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“A grandeza de Rachel de Queiroz  vem da sua naturalidade de gênio criador. É uma força da natureza que leu a Santa Bíblia de Nosso Senhor (...) o seu lirismo lírico, a força das imagens, o sentido da terra, ao mesmo tempo que o ritmo poético como de canto de Salmo.”

(José Lins do Rego)  

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Foi a  primeira mulher a ingressar na “Academia Brasileira de Letras”. Publicou 23 livros individuais e quatro em parceria. Sua vasta e preciosa obra está traduzida e publicada em francês, inglês, alemão e japonês. Além disso, traduziu 45 obras para o português, sendo 38 romances. Colaborou semanalmente com crônicas no jornal “O Estado de São Paulo”. Poderia entrar para a História como uma pioneira do feminismo. 

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Nasceu em Fortaleza, Ceará, em novembro de 1910.Viveu parte de sua infância na capital do estado e parte, no interior, na fazenda dos pais. Depois da seca de 1915, que atingiu a propriedade familiar, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ficou por pouco tempo, transferindo-se para o Belém do Pará.

De volta ao Ceará, em 1921, retomou os estudos regulares, como interna do Colégio Imaculada Conceição, formando-se professora em 1925. Ingressou no jornalismo como cronista, em 1927. Em 1930, lançou seu primeiro romance O Quinze  que recebeu o primeiro prêmio, concedido pela Fundação Graça Aranha

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Em 1931, veio ao Rio de Janeiro para recebê-lo, onde travou contato com o Partido Comunista Brasileiro. Nos anos seguintes, participou da ação política de esquerda, pela qual foi presa em 1937. Sem abandonar a ficção, continuou colaborando regularmente com jornais e revistas, dedicando-se à crônica jornalística, ao teatro e à tradução. Foi, durante muito tempo, cronista exclusiva da revista O Cruzeiro.

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Inserida no modernismo, a prosa regionalista de Rachel de Queiroz retrata, numa linguagem enxuta e viva, o nordeste; mais precisamente o Ceará. Além do interesse social, o flagelo da seca e o coronelismo, seus dois primeiros romances - O Quinze e João Miguel - demonstram sua preocupação com os traços psicológicos do homem daquela região que, pressionado por forças atávicas, aceita fatalisticamente seu destino.

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Essa harmonização entre o social e o psicológico demonstra uma nova tomada de posição na temática do romance nordestino. A mesma abordagem se aplica aos dois romances seguintes: Caminho de Pedras e As Três Marias. O primeiro é conscientemente político-social e as características psicológicas estão aí valorizadas. No entanto, em As Três Marias elas atingem o seu máximo.

 

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Escreveu os seguintes romances:O Quinze (1930), João Miguel (1932), Caminho de Pedras (1937), AsTrês Marias (1939), Dôra, Doralina (1975), O Galo de Ouro (1985) e Memorial de Maria Moura (1992);os livros infantis, O Menino Mágico (1969), Cafuti e Pena de Prata (1986) e Andira; as peças teatrais Lampião (1935), A Beata Maria do Egito (1958); as crônicas A Donzela e a Moura Torta (1948), 100 Crônicas Escolhidas (1958), O Brasileiro Perplexo (1964), O Caçador de Tatu e Outras Crônicas (1967), As Menininhas e Outras Crônicas (1976), O Jogador de Sinuca e Mais Historinhas (1980);  memórias,Tantos Anos (1998) e culinária,O Não Me Deixes (2000).

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Despojada e humilde, Raquel de Queiroz se autodefinia: “Eu não faço grande uso de mim mesma, e, portanto, da minha chamada ‘obra’. Eu fiz uns livrinhos, estão aí, tomara que as pessoas continuem gostando”.

Com a mesma serenidade que parece tê-la acompanhado ao longo de seus 92 anos de vida, Raquel de Queiroz morreu enquanto dormia, de infarto, no dia 4 de novembro de 2003.

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“Amigo é coisa  muito séria . Acho que a gente pode viver sem emprego, sem dinheiro, sem saúde e até sem amor, mas sem amigos, nunca. Pois o amigo é capaz de suprir discretamente essas faltas e lhe conseguir trabalho, lhe emprestar dinheiro, lhe tratar na doença.”