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Luiz Gonzaga Bertelli Diretor dos Departamentos de Infraestrutura (DEINFRA) e Meio Ambiente (DMA) da FIESP e Presidente Executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) . 27 de agosto de 2009

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Luiz Gonzaga BertelliDiretor dos Departamentos de Infraestrutura (DEINFRA) e Meio Ambiente (DMA) da FIESP e Presidente Executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) .

27 de agosto de 2009

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1973

Primeiro Choque do

Petróleo

1975

Brasil cria o Proálcool

1977

Adição de 4,5% de álcool

à gasolina

1979

Adição de 15% de álcool àgasolina

1980

Segundo Choque do

Petróleo

1983

Carros a álcool representam

mais de 90% do total de vendas

1985

Percentual de álcool adicionado à

gasolina chega a 22%

1989

Preços do Petróleo caem e

gasolina se equipara ao

álcool

1992

Rio 92Assinatura do marco

sobre mudanças climáticas

Anos 90

Álcool passa a representar de 20% a 25% da gasolina

2003

Lançamento dos carros

bicombustíveis

2005

É lançado programa

nacional de biodiesel

2007

Terceiro Choque do

Petróleo

Janeiro 2008

Início da obrigatoriedade

do B2

Março 2008

CNPE determina obrigatoriedade do B3 a partir de

Julho de 2008

Abril2008

Consumo de Álcool

equipara-se ao de gasolina

Julho2009

Vigência do B4

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Fonte: EPE

Petróleo 37,9%

Lenha 12,4%

Prod. Cana 16,1%

Gás Natural 9,3%

Carvão 6,1%

Urânio 1,6%

Outras 3,0%

Hidrelétrica 14,7%

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� No curto prazo, a sociedade global pressiona por energia limpa, para mitigar o impacto dos gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis.

� Cientistas pugnam por uma nova matriz energética, sustentável, que teria como fulcro o aproveitamento direto eficiente da energia solar.

� As reservas comprovadas de petróleo abastecerão o mundo por 40 anos.

� Novas reservas serão descobertas, porém a taxas inferiores ao crescimento da demanda. No médio prazo, a instabilidade política do Oriente Médio (78% das reservas) incentivará a busca por fontes alternativas de energia.

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�������� Com duas palavras curtas, o

professor sueco Kjell Aleklett, da Universidade Upsalla, tentou sintetizar o fim de uma era: a do petra do petróóleo.leo.

� A expressão “peak oil” já foi usada em discursos tanto pelo ex-presidente americano George W. Bush como pelo atual, Barack Obama.

� E uma busca rápida no Google indica mais de dez milhões de referências.

� A expressão criada por ele indicaria o momento em que a produção mundial de óleo e gás atingiria seu ponto máximo, a partir do que começaria inevitavelmente a declinar.

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Deriv. Petróleo 12,4 TWh'

' 2,8%

Biomassa 17,4 TWh

3,9%

Carvão 7,2 TWh

1,6%

Gás natural 18,2 TWh

4,1%

Importação 36,5 TW'h

8,3%

Nuclear 9,5 TWh

2,2%

Hidroelétrica - 340 TWh;

77,1%

Fonte: Balanço Energético Nacional.

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� Cerca de 45% da energia e 18% dos combustíveis consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do mundo, 86% da energia vêm de fontes energéticas não-renováveis. Pioneiro mundial no uso de biocombustíveis, o Brasil alcançou uma posição almejada por muitos países que buscam fontes renováveis de energia, como alternativas estratégicas ao petróleo.

� Entre os principais combustíveis líquidos usados no Brasil temos o etanol (álcool) extraído de cana-de-açúcar e, em escala crescente; o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao diesel de petróleo em proporções variáveis.

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� A fim de atendermos às nossas necessidades de petróleo e derivados, vamos necessitar de enormes investimentos nacionais e estrangeiros, a curto prazo.

� Necessitamos, inclusive, trazer plataformas do exterior, eis que não temos estaleiros, com essa capacidade, entre nós.

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� A Petrobras anunciou a descoberta de uma reserva de cinco bilhões a oito bilhões de barris de petróleo de boa qualidade e gás abaixo da camada de sal. A conclusão éresultado dos testes que foram feitos em um poço na área Tupi, localizada na bacia de Santos. Atualmente, o total de reservas da Petrobras soma em torno de 13 bilhões de barris. Ou seja, a nova descoberta pode representar um aumento de 50% das reservas atuais.

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� Por outro lado, o fato reforça o discurso contrário das multinacionais ao novo marco regulatório – de que o pré-sal não é uma Arábia Saudita para ser gerido por modelo de partilha, em vez das atuais concessões.

� A divulgação em 25.08.2009, da existência de mais um poço aparentemente seco no pré-sal da bacia de Santos levantou dúvidas em parte do governo quanto à neutralidade das petroleiras privadas nas avaliações da região.

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��� ���� ������ ���!�"���� ����� A Petrobrás vai investir, segundo o

noticiário, US$ 174 bilhões na exploração e produção de petróleo, gás natural e biocombustíveis até2013. Deste total, US$, US$ 28,6 bilhões serão investidos em 2009. Os números compõem o plano de negócios para o período 2009-2013.

� O volume de investimentos é 53% maior do que o previsto anteriormente para o período 2008-2012 e abrange as áreas de exploração e produção, abastecimento, gás e energia petroquímica, corporativo e biocombustíveis.

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� De acordo com a Petrobrás, o plano apresenta como meta a ampliação da atuação da companhia com o objetivo de torná-la uma das cinco maiores empresas de energia do mundo. Trata-se de um antigo sonho da maior estatal da Nação.

� A empresa incorporou no planejamento os recursos destinados a exploração e desenvolvimento das reservas na camada pré-sal – nova fronteira de exploração de petróleo e gás natural do Brasil.

� A previsão é de que a exploração do sistema piloto de Tupi seja iniciada em 2010. Outros três sistemas entrarão em produção na Bacia de Santos sendo Tupi 1 e Guará 1 em 2012 e Iara 1 em 2013.

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���!�"�#� � �� � � ����� ������ �������#��$ ������ ����

� Os investimentos previstos pela companhia levam em consideração o preço do barril de petróleo na faixa média de US$ 37 este ano e de US$ 40 no próximo ano.

� A estimativa da Petrobrás é conservadora para o preço do petróleo. Para este ano, o dólar médio é projetado a R$ 2,10 pela Petrobrás. Para 2010, a R$ 2,00.

O plano de Negócios 2009/2013 da Petrobrás contempla mais de 530 grandes projetos. Somados às pequenas iniciativas, mas de oito mil projetos serão desenvolvidos pela empresa nos próximos cinco anos.

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� As metas de produção de petróleo no Brasil estabelecidas no plano são as seguintes:� 2.680 mil barris de óleo por dia (bpd) em 2013,� 3.340 mil bpd em 2015 e � 3.920 mil bpd em 2020.

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� Se o gasto de milhões de dólares para construir o gasoduto Brasil-Bolívia tornou o País dependente de um só fornecedor, o funcionamento dos terminais de GNL tanto possibilita caminhar em direção àindependência no fornecimento do gás, por viabilizar a compra de mais fornecedores, como converte a Petrobrás em possível exportadora dessa commodity no futuro.

� O Brasil deu um salto no consumo de 14 milhões de metros cúbicos diários de gás natural para 39 milhões, incentivado por uma grande campanha publicitária da Petrobrás e das distribuidoras, em São Paulo e Rio de Janeiro.

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� Com dificuldades em aumentar a produção, a Bolívia quer diminuir o volume de venda à Petrobrás para atender à Argentina e ao mercado interno.

� Segundo o presidente da YPFB (estatal boliviana), Carlos Villegas, a Bolívia quer a diminuição do teto atual de 31 milhões de metros cúbicos diários, previsto no acordo em vigor até 2019, para 24 milhões de metros cúbicos/dia.

� O Brasil compra atualmente cerca de 22 milhões de metros cúbicos/dia.

� O presidente Evo Morales formalizou ao colega Luiz Inácio Lula da Silva um pedido para revisar o contrato de exportação de gás ao Brasil.

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� O consumidor brasileiro de energia pagará R$ 26 milhões por semana para manter ligadas as três térmicas que o Operador Nacional do Sistema (ONS) diz que precisam ainda do gás importado da Bolívia.

� O custo de manter as usinas térmicas ligadas érepassado às tarifas da energia por meio da conta Encargos de Serviços do Sistema (ESS). A falta de chuvas do ano passado, o forte crescimento da economia e a meta de atingir determinado nível de segurança nos reservatórios das hidrelétricas levou a conta de ESS a R$ 2,2 bilhões no ano passado –quando as térmicas foram mantidas ligadas durante todos os meses.

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� (�� � ��()�#��*��� ��� ���#���+,

até 600Óleo combustível

de 250 a 280Eólica

de 150 a 170GNL

150Bagaço da cana

de 150 a 160Carvão importado

de 140 a 150Gás natural

140 Carvão nacional

de 80 a 140Hídrica

Fonte: Abraget e Aneel.

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�� ����-.�� ��� Na prática, só Angra II está em funcionamento, a III

tem os equipamentos, mas não foi ainda construída. Serão necessários 66 meses para construir. A Siemens entregou a maior parte dos componentes, tais como o sistema de reator. O volume total de investimentos foi da ordem de 1,3 bilhão de marcos alemães (aproximadamente US$ 1,3 bilhão). Angra III vai custar R$ 7 bilhões. Os ativistas do Greenpeace são contrários à iniciativa.

� É relevante assinalarmos que o Brasil tem uma das maiores reservas mundiais de combustível nuclear (urânio). A necessidade do aproveitamento racional de energia nuclear, portanto, surge de forma incontestável e deverá ser levada na conta nas futuras decisões e dos planos estratégicos da matriz energética brasileira.

� Depois de Angra III, a próxima usina nuclear deverá ser nordestina. Também, o governo pretende construir mais quatro a oito usinas nucleares até 2030, aumentando a fatia nuclear na nossa matriz energética.

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França Bélgica Suécia Eslováquia Coréiado sul

Hungria Suíça Finlândia Japão Alemanha Espanha EUA Canadá México Holanda

78 59 43 42 40 39 38 35 30 28 25 20 12 5 3

Fonte: Revista VEJA

Percentual de energia nuclear no total consumido por país (em %)

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/��������.������.�� �� �� O vazamento de material radioativo da usina de Chernobyl, ocorrido

em 1986, levou a maioria dos países a arquivar seus planos de expansão da energia atômica. Agora, muitos deles retomaram os projetos de construção de usinas nucleares. Hoje, elas são consideradas uma fonte de energia limpa porque emitem pouco carbono e, por isso, não contribuem para o aquecimento global

3%17%20%29%80%Participação nuclear na matriz energética

17111Usinas em construção

2311045559Número atual de usinas

BRASILRússia Estados Unidos

JapãoFrançaPaís

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0,1%20º lugar0,3%BRASIL

20%5º lugar4%Dinamarca

9%4º lugar8%Índia

7%2º lugar16%Espanha

1%2º lugar16%Estados Unidos

10%1º lugar28%Alemanha

Participação da energia eólica no total produzido pelo país.

Posição no ranking mundial

Participação na produção mundial de energia eólica

PAÍS

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� Na Europa, 3% da energia consumida já é de origem eólica. Em 2020, essa proporção chegará a 16%. Nos EUA chegará a 20%.

� O Brasil quase não usa seu potencial, porque a energia eólica é muito cara. Chega a custar sete vezes mais que a hidrelétrica.

� Temos ventos favoráveis no Nordeste (Rio Grande do Norte e Ceará), no Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e em quase toda a costa brasileira. Existem filas para aquisições de equipamentos no mundo. Há necessidade de fabricantes instalarem-se no Brasil. Temos o interesse da Impsa, Wobben, Alston, GE, Siemens e outras. O grupo espanhol Gonvarri está instalando uma fabrica de torres eólicas no Recife.

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� A energia solar é abundante e permanente, renovável a cada dia, não polui e nem prejudica o ecossistema.

� A Energia Solar soma características vantajosamente positivas para o sistema ambiental, pois o Sol, trabalhando como um imenso reator àfusão, irradia na terra todos os dias um potencial energético extremamente elevado e incomparável a qualquer outro sistema de energia, sendo a fonte básica e indispensável para praticamente todas as fontes energéticas utilizadas pelo homem.

� O sol é fonte de energia renovável. O aproveitamento desta energia tanto como fonte de calor quanto de luz, é uma das alternativas energéticas mais promissoras para enfrentarmos os desafios do novo milênio.

1,6Brasil

3,4Israel

4,0Alemanha

5,1Turquia

5,5Japão

43,4China

GWtPaís

Capacidade Instalada

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� O uso do álcool (puro ou em mistura) tem levado a melhorias consideráveis na qualidade do ar nas metrópoles brasileiras, decorrente da eliminação do chumbo na gasolina e do enxofre. Hoje, é uma das poucas alternativas disponíveis à substituição do petróleo, o que permite reduzir a dependência dos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.

� Não existem mais estímulos governamentais e o custo de produção do álcool (sem impostos) nas indústrias paulistas mais eficientes é de cerca de US$ 0,30/litro em torno de R$ 0,60.

� São Paulo destaca-se na produção de etanol (álcool) da cana de açúcar, sendo também o maior consumidor, devido à maior quantidade de automóveis que possui.

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14,48

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14,48

2,32

9,80

0,48

0,52

1,15

0,21

BRASILCana

Fonte: Fundo Monetário Internacional, Chicago Board of Trade, José Goldemberg e Zeddies

52,3748,1724,83Custo de produção líquido

-------------7,93Subsídios de governo

7,206,806,71Venda de subprodutos

59,5754,9739,47Custo total de produção

15,9318,6811,31Outros custos operacionais

35,1027,7520,93Matéria-prima

1,021,020,61Seguro, taxas e outros custos

1,401,402,83Trabalho

5,305,303,40Equipamentos

0,820,820,39Estrutura

AlemanhaBeterraba

AlemanhaTrigo

E.U.AMilho

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� Nos EUA o custo de produção do litro do álcool de milho alcança US$ 1,20/litro (4 vezes o custo do álcool brasileiro). A redução das barreiras de importação do álcool nos EUA poderá duplicar o volume exportado.

� O governo americano pretende reduzir a tarifa de importação de US$ 0,54 por galão (3,7 litros) de álcool.

(2008/2009), o

� O volume de produção de álcool de milho nos EUA já ésuperior ao do Brasil 35 bilhões/ano-safra.Nesta safra (2009/2010), o Brasil irá produzir 28 bilhões de litros. As exportações de álcool, neste ano, serão da ordem de 4,2 bilhões de litros. Serão processadas mais de 550 milhões de toneladas de cana, o que representará mais um recorde mundial.

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4 ����� 5��!.��&� ��� Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), embalada pela

retomada da venda de veículos novos, a venda de álcool hidratado cresceu 26,5% nos seis primeiros meses do ano de 2009 ante igual período de 2008.

51,351,2Total *

2,62,6QAV

2,42,6Óleo combustível

5,86GLP (gás de botijão)

7,76,1Etanol hidratado

12,112Gasolina C

20,721,7Diesel

Evolução do consumo de combustíveisVolumes, em milhões de m³

1ºSem.2008

1ºSem.2009

Variação, em %

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2006 2007Fonte: Cepea/Esalq/ANP

Etanol, em R$ por litro nas usinas *

0,871

0,581

0,697

0,600

0,711

0,860

0,699

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1,000

1,100

1,200

1,300

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago Set

Out

Nov

Dez jan

Fev

mar ab

rm

aiju

n jul

ago

set

out

Dez jan

fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

2007 2008 2009

* Valor livre de impostos

Segundo a ÚNICA, cerca de 50 usinas ainda não entraram em operação até 1 de junho, das quais 22 são unidades novas previstas para iniciar a moagem em 2009/10.

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��Fonte: Cosan / Sindicom

A indústria do petróleo mundial e multinacionais deflagaram duro ataque contra os biocombustíveis

na Europa, o que representa

ameaça de fazer do álcool da

cana do Brasil uma “commodity

global”

1,5681,494

1,782

1,492

0

0,5

1

1,5

2

2,5

2003

2004

2005

2006

2007

jan/08

fev/08

abr/0

8jun/08ag

o/08

out/08

nov/08

dez/08

jan/09

fev/09

mar/09

abr/0

9

Em bilhões de litros gasolina álcool

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:�����������;. ��������� A popularização dos veículos flex

provocou uma revolução na matriz energética de combustíveis. A expectativa é de que a quantidade mensal de álcool vendida nos postos continue ultrapassando a da gasolina, um fato inédito em todo o mundo.

� As previsões tomam por base a escalada do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

� A Bosch vai lançar a 2ª geração de motores flex, que permite aos carros utilizar álcool ou gasolina para rodar. A nova geração vai dispensar o tanquinho de gasolina necessário para a partida a frio

Cotações Barril do tipo "brent"

145

100

120

104

50

73

jan fev mar abr maio jun jul ago set out nov dez jan Abril julho

(em

US

$)

2009

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� Dados da ANP mostram que o consumo nacional de etanol cresceu 18% no primeiro semestre deste ano, ante igual período de 2008, para 11 bilhões de litros. Já é o principal combustível da matriz energética brasileira para carros leves.

� Os números ainda indicam que o setor sucroalcooleiro precisará expandir 11% ao ano atéa safra de 2012/2013, para atender as demandas interna e externa de etanol e açúcar. Por isso, serão necessários novos investimentos no setor que, pelas estimativas, deverão corresponder a cerca de US$ 21 bilhões para esse mesmo período, até2012/2013.

Houve no 1ºsemestre deste ano 2009 a expansão na venda de veículos na ordem de 7% em

relação ao ano passado.

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� A vantagem dos biocombustíveis, como o etanol, é o CO2 emitido na combustão do etanol nos carros. Do ponto de vista do aquecimento global, em virtude das emissões de gases que agravam o efeito estufa –como o CO2 produzido na queima de carvão, derivados do petróleo e gás natural -, o etanol de milho pouco adianta como substituto da gasolina. Para se ter uma ideia, a redução das emissões de CO2 é de apenas 20%. Já a cana dispõe de uma excedente de biomassa sob a forma de bagaço que éutilizado na produção do álcool. A proporção éinvertida: a redução das emissões chega a 80%. E pode ser ainda maior, caso se passe a usar álcool como aditivo ou biodiesel nos tratores e caminhões usados na colheita.

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7!���(�#�� �$.���� Vários projetos estão parados

devido à dificuldade na obtenção dos financiamentos e à falta de uma política que ofereça garantia mínima aos investimentos

� No Brasil, o bagaço já responde por mais de 4 mil MW instalados. Contudo, os preços praticados para a geração elétrica do bagaço está muito aquém do valor do investimento. A tarifa deveria ficar em torno de R$ 200 MWh, mas no recente leilão de fontes alternativas o preço médio praticado foi de R$ 140 MWh.

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� Num alentado estudo, promovido pela FIESP, ficou comprovado que a sobra do bagaço nas usinas sucroalcooleiras poderia representar a oferta de cerca de 15 mil MW de eletricidade no Centro Sul brasileiro. O bagaço e a palha da cana (hoje só se aproveita o caldo) poderão produzir, também, mais álcool, graças à tecnologia desenvolvida entre nós de hidrólise enzimática.

� A Dedini já produz em escala comercial álcool de celulose de bagaço. Haveránecessidade de políticas claras e incentivo financeiro.

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� Bioaçúcar, Bioetanol, Biodiesel, Bioeletricidade, Bioágua e Biofertilizantes

� Esses são os produtos que farão parte da próxima geração das industrias de cana-de-açúcar, de acordo com a concepção da USD (Usina Sustentável Dedini), projeto que desenvolve uma planta com eficiência e sustentabilidade.

� A maior empresa fornecedora de equipamentos para usinas sucroenergéticas do País (Dedini), aposta em um modelo de usina economicamente viável e que atenda às exigências de sustentabilidade social e ambiental.

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� O projeto que pretende integrar os “bios” tem como uma das principais bandeiras a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.

� O novo modelo de usina é capaz de evitar a emissão de 2,5 quilos de dióxido de carbono (CO2) por litro de etanol produzido pela planta e utilizado em substituição à gasolina. No ciclo completo de uma usina convencional, a emissão de CO2 pelo etanol é 89% menor que a gerada pelo uso equivalente da gasolina. Já na usina sustentável esse índice pode chegar a 112%.

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� As novas usinas de açúcar e do álcool estão aumentando a eficiência das caldeiras, passando de 21 bar (unidade de pressão) para 60 bar ou mais.

� Os custos de transmissão das novas usinas de açúcar e do álcool para a rede de distribuição elétrica inviabilizam os investimentos do setor.

� Estamos ficando na contramão da história, quando optamos pelas térmicas movidas a gás natural, óleo combustível, diesel ou carvão.

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� Recentemente, foi apresentada a proposta da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de converter as térmicas a óleo combustível, mais caras e poluentes, para o gás natural, gerando polêmica no setor. Os empreendimentos perdedores de leilões de energia poderão questionar essa intenção do governo na justiça ou pedir o cancelamento do certame do ano passado.

� O problema acontece porque os projetos desse tipo de centrais são diferentes. As usinas a gás natural possuem um valor inicial de investimento mais alto e com isso a tarifa ofertada acaba sendo mais elevada que aquelas centrais a óleo que apresentam investimento de implantação mais baixo, culminando com uma tarifa mais baixa na hora do leilão e, consequentemente, acabam vencendo a disputa. Essa alternativa de conversão estásendo encarada como uma mudança das regras do jogo, após a realização da disputa.

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� Com medo de assombrações, o atual governo decidiu autorizar a construção de usinas térmicas a carvão e óleo diesel, altamente poluentes e que vão na contramão da História por causa das emissões de gases que contribuem para o aquecimento da Terra.

� Na última rodada de leilões não havia quase nenhuma hidrelétrica em condições de competir. O Ministério do Meio Ambiente tenta corrigir esse erro, fazendo exigências ambientais que são caras e difíceis de cumprir e surge até o espectro de reviver a energia nuclear em grande escala, o que vai gerar provavelmente problemas piores.

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� Área atualmente destinada ao plantio da cana para produção de etanol e açúcar no Brasil 7 milhões há, (0,8% do território nacional) sendo que 3 milhões são destinados para o açúcar e 4 milhões para o etanol. Já a soja ocupa 23 milhões de hectares, grande parte para a exportação.

� Número de unidades industriais:87 usinas no Nordeste

217 usinas no Sudeste/ C-Oeste304

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Fonte: Fundo Monetário Internacional, Chicago Board of Trade, José Goldemberg e Zeddies

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Soja: 23 (7%)

Outras culturas: 17

(6%)

Milho: 12 (4%)

Pastagens: 237

(81%)

Cana de Açúcar: 7

(2%)

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� Atualmente, 62 milhões de hectares são utilizados para culturas agrícolas temporárias e permanentes no Brasil, segundo estimativas do IBGE. Outros cerca de 220 milhões de terra são ocupados por pastagens. O governo estima que cerca de 30 milhões de hectares de terra hoje ocupados com pastagens deverão ser transferidos para a atividade agrícola (soja, milho, cana), nos próximos 15 anos.

� Apesar da realidade brasileira estar distante do grau de disputaque se vê nos EUA, onde as lavouras de milho para a produção de etanol reduzem as áreas cultivadas com outros produtos alimentares, a expansão da área plantada com cana no Brasil jáé motivo de preocupação em alguns de nossos Estados, como éo caso de Goiás e Mato Grosso do Sul.

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� O último levantamento da produção nacional de grãos realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), indica que o Brasil colheu, em 2008/09, a maior safra da sua história: mais de 150 milhões de toneladas.

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Recursos hídricos e intensidade pluviomética

Nível e tipo de insolação

Formação e característica do solo

Temperatura

Clima

CONDIÇÕES NATURAIS

Capacidade de Gestão

Recursos Humanos (abundante1 milhão de pessoas dependem da cana)

Estágio tecnológico

OUTRAS CONDIÇÕES

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��&������� ���� ����������!.��&� ��� A política de combustível do governo inclui, agora, o

biodiesel e deu ênfase ao álcool motor, cujo crescimento acentuou-se pelo uso de motores flexíveis, que permitem a mistura de álcool e gasolina, e pela alta do preço internacional do petróleo.

� No biodiesel, o problema é a diversidade de matérias-primas, que produzem óleos com características diferentes, alguns com problemas que estão sendo resolvidos. Não há problema na fase atual de adição de até 4% de biodiesel ao diesel.

� A mamona de pequenos produtores foi estimulada, mas cresceu o uso da soja. Um avanço importante paralelo ao biodiesel foi o uso de óleo vegetais no refino pela Petrobras.

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� O Brasil está entre os maiores produtores e consumidores de biodiesel do mundo, com uma produção anual, em 2008, de 1,2 bilhões de litros e uma capacidade instalada, em janeiro de 2009, para 3,7 bilhões de litros.

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� O governo já estuda antecipar de 2013 para 2010 o aumento da mistura do biodiesel ao diesel de 4% para 5% do total.

� Cada ponto percentual de elevação representa um adicional de 400 milhões de litros na demanda.

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� O Brasil consome, em média, 45 bilhões de litros de diesel por ano. Cerca de 10% do volume éimportado. Quando a adição de biodiesel chegar a 5%, o País poderá economizar metade do valor. Mas o custo do óleo de origem vegetal é 25% mais caro que o diesel comum.

� Quando lançaram o Proálcool, na década de 70, era impossível produzir etanol sem subsídios. Depois, os custos caíram e, hoje, não há mais incentivos à produção.

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� A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, parecer favorável à liberação da venda de veículos de passeio movidos àdiesel no Brasil. Aqui, somente caminhões e utilitários, ou veículos com tração 4x4, podem ser movidos com esse combustível.

� Entre as críticas à iniciativa, está o fato de que o Brasil domina amplamente a tecnologia flex e que o diesel nacional ainda possui elevado teor de enxofre – fazendo com que ele seja ambientalmente viável somente depois de 2012, quando as novas metas para o combustível entrarem em vigor. Além disso, pesaria o fato de o Brasil ser um dos lideres mundiais na tecnologia do etanol e dos sistemas bicombustíveis.

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� O baixo preço do diesel se deve ao fato de que ele recebe menor carga de impostos, para ter menos peso no custo dos transportes coletivo e de carga – é por essa razão que foi vedado seu uso em veículos de passeio. Evidentemente, tal benefício deixaria de existir (ou seria substancialmente reduzido) e impostos como o IPVA, o IPI e o ICMS seriam reajustados. Tudo isso faria o preço do litro do diesel subir, anulando em parte a economia obtida.

� À primeira vista, a liberação do diesel seria altamente benéfica para o consumidor, pois esse combustível ébem mais barato do que a gasolina e o álcool e, de quebra, permite quilometragem por litro bem maior do que estes. Só que, na prática, não seria bem assim.

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� A Volvo já desenvolveu uma série de caminhões (ciclo diesel) movidos a combustíveis verdes. Modelos estão rodando na Suécia, alimentados a biodiesel.

� Circulam veículos com capacidade para usar o E85, uma mistura de gasolina e álcool na Suécia: um terço dos postos já têm bombas de biocombustível.

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� Fonte não-renovável de energia, a queima dos combustíveis fósseis derivados do petróleo, como a gasolina e o diesel, libera os gases causadores do efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO²).

� O acúmulo desses gases na atmosfera é responsável pelo principal problema ambiental enfrentado hoje pelo homem: o aquecimento global.o aquecimento global.

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O aumento da temperatura do planeta, estimado de 2ºC a 6ºC para os próximos cem

anos, trará consequências graves, não apenas ambientais, mas econômicas também.

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7# ��0� �>����� �� #��. �� � O petróleo, recurso finito e

altamente poluente, circula livremente pelo mundo sem qualquer barreira comercial, enquanto os biocombustíveis são onerados por elevadas tarifas e crescentes barreiras não tarifárias.

� Enquanto o etanol precisa provar sua sustentabilidade social e ambiental para o mundo, por que jamais se pediu para que a indústria do petróleo, nos seus 150 anos de poluição e guerras, fizesse o mesmo?

� Que tipo de política de segurança energética é esta que pune a melhor alternativa energética para reduzir a dependência do petróleo?

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5�=/??7�-4�1�4�8Ar poluído se equipara a fumo

20%têm pulmão limpo

76%

3%têm tanto poluente quanto quem

fuma até 10 cigarros por dia

NÃO FUMANTE

S

têm monóxido de carbono no pulmão em quantidade menor que fumante

1%Tem tanto poluente quanto quem fuma até 20 cigarros por dia

� Doenças� São 200 doenças relacionadas à

poluição. As principais são:� Incapacidade mental

Estressederrame

� Sinusite� Câncer na tireóide� Faringite� Enfarte

Doenças isquêmicasAnginaDiabetes

� Infertilidade

Mesmo sem fumar, moradores da capital têm poluentes no pulmão em níveis iguais aos de fumantes por causa da poluição

85%da poluição éemitida por veículos

8

12

20

2000 2006 2009

* Por doenças agravadas pela poluição

MortesPoluição causa mais mortes a cadaano em São Paulo

Em número de mortes por dia*

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� Para abastecer o mundo com o nosso etanol, tornar os biocombustíveis cada vez mais presentes na matriz energética e consolidar as energias renováveis, nós devemos estabelecer metas, buscar parcerias e consolidar o conceito de sustentabilidade.

� O Brasil pode e deve ser referência mundial no combate ao efeito estufa.

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2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

3,7 21,6

50,2

78,185,6

90 92

Em %

� Os veículos movidos a álcool ou com tecnologia bicombustível “flex-fuel” (orgulho da engenharia brasileira) que, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), respondem, hoje, por 92% das vendas de veículos leves no Brasil, também jáestão sendo adotados por outras nações e devem estimular ainda mais a demanda.

Participação dos carros flex nas vendas de

veículos

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� De janeiro a março, foram vendidos 670 mil veículos no Brasil, um aumento de 3% ante o mesmo período do ano passado – que, aliás, já havia sido recordista.

� Os 271 mil emplacamentos feitos apenas em março representam um salto de impressionantes 37% sobre o mês anterior.

� Empresários do setor atribuem o desempenho ao temor dos consumidores de que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) seja cancelada pelo governo.

Os três primeiros meses de 2009 foram os melhores da história da indústria automobilística brasileira.

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� Quase todas as montadoras apresentam marcas positivas. Em março, a Audi bateu seu recorde de vendas no País. Na Toyota, as vendas cresceram 40% no primeiro trimestre sobre igual período anterior.

� A Fiat continua na liderança do mercado nacional, com 152 mil unidades vendidas no trimestre, contra 151mil da Volkswagen e 123 mil da GM.

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� Mais de 60 modelos de carros biocombustíveis já são comercializados no Brasil, onde a utilização do etanol já substitui a demanda por gasolina (considerando a soma do etanol anidro, adicionado em 25% na gasolina e o etanol hidratado, vendido nos postos).

� Além dos benefícios econômicos, outros bons motivos estimulam o uso de um combustível limpo e renovável ao invés da gasolina, de origem fóssil: a redução nas emissões de CO2. O uso do etanol reduz em até 90% a emissão de gases de efeito estufa em comparação com a gasolina. O crescimento da frota de veículos leves que rodam usando um combustível limpo e renovável pelo País, significa um avanço nas ações que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa, principais causadores do aquecimento global.

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� O programa nacional de biodiesel foi criado para ser uma das estrelas do governo Lula. O sonho do Planalto era transformar o biodiesel numa espécie de novo etanol: um combustível vegetal mais limpo que o diesel comum, que incentivasse a agricultura familiar, gerasse empregos no campo e colocasse o Brasil, ainda mais, em destaque na área de combustíveis alternativos.

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� De uma capacidade instalada de 340 milhões de litros de biodiesel por mês, a produção brasileira está atualmente em torno de 120 milhões de litros – o que obriga todas as empresas a trabalhar com margens baixas ou, muitas vezes, negativas.

1. a falta de uma matéria-prima vegetal viável para a expansão acelerada do programa;

2. o sistema de leilões de compra de biodiesel realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP);

3. a indefinição sobre o papel da Petrobrás no setor de biodiesel e 4. a entrada de investidores demais no setor em um curto espaço de

tempo, o que deve manter o excesso de capacidade de produção nos próximos anos.

� Segundo empresários e especialistas no setor, os gargalos que impedem que o mercado de biodiesel cresça são:

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Poucas nações possuem tantas opções viáveis como as do Brasil, para a reestruturação e definição

de políticas energéticas e de transporte, consentâneas com o

nosso potencial.

O espaço disponível para o crescimento do uso dos combustíveis extraídos da biomassa tende, portanto, a crescer, abrindo enormes perspectivas para

todas as nações, notadamente localizadas na faixa tropical, como é o

caso do Brasil.

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Luiz Gonzaga BertelliDiretor do DEINFRA e do DMA da FIESP ePresidente Executivo do CIEE.