Lubrificaçao I

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LUBRIFICAÇÃO Prof Anderson Pontes

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LUBRIFICAÇÃO Prof Anderson Pontes

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LUBRIFICAÇÃO

Qualquer fluido pode funcionar como um

lubrificante, ao menos teoricamente.

Além disso, alguns sólidos podem atuar

como redutores de atrito, ou seja, lubrificar.

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INTRODUÇÃO

Embora nem todas as substâncias usadas como lubrificantes sejam, necessariamente, produtos derivados do petróleo, seu emprego como matéria prima é majoritário nos dias de hoje, sendo praticamente impossível não se falar de petróleo quando se trata de lubrificação.

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PETRÓLEO

Mistura complexa de hidrocarbonetos;

Vem do latim “petrus” e “oleum”;

Tem sua origem a partir da matéria orgânica

que passa por processos físicos e químicos

que o transformam;

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HISTÓRICO

Noé usou o betume (ou piche) que saia do chão para “calafetar” a arca por dentro e por fora.

O petróleo era utilizado pelos romanos para iluminação;

Desde então, a única aplicação básica para ele era iluminação;

A perfuração do primeiro poço de petróleo é delegada a Edwin L. Drake, que perfurou um poço de 21m em 1859.

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HISTÓRICO

As primeiras concessões para prospecção e lavra de petróleo no Brasil foram outorgadas entre 1864 e 1896;

A Petrobrás é criada em 1953;

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COMPOSIÇÃO

Dependendo do tipo de hidrocarbonetos predominantes em sua composição o petróleo pode ser classificado: Base Parafínica

Base Naftênica

Base Aromática

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REFINO

O crude oil é a matéria-prima para óleos combustíveis e lubrificantes;

A combinação de tratamentos executados no petróleo para obtenção de produtos é chamado refino, feito em uma refinaria.

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REFINO

objetivos

Produção de lubrificantes

Produção de combustíveis

Produção de matérias-primas petroquímicas

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REFINO

Classificação

Processos de Separação

Processos de Conversão

Processos de Tratamento

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REFINO

Na produção de lubrificantes o petróleo é submetido inicialmente ao topeamento (topping) que vem a ser a remoção, por destilação, das frações mais leves. A seguir é feita a destilação a vácuo separando-se as diversas frações.

A fração de óleos lubrificantes é submetida a tratamentos subsequentes e acertado suas características.

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REFINO

Os principais processos de refino para preparação de lubrificantes são:

Extração de aromático á solvente – visa a elevação do Índice de Viscosidade e melhoria da estabilidade a oxidação;

Desparafinação com solvente – redução do ponto de fluidez, melhorando as características de escoamento a baixas temperaturas;

Hidrotratamento – remoção de impurezas, melhorando a estabilidade a oxidação e clareamento do produto final.

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LUBRIFICANTE

Base + Aditivos

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BASE LUBRIFICANTE

São os principais constituintes dos lubrificantes;

As bases são combinadas aos aditivos para conferir ao lubrificante as características físico-químicas necessárias para um bom uso.

Elas são essencialmente obtidas do refino do crude oil, os chamados óleos básicos minerais e da síntese de compostos puros chamados de bases sintéticas.

Há ainda as bases naturais que são de origem animal ou vegetal.

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BASES MINERAIS

São as mais comuns para emprego em lubrificação;

Os óleos minerais são obtidos do petróleo e, consequentemente, suas propriedades relacionam-se á natureza do óleo cru que lhes deu origem e do processo de refino empregado;

Consistem basicamente de hidrocarbonetos naftênicos e parafínicos

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BASES MINERAIS

Características Parafínicos Naftênicos

Ponto de fluidez Alto Baixo

Índice de

Viscosidade

Alto Baixo

Resistência a

Oxidação

Grande Pequena

Oleosidade Pequena Grande

Résíduo de

Carbono

Grande Pequeno

Emulsibilidade Pequena Grande

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BASES SINTÉTICAS

Surgiram com as necessidades cada vez mais específicas da sociedade;

Possuem uma série de compostos complexos em sua composição e tem uma série de aplicações bem específicas;

São assim chamadas porque são preparadas em laboratório por diversos processos de sínstese, não tendo o petróleo como matéria prima.

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BASES SINTÉTICAS PRINCIPAIS BASES SINTÉTICAS USOS

Oligômeros de Olefinas Lubrificantes automotivos em

geral

Ésteres de ácidos dibásicos Lubrificantes de motores a jato,

óleos hidráulicos especiais e

óleos para instrumentos

delicados.

Ésteres de Organofosfatos Aditivos de média-extrema

pressão e como agentes

antiespumantes

Ésteres de Silicatos Fluidos de transferência de calor,

fluidos hidráulicos de altas

temperaturas e constituintes de

graxas especiais

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BASES SINTÉTICAS PRINCIPAIS BASES SINTÉTICAS USOS

Silicones Aplicações que requerem a mínima variação possível de

viscosidade com a temperatura.

Componentes de Ésteres de Poliol Lubrificantes para turbinas a jato

Polibutenos Espessantes e matéria prima para

aditivos. Também são usados para

laminação de metais, cabos de aço, engrenagens, etc;

Poliglicóis Óleos para compressores ,fluidos de freio e para usinagem

Alquilados Aromáticos Base sintetica para lubrificantes

automotivos e industriais

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BASES NÃO-CONVENCIONAIS

Óleos obtidos por processos de refino especiais de derivados de petróleo ou pela utilização de síntese a partir do gás natural.

Tem como principal característica um altíssimo índice de viscosidade, além de possuir excelente estabilidade á oxidação e ser livre de compostos aromáticos e impurezas.

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BASES NATURAIS

Utilizam o óleo vegetal (oriundo de sementes e plantas diversas) ou óleo animal (oriundo de tripas, peles, órgãos, etc. de animais diversos) como base para fabricação de lubrificantes.

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ATRITO

A principal função de um lubrificante é a

formação de uma película que impede o

contato direto entre duas superfícies que se

movem relativamente entre sí.

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ATRITO

O atrito é uma designação genérica da resistência que se opõe ao movimento. Esta resistência é medida por uma força denominada força de atrito.

Encontramos o atrito em qualquer tipo de movimento entre sólidos, líquidos ou gases. No caso de movimento entre sólidos, o atrito pode ser definido como a resistência que se manifesta ao movimentar-se um corpo sobre outro.

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ATRITO

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ATRITO

O atrito causa diversos problemas, tais como: Desgaste dos elementos de máquina

Ruído e vibração

Aumento de temperatura (perda de energia)

Perda de movimento

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ATRITO Classificaçãoe

Atrito Sólido

Rolamento

Deslizamento

Atrito Gasoso Atrito Líquido

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ATRITO DE DESLIZAMENTO

As leis que regem o atrito de deslizamento são as seguintes:

1ª Lei

O atrito é diretamente proporcional à carga aplicada. Portanto, o coeficiente de atrito se mantém constante e, aumentando-se a carga, a força de atrito aumenta na mesma proporção.

Fs = μ x P

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ATRITO DE DESLIZAMENTO

2ª Lei

O atrito, bem como o coeficiente de atrito, independem da área de contato aparente entre superfícies em movimento.

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ATRITO DE DESLIZAMENTO

3ª Lei

O atrito cinético (corpos em movimento) é menor do que o atrito estático (corpos sem movimento), devido ao coeficiente de atrito cinético ser inferior ao estático.

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ATRITO DE DESLIZAMENTO

4ª Lei

O atrito diminui com a lubrificação e o polimento das superfícies, pois reduzem o coeficiente de atrito

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ATRITO DE ROLAMENTO

No atrito de rolamento, a resistência é devida sobretudo às deformações. As superfícies elásticas (que sofrem deformações temporárias) oferecem menor resistência ao rolamento do que as superfícies plásticas (que sofrem deformações permanentes). Em alguns casos, o atrito de rolamento aumenta devido à deformação da roda (por exemplo, pneus com baixa pressão).

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ATRITO DE ROLAMENTO

1ª Lei

A resistência ao rolamento é diretamente proporcional à carga aplica.

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ATRITO DE ROLAMENTO

2ª Lei

O atrito de rolamento é inversamente proporcional ao raio do cilindro ou esfera.

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RUGOSIDADES

Exames acurados do contorno de superfícies sólidas, feitas no microscópio eletrônico e por outros métodos de precisão, mostraram que é quase impossível, mesmo com os mais modernos processos de espelhamento, produzir uma superfície verdadeiramente lisa ou plana.

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DESGATE

Muito embora o objetivo imediato do

lubrificante seja reduzir o atrito, pode-se

considerar que sua finalidade última seja

diminuir o desgaste

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DESGASTE

Todos os corpos sofrem desgaste;

O conhecimento dos diversos tipos de desgastes é importante para averiguar suas origens e procurar a melhor forma de evitá-los.

Os principais tipos de desgaste são:

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Tipos de desgaste

Abrasão – Causado por partículas sólidas contidas no

espaço de atrito

Desalojamento – Remoção de um ponto e sua

deposição em outro

Corrosão – Proveniente de contaminantes sólidos

Endentação – Consequência da penetração de

corpo estranho duro

Fricção – Endentações polidas provenientes de

corrosão por vibração

Erosão – Endentações causadas pela repetição de

choques com pesadas sobrecargas

Fragmentação – Produzida por instalação defeituosa

Esfoliação ou Escamação – Submeter o metal a

esforços repetitivo além de sua capacidade limite

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Tipos de Desgaste

Estriamento – Passagem contínua de fracas correntes

elétricas

Cavitação – Colapso de bolhas em um fluido

Leis do Desgaste

1 – A quantidade de desgaste é diretamente

proporcional a carga

2 – A quantidade de desgaste é diretamente

proporcional a distância deslizante

3 – A quantidade de desgaste é inversamente

proporcional a dureza da superfície.