia de reconstrução mamária nas mulheres que realizaram

mastectomia; oferecer o teste anti-HIV e de sífilis para as mulheres incluídas no

Programa Viva Mulher, especialmente aquelas com diagnóstico de DST, HPV e/ou

lesões intra-epiteliais de alto grau/câncer invasivo (BRASIL, 2009).

Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres e Adolescentes (promoção,prevenção e

tratamento das DST/Aids) - prevenir as DST e a infecção pelo HIV/aids entre

mulheres; ampliar e qualificar a atenção à saúde das mulheres vivendo com

HIV/AIDS (BRASIL, 2009).

2.5 Programas Especificos da Saúde da Mulher

A PNAISM engloba os seguintes programas:

Planejamento familiar - A atenção em planejamento familiar implica não só a oferta

de métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, mas também a oferta de

informações e acompanhamento, num contexto de escolha livre e informada

(BRASIL, 2010).

Page 21: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

21

Pré-natal de baixo risco–Busca a humanização do parto e do nascimento, com

ampliação das ultrassonografias com uso de ultrassom obstétrico Doppler baseadas

emevidência; organização dos serviços de saúde enquanto uma rede de atenção à

saúde (RAS); acolhimento da gestante e do bebê, com classificação de risco em todos

os pontos de atenção; vinculação da gestante à maternidade; gestante não peregrina;

realização de exames de rotina com resultados em tempo oportuno (BRASIL, 2012).

Rastreamento do Câncer de colo uterino e mama- Visa aumentar a cobertura de

mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos; Ampliar a cobertura de exame

citopatológico em mulheres de 25 a 64 anos; Tratar 100% das mulheres com

diagnóstico de lesões precursoras de câncer; Aperfeiçoamento do rastreamento dos

cânceres do colo do útero e da mama; Universalização desses exames a todas as

mulheres, independentemente de renda, raça-cor, reduzindo desigualdades, e garantia

total de acesso ao tratamento de lesões precursoras de câncer (BRASIL, 2013).

Prevenção de DST/HIV – Objetiva o atendimento imediato aos casos de violência

sexual, oferecer medidas de proteção, como a anticoncepção de emergência e as

profilaxias das DSTs, hepatite B e HIV, evitando danos futuros para a saúde da mulher

(BRASIL, 2013).

Saúde da mulher - Prioriza a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres

brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do

acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da

saúde em todo território brasileiro. Além de contribuir para a redução da morbidade e

mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos

de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie.

Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS

(BRASIL, 2009).

Segundo Teixeira (2011) o programa garante a assistência clínico ginecológica, em

todas as fases da vida, desde o planejamento reprodutivo, gestação, parto e puerpério até nos

casos de doenças crônicas ou agudas. O autor reconhece as práticas educativas em saúde

como de alto valor para desenvolver a capacidade crítica e a autonomia das mulheres.

Page 22: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

22

2.6 Atribuições da Equipe de Enfermagem

Para Mouraet al. (2013) o enfermeiro deve desempenhar papel de interlocutor entre a

comunidade e o serviço de saúde, sendo um agente motivador da equipe e dos usuários para a

melhoria dos indicadores de saúde, sobretudo o de mortalidade infantil, promoção da saúde e

estimulo à busca pela qualidade de vida.

São atribuições do profissional enfermeiro na atenção básica conforme Brasil (2015):

Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe,

identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades;

Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de

informação indicado pelo gestor municipal, de forma que os dados serão utilizados

para diversas análises em situações de saúde;

Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da

unidade de saúde, porem deve-se fazer no local em que se e necessário e mantendo a

coordenação do cuidado mesmo quando esta necessitar de atendimento e feita em

outros pontos do sistema de saúde;

Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população e as

do protocolo da gestão local;

Garantir atenção à saúde com o principio da integralidade por meio da realização de

ações de promoção, proteção, recuperação da saúde, prevenção de agravos,

atendimento da demanda espontânea, realização das ações programáticas, coletivas e

de vigilância à saúde;

Fazer do acolhimento uma escuta qualificada das necessidades de saúde, com

classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais

clínicos, para identificar as intervenções e proporcionar um atendimento humanizado e

viabilizando o estabelecimento do vínculo;

Praticar o cuidado familiar dirigido a coletividades e grupos sociais que influenciem os

processos de saúde doença dos indivíduos, das famílias, coletividades e da própria

comunidade. Realizar a busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação

compulsória, bem como outros agravos e situações de importância local;

Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na Atenção

Básica e realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e

avaliação das ações, acompanharsistematicamente as ações implementadas;

Page 23: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

23

Realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e

profissionais de diferentes formações, planejar e participar das atividades de educação

permanente em saúde para a população, promovendo a mobilização e a participação da

comunidade;

Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações

intersetoriais;

Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades

locais. Outras atribuições específicas dos profissionais da Atenção Básica poderão

constar de normatização local, de acordo com as prioridades definidas pela respectiva

gestão e as prioridades nacionais e estaduais pactuadas.

Cabe ressaltar que de acordo com a Resolução COFEN 358/2009 deve serexecutado

o processo de enfermagem nas suas atividades de atendimento a comunidade, através da

consulta de enfermagem.O Processo de Enfermagem é constituído por cinco etapas: Coleta de

dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem); Diagnóstico de Enfermagem;

Planejamento de Enfermagem; Implementação e Avaliação de Enfermagem

(COFEN,2009).Por fim espera-se que o enfermeiro,possua visão sistêmica e integral das

mulheres (GUEDESet al., 2009).

2.7 Desafios e Necessidades

De acordo com Rattner (2009) a migração na Atenção Básicade Saúde (ABS) do

SUS, do modelo tradicional para a ESF, constitui-se em alteração radical do paradigma

vigente, na medida em que ocorreu a adesão da clientela ao serviço de saúde e sua

responsabilização pelo bem-estar da família; com equipes multidisciplinares (médico,

enfermeiro, dentista, auxiliares, agentes comunitários e referências) oferecendo maior gama

de ações, atuando sobre prioridades epidemiológicas e incorporando atividades de promoção

de saúde.

Para o autor é preciso incentivar o trabalho em equipe, estabelecendo protocolos

assistenciais locais que contemplem peculiaridades e diversidades regionais e a

complementariedade das atuações (médicos, enfermeiros, doulas, parteiras tradicionais).

Outro desafio é estruturar a rede perinatal com garantia de assistência, exames,

atendimento para os casos de risco e garantia de vaga para o parto, assim como o

acompanhamento mais constante em casos de vulnerabilidade, como a prematuridade.

Page 24: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

24

Finalmente, para que mudanças efetivamente aconteçam, são necessárias parcerias

intra e extrainstitucionais em todos os níveis do sistema, entre serviços e sociedade civil, com

organização efetiva do controle social, pois o atendimento humanizado nos serviços de saúde

é projeto para a sociedade como um todo, um grande avanço no sentido da equidade como

direito de cidadania (RATTNER, 2009).

Seabra (2009) fala das dificuldade em acessar as informações sobre os serviços

oferecidos, bem como dos procedimentos. E a importância de ter registrada e atualizada essas

informações, facilitando o acesso por parte da população.

Costa (2009) afirma que todas as metas do PNAISM necessitam ajustes locais para

atender as diversidades e especificidades das mulheres brasileiras. É o caso das mulheres

negras, das lésbicas, das indígenas, das ciganas, dentre outras. Orientação sexual, etnia, raça,

classe social e local de moradia são variáveis que incidem diretamente sobre a saúde e

condições de vida. É por isso que, com agenda fixa anual, milhares de mulheres do campo, as

Margaridas, ocupam a Esplanada dos Ministérios e negociam com cada setor suas pautas e

reivindicações.

Para Aquino; Ximenes; Pinheiro (2010) a atual política de saúde voltada para a

mulher PNAISM fragmenta o ser mulher nas suas diversas peculiaridades, reorientando as

ações de saúde para as especificidades de cada grupo. Porém, certas categorias da população

feminina não foram contempladas com ações específicas, dentre elas as profissionais do sexo.

De acordo com Figueiredo (2004) ações isoladas e experiências de implementação

têm demonstrado a necessidade de diretrizes mais sólidas para divulgação pública e

estabelecimento de rotinas e fluxos de distribuição e reciclagem científica e de conduta para

os profissionais de saúde; iniciativas essas que desmobilizariam qualquer resistência ao acesso

das mulheres a este método em todo o país. É preciso perceber que os profissionais

demonstram importantes contribuições no processo de cuidado dessas mulheres a partir de

intervenções pautadas na ética profissional, através do respeito às decisões das mulheres

atendidas e o não julgamento de suas atitudes e diferentes escolhas (BOLZAN, 2015).

Portanto os serviços de saúde precisam treinar profissionais da atenção primária para

sensibilizá-los sobre a importância do controle dos fatores de risco e, fundamentalmente, é

preciso criar estratégias que facilitem o acesso aos serviços do SUS a todas as mulheres, para

garantir a efetividade do rastreamento para a detecção precoce da doença.

Deve-se salientar a importância do preenchimento correto das fichas cadastrais dos

serviços de referência em oncologia por profissionais treinados, porque são estes dados que

Page 25: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

25

informam a realidade epidemiológica e permite o planejamento de políticas públicas capazes

de intervir qualitativamente nas formas de adoecimento da população feminina mais atingida

pelo câncer de mama (CARVALHO; MIZIARA; LOSCHI 2014).

Segundo Facchiniet al., (2006) os investimentos em infraestrutura são urgentes e

precisam financiar a reforma e a construção de UBS na concepção do PSF e dos requisitos

legais de conforto e segurança ambientais. A Educação Permanente de Profissionais de Saúde

requer investimentos orientados para o desempenho dos serviços e a vulnerabilidade social

dos problemas de saúde.

Assim, será mais fácil direcionar as práticas na UBS para o monitoramento e

acompanhamento criterioso de indivíduos mais vulneráveis. A implantação de grupos locais

em avaliação e monitoramento de saúde, que inclua a capacitação de profissionais das UBS,

será benéfica a estados e municípios, requerendo recursos materiais e humanos para sua

efetivação.

Outra perspectiva que deve ser tratada é o aspecto de gestão na ESF, pois embora

para a mulher seja disponibilizado os seguintes serviços: melhoria da qualidade do pré-natal;

prevenção de câncer de colo de útero e detecção precoce de câncer de mama; planejamento

familiar; controle da mortalidade materna; promoção de eventos educativos.

Muitas dificuldades são enfrentadas, como: infraestrutura, comunicação e transporte;

descontinuidade da gestão; carência de pessoal (quantitativo e capacitação); falta de fluxos de

atendimentos; rotinas e protocolos definidos; atenção à saúde da mulher dividida em atenção

básica, média e alta complexidade; falta de insumos; medicação para determinadas patologias;

preservativos femininos; demora no retorno de exames de pré-natal e de colpo citologia

oncótica; desarticulação do registro, fluxo e consolidação dos dados do Sistema de

Informações do Pré-natal (SANTOS, 2013).

Page 26: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

26

3METODOLOGIA

3.1 Tipo de Estudo

Tratou-se de um estudo de revisão de literatura planejado para responder o seguinte

questionamento: o que tem produzido sobre as ações de enfermagem na ESF envolvendo a

saúde da mulher. Este trabalho foi realizado com uma pesquisa em estudos que envolveramo

período de 2004 até 2015 com os dados coletados através do levantamento das produções

científicas.

A pesquisa bibliográfica é uma das melhores formas de iniciar um estudo, buscando-

se semelhanças e diferenças entre os artigos levantados nos documentos de referência. A

compilação de informações em meios eletrônicos é um grande avanço para os pesquisadores,

democratizando o acesso e proporcionando atualização frequente (BREVIDELLI;

DOMENICO, 2008).

3.2 População e Amostra

A coleta de dados foi realizada com a utilização dos seguintes descritores: “Saúde da

Mulher”, “Atenção Primária à Saúde”, “Estratégia Saúde da Família+mulher” e “Assistência

de Enfermagem”. Foram encontradas 67publicações nas bases de dados pesquisadas, sendo

então aplicados os critérios de inclusão e exclusão, obteve-se uma amostra de 29publicações

científicas, sendo 03 do Ministério da Saúde, 10 artigos no LILACS, 4 no MEDLINE, e 12 no

Google acadêmico.

3.3 Período e Local do Estudo

A pesquisa ocorreu entre Janeiro a Junho de 2015, nas bases de dados doPortal de

Pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde, LILASCS, MEDLINE, GOOGLE ACADÊMICO e

do Ministério da Saúde,foram selecionadas as publicações no período de 2004 a 2015.

Foram utilizadas, como fontes de informações, as bases eletrônicas de dados do

Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde, LILACS, MEDLINE, GOOGLE

ACADÊMICO e do Ministério da Saúde que envolve unidades de saúde e que contemplam a

Saúde da Mulher dentro dos programas e políticas governamentais.

Page 27: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

27

3.4 Critérios de Inclusão/Exclusão

Foram considerados como critérios de seleção da população do estudo: I- Texto

completo da publicação disponível; II- Procedência nacional; III- No período de 2004 até

2015; IV- Conteúdo relacionado à saúde da mulher; V-Idioma português. Sendo então

desconsiderados os textos que não contemplavam os critérios I, II, III, IV e V supracitados.

Para organização e tratamento das informações os dados foram analisados seguindo as fases

de pré-análise, exploração do material, tratamento, inferência e interpretação dos resultados

obtidos.

Page 28: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

28

4RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para chegar aos resultados deste estudo às publicações encontradas foram filtradas, e

os dados coletados estão expostos, de forma descritiva e visual, através de tabelas e quadro.

Tabela 1 - Distribuição das publicações, segundo base de dados.

Fonte Virtual Número de Publicações Frequência (%)

Google Acadêmico 12 41,4

LILACS 10 34,5

MEDLINE 04 13,8

Ministério da Saúde 03 10,3

TOTAL 29 100,0

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2015.

Como pode ser observado na Tabela 1, foram analisadas 29 publicações retiradasdas

plataformas cientificas. Sendo 12 (41,4%) da amostra encontradas no Google Acadêmico, no

LILACS 10 (34,5%), na MEDLINE 4 (13,8%), na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde

foram 3 (10,3%). No estudo foram encontradas3monografias, 3 edições do Ministério da

Saúde com discriminação das políticas de saúde da mulher e 23 artigos científicos publicados

em revistas cientificas.

As plataformas cientificas constituem uma forma de realizar trabalhos acadêmicos

com resultados fidedignos , pois hoje a internet é uma ferramenta com muitas potencialidades,

quando devidamente utilizada,visto que globalizou conhecimentos.

Conforme Cuenca;Tanaka (2005), a atualização sobre novos conhecimentos é

condição obrigatória para a comunidade científica desenvolver pesquisas. Nesse sentido, as

universidades têm sido as pioneiras, e as maiores beneficiárias no uso da tecnologia de redes

eletrônicas. A Tabela acima mostra que os resultados dessa pesquisa são de teor científico,

sendo a maioria da amostra, artigos retirados de revistas científicas.

Tabela 2 - Distribuição dosestudos, segundo período de publicação.

Ano Número de Publicações Frequência (%)

2004 a 2006 03 10,3

2007 a 2009 14 48,3

2010 a 2012 05 17,2

2013 a 2015 07 24,2

Total 29 100,0

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2015.

Page 29: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

29

A representação dos estudos segundo o ano das publicações está demonstrada na

Tabela 2, onde notamos que no período de 2007 a 2009 tivemos o maior número de pesquisas

sobre o tema, 14 (48,3%) delas, de 2004 a 2006 houve 3 (10,3%), e entre 2010 e 2012

encontramos 5 (17,2%) da amostra. Os artigos mais recentes do estudo foram publicados de

2013 a 2015, sendo 7 (24,2%). Porem não foi observada nos artigos lidos uma possível

justificativa para o acréscimo de publicações nesse período.

Tabela 3 -Distribuição dos estudos, segundo o periódico de publicação.

Periódico Numero de Publicações Frequência (%)

Ministério da Saúde 03 10,3

Cadernos de Saúde Pública 03 10,3

Revista Latino-am Enfermagem 02 7,0

Revista enfermagem UERJ 02 7,0

Revista Brasileira de Enfermagem 02 7,0

RevistaGaucha de Enfermagem 01 3,5

Revista Escola de Enfermagem 01 3,5

Revista Brasileira Saúde Materno Infantil 01 3,5

Revista de Enfermagem do Centro-Oeste

Mineiro (RECOM) 01 3,5

Revista Brasileira Cancerologia 01 3,5

Revista Mineira de Enfermagem 01 3,5

Revista de Pesquisa: Cuidado e

Fundamental Online 01 3,4

Revista Saúde Sociedade USP 01 3,4

Revista Baiana de Saúde Pública 01 3,4

Escola Anna Nery Revista de

Enfermagem 01 3,4

Estudos Feministas 01 3,4

Revista Eletrônica de Enfermagem 01 3,4

Psicologia em Revista 01 3,4

Monografia: UFSC 01 3,4

Monografia: UNIPAC 01 3,4

Revista de Saúde Sexual e Reprodutiva 01 3,4

Ciência & Saúde Coletiva 01 3,4

Total 29 100,0

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2015.

Na Tabela 3, observamos 3 (10,3%) publicações do Ministério da Saúde, 3 (10,3%)

nos cadernos de saúde publica, 2 ( 6,8%) monografias de diferentes Instituições e 21 (72,4%)

artigos de revistas científicas diversas. Com base nesses dados podemos afirmar que a maior

parte dos estudos realizados sobre a temática foi constituída por artigos retirados das revistas

cientificas.

Page 30: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

30

As revistas científicas são o principal canal formal de comunicação, com constante

atualização. Conforme Cuenca;Tanaka (2005) com a internet, bibliografias, bases de dados e

periódicos com seus textos completos tornaram-se mais acessíveis, permitindo à comunidade

acadêmico-científica uma atualização nunca antes pensada em termos de rapidez e eficiência

no acesso e na obtenção de informação. Os resultados de pesquisas também podem ser

divulgados na internet, possibilitando que o conhecimento circule de forma mais ágil e gere

novas pesquisas. Dessa forma a Tabela 3 demonstra que temos uma gama de pesquisadores

desenvolvendo trabalhos científicos na temática saúde da mulher, resultando em críticas e

descobertas de novas técnicas e metodologias que ampliam e melhoram a assistência prestada

as mesmas.

Tabela 4 -Distribuição dos trabalhos científicos, segundo asPolíticas deAtenção a Saúde da

Mulher, abordadas pelos autores no período de 2004 a 2015.

Políticas da atenção a saúde Quantidade Frequência (%)

da mulher

Pré – natal de Baixo Risco 10 38,5

Saúde da mulher na ESF 09 34,6

Rastreamento do Câncer de Colo

de Útero/Câncer de Mama 04 15,4

Prevenção de DST/HIV 02 7,7

Planejamento Familiar 01 3,8

Total 26 100,0

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2015.

Na Tabela 4 com relação às Políticas de Atenção a Saúde da Mulher que foram mais

abordadas nos estudos, podemos afirmar que atualmente, o foco principal das pesquisas é a

saúde sexual e reprodutiva, ficando assim o pré-natal de baixo risco com 10 (38,5%)

publicações, seguido pela Saúde da Mulher na ESF com 9 ( 34,6%), ressaltando que esses

últimos não enfatizaram uma única política de saúde, mas sim abordaram todas de forma

genérica. O Rastreamento do Câncer de Colo de Útero/Câncer de Mama foi citado por 4

(15,4%) autores, Prevenção de DST/HIV foi destacada por 2 (7,7%) dos pesquisadores e o

planejamento familiar com menor número de publicações, apenas 1 (3,8%).

Justificamos a discordância do número total de 26 artigos na Tabela 4, em detrimento

do número de publicações que compôs a amostra, 29 pesquisas, pelo fato de que nessa tabela

foram excluídas 3 publicações do Ministério da Saúde, pois as mesmas abrangeram a saúde da

mulher de forma geral, sem citar as políticas.

Page 31: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

31

Para Baumguertner; Cruz (2013) a ESF surgiu para levar saúde para as famílias,

visto que a equipe vai até a casa das pessoas, visualizando de perto a realidade em que vivem,

tendo subsídios para tomar providências na prevenção de doenças. Além disso, atua no

tratamento das patologias já instaladas. Para os autores o acompanhamento da mulher em

todas as fases evolutivas da vida com ações educativas, preventivas, de diagnóstico,

tratamento e recuperação, englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-

natal e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST, câncer de colo de útero e de

mama, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres,

é uma atividade complexa, porém imprescindível da equipe que atua na ESF.

Guareschiet al., (2007) afirmam que o Planejamento familiar; Pré-natal de Baixo

Risco; Rastreamento do Câncer de Colo de Útero/Câncer de Mama; Prevenção de DST/HIV e

Saúde da mulher, são as Políticas da Atenção a Saúde da mulher, mais prevalentes e

demonstram o perfil de atuação dos profissionais de enfermagem no que se refere a saúde da

mulher. Os resultados obtidos na pesquisa vão de encontro à afirmação dos autores,

considerando que a maior parte das publicações foi sobre as políticas que tratam da saúde

sexual e reprodutiva da mulher.

Os autores afirmam ainda que antes da PNAISM a saúde sexual e reprodutiva era

muito criticada por ser o único foco a saúde da mulher e que após a implantação da mesma,

tornou-se prioritário desenvolver ações que garantam atenção humanizada às mulheres no

atendimento da ESF, tirando o foco apenas da queixa principal e capacitando os profissionais

para exercerem as funções com maior produtividade e interação/colaboração com a equipe

multiprofissional (GUARESCHI et al., 2007).

No entanto apesar da PNAISM preconizar um atendimento integral e humanizado,

tirando o foco apenas da saúde sexual e reprodutiva, ao realizar a pesquisa, os dados da

Tabela 4 nos mostraram que ainda prevalece à tendência dos profissionais a enfatizar o pré-

natal de baixo risco quando se trata do atendimento ao publico feminino, em detrimento de

outras ações como Rastreamento do Câncer de Colo de Útero/Câncer de Mama e o

planejamento familiar.

Page 32: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

32

Tabela 5 -Perfil de atuação do profissional de enfermagem,segundo dados da pesquisa.

Perfil do Profissional Enfermeiro Número de Publicações Frequência (%)

Consulta de enfermagem com enfoque

ginecológico. 07 29,6

Pouca experiência 06 26.4

Não realiza a escuta ativa 03 13,2

Não executam sua autonomia 03 13,2

Atendimento direcionado as

intervenções clinicas 03 13,2

Subordinado a medicina 01 4,4

Total 23 100

Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2015.

Na Tabela 5 acima podemos perceber que de uma amostra de 29 trabalhos científicos

foram selecionados 23 para analisar o perfil do profissional enfermeiro, sendo justificado pelo

fato de que as outras 06 publicações da amostra foram excluídas por não relatar sobre o perfil

dos profissionais enfermeiros e trabalharem apenas sobre a ótica da política de saúde. Dessa

amostra de 23 publicações, 07 (29,6%) desenvolvem a Consulta de enfermagem com enfoque

ginecológico, 06 (26,4%) tem pouca experiência, temos com a mesma proporção 3 (13,2%)

não realização da escuta ativa, não executam sua autonomia, prestam atendimento direcionado

as intervenções clínicas, e para 01 (4,4%) dos autores os profissionais estão subordinados a

medicina.

Conforme Lício; Zuffi; Ferreira (2013), o enfermeiro faz consulta de enfermagem

focada nos aspectos ginecológicos e a abordagem holística da mulher fica prejudicada. Ainda

conforme os autores, não se atentam à escuta ativa das mulheres que procuram o serviço,

baseando o atendimento apenas na queixa principal. E os resultados alcançados pela pesquisa

vão de encontro as afirmações dos autores, pois notamos que a consulta de enfermagem

prevalece focada nos aspectos ginecológicos e que os profissionais estão pouco qualificados

para desenvolver atividades de sua competência no âmbito de serviço.

A ESF foi implantada no Brasil há mais de uma década, e vem se consolidando como

uma estratégia de reorientação das práticas assistenciais, tendo a família como unidade de

cuidado. É o campo de trabalho onde o profissional enfermeiro tem mais autonomia, mas na

realidade os profissionais não estão qualificados ou não sabem como executar sua autonomia

na ESF (LICIO; ZUFFI; FERREIRA, 2013). Em concordância com os autores, notamos na

pesquisa que a falta de autonomia do enfermeiro foi citada por 3 (13,2%) da amostra.

O enfermeiro encontra-se integrado à equipe de saúde responsável pela assistência,

realizando atividades que devem ser organizadas para atender às reais necessidades da

Page 33: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

33

população feminina, utilizando para isso os conhecimentos técnicos científicos e os recursos

disponíveis de acordo com a realidade local (LIMA; MOURA, 2008).

Para os autores o perfil da equipe de saúde pode ser percebido como de pouca

experiência e a equipe de enfermagem embora posicionada em igualdade de condições com os

demais profissionais, verifica-se que o enfermeiro continua sentindo a repercussão do

atrelamento da enfermagem à medicina por subordinação. Ainda persiste o modelo

biomédico, que fortifica uma posição de poder e hegemonia entre as categorias de

profissionais. Na presente pesquisa essa subordinação á medicina foi citada por 1 autor

(4,4%).

Tabela 6 -Dificuldades relatadas pelos enfermeiros ao atuar nas Políticas de Atenção a Saúde

da Mulher na ESF, segundo dados obtidos na pesquisa.

Dificuldades Número de Publicações Frequência (%)

Falta de capacitação 14 48,6

Gestão inadequada 05 17,4

Falta de acesso aos dados 03 10,2

Preenchimento incorreto de fichas 02 6,8

Estrutura inadequada 02 6,8

Sobrecarga de serviço 02 6,8

Falta de materiais 01 3,4

Total 29 100,0

Fonte: Elaborado pela pesquisadora,2015

Os autores relatam as principais dificuldades encontradas na ESF para desenvolver as

ações voltadas a saúde da mulher, na Tabela 6, a falta de capacitação foi citada por 14

(48,6%) dos autores, seguida de gestão inadequada5 (17,4%), falta de acesso as dados com 3

(10,2%), com as mesmas proporções de2 (6,8%) estão o preenchimento incorreto de fichas,

estrutura inadequada e sobrecarga de serviço. Com apenas 1 (3,4%) foi citado a falta de

materiais.

O profissional que atua na ESF ainda encontra muitas dificuldades, principalmente

por falta de capacitação. Dado preocupante, pois a falta de atualização permanente torna

difícil a priorização de atendimentos e o desenvolvimento da autonomia profissional. Muitos

profissionais ainda não compreendem que a saúde não é apenas a ausência da doença, e as

equipes devem trabalhar as intervenções além das práticas do processo saúde-doença,

observando as necessidades do cuidado e da prevenção/promoção da saúde (OLIVEIRA;

PINTO, 2007). Com relação a capacitação dos profissionais os dados da Tabela 6 comprovam

o pensamento dos autores, visto que a falta de atualizações sobre o tema foi a dificuldade mais

prevalente para 14 (48,6%) dos pesquisadores.

Page 34: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

34

Para Duarte; Almeida (2014) os profissionais necessitam ser preparados para

desenvolver habilidades em ações educativas, pois os atendimentos individuais implicam

prejuízos para a qualidade da assistência e humanização. Carvalho; Miziara; Luschi (2014)

também julgam necessário melhorar o serviço em promoção de saúde, com profissionais mais

qualificados, para orientar os fatores de risco e criar estratégias que facilitem o acesso aos

serviços do SUS a todas as mulheres.

A gestão inadequada citada na pesquisa por 5 (17,4%) dos autores prejudica o

desenvolvimento das ações previstas nas políticasde atenção a saúde da mulher, pois para

Benito; Becker (2007) apenas uma boa gestão dos serviços possibilita organização,

desenvolvimento, conhecimentos e integração de habilidades.

No quadro abaixo são apresentado os trabalhos científicos que foram produzidos

nestes 11 anos, de acordo com a pesquisa realizada.

Quadro 1 -Demonstrativo das publicações científicas sobre as ações de enfermagem na

Estratégia Saúde da Família envolvendo a saúde da mulher no período de 2004 a 2015.

Autor Título Ano Periódico Resultados

ABDALLA;

NICHIATA.

A Abertura da

Privacidade e o

Sigilo das

Informações sobre

o HIV/Aids das

Mulheres

Atendidas pelo

Programa Saúde da

Família no

Município de São

Paulo, Brasil.

2008 Saúde Soc.

São Paulo

- A mulher portadora do

HIV/Aids tem a autonomia de

revelar ou não seu diagnostico á

equipe do PSF.

- A equipe deve orientar que para

tornar possível o planejamento e

o desenvolvimento das ações

específicas é necessário que haja

a abertura de sua privacidade,

garantindo a manutenção da

autonomia.

BENITO;

BECKER.

Atitudes gerenciais

do enfermeiro no

Programa Saúde da

Família:visão da

Equipe Saúde da

Família

2007 Rev Bras

Enferm

- É fundamental na gestão ter

organização e desenvolvimento,

através de conhecimentos e

integração de habilidades.

- O enfermeiro que atua no PSF

precisa ter a autonomia de

planejar e executar ações em seu

trabalho.

Page 35: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

35

- O diálogo com os usuários, e

outros profissionais que

compõem a equipe é essencial

para o aprendizado e

resolubilidade.

BOTTARI;

VASCONCELLOS;

MENDONÇA.

Câncer cérvico-

uterino como

condição

marcadora: uma

proposta de

avaliação da

atenção básica.

2008

Cadernos de

Saúde

Pública

-Existem deficiências na Atenção

Básica que comprometem sua

acessibilidade.

- O profissional tem certa

limitação, falta de dados a

respeito do seguimento das

usuárias portadoras de câncer

cérvico-uterino.

BRASIL.

II Plano Nacional

de Políticas para

Mulheres.

2009 Ministério da

Saúde

- Dados sobre a Mortalidade

materna: 70% das mulheres são

usuárias do SUS e cerca de 65%

dos óbitos maternos ocorrem no

momento do parto.

- Há precariedade na Atenção

Obstétrica da população rural,

Abortamento em Condições de

Risco, Precariedade da

Assistência em Anticoncepção.

- Problemas no acesso aos

programas DST/HIV/Aids e

controle nos casos de Violência

Doméstica e Sexual.

BRASIL.

Política Nacional

de Atenção Integral

à Saúde da Mulher

Princípios e

Diretrizes

2011 Ministério da

Saúde

- A implementação da diretriz,

“Promoção da atenção integral à”

saúde da mulher e da criança e

implementação da “Rede

Cegonha”, com ênfase nas áreas e

populações de maior

vulnerabilidade de medidas

voltadas a garantir: acolhimento,

ampliação do acesso e qualidade

Page 36: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

36

do pré-natal; vinculação da

gestante à unidade de referência e

ao transporte seguro; boas

práticas e segurança na atenção

ao parto e nascimento; atenção à

saúde das crianças de zero a 24

meses, com qualidade e

resolubilidade; e ampliação do

acesso ao planejamento

reprodutivo.

BRASIL.

Plano Nacional de

Políticas para as

Mulheres.

2013 Ministério da

Saúde

- Há progressiva escolarização

feminina e a entrada das mulheres

no mundo do trabalho

profissional, mesmo em espaços

tradicionalmente ocupados por

homens.

- As mudanças estão igualmente

ocorrendo na composição das

famílias, com grande redução do

número médio de filhos e

aumento das chefias femininas de

domicílios.

CARVALHO;

MIZIARA;

LOSCHI.

A importância da

detecção precoce

frente ao desafio do

câncer de mama.

2014 Monografia:

UNIPAC

- As autoras julgam necessário

melhorar o serviço em promoção

de saúde, com profissionais mais

qualificados, para orientar os

fatores de risco e criar estratégias

que facilitem o acesso aos

serviços do SUS a todas as

mulheres.

DUARTE;

ALMEIDA.

O papel do

enfermeiro do

programa saúde da

família no

atendimento pré-

natal

2014

Rev. enferm.

Cent.-Oeste

Min

- Não faltam relatos evidenciando

que a conduta dos profissionais

no atendimento individual,

prioriza as intervenções clínicas e

os procedimentos técnicos de

rotina, não dando lugar a

Page 37: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

37

intervenções educativas.

- Os atendimentos individuais

implicam prejuízos para a

qualidade da assistência e

humanização.

- Os profissionais necessitam de

preparo para desenvolver

habilidades para a ação educativa.

FACCHINI et al.

Desempenho do

PSF no Sul e no

Nordestedo Brasil:

avaliação

institucional e

epidemiológicada

Atenção Básica à

Saúde.

2006

Ciência &

Saúde

Coletiva

- Evidenciaram necessidade de

investimentos em infraestrutura,

reforma e construção de UBS na

concepção do PSF e dos

requisitos legais de conforto e

segurança ambientais.

-A Educação Permanente de

Profissionais de Saúde requer

investimentos orientados para o

desempenho dos serviços e a

vulnerabilidade social dos

problemas de saúde.

FIGUEIREDO.

Contracepção de

Emergência no

Brasil: necessidade,

acesso e política

nacional.

2004

Revista de

Saúde Sexual

e

Reprodutiva

- A política nacional de inclusão

da contracepção de emergência, é

incipiente no Brasil.

- Ações isoladas e experiências

de implementação têm

demonstrado a necessidade de

diretrizes mais sólidas para

divulgação pública e

estabelecimento de rotinas e

fluxos de distribuição e

reciclagem científica e de conduta

para os profissionais de saúde.

FREITAS et al.

Discutindo a

política de atenção

à saúde da mulher

no contexto da

2009

Revista

Eletrônica de

Enfermagem

- A PNAISM adota o conceito de

saúde integral, mas o sistema de

saúde enfrenta dificuldades em

assistir a mulher em algumas

Page 38: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

38

promoção da saúde especificidades como: climatério,

infertilidade, saúde mental, saúde

ocupacional, mulheres indígenas,

lésbicas e presidiárias.

HASS; TEIXEIRA;

BEGHETTO.

Adequabilidade da

assistência pré-

natal em uma

estratégia de saúde

da família de Porto

Alegre-RS

2013

Rev Gaucha

Enferm

- Na ESF avaliada foram

identificados dados faltantes nos

formulários envolvidos na

assistência pré-natal. Ainda que

para alguns dos critérios se tenha

identificado razoável

adequabilidade do pré-natal, de

forma geral, essa adequabilidade

foi baixa, se considerarmos a

totalidade dos critérios mínimos

estabelecidos pelo Programa de

Humanização no Pré-Natal e

Nascimento. (PHNP).

HIGARASHI et al.

Atuação do

enfermeiro junto

aos adolescentes:

identificando

dificuldades e

perspectivas de

transformação

2011 Rev. enferm.

UERJ

- Para os autores a dificuldade é

captar os adolescentes para ouvir

as orientações da equipe.

- Identificaram também que falta

capacitação dos profissionais para

a abordagem e atuação junto aos

adolescentes.

- Apontaram falta de recursos em

geral, como um local adequado,

com materiais capazes de atrair

sua atenção, além de não haver a

disponibilidade de profissionais

de diferentes áreas.

HILLESHEIM et

al.

Saúde da mulher e

práticas de governo

no campo das

políticas públicas.

2009 Psicologia

em Revista

- As políticas públicas da saúde

da mulher eram voltadas apenas

para as questões reprodutivas,

sendo que, com a criação do

PAISM, essa área passa a ser

foco de investimentos, abarcando

Page 39: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

39

princípios que mais tarde seriam

da própria concepção do SUS.

JORGE et al.

Avaliação da

qualidade do

programa saúde da

família no ceará: a

satisfação dos

usuários.

2007

Revista

Baiana

de Saúde

Pública

- Apesar das mulheres irem com

mais frequência a unidade de

saúde, nota-se dificuldade em

trabalhar prevenção/promoção em

saúde no papel da ESF, pois são

priorizadas as ações curativas.

LÍCIO; ZUFFI;

FERREIRA.

Concepção de

enfermeiros de

saúde da família

sobre a consulta de

enfermagem

ginecológica

2013

Revista de

Pesquisa:

Cuidado e

Fundamental

Online

- O enfermeiro faz consulta de

enfermagem voltada mais para os

aspectos ginecológicos, e a

abordagem integral da mulher

fica prejudicada, pois não tem um

acompanhamento holístico. E não

se atenta à escuta ativa das

mulheres que procuram o serviço,

fazendo o atendimento apenas da

queixa principal.

- É necessário que os enfermeiros

estejam em constante

qualificação, com ênfase no

cuidado integral, para que a

mulher tenha a continuidade da

assistência.

LIMA; MOURA.

A percepção das

enfermeiras sobre a

competência social

no

desenvolvimento da

assistência pré-

natal

2008

Esc Anna

Nery Rev

Enferm

- Existe preocupação em atender

à clientela, porém, colocam em

evidência as dificuldades de

estrutura física.

- Faltam investimentos no

conhecimento, promoção de

cursos de atualização,

treinamento e pós-graduação em

enfermagem obstétrica.

MAIA;

GUILHEM;LUCC

HESE.

Integração entre

vigilância sanitária

e assistência à

2010 Cad. Saúde

Pública

- Mostram que a Vigilância

Sanitária e a assistência à saúde

da mulher devem andar juntas

Page 40: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

40

saúde da mulher:

um estudo sobre a

integralidade no

SUS

para assim propiciar a troca de

saberes, pois a Vigilância

Sanitária atualmente apresenta se

apenas em casos de surtos ou

eventos extraordinários.

MARQUES;

TYRREL;

OLIVEIRA.

As práticas

educativas na

prevenção do

HIV/AIDS das

usuárias da rede

básica de saúde do

Rio de

Janeiro/Brasil

2013 Rev Min

Enferm

- Verificaram no estudo situações

pertinentes à organização dos

serviços e ao comportamento dos

profissionais que inviabilizam o

desenvolvimento de ações

educativas nesse tipo de

atendimento.

- Observou-se obstáculos para

implementação de uma

assistência adequada como o

quantitativo insuficiente de

profissionais para o atendimento

e a carência de recursos

orçamentários.

MEDEIROS;

GUARESCHI.

Políticas públicas

de saúde da mulher:

a integralidade em

questão.

2009 Estudos

Feministas

- A reforma sanitária toma como

base as necessidades sociais, tais

como saúde, educação, moradia,

alimentação.

- Uma nova visão da mulher, o

entendimento de sua

integralidade, assim como

questões de gênero.

MELO et al.

O Enfermeiro na

Prevenção do

Câncer do Colo do

Útero: o Cotidiano

da Atenção

Primária

2012 Rev. bras.

cancerol;

- Referem que a Atenção

Primaria é a porta de entrada do

usuário no SUS, e o enfermeiro

um importante integrante da

equipe multiprofissional da ESF.

- Verificaram que o exame

Papanicolau é realizado, mais

falta o esclarecimento e as

orientações devidas durante a

Page 41: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

41

consulta, para melhor trabalhar a

prevenção/promoção de saúde.

MERIGHI;

RODRIGUES;

DOMINGOS.

Necessidades de

cuidado das

mulheres grávidas

que possuem

convênio

saúde: abordagem

compreensiva da

fenomenologia

social

2007

Rev Latino-

am

Enfermagem

- O estudo mostra que as

necessidades das gestantes que

possuem convênio de saúde são

semelhantes as das grávidas que

não o possuem.

- No entanto as gestantes com

plano de saúde sentem-se mais

seguras e confiantes pelo fato de

ter a oportunidade de escolher o

profissional para assisti-las na

gravidez, parto e puerpério.

OLIVEIRA;

PINTO.

Percepção das

usuárias sobre as

ações de

prevenção do

câncer do colo do

útero na

estratégia saúde da

família em uma

distrital de saúde do

município de

Ribeirão Preto-SP,

Brasil

2007

Rev. Bras.

Saúde

Matern.

Infant.

- Concluiu que muitos

profissionais ainda não

compreendem que a saúde não é

apenas a ausência da doença, e as

equipes devem trabalhar as

intervenções além das práticas do

processo saúde-doença, e sim

observando as necessidades do

cuidado e da

prevenção/promoção da saúde.

OLIVEIRA;

CAMACHO;

SOUZA.

Promoção, proteção

e apoio à

amamentação na

atenção primária à

saúde no Estado do

Rio de Janeiro,

Brasil: uma política

de saúde pública

baseada em

evidência.

2005 Cad. Saúde

Pública

- A capacitação dos profissionais

de saúde, seu crescente

envolvimento enquanto equipe e

a implantação de normas e rotinas

adequadas são fatores que podem

levar a um melhor

aproveitamento do potencial já

existente nas atuais condições da

rede básica de saúde, gerando um

bom desempenho da mesma na

promoção, proteção e apoio à

Page 42: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

42

amamentação.

PIRES;

RODRIGUES;

NASCIMENTO.

Sentidos da

integralidade do

cuidado na saúde

da família

2010 Rev. Enferm.

UERJ

- A integralidade é um principio

norteador na ESF e tem que ser

vista em um contexto social e não

somente restrito aos momentos

vividos no serviço de saúde.

RODRIGUES;

NASCIMENTO;

ARAÚJO.

Protocolo na

assistência pré-

natal: ações,

facilidades e

dificuldades dos

enfermeiros da

Estratégia de Saúde

da Família.

2011 Rev. Esc

Enferm

- Facilidades: protocolo utilizado

na assistência ao pré-natal oferece

aos enfermeiros uma organização

da assistência e estabelece

condutas que aperfeiçoam o

processo de trabalho na gestão.

- Dificuldades: no uso do

protocolo de atribuições do

enfermeiro na assistência pré-

natal e falta de capacitação

teórica e de prática na assistência

à gestante.

SEABRA.

Planejamento

familiar: a política

e os serviços nos

municípios de

Florianópolis e

Palhoça.

2009 Monografia:

UFSC

- O Planejamento Familiar

determina o número de filhos que

a mulher ou família decide ter,

podendo calcular as condições de

vida digna a mulher e filho.

- No entanto ainda falta

conhecimento por parte dos

profissionais de saúde sobre os

métodos para o planejamento.

- Ainda são muito utilizados os

processos cirúrgicos (laqueadura

e vasectomia) e os métodos

contraceptivos reversíveis.

- O planejamento familiar

diminui a morbidade e a

mortalidade materno infantil.

SUCCI et al. Avaliação da

assistência pré-2008

Rev Latino-

am

- Uma boa assistência ao pré-

natal é considerada prioridade em

Page 43: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

43

natal em unidades

básicas do

município de São

Paulo.

Enfermagem saúde pública e objetiva diminuir

a morbidade e mortalidade

materna e infantil.

- Os autores concluíram que o nº

de consultas de enfermagem é

muito pequeno e os registros da

assistência ao pré-natal

incompletos.

XIMENES NETO

et al.

Qualidade da

atenção ao pré-

natal na Estratégia

Saúde da Família

em Sobral, Ceará.

2008 Rev. Bras

Enferm

- Os autores recomendam que nos

consultórios tenha pia e banheiro,

para realização da higiene das

mãos, bem como para realizar a

troca de roupa durante a

realização de exame físico. As

medidas são necessárias para

controle de infecção e garantir a

privacidade da gestante.

- Citam ainda que para um

atendimento de qualidade é

necessário uma área física

adequada o para atendimento.

Page 44: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

44

5CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os profissionais de saúde tem atuação fundamental na manutenção dos níveis de

bem-estar das mulheres, onde por meio de uma assistência de qualidade e humanizada, o

profissional desenvolve ações que solucionam os problemas levantados, promovendo

satisfação ás usuárias. Com a realização da presente pesquisa tornou-se visível à importância

do enfermeiro na prevenção primaria, cuidado individual e coletivo, tendo como núcleo de

suas ações a família. Percebemos que o enfermeiro deve acolher a mulher de forma digna,

humanitária e íntegra.

Podemos constatar que as equipes desenvolvem os atendimentos á mulher sob a ótica

do cuidado focado no aspecto ginecológico e com isso a integralidade fica prejudicada.

Consideramos que a palavra chave para um bom desenvolvimento da equipe é capacitação e

que grande parte das equipes tem demonstrado interesse, citando que a constante atualização é

necessária para a execução da assistência com qualidade.

Notamos que os estudos têm um grande enfoque nas unidades de saúde com um

todo, tratando dos problemas de estrutura, rotina e capacitações. Evidenciou-se que o pré-

natal de baixo risco, ainda tem sido a principal política abordada na ESF, o Rastreamento do

Câncer de Colo de Útero/Câncer de Mama também vem crescendo dentro das pesquisas e o

mercado de trabalho vem buscando profissionais cada vez mais qualificados e que saibam

interagir em equipe para o planejamento adequado de ações. As principais dificuldades

citadas na execução das atividades têm sido a falta de capacitação dos profissionais, gestão

inadequada e não conseguir exercer a autonomia que a ESF possibilita ao enfermeiro.

O Ministério da saúde vem desenvolvendo importantes estratégias e políticas no

intuito de atender a população feminina, nos seus diversos ciclos de vida e integralidade, no

entanto, faz se necessário reforçar a educação permanente para os profissionais e gestores,

além de garantir recursos humanos e materiais para atingir os objetivos desejados de

assistência de qualidade á saúde da mulher na ESF.

Page 45: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

45

REFERÊNCIAS

ABDALLA, F. T. M.; NICHIATA, L. Y. I. A abertura da privacidade e o sigilo das

informações sobre o hiv/aids das mulheres atendidas pelo programa saúde da família no

município de São Paulo, Brasil. Saúde Sociedade, v. 17, n. 2, p. 140-152, 2008.

AQUINO, P. S.; XIMENES, L. B.; PINHEIRO, A. K. B. Políticas públicas de saúde voltadas

à atenção à prostituta: breve resgate histórico. Enfermagem em Foco, v. 1, n. 1, 2010.

ARAÚJO, D. B.; RÊGO, E. M.O cuidado à mulher no âmbito da Estratégia de Saúde da

Família (ESF).Revista Digital, v. 18, n. 188, 2014.

ARAÚJO, M. F. S.; OLIVEIRA, F. M. C. A atuação do enfermeiro na equipe de saúde da

família e a satisfação profissional. Revista Eletrônica de Ciências Sociais, n. 14, p. 03-14,

2009.

ASSIS, L. T. M.; FERNANDES, B. M. Saúde da mulher: a enfermagem nos programas e

políticas públicas nacionais no período de 1984 a 2009. Revista Mineira de Enfermagem, v.

15, n. 3, p. 356-364, 2011.

BAUMGUERTNER, K. G.; CRUZ, R. A. Os programas dirigidos à saúde da mulher na

Estratégia Saúde da Família – ESF. Revista Uningá, n.36, p. 167-180, 2013.

BENITO, G. A. V.; BECKER, L. C. Atitudes gerenciais do enfermeiro no programa saúde da

família: visão da equipe saúde da família. Revista Brasileira Enfermagem, v. 60, n. 3, p.

312-316, 2007.

BERNI, N. I. O.; LUZ, M. H.; KOHLRAUSCH, S. C. Conhecimento, percepções e

assistência à saúde da mulher no climatério. Revista Brasileira Enfermagem, v. 60, n. 3, p.

299-306, 2007.

BOLZAN, L. M. Onde estão as mulheres?:a homogeneização da atenção à saúde da mulher

que faz uso de drogas. 2015.

BOTTARI, C. M. S.; VASCONCELLOS, M. M.; MENDONÇA, M. H. M.Câncer cérvico-

uterino como condição marcadora: uma proposta de avaliação da atenção básica. Cad. Saúde

Pública, p.111-1222008.

Page 46: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

46

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da

Saúde, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção integral para mulheres e adolescentes em situação

de violência doméstica e sexual: matriz pedagógica para formação de redes. Brasília:

Ministério da Saúde, 2011b.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais para a política de atenção integral à

infância e à adolescência 2001-2005. Brasília: Ministério da Saúde, 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Equipe de saúde da família. Disponível em:

<http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_como_funciona.php?conteudo=esf> Acessado em: 20

mai. 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. II Plano nacional de políticas para mulheres. Brasília:

Ministério da Saúde, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. II plano nacional de políticas para mulheres. Brasília:

Ministério da Saúde, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Organizador: ano da mulher. Brasília: Ministério da Saúde,

2004a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Plano nacional de políticas para as mulheres. Brasília:

Ministério da Saúde. 2004b.

BRASIL. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Políticas para as mulheres. Brasília:

Secretaria de Políticas para as Mulheres, 114 p. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Políticas para as mulheres. Brasília:

Ministério da Saúde, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher:

princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2004c.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher :

princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2011a.

Page 47: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

47

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília: Ministério da

Saúde, 2010.

BREVIDELLI, M. M.; DOMENICO, E. B.Trabalho de conclusão de curso: guia prático

para docentes e alunos da área da saúde.2 ed. São Paulo: Iátria; 2008.

CARVALHO, D. C.; MIZIARA, R. C.; LOSCHI, S. A. C. A importância da detecção

precoce frente ao desafio do câncer de mama. Monografia ( Monografia em Enfermagem) -

Universidade Presidente Antônio Carlos, 2014.

COELHO, E. A. C et al., Integralidade do cuidado à saúde da mulher: limites da prática

profissional.Revista Enfermagem, v. 13, n. 1, p. 154-60, 2009.

COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Sistematização da Assistência de Enfermagem

– SAE. 2009. Disponível em:

<http://www.portaldaenfermagem.com.br/legislacao_read.asp?id=337>. Acessado em: 20

mai. 2015.

COSTA, A. M. Atenção integral à saúde da mulher: QUO VADIS? uma avaliação da

integralidade na atenção à saúde das mulheres no Brasil. 2004. 194 f. Tese (Doutorado em

Ciências da Saúde) - Faculdade de Ciências da Saúde - Universidade de Brasília, Brasília,

2004.

COSTA, A. M.; SILVESTRE, R. M. A mulher brasileira nos espaços público e privado.

uma reflexão sobre poder, mulher e saúde: dilemas para a saúde reprodutiva.2 ed. São

Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.

COSTA, A. M. Participação social na conquista das políticas de saúde para mulheres no

brasil. Ciência Saúde Coletiva, v. 14, n. 4, p. 1073-83, 2009.

COSTA, R. K. S.; MIRANDA, F. A. N. O enfermeiro e a estratégia saúde da família:

contribuição para a mudança do modelo assistencial. Revista da Rede de Enfermagem do

Nordeste-Rev Rene, v. 9, n. 2, 2012.

CUENCA, A. M B.; TANAKA, A. C. A. Influência da internet na comunidade acadêmico-

científica da área de saúde. Revista Saúde Pública, v. 39, n. 5, p. 840-6, 2005.

Page 48: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

48

DRACHLER, M. L. et al., Proposta de metodologia para selecionar indicadores de

desigualdade em saúde visando defi nir prioridades de políticas públicas no Brasil. Ciência

Saúde Coletiva, v. 8, n. 2, p. 461-70. 2003.

DUARTE, S. J. H.; ALMEIDA, E. P. O papel do enfermeiro do programa saúde da família no

atendimento pré-natal. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 2014.

FACCHINI, L. A. et al., Desempenho do PSF no sul e no nordeste do Brasil: avaliação

institucional e epidemiológica da atenção básica à saúde. Revista Brasileira Saúde Família,

p. 28-41, 2006.

FIGUEIREDO, R. Contracepção de emergência no Brasil: necessidade, acesso e política

nacional. Revista de Saúde Sexual e Reprodutiva, 2004.

FREITASI, G. L. et al., Discutindo a política de atenção à saúde da mulher no contexto da

promoção da saúde. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 11, n. 2, 2009.

GUARESCHI, N. et al., O aborto e as políticas de atenção integral à saúde da mulher.

Pesquisas e Práticas Psicossociais, v. 2, n. 1, 2007.

GUEDES, T. G. et al., Aspectos reprodutivos de mulheres portadoras de transtorno mental;

aspectos reproductivos de mujerescontrastorno mental.Revista Enfermagem, v. 17, n. 2, p.

153-158, 2009.

HASS, C. N.; TEIXEIRA, L. B.; BEGHETTO, M. G. Adequabilidade da assistência pré-natal

em uma estratégia de saúde da família de Porto Alegre, Rs. Revista Gaúcha Enfermagem, p.

22-30, 2013.

HIGARASHI, I. H. et al.,. Atuação do enfermeiro junto aos adolescentes: identificando

dificuldades e perspectivas de transformação. Revista Enfermagem, v. 19, n. 3, p. 375-380,

2011.

HILLESHEIM, B. et al., Saúde da mulher e práticas de governo no campo das políticas

públicas. Psicologia em Revista, v. 15, n. 1, p. 196-211, 2009.

JORGE, M. S. B. et al., Avaliação da qualidade do programa saúde da família no ceará: a

satisfação dos usuários. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 31, n. 2, p. 256-266, 2007.

Page 49: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

49

LÍCIO, F. C.; ZUFFI, F. B.; FERREIRA, L. A. Concepção de enfermeiros de saúde da família

sobre a consulta de enfermagem ginecológica. Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental

online, v. 5, n. 4, p. 566-573, 2013.

LIMA, S. S. Enfermagem no pré-natal de baixo risco na estratégia saúde da família. Revista

AQUICHAN, v. 13, n. 2, p. 261-269. 2013.

LIMA, Y. M. S.; MOURA, M. A. V. A percepção das enfermeiras sobre a competência social

no desenvolvimento da assistência pré-natal.Escola Anna Nery Revista Enfermagem, v. 12,

n. 4, p. 672-678, 2008.

MAIA, C.; GUILHEM, D.; LUCCHESE, G. Integração entre vigilância sanitária e assistência

à saúde da mulher: um estudo sobre a integralidade no SUS. Caderno Saúde Pública, v. 26,

n. 4, p. 682-692, 2010.

MARQUES, D.; SILVA, E. M. A enfermagem e o programa saúde da família: uma parceria

de sucesso? Revista Brasileira de Enfermagem, v. 57, n. 5, p. 545-550, 2004.

MARQUES, S. C.; TYRRELL, M. A. R.; OLIVEIRA, D. C. As práticas educativas na

prevenção do HIV/AIDS das usuárias da rede básica de saúde do rio de janeiro/brasil. Revista

Mineira de Enfermagem, v. 17, n. 3, p. 538-546, 2013.

MARTINS, A. P.V. Visões do feminino: a medicina da mulher nos séculos XIX e XX.

Fiocruz, 2004.

MEDEIROS, P. F.; GUARESCHI, N. M. Políticas públicas de saúde da políticas públicas de

saúde da mulher: a integralidade em questão. Estudos Feministas, v. 17, n. 1, p. 31-48, 2009.

MELO, M. C. S. C. et al., O enfermeiro na prevenção do câncer do colo do útero: o cotidiano

da atenção primária. Revista Brasileira Cancerol, v 58, n. 3,p. 389-398, 2012.

MERIGHI, M. A. B.; RODRIGUES, R. T. F.; DOMINGOS, S. R. F. Necessidades de

cuidado das mulheres grávidas que possuem convênio saúde: abordagem compreensiva da

fenomenologia social. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 15, n. 5, p. 914-921,

2007.

Page 50: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

50

MOURA CARVALHAL, L. et al., Agenda de compromissos para a saúde integral e redução

da mortalidade infantil em um município de alagoas. Revista Brasileira Promoção Saúde, v.

26, n. 4, 2013.

MOURA, E. R. F. Assistência ao planejamento familiar na perspectiva de usuárias e

enfermeiros do programa de saúde da família. 2003. 136 f. Tese (Doutorado em

Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal

do Ceará, Fortaleza, 2003.

NARCHI, N. Z.; CRUZ, E. F.; GONÇALVES, R. O papel das obstetrizes e enfermeiras

obstetras na promoção da maternidade segura no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 2013.

OLIVEIRA, M. I. C.; CAMACHO, L. A. B.; SOUZA, I. E. Promoção, proteção e apoio à

amamentação na atenção primária à saúde no Estado do Rio de Janeiro, Brasil: uma política.

Caderno Saúde Pública, v. 21, n. 6, p. 1901-1910, 2005.

OLIVEIRA, M. M.; PINTO, I. C. Percepção das usuárias sobre as ações de prevenção do

câncer do colo do útero na estratégia saúde da família em uma distrital de saúde do município

de ribeirão preto, São Paulo, Brasil. RevistaBrasileiraSaúdeMaterna e Infantil, v. 7, n. 1, p.

31-38, 2007.

OSIS, M. J. et al., Factors associated with prenatal care among low income women in the

state of São Paulo, Brazil. Revista Saúde Pública, v. 27, n. 1, p. 49-53, 1993.

PIRES, V. M. M. M.; RODRIGUES, V. P; NASCIMENTO, M. A. A. Sentidos da

integralidade do cuidado na saúde da família. Revista Enfermagem UERJ, v. 18, n. 4, p.

622-627, 2010.

RAMALHO, K. S et al., Política de saúde da mulher à integralidade: efetividade ou

possibilidade?.Caderno de Graduação-Ciências Humanas e Sociais-FITS, v. 1, n. 1, p. 11-

22, 2012.

RANGEL, R. F et al., Avanços e perspectivas da atuação do enfermeiro em estratégia saúde

da família. Cogitare Enfermagem, v. 16, n. 3, 2011.

RATTNER, D. Humanização na atenção a nascimentos e partos. interface–comunicação.

Saúde, Educação, Botucatu, v. 13, p. 759-768, 2009.

Page 51: Luana_saúde Da Mulher e Aatuação Do Enfermeiro Na Estratégia Saúde Da Família 2015

51

RODRIGUES, E. M.; NASCIMENTO, R. G.; ARAÚJO, A. Protocolo na assistência pré-

natal: ações, facilidades e dificuldades dos enfermeiros da estratégia de saúde da família.

Revista Escola Enfermagem USP, v. 45, n. 5, p. 1041-1047, 2011.

SANTOS, M. S. Formação do enfermeiro na atenção básica à saúde da mulher.

Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde da Família) - Centro Universitário

UNINOVAFAPI. Teresina, 2013.

SANTOS, S. D. A integralidade no ensino de enfermagem na saúde da mulher:

concepções e práticas de docentes. 2011. 83 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)

Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.

SEABRA, J. P. Planejamento familiar: a política e os serviços nos municípios de

Florianópolis e Palhoça. 2009. 68 f. Monografia (Monografia em Serviço Social) -

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.

SUCCI, R. C. M. et al., Avaliação da assistência pré-natal em unidades básicas do Município

de São Paulo. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 16, n. 6, p. 986-992, 2008.

TEIXEIRA, M. A. Relatório final: Estágio Curricular II serviços da rede básica estratégia

saúde da família nossa senhora de Belém. Porto Alegre: Serviços da Rede Básica, da Escola

de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2011.

TEMPORÃO, J. G. Direitos sexuais e reprodutivos das mulheres no Brasil: conquistas

recentes e desafios prementes. Ciência e Cultura, v. 64, n. 2, p. 21-23, 2012.

XIMENES NETO et al., Qualidade da atenção ao pré-natal na Estratégia Saúde da Família em

Sobral, Ceará.Revista Brasileira de Enfermagem, v. 61, n. 5, p. 595-602, 2008.