Luiz Antonio Elias Secretário-Executivo Recife, 22 de Julho de 2013 Proposta de Código Nacional de...
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Luiz Antonio EliasSecretário-Executivo
Recife, 22 de Julho de 2013
Proposta deCódigo Nacional de
Ciência, Tecnologia e Inovação
1. Contexto internacional
2. Contexto nacional
3. Antecedentes da proposta
4. Proposta de novo marco legal
5. Resumo dos principais pontos em discussão
6. Atuação do MCTI
Sumário
Dispêndio em P&D
Evolução dos dispêndios em P&D como razão do PIB: 2000-2009
Fonte: Science and Engineering Indicators 2012, NSF CGIN/MCTI.
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 20090.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
Estados Unidos
Japão
Coreia do Sul
União Europeia
China
Brasil
% PIB
20102011
2,0%2,3%
crise
Mesmo com a crise, a maioria dos países desenvolvidos aumentou o dispêndio em P&D
Dispêndio em P&D
Localização dos Gastos Globais em P&D: 1996 e 2009
Fonte: Science and Engineering Indicators 2012, NSF.
Fonte: Angus Maddison, Statistics on World Population, GDP and Per Capita GDP
Participação no PIB Mundial (PPP)
1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 20200%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Fonte: Angus Maddison, Statistics on World Population, GDP and Per Capita GDP
Participação no PIB Mundial (PPP)
1945 1955 1965 1975 1985 1995 2005 2015
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Últimos 60 anos
Síntese da Formulação Estruturalista
Superação das restrições históricas
Risco de reprimarização
Fonte: Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), utilizando a base das Nações Unidas e a base de dados estatísticos sobre comércio de mercadorias (COMTRADE).
* Com exceção de Cuba e Haiti. Os dados de Antígua e Barbuda correspondem somente a 2007 e os da Venezuela a 2008; a informação de Honduras não inclui dados de 2008; a informação correspondente a Belize, República Dominicana, Saint Kitts y Nevis, Santa Lúcia, Suriname e Granada (somente exportações) não inclui dados de 2009.
América Latina e Caribe: estrutura das exportações por nível de intensidade tecnológica, 1981-2010* (em porcentagem do total)
Fonte: BNDES, Visão de Desenvolvimento, nº 36, 2007
Participação (%) dos setores intensivos em recursos naturais na exportação dos
países, 2005
China Estados Unidos
México Total Índia Canadá Brasil Chile Austrália Argentina Rússia0.0%
10.0%
20.0%
30.0%
40.0%
50.0%
60.0%
70.0%
80.0%
9.3%15.0%
23.0%26.0%
29.0%
42.0%48.0%
56.0%62.0%
68.0%71.0%
Agropecuária
Madeira
Extração mineral
Papel e celulose
Petróleo e álcool
Prod. de Min. Ñ Met.
Alimentos e bebidas
Participação (%) dos setores intensivos em tecnologia diferenciada e baseada em ciência na
exportação dos países, 2005
Fonte: BNDES, Visão de Desenvolvimento, nº 36, 2007
Argen
tina
Rússia
Austrá
liaÍn
dia
África
do
Sul
Brasil
Tota
l
Alem
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ico
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dos U
nido
s
China
Japã
o0.0%
10.0%
20.0%
30.0%
40.0%
50.0%
60.0%
3.9% 3.9%8.3% 8.5%
11.0%
17.0%
33.0%38.0%
43.0%47.0% 48.0%
51.0%
Máq. e equipamentosMat. Eletrônico/Comunicações
Máq. Escritório e informáticaInstr. Médicos e ópticos
Aparelhos elétricosAviação/Ferrov./Emb./Malas
ENCTI
Políticas de Estado
Meta conjunta 2014: aumentarinvestimento empresarial em P&Dpara 0,90% PIB
MCTI/FINEP MDIC/BNDES
inovação
2012 – 2015
2011 – 2014
• Desafios científico-tecnológicos a serem enfrentados, visando à construção de competitividade;
• Uso articulado de instrumentos de incentivos (fiscal-financeiro), regulação, poder de compra;
• Recursos disponíveis para todas as etapas do ciclo de inovação;• Metas compartilhadas com o setor científico-tecnológico e o setor privado.
Forte articulação da política de CT&I com a política industrial
Marco estratégico
C,T&Icomo eixos
estruturantes do desenvolvimento
sustentável
Redução da defasagem científico-
tecnológica
Expansão e consolidação da liderança brasileira na economia do
conhecimento natural
Fomento à sustentabilidade ambiental e uma
economia de baixo carbono
Superação da pobreza e
redução das desigualdades
sociais
Melhoria da inserção
internacional do Brasil
Mapa estratégico
Desenvolvimento Sustentável
C,T&I como eixo estruturante do desenvolvimento do Brasil
Enfrentamento dos Desafios
Fortalecimento da Base de
Sustentação da Política de C,T&I
Aperfeiçoamento dos Instrumentos
da Política de C,T&I
Aperfeiçoamento do marco regulatório de fomento à inovação
Aperfeiçoamento e expansão da estrutura de financiamento do
desenvolvimento científico e tecnológico
Fortalecimento do Sistema Nacional de
C,T&I
Promoção da inovação
Formação e capacitação de
recursos humanos
Fortalecimento da pesquisa e da infraestrutura
científica e tecnológica
Redução da defasagem científica e
tecnológica que ainda separa o
Brasil das nações mais
desenvolvidas
Expansão e consolidação da liderança brasileira na economia do conheciment
o natural
Ampliação das bases para a
sustentabilidade ambiental e o desenvolvimen
to de uma economia de
baixo carbono
Consolidação do novo padrão de inserção
internacional do Brasil
Superação da pobreza e redução das desigualdades sociais e regionais
Instrumentos
Até 2002 os únicos instrumentos para apoiar a inovação nas empresas eram: Crédito da FINEP com juros de TJLP + 5%; e os Incentivos fiscais da Lei de Informática
Principais instrumentos e programas atuais:
• Crédito com juros baixos para inovação (FINEP e BNDES)• Participação em fundos de capital de risco (FINEP e BNDES)• Participação acionária em empresas inovadoras (BNDES)• Incentivos fiscais (Lei de Informática e Lei do Bem)• Subvenção econômica para inovação (Editais Nacionais;
PAPPE; PRIME)• Programa nacional de incubadoras e parques tecnológicos• Compras governamentais (Lei 12.349/2010)• Apoio a P&D nas empresas por instituições de pesquisa, via
SIBRATEC (Sistema Brasileiro de Tecnologia)Fonte: L. A. Elias, Secretário Executivo, MCTI, 2011
• Proposta elaborada por diversas entidades científicas e tecnológicas (CONSECTI, CONFAP, SBPC, ABC, ANPROTEC, ANDIFES, ABRUEM, CONFIES)
• Em tramitação na Câmara dos Deputados (PL nº 2.177/2011) e no Senado Federal (PLS nº 619/2011) por iniciativa do CONSECTI e do CONFAP
• Encaminhado aos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, Fazenda, Planejamento, Meio Ambiente e Casa Civil
• Encaminhado pela Casa Civil aos Ministérios para apreciação e sugestões
Antecedentes
Capítulo I – Disposições Preliminares • Amplia o escopo da Lei de Inovação considerando todos os
entes que atuam no SNCTI• Amplia e aprimora definições da Lei de Inovação
Capítulo II – Do Estímulo à Construção de Ambientes Especializados e Cooperativos de Inovação
• Amplia o escopo da Lei de inovação e altera a legislação ordinária (FNDCT)
Capítulo III - Do Estímulo à Participação das ECTI Públicas no Processo de Inovação
• Amplia o escopo da Lei, detalha aplicação, altera o SICONV e flexibiliza participação de pesquisador.
Resumo da proposta original (1)
Capítulo IV – Do Estímulo à Inovação nas Empresas• Modifica o conceito de EPE• Inclui entes sem fins lucrativos no escopo do artigo,
detalha aplicação, dispõe sobre contratações e define os instrumentos de apoio
Capítulo V – Do Estímulo ao Inventor Independente • Sem alteração substantiva da lei atual
Capítulo VI – Dos Fundos de Investimento • Sem alteração substantiva da lei atual
Capítulo VII – Da Formação de Recursos Humanos• Amplia o tratamento das questões relativas à Formação e
Capacitação de RH
Resumo da proposta original (2)
Resumo da proposta original (3)
Capítulo VIII – Do Acesso à Biodiversidade• Incorpora elemento do APL que se encontra na Casa Civil
Capítulo IX – Das Importações• Substitui a Lei 8.010/1990, de Importação de Equipamentos
para P&D
Capítulo X – Das Aquisições e Contratações de Bens e Serviços em CT&I
• Altera a Lei 8.666/1993, particularizando sua aplicação nas atividades de CT&I
Capítulo XI – Disposições Finais• Altera dispositivos da legislação complementar e ordinária,
em especial as Leis 8.666/1993,11.540/2007 e 12.309/2010; revoga a Lei de Inovação e a Lei de Importação de Equipamentos para P&D
Resumo dos pontos principais em discussão• Regime Diferenciado de Compras para CT&I (MCTI)
• Adequação do SICONV (MCTI)
• Recursos de Fomento Classificados como Investimento (SOF)
• Institucionalização dos NIT (MP)
• Cessão de Pesquisadores (DE e Remuneração) (MP)
• Revisão da Legislação das Fundações de Apoio (MEC)
• Revisão da Legislação sobre Importações (CNPq)
• Decidir sobre Acesso à Biodiversidade no texto ou remissão (não deverá constar do texto do PL 2177/2011)
• Adequação da remissão ao Capítulo III da Lei do Bem
• Adequação dos Termos e Definições
• Marco civil da internet
Atuação do MCTI
MCTI continuará em contatos com os Ministérios citados e posteriormente com o MF/RFB com vistas a cobrir todos os pontos passíveis de alteração.
MCTI atuará no GT de consulta procurando harmonizar os pontos em negociação com os Ministérios e o trâmite do PL 2177/2011.
MCTI recomenda que o tratamento dado ao PL 2177/2011 seja concomitantemente objeto de tratamento do PLS 619/2011.
O MCTI considera que a proposta de Código Nacional de CT&I vem contribuindo para despertar em todos os segmentos envolvidos com CT&I um grande interesse para com a necessidade de aperfeiçoamento do marco legal da área em todos os seus aspectos, independente do formato jurídico que vier a ser adotado para sua implementação.
Conclusões – por que a mudança do marco legal?O Brasil enfrenta um esgotamento das estratégias convencionais de estímulo ao desenvolvimento econômico e social. Nesse contexto, é prioritária a retomada de ímpeto da pesquisa nacional e da criação de soluções tecnológicas adequadas a nossos desafios econômicos e sociais.
É crescente a importância da inovação para o setor produtivo, o que requer uma ampliação do escopo da norma constitucional, alcançando ciência, tecnologia e inovação, de modo a fundamentar as ações articuladas entre academia e setor produtivo.Como efeito da demanda por inovação, perde sentido a separação antes vislumbrada entre ciência básica e pesquisa tecnológica, pois diversas linhas de pesquisa “pura” têm potencial para desdobrar-se em novas soluções para o setor produtivo.
Almeja-se a criação de um Sistema Nacional de CT&I que possa coordenar as ações de entidades públicas e privadas e fomentar sua colaboração.
Conclusões
Documento da CEPAL 2008 (Santo Domingo) mostra que os países que prosperaram economicamente tem uma estrutura industrial diversificada, direcionada a atividades econômicas intensivas em progresso técnico
a ênfase nos recursos naturais e o baixo esforço tecnológico explicam o atraso latinoamericano
a baixa capacitação tecnológica compromete a diversificação da estrutura produtiva dos países da região
setores intensivos em tecnologia tem efeito benéfico em toda a cadeia produtiva, o que faz crescer a produtividade geral da economia
países da região aumentaram sua especialização em recursos naturais e há poucos incentivos de mercado para a diversificação
estratégias públicas e privadas podem ajudar os países a superarem a restrição histórica com vantagens na economia do conhecimento
Conclusões
No caso de Brasil, a política de C,T&I apoiou fortemente a formação de recursos humanos, a pesquisa básica e aplicada e a inovação em áreas estratégicas.
A variedade de mecanismos de apoio e de incentivos à inovação nas empresas foi ampliada:
• capacitação de RH com foco nas engenharias e setores estratégicos• apoio a absorção de pesquisadores pelas empresas• apoio financeiro as atividades de P,D&I nas empresas• apoio a cooperação entre empresas e instituições científicas
e tecnológicas• apoio ao fortalecimento dos institutos tecnológicos• fomento à criação e expansão de venture capital• utilização do poder de compra para incentivar as empresas
intensivas em tecnologiaA política de C,T&I dá ênfase no
desenvolvimentoregional e na diminuição das
desigualdades
Luiz Antonio EliasSecretário-Executivo
Obrigado