Lúpus Eritematoso Sistémico: implicações das hormonas ... · André Silva de Carvalho Lúpus...

34
2011/2012 março, 2012 André Silva de Carvalho Lúpus Eritematoso Sistémico: implicações das hormonas sexuais na sua patogénese e prognóstico

Transcript of Lúpus Eritematoso Sistémico: implicações das hormonas ... · André Silva de Carvalho Lúpus...

  • 2011/2012

    maro, 2012

    Andr Silva de Carvalho

    Lpus Eritematoso Sistmico: implicaes das

    hormonas sexuais na sua patognese e prognstico

  • maro, 2012

    Andr Silva de Carvalho

    Lpus Eritematoso Sistmico: implicaes das

    hormonas sexuais na sua patognese e prognstico

    Mestrado Integrado em Medicina

    rea: Reumatologia

    Trabalho efetuado sob a Orientao de:

    Dr. Iva Brito

    Trabalho organizado segundo as normas de publicao da revista:

    Arquivos de Medicina

  • Projeto de Opo do 6 ano - DECLARAO DE INTEGRIDADE

    Eu, Andr Silva de Carvalho, abaixo assinado, n mecanogrfico 060801194, estudante do 6 ano do

    Mestrado Integrado em Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, declaro ter

    atuado com absoluta integridade na elaborao deste projeto de opo.

    Neste sentido, confirmo que NO incorri em plgio (ato pelo qual um indivduo, mesmo por omisso,

    assume a autoria de um determinado trabalho intelectual, ou partes dele). Mais declaro que todas as

    frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores, foram referenciadas, ou

    redigidas com novas palavras, tendo colocado, neste caso, a citao da fonte bibliogrfica.

    Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 20/03/2012

    Assinatura: ________________________________________________

  • Projeto de Opo do 6 ano DECLARAO DE REPRODUO

    Nome: Andr Silva de Carvalho

    Endereo eletrnico: [email protected] Telefone ou Telemvel: +351917969435

    Nmero do Bilhete de Identidade: 13177436

    Ttulo da Dissertao/Monografia (cortar o que no interessa):

    Lpus Eritematoso Sistmico: implicaes das hormonas sexuais na sua patognese e prognstico

    Orientador:

    Iva Humberta Oliveira de Brito

    Ano de concluso: 2012

    Designao da rea do projeto:

    Reumatologia

    autorizada a reproduo integral desta Dissertao/Monografia (cortar o que no interessar) para

    efeitos de investigao e de divulgao pedaggica, em programas e projetos coordenados pela

    FMUP.

    Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 20/03/2012

    Assinatura: _______________________________________________

  • !1

    Lpus Eritematoso Sistmico: implicaes das hormonas sexuais na sua patognese

    e prognstico

    Systemic Lupus Erythematosus: the role of sex hormones in its pathogenesis and

    prognosis

    Carvalho, Andr Silva*

    * Aluno do 6. ano do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Medicina da

    Universidade do Porto

    Correspondncia

    Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

    Alameda do Prof. Hernni Monteiro. 4200-319 Porto, PORTUGAL

    Telefone: +351225513600

    Fax: +351225513601

    E-mail: [email protected]

    Agradecimentos

    Dr. Iva Brito, cuja orientao e disponibilidade foram indispensveis realizao desta

    monografia.

    Contagem de palavras

    Resumo: 183 palavras

    Abstract: 189 words

    Texto: 3538 palavras

  • !2

    Resumo

    O lpus eritematoso sistmico (LES) uma doena inflamatria crnica, multissistmica e

    autoimune que atinge maioritariamente mulheres em idade reprodutiva, com um rcio sexo

    feminino/sexo masculino globalmente estimado em 9:1. A sua etiologia ainda no est

    totalmente esclarecida, apesar de avanos recentes na sua compreenso.

    Nesta doena, virtualmente todos os componentes do sistema imunitrio parecem estar

    envolvidos nos mecanismos subjacentes induo, manuteno e progresso da mesma.

    Tem sido sugerido que as hormonas sexuais, em especial os estrognios, desempenham

    um papel importante na sua patognese. De facto, as hormonas esteroides sexuais so

    potentes reguladores da funo imune, nomeadamente a nvel da produo de citocinas e

    no balano entre respostas Th1/Th2. Alm do seu papel potencial na patognese do lpus,

    as hormonas sexuais so tambm, hoje em dia, investigadas como possveis alvos

    teraputicos nesta doena.

    Nesta monografia pretende-se efetuar uma reviso da literatura no sentido de um maior

    esclarecimento sobre o eventual papel das hormonas esteroides sexuais nas alteraes

    imunolgicas encontradas no LES, assim como dos principais mecanismos propostos para o

    vis de gnero associado a esta doena e s implicaes teraputicas da decorrentes.

    Palavras-chave: lpus eritematoso sistmico; hormonas esteroides sexuais; patognese

  • !3

    Abstract

    Systemic lupus erythematosus (SLE) is a chronic, inflammatory, multisystemic autoimmune

    disease that mainly affects women in reproductive age, with a female-to-male ratio globally

    estimated at 9:1. Despite recent advances in its understanding, its etiology is not yet fully

    understood.

    In this disease, virtually all components of the immune system seem to be involved in the

    mechanisms underlying its induction, maintenance and progression. It has been suggested

    that sex hormones, especially estrogens, may have an important role in its pathogenesis. In

    fact, gonadal steroid hormones are potent regulators of the immune function, particularly

    because of their ability to modulate cytokine production and alter the balance between Th1

    and Th2 immune responses. In addition to their potential role in the pathogenesis of lupus,

    sex hormones are also now under investigation as potential therapeutic targets for this

    disease.

    In this article, is intended to conduct a systematic review of literature regarding a better

    understanding on the possible role of sex hormones in the immune aberrations found in SLE,

    as well as to review the main mechanisms proposed for the gender bias associated with this

    disease and the therapeutic implications arising from them.

    Key-words: systemic lupus erythematosus; gonadal steroid hormones; pathogenesis

  • !4

    ndice

    Lista de abreviaturas 5

    Lista de tabelas 5

    Introduo 6

    Material e mtodos 7

    Lpus Eritematoso Sistmico: definio 8

    Epidemiologia 8

    Patognese 9

    Imunidade inata 9

    Imunidade adquirida 10

    Autoanticorpos 11

    Hormonas Sexuais na patognese e prognstico do LES 12

    Estrognio 12

    Progesterona 16

    Andrognios 16

    Concluso 18

    Referncias 20

    Anexo 25

  • !5

    Lista de abreviaturas

    LES - lpus eritematoso sistmico

    ACR - American College of Rheumatology

    TLR - Toll-like receptors

    IFN - interfero

    IL - interleucina

    BLyS - B lymphocyte stimulator

    antidsDNA - anticorpos anticadeia dupla de ADN

    RE - recetor do estrognio

    RE- - recetor do estrognio do tipo alfa

    RE- - recetor do estrognio do tipo beta

    E2 - estradiol

    NZB/NZW - New Zealand Black/New Zealand White

    IgG - Imunoglobulina G

    ACO - anticoncecionais orais

    DHEA - dihidroepiandrosterona

    Lista de tabelas

    Tabela 1: Critrios de diagnstico de LES segundo o ACR, modificados em 1997

  • !6

    Introduo

    O lpus eritematoso sistmico (LES) uma doena autoimune sistmica com manifestaes

    clnicas diversas e uma predileo marcada pelo sexo feminino. Ao longo dos ltimos anos,

    vrios tm sido os estudos no sentido de uma melhor compreenso da sua etiopatogenia.

    Atualmente, aceita-se unanimemente que uma doena multifatorial, na qual a

    suscetibilidade gentica, a idade e fatores hormonais e ambienciais interatuam de forma

    complexa (1).

    A marcada predominncia no sexo feminino existe por razes ainda no totalmente

    esclarecidas. Existem diferenas significativas entre os sistemas imunitrios do homem e da

    mulher, que no parecem explicadas por outro mecanismo que no os diferentes nveis de

    esteroides sexuais (2). No entanto, no se conseguiu provar com consistncia que este

    mecanismo seja responsvel por todo o vis de gnero desta doena. possvel que, entre

    outros, polimorfismos genticos ligados aos cromossomas sexuais possam ter tambm um

    papel importante (3).

    Neste trabalho pretende-se efetuar uma reviso da literatura no sentido de um maior

    esclarecimento sobre o eventual papel das hormonas esteroides sexuais nas alteraes

    imunolgicas encontradas no LES, assim como dos principais mecanismos propostos para o

    vis de gnero associado a esta doena e s implicaes teraputicas da decorrentes.

  • !7

    Material e mtodos

    Esta reviso foi efetuada aps pesquisa de artigos cientficos na base de dados PubMed,

    utilizando a seguinte query: ("Lupus Erythematosus, Systemic"[Majr]) AND "Gonadal Steroid

    Hormones"[MeSH]. Apenas foram considerados os artigos escritos na lngua inglesa ou

    portuguesa, publicados no perodo compreendido entre 1 de janeiro de 2007 e 30 de

    setembro de 2011 em revistas de elevado impacto. Aps obteno de 28 artigos em texto

    integral foram ainda analisadas as referncias bibliogrficas consideradas relevantes.

  • !8

    Lpus Eritematoso Sistmico: definio

    O LES uma doena multissistmica com marcada predominncia no sexo feminino,

    subsequente em grande medida a uma resposta imune contra autoantignios ubiquitrios,

    maioritariamente intranucleares (4). Apesar do progresso que se tem verificado

    recentemente no conhecimento da patognese do LES, a sua etiologia continua em grande

    parte por esclarecer. No entanto, universalmente aceite que esta multifatorial, resultando

    da interao entre fatores genticos, ambientais e hormonais (1, 4, 5). O LES uma das

    doenas autoimunes mais pleomrficas, podendo as suas manifestaes clnicas variar

    desde rash cutneo, artrite, anemia ou trombocitopenia at outras como nefrite e atingimento

    do Sistema Nervoso Central, que implicam maior morbilidade e pior prognstico vital (1, 6).

    O seu diagnstico baseia-se na conjugao de critrios clnicos e laboratoriais propostos em

    1982 e revistos em 1997 pelo American College of Rheumatology (ACR) (Tabela 1), sendo

    necessria a presena de quatro ou mais destes critrios, seriada ou simultaneamente,

    durante um determinado intervalo de observao (1).

    Epidemiologia

    Considerada uma doena rara, hoje evidente que o LES relativamente comum em certos

    grupos populacionais (7). Pode ser diagnosticado em qualquer idade, apesar de na grande

    maioria dos doentes se manifestar entre os 15 e os 40 anos (1, 7). O LES

    substancialmente mais frequente em mulheres em idade reprodutiva, com um rcio sexo

    feminino/sexo masculino globalmente estimado em 9:1, o que sugere para a maioria dos

    autores uma possvel relao de causalidade entre as hormonas sexuais e o

    desenvolvimento da doena (1, 7, 8). Estudos sobre tendncia racial mostraram que o LES

    afeta mais frequentemente no-caucasianos, tendo consistentemente maior incidncia e

    prevalncia em indivduos de raa negra (6, 8). As taxas de concordncia entre gmeos

    monozigticos e dizigticos so de 24% e 2%, respetivamente (1). Relativamente ao

  • !9

    prognstico, pode afirmar-se que nos ltimos 40 anos se assistiu a uma melhoria substancial

    nas taxas de sobrevida, que era inferior a 50% aos 5 anos na dcada de 50 e que se estima

    atualmente ser de 93% e 85% aos 5 e 10 anos, respetivamente, resultante de uma maior

    acuidade diagnstica e estratgia teraputica (1, 6, 7).

    Patognese

    O LES pode ser considerado o prottipo de doena sistmica, na medida em que

    virtualmente todos os componentes do sistema imunitrio (quer a nvel de imunidade inata

    quer da adquirida) parecem estar envolvidos nos mecanismos subjacentes induo,

    manuteno e progresso da doena (5, 9).

    Imunidade inata

    Est hoje demonstrado que a imunidade inata desempenha um papel fundamental na

    patognese da doena (5). Um dos mecanismos propostos para o desenvolvimento de

    autoimunidade no LES baseia-se no conceito de que a capacidade de remoo de detritos

    celulares apoptticos levada a cabo pelos moncitos e macrfagos est diminuda (4, 6, 9).

    O fator C1q da via clssica do complemento tem tambm um papel preponderante na

    fagocitose por se ligar aos remanescentes apoptticos e permitir a sua destruio aps

    interao com os recetores de superfcie presentes nos macrfagos (6). Manifestaes

    clnicas severas do LES so encontradas frequentemente em doentes com deficincia

    homozigtica deste fator, que , alis, uma condio gentica rara que demonstrou forte

    associao com a ocorrncia da doena (5, 6, 9). Alm disso, o defeito no clearance de

    material apopttico levado a cabo pelo sistema do complemento parece ter implicaes no

    acelerar do processo aterosclertico dos doentes com LES (8). Alguns estudos tm tambm

    realado a importncia dos Toll-like receptors (TLR) na ativao de clulas dendrticas e de

    linfcitos B. A ativao da via pr-inflamatria do interfero- (IFN-) tem sido associada

  • !10

    com a presena de autoanticorpos especficos para ribonucleoprotenas que parecem ser

    reconhecidas pelos TLR-9 e 7 (10).

    Imunidade adquirida

    Vrias alteraes na imunidade humoral e celular tm sido descritas na etiopatognese do

    LES. Os linfcitos T estimulam excessivamente as clulas B ao produzirem quantidades

    deficientes de interleucina (IL)-2. Os nveis de IL-17 esto anormalmente elevados no soro

    dos doentes com LES e acredita-se que sejam produzidos por uma frao tambm

    aumentada de linfcitos T duplamente negativos (CD4- CD8-) que, em pessoas saudveis,

    constituem uma populao rara de linfcitos (< 5%). A IL-17 contribui para a formao de

    centros germinativos nos gnglios linfticos onde atua em conjunto com um fator ativador de

    clulas B levando produo de autoanticorpos por linfcitos B autorreativos (4, 5).

    tambm consensual que as clulas T reguladoras se encontram diminudas e tm uma

    capacidade reduzida em suprimir a proliferao de clulas T helper nos doentes com LES

    (5, 6). A linfopenia de clulas B e a sua hiperatividade so achados relevantes encontrados

    no LES (4). Os linfcitos B autorreativos surgem precocemente na ontogenia B e acredita-se

    que a perda de tolerncia ocorra por defeitos em vrios checkpoints desta via (4, 9). O

    estimulador de linfcitos B (BLyS, B lymphocyte stimulator) uma molcula pertencente

    superfamlia do TNF-ligando que promove a proliferao e diferenciao das clulas B cujos

    nveis esto aumentados em vrias doenas autoimunes como a artrite reumatoide,

    sndrome de Sjgren e LES (6, 10). Nveis sricos elevados do BLyS tm uma correlao

    positiva com o ttulo de anticorpos anticadeia dupla de ADN (antidsDNA) (6). Alm do papel

    que as clulas B e T tm na formao de autoanticorpos, o facto de produzirem um perfil de

    citocinas que modulam a resposta inflamatria no sentido de promover leso tecidular no

    pode ser negligenciado na etiopatogenia do LES (10).

  • !11

    Autoanticorpos

    Os autoanticorpos so a causa primordial de dano tecidular nos doentes com LES (6) e

    podem ser detetados no soro dos doentes at 5 anos antes do aparecimento das primeiras

    manifestaes clnicas (10). Apesar de os autoanticorpos produzidos nesta doena poderem

    ser dirigidos contra mltiplos constituintes dos tecidos, apenas um pequeno nmero mostrou

    at hoje contribuir de forma inequvoca para leso de rgo-alvo no LES (4). Destes, os

    melhor estudados e caracterizados so os anticorpos antidsDNA, que tm uma elevada

    especificidade no LES (esto presentes em mais de 70% dos casos, mas em menos de

    0,5% dos indivduos saudveis ou com outras doenas autoimunes) (6). Os nveis

    plasmticos tendem a correlacionar-se com a atividade da doena, com o desenvolvimento

    de nefrite e de manifestaes neurolgicas, estas atravs de um mecanismo de reatividade

    cruzada com o recetor N-metil-D-aspartato presente no hipocampo (4, 6, 9, 10). Do mesmo

    modo, a presena de anticorpos anti-SSA/Ro e anti-SSB/La relaciona-se com o

    desenvolvimento de bloqueio auriculoventricular no feto, quando presentes na grvida com

    LES (6). Aos anticorpos antinucleossomas e anti-SSA/Ro tm sido atribudos papeis

    importantes no desenvolvimento de leses cutneas (6). Os autoanticorpos parecem

    tambm causar dano tecidular na presena de fatores locais adicionais, como por exemplo a

    presena concomitante de anticorpos antifosfolipdeos induzir eventos trombticos

    sobretudo quando coexistem fatores favorecedores como estase venosa, infeo ou

    hipertenso arterial (5).

    Em suma, o sistema imunolgico do doente com LES um sistema comprometido na sua

    globalidade em que a desregulao de um dos seus elementos acaba, em ltima anlise,

    por levar sua falha na totalidade (4).

  • !12

    Hormonas Sexuais na patognese e prognstico do LES

    O elevado rcio sexo feminino/masculino do LES pode, em parte, ser devido aos efeitos dos

    estrognios e andrognios. As hormonas sexuais tm implicaes a nvel da imunidade

    inata e adquirida, exercendo os seus efeitos atravs da ligao aos respetivos recetores

    presentes nas clulas do sistema imunolgico (11, 12). Recetores dos estrognios (RE) RE-

    e RE- esto presentes em linfcitos T citotxicos, T helper e linfcitos B (11, 13, 14).

    Recetores da testosterona e da prolactina foram tambm isolados em clulas B e T (11).

    Estrognio

    O estrognio tem uma ao pleiotrpica no sistema imunitrio (3) e so vrias as evidncias

    que parecem suportar o seu papel na patognese do LES, como o facto de ter maior

    incidncia em mulheres em idade reprodutiva, no perodo pubertrio e de muitas doentes

    apresentarem exacerbaes durante a gravidez, perodos de elevao dos nveis circulantes

    de estrognio (3, 15).

    O controlo deficiente da apoptose das clulas T um dos mecanismos patognicos no LES.

    O estradiol (E2) capaz de inibir a apoptose de linfcitos T de doentes com LES de forma

    dose-dependente, ocorrendo por regulao negativa da expresso do ligando Fas a nvel

    quer do ARN mensageiro (ARNm) quer de produo de protena. Estes efeitos so

    revertidos pela administrao prvia de tamoxifeno (modulador do RE), indicando que o

    estrognio exerce estes efeitos atravs do seu recetor (16). O E2 aumenta a expresso de

    calcineurina em linfcitos T perifricos de doentes com LES (17). Foi tambm demonstrado

    que o E2 influencia seletivamente as vias de transduo de sinal das clulas T no LES (18).

    O IFN- uma molcula com a capacidade de ativar clulas apresentadoras de antignio

    que tenham fagocitado material do prprio e, como tal, tem sido implicada no

    desenvolvimento de tolerncia imunolgica (19). Verificou-se que a via do IFN- e a

    expresso de PI3K/Akt (phosphoinositide 3-kinase/Akt) so reguladas positivamente pelo E2

  • !13

    em clulas provenientes de doentes com LES, mas no em controlos. Da mesma forma, a

    sinalizao atravs do TCR (T cell recetor), GM-CSF (granulocyte macrophage colony

    stimulating fator), clcio e SAPK/JNK (Stress-activated protein kinase/c-Jun NH2-terminal

    kinase), vias associadas regulao da funo dos linfcitos T e que comprovadamente

    esto alteradas no LES, tambm amplificada pelo E2 (18).

    Um estudo sobre a expresso do RE em clulas mononucleadas de sangue perifrico de

    doentes com LES mostrou que a expresso do ARNm de RE-, mas no de RE-,

    significativamente maior neste grupo, quando comparada com clulas de controlos (14). Foi

    tambm demonstrado que as clulas T CD4+ e CD8+ de doentes com LES tm uma maior

    densidade de RE-, enquanto que a expresso de ARNm do RE nos linfcitos B se encontra

    diminuda, o que levou os autores a proporem que esta sobre expresso de RE- seja

    responsvel pela influncia do estrognio nas clulas T CD4+ dos doentes com lpus (14).

    Outro estudo demonstrou que tambm a nvel proteico, a expresso de RE- est

    aumentada no LES (17). A administrao de E2, bem como de um agonista altamente

    seletivo do RE- [propil-pirazol-triol (PPT)] em ratinhos New Zealand Black/New Zealand

    White (NZB/NZW) previamente ooforectomizados levou a um aumento significativo da

    concentrao de imunoglobulina G (IgG) total, IgG anti-ADN, desenvolvimento mais

    acelerado de albuminria e diminuio da sobrevida quando comparado com a

    administrao de placebo. Neste estudo, a administrao de PPT potenciou

    significativamente a produo de IgG2a, IgG2b e IgG3, subclasses de imunoglobulinas

    reconhecidamente mais patognicas em modelos murinos de LES pelo seu papel na

    opsonizao e na fixao do complemento. Pelo contrrio, a administrao de um agonista

    seletivo do recetor RE- suprimiu a produo de IgG2 anti-ADN e no teve efeito acelerador

    de proteinria nem de mortalidade (13). Estes dados permitem postular que, em modelos

    murinos de LES, a ativao do RE- tem um efeito estimulador da resposta autoimunitria,

    enquanto que a ativao do RE- parece ter um ligeiro efeito imunossupressor (13, 20). A

  • !14

    administrao de E2 a ratinhos NZB/NZW modula a capacidade das clulas dendrticas a

    nvel da apresentao de antignios, estimulao de clulas T e produo de citocinas e

    esta modulao varia com a progresso da doena. Antes do desenvolvimento de doena, o

    E2 potencia a expresso de CD40 por clulas dendrticas do bao, levando estimulao

    excessiva das clulas T. Pelo contrrio, aps o estabelecimento de doena, as clulas

    dendrticas induzem a sua apoptose sob a influncia do estrognio. Estes efeitos so

    atingidos por estimulao do RE- (21). In vivo, a administrao de estrognio leva ao

    aumento da expresso do gene Ifi202 principalmente em linfcitos B (mas tambm em

    clulas T). Aumentos da expresso da protena codificada por este gene (p202) esto

    associados com defeitos na apoptose das clulas B e com um aumento de suscetibilidade

    para o desenvolvimento de doenas lupus-like (22).

    Tambm os linfcitos B esto funcionalmente alterados no LES, sendo responsveis pela

    produo de um conjunto de autoanticorpos potencialmente nocivos (5). Um estudo

    experimental em ratinhos NZB/NZW ooforectomizados tratatos com estradiol/raloxifeno

    demonstrou que os nveis de anticorpos antidsDNA e, interessantemente, das suas

    subclasses IgG2a e IgG3 so significativamente mais baixos do que quando tratados com

    placebo ou E2 isoladamente. Neste estudo (23), o raloxifeno (modulador seletivo dos RE) foi

    ainda responsvel por uma melhoria na leso renal e na proteinria induzida pelo E2. Alm

    disso, antagonizou os efeitos do estrognio no desenvolvimento e ativao de linfcitos B

    autorreativos. Estes efeitos so em parte mediados por uma reduo na expresso de CD40

    pelas clulas B foliculares, tornando-as menos reativas coestimulao por linfcitos T.

    H evidncias sugestivas de que o metabolismo dos estrognios est alterado nos doentes

    com LES (3, 20) e que estas alteraes favorecem a produo de metabolitos com elevada

    potncia estrognica (sobretudo por 16-hidroxilao) (11, 12). Nveis cerca de 20 vezes

    superiores destes metabolitos foram encontrados em doentes com lpus (24, 25). Estas vias

    so responsveis pela formao de metabolitos intermedirios que funcionam como

  • !15

    haptenos capazes de formar ligaes covalentes com o ADN, induzindo a sua modificao

    (24). Demonstrou-se que autoanticorpos de doentes com LES tm maior afinidade de

    ligao ao ADN modificado por catecolestrognios do que ao ADN nativo (25). possvel

    que a modificao das bases do ADN pelos metabolitos do E2 contribua para a patognese

    do LES por potenciar a formao de autoanticorpos (24, 25).

    O papel dos anticoncecionais orais (ACO) como fatores despoletantes da doena tem sido

    alvo de vrios estudos. Num grande estudo no Reino Unido (26), o risco relativo (RR) de

    desenvolver LES associado com o uso de ACO foi de 1,19, significativamente superior nos 3

    primeiros meses e com doses mais elevadas (50 g) de etinilestradiol (RR 2,92), sugerindo

    um efeito agudo e dependente da dose em mulheres com suscetibilidade de desenvolver a

    doena. Contudo, outros ensaios clnicos randomizados no mostraram associao entre o

    uso de ACO e exacerbaes graves da doena em doentes com LES inativo ou estvel (3,

    27). O mesmo parece ser verdadeiro para a teraputica hormonal de substituio em

    mulheres na ps-menopausa (3, 15).

    Alm dos estrognios naturais, tambm xenoestrognios derivados de plantas, detergentes,

    pesticidas ou inseticidas tm sido implicados na etiopatogenia do LES (3, 28). Vrios

    estudos em humanos demonstraram que a imunotoxicidade de alguns pesticidas determina

    um aumento na produo de anticorpos, inibio da produo de IL-2, alterao da funo

    macrofgica, diminuio da proliferao dos linfcitos T e inibio da atividade das clulas

    natural killer, bem como aumento da sensibilidade a antibiticos e aumento da frequncia de

    autoanticorpos (28). Em ratinhos NZB/NZW intactos, a exposio crnica ao DDT (O-p'-

    diclorodifeniltricloroetano) no teve impacto na atividade da doena lpica (apesar de um

    aumento ligeiro na incidncia de albuminria), enquanto que a administrao de TCCD

    (2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina) teve um claro efeito imunossupressor, com diminuio

    da incidncia de proteinria, da mortalidade e supresso significativa da produo de

    anticorpos anti-ADN (29). A exposio a pesticidas pode ser considerada um fator

  • !16

    predisponente da doena em indivduos suscetveis, mas o seu papel como fator causal

    parece ser pouco importante, na medida em que os seus efeitos in vivo variam de composto

    para composto, atuando individualmente em cada tecido (28, 29).

    Progesterona

    A progesterona um potente imunomodulador, muitas vezes descrita como tendo efeitos

    contrrios aos do estrognio em termos de induo de inflamao e de autoimunidade (20,

    30). Esta hormona promove uma polarizao no sentido de uma resposta Th2 ao estimular a

    produo de IL-4, IL-5 e IL-10 (20). A consubstanciar este efeito antagonista da

    progesterona, um estudo em ratinhos NZB/NZW intactos demonstrou que a administrao

    de acetato de medroxiprogesterona em depsito (DMPA) previne a sua morte por atenuar a

    glomerulonefrite espontnea nestes animais (30). O tratamento com DMPA reduziu a

    acumulao das subclasses de imunoglobulinas nefritognicas IgG2a e IgG3 a nvel

    glomerular. Alm destes efeitos, a progesterona parece ter um efeito anti-inflamatrio

    extraglomerular, nomeadamente por reduzir significativamente a inflamao pericapilar a

    nvel renal (30).

    Andrognios

    Em homens com lpus tm sido reportados consistentemente nveis sricos baixos de

    testosterona (3, 20) e os andrognios tm ganho cada vez mais preponderncia como tendo

    um efeito protetor no desenvolvimento do LES (15). Apesar da aplicao de adesivos

    transdrmicos contendo 150 g de testosterona no ter mostrado melhorias significativas

    quer na atividade da doena quer na qualidade de vida quando comparada com o placebo, o

    fracasso deste ensaio clnico pode ser explicado pela baixa dose de testosterona utilizada

    (31). A par da testosterona, a dihidroepiandrosterona (DHEA) um precursor quer dos

    estrognios quer dos andrognios, capaz de despoletar respostas imunoestimuladoras in

    vivo, muitas vezes contrapondo os efeitos imunossupressores dos glicocorticides (32, 33).

  • !17

    A DHEA um potente estimulador da libertao de IL-2 de linfcitos T helper e regula

    negativamente a produo de citocinas Th2 como a IL-6 e IL-10 (20, 32). O tratamento de

    linfcitos T CD4+ com DHEA in vitro restaura a sua capacidade de secretar IL-2 em

    quantidades fisiolgicas (33). O efeito da DHEA na atividade do LES tem sido intensamente

    estudado. Num estudo em 13 doentes do sexo feminino, a administrao de 200 mg de

    DHEA no apresentou diferenas a nvel de atividade da doena, nveis de complemento,

    anticorpos antidsDNA e concentraes sricas de marcadores de funo endotelial quando

    comparada com a administrao de placebo (34). Foi interessante verificar, nesse mesmo

    estudo, que os nveis de colesterol HDL decresceram siginificativamente no grupo tratado

    com DHEA. Num outro ensaio clnico em 60 doentes do sexo feminino com LES quiescente,

    a fadiga e o bem-estar geral melhoraram quer com a administrao de 200 mg de DHEA

    quer de placebo (35). Apesar da existncia de relatos de sucesso da DHEA em reduzir as

    manifestaes clnicas do LES (3, 32, 33), ainda no foram reportados efeitos consistentes

    desta hormona na regulao da funo imune.

    Foi recentemente demonstrado que um polimorfismo no gene da globulina transportadora

    das hormonas sexuais se associa positivamente com a incidncia de LES. Este polimorfismo

    responsvel por nveis sricos significativamente mais baixos de testosterona, mas no de

    E2 (36). No entanto, no se observou associao entre a ocorrncia deste polimorfismo e

    manifestaes clnicas do LES.

  • !18

    Concluso

    As doenas autoimunes tm na sua etiologia componentes maioritariamente genticos,

    endcrinos e ambientais. O facto de ocorrerem com maior prevalncia no sexo feminino

    dever-se-, em grande parte, ao papel dos estrognios. No LES, em particular, este vis

    particularmente elevado, indiciando que fatores ligados ao sexo possam ser fundamentais

    na patognese e desenvolvimento da doena. Estas observaes fazem com que a

    influncia das hormonas sexuais na patognese e prognstico do LES sejam alvos

    pertinentes no mbito investigacional.

    Contudo, apesar dos mecanismos imunolgicos subjacentes ao desenvolvimento e

    progresso da doena estarem hoje muito melhor elucidados, a investigao existente

    relativa influncia dos estrognios e andrognios na sua etiopatognese ainda escassa.

    Alm disso, um modelo baseado somente na diferena hormonal existente entre os dois

    sexos no permite, por si s, explicar o facto da doena ocorrer tambm no sexo masculino,

    na maioria das vezes de forma mais agressiva e comportando um pior prognstico vital. De

    facto, outros fatores ligados ao sexo, que no as hormonas sexuais, podem tambm ser

    importantes na patogenia da doena. Destes, destacam-se os mecanismos de inativao do

    cromossoma X, a placenta e a sua capacidade de produzir IFN-, fenmenos epigenticos e

    ambientais.

    Em concluso, os estrognios e andrognios so potentes reguladores da funo imune,

    nomeadamente a nvel da produo de citocinas e no balano entre respostas Th1/Th2

    tendo implicaes no s como agentes etiolgicos e modificadores da atividade do LES,

    mas tambm como possveis alvos teraputicos nesta doena. No entanto, parecem ter

    apenas um papel secundrio num processo complexo e multifatorial, que provavelmente

    ser iniciado por outros fatores. Ser necessria investigao adicional, no s a nvel

  • !19

    molecular e clnico, como atravs do desenvolvimento e utilizao de frmacos direcionados

    que permitam, de forma assertiva, clarificar o papel das hormonas sexuais no LES.

  • !20

    Referncias

    (1) O'Neill S, Cervera R. Systemic lupus erythematosus. Best Pract Res Clin Rheumatol

    2010;24(6): 841-855

    (2) Lahita RG. Emerging concepts for sexual predilection in the disease systemic lupus

    erythematosus. Ann N Y Acad Sci 1999:876: 64-69; discussion 69-70

    (3) Petri M. Sex hormones and systemic lupus erythematosus. Lupus 2008;17(5): 412-

    415

    (4) Crispin JC, Liossis SN, Kis-Toth K, Lieberman LA, Kyttaris VC, Juang YT et al.

    Pathogenesis of human systemic lupus erythematosus: recent advances. Trends Mol Med

    2010;16(2): 47-57

    (5) Gualtierotti R, Biggioggero M, Penatti AE, Meroni PL. Updating on the pathogenesis

    of systemic lupus erythematosus. Autoimmun Rev 2010;10(1): 3-7

    (6) Rahman A, Isenberg DA. Systemic lupus erythematosus. N Engl J Med 2008;358(9):

    929-939

    (7) Jimenez S, Cervera R, Font J, Ingelmo M. The epidemiology of systemic lupus

    erythematosus. Clin Rev Allergy Immunol 2003;25(1): 3-12

    (8) Danchenko N, Satia JA, Anthony MS. Epidemiology of systemic lupus erythematosus:

    a comparison of worldwide disease burden. Lupus 2006;15(5): 308-318

    (9) Muoz LE, Janko C, Schulze C, Schorn C, Sarter K, Schett G, et al. Autoimmunity

    and chronic inflammation - two clearance-related steps in the etiopathogenesis of SLE.

    Autoimmun Rev 2010;10(1): 38-42

    (10) Crow MK. Developments in the clinical understanding of lupus. Arthritis Res Ther

    2009;11(5): 245

  • !21

    (11) Gonzlez DA, Daz BB, Prez M, Hernndez AG, Chico B, Len AC. Sex hormones

    and autoimmunity. Immunol Lett 2010;133(1): 6-13

    (12) Yacoub Wasef SZ. Gender differences in systemic lupus erythematosus. Gend Med

    2004;1(1): 12-17

    (13) Li J, McMurray RW. Effects of estrogen receptor subtype-selective agonists on

    autoimmune disease in lupus-prone NZB/NZW F1 mouse model. Clin Immunol 2007;123(2):

    219-226

    (14) Inui A, Ogasawara H, Naito T, Sekigawa I, Takasaki Y, Hayashida Y, et al. Estrogen

    receptor expression by peripheral blood mononuclear cells of patients with systemic lupus

    erythematosus. Clin Rheumatol 2007;26(10): 1675-1678

    (15) Holroyd CR, Edwards CJ. The effects of hormone replacement therapy on

    autoimmune disease: rheumatoid arthritis and systemic lupus erythematosus. Climacteric

    2009;12(5): 378-386

    (16) Kim, WU, Min SY, Hwang SH, Yoo SA, Kim KJ, Cho CS. Effect of oestrogen on T cell

    apoptosis in patients with systemic lupus erythematosus. Clin Exp Immunol 2010;161(3):

    453-458

    (17) Lin HL, Yen JH, Chiou SS, Tsai WC, Ou TT, Wu CC et al. Estradiol upregulates

    calcineurin expression via overexpression of estrogen receptor alpha gene in systemic lupus

    erythematosus. Kaohsiung J Med Sci 2011;27(4): 125-131

    (18) Walters E, Rider V, Abdou N, Greenwell C, Svojanovsky S, Smith P, et al. Estradiol

    targets T cell signaling pathways in human systemic lupus. Clin Immunol 2009;133(3): 428-

    436

  • !22

    (19) Weckerle CE, Niewold TB. The unexplained female predominance of systemic lupus

    erythematosus: clues from genetic and cytokine studies. Clin Rev Allergy Immunol

    2011;40(1): 42-49

    (20) Zen M, Ghirardello A, Iaccarino L, Tonon M, Campana C, Arienti S, et al. Hormones,

    immune response, and pregnancy in healthy women and SLE patients. Swiss Med Wkly

    2010;140(13-14): 187-201

    (21) Jiang B, Sun L, Hao S, Li X, Hou Y. Estrogen distinctively modulates spleen DC from

    (NZB x NZW) F1 female mice in various disease development stages. Cell Immunol

    2007;248(2): 95-102

    (22) Panchanathan R, Shen H, Bupp MG, Gould KA, Choubey D. Female and male sex

    hormones differentially regulate expression of Ifi202, an interferon-inducible lupus

    susceptibility gene within the Nba2 interval. J Immunol 2009;183(11): 7031-7038

    (23) Zhang Y, Saha S, Rosenfeld G, Gonzlez J, Pepeljugoski KP, Peeva E. Raloxifene

    modulates estrogen-mediated B cell autoreactivity in NZB/W F1 mice. J Rheumatol

    2010;37(8): 1646-1657

    (24) Khan WA, Uddin M, Khan MW, Chabbra HS. Catecholoestrogens: possible role in

    systemic lupus erythematosus. Rheumatology (Oxford) 2009;48(11): 1345-1351

    (25) Khan WA, Habib S, Alam K, Moinuddin. Enhanced binding of circulating SLE

    autoantibodies to catecholestrogen-copper-modified DNA. Mol Cell Biochem 2008;315(1-2):

    143-150

    (26) Bernier MO, Mikaeloff Y, Hudson M, Suissa S. Combined oral contraceptive use and

    the risk of systemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum 2009;61(4): 476-481

  • !23

    (27) Tincani A, Nuzzo M, Lojacono A, Cattalini M, Meini A. Contraception in adolescents

    with systemic lupus erythematosus. Lupus 2007;16(8): 600-605

    (28) Fortes C. Lupus erythematosus. Are residential insecticides exposure the missing

    link? Med Hypotheses 2010;75(6): 590-593

    (29) Li J, McMurray RW. Effects of chronic exposure to DDT and TCDD on disease activity

    in murine systemic lupus erythematosus. Lupus 2009;18(11): 941-949

    (30) Hughes GC, Martin D, Zhang K, Hudkins KL, Alpers CE, Clark EA, et al. Decrease in

    glomerulonephritis and Th1-associated autoantibody production after progesterone treatment

    in NZB/NZW mice. Arthritis Rheum 2009;60(6): 1775-1784

    (31) Gordon C, Wallace DJ, Shinada S, Kalunian KC, Forbess L, Braunstein GD, et al.

    Testosterone patches in the management of patients with mild/moderate systemic lupus

    erythematosus. Rheumatology (Oxford) 2008;47(3): 334-338

    (32) Hazeldine JW, Arlt W, Lord JM. (2010). Dehydroepiandrosterone as a regulator of

    immune cell function. J Steroid Biochem Mol Biol 120(2-3): 2010;127-136

    (33) Sawalha AH, Kovats S. Dehydroepiandrosterone in systemic lupus erythematosus.

    Curr Rheumatol Rep 2008;10(4): 286-291

    (34) Marder W, Somers EC, Kaplan MJ, Anderson MR, Lewis EE, McCune WJ. Effects of

    prasterone (dehydroepiandrosterone) on markers of cardiovascular risk and bone turnover in

    premenopausal women with systemic lupus erythematosus: a pilot study. Lupus 2010;19(10):

    1229-1236

    (35) Hartkamp A, Geenen R, Godaert G, Bijl M, Bijlsma J, Derksen R. Effects of

    dehydroepiandrosterone on fatigue and well-being in women with quiescent systemic lupus

    erythematosus: a randomised controlled trial. Ann Rheum Dis 2010;69(6): 1144-1147

  • !24

    (36) Piotrowski P, Gasik R, Lianeri M, Cieslak D, Wudarski M, Hrycaj P, et al. Asp327Asn

    polymorphism of sex hormone-binding globulin gene is associated with systemic lupus

    erythematosus incidence. Mol Biol Rep 2010;37(1): 235-239

  • !25

    Anexo

    Tabela 1: Critrios de diagnstico de LES * segundo o ACR , modificados em 1997

    1. Rash malar

    2. Rash discoide

    3. Fotossensibilidade

    4. lceras orais

    5. Artrite no erosiva envolvendo duas ou mais articulaes perifricas

    6. Serosite: pleurite ou pericardite

    7. Envolvimento renal:

    proteinria persistente > 0,5g/dia ou > +++ em urina ocasional

    cilindros celulares: de eritrcitos, hemoglobina, granulares, tubulares ou mistos

    8. Envolvimento neurolgico

    9. Envolvimento hematolgico:

    anemia hemoltica com reticulocitose

    leucopenia < 4.000/mm3 em duas ou mais ocasies

    linfopenia < 1.500/mm3 em duas ou mais ocasies

    trombocitopenia < 100.000/mm3 na ausncia de outra causa

    10. Envolvimento imunolgico

    anticorpos antidsDNA

    anticorpos anti-Sm

    anticorpos antifosfolipdeos

    11. Anticorpos antinucleares

    * LES - lpus eritematoso sistmico; ACR - American College of Rheumatology; antidsDNA - anticadeia dupla de DNA; anti-Sm - anti-Smith

    (Adaptado de O'Neill S, Cervera R (1))

  • Anexo

  • normas de publicao

    ARQ MED 2010; 4(5):167-70

    167

    Estas instrues seguem os Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals (disponvel em URL: www.icmje.org).

    Os manuscritos so avaliados inicialmente por membros do corpo

    dependente do parecer tcnico de pelo menos dois revisores externos. A reviso feita anonimamente, podendo os revisores propor, por escrito, alteraes de contedo ou de forma ao(s) autor(es), condicionando a publicao do artigo sua efectivao.

    Todos os artigos solicitados sero submetidos a avaliao externa e seguiro o mesmo processo editorial dos artigos de investigao original.

    Apesar dos editores e dos revisores desenvolverem os esforos -

    dos autores.Todos os artigos publicados passam a ser propriedade dos ARQUI-

    VOS DE MEDICINA. Uma vez aceites, os manuscritos no podem ser publicados numa forma semelhante noutros locais, em nenhuma lngua, sem o consentimento dos ARQUIVOS DE MEDICINA.

    Apenas sero avaliados manuscritos contendo material original que no estejam ainda publicados, na ntegra ou em parte (incluindo

    noutros locais. Esta restrio no se aplica a notas de imprensa ou a

    publicaes semelhantes que submetida ou quando existirem dvidas relativamente ao cumprimento dos critrios acima mencionados estas devem ser anexadas ao manuscrito em submisso.

    Antes de submeter um manuscrito aos ARQUIVOS DE MEDICINA os autores tm que assegurar todas as autorizaes necessrias para a publicao do material submetido.

    De acordo com uma avaliao efectuada sobre o material apresen-tado revista os editores dos ARQUIVOS DE MEDICINA prevm publicar aproximadamente 30% dos manuscritos submetidos, sendo que cerca de 25% sero provavelmente rejeitados pelos editores no primeiro ms aps a recepo sem avaliao externa.

    TIPOLOGIA DOS ARTIGOS PUBLICADOS NOS ARQUIVOS DE MEDI-CINA

    Artigos de investigao originalResultados de investigao original, qualitativa ou quantitativa.O texto deve ser limitado a 2000 palavras, excluindo referncias e

    tabelas, e organizado em introduo, mtodos, resultados e discusso,

    Todos os artigos de investigao original devem apresentar resu-mos estruturados em portugus e em ingls, com um mximo de 250 palavras cada.

    Publicaes brevesResultados preliminares ou achados novos podem ser objecto de

    publicaes breves.O texto deve ser limitado a 1000 palavras, excluindo referncias e

    tabelas, e organizado em introduo, mtodos, resultados e discusso,

    As publicaes breves devem apresentar resumos estruturados em portugus e em ingls, com um mximo de 250 palavras cada.Artigos de reviso

    Artigos de reviso sobre temas das diferentes reas da medicina e

    sua prtica.

    Os ARQUIVOS DE MEDICINA publicam essencialmente artigos de reviso solicitados pelos editores. Contudo, tambm sero avaliados artigos de reviso submetidos sem solicitao prvia, preferencialmente revises quantitativas (Meta-anlise).

    O texto deve ser limitado a 5000 palavras, excluindo referncias e

    revises quantitativas devem ser organizadas em introduo, mtodos, resultados e discusso.

    As revises devem apresentar resumos no estruturados em por-tugus e em ingls, com um mximo de 250 palavras cada, devendo ser estruturados no caso das revises quantitativas.

    ComentriosComentrios, ensaios, anlises crticas ou declaraes de posio

    acerca de tpicos de interesse na rea da sade, designadamente polti-cas de sade e educao mdica.

    O texto deve ser limitado a 900 palavras, excluindo referncias e

    Os comentrios no devem apresentar resumos.

    Casos clnicosOs ARQUIVOS DE MEDICINA transcrevem casos publicamente

    apresentados trimestralmente pelos mdicos do Hospital de S. Joo numa seleco acordada com o corpo editorial da revista. No entanto bem vinda a descrio de casos clnicos verdadeiramente exemplares, profundamente estudados e discutidos. O texto deve ser limitado a 1200 palavras, excluindo referncias e tabelas, com um mximo de 2 tabelas

    Os casos clnicos devem apresentar resumos no estruturados em portugus e em ingls, com um mximo de 120 palavras cada.

    Sries de casosDescries de sries de casos, tanto numa perspectiva de tratamento

    -nstico, tratamento ou prognstico.

    O texto deve ser limitado a 1200 palavras, excluindo referncias e tabelas, organizado em introduo, mtodos, resultados e discusso,

    As sries de casos devem apresentar resumos estruturados em por-tugus e em ingls, com um mximo de 250 palavras cada.

    Cartas ao editorComentrios sucintos a artigos publicados nos ARQUIVOS DE MEDI-

    CINA ou relatando de forma muito objectiva os resultados de observao

    elaborado.O texto deve ser limitado a 400 palavras, excluindo referncias e

    As cartas ao editor no devem apresentar resumos.

    Revises de livros ou softwareRevises crticas de livros, software ou stios da internet.

    com um mximo de 3 referncias, incluindo a do objecto da reviso.As revises de livros ou software no devem apresentar resumos.

    FORMATAO DOS MANUSCRITOS

    A formatao dos artigos submetidos para publicao nos ARQUI-VOS DE MEDICINA deve seguir os Uniform Requirements for Manus-cripts Submitted to Biomedical Journals.

    Todo o manuscrito, incluindo referncias, tabelas e legendas de -

    Aconselha-se a utilizao das letras Times, Times New Roman, Cou-rier, Helvetica, Arial, e Symbol para caracteres especiais.

    Devem ser numeradas todas as pginas, incluindo a pgina do ttulo.

    Instrues aos Autores

    Os ARQUIVOS DE MEDICINA publicam investigao original nas diferentes reas da medicina, favorecendo investigao de qualidade, particularmente a que descreva a realidade nacional.

  • ARQ MED 2010; 24(5):167-70

    normas de publicao168

    Devem ser apresentadas margens com 2,5 cm em todo o manuscrito.Devem ser inseridas quebras de pgina entre cada seco.No devem ser inseridos cabealhos nem rodaps.Deve ser evitada a utilizao no tcnica de termos estatsticos como

    Apenas ser efectuada a reproduo de citaes, tabelas ou ilustra-es de fontes sujeitas a direitos de autor com citao completa da fonte e com autorizaes do detentor dos direitos de autor.

    Unidades de medidaDevem ser utilizadas as unidades de medida do Sistema Interna-

    cional (SI), mas os editores podem solicitar a apresentao de outras unidades no pertencentes ao SI.

    AbreviaturasDevem ser evitados acrnimos e abreviaturas, especialmente no

    ttulo e nos resumos. Quando for necessria a sua utilizao devem ser

    medida.

    Nomes de medicamentosDeve ser utilizada a Designao Comum Internacional (DCI) de

    frmacos em vez de nomes comerciais de medicamentos. Quando forem utilizadas marcas registadas na investigao, pode ser mencionado o nome do medicamento e o nome do laboratrio entre parntesis.

    Pgina do ttuloNa primeira pgina do manuscrito deve constar:1) o ttulo (conciso e descritivo);2) um ttulo abreviado (com um mximo de 40 caracteres, incluindo

    espaos);3) os nomes dos autores, incluindo o primeiro nome (no incluir

    -balho foi realizado;

    5) o nome e contactos do autor que dever receber a correspondn-cia, incluindo endereo, telefone, fax e e-mail;

    estudo e colaboradores que no cumpram critrios para autoria;7) contagens de palavras separadamente para cada um dos resumos

    AutoriaComo referido nos Uniform Requirements for Manuscripts Sub-

    mitted to Biomedical Journals, a autoria requer uma contribuio substancial para:

    1) concepo e desenho do estudo, ou obteno dos dados, ou anlise e interpretao dos dados;

    2) redaco do manuscrito ou reviso crtica do seu contedo intelectual;

    cada autor para o trabalho. Esta informao ser publicada.Exemplo: Jos Silva concebeu o estudo e supervisionou todos os

    aspectos da sua implementao. Antnio Silva colaborou na concepo do estudo e efectuou a anlise dos dados. Manuel Silva efectuou a recolha de dados e colaborou na sua anlise. Todos os autores contribuiram para a interpretao dos resultados e reviso dos rascunhos do manuscrito.

    Nos manuscritos assinados por mais de 6 autores (3 autores no caso das cartas ao editor), tem que ser explicitada a razo de uma autoria to alargada.

    necessria a aprovao de todos os autores, por escrito, de quais-

    AgradecimentosDevem ser mencionados na seco de agradecimentos os colabora-

    dores que contribuiram substancialmente para o trabalho mas que no

    ResumosOs resumos de artigos de investigao original, publicaes bre-

    ves, revises quantitativas e sries de casos devem ser estruturados (introduo, mtodos, resultados e concluses) e apresentar contedo semelhante ao do manuscrito.

    Os resumos de manuscritos no estruturados (revises no quanti-tativas e casos clnicos) tambm no devem ser estruturados.

    Nos resumos no devem ser utilizadas referncias e as abreviaturas devem ser limitadas ao mnimo.

    Palavras-chaveDevem ser indicadas at seis palavras-chave, em portugs e em

    ingls, nas pginas dos resumos, preferencialmente em concordncia com o Medical Subject Headings (MeSH) utilizado no Index Medicus. Nos manuscritos que no apresentam resumos as palavras-chave devem ser

    Introduo

    sua realizao.Nesta seco apenas devem ser efectuadas as referncias indispen-

    MtodosNesta seco devem descrever-se:1) a amostra em estudo;2) a localizao do estudo no tempo e no espao;3) os mtodos de recolha de dados;4) anlise dos dados.

    Anlise dos dados

    para que possa ser possvel reproduzir os resultados apresentados.-

    timativas apresentadas, designadamente atravs da apresentao de

    de hipteses, com o uso de valores de p, que no fornecem informao quantitativa importante.

    Deve ser mencionado o software utilizado na anlise dos dados.

    Consideraes ticas e consentimento informadoOs autores devem assegurar que todas as investigaes envolvendo

    seres humanos foram aprovadas por comisses de tica das instituies em que a investigao tenha sido desenvolvida, de acordo com a Decla-rao de Helsnquia da Associao Mdica Mundial (www.wma.net).

    Na seco de mtodos do manuscrito deve ser mencionada esta aprovao e a obteno de consentimento informado, quando aplicvel.

    Resultados

    seguindo uma sequncia lgica.No deve ser fornecida informao em duplicado no texto e nas ta-

    resultados.

    Apresentao de dados nmericosA preciso numrica utilizada na apresentao dos resultados no

    deve ser superior permitida pelos instrumentos de avaliao.Para variveis quantitativas as medidas apresentadas no devero

    ter mais do que uma casa decimal do que os dados brutos.As propores devem ser apresentadas com apenas uma casa

    decimal e no caso de amostras pequenas no devem ser apresentadas casas decimais.

    2 -relao devem ser apresentados com um mximo de duas casas decimais.

    Os valores de p devem ser apresentados com um ou dois algarismos

    a informao contida no valor de P pode ser importante. Nos casos em

  • normas de publicao

    ARQ MED 2010; 4(5):167-70

    169

    que o valor de p muito pequeno (inferior a 0,0001), pode apresentar-

    aps as tabelas.-

    com a ordem em que so discutidas no texto.

    -endidas e interpretadas sem recurso ao texto do manuscrito.

    os seguintes smbolos, nesta mesma sequncia:*, , , , ||, , **, , .

    juntamente com o ttulo e as notas explicativas.Nas tabelas devem ser utilizadas apenas linhas horizontais.

    outros materiais devem ser criadas em computador ou produzidas

    Os smbolos, setas ou letras devem contrastar com o fundo de foto-

    -mente legveis aps reduo.

    Na primeira submisso do manuscrito no devem ser enviados

    -

    manuscrito.

    apenas sero aceites em situaes excepcionais.A resoluo de imagens a preto e branco deve ser de pelo menos

    1200 dpi e a de imagens com tons de cinzento ou a cores deve ser de pelo menos 300 dpi.

    autores.

    formatos mais adequados para a produo da revista.

    DiscussoNa discusso no deve ser repetida detalhadamente a informao

    fornecida na seco dos resultados, mas devem ser discutidas as limi-taes do estudo, a relao dos resultados obtidos com o observado noutras investigaes e devem ser evidenciados os aspectos inovadores do estudo e as concluses que deles resultam.

    importante que as concluses estejam de acordo com os objectivos -

    jam completamente apoiadas pelos resultados da investigao em causa.

    RefernciasAs referncias devem ser listadas aps o texto principal, numeradas

    consecutivamente de acordo com a ordem da sua citao. Os nmeros das referncias devem ser apresentados entre parentesis. No deve ser utilizado software para numerao automtica das referncias.

    Pode ser encontrada nos Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals uma descrio pormenorizada do formato dos diferentes tipos de referncias, de que se acrescentam alguns exemplos:

    1. Artigo

    1996;124:980-3.

    2. Artigo com Organizao como Autor

    stress testing.safety and performance guidelines. Med J Aust 1996; 64:282-4.

    3. Artigo publicado em Volume com Suplemento

    and occupational lung cancer. Environ Health Perspect 1994; 102 Suppl 1:275-82.

    4. Artigo publicado em Nmero com Suplemento

    to breast cancer. Semin Oncol 1996;23 (1 Suppl 2):89-97.

    5. Livro

    2nd ed. Albany (NY): Delmar Publishers;1996.

    6. Livro (Editor(s) como Autor(es))Norman IJ, Redfern SJ, editores. Mental health care for elderly people.

    7. Livro (Organizao como Autor e Editor)

    8. Captulo de Livro

    Brenner BM, editors. Hypertension: pathophysiology, diagnosis,

    Infect Dis [serial online] 1995 Jan-Mar [cited 1996 Jun 5]; 1 (1): [24 screens]. Disponvel em: URL: http://www.cdc.gov/ncidod/EID/eid.htm

    Devem ser utilizados os nomes abreviados das publicaes, de acor-do com o adoptado pelo Index Medicus. Uma lista de publicaes pode ser obtida em http://www.nlm.nih.gov.

    Deve ser evitada a citao de resumos e comunicaes pessoais.

    com os documentos originais.

    AnexosMaterial muito extenso para a publicao com o manuscrito, desig-

    nadamente tabelas muito extensas ou instrumentos de recolha de dados, poder ser solicitado aos autores para que seja fornecido a pedido dos interessados.

    Os autores de qualquer manuscrito submetido devem revelar no

    a sua inexistncia.-

    mas ser publicada se o artigo for aceite.

    AutorizaesAntes de submeter um manuscrito aos ARQUIVOS DE MEDICINA os

    autores devem ter em sua posse os seguintes documentos que podero ser solicitados pelo corpo editorial:

    - consentimento informado de cada participante;- consentimento informado de cada indivduo presente em foto-

    respectiva identidade;- transferncia de direitos de autor de imagens ou ilustraes;- autorizaes para utilizao de material previamente publicado;- autorizaes dos colaboradores mencionados na seco de agra-decimentos.

    SUBMISSO DE MANUSCRITOS

    Os manuscritos submetidos aos ARQUIVOS DE MEDICINA devem ser preparados de acordo com as recomendaes acima indicadas e devem ser acompanhados de uma carta de apresentao.

  • ARQ MED 2010; 24(5):167-70

    normas de publicao170

    Carta de apresentaoDeve incluir a seguinte informao:1) Ttulo completo do manuscrito;

    para o manuscrito;

    MEDICINA;

    7) Declarao de que o manuscrito no foi ainda publicado, na n-tegra ou em parte, e que nenhuma verso do manuscrito est a ser avaliada por outra revista;8) Declarao de que todos os autores aprovaram a verso do ma-nuscrito que est a ser submetida;9) Assinatura de todos os autores.

    dada preferncia submisso dos manuscritos por e-mail ([email protected]).

    O manuscrito e a carta de apresentao devem, neste caso, ser

    por fax (225074374) uma cpia da carta de apresentao assinada por todos os autores.

    Se no for possvel efectuar a submisso por e-mail esta pode ser efectuada por correio para o seguinte endereo:

    ARQUIVOS DE MEDICINA

    Alameda Prof. Hernni Monteiro4200 319 Porto, Portugal

    Os manuscritos devem, ento, ser submetidos em triplicado (1 original impresso apenas numa das pginas e 2 cpias com impresso frente e verso), acompanhados da carta de apresentao.

    Os manuscritos rejeitados ou o material que os acompanha no sero devolvidos, excepto quando expressamente solicitado no momento da submisso.

    CORRECO DOS MANUSCRITOS

    A aceitao dos manuscritos relativamente aos quais forem solicita-

    A verso corrigida do manuscrito deve ser enviada com as alteraes

    duma carta respondendo a cada um dos comentrios efectuados.-

    o das alteraes solicitadas.

    MANUSCRITOS ACEITES

    Uma vez comunicada a aceitao dos manuscritos, deve ser enviada , formatada de acordo com as

    instrues acima indicadas.No momento da aceitao os autores sero informados acerca do

    A reviso das provas deve ser efectuada e aprovada por todos os au-

    que decorram da correco de gralhas.Deve ser enviada uma declarao de transferncia de direitos de

    autor para os ARQUIVOS DE MEDICINA, assinada por todos os autores, juntamente com as provas corrigidas.