LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA - UERR LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO JOSIMAR MATIAS SANTOS Rorainópolis RR 2010

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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estadual de Roraima – UERR, Campus Rorainópolis, como requisito parcial a obtenção do título de Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA - UERR

LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

JOSIMAR MATIAS SANTOS

Rorainópolis – RR

2010

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JOSIMAR MATIAS SANTOS

LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Universidade Estadual

de Roraima – UERR, Campus

Rorainópolis, como requisito parcial a

obtenção do título de Graduação em

Licenciatura Plena em Pedagogia.

Orientadora: Professora Ana Cristina

Nunes Piuco.

Rorainópolis – RR

2010

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JOSIMAR MATIAS SANTOS

LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Universidade Estadual

de Roraima – UERR, Campus

Rorainópolis, como requisito parcial a

obtenção do título de graduação em

Licenciatura Plena em Pedagogia.

Aprovado em:_____/_____/_____

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Ana Cristina Nunes Piuco (Orientadora)

________________________________________________________

Examinador

________________________________________________________

Examinador

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CESSÃO DE DIREIT0

Todos os direitos reservados – Está autorizada a reprodução total ou

parcial deste Trabalho de Conclusão de curso, devendo incluir fonte:

SANTOS, Josimar Matias. Ludicidade no processo de alfabetização. / por Josimar Matias Santos. Rorainópolis-RR: UERR, 2010. Orientadora: Profª. Ana Cristina Nunes Piuco. Monografia (graduação) Universidade Estadual de Roraima-RR. Curso Licenciatura em Pedagogia

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Dedicatória

A Deus por ter me guiado nessa conquista; a minha mamãe Eva Matias que,

Sempre acreditou e me acompanhou auxiliando nessa jornada acadêmica e de

vida; a minha esposa Magna Maria e ao meu filho Mikaeel José, por ter me

dado força e acreditado na concretização desse sonho; a minha amiga, a

professora Odete Campos e aos demais que de forma direta ou indiretamente

contribuíram na realização deste trabalho; a minha orientadora Ana Piúco, pela

disposição, paciência e o profissionalismo que estiveram presente em cada

ensinamento.

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Agradecimentos

Ao criador de todas as coisas e do universo, por estar sempre

iluminando meu caminho, e que me conduziu até o momento me dando, saúde,

força e sabedoria, concedendo-me condições para realizar este trabalho.

A minha mãe que deu - me a oportunidade de nascer, educando-me

com amor, respeitando e valorizando sempre os conceitos morais e por

acreditar na minha capacidade.

A minha esposa, por se mostrar companheira, paciente e amiga durante

toda essa trajetória.

Aos meus professores e amigos que sempre demonstraram amizade e

companheirismo durante toda a jornada acadêmica.

Agradeço ainda à minha orientadora, a Prof.ª Ana Cristina Nunes Piuco

pela atenção, compreensão e determinação durante a orientação.

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“O sucesso surge quando você se mantém firme em seus propósitos”

(autor desconhecido)

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RESUMO

Esta pesquisa objetivou coletar dados que demonstrassem as possíveis dificuldades encontradas pelos professores da Escola Municipal Professor Hidelmar Pereira de Figueiredo ao trabalharem com o lúdico no processo de alfabetização dos alunos do 1º ao 4º ano. Para a realização do trabalho realizou-se uma pesquisa de campo do tipo qualitativa descritiva. Foram coletados, através da aplicação de questionários e entrevista, dados sobre a utilização do lúdico no processo de alfabetização. A pesquisa foi respaldada por expressivos referenciais teóricos, permitindo afirmar que a prática do lúdico quando, bem aplicadas, certamente ajudarão no desenvolvimento da educação psicomotora e consequentemente, no processo escolar, assim como na alfabetização. A importância das atividades lúdicas na alfabetização, visto que jogos e brincadeiras são, conforme os estudiosos, experiências afetivas que se correlacionam ao ambiente e devem ser aplicadas nas crianças em fase escolar. A conclusão final permitiu ressaltar os principais aspectos da pesquisa que certamente farão com que os professores motivem-se para a realização de novos estudos sobre o tema abordado além de se dedicar mais quanto a elaboração de suas metodologias voltadas para a ludicidade.

Palavras-Chaves: Atividades lúdicas; alfabetização; jogos e brincadeiras;

processo escolar; professores.

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ABSTRACT

This survey aimed to collect data to demonstrate the possible difficulties encountered by teachers of the Municipal School Professor Hildemar Pereira de Figueiredo to work with the play in the process of literacy of students from 1st to 4th year. To carry out the work we carried out a field survey of the qualitative descriptive type. Were collected through questionnaires and interviews, data on the use of play in the literacy process.The research was supported by significant theoretical, allowing us to conclude that the practice of entertaining when well implemented, will certainly help in the development of psychomotor education and consequently the school process, as well as in literacy. The importance of play activities in literacy, as are games and activities, as scholars, affective experiences that correlate to the environment and should be applied in children at school age. The final conclusion allowed to highlight the main aspects of research that will certainly motivate the teachers to the new studies about the subject than to spend more on the development of methodologies aimed at their playfulness. Key Words: Recreational activities, literacy games, and games to school process; teachers.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10

1 A NATUREZA DO OBJETO DA PESQUISA ....................................................... 11

1.2 Problema da Pesquisa ....................................................................................... 11

1.3 Justificativa ........................................................................................................... 12

1.4 Objetivos ............................................................................................................... 12

1.4.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 12

1.4.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 12

2 MARCO TEÓRICO ................................................................................................... 13

2.1 Ludicidade no processo de alfabetização ...................................................... 13

2.2 O lúdico na prática pedagógica ........................................................................ 15

2.3 A Criança e o Lúdico ........................................................................................... 18

2.4 Brincadeiras e os Jogos na Alfabetização ..................................................... 20

3 O PERCURSO DA PESQUISA ............................................................................... 23

3.1 Tipo de pesquisa ................................................................................................. 23

3.2 Tipo de Método .................................................................................................... 24

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ........................................................ 24

3.3.1 Questionário ..................................................................................................... 24

3.3.2 Entrevista ........................................................................................................... 25

3.4 Questões Norteadoras da Pesquisa ................................................................ 25

3.5 Participantes da pesquisa ...................................................................................... 25

3.6 Momentos da pesquisa ...................................................................................... 25

3.7 População ............................................................................................................. 26

3.8 Amostra ................................................................................................................. 26

3.8.1 Critérios de seleção da amostra ................................................................... 26

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ............................................................... 27

4.1 Análise dos Questionários dos Professores ................................................ 27

4.2 Análise da entrevista com o Coordenador Pedagógico .............................. 30

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 32

6 RECOMENDAÇÕES ................................................................................................ 33

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 34

APÊNDICES ................................................................................................................. 36

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INTRODUÇÃO

O termo “lúdico” tem sido muito discutido na atualidade entre

pesquisadores e estudiosos de diversas áreas do conhecimento. Considerando

as resistências inovadoras no processo de ensino aprendizagem e também a

faixa etária dos alunos no ambiente pesquisado, a pesquisa foi desenvolvida

para analisar a ludicidade no processo de alfabetização, assim como detectar

as possíveis dificuldades encontradas pelos professores para trabalharem com

o lúdico no processo de alfabetização dos alunos do 1º ao 4º ano.

O trabalho foi estruturado em quatro capítulos, sendo que o primeiro

explana a natureza do objeto de pesquisa (contextualização, problema da

pesquisa, justificativa e objetivos).

O segundo capítulo discorre sobre os pressupostos teóricos, embasando

os argumentos citados em vários autores que enfatizam e defendem a prática

do lúdico.

O terceiro capítulo aborda o percurso da pesquisa, o tipo e o método da

pesquisa, os instrumentos de coleta de dados, assim como a descrição dos

instrumentos, as questões norteadoras da pesquisa, os participantes, o

momento da pesquisa, a população, a amostra e os critérios de seleção de

amostra.

O quarto capítulo expõe a análise e discussão dos dados, a conclusão e

ainda as recomendações, referencias e apêndices.

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1. NATUREZA DO OBJETO DA PESQUISA

Esta pesquisa objetivou coletar dados que demonstrassem a importância

das atividades lúdicas na alfabetização e as possíveis dificuldades encontradas

pelos docentes ao utilizar essas atividades no processo de alfabetização. Para

tanto é importante o resgate do lúdico como processo educativo e demonstrar

que ao se trabalhar ludicamente não se está abandonando a seriedade e a

importância dos conteúdos a serem apresentados à criança, pois as atividades

lúdicas são indispensáveis para o seu desenvolvimento sadio e para a

apreensão dos conhecimentos, uma vez que possibilitam o desenvolvimento da

percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos. Por meio das

atividades lúdicas, a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo,

aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói

conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente.

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA

O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo” e

se a palavra se achasse estruturada a sua origem, o termo lúdico estaria se

referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. A evolução

semântica da palavra "lúdico", entretanto, não parou apenas nas suas origens

e acompanhou as pesquisas de Psicomotricidade. O lúdico passou a ser

reconhecido como traço essencial do comportamento humano. De modo que a

definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da

necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo.

A presente pesquisa sobre Ludicidade no processo de alfabetização

analisou as principais dificuldades que os professores da Escola Municipal

Professor Hidelmar Pereira de Figueiredo encontram ao utilizar o lúdico na

alfabetização dos alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental. direcionado

uma entrevista.

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1.2 PROBLEMA DA PESQUISA

Quais as possíveis dificuldades encontradas pelos professores do

Ensino Fundamental de 1º ao 4º ano da Escola Municipal Professor Hidelmar

Pereira de Figueiredo ao trabalharem com o lúdico no processo de

alfabetização?

1.3 JUSTIFICATIVA

Devido às constantes resistências inovadoras no processo de ensino-

aprendizagem e considerando também a faixa etária dos alunos no período de

alfabetização é que surgiu a necessidade de detectar as possíveis dificuldades

encontradas pelos professores nesse processo, intencionando assim contribuir

qualitativamente para a educação das crianças da Escola Municipal Professor

Hidelmar Pereira de Figueiredo. Além de ser pré-requisito para o trabalho de

conclusão de curso de Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade

Estadual de Roraima.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1. OBJETIVO GERAL

Detectar as possíveis dificuldades encontradas pelos professores da

Escola Municipal Professor Hidelmar Pereira de Figueiredo ao trabalharem com

o lúdico no processo de alfabetização dos alunos do 1º ao 4º ano.

1.4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Analisar através de questionário qual a visão dos professores da Escola

Municipal Professor Hidelmar Pereira de Figueiredo a respeito do lúdico como

ferramenta educativa para a alfabetização;

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Identificar através de questionário as principais dificuldades dos professores

ao utilizar o lúdico durante o processo de alfabetização;

Verificar através de entrevista com os coordenadores pedagógicos da

Escola Municipal Hidelmar Pereira Figueiredo se o lúdico é considerado

recurso metodológico durante o planejamento dos professores;

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2. MARCO TEÓRICO

A perspectiva teórica que dará base a esta pesquisa está amparada no

pressuposto de que as dificuldades da prática docente, quanto a aprendizagem

e o desenvolvimento dos alunos podem ser construídos e influenciados por um

contexto histórico, social e cultural.

Para tanto serão utilizados construtos teóricos fornecidos por vários

autores, fazendo-se necessário, em primeiro lugar, discutir as diversas

concepções existentes sobre a definição do termo lúdico.

2.1. LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Com o pensamento obsessivo de que a alfabetização se limita às quatro

paredes da sala de aula e o método adequado dá ao professor o controle da

alfabetização de seus alunos, o próprio professor entra em conflito frente à

situação de que o número de crianças com acesso à alfabetização aumentou e

trouxe como conseqüência, o fracasso escolar notável. Tradicionalmente, as

investigações sobre as questões de alfabetização giram em torno de uma única

pergunta: “como ensinar a ler e escrever?”.

Segundo Popovic (1968), “a prontidão para alfabetização significa ter

um nível suficiente sob determinados aspectos para iniciar o processo da

função simbólica que é a leitura e a sua transposição gráfica que é a escrita”.

Como a escrita é uma função culturalmente mediada, a criança se

desenvolve numa cultura letrada e está exposto aos diferentes usos da

linguagem escrita e ao seu formato, tendo diferentes concepções a respeito

desse objetivo cultural ao longo de seu desenvolvimento. A principal condição

necessária para que uma criança seja capaz de compreender adequadamente

o funcionamento da língua escrita, é que essa criança descubra que a língua

escrita é um sistema de signos que não tem significado em si. Os signos

representam outra realidade, isto é, o que se escreve, tem uma função

instrumental, funcionando como suporte para a memória e a transmissão de

idéias e conceitos.

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[...] A criança que cresce em um meio “letrado” está exposta à influência de uma série de ações. E quando dizemos ações, neste contexto, queremos dizer interações. Através das interações adulto-adulto, adulto-criança e crianças entre si, criam-se as condições para a inteligilidade dos símbolos. A experiência com leitores de textos informa sobre a possibilidade de interpretação dos mesmos, sobre as exigências desta interpretação e sobre as ações pertinentes, convencionalmente estabelecidas [...]. A criança se vê continuamente envolvida, como agente e observador, no mundo “letrado”. Os adultos lhe dão a possibilidade de agir como se fosse leitor – ou escritor -, oferecendo múltiplas oportunidades para sua realização (livros de histórias, periódicos, papel e lápis, tintas, etc.). O fato de poder comportar-se como leitor antes de sê-lo, faz com que se aprenda precocemente o essencial das práticas sociais ligadas à escrita. (FERREIRO, 2001, p. 59-60).

Portanto, a criança ao crescer em volta de adultos letrados que fazem

uso cotidianamente de uma diversidade de materiais escritos, tem sua

curiosidade aguçada a respeito deste objeto de conhecimento, e assim, da

mesma forma como acontece com a linguagem falada, a criança sente a

necessidade de conhecer este objeto cultural do qual os adultos tanto se

utilizam. Nesse processo de descoberta a criança obtém informações das mais

diversas formas como, por exemplo, quando a mãe recebe uma

correspondência de uma pessoa, quando esta presencia um ato de leitura, a

escrita de um bilhete, todos esses elementos vão sendo reunidos pela criança,

viabilizando a elaboração de hipóteses acerca deste mundo ainda

desconhecido para ela, o do ler e do escrever. E durante esse processo de

descobertas a utilização de atividades lúdicas utilizando os conhecimentos que

a criança tem no ambiente familiar é fundamental.

Entretanto, muitas vezes, esta criança ao chegar à escola, não tem

esses conhecimentos reconhecidos como válidos, passando então a ser

analisada tendo como parâmetro uma série de pré-requisitos, tais como as

habilidades motoras, perceptíveis e visuais.

Com relação a estes aspectos Bolzan argumenta:

Os pré-requisitos não podem ser entendidos como habilidades que a criança deve ter desenvolvido para ingressar em certo nível na escola. Precisam ser entendidas, sim, como aquelas hipóteses, conceitos, relações, que a criança já construiu antes de ingressar em uma instituição formal de ensino. (2007, p.25).

Nessa perspectiva, as hipóteses infantis necessitam ser consideradas

pelo professor, pois este conhecimento que a criança já traz de casa, somado

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ao conhecimento que o professor alcança na sala de aula, possibilitará que a

criança confronte os conhecimentos e tire suas conclusões. Desta forma, ela

estará construindo seu conhecimento.

2.2. O LÚDICO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

A maioria das escolas tem didatizado a atividade lúdica das crianças

restringindo-as a exercícios repetidos de discriminação viso- motora e auditiva,

através do uso de brinquedos, desenhos coloridos, músicas ritmadas. Ao fazer

isso, ao mesmo tempo em que bloqueia a organização independente das

crianças para a brincadeira, essas práticas pré- escolares, através do trabalho

lúdico didatizado, enfatizam os alunos, como se sua ação simbólica servisse

apenas para exercitar e facilitar para o professor, a transmissão de

determinada visão do mundo, definida a priori pela escola.

É fundamental que se assegure à criança o tempo e os espaços para que o caráter lúdico do lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver, e viver, como diz a canção... como se fora brincadeira de roda... (MARCELINO,1996.p.38.)

O papel da educação é formar pessoas criticas e criativas, que criem,

inventem, descubram, que sejam capazes de construir conhecimento.

Não devendo aceitar simplesmente o que os outros já fizeram, aceitando

tudo o que lhe é oferecido. Daí a importância de se ter alunos que sejam ativos,

que cedo aprendem a descobrir, adotando assim uma atitude mais de iniciativa

do que de expectativa.

Considera-se função da educação infantil promover o desenvolvimento

global da criança; para tanto é preciso considerar os conhecimentos que ela já

possui e proporcionar a criança vivenciar seu mundo, explorando, respeitando

e reconstruindo. Nesse sentido a educação infantil deve trabalhar a criança,

tomando como ponto de partida que está é um ser com características

individuais e que precisa de estímulos, para crescer criativa, inventiva e acima

de tudo crítica.

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Quando o aluno chega à escola traz consigo uma gama de

conhecimento oriundo da própria atividade lúdica. A escola, porém, não

aproveita esses conhecimentos, criando uma separação entre a realidade

vivida por ela na escola e seus conhecimentos.

A escola agindo desta forma estará comprometendo a própria

espontaneidade da criança, que não se sentirá tão à vontade em sala de aula a

ponto de deixar fluir naturalmente sua imaginação e emoção.

A ação de brincar é algo bem natural da criança e por não ser

considerada uma atividade sistematizada e estruturada e sim espontânea,

acaba se tornando expressão de vida de cada criança. Rizzi e Haydt

convergem para a mesma perspectiva quando afirmam:

“O brincar corresponde a um impulso da criança, e este sentido, satisfaz

uma necessidade interior, pois, o ser humano apresenta uma tendência lúdica”

(1987 p. 14).

Nessa perspectiva o professor precisa está atento pra perceber esse

impulso que faz bem essa criança, ou seja, descobrir quais as brincadeiras que

ela mais gosta e assim direcioná-las para que satisfaçam as necessidades das

mesmas na medida do possível dentro das atividades de ensino aprendizagem.

O lúdico aplicado à prática pedagógica não apenas contribui para a

aprendizagem da criança, como possibilita ao educador tornar suas aulas mais

dinâmicas e prazerosas.

Cunha (1994) ressalta que a brincadeira oferece uma “situação de

aprendizagem delicada”, isto é, o educador precisa ser capaz de respeitar e

nutrir o interesse da criança, dando-lhe possibilidades para que envolva em seu

processo, ou do contrário perde-se a riqueza que o lúdico representa.

Neste sentido é responsabilidade do educador, na educação infantil, ajudar a

criança a ampliar de fato, as suas possibilidades de ação. Proporcionando à

criança brincadeiras que possam contribuir para o seu desenvolvimento

psicossocial e conseqüentemente para a sua educação.

O lúdico enquanto recurso pedagógico deve ser encarado de forma séria

e usado de maneira correta, pois a funcionalidade da educação lúdica só

estará garantida se o educador estiver motivado e preparado profissionalmente

para realizá-lo.

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Sendo que o papel do educador é, intervir de forma adequada, deixando

que o aluno adquira conhecimentos e habilidades, suas atividades visam

sempre um resultado, e uma ação dirigida para a busca de finalidades

pedagógicas que contribua na aprendizagem.

É fundamental que a escola ofereça a criança ambiente agradáveis

onde se sinta bem e a vontade, pois a criança deverá se sentir como integrante

do meio em que está inserida.

A criança aprende através da atividade lúdica a encontrar na própria

vida, nas pessoas reais, a complementação para suas necessidades. Nesse

sentido, Oliveira afirma: “Privar a criança de agir, é incapacitá-la para própria

vida” (1998, p.112.)

Conceber o lúdico como atividade apenas de prazer e diversão, negando

seu caráter educativo é uma concepção ingênua e sem fundamento. A

educação lúdica é uma ação inerente na criança e no adulto aparece sempre,

como uma forma transacional em direção a algum conhecimento.

Os professores das escolas infantis precisam manter um comportamento

ético para com as crianças durante as atividades lúdicas e fazer o possível pra

que as crianças nãos sejam expostas ao ridículo ou que passem por situações

constrangedoras. Intimidar as crianças na tentativa de fazer com que elas

sejam obedientes transmite pra elas sentimentos de insegurança e desamparo,

além de fazê-las se sentirem temerosas e perder o afeto, a proteção e a

confiança dos adultos.

O professor precisa estar atento à idade e às capacidades de seus

alunos para selecionar e deixar à disposição materiais adequados. O material

deve ser suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo

interesse que despertam pelo material de que são feitos. Lembrando sempre

da importância de respeitar e propiciar elementos que favoreçam a criatividade

das crianças.

Uma observação atenta pode indicar o professor que sua participação

seria interessante para enriquecer a atividade desenvolvida, introduzindo novos

personagens ou novas situações que tornem o jogo mais rico e interessante

para as crianças, aumentando suas possibilidades de aprendizagem.

Page 20: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é preparar para a vida. (KAMI, 1991, 125.)

As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo,

aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e

moralidade. A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais

da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa.

Portanto a escola deve facilitar a aprendizagem utilizando-se de

atividades lúdicas que criem um ambiente alfabetizador para favorecer o

processo de aquisição de autonomia de aprendizagem. Para tanto o saber

escolar deve ser valorizado socialmente e a alfabetização deve ser um

processo dinâmico e criativo através de jogos, brinquedos, brincadeiras e

musicabilidade.

2.3. A CRIANÇA E O LÚDICO

A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que

esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se

colocar e se expressar através de atividades lúdicas – considerando-se como

lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou

seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.

Para oliveira (1990), “as atividades lúdicas é a essência da infância”. Por

isso, ao abordar este tema não podemos deixar de nos referir também à

criança. Ao retornar a história e a evolução do homem na sociedade, vamos

perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje. Antigamente,

ela não tinha existência social, era considerada miniatura do adulto, ou quase

adulto, ou adulto em miniatura. Seu valor era relativo, nas classes altas era

educada para o futuro e nas classes baixas o valor da criança iniciava quando

ela podia ser útil ao trabalho, colaborando na geração da renda familiar.

A criança não é um adulto que ainda não cresceu. Ela tem

características próprias e para se tornar um adulto, ela precisa percorrer todas

as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. Por

Page 21: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

isso, foi preciso que houvesse uma profunda mudança da imagem da criança

na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas

atividades espontâneas, sugerindo como decorrência à valorização dos jogos e

brinquedos.

É na brincadeira que a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário. A criança vivência uma experiência no brinquedo como se ela fosse maior do que a realidade, o brinquedo fornece estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência da criança. (VYGOTSKY (1992, p.117.)

Com a brincadeira a criança ultrapassa seu comportamento do dia-a-dia,

desenvolvendo habilidades a cada necessidade e experiências vividas em cada

brincadeira. Nesse processo de desenvolvimento se inicia na família,

posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a

escola.

Na escola a intervenção do professor é necessária para que as

crianças possam, em situações de interação social ou sozinhas, ampliar suas

capacidades de apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e das

diferentes linguagens, por meio da expressão e comunicação de sentimentos e

idéias adquiridos durante as brincadeiras. Para isso, o educador deve conhecer

e considerar as singularidades das crianças de diferentes idades, com as quais

trabalha respeitando suas diferenças e ampliando suas pautas de socialização.

A educação lúdica contribui e influencia na formação da

criança,possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento

permanente,integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto

investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige

a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação

social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e

modificação do meio (Almeida 1995, p.41.)

Com esta compreensão podemos entender que a escola necessita

repensar quem ela está educando, considerando a vivência, o repertório e a

individualidade do mesmo, pois se não considerar, dificilmente estará

contribuindo para mudança e produtividade de seus alunos.

O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do desenvolvimento

infantil proporcionou um campo amplo de estudos e pesquisas e hoje é questão

Page 22: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

de consenso a importância do lúdico. Dentre as contribuições mais importantes

destes estudos, segundo Negrine (1994, p. 41), podemos destacar:

As atividades lúdicas possibilitam fomentar a "resiliência", pois

permitem a formação do autoconceito positivo;

As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da

criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente,

convive socialmente e opera mental-mente.

O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a

inserção da criança na sociedade;

Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde,

a habitação e a educação;

Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo,

intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma

conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a

expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade,

integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.

Brincando a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa,

nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua e cria.

O brinquedo e a brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil,

possibilitando a criança a desenvolver a sua inteligência, sua sensibilidade,

habilidades e criatividade, além de aprender a socializar-se com outras

crianças e com os adultos.

2.4. AS BRINCADEIRAS E OS JOGOS NA ALFABETIZAÇÃO

A alfabetização se constitui numa etapa necessária para o início do

processo de escolarização e também uma etapa do desenvolvimento do

indivíduo que está incluindo em sua formação global, sendo também um

instrumento político de conscientização e politização que possibilitará

oportunidades aos indivíduos de refletirem criticamente acerca de suas

condições de vida e assim saber viver com outrem, com respeito entre

autonomias distintas, condição indispensável para o fortalecimento da justiça,

direitos e liberdades fundamentais. Nessa perspectiva as brincadeiras o os

jogos podem influenciar contribuindo nesse processo.

Page 23: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Com brincadeiras e jogos o espaço escolar pode-se transformar em um

espaço agradável, prazeroso, de forma a permitir que o educador alcance

sucesso em sala de aula. Os educadores têm que ser multifuncionais, ou seja,

não apenas educadores, mas filósofos, sociólogos, psicólogos,

psicopedagogos, recreacionistas e muito mais, para que se possa desenvolver

as habilidades e a confiança necessária ao educandos.

Vygotsky (1998, p. 137) afirma: “A essência do brinquedo é a criação de

uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual,

ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”. Essas relações irão

permear toda a atividade lúdica da criança. Será também importante indicado

do desenvolvimento da mesma, influenciando sua forma de encarar o mundo.

Acredito que as brincadeiras devem acompanhar a criança da educação

infantil, pois nesse período da vida da criança, são relevantes em todos os

aspectos de sua formação.

Negrine (1994), em estudos realizados sobre aprendizagem e

desenvolvimento infantil, afirma que "quando a criança chega à escola, traz

consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande

parte delas através da atividade lúdica". Segundo esse autor, é fundamental

que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na

interação com o ambiente familiar e sociocultural, para formular sua proposta

pedagógica.

A criação de espaços e tempos para os jogos e brincadeiras é uma das

tarefas mais importantes do professor. Cabe aos professores organizar os

espaços de modo a permitir as diferentes formas de brincadeiras, de forma, por

exemplo, que as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não

sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma atividade que exige mais

mobilidade e expansão de movimentos, ou seja, observando e respeitando as

diferenças de cada um.

Nos tempos atuais, as propostas de educação infantil dividem-se entre

as que reproduzem a escola elementar com ênfase na alfabetização e números

(escolarização) e as que introduzem a brincadeira valorizando a socialização e

a re-criação de experiências. Relembrando que brincar é um direito

fundamental de todas as crianças no mundo inteiro, cada criança deve estar

Page 24: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para

satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem.

Portanto a escola deve oferecer oportunidades para a construção do

conhecimento através da descoberta, invenção, brincadeiras e criatividade,

elementos estes indispensáveis para a participação e aprendizagem ativa da

criança no seu meio.

Page 25: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

3. O PERCURSSO DA PESQUISA

Para essa pesquisa acerca da construção do conhecimento sobre a

ludicidade no processo de alfabetização foi o ambiente escolhido para a

pesquisa foi a Escola Municipal Professor Hildelmar Pereira de Figueiredo.

Depois de várias visitas e conversas com o diretor e a coordenadora da

instituição, resolveu-se dar inicio na pesquisa, onde foi aplicado um

questionário para os professores do 1º ao 4º ano, para identificar qual a visão

dos mesmos a respeito do lúdico como ferramenta educativa durante a

alfabetização e quais as principais dificuldades encontradas ao trabalharem

com o lúdico. E dando continuidade, realizou-se entrevista com o coordenador

pedagógico da escola para saber se o lúdico é considerado recurso

metodológico durante o planejamento dos professores.

Após o processo de coleta de dados foi feito as analise dos mesmos,

obtendo todas as respostas para os objetivos propostos.

3.1. TIPO DA PESQUISA

O tipo de pesquisa utilizado foi do tipo descritivo com o propósito de buscar

respostas pra a problemática pesquisada, analisando, identificando e

descrevendo baseando-se na premissa de que os problemas podem ser

resolvidos e as práticas podem ser melhoradas através de descrição e análise

de observações objetivas e diretas.

De acordo com Mattar (1996), as pesquisas descritivas são

caracterizadas por possuírem objetivos bem definidos, procedimentos formais,

serem bem estruturadas e dirigidas para a solução de problemas ou avaliação

de alternativas de cursos de ação.

3.2. TIPO DE MÉTODO

O tipo de método utilizado nessa pesquisa é de natureza qualitativa

descritiva, onde os dados coletados foram analisados e comparados com a

teoria de vários autores, buscando assim uma reflexão sobre a problemática da

pesquisa.

Page 26: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

“O termo qualitativo implica uma partilha densa com pessoas, fatos e

locais que constituem objetos de pesquisa, para extrair desse convívio os

significados visíveis e latentes que somente são perceptíveis a uma atenção

sensível” (CHIZZOTTI, 2006).

3.3. INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

“De acordo com o tipo de informações que se deseja obter, há uma

variedade de instrumentos que podem ser utilizados e maneiras diferentes de

operá-lo” (RUDIO, 1986).

Portanto nesta pesquisa a técnica de coleta de dados foi a entrevista e o

questionário, utilizando uma abordagem qualitativa seguido da analise e

interpretação dos dados coletados, instrumentos esses que tem em comum o

fato de serem constituídos por uma lista de indagações que ao serem

respondidas pretende atingir a meta das informações pretendida.

3.3.1. QUESTIONÁRIO

O questionário foi umas das estratégias utilizadas para obter

informações acerca da problemática da pesquisa. Foram formuladas perguntas

do tipo aberta, ou seja, não estruturada para que os respondentes pudessem

responder por escrito de acordo com suas opiniões.

Marconi e Lakatos (2006, p. 203) em sua visão definem o questionário

como “um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada

de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do

entrevistador”.

3.3.2 ENTREVISTA

A entrevista foi um dos instrumentos de coleta de dados utilizada nessa

pesquisa. Foi designada apenas uma questão com o objetivo de reforçar as

informações sobre a utilização do lúdico como recurso metodológico durante a

alfabetização.

Page 27: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

A entrevista é definida por Haguette como um “processo de interação

social entre duas pessoas na qual uma delas, o entrevistador, tem por objetivo

a obtenção de informações por parte do outro, o entrevistado”. (1997, p.86). A

entrevista como coleta de dados sobre um determinado tema científico é a

técnica mais utilizada no processo de trabalho de campo.

3.4. QUESTÕES NORTEADORAS DA PESQUISA

Durante o planejamento os docentes priorizam as atividades lúdicas

para dinamizar as aulas e contribuir na alfabetização?

As atividades lúdicas são capazes de contribuir na maturação da criança

durante o processo de alfabetização?

Quais as dificuldades que os docentes enfrentam ao utilizar o lúdico

durante a alfabetização?

3.5. PARTICIPANTES DA PESQUISA

O campo utilizado para a pesquisa foi a Escola Municipal Professor

Hildelmar Pereira de Figueiredo localizada no município de Rorainópolis, sendo

intencionalmente investigados dez professores e um coordenador pedagógico

da referida instituição.

3.6. MOMENTOS DA PESQUISA

Com a elaboração do tema e a delimitação do problema a ser estudado

na melhor forma possível, procurou-se ter acesso a escola e assim ao

coordenador e aos professores.

Quanto à coleta de dados a mesma foi realizada em dois momentos,

sendo uma com a entrevista ao coordenador e o outro com o questionário ao

professores.

A entrevista constou com apenas uma questão, que admitiu levantar

dados referentes ao planejamento dos professores quanto à utilização do

lúdico como ferramenta durante a alfabetização. Aplicando a mesma em

Page 28: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

momento oportuno para obter maior rendimento, sendo respondida oralmente e

feito as anotações manuscrito.

O questionário foi destinado aos professores constando de cinco

questões teve por finalidade identificar as principais dificuldades encontradas

pelos docentes da Escola Municipal Professor Hidelmar Pereira de Figueiredo

ao trabalharem com o lúdico no processo de alfabetização dos alunos do 1º ao

4º ano.

3.7. POPULAÇÃO

A população da pesquisa esteve composta pelos seguintes sujeitos:

a) Professores da Escola Municipal Professor Hidelmar Pereira de

Figueiredo.

b) Coordenador da Escola Municipal Professor Hidelmar Pereira de

Figueiredo.

3.8. AMOSTRA

A amostra da pesquisa constituiu-se de quatro professores e de um

coordenador.

3.8.1 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE AMOSTRA

A amostra utilizada nessa pesquisa foi a intencional, considerado como

critério para obter informações e respostas diretamente com os participantes e

envolvidos no ambiente pesquisado.

Mattar (1996, p. 272) considera que a suposição básica da amostra

intencional ou por julgamento é que, “com bom julgamento e estratégia

adequada, podem ser escolhidos os casos a serem incluídos e, assim, chegar

a amostras que sejam satisfatórias para as necessidades da pesquisa”.

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Com base no que foi pesquisado, o atual capítulo discorre sobre o

processamento dos dados coletados, a análise e discussão dos mesmos.

Page 29: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Após o processamento dos dados, a leitura e a verificação de questão

por questão foi iniciada a analise tanto do questionário quanto da entrevista.

“Após os dados, o pesquisador terá diante de si um amontoado de

respostas, que precisam ser ordenadas e organizadas, para que possam ser

analisadas e interpretadas”. (RUDIO, 1986)

A leitura dos instrumentos foi muito significativa, pois ofereceu uma visão

ampla sobre os dados coletados em cada aspecto da pesquisa, contribuindo

assim para a organização e a analise dos mesmos.

4.1. ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO COM OS PROFESSORES

Através de análises dos dados emitidos pelos professores registrou-se

os relatos de cada um referente à visão dos mesmos a respeito da utilização do

lúdico como ferramenta educativa na alfabetização, assim como as possíveis

dificuldades encontradas ao utilizar o lúdico no processo de alfabetização.

Como resposta obteve-se quatro professores A, B, C e D:

QUESTÕES E RESPOSTAS DOS PROFESSORES A, B, C e D:

1. Você utiliza a prática do lúdico para alfabetização? Comente.

PROFESSOR A: Sim. Porque o lúdico obriga o aluno a raciocinar e

usar a criatividade.

PROFESSOR B: Sim. O lúdico faz com que a criança se interesse mais

nas atividades.

PROFESSOR C: Sim. Pois as atividades lúdicas contribuem para o

desenvolvimento da criança em vários aspectos.

PROFESSOR D: Sim. Porque o lúdico motiva a criança a participar das

aulas, facilitando assim a aprendizagem.

2. No seu entendimento, que atividades lúdicas são capazes de

contribuir na maturação da criança na alfabetização? Dê exemplos.

PROFESSOR A: O jogo de dominó ajuda na matemática. O quebra-

cabeça auxilia o raciocínio.

Page 30: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

PROFESSOR B: Sim. Jogos, músicas, atividades que façam com que a

criança construa o seu modo de aprender.

PROFESSOR C: Atividades que possam desenvolver as habilidades das

crianças, tanto mental quanto corporal. Como jogo da memória, dança e

música.

PROFESSOR D:

Jogo da memória quebra cabeça, músicas, dança, ou seja, atividades

que despertam a criatividade e incentiva o aluno no seu processo de

maturação.

3- Quais as dificuldades que você enfrenta ao trabalhar com a

ludicidade?

PROFESSOR A: Falta de material para confeccionar o material

adequado.

PROFESSOR B: A falta de material para a confecção do material

pedagógico que será utilizado no desenvolvimento das atividades e espaço.

PROFESSOR C: A falta de material adequado para confeccionar os

jogos brinquedos para os alunos.

PROFESSOR D: A falta de material para a realização das atividades.

4- Como se planeja para desenvolver as atividades lúdicas?

PROFESSOR A: O planejamento é como qualquer outro planejamento,

as atividades lúdicas são inseridas como atividades normais.

PROFESSOR B: Antecipadamente no plano de aula, se planeja a partir

do conteúdo a ser trabalhado, depois o material pedagógico. Quando tudo

pronto desenvolve-se na sala.

PROFESSOR C: No próprio plano de aula, definindo as atividades a

serem utilizadas.

PROFESSOR D: No plano de aula.

5- Como você avalia seus alunos durante o desenvolvimento das

atividades lúdicas?

PROFESSOR A: Através do esforço e da atenção de cada aluno.

PROFESSOR B: Continuamente, observando participação,

desenvolvimento em grupo ou individual. Às vezes escrito de como se

construiu o aprendizado a partir daquele material.

Page 31: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

PROFESSOR C: A avaliação é continua, de acordo com a participação

dos alunos nas atividades.

PROFESSOR D: De forma continua, observando a participação dos

alunos durante as atividades.

De acordo com as respostas dos professores A, B, C, e D é possível

notar que os professores possuem conhecimento sobre o lúdico, no entanto

não realizam com freqüência atividades lúdicas com seus alunos. Afirmam que

a principal dificuldade ao utilizar o lúdico é a falta de material pra confeccionar

os jogos pedagógicos. Porém vale ressaltar que há várias atividades lúdicas

que podem ser desenvolvidas sem o uso de material concreto, atividades

envolvendo movimentos corporais como: dançar, correr, pular, enfim que

dependendo da forma de organização com certeza influencia na aprendizagem

da criança.

Segundo Feijó (1992 p. 61) “O lúdico é uma necessidade básica da

personalidade, do corpo e da mente, faz parte das atividades essenciais da

dinâmica humana”.

Os professores não podem negligenciar a infância de seus alunos

privando-os do direito de brincar, pois brincar é indispensável para a saúde

física, emocional e intelectual, brincar não é passa tempo, mas sim uma forma

de interagir com o mundo adulto proporcionando lhe desafios e motivação.

O que acontece é que muitos professores têm noção da importância da

brincadeira para o desenvolvimento integral da criança, no entanto acham que

o brincar é um passa tempo sem função que só serve para entreter, divertir. O

que é grave, pois não percebem que o ato de brincar, seja só ou em grupo,

favorece a aquisição de alguns princípios da vida como: colaboração, diálogo,

partilha, liderança, aceitação de regras e também desenvolve a linguagem e

habilidades motoras.

De acordo com (Kishimoto, 2002, p.146), “por ser uma ação iniciada e

mantida pela criança, a brincadeira possibilita a busca de meios, pela

exploração ainda que desordenada, e exerce papel fundamental na construção

de saber fazer”.

Portanto as brincadeiras são formas mais originais que a criança tem de

se relacionar e de se apropriar do mundo. É brincando que ela se relaciona

Page 32: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

com as pessoas e objetos ao seu redor, aprendendo o tempo todo com as

experiências que pode ter.

São essas vivências, na interação com as pessoas de seu grupo social,

que possibilitam a apropriação da realidade, da vida e toda sua plenitude,

contribuindo para o seu desenvolvimento pleno no processo de ensino-

aprendizagem.

4.2. ANÁLISE DA ENTREVISTA COM O COORDENADOR PEDAGÓGICO

O objetivo da entrevista com o coordenador foi apenas levantar dados

referentes ao planejamento dos professores quanto à utilização do lúdico como

ferramenta durante a alfabetização dos alunos do 1º ao 4º ano da Escola de

Ensino fundamental Professor Hildemar Pereira de Figueiredo.

Portanto foi elaborada apenas a seguinte pergunta: Durante o

planejamento das aulas os professores oferecem espaço, ou seja,

disponibilizam em suas metodologias momentos para as atividades

lúdicas? Por quê?

A resposta da coordenadora foi a seguinte: Sim, embora não

disponibilizando de um espaço físico adequado para a realização de

brincadeiras ou até mesmo o uso de brinquedos, os professores inserem algum

tipo de brinquedo, brincadeiras no seu planejamento diário escolar, porque

acreditamos que o lúdico favorece o processo ensino-aprendizagem além de

proporcionar a inserção do aluno no convívio social grupal, o que é de

fundamental importância para o contexto social existente.

A coordenadora afirma a utilização da ludicidade nas práticas

metodológicas dos professores, mostrando pleno conhecimento sobre a prática

pedagógica. Para confirmar Friedman considera que:

Os jogos lúdicos permitem uma situação educativa cooperativa e interacional, ou seja, quando alguém está jogando está executando regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação que estimulam a convivência em grupo. (1996, p. 41).

Page 33: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Nessa perspectiva, faz-se necessário que a escola amplie sua

concepção de ludicidade, pra motivar a aprendizagem significativa através de

estratégias lúdicas.

Portanto enfatizar o lúdico no contexto educacional nas primeiras séries

é fundamental, uma vez que o enfoque sobre essa prática tem ocorrido com

freqüência na atualidade, pois é considerado por muitos pesquisadores e

autores como uma estratégia usada no estímulo a construção do conhecimento

e na progressão das diferentes habilidades operatórias.

Page 34: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

CONCLUSÃO

Ao concluir esta pesquisa foi possível identificar as facilidades e

dificuldades na incorporação do lúdico na prática docente e descrever os

benefícios que o lúdico traz para o processo ensino-aprendizagem dos alunos

do ensino fundamental menor. Todos os objetivos foram alcançados, obtendo

assim respostas favoráveis com relação a problemática da pesquisa.

Ao analisar sobre a visão dos professores a respeito do lúdico no

processo de alfabetização percebeu-se um amplo conhecimento dos mesmos

sobre o assunto. Apesar da coordenadora afirmar que os professores utilizam a

prática da ludicidade em seus planejamentos metodológicos ficou claro que

isso realmente acontece, porém os próprios professores alegam encontrar

dificuldades pela falta de material didático para confeccionar jogos educativos.

A Atividade lúdica, representada por jogos e brincadeiras, pode

desenvolver sim o aprendizado da criança dentro e fora da sala de aula: o

lúdico se apresenta como uma ferramenta de ensino para o desempenho e

desenvolvimento integral dos alunos. O jogo na escola traz benefícios a todas

as crianças, proporcionando momentos únicos de alegria, diversão,

comprometimento com o aprender e responsabilidade. No entanto é importante

ressaltar que também há várias atividades lúdicas que podem ser realizadas

sem a utilização de materiais concretos.

Para tanto para a incorporação do lúdico de forma eficiente no âmbito

escolar faz-se necessário uma política educacional que garanta além de

formação profissional, recursos e condições de trabalho.

Page 35: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

RECOMENDAÇÕES

Ao concluir este trabalho, recomendo aos professores e coordenadores

pedagógicos a necessidade de aprofundamento em estudos permanentes

sobre a prática docente, pois eles se deparam com transformações constantes

no contexto educacional, sendo necessárias reflexões contínuas sobre a

realidade, para que na prática continue desempenhando a função educacional

social e política com profissionalismo e qualidade.

Nas reflexões e análises feitas sobre a visão dos professores a respeito

do lúdico no processo de alfabetização da referida escola, percebemos que

estes ainda encontram certas dificuldades com relação à prática do lúdico, pois

se encontram presos apenas em trabalhos com material concreto. Ficou

evidente a atuação destes profissionais sobre prática do lúdico, portanto

recomendo também trabalhos com projetos e a efetiva participação de toda

comunidade escolar, assim como a criação de uma brinquedoteca com o

auxílio dos alunos.

Page 36: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

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Ícone,1992.

Page 38: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

APÊNDICES

Page 39: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

APÊNDICE 1 – Instrumento de coleta de dados

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA

Curso: Licenciatura Plena em Pedagogia

Questionário para os professores

Roteiro do questionário

1. Você utiliza a prática do lúdico para alfabetização? Comente.

2. No seu entendimento, que atividades lúdicas são capazes de contribuir na

maturação da criança na alfabetização? Dê exemplos:

3- Quais as dificuldades que você enfrenta ao trabalhar com a ludicidade?

4- Como se planeja para desenvolver as atividades lúdicas?

5- Como você avalia seus alunos durante o desenvolvimento das atividades

lúdicas?

Page 40: LUDICIDADE NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

APÊNDICE 2 – Instrumento de coleta de dados

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA

Curso: Licenciatura Plena em Pedagogia

Entrevista para a coordenadora

Roteiro da entrevista

1. Durante o planejamento das aulas os professores oferecem espaço, ou

seja, disponibilizam em suas metodologias momentos para as atividades

lúdicas? Por quê?

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