Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas · PDF fileirrigação foi...

6
IV Fórum Regional de Agroecologia Semeando oportunidades, colhendo um futuro9 a 11 de junho de 2011 75 AVALIAÇÃO DO TOMATE CEREJA (Lycopersicum esculentum) EM MONOCULTIVO E EM CONSÓRCIO COM PLANTAS COMPANHEIRAS JOARA SECCHI CANDIAN 1 , ANTÔNIO DANIEL FERNANDES COELHO 2 , ANDRÉ NARVAES DA ROCHA CAMPOS 3 , MARCOS LUIZ REBOUÇAS BASTIANI 4 , VANESSA PEREIRA DE ABREU 5 , FABRÍCIO PALLA TEIXEIRA 6 1 Estudante de Bacharel em Agroecologia, IF Sudeste MG – [email protected] 2 D.Sc. Professor, IF Sudeste MG – [email protected] 3 D.Sc. Professor, IF Sudeste MG – andré[email protected] 4 D.Sc. Professor, IF Sudeste MG – [email protected] 5 Estudante de Bacharel em Agroecologia, IF Sudeste MG – [email protected] 6 Estudante de Bacharel em Agroecologia, IF Sudeste MG – [email protected] RESUMO: Esse trabalho foi conduzido visando verificar o efeito do consórcio do tomateiro com plantas companheiras na redução da incidência de pragas e doenças. Foram avaliados a produtividade de frutos, o número médio de frutos por plantas, a porcentagem de frutos danificados por insetos, o peso dos frutos danificados por inseto e o número de esporos de fungos por parcela. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos, para os caracteres avaliados, com exceção do número de esporos por plantas. Os tratamentos não foram eficientes em evitar um severo ataque de septoriose, mas verificou-se uma baixa incidência de ataque de insetos, possivelmente devido ao efeito alelopático das plantas companheiras. PALAVRAS-CHAVE: Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas. ABSTRACT ABSTRAT: This work was conducted to verify the effect of intercropping tomato with companion plants in reducing the incidence of pests and diseases. The characters evaluated were the yield of fruits, the average number of fruits per plant, the percentage of fruit damaged by insects, the weight of fruit damaged by insects and the number of fungal spores per plot. There were no significant differences among the treatments, for all the characters, except for the number of spores per plant. The treatments were not effective in preventing a severe attack of septoriosis, but there was a low incidence of insect attack, possibly due to allelopathic effects of the companion plants. KEYWORS: Lycopersicum esculentum, Companion plants, Pests INDRODUÇÃO: O tomate é uma das hortaliças mais populares ao redor do mundo. Na mesa do brasileiro, é um alimento indispensável e muito importante, sendo encontrado em um preço mais acessível no período de julho a outubro. Pertence à família das Solanáceas, como o pimentão, o jiló e a batata. Sua origem é andina (norte do Chile até a Colômbia). Da produção nacional, 60% se destina ao segmento de mesa e os 40% restantes à indústria. Nos anos 90, as variedades tradicionais foram sendo substituídas por híbridos de alto potencial produtivo e com características agronômicas e industriais que atendiam às exigências das

Transcript of Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas · PDF fileirrigação foi...

Page 1: Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas · PDF fileirrigação foi feita diariamente, com uso de regador manual. ... foram realizadas três pulverizações com calda

IV Fórum Regional de Agroecologia “Semeando oportunidades, colhendo um futuro”

9 a 11 de junho de 2011

75

AVALIAÇÃO DO TOMATE CEREJA (Lycopersicum esculentum) EM MONOCULTIVO

E EM CONSÓRCIO COM PLANTAS COMPANHEIRAS

JOARA SECCHI CANDIAN1, ANTÔNIO DANIEL FERNANDES COELHO2, ANDRÉ

NARVAES DA ROCHA CAMPOS3, MARCOS LUIZ REBOUÇAS BASTIANI4, VANESSA PEREIRA DE ABREU5, FABRÍCIO PALLA TEIXEIRA6

1 Estudante de Bacharel em Agroecologia, IF Sudeste MG – [email protected] 2 D.Sc. Professor, IF Sudeste MG – [email protected] 3 D.Sc. Professor, IF Sudeste MG – andré[email protected] 4 D.Sc. Professor, IF Sudeste MG – [email protected] 5 Estudante de Bacharel em Agroecologia, IF Sudeste MG – [email protected] 6 Estudante de Bacharel em Agroecologia, IF Sudeste MG – [email protected] RESUMO: Esse trabalho foi conduzido visando verificar o efeito do consórcio do tomateiro com plantas companheiras na redução da incidência de pragas e doenças. Foram avaliados a produtividade de frutos, o número médio de frutos por plantas, a porcentagem de frutos danificados por insetos, o peso dos frutos danificados por inseto e o número de esporos de fungos por parcela. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos, para os caracteres avaliados, com exceção do número de esporos por plantas. Os tratamentos não foram eficientes em evitar um severo ataque de septoriose, mas verificou-se uma baixa incidência de ataque de insetos, possivelmente devido ao efeito alelopático das plantas companheiras. PALAVRAS-CHAVE: Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas.

ABSTRACT

ABSTRAT: This work was conducted to verify the effect of intercropping tomato with companion plants in reducing the incidence of pests and diseases. The characters evaluated were the yield of fruits, the average number of fruits per plant, the percentage of fruit damaged by insects, the weight of fruit damaged by insects and the number of fungal spores per plot. There were no significant differences among the treatments, for all the characters, except for the number of spores per plant. The treatments were not effective in preventing a severe attack of septoriosis, but there was a low incidence of insect attack, possibly due to allelopathic effects of the companion plants. KEYWORS: Lycopersicum esculentum, Companion plants, Pests INDRODUÇÃO: O tomate é uma das hortaliças mais populares ao redor do mundo. Na mesa do brasileiro, é um alimento indispensável e muito importante, sendo encontrado em um preço mais acessível no período de julho a outubro. Pertence à família das Solanáceas, como o pimentão, o jiló e a batata. Sua origem é andina (norte do Chile até a Colômbia). Da produção nacional, 60% se destina ao segmento de mesa e os 40% restantes à indústria. Nos anos 90, as variedades tradicionais foram sendo substituídas por híbridos de alto potencial produtivo e com características agronômicas e industriais que atendiam às exigências das

Page 2: Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas · PDF fileirrigação foi feita diariamente, com uso de regador manual. ... foram realizadas três pulverizações com calda

76

processadoras. Um dos grandes problemas desses híbridos é a sua alta susceptibilidade ao ataque de pragas e doenças, o que faz com que sejam aplicadas grandes quantidades de agrotóxicos. Neves et. al. (2003) verificaram que no qüinqüênio 1997-2001, a tomaticultura foi a que apresentou o maior custo relativo com agrotóxicos, chegando a mais de US$1000 por ha. O uso intensivo de insumos, principalmente defensivos para o controle de insetos-praga e fitopatógenos, é considerado um dos principais problemas (KREUZ, 2003). O controle das doenças e pragas da cultura, com utilização exclusiva de agroquímicos tem contribuído para a degradação dos ecossistemas, pondo em risco a saúde humana em vista do acúmulo de resíduos tóxicos. O consórcio de culturas, em arranjos temporais e densidades populacionais de plantas preestabelecidas tem sido apontado como uma prática vantajosa, particularmente quanto à sustentabilidade de sistemas de produção orgânica em base familiar (BALASUBRAMANIAN e SEKAYANGE, 1990, citados por REZENDE et. al., 2008). Esse método de cultivo é uma alternativa viável para os agricultores, pois permite economia de espaço na área cultivada. Para Gómez-Rodríguez et. al.(2007), o consórcio consiste em uma estratégia alternativa ao uso tradicional de defensivos no manejo de doenças. Esses autores verificaram que o plantio do tomateiro, juntamente com cravo-de-defunto (Tagetes erecta), reduziu drasticamente os danos causados pela pinta-preta (Alternaria solani) na cultura. Essas reduções foram devidas ao efeito alelopático do cravo-de-defunto sobre a germinação dos conídios do fungo; pela diminuição dos períodos com umidade relativa do ar igual ou maior que 92%, o que prejudicou o desenvolvimento dos conídios; e pela barreira, formada pelas plantas de T. erecta, à dispersão do fungo.

Além do cravo-de-defunto, o consórcio do tomateiro com outras espécies tem apresentado resultados promissores. Carvalho et. al. (2011) verificaram que o consórcio da solanácea com o manjericão (Ocimum basilicum) reduziu o ataque de pragas. Rezende et. al. (2008), comparando o monocultivo da couve com o consórcio couve-coentro, verificaram que esse último apresentou um aumento significativo na população de joaninhas. A presença desses insetos constitui uma vantagem, uma vez que eles atuam como predadores de pragas. Diante do exposto acima, foi proposto o esse trabalho, visando verificar o efeito do consórcio das plantas companheiras na redução de pragas e doenças do tomateiro. MATERIAL E MÉTODOS: O experimento foi realizado em casa de vegetação, no delineamento em blocos casualizados, constituído por seis tratamentos e três repetições. Os tratamentos foram cinco tipos de consórcio entre o tomateiro e plantas companheiras, além do tomateiro em monocultivo. As plantas companheiras foram: coentro (Coriandrum sativum), tagetes (Tagetes patula), arruda (Ruta graveolens), manjericão (Ocimum basilicum) e cebolinha (Allium fistulosum).O cultivar de tomateiro avaliado foi o Cereja, obtido da empresa Isla Sementes. Com exceção da cebolinha, plantada por mudas, as demais espécies foram semeadas em bandejas de isopor e posteriormente transplantadas, cerca de 30 dias após a emergência. O transplantio ocorreu no mês de outubro. O espaçamento do tomateiro foi de 0,70m entre linhas e 0,50 m entre plantas. Cada parcela foi constituída por três linhas, cada uma com seis plantas de tomateiro. As plantas companheiras foram plantadas entre as linhas daquela espécie. Como área útil da parcela, foram considerados os quatros tomateiros centrais, localizados na linha do meio. Os tratamentos culturais foram realizados de acordo com o sistema agroecológico. A adubação foi feita com incorporação de composto orgânico ao solo, antes do plantio. A irrigação foi feita diariamente, com uso de regador manual. Durante o período de cultivo,

Page 3: Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas · PDF fileirrigação foi feita diariamente, com uso de regador manual. ... foram realizadas três pulverizações com calda

77

foram realizadas três pulverizações com calda bordalesa e uma com calda sulfocálcica, para prevenção de ataque de doenças. As características avaliadas foram: produção de frutos, número médio de frutos por planta, peso de frutos danificados por insetos, porcentagem de frutos danificados por insetos e número de esporos de fungos por parcela. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Houve um severo ataque de septoriose (Septoria lycopersici) logo no início da colheita, o que levou ao término precoce do experimento. Todos os tratamentos foram igualmente afetados, demonstrando que nenhuma planta companheira foi capaz de reduzir o ataque da doença. A severidade do ataque pode ser explicada pelo fato do experimento ter sido plantado no período da primavera-verão, com temperaturas mais altas, favoráveis ao desenvolvimento da doença (SILVA et.. al,, 2000) e ao pequeno espaçamento entre as plantas, o que proporcionou maior umidade local, favorecendo o desenvolvimento do fungo. Os resultados das análises de variância encontram-se resumidos no QUADRO 1. Com exceção do número de esporos por parcela, não houve diferenças significativas entre os tratamentos em relação aos caracteres avaliados. Uma das possíveis explicações para isso é o fato de as plantas companheiras, especialmente o coentro, exalarem um forte odor, que ultrapassava os limites da parcela onde eram plantadas, exercendo o seu efeito em todo o campo experimental e não somente na parcela correspondente. QUADRO1- Análise de variância das características produtividade de frutos (PROD), número médio de frutos por planta (NMF), porcentagem de frutos danificados por insetos (NFD), peso dos frutos danificados por insetos (PFD) e número de esporos de fungos por parcela (NEP). Quadrados médios Fonte de variação Gl PROD NMF NFD PFD NEP Blocos Tratamentos Resíduo

2 5 10

181282,67 * 12515,20 ns 24441,47

4,43 ** 0,28 ns 0,56

1,07 ns 0,47 ns 0,65

0,07 ns 0,54 ns 0,42

6564,22 ns 17361,02 * 5028,02

Total 17 **:significativo a 1% de probabilidade pelo teste F. *:significativo a 5% de probabilidade pelo teste F. ns: não significativo.

Page 4: Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas · PDF fileirrigação foi feita diariamente, com uso de regador manual. ... foram realizadas três pulverizações com calda

78

Produtividade

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Mono

Coentr

oCeb

olinh

a

Tagete

sMan

gericã

o

Arruda

Prod

ução

(g)

FIGURA 1 – Diagrama representando a produção de tomate por parcela. Durante todo o experimento, houve pouco ataque de insetos, certamente devido ao efeito repelente das plantas companheiras. Algumas plantas de tomateiro foram cortadas pela lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) logo após o transplantio e tiveram que ser substituídas. Em média, a proporção de frutos atacados por insetos foi menor que 15%. Os ataques iniciais da lagarta-rosca não podem ser considerados como uma falha das plantas companheiras em repelir esses insetos, uma vez que essas plantas foram transplantadas alguns dias depois do transplantio dos tomateiros. A menor incidência de pragas no tomateiro, quando o mesmo é consorciado com plantas companheiras, tem sido relatada por vários autores, dentre eles Martowo e Rohama (1987), Abid e Agbool (1990), Zavaleta-Mejia e Gomes (1995), citados por Peres et. al. (2009), Srinivasan; Krisha Moorthy; Raviprasad (1994) e Carvalho et. al. (2011).

O consórcio com o manjericão resultou significativamente em maior número de esporos do que o consórcio com arruda (QUADRO 2 e FIGURA 2).

QUADRO 2- Teste de média para o número de esporos por parcela.

TRATAMENTO MÉDIA

Consórcio com arruda. Consórcio com tagetes. Consórcio com cebolinha. Tomate em monocultivo. Consórcio com coentro. Consórcio com manjericão.

149,33330 a 186,33330 ab 187,33330 ab 233,00000 ab 233,66670 ab 367,00000 b

As médias seguidas de, pelo menos uma mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Page 5: Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas · PDF fileirrigação foi feita diariamente, com uso de regador manual. ... foram realizadas três pulverizações com calda

79

Esporos

050

100150200250300350400450500

Mono

Coentr

o

Ceboli

nha

Tagete

s

Mangeri

cão

Arruda

Espo

ros

(un)

FIGURA 2 – Diagrama representando a quantidade de esporos de fungo por parcela. CONCLUSÕES: A época de primavera-verão não é a mais adequada para o plantio do tomate, uma vez que favorece o aparecimento de doenças. Nenhuma das plantas companheiras utilizadas foram capazes de evitar o ataque da septoriose. O tomate, quando consorciado com o manjericão, estimula a produção de esporos de micorrizas. O coentro exala um forte cheiro que pode ter afetado os demais tratamentos AGRADECIMENTOS: A FAPEMIG pelo financiamento do projeto, aos funcionários da horta pertencentes ao setor de Agricultura e Ambiente e aos professores Eli Lino de Jesus e Francisco César Gonçalves.

REFERÊNCIAS CARVALHO, L.M. de et. al. Produção orgânica consorciada de tomate e majericão. Disponível em:<Produção orgânica consorciada de tomate e manjericão>. Acesso em 22/03/2011. GÓMEZ-RODRÍGUEZ, O. et. al. Physiological and morphological adaptations in tomato intercropped with Tagetes erecta and Amaranthus hypochondriacus. Rev. Fitotec. Mex., v. 30, n.4, p. 421 – 428, 2007 . KREUZ, C.L.; SOUZA, A.; CUNHA, S.K. da; CARVALHO JÚNIOR, L.C. de. Análise de estratégias para os tomaticultores da região de Caçador-SC. In: Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 17., 2004, Cuiabá. Anais... MELO, P.C.T. A cadeia agro-industrial do tomate no brasil: retrospectiva da década de 90 e cenários para o futuro. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, n. 02, Suplemento, Palestras, julho 2001. MELO, P.C.T. Panorama da tomaticultura brasileira. Parte I: Tomate de Mesa. Cultivar, n.16, outubro, 2002. NEVES, E.M.; RODRIGUES, L.; DAYOUB, M.; DRAGONE, D.S. Bataticultura: Dispêndios com defensivos agrícolas no qüinqüênio 1997-2001. Batatashow, n.6, 22-23, mar. 2003.

Page 6: Lycopersicum esculentum, Plantas companheiras, Pragas · PDF fileirrigação foi feita diariamente, com uso de regador manual. ... foram realizadas três pulverizações com calda

80

PERES, F.S.C.; FERNANDES, O.A.; SILVEIRA, L.C.P.; SILVA, C.S.B.da Cravo-de-defunto como planta atrativa para trips em cultivo protegido de melão orgânico. Bragantia, Campinas, v.68, n.4, p,953-960, 2009. RESENDE, A.L.S.; VIANA, A,J. da S; OLIVEIRA, R.J. de; RIBEIRO, R. de L. D.; RICCI, M. dos F.S.; GUERRA, J.G.M.; AGUIAR-MENEZES, E. de L. Desempenho fitotécnico do consórcio couve x coentro e seu efeito na abundância de joaninhas, em sistema de cultivo orgânico. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUIS AGROPECUÁRIA, circular técnica 26, p.1-6, 2008. SILVA, J.B. da et. al. Cultivo do tomate para industrialização. Sistemas de produção 1. Empres Brasileira de Pesquisa Agropecuária. 2003. Disponível em :<sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Tomate/TomateIndustrial/referencias.htm>. Acesso em 21/03/2011. SRINIVASAN, K.; KRISHNA MOORTHY, P.N. RAVIPRASAD, T.N. African marigold as a trap crop for the management of the fruit borer Helicoverpa armigera on tomato. International Journal of Pest Management, v. 40, n.1, p. 56-63, 1994. TAVARES, C. A. M. Perspectivas econômicas da tomaticultura frente aos problemas causados pelo geminivÍrus. Biológico, São Paulo, v. 64, n.2, p. 157-8, 2002.