Lupus e Acupuntura

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A paciente que tornou possível a realização deste estudo. Resumo 7 Summary 9 1. Introdução 1 1.1 Objetivo Geral 1 1.2 Objetivos Específicos 1 2. Fundamentação Teórica 1 3 3. Metodologia 2 1 4. Estudo de Caso 2 4.1 Avaliação Energética 2 3 4.1.1 Diagnóstico Energético 2 3 4.1.1.1 Comentário Sobre o Diagnóstico Energético 2 4 4.2 Tratamento 2 5 4.2.1 Tratamento Inicial 2 5 4.2.1.1 Justificativa do Tratamento Inicial 2 5 4.2.2 Evolução e Tratamento Subseqüente 2 6 5. Análise dos Resultados 3 0 6. Considerações Finais 3 7. Referência Bibliográfica 3 5 8. Anexo I 3 7 Sumário 6 Resumo Contextualização: O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), embora esteja classificada como doença reumatológica, consiste em uma enfermidade autoimune inflamatória crônica que pode afetar múltiplos sistemas do organismo, provocando várias manifestações clínicas polimórficas como febre, anorexia, mal-estar e perda de cabelo, emagrecimento, artrite, pleurite, pericardite, nefrite, anemia, leucopenia, trombocitopenia e doença do sistema nervoso central, com períodos de remissões e exacerbações agudas ou crônicas. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) as doenças reumatológicas são fruto da diminuição da “energia de defesa” chamada de Wei Qi e do ataque sucessivo de patógenos externos chamados de vento-frio, vento-calor e vento umidade que pouco a pouco vão se instalando nas articulações. Objetivos: Verificar a atuação da acupuntura em paciente com Lupus Eritematoso Sistêmico, avaliando os aspectos clínicos que envolvem os múltiplos sistemas do corpo à medicina ocidental e segundo a Medicina Tradicional Chinesa; executar o tratamento dirigido à prevenção de perda das funções dos órgãos, à probabilidade de doença aguda, à minimização das incapacidades relacionadas com doença e prevenir as complicações decorrentes da terapia. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo descritivo, realizado no Ambulatório de clínica do Centro Integrado de Terapias Energéticas – CITE, na cidade de Recife, Participou do estudo, uma paciente portadora de Lupus Eritematoso Sistêmico, como voluntária, encaminhada pelo seu médico assistente.

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A paciente que tornou possível a realização deste estudo.

Resumo 7

Summary 9

1. Introdução 1

1.1 Objetivo Geral 1

1.2 Objetivos Específicos 1

2. Fundamentação Teórica 13

3. Metodologia 21

4. Estudo de Caso 2

4.1 Avaliação Energética 23

4.1.1 Diagnóstico Energético 23

4.1.1.1 Comentário Sobre o Diagnóstico Energético

24

4.2 Tratamento 25

4.2.1 Tratamento Inicial 25

4.2.1.1 Justificativa do Tratamento Inicial 25

4.2.2 Evolução e Tratamento Subseqüente 26

5. Análise dos Resultados 30

6. Considerações Finais 3

7. Referência Bibliográfica 35

8. Anexo I 37Sumário 6

Resumo

Contextualização: O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), embora esteja classificada como doença reumatológica, consiste em uma enfermidade autoimune inflamatória crônica que pode afetar múltiplos sistemas do organismo, provocando várias manifestações clínicas polimórficas como febre, anorexia, mal-estar e perda de cabelo, emagrecimento, artrite, pleurite, pericardite, nefrite, anemia, leucopenia, trombocitopenia e doença do sistema nervoso central, com períodos de remissões e exacerbações agudas ou crônicas. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) as doenças reumatológicas são fruto da diminuição da “energia de defesa” chamada de Wei Qi e do ataque sucessivo de patógenos externos chamados de vento-frio, vento-calor e vento umidade que pouco a pouco vão se instalando nas articulações. Objetivos: Verificar a atuação da acupuntura em paciente com Lupus Eritematoso Sistêmico, avaliando os aspectos clínicos que envolvem os múltiplos sistemas do corpo à medicina ocidental e segundo a Medicina Tradicional Chinesa; executar o tratamento dirigido à prevenção de perda das funções dos órgãos, à probabilidade de doença aguda, à minimização das incapacidades relacionadas com doença e prevenir as complicações decorrentes da terapia. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo descritivo, realizado no Ambulatório de clínica do Centro Integrado de Terapias Energéticas – CITE, na cidade de Recife, Participou do estudo, uma paciente portadora de Lupus Eritematoso Sistêmico, como voluntária, encaminhada pelo seu médico assistente. Foi submetida a um tratamento envolvendo técnicas de acupuntura, com uma sessão semanal de quarenta minutos de duração cada uma, perfazendo um total de 10 sessões, sendo utilizadas agulhas de acupuntura esterilizadas e descartáveis. Resultado: Houve melhora completa da síndrome, atingindo os objetivos estabelecidos. Conclusão: A acupuntura mostrou-se um eficiente tratamento complementar para pacientes com Lupus Eritematoso Sistêmico em suas fases agudas e crônicas, evitando incapacidades decorrentes da doença e prevenindo as complicações da terapia medicamentosa.

Summary

Background: Systemic Lupus Erythematosus (SLE), although it is classified as a rheumatic disease, consists of an autoimmune chronic inflammatory disease that can affect multiple organ systems, causing several polymorphic clinical manifestations such as fever, anorexia, malaise and loss of hair, weight loss, arthritis, pleurisy, pericarditis, nephritis, anemia, leukopenia, thrombocytopenia and central nervous system disease, with periods of remission and exacerbation of acute or chronic. According to Traditional Chinese Medicine (TCM) rheumatic diseases are the result of reduced "defensive energy" called Wei Qi and successive attack of external pathogens called wind-chill, wind-heat and humidity

that wind will gradually installing joints. Objectives: To investigate the role of acupuncture in patients with Systemic Lupus Erythematosus, evaluating the clinical aspects that involve multiple body systems to Western medicine and Traditional Chinese Medicine seconds, run the treatment directed to prevention of loss of organ functions, likelihood acute disease, minimizing disability-related illness and prevent complications of therapy. Methodology: This is a descriptive study, conducted at the Outpatient Clinic of the Centre for Integrated Energy Therapies - CITE in the city of Recife, participated in the study, one patient with SLE, as a volunteer, be referred by your doctor assistant. She underwent a treatment involving acupuncture techniques, with a weekly session of forty minutes each, for a total of 10 sessions, being used acupuncture needles sterile and disposable. Result: There was complete syndrome, reaching the goals established.

Conclusion: Acupuncture proved to be an effective adjunctive treatment in patients with Systemic Lupus Erythematosus in their acute and chronic phases, preventing disability due to disease and preventing complications of drug therapy.

1. Introdução

Certo dia, durante o estágio de especialização numa clínica-escola de acupuntura, deparei-me com uma jovem paciente portadora de lúpus eritematoso sistêmico que nos foi referenciada pelo seu médico assistente. Fiz anamnese, o diagnóstico energético conforme a medicina tradicional chinesa e iniciei o tratamento.

Contudo, por nunca ter acompanhado pacientes com esse quadro nosológico em laboratório de acupuntura, senti-me necessidade de embasarme na literatura científica. Encontrei um vasto arsenal (livros, artigos, etc.), mas apenas na medicina convencional/ocidental.

Assim, observando a escassez de material bibliográfico relacionado ao

Lúpus Eritematoso Sistêmico, segundo a medicina tradicional chinesa, e trabalhos com relatos de casos acompanhados pela Acupuntura, fui impulsionado a realizar este estudo. Ou seja, descrever um contexto de vida real no qual uma intervenção ocorreu – tratamento de uma paciente com Lupus Eritematoso Sistêmico pela Acupuntura.

1.1Objetivo Geral

Verificar a atuação da acupuntura em paciente com Lupus Eritematoso

Sistêmico. 1.2 Objetivos Específicos

•Avaliar os aspectos clínicos que envolvem os múltiplos sistemas do corpo da paciente, antes de iniciar o tratamento;

•Avaliar os aspectos clínicos segundo a Medicina Tradicional Chinesa, elucidando o diagnóstico energético. 1

•Executar o tratamento observando as seguintes metas: 1. Prevenção da perda progressiva das funções dos órgãos; 2. Redução da probabilidade de doença aguda; 3. Minimizar as incapacidades relacionadas com a doença e prevenir as complicações decorrentes da terapia.

•Analisar os resultados obtidos com a acupuntura no tratamento do Lupus Eritematoso Sistêmico.

•Observar e documentar a recuperação do paciente.

2. Fundamentação Teórica

O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) consiste em uma enfermidade autoimune inflamatória crônica que pode afetar múltiplos sistemas do organismo, a partir da deposição de complexos antígeno-anticorpo, em capilares de estruturas viscerais ou à destruição de células hospedeiras mediada por auto-anticorpos (p. ex.: trombocitopenia) provocando várias manifestações clínicas polimórficas como febre, anorexia, mal-estar e perda de cabelo, emagrecimento, artrite, pleurite, pericardite, nefrite, anemia, leucopenia, trombocitopenia e doença do sistema nervoso central, com períodos

de remissões e exacerbações agudas ou crônicas. A maioria dos pacientes tem lesões de pele em alguma instância1, 2,3.

O LES teve seu marco histórico em 1851, quando o médico francês

Pierre Lazenave observou pessoas que apresentavam "feridinhas" na pele, como pequenas mordidas de lobo. E em 1895, o médico canadense Sir William Osler caracterizou melhor o envolvimento das várias partes do corpo e adicionou a palavra "sistêmico" à descrição da doença. Lupus=lobo eritematoso=vermelhidão sistêmico=todo6.

Epidemiologicamente, o Lupus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença rara de apresentação variável, podendo ocorrer em qualquer idade, principalmente entre as idades de 16 e 5 anos, mais incidente em mulheres jovens na fase reprodutiva. Em crianças, a relação mulher : homem é de 3:1; em adultos, ela varia de 10:1 a 15:1; em indivíduos mais velhos, a relação é de 8:1. Tem praticamente a mesma prevalência em todo o mundo, estimada entre 40 e 50 casos por uma população de 100.0 pessoas. Parece ser comum na

China, no Sudeste Asiático e entre negros no Caribe, sendo infreqüente em negros na África. Nos Estados Unidos a incidência maior é entre os asiáticos no Havaí, negros e certos americanos nativos (Sioux, Crow, Arapahoe), sendo de 1:250 o risco de uma mulher negra americana desenvolver a doença3.

O único estudo de incidência de LES realizado no Brasil foi à cidade de

Natal, Rio Grande do Norte, indicava uma estimativa de 8,7 casos novos por 100.0 habitantes, no ano de 20. Essa alta incidência pode ser devida às diferenças genéticas ou ambientais, como a maior exposição solar4.

Os fatores genéticos destacam-se importantes devido à maior prevalência da doença entre familiares com LES, bem como a maior concordância da doença entre gêmeos monozigóticos, em relação aos dizigóticos e o encontro de associação da doença com certos antígenos de histocompatibilidade, tais como DR2, DR3, DQA1 e DQB14.

A maior relação da taxa de hormônios femininos (estrógenos) e masculinos (testosterona) participante da patogênese da doença é sugerida devido à alta prevalência no sexo feminino na idade reprodutiva, com declínio após a menopausa e a freqüente exacerbação durante a gravidez. Experiências com camundongos revelaram que o estrógeno tem um efeito acelerador da doença. Fêmeas que tiveram seus ovários retirados antes da puberdade, e que receberam altas doses de hormônio masculino, tiveram a doença menos intensa. E aqueles que receberam altas doses de estrógeno, tiveram a doença exacerbada. Os estrógenos provavelmente aumentam a produção de anticorpo anti-DNA, dentre outras consequências6.

Quanto a influência ambiental, reconhece-se que raios ultravioletas, alguns medicamentos e agentes infecciosos, especialmente vírus Epstein-Barr, são fatores considerados desencadeantes da doença. A soma de alguns desses fatores poderá levar a perda da tolerância imunológica, com ativação policlonal de linfócito B e produção de auto-anticorpos antinucleares. Há uma subpopulação de linfócitos T CD4+ (CD4+CD25+), com características supressoras, cuja função pode ser inibida na presença de determinadas moléculas Toll-like receptors (TLR), especialmente TLR-7/8, com capacidade de se ligar aos peptídeos como o DNA e o RNA4.

Normalmente, numa ocorrência aguda de reação auto-imune contra os próprios tecidos do organismo, o número de células T supressoras sensibilizadas ao auto-antígeno agressor aumenta consideravelmente, contrabalanceando os efeitos dos anticorpos autoimunes, bem como das células auxiliares e doas células T citotóxicas sensibilizadas, bloqueando o ataque imune ao tecido, fazendo com que os sintomas dessa reação desapareçam depois de alguns dias ou várias semanas, embora os anticorpos autoimunes ainda persistam no plasma circulante. Contudo, com o avanço da idade as pessoas quase sempre perdem parte de sua tolerância imune a seus próprios tecidos. Em geral, essa perda é observada após destruição de alguns tecidos corporais, que liberam quantidades consideráveis de antígenos que circulam no organismo e, presumivelmente, causam imunidade adquirida na forma de células T ativadas ou de anticorpos. Alguns desses antígenos parecem combinar com outras proteínas (proteínas de bactérias e vírus) para formar novo tipo de antígeno capaz de provocar imunidade. Assim, as células T ativadas e os anticorpos atacam os próprios tecidos do corpo5.

Os mecanismos patogenéticos envolvidos na lesão tecidual do LES são devidos, principalmente, à formação de imunocomplexos e ativação do sistema de complemento, ou, a formação de anticorpos contra antígenos específicos de membranas de determinadas células (mecanismo da anemia hemolítica, plaquetopenia etc.). Outro mecanismo que também pode contribuir para a patogênese do LES é a trombose vascular secundária à presença de anticorpos antifosfolípides4. No caso do Lúpus eritematoso, o indivíduo se torna simultaneamente imunizado contra diversos tecidos corporais, ocasionando lesões extensas e, com freqüência, podendo levar a morte rápida5.

O diagnóstico correto é feito a partir do histórico do paciente associado ao exame clínico e exames laboratoriais. O "American College of Rheumatology", uma associação americana que reúne profissionais reumatologistas, estabeleceu em 1971 e revisou em 1982, 1 critérios que definem o quadro de Lupus. Estes critérios foram modificados em 1997. Uma pessoa pode ter LES se 4 critérios estiverem presentes6: Critérios de pele: 1 - mancha "asa borboleta" (vermelhidão característica no nariz e face) (FIG 1). 2 - lesões na pele (usualmente em áreas expostas ao sol) 3 - sensibilidade ao sol e luz (lesões após a exposição de raios ultravioletas (FIG 2) 4 - úlceras orais (recorrentes na boca e nariz) Critérios sistêmicos: 5 - artrite (inflamação de duas ou mais juntas periféricas, com dor, inchaço ou fluído) 6 - serosite (inflamação do revestimento do pulmão - pleura, e coração - pericárdio) 7 - alterações renais (presença de proteínas e sedimentos na urina) 8 - alterações neurológicas (anormalidades sem explicações - psicose ou depressão) Critérios laboratoriais: 9 - anormalidades hematológicas (baixa contagem de células brancas - leucopenia, ou plaquetas - trombocitopenia, ou anemia causada por anticorpos contra células vermelhas - anemia hemolítica) 10 - anormalidades imunológicas - (células LE, ou anticorpos anti-DNA, ou anticorpos SM positivos, ou teste falso-positivo para sífilis) 1 - fator antinúcleo positivo (FAN).

Fonte: Cecil (2005, 1941) Fonte: Cecil (2005, 1941)FIGURA 1 Mancha “asa borboleta” FIGURA 2 – Lesões na pele

O tratamento do LES inclui o controle da doença aguda e Crônica. A doença aguda visa o controle do aumento da atividade da doença ou exacerbações que podem afetar qualquer órgão do sistema. A fase crônica envolve a monitorização periódica e o reconhecimento das alterações clínicas que requerem ajustamento7.

Uma série de medidas é recomendada para que se viva bem6: a)Os pacientes com fotossensibilidade ou manchas, devem evitar a exposição ao sol, fazendo sempre o uso de filtros solares. b)Sabe-se que, quando os pacientes usam corticosteróides, a retenção de água no organismo acontece provocando inchaços, devendo-se então diminuir o sal na dieta normal. Quando o peso está acima do normal, deve-se reduzir calorias. Há estudos sobre a eficácia de óleo de peixe na redução de inflamação. Além disso, cientistas suspeitam que o aminoácido l-canavanina presente na alfafa, provoca sintomas de Lupus, o que foi comprovado em pesquisas com macacos. Deve-se então evitála. c)Sulfas, anticoncepcionais orais e penicilinas podem disparar a doença e devem ser evitados. O álcool e o fumo são prejudiciais a qualquer 17 pessoa, mas no caso de LES deve-se principalmente evitar a interação do álcool com sedativos e antialérgicos, e do fumo no caso de acometimento pulmonar. d) As articulações têm estruturas que devem ser bem cuidadas. Quando inflamadas precisam de períodos de repouso intercalados com os de atividade, evitando-se

lesões. Também se deve dar atenção à postura e posições de trabalho e lazer. Por isso, exercícios regulares podem ajudar a prevenir fraqueza muscular e fadiga. e)Corticosteróides – são hormônios sintéticos, cópia do hormônio cortisona produzido pela glândula supra-renal extremamente potente contra a inflamação. Mas, em altas dosagens, apresentam efeitos colaterais como ganho de peso, "inchaço", espinhas, pressão alta, catarata, devendo então ser usados com precaução e unicamente através de indicação médica. Os mais comuns são: prednisona, prednisolona, hidrocortisona, entre outros. f)Antiinflamatórios não-esteróides - alguns sintomas como fadiga, febre e artrite podem ser tratados eficientemente com não-esteróides. Não apresentam os efeitos colaterais dos esteróides, mas registra-se a intolerância do estômago. O mais antigo é a aspirina. g)Antimaláricos - são muito úteis para o controle da artrite e problemas de pele, usados também contra a malária. O maior problema com o seu uso se refere à visão, devendo-se estar atento à acuidade visual, o que sugere exames de controle junto ao oftalmologista. Os antimaláricos usados são cloroquina e hidroxicloroquina. h)Imunossupressores - são usados para diminuir a ação do sistema imune, existindo controvérsias sobre o seu uso em função de grandes efeitos colaterais. É preciso avaliar muito seriamente os benefícios e riscos associados a este tratamento. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) as doenças reumatológicas são fruto da diminuição da “energia de defesa” chamada de Wei Qi e do ataque sucessivo de patógenos externos chamados de ventofrio, vento-calor e vento umidade que pouco a pouco vão se instalando nas articulações. Com o passar do tempo, existe um alojamento permanente desse “vento” e as crises podem ser desencadeadas sem fatores externos predisponentes. A circulação da energia (Qi) fica bloqueada principalmente a nível articular gerando dores e rigidez. Por outro lado, existe uma alteração de imunidade cada vez mais pronunciada levando, em última análise, a uma desvitalização7.

Observa-se, na maior parte dos pacientes, a presença de um desequilíbrio energético de três elementos: o elemento água, responsável pela vitalidade do indivíduo, o elemento terra responsável pela nutrição do organismo e também das articulações e o elemento madeira que, quando desequilibrado, gera as inflamações articulares (por presença de calor). Os elementos madeira e água são juntos responsáveis pela imunidade do corpo. O elemento terra é o maior responsável pelo acúmulo de umidade que causa a rigidez articular e as dores tipo “em peso”8.

Hipoteticamente, acupuntura e a fitoterapia (uso de plantas medicinais) são os pilares da MTC e através delas tratam-se todas as doenças reumatológicas, com maior ou menor grau de resposta. Alguns pacientes podem apresentar remissão completa dos sintomas, enquanto outros se beneficiam pouco desses tratamentos. A resposta depende do grau de acometimento da chamada “energia vital”, que quanto mais danificada, pior será a resposta9.

Estudos clínicos com pacientes em geral têm demonstrado que a taxa de imunoglobulinas aumenta a partir da primeira semana de tratamento10. Alguns estudos mostram que o estímulo pela acupuntura pode resultar em efeitos sistêmicos, através do aumento da secreção de neurotransmissores e neuro-hormônios, melhorando o fluxo sangüíneo e estimulando também a função imunológica11.

3. Metodologia

Trata-se de um estudo do tipo descritivo, realizado no Ambulatório de clínica do Centro Integrado de Terapias Energéticas – CITE, na cidade de Recife, entre os meses de abril e julho de 2010.

Participou do estudo, uma paciente portadora de Lupus Eritematoso

Sistêmico, como demanda espontânea, encaminhada pelo seu médico assistente Dr. Alexandre Cunha. Durante a primeira consulta, a paciente foi esclarecida sobre a pesquisa e aceitou participar da mesma, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sendo submetida à anamnese e avaliação segundo a Medicina Tradicional Chinesa.

A voluntária foi submetida a um tratamento envolvendo técnicas de acupuntura, com uma sessão semanal de quarenta minutos de duração cada uma, perfazendo um total de 10 sessões, sendo utilizadas agulhas de acupuntura esterilizadas e descartáveis. Após as 10 sessões, a paciente apresentou melhora completa da fase aguda e crônica da doença.

4. Estudo de Caso

No dia 13/04/2010, a paciente A.C.F., de 19 anos, foi encaminhada por um médico clínico geral com diagnóstico de Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) para o tratamento com acupuntura. Neste mesmo dia, foi realizada a anamnese, onde a paciente relatou que os sintomas sui generis da LES iniciaram-se em julho de 2009, sendo internada no Hospital Alberto Sabin por 28 dias, foi tratada inicialmente para H1N1. Após diagnóstico de LES foi iniciou corticoterapia endovenosa, continuando via oral após a alta até o momento. Após a alta perdeu dez quilogramas, ganhou doze kg com o uso de corticóide. Apresentou “derrame cardíaco”.

Em sua história patológica pregressa relata edema no olho esquerdo aos 15 anos, sendo tratado com corticóide. Na infância teve varicela, parotidite.

Na história familiar: pai hipertenso; avó materna com diabetes melitus. Negou tabagismo e alcoolismo. No momento faz uso das medicações Prednisona 20 mg e Cloroquina 250mg ao dia.

Ao exame físico:

Inspeção

Estado geral bom, deambulante, apresentando manchas hipercrômicas discretas em forma de “asa de borboleta” na face e cicatrizes de lesões maculares disseminadas pelo corpo.

Testes e Palpação

Sinais vitais: PA = 110/70, Pulso = 68 bpm, Respiração = 18 irpm,

Apresenta dor abdominal no flanco direito irradiando até o hemitórax direito à palpação superficial e manipulação; cervicalgia com limitação de movimentos; edema nas mãos joelhos e pés. Refere epigastralgia + pirose. 2

4.1 Avaliação Energética

Língua: cor rosa clara, pontos avermelhados; fissura longitudinal no BP; edemaciada. Saburra fina esbranquiçada. Preferência alimentar: Por sabor doce.

Sede e bebidas: sente muita sede, com ingestão de mais de dois litros de água; preferência de líquidos frios, mas tem sensibilidade nos dentes.

Eliminações fisiológicas: no momento, sem anormalidades. Na fase aguda teve nefrite, disúria. Níveis de energias: fadiga geral.

Cabeça: no momento, nega. Relata ter sofrido antes de muita enxaqueca. Sono: dorme bem.

Transpiração: quase não transpira.

Ouvidos: diminuição da acuidade à direita.

Olhos: secura leve.

Sensações térmicas: calor.

Emoções: preocupação excessiva + excesso de pensamento.

Sintomas sexuais: umidade vaginal.

4.1.1 Diagnóstico Energético

Devido a paciente apresentar preferência por alimentos doces, ter excesso de pensamentos e ser muito preocupada, o Fator Constitucional sugerido é o elemento Terra.

O Lupus Eritematoso Sistêmico, por ser uma síndrome, fica difícil identificar o elemento desequilibrado precursor do Padrão patológico.

A Hipótese Diagnóstica mais indicada para esse estudo é: Deficiência do yin do Rim → aumento do yang do rim → yang do fígado → escape do yang do fígado → deficiência do yin do coração → perda do controle do fogo → desordenando todos os órgãos.

4.1.1.1 Comentário Sobre o Diagnóstico Energético

Na Síndrome Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), os fatores genéticos destacam-se importantes devido à maior prevalência da doença entre familiares.

Na medicina tradicional chinesa, o rim é referido como “raiz da vida” ou “raiz do Qi pré-celestial” (essência derivada dos pais e estabelecida na concepção), Tem as funções de “armazenar essência e governar nascimento, crescimento, reprodução e desenvolvimento; e ainda, produzir medula, abastecer cérebro e controlar ossos”12,

Por ser essência, o yin do rim e o yang do rim são denominados respectivamente por yin primário e yang primário. O yin do rim é o alicerce para toda energia yin do organismo, especialmente as pertencentes ao fígado, coração e pulmão; e o yang do rim é o alicerce para todas as energias yang no organismo, em particular àquelas do baço, pulmão e coração12,

Considerando as asserções supracitadas, conclui-se que o zang (órgão) originalmente acometido foi o Shen (rim), ocasionando o desequilíbrio dos zang fu e seus elementos, comprometendo os ossos, tendões e músculos, justificando as dores articulares generalizadas, a poliartrite.

Assim, tal explicação justifica o acometimento dos vários elementos (órgãos e sistemas) conforme o seguinte parágrafo da referência literária:

Observa-se, na maior parte dos pacientes, a presença de um desequilíbrio energético de três elementos: o elemento água, responsável pela vitalidade do indivíduo, o elemento terra responsável pela nutrição do organismo e também das articulações e o elemento madeira que, quando desequilibrado, gera as inflamações articulares (por presença de calor). Os elementos madeira e água são juntos responsáveis pela imunidade do corpo. O elemento terra é o maior responsável pelo acúmulo de umidade que causa a rigidez articular e as dores tipo “em peso”8.

Devido ao fato de ser a primeira experiência da paciente no tratamento de acupuntura, e possuir uma enfermidade autoimune inflamatória crônica que pode afetar múltiplos sistemas do organismo, o tratamento foi iniciado com os pontos de aberturas dos Curiosos Ren Mai (vaso da concepção ou vaso diretor) e Du Mai (vaso governador)com os seus acoplados: P-7 + R6 → para tratar doenças do pulmão, tórax, garganta ou diafragma; D3 + B-62 → para tratar doenças do ângulo interno do olho, pescoço ou ombro. IG-2, IG-3, F-2, F-3 → Técnica reumatológica das quatro barreiras para síndrome Bi, destinada ao desbloqueio e circulação do Qi, em que se utilizam os pontos Iong e Iu dos Shu antigos dos meridianos. VC-7 → Tonificar a energia essencial, harmonizar e aquecer o Yong Qi, tonificar o Shen Qi, harmonizar o Ren Mai e o Daí Mai. VC-9 → harmonizar o PI Qi e o Qi do Yang Ming; harmoniza a via das águas e

faz sua circulação. E-25 → regulariza a circulação do Qi; dispersar a umidade-calor. B-21 → ponto shu dorsal do Wei (estômago). R-3 → ponto fonte do Shen (rim); tonificar o Shen Qi; nutrir o Qi, o sangue e a essência. F-13 → ponto de reunião dos órgãos, utilizado para as afecções dos órgãos.

4.2.2 Evolução e Tratamento Subseqüente

Em 20/04/2010, 2ª sessão. Paciente queixando-se de dores torácica (nas costas), mãos e punhos e pés; pirose.

A conduta foi manter o Curioso Ren Mai com seu acoplado (P-7 e R-6), o Du Mai e seu acoplado – servindo também como unitário tai yang – (ID-3 e B- 62); o Unitário tai yin (C-7 e R-4) para as dores; VC-12 para aliviar o calor no estômago; os Sete Dragões internos (VC-15,12, E-25, 32, 41) para estimular sua energia de defesa (Wei). Ficando assim a sessão: P-7 E + R-6 D, ID-3 D + B-62 E, C-7 E + R-4 D, VC-15,12, E-25, 32, 41.

No dia 27/04/2010, 3ª sessão. Evolui referindo melhora de 100 % das dores nas costas. Informou ter apresentado enxaqueca com vômito ao final da tarde da última aplicação (20/04/2010). No momento queixa-se de dores articulares nos pés e mãos, mais dorsalgia.

Conduta: VG-20, Crânio: imunologia, yintang, tayang, Ocular:

Em 04/05/2010, terça-feira, 4ª sessão. Informou ter sofrido de enxaqueca com vômito em jato à tarde da última sessão. Sentiu dores no corpo inteiro entre 6ª-feira e domingo, melhorando com o uso de Cetoprofeno. No momento, queixa-se de dor no hemitórax esquerdo, articulações das mãos e pés.

Apresentando quadro recidivo dos sintomas da Lupus: manchas eritematosas moderadas disseminadas pelo corpo e poliartrite (Inflamação concomitante de várias articulações).

TA-8 → IG-1Agendado a freqüência da sessão de uma vez para duas vezes na semana.

No dia 14/05/2010, 6ª sessão. Evoluindo com melhora do estado geral, sem reações adversas, com diminuição das manchas da face e dos MS.

Conduta: VG-20, 16, 14, 1, 4, Shiqizhui

Conduta: VB-43, 40

Devido a melhora da recidiva da Síndrome, foi agendado a freqüência da sessão de duas vezes para uma vez na semana.

Paciente evoluindo em bom estado geral, referindo leve dores nos pés.

Conduta:

Lei caudal superficial de Energia: P9 IG11 BP3 E36 C7 ID8 R3 B40 MC6 TA10 F3 VB34

Em 01/06/2010, 9ª sessão. Evoluindo bem, assintomática. Relata ter ido ao seu médico – fez endoscopia, sendo diagnosticada uma Pangastrite, secundário ao uso de Prednisona.

Conduta: ID-3, B-62, P7, R6, R3, BP-2, E-36, IG-4,VC-12, 17, B-10, 8. No dia 08/06/2010, 10ª sessão. Paciente evoluindo bem, sem queixas reumáticas. Com pouco episódios de pirose.

Conduta: Pontos união alto/baixo ( IG-4, IG-1, E-36, F-3) para harmonizar o Qi; VC-12 e MC-6 para o calor no Wei (estômago).

No dia 2/06/2010, após 15 dias, a paciente retornou em bom estado geral, com melhora da gastralgia e da pirose. Embora já estivesse em condições de alta, solicitou uma sessão de manutenção. Nessa sessão foram utilizados os pontos-fonte (Yuan).

Os pontos de acupuntura Yuan estão associados ao Qi do Sanjiao

(Triplo Aquecedor), que se relaciona com os Zang Fu (Órgãos/Vísceras) exercendo funções sobre eles, e normalizam suas funções8. Daí, em se tratando de uma enfermidade que se caracteriza por períodos de remissão e

Pontos-FonteP-9, C-7, MC-7, BP-3, F-3, R-3

recidivas, ser uma ótima opção para o fortalecimento dos órgãos e vísceras (zang fu). IG-4, E-42, TA-4, ID-4, VB-40, B-64

5.Análise dos Resultados

Em relação ao Diagnóstico, Hicks et al. afirma que o terapeuta deve responder algumas perguntas básicas13:

Qual é o Fator Constitucional do paciente? Quais outros Elementos estão desequilibrados?

Existem bloqueios importantes ao tratamento?

O nível primário é do corpo, mente ou espírito?

No estudo de caso em questão, o Fator Constitucional da paciente é o elemento Terra. Os elementos água, madeira, fogo, terra e metal estavam desequilibrados. Havia bloqueios em todas as articulações regidas pelos elementos. O nível primário encontrava-se latente no corpo (essência). Então, por ser uma pessoa muito pensativa e preocupada, principalmente com os estudos (pré-vestibular), ocorreu um consumo excessivo do elemento Terra.

Na Seqüencia Cosmológica da Teoria dos Cinco Elementos, o elemento

Terra ocupa o centro gerador de todo o sistema das cinco atividades – eixo central das atividades do ser vivo –. É o vetor que realiza uma dupla vertente (relação com o céu canalizadas através da respiração por meio energético do Tai Yin – P-BP–, e sua relação com a terra mediante a alimentação projetada na cúpula BP-E)12, 14. Quando o BP/E (baço-pâncreas/estômago) falha, os demais órgãos não são nutridos, produzindo uma debilidade de todo organismo14.

Em relação ao tratamento, embora a paciente tenha apresentado reações como enxaqueca acompanhada de vômito à tarde, a paciente referiu melhora de 100% das dores nas costas com a 2ª aplicação. Não respondeu bem à 3ª e 4ª aplicação, em que surgiu recidiva do quadro sindrômico de Lupus Eritematoso Sistêmico – com sinais e sintomas agudos, no que ficou decidido aumentar a freqüência da aplicação para duas vezes por semana.

Assim, verificou-se que a 5ª sessão foi decisiva para a remissão da síndrome, com melhora e estabilização do quadro geral, sem reações adversas, em que se utilizou como tratamento principal uma combinação de pontos Unitários Tai Yang (ID-3 + B-62) e Shao Yin (C-7 + R-4) juntos às quatro barreiras reumatológica (IG-2,3, F-2, F-3), IG-4; fazendo circular água com B-57 → 40 ( picada do yang), TA-8 → IG-1,B-40, tratando o Shu dorsal. A 6ª aplicação reforçou e direcionou para remissão completa do quadro flogístico da recidiva, usando os curiosos Du Mai e Ren Mai com seus acoplados, dando atenção à utilização dos pontos Iong e Iu dos Unitários shao yin coração-rim (xin-shen) – na sua forma yin-yang.

Com a melhora do quadro agudo da LES, após a 7ª sessão, foi agendada a freqüência de duas sessões semanais para uma aplicação por semana.

As três sessões subseqüentes realizadas para completar dez aplicações, serviram para tratar o calor no estômago (pelo uso do corticóide) e equilibrar a circulação de energia do corpo em todos os sentidos (alto/baixo direito/esquerdo, anterior/posterior).

Neste estudo de caso, após a 10º aplicação, com a melhora e estabilidade da cliente, ainda continuamos o atendimento da acupuntura por mais um mês, mesmo que de forma irregular ( alguns intervalos de sete dias, outro de quinze dias).

Em agosto de 2010 as sessões foram interrompidas, devido à viagem da paciente para a Suíça. Hoje, 17 de novembro de 2010, a paciente A.C.F, encontra-se em Recife, em bom estado geral. Relata não ter tido novamente o quadro sindrômico remissivo. Diminuiu a dose da Prednisona de 20mg para

5mg ao dia; mantém o uso de Cloroquina 250mg/dia. Está aguardando consulta com seu médico para reavaliação da dosagem medicamentosa.

6. Considerações Finais

Ao analisar o relatório do desenvolvimento do presente estudo - Uso Da

Acupuntura no Tratamento do Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) – Um Estudo de Caso, verifica-se a atuação da acupuntura em paciente com LES, realizando o Objetivo Geral.

Os Objetivos Específicos foram todos atingidos quando: 1) Avaliou-se e se descreveu todos os aspectos clínicos que envolveram os múltiplos sistemas do corpo da paciente; 2) Os aspectos clínicos foram interpretados segundo a Medicina Tradicional Chinesa, elucidando o diagnóstico energético, o Fator Constitucional da paciente como sendo o elemento Terra, com o desequilíbrio dos demais elementos (água, madeira, fogo, terra e metal); 3) O tratamento abrangeu de forma bastante satisfatório, à medida que se conseguiu: a) prevenir perda progressiva da função dos órgãos, b) reduzir a probabilidade de doença aguda (já que a paciente encontra-se mais de cinco meses sem recidiva), c) a paciente encontra-se em suas atividades plenas, sem incapacidade, e as complicações decorrentes da terapia medicamentosa foram prevenidas, a ponto das dosagens medicamentosas serem reduzidas.

Ainda, como um dos itens propostos, a observação da paciente com sua recuperação clínica encontram-se documentada no presente relatório. Vale ressaltar que na Medicina Tradicional Chinesa/oriental, não se trata a doença, mas a pessoa, viabilizando a homeostase no corpo humano através da manuntenção do equilíbrio dos elementos: água, madeira, fogo, terra e metal. Cada caso é um caso!

Que este relatório sirva de fonte sumária sobre a enfermidade lupus

Eritematoso Sistêmico, tanto para quem atua na medicina ocidental como oriental – como instrumento propulsor de novos estudos. 3

7. Referência bibliográfica

A Diagnóstico e Tratamento 2004 – Lange. São Paulo : Atheneu, 1. TIERNEY Jr, Lawrence M. & MCPHEE, Stephen J. & PAPADAKIS, Maxine 2004. 812 p.

2. MILLER, Otto. O Laboratório e as Técnicas de Imagem no Diagnóstico Clínico. São Paulo : Atheneu, 2002, 475-476 p.

3. CECIL, R. L. Tratado de Medicina interna. 2. Ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2005.

4. MEINÃO, Ivone Minhoto & SATO, Emília Inoue. Lúpus Eritematoso Sistêmico de Início Tardio. Einstein. 2008; 6 (Supl 1):S40-S7. Disponível em: < http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/774-Einstein%20Suplemento %20v6n1%20pS40-47.pdf>. Acesso em 01/jun/2010.

5. GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica. 1. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p 330.

6. LÚPUS Eritematoso Sistêmico (LES). Lupus On line. Mato Grosso do Sul, 28jul.2008. Disponível em: <http://w.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/5715/lupus-eritematososistemico-les.> Acesso em 02/jul/2010.

7. SMELTZER, S. C.; BARE, B .G.; BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 8ª ed. Vol. 3. Rio de Janeiro : Guanabara- Koogan, 1998, 1248 p.

8. YAMAMURA, Ysao. Acupuntura Tradicional: a arte de inserir. 2ª ed. rev. e ampliada. São Paulo : Roca, 2004.

9. CAMPIGLIA, Helena. Entrevista disponível em: <http://w.reumatologiaavancada.com.br/pontos-de-vista/acupuntura> Acesso em: 01/jun/2010.

10. Embid A: Acupuntura-Moxibustion-Electroacupuntura-Laser: sintesis de trabajos mundiales sobre la accion de la acupuntura-moxibustion em las reacciones inmunologicas. In: EMBID, A. Estimular las Defensas de Outra Forma: tratamiento de los sindromes de inmunodeficiencia. Madrid: Medicinas Complementarias, 1992

1. Hong Jin Pai: Uma Comparação da Medicina Chinesa e Ocidental. Disponível em: <http://w.cmiacupuntura.com.br/art_comparação.htm > Acesso em 15/ago/2010.

12.MACIOCIA, Giovani. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: um texto abrangente para Acupunturistas e Fitoterapeutas. 2ª Ed. São Paulo : Roca, 2007.

13.HICKS, A., HICKS, J., PETER, M. Acupuntura Constitucional dos Cinco Elementos. São Paulo : Roca, 2008.

14.CORRAL, Padilha, J. L. Fundamentos da Medicina Tradicional Oriental. São Paulo : Roca, 2006.

8. Anexo I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Uso da acupuntura no tratamento do Lupos – um estudo de caso

_, ProfessorEu, _, abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário do projeto de pesquisa supracitado, sob a responsabilidade do pesquisador Assinando este Termo de Consentimento estou ciente de que:

1.O objetivo deste estudo é verificar a atuação da acupuntura em paciente com Lupus eritematoso; 2.Os riscos existentes neste estudo são mínimos, uma vez que serão utilizados pontos de acupuntura de baixo risco, ou seja, incapazes de atingir alguma parte do corpo que venha a comprometer a saúde do paciente, sendo a técnica aplicada por um especialista na área; 3.Durante o estudo serei tratado e avaliado por profissionais especializados e pelo participante da pesquisa Norberto da Costa Lima, onde serão obtidos dados para posterior análise; 4.Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a minha participação na referida pesquisa; 5.Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa; 6.Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo, e os resultados gerais obtidos através da pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho exposto acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada;

Recife, de de 2010.