LUCAS 16

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LUCAS 16.13 INTRODUÇÃO: Wall Street Journal citou o seguinte comentário espirituoso, anônimo, definindo o dinheiro como: "um artigo que pode ser usado como passaporte universal para todos os lugares, exceto para o céu, provedor universal de todas as coisas, exceto a felicidade ". O autor poderia ter acrescentado, ainda, que o dinheiro é o provedor universal da avareza e da competição, além de um servo maravilhoso, porém um senhor cruel. O amor ao dinheiro ainda é a "raiz de todos os males" (1 Tm 6:10) e contribui para encher o mundo de corrupção e de concupiscência (1 Pe 1:4) ELUCIDAÇÃO: O capitulo estar dividido em dois pontos: 1 - O DIREITO DE USAR A RIQUEZA (Lc.16.1-13); 2 - O USO INDEVIDO DO DINHEIRO (Le 16:14-31). Um mordomo insensato (vv. 1, 2). Um mordomo ou despenseiro é uma pessoa que administra os bens de outra pessoa. Ele próprio não possui esses bens, mas tem o privilégio de desfrutá-los e de usá-los de modo a beneficiar seu senhor. O mais importante para o mordomo é servir ao senhor fielmente (1 Co 4:2). Ao ver as riquezas a seu redor, o mordomo deve lembrar que pertencem ao senhor e que não são propriedade particular dele, de modo que devem ser usadas de maneira a agradar e beneficiar o senhor. O mordomo desta história esqueceu isso e começou a agir como se fosse o proprietário. Tornou-se um "mordomo pródigo", que esbanjava os bens do senhor. Quando o senhor ficou sabendo dessa situação, pediu, no mesmo instante, um inventário de seus bens e uma auditoria dos livros de registro e despediu o mordomo.

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Breve estudo sobre Lucas 16

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LUCAS 16.13

INTRODUÇÃO:Wall Street Journal citou o seguinte comentário espirituoso, anônimo, definindo

o dinheiro como: "um artigo que pode ser usado como passaporte universal para todos os lugares, exceto para o céu, provedor universal de todas as coisas, exceto a felicidade". O autor poderia ter acrescentado, ainda, que o dinheiro é o provedor universal da avareza e da competição, além de um servo maravilhoso, porém um senhor cruel. O amor ao dinheiro ainda é a "raiz de todos os males" (1 Tm 6:10) e contribui para encher o mundo de corrupção e de concupiscência (1 Pe 1:4)

ELUCIDAÇÃO:

O capitulo estar dividido em dois pontos:

1 - O DIREITO DE USAR A RIQUEZA (Lc.16.1-13);

2 - O USO INDEVIDO DO DINHEIRO (Le 16:14-31).

Um mordomo insensato (vv. 1, 2). Um mordomo ou despenseiro é uma pessoa que administra os bens de outra pessoa. Ele próprio não possui esses bens, mas tem o privilégio de desfrutá-los e de usá-los de modo a beneficiar seu senhor. O mais importante para o mordomo é servir ao senhor fielmente (1 Co 4:2). Ao ver as riquezas a seu redor, o mordomo deve lembrar que pertencem ao senhor e que não são propriedade particular dele, de modo que devem ser usadas de maneira a agradar e beneficiar o senhor.

O mordomo desta história esqueceu isso e começou a agir como se fosse o proprietário. Tornou-se um "mordomo pródigo", que esbanjava os bens do senhor. Quando o senhor ficou sabendo dessa situação, pediu, no mesmo instante, um inventário de seus bens e uma auditoria dos livros de registro e despediu o mordomo.

Antes de julgar esse homem com severidade, devemos examinar nossa vida e determinar nossa fidelidade como mordomos do que Deus nos dá. Em primeiro lugar, somos mordomos das riquezas materiais que temos, quer sejam muitas quer poucas; um dia, teremos de prestar contas diante de Deus do modo de adquiri-las e de usá-las.

A mordomia cristã vai além do pagamento do dízimo de nossa renda, ficando orestante para ser usado como nos parecer bem. Devolver 10% de nossa renda a Deusé uma boa forma de começar a exercitar a mordomia fiel, mas precisamos lembrar que Deus também deve controlar o que fazemos com os outros 90%.

TEMA: OS DOIS LADOS DA RIQUEZA

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TEMA: OS DOIS LADOS DA RIQUEZA

1 - O DIREITO DE USAR A RIQUEZA (Lc.16.1-13);

Como cristãos, também somos mordomos das habilidades e dos dons que Deus nos deu (1 Pe 4:10), e devemos usá-los para servir aos semelhantes. O ladrão diz: "o que é seu é meu, dê-me cá!" O egoísta diz: "o que é meu, é meu, fico com tudo!", mas o cristão deve dizer: "o que é meu é uma dádiva de Deus, vou compartilhá-la!". Somos mordomos e devemos usar nossas habilidades para ganhar os perdidos, encorajar outros cristãos e suprir as necessidades dos aflitos.

Assim como o mordomo da história, um dia teremos de prestar contas da forma de administrar nossos bens (Rm 14:10-12; 2 Co 5:10). Quem tiver sido fiel receberá elogios e recompensas do Senhor (Mt 25:21; 1 Co 4:5); mas quem tiver sido infiel será salvo e entrará no céu, mas perderá as bênçãos (1 Co 3:13-15).

Um mordomo sábio (vv. 3-8). O mordomo sabia que seria mandado embora. Não tinha meios de mudar o passado, mas podia preparar-se para o futuro. Como? Fazendo amizade com os devedores de seu senhor para que o acolhessem quando o patrão o demitisse. Ofereceu a cada um deles um desconto generoso, desde que pagassem imediatamente, e todos ficaram mais do que satisfeitos em cooperar. Até mesmo o senhor elogiou o mordomo por seu plano astuto (Lc 16:8).

Jesus não elogiou o mordomo por roubar de seu senhor nem por incentivar outros a serem desonestos. Jesus o elogiou por usar a oportunidade com sabedoria. Os "filhos do mundo" são especialistas em aproveitar ao máximo as oportunidades de ganhar dinheiro, fazer amigos e levar alguma vantagem. O povo de Deus deve ficar atento e ser igualmente sábio ao administrar as questões espirituais da vida. Os "filhos do mundo" são mais sábios somente no que diz respeito a "sua própria geração"; vêem as coisas do dia de hoje, mas não as coisas da eternidade. Uma vez que os filhos de Deus vivem com os olhos voltados para o que é eterno, devem ser capazes de aproveitar mais ainda as oportunidades.

A aplicação (vv. 9-13). Jesus fez três admoestações com base na experiência do mordomo.

Em primeiro lugar, a usar as oportunidades com sabedoria (Lc 16:9). Um dia desses, a vida chegará ao fim, e não será mais possível ganhar nem gastar dinheiro. Assim, enquanto há oportunidade, deve-se investir o dinheiro em "fazer amigos" para o Senhor. Isso quer dizer ganhar para Cristo pessoas que, um dia, nos receberão de braços abertos no céu. Mais cedo ou mais tarde, a vida e os recursos chegarão ao fim, de modo que convém usá-los com sabedoria.

A herança do passado deve ser usada com sabedoria no presente, a fim de garantir dividendos espirituais no futuro. Todos deveram ter o desejo de chegar ao céu e de encontrar pessoas que creram em Cristo porque investimos na pregação do evangelho ao redor do mundo, começando em casa. HENRY DAVID ESCREVEU, MUITO APROPRIADAMENTE, QUE UM HOMEM É RICO NA PROPORÇÃO DO NÚMERO DE COISAS SEM AS QUAIS É CAPAZ DE VIVER.

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A segunda admoestação de Jesus foi: sejam fiéis na maneira de usar as riquezas materiais (lc 16:10-12). Ele deixa claro que é impossível separar o "espiritual" do "material". Por que Jesus preocupou-se com a maneira de usar o dinheiro? Porque o dinheiro não é um elemento neutro; é essencialmente nocivo, e somente Deus pode santificá-lo e usá-lo para o bem.

Por fim, Jesus admoestou-nos a ser inteiramente dedicados ao Senhor e firmes em nossos propósitos (lc 16:13). Não se pode amar nem servir a dois senhores, assim como não é possível caminhar em duas direções ao mesmo tempo. Quem escolhe servir ao dinheiro, não pode servir a Deus. Quem escolhe servir a Deus, não servirá ao dinheiro. Jesus exige integridade, a dedicação total a Deus que o coloca acima de todas as coisas (Mt 6:33).

Se Deus é nosso Senhor, o dinheiro será nosso servo, e usaremos os recursos segundo a vontade de Deus. Mas se Deus não é nosso Senhor, nos tornaremos servos do dinheiro, e o dinheiro é um senhor cruel! Haverá desperdício da vida em vez de investimento da vida, e, um dia, ao atravessar as portas do céu, nos veremos sem amigos.

CONCLUSÃO:

Nas palavras de Henry fielding: "Se fizer do dinheiro seu deus, ele o perturbará como o diabo!" Jesus disse: "Faça do dinheiro seu servo e use as oportunidades de hoje como investimentos visando os dividendos de amanhã." Seja um mordomo sábio! Há almas a ganhar para o Salvador, e o dinheiro pode ajudar a realizar essa obra.

Rev. José Romeu da Silva