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Pacto pelo Eleito prefeito de Betim, empresário e ex-deputado Vittorio Medioli diz que o presidente Temer precisa de apoio e que o caos é a pior solução para o país Brasil ISSN 1984-0535 9 771984 053009 5 8 1 0 0 MEDIOLI: plano de recuperação do município e pacto para superar dificuldades M OUTUBRO ROSA MULHERES DOAM CARINHO PARA AJUDAR OUTRAS EM TRATAMENTO CONTRA O CÂNCER ARTIGO PCO BRASIL ESTÁ ÁVIDO PELO CRESCIMENTO GRÁTIS para você! www.revistaviverbrasil.com.br

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Pacto pelo

Eleito prefeito de Betim, empresário e ex-deputado Vittorio Medioli diz que o presidente Temer precisa de apoio e que o caos é a pior solução para o país

Brasil ISSN 1984-0535

9771984053009

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MEDIOLI: plano de recuperação do município e pacto para superar difi culdades

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Editorial VIRADA EM CURSO

Em um momento em que o Brasil sangra e chora, com retração econô-mica em todos os setores e muitas des-cobertas que desanimam a população, há de se buscar saídas breves e de fato. Antes de seguir, importante que se esclareça: na forma de civilização em que vivemos nos dias de hoje, não exis-te caminho sem política. Democracia é diversidade, liberdade, pensamentos difusos criando um rumo comum. A soma de virtudes que um país tem não pode - nem deve - ser menor que os defeitos ou avanços que precisamos desenvolver. Os problemas não são de hoje, vêm pela história e nossa própria formação como sociedade. Portanto, temos que remar muito para sair deste atoleiro recorrente.

João Doria, certamente, é a me-lhor representação do que o Brasil pede e quer. Foi eleito com uma votação histórica na maior capital brasileira e agora tem sua trajetória e perfil associados a um novo caminho na política nacional. João foi abraçado por São Paulo e já está sendo visto como o exemplo de postura que o Bra-sil inteiro precisa seguir. Com sucesso inquestionável, a partir de janeiro de

2017 passa a ser um ser-vidor público genuíno, cargo que sempre alme-

jou por crença e desejo de transformar. Lembro um comentário de um grande amigo, nascido em uma das famílias mais ricas do planeta: “não sei como será a vida dele a partir de agora, mas é exatamente o que precisávamos. Tem história, compromisso e realização profissional. Além de ser um político nato - mesmo que até então longe das urnas”. Não acho que será fácil, mas será certamente uma travessia segura.

Neste mesmo sentimento e com sucesso empresarial tão inquestioná-vel quanto, a capa da Viver Brasil traz como personagem e entrevistado prin-cipal Vittorio Medioli. Bem-sucedido, rico no espírito e no bolso, saiu do seu conforto e foi para a disputa política para ser candidato a prefeito de Betim, segunda maior economia mineira. Aos 65 anos, Medioli quer mais é fazer o trabalho direito, deixar um legado onde está grande parte da sua história e contribuir para que Minas e o Brasil de fato sigam novos rumos.

Nesta mesma edição, uma home-nagem ao Outubro Rosa, com seres humanos iluminados, que fazem da doença curada trampolim para que virem verdadeiras enviadas de Deus, oferecendo conforto e motivação para as mulheres em tratamento. Uma óti-ma quinzena e até a próxima!

VIVER Outubro 28 - 2016

Viver Brasil é uma publicação da VB Editora e Comunicação Ltda. São Paulo: rua Joaquim Floriano, 397 - 2º andar - Itaim Bibi CEP: 04534-011 – Tel.: (11) 2127-0000/ 3198-3695

Minas Gerais: rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34.000-000 – (31) 3503-8888 - www.revistaviverbrasil.com.br

Tiragem quinzenal 50.000 exemplares

Diretor-geral Paulo Cesar de OliveiraDiretor Gustavo Cesar OliveiraDiretora executiva Eliana Paula

Editora-geral Maria Eugênia Lages

Redação Eliane Hardy, Fernando Torres, Lucas Rocha e Miriam Gomes Chalfi n

Repórteres colaboradores Flávio Penna e Sueli Cotta

Estagiária Renata Rocha

Articulistas Hermógenes Ladeira, José Martins de Godoy, Luis Cláudio Chaves, Olavo Machado, Matheus Cotta, Paulo Paiva e Wagner Gomes

Correspondentes internacionais(Paris) Igor Tameirão (Nova Iorque) Angelina Freitas

Revisão Maria Ignez Villela

Equipe de arte Adroaldo Leal, Gilberto Silva e Luciano Cabral

Fotografi a Agência i7

Gerente de marketing e eventos Larissa Lopes

Gerente fi nanceira Marcela Galan

Gerente comercial Rodrigo Carvalho

Analista comercial Sumaya Mayrink

Departamento comercial (MG) (31) 3503-8888Angélica Maciel de Figueiredo e Márcia Perí[email protected]

Impressão Log&Print Gráfi ca e Logística S.A. [email protected]

Gustavo Cesar Oliveira, diretor

gustavocesaroliveira gco_brasil

VIVER Entre....

18 Eleição22 Entrevista28 Conexão Empresarial30 Outubro Rosa38 Viver Minas44 Gastronomia48 Turismo52 Saúde60 Eventos= COLUNAS14 Coluna do PCO16 Entre Aspas40 Por Minas42 Semi & Novos47 Cantinho do Chef55 Viver Melhor56 Zoom= ARTICULISTAS20 Paulo Cesar de Oliveira26 Paulo Paiva50 José Martins de Godoy54 Wagner Gomes66 Hermógenes Ladeira

Nº 185 - 28 de outubro de 2016 Foto Capa Ronaldo da Silveira

[email protected]

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*Sobre determinadas operações, incidirá IOF, conforme previsto na legislação vigente. Consulte valor mínimo; remuneração; prazos, tributação e demais regras aplicáveis ao produto em www.bancobmg.com.br. Canais de atendimento do Banco BMG: Central de Relacionamento: 0800 031 8866 / SAC: 0800 9799 099 /

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Fale Conosco

Na pontaExcelente a reportagem sobre inovação nos hospitais. Fiquei pensando como é incrível a capacidade do homem de criar tantos equipamentos para exames cada vez mais detalhados e, mais que isso, para intervenções cirúrgicas. Pena que somente os hospitais privados tenham condições de investir nessas novas tecnologias, mas já é um grande avanço.

TADEU COSTA DE ANDRADE

Que legal saber que existem próteses de costelas. Meu irmão sofreu acidente de carro e ficou quase dois meses internado. Com as próteses, teria se recuperado muito antes. Muito importante a revista divulgar essas novidades médicas, principalmente para quem não é da área. Parabéns!

SANDRO SOUTO DE CARVALHO

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Equipamentos de ponta e abordagens diferenciadas do paciente revolucionam diagnósticos e tratamentos nos

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ARTIGO PCO FRANQUEZA COM O ELEITOR

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reportagem sobre a clínica Oncocentro. Meu marido faz tratamento no local e, de fato, o atendimento, a qualidade profissional da equipe e as instalações de primeira são incomparáveis. Gostaria de citar também o carinho e a competência do doutor Bruno Ferrari, que sempre está à disposição.

TÂNIA FERREIRA LOPES

Mais poder femininoMuito bom saber que uma mulher voltada para as

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A programação inclui mostra de produtos e serviços, rodada de negócios, palestras, oficinas e festival gastronômico, que será elaborado pelos chefs de alguns dos principais hotéis de Minas Gerais.

O evento é uma excelente oportunidade para fornecedores de produtos, equipamentos, insumos e serviços para hotéis, bares e restaurantes.

Vagas limitadas. Inscrições gratuitas pelo site: www.encontrohotel.com.br

*Sujeita a alteração sem aviso prévio

Informações: (31) 3261-1967 / [email protected]

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14h TENDÊNCIAS E INDICADORES ECONÔMICOS DE VIAGENS E EVENTOS CORPORATIVOSAndré Bekerman - Gerente Geral do Intercity BH Expo

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15h CONSTRUINDO UMA CARREIRA NA HOTELARIA – DE ESTAGIÁRIO A GERENTE GERALMarcus Nunes - Diretor de Marketing e Vendas do Holiday Inn Belo Horizonte

16h HOTEL INDEPENDENTE – PADRONIZAÇÃO OPERACIONAL E POSICIONAMENTO MERCADOLÓGICOBrenno Medeiros - Gerente de Contas do Ouro Minas Palace Hotel

18h POSTURA, ETIQUETA E CONSULTORIA DE IMAGEM PROFISSIONALPatrícia Moreira - Diretora da Patrícia Moreira Recepção e Eventos

19h GASTRONOMIA - UMA RECEITA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO REGIONALChef Edson Puiati - Coordenador do Curso de Gastronomia da Una

16h ESCULTURA DE TOALHAS E DECORAÇÃO DE CAMASMaria José Dantas - Presidente da ABG

17h TÉCNICAS ATUALIZADAS DE ATENDIMENTO AO HÓSPEDELídia Trindade - Diretora Regional da Les Clefs d’Or Brésil

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AS MUDANÇAS OPERACIONAIS E COMERCIAIS OCORRIDAS NA HOTELARIA NOS ÚLTIMOS 20 ANOS

Acácio Pinto - Diretor da Vert Hotéis

10h

17h GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS NA HOTELARIA Marco Túlio Quina - Diretor da Real Hotéis - Consultoria, Gestão e Projetos

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Comentários sobre o conteúdo editorial da Viver Brasil, sugestões e críticas a matérias. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço. Além do nome do autor, o e-mail também poderá ser publicado. Por razões de espaço ou clareza, os textos poderão ser publicados resumidamente

Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG CEP: 34000-000

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causas sociais foi a campeã de votos para a Câmara de BH nesta eleição. As pessoas realmente estão cansadas do velho jeito de se fazer política. Espero que a vereadora Áurea Carolina consiga vencer a resistência da maioria masculina e, principalmente, trazer projetos diferenciados e realmente bons para melhorar a cidade.

CARMEM ALINE DE SOUZA ALVES

Sonho que acolheFiquei emocionada com a iniciativa do empresário José Marcílio ao fundar a Casa de Acolhida Padre Eustáquio. Espero que a matéria sensibilize pessoas e empresas para fazer doações e, assim, ajudar quem tanto precisa. Parabéns pela atitude, José Marcílio!

FAUSTA HELENA DA ROCHA MOREIRA

Luz na passarelaAdorei a matéria do repórter Lucas Rocha sobre o Minas Trend. Trouxe um resumo do evento e as principais tendências.

ANA LUIZA CASTRONILHO

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Viver on-line

HERANÇA EM DISPUTA - O clássico de Tennessee Williams, Gata em telhado de zinco quente, faz temporada no CCBB até o dia 28 de novembro com a atriz Bárbara Paz no elenco. As sessões acontecem às 20h, de sexta a segunda. Ingressos: R$ 20 e R$ 10. Informações: (31) 3431-9400.

DILEMAS DE MULHER - Inspirada no livro de Martha Medeiros, a peça Doidas e san-tas faz temporada no Cine Theatro Brasil entre os dias 28 e 30 de outubro, às 21h

e às 19h no domingo. Com Cissa Guima-rães no elenco, a comédia refl ete sobre as inquietações da mulher moderna em relação à vida. Ingressos: R$ 35 e R$ 70. Informações: (31) 3201-5211.

VOZ E VIOLÃO - Nando Reis apresenta sua turnê intimista No recreio - Volume 1 no Palácio das Artes nos dias 28 e 29 de ou-tubro, às 21h, com seus hits em versão acústica. Ingressos: R$ 65 a R$ 180. Infor-mações: (31) 3236-7400.

PASSEIO CULTURAL

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ACESSADAS

1. 10 lugares para

tomar sorvete em BH

2. Vida saudável

3. Abaixo a fl acidez facial

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Casamento de prestígio Casamento de prestígio que

reunirá fi guras do meio social, empresarial e fi nanceiro de Minas será o de Mariana, fi lha de Silvana e do vice-presidente do banco BMG, Márcio Alaor de Araújo, com Paulo Henrique, fi lho de Vanessa Brandão Teixeira Rage e Paulo Saad Rage Zacharias. Será no próximo dia 26 de novembro, às 18h45, na igreja Nossa Senhora Rainha, no Belvedere.

Rumos da economia decepcionam empresários

O setor produtivo esperava respostas mais rápidas na economia, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff . A confi ança no governo foi maior do que os índices econômicos. Com isso, a desconfi ança volta a rondar principalmente os médios, pequenos e microempresários, que dão 2016 como um ano perdido e reclamam que até agora o governo não enviou um sinal claro de mudança. A expectativa é a de que, na reunião em novembro, o Copom atenda o mercado e reduza signifi cativamente a taxa Selic, já que a última, de 0,25%, foi decepcionante.

Recado do eleitor No próximo dia 30 de outubro,

eleitores de 56 cidades brasileiras vão às urnas para votar no 2º turno das eleições municipais. Enquete do site UOL revela que, em 35 das 56 cidades em que será disputado o 2º turno, a segurança é a maior preocupação dos eleitores, deixando para trás temas como corrupção, saúde, abastecimento de água e emprego.

POR PAULO CESAR DE OLIVEIRA

A Dorchester Collection (tão bem represen-ta da no Brasil pela competente Sônia Sahão) está anunciando a reabertura antecipada do seu décimo hotel, Eden, em Roma, para abril de 2017. O extenso programa de restauração começou em novembro de 2015. As atualiza-ções irão melhorar o design original do hotel, preservando o espírito da propriedade: o pro-jeto vai apresentar 98 quartos e suítes espa-çosas e vai oferecer um cativante e dinâmico conceito de alimentos e bebidas com uma melhor vista panorâmica sobre a Cidade Eterna.

Eden reabre em abril

Clube da Permuta em Juiz de Fora O mercado de franquias está entre os mais procurados pelos empreendedores, segun-do pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF). O faturamento subiu de 32,537 bilhões de reais para 35,180 bilhões e ainda houve expansão de lojas. É nesse sentido que o Clube de Permuta tem dire-cionado seu plano de expansão e ampliado o número de franquias pelo Brasil. A quinta unidade do grupo foi inaugurada em Juiz de Fora. A empresa, um clube de negócios que

reúne associados de diversos segmentos que trocam produtos e serviços entre si, em forma de permuta multilateral, é um modelo inovador de ne-gócios, um dos pioneiros no Brasil neste conceito, que tem crescido de for-ma sustentável e promissora, mesmo no mercado fi nanceiro instável e com a economia do país em crise de confi ança. De acordo com os empresários Paulo Cesar Alkimim de Oliveira e Leonardo Bortoletto, fundadores e sócios do Clube de Permuta, a franquia é uma forma de ampliar a visibilidade da marca em mercados potenciais e gerar novos empreendedores.

Pedro Vilela/Agência i7

Arquivo Pessoal

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Modesto Araujo deve fechar 2016 com um faturamen-to entre 1,9 bilhão e 2 bilhões de reais, quase 10% a mais que no ano passado. Foram abertas 29 lojas da Drogaria Araujo em Belo Horizonte e no interior. No ano que vem, pretende abrir mais 40 no interior do estado. Ainda assim, considera revoltante ser empresário no Brasil. Para ele, o empresário precisa ser respeitado, já

que é ele que gera recursos e empregos e paga impostos, enquanto os gover-nos gastam e criam todo tipo de dificuldade para quem faz a economia girar.

O presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr., manda um aviso para os que preferem ignorar o processo eleito-ral. Para ele, o voto, de fato, é a força da sociedade e a única maneira de melhorar a qualidade da política pra-ticada no país e também dos políticos. “É nossa obri-gação e responsabilidade atuar para mudar o quadro atual, marcado pela corrupção e os maus políticos. A

omissão – que se caracteriza pelo voto nulo, em branco e abstenção – só agrava o cenário no qual vivemos hoje.” Recado dado.

A proposta do ministro interino de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, de rever o marco regulatório da mi-neração para impulsionar o setor que, para ele, tem condições de aumentar o PIB mineral em 50% em um curto espaço de tempo, deixou os empresários do se-tor otimistas. O presidente do Ibram, José Fernando Coura, lembra que a mineração é a base da economia brasileira e será fundamental na retomada do desen-volvimento do país e na geração de empregos.

A burocracia é um dos principais entraves para os empresários, segundo Modesto Araujo. Um exemplo disso é o fato de ter esperado por três anos a autorização para construir o Centro de Distribuição da Drogaria Araujo em Contagem, local que será inaugurado em novembro. Foi um investimento de 130 milhões de reais, que vai gerar 180 milhões em ICMS e mil empregos. Para Modesto Araujo, a demora e os pequenos entraves acontecem em todos os municípios e acabam desestimulando o empresário.

VIVER Outubro 28 - 2016 15

Revisão do marco regulatório da mineração

Burocracia que desestimula

Taxa Selic Essa gritaria que se ouviu após

o corte de 0,25% na taxa Selic é meramente especulativa. Os arautos econômicos e os dirigentes de instituições poderosas choram como se houvesse um patamar de juro capaz, preciso e adequado para estimular a economia no atual momento. É lógico e evidente que isso não existe. O Copom sinalizou prudentemente que o seu foco é trazer a inflação para o centro da meta, ainda que haja choro e ranger de dentes. Enquanto as reformas econômicas não se materializarem, não se pode brincar com esse cenário, resultante de tantas idiotices praticadas no governo anterior. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

Redução da atividade econômica

A atividade econômica brasileira seguiu em território negativo em agosto, com contração de 0,91% sobre julho, segundo índice do Banco Central divulgado no último dia 20, pior resultado em mais de um ano, que ilustra os percalços para a retomada econômica. A contração apontada pelo resultado dessazonalizado do chamado Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), foi mais acentuada do que a expectativa de recuo de 0,69% no mês, em pesquisa da Reuters. A leitura de agosto é o pior resultado desde maio de 2015, quando o indicador apresentou recuo de 1,02%.

O perigo da omissão

Empresário quer respeito

Colaboração: Ana Cortez, Eliane Hardy, Flávio Penna e Sueli Cotta

Pedro Vilela/Agência i7

Divulgação

Pedro Vilela/Agência i7

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Não é só o PSDB que está de olho na sucessão de Rodrigo Maia. O assunto está tomando conta de todos os grupos políticos. O chamado centrão, que con-ta com 12 partidos, também quer lançar um nome na disputa e nem mesmo o PMDB está fora do processo sucessório. O partido, que nunca foi dos mais fiéis, pode desconsiderar a orientação do presidente Michel Temer e partir para o embate. O temor dos líderes do governo é de que a antecipação dessa discussão prejudique a votação das matérias de interesse do governo.

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Elias Ramos

Entre Aspas

O PSDB intensifica as negocia-ções para garantir a presidência da Câmara Federal no início do próximo ano. O partido quer estar à frente da discussão da retomada do crescimento econômico e da agen-da política, de olho nas eleições de 2018. O sucessor de Rodrigo Maia (DEM) passa pelas pretensões do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do senador Aécio Neves. Os dois querem disputar a Presi-dência da República e precisam de aliados em cargos estratégicos. No

ano que vem, haverá eleição tam-bém para a presidência do PSDB e Aécio pode ser forçado a ceder espaço ao PSDB de São Paulo.

A população carcerária brasileira é a quarta maior do mundo. Nos últimos 14 anos, houve um crescimento de 267%, atingindo a marca de 622 mil presos. Pelo menos 27% desses detentos cum-prem pena por tráfico de drogas, 21% por roubo e 14% por homicídio, além dos condenados por latrocínio, violência doméstica e outros crimes. Os dados apresentados pela Justiça em Números revelam que, só no ano passado, pelo menos 281 mil penas privativas de li-berdade começaram a ser cumpridas no país, quase o dobro do número de 2009, que chegou a 148 mil presos.

DE OLHO NA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

POPULAÇÃOCARCERÁRIA

VIVER Outubro 28 - 2016

POR SUELI COTTA | [email protected]

Presidência da República

“O homem sério, verdadeiro e de caráter nobre não admite o disposto

nesse artigo”, Deodoro da Fonseca, em comentário sobre o artigo 20

do esboço da primeira Constituição Republicana de 1891, que dava

aos parlamentares imunidade jurídica, nossa conhecida imunidade

parlamentar de hoje

Jonas Pereira/Agência Senado

EMBATE ANTECIPADO

Cresce a pressão de setores da sociedade para acabar com a contribuição sindical obrigatória. Só no ano passado, as entidades sindicais receberam 3,1 bilhões de reais. Os que mais receberam fo-ram a CUT, aproximadamente 55 milhões de reais, e a Força Sindical, 43,1 milhões. Os sindicatos não são obrigados a prestar contas do re-curso, que começou a ser liberado para as entidades em 2008, por lei autorizativa do ex-presidente Lula.

Mas a contribuição foi instituída no governo de Getúlio Vargas, é des-contada anualmente do empregado, em folha de pagamento, e o valor da contribuição equivale a um dia da remuneração. O assunto está para-do no Congresso Nacional, mas a denúncia do Ministério Público Fe-deral contra a deputada Érika Kokay (PT-DF), suspeita de desviar e ocul-tar a origem de recursos públicos do Sindicato dos Bancários de Brasília, reacendeu a discussão.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Os auditores da Receita Federal de-

ram um xeque-mate no governo com a greve. O estrago foi maior do que os problemas na arrecadação de impostos e a falta de fiscalização nas fronteiras e ae-roportos. Concedendo o reajuste, outros setores vão querer o mesmo. A Polícia Fe-deral, que normalmente anda na esteira da Receita, também quer reajuste. Além da falta de recursos para atender as pau-tas apresentadas, o governo corre o risco de ter que conviver com greves setoriais e outras armas dos servidores. Os auditores fiscais, por exemplo, estão priorizando os trabalhos da Operação Lava Jato e na ajuda à Polícia Federal na investigação.

ESTRAGOS DA GREVE

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PREÇO DE NOTAFISCAL DE FÁBRICA

TAXA

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A eleição municipal serve de avi-so para o que pode acontecer em 2018. O desgaste da classe

política e a rejeição a essa forma de governo estão claros. O modelo está esgotado, consumido pela corrupção, pelos maus administradores e pela falta de alternativas. A população não acredita em seus representantes, não gosta do que vê e os rejeita sem cons-trangimentos nas urnas.

A indiferença da população foi sentida por João Leite (PSDB) e Ale-xandre Kalil (PHS). Eles não consegui-ram romper a barreira da indiferença da população em relação ao processo eleitoral no segundo turno. A apatia é entendida como resultado da falta de respostas aos movimentos das ruas, segundo o cientista político Malco Ca-margos, e ainda será motivo de vários estudos sobre o comportamento do

eleitor brasileiro.Belo Horizonte sempre foi consi-

derada uma cidade politizada e que gosta de mandar recados aos políti-cos pelas urnas. Nos últimos pleitos, o eleitor mostrou-se independente e sem vínculos partidários. Já elegeu candidato do PT, do PSDB e do PSB e não se intimida ao virar as costas para as principais lideranças políti-cas da cidade.

Divulgação

Shutterstock

Juliana Flister/Agência i7

João Leite e Kalil enfrentam apatia e insatisfação do eleitor para administrar cidade com desafios e orçamento comprometido

Hora da decisão

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E LE IÇÃO

XSUELI COTTA

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Em um cenário pouco animador e sem a renovação desejada, o eleitor nem se incomodou em acompanhar a movimentação de João Leite e Ale-xandre Kalil. Os amantes do futebol chegaram a brincar que, independen-temente do resultado, “vai dar Galo” – ambos têm ligação com o Clube Atlético Mineiro –, mas nem o chama-mento da fanática torcida atleticana teve o efeito desejado.

João Leite apresentou-se ao elei-tor como um político com seis man-datos, que faz parte de um grupo com um projeto de governo. Mes-mo tendo feito sua carrei-ra no futebol, o candidato não explorou esse fato e se concentrou no seu trabalho como deputado estadual e como secretário de estado, destacando a sua experiên-cia no Legislativo e no Exe-cutivo estaduais.

Conseguiu reforço de partidos e candidatos der-rotados no segundo turno, mas preferiu não dar tanta importância ao fato. Afinal, em vez de ajudar, os aliados políticos podem é atrapa-lhar, já que político virou sinônimo de coisa ruim. A busca de um discurso crítico à atual administração do PSB também foi um problema para João já que o PSDB, até o início da eleição, ocupava vários cargos na prefeitura. A falta da definição de qual lado está pa-rece ter deixado João Leite no vácuo, observado pelo eleitor e explorado pelo seu adversário.

Alexandre Kalil, por sua vez, apa-rece como o antipolítico, com críticas à política e seus atores e dizendo-se revoltado com tudo o que está acon-tecendo no país, além de usar o dis-curso do adversário e de seus aliados para criticá-lo. Fazendo-se de candi-dato “super sincero” e despojado, Ka-lil usou da velha prática política para se aproximar do eleitor, com visitas

a casas na periferia, a postos de saú-de, e até usando do transporte co-letivo para mostrar-se sensível aos problemas enfrentados pela popu-lação mais carente. Para Malco Ca-margos, ao incorporar a negação da política, Alexandre Kalil atraiu par-te dos eleitores que também rejeita a classe política. Para sustentar esse discurso, o candidato do PHS pre-cisou construir cenários como um estrategista no campo de futebol, ata-cando sem trégua o adversário. O ata-que é a principal arma usada por Kalil em todo o processo eleitoral.

Um fato, no entanto, preocupa os que observam o cenário político na capital mineira: os que não vota-ram em nenhum dos candi-datos. Os números são altos e é impossível analisá-los sem pensar nos milhões de brasileiros que foram às ruas para dar um basta a esta estrutura política bra-sileira. Pelos dados do TRE, no primeiro turno em Belo Horizonte, Leite e Kalil tive-ram menos votos do que o total de abstenções, nulos e

brancos, que somaram 710.797 eleito-res. João Leite teve 33,40% ou 395.952 votos e Alexandre Kalil, 26,56% ou 314.845 votos. Malco Camargos lem-bra que, tradicionalmente, as abs-tenções e os votos brancos e nulos aumentam no segundo turno. Essa manifestação de descontentamento, no entanto, não minimiza os proble-mas da cidade. Belo Horizonte, com seus 2.513.451 moradores vem sofren-do os efeitos da crise econômica brasi-leira. Com o orçamento de 12 bilhões de reais, a maior parte comprometida com custeio da máquina e com verbas carimbadas, Belo Horizonte tem vá-rios gargalos. Encontrar soluções para a cidade no atual cenário econômico vai demandar mais do que discursos irados e apaixonados.

NÚMERO

700 mil eleitores se abstiveram ou

votaram branco ou nulo no primeiro turno, superando

os dois candidatos

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Acerto com os grandesAté quando o país aguenta as crises que vêm como

soluço que ninguém sabe como controlar? Quando se ima-gina que começamos a tomar um rumo, com a queda da inflação, vem o risco da deflação, tão perigoso quanto para a economia. Quando imaginamos que começamos a andar, vencido o efeito inércia da desconfiança, os números indi-cam um recuo do PIB como não se via desde o ano passado. Quando se pensava em calmaria na política, com a conso-lidação da base de apoio do presidente, indispensável para aprovação das reformas necessárias, a Lava Jato estende seus tentáculos e coloca em risco políticos e não políticos de todos os matizes. A se confirmarem as expectativas, te-remos um terremoto político que vai deixar terra arrasada, adiando, mais uma vez, a solução da crise num momento em que ela parecia sob controle.

Falar em adiamento de solução é otimismo em exces-so. Na verdade, o que deve acontecer é um agravamento por nova perda de credibilidade de todos os mandatários. Até que não seria de todo mau. Seria como a implosão de uma edificação em risco para, na área, se construir algo de novo. O problema é que não temos quem lidere esta reconstrução. Em situações assim, é enorme o risco de uma ocupação rápida da área por toda sorte de malfeitores. É que em política não existe espaço vago. Basta alguém levan-tar-se um pouco para outro vir e sentar-se imediatamente. E, sejamos francos, não temos sido muito felizes nas trocas dos últimos anos. Não que os que saíram fossem bons. Os que estão chegando é que pouco ou nada acrescentam. Du-vidam? Deem uma olhada nos escolhidos nestas eleições. São raridades os que podem ser apontados como fato real-

mente novo. Os demais são apenas mais do mesmo. E com mais do mesmo não vamos a lugar algum. Basta uma olha-da no que acontece no Congresso que, com certeza, não é muito diferente das assembleias e das câmaras municipais.

Nossos parlamentares são incapazes de conduzirem uma discussão séria e isenta dos grandes temas. Há sempre interesses pessoais a conduzir comportamentos dos contra e dos a favor. Fica, portanto, difícil dar crédito a algumas propostas que são essenciais ao país, mas que vêm man-chadas de origem. Quem há de levar a sério, por exemplo, uma proposta de reforma política ou uma proposta de lei que trata de reprimir abuso de autoridade, da lavra de Renan Calheiros? Que credibilidade tem o presidente do Congresso para conduzir a votação de temas de tanta im-portância para o país? Mas ele não é um fato isolado. Como Renan há centenas de outros parlamentares já responden-do processo ou sob investigação, envolvendo acusados de prática de crimes de toda ordem. Agora, já se fala que uma outra centena deles corre o risco de enfrentar processo caso o ex-deputado Eduardo Cunha resolva abrir a boca e contar tudo o que sabe. Então existe este risco? Vamos logo enfren-tá-lo, colocando na rua os nomes de todos os envolvidos nos tais crimes. De que adianta preocupações com as re-percussões, tentar preservar nomes de supostas lideranças que, ao se deixarem corromper, perderam a legitimidade para representar o povo e por isso mesmo precisam, quanto mais rápido possível for, ser desmascarados e obrigados, pela Justiça, a deixar a política.

Que se faça pela força da lei aquilo que deveria ser feito pela força das urnas. O país não pode se sujeitar aos inte-resses de alguns poucos, seja quais postos ocupem. O Brasil que trabalha, que produz, que empreende, está pronto e ávido para retomar o caminho do crescimento. Cada ano que perdemos pela incompetência de muitos e desones-tidade de alguns, significa alguns anos de atraso. Nada vai mudar se não mudarmos tudo. A começar por nós mesmos, que precisamos exigir que o país continue sendo passado a limpo. A possibilidade de que peixes grandes caiam na rede da Justiça não pode ser motivo para travar apurações. Ao contrário. É hora do acerto com os grandes. Os pequenos estão assustados demais para incomodarem alguém.

Paulo Cesar de Oliveira, jornalista

Paulo Cesar de Oliveira

Que se faça pela força da lei aquilo que deveria ser feito pela força das urnas. O país não pode se sujeitar aos interesses de alguns poucos

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Eleito prefeito de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com 61% dos votos, o empresário Vittorio Medioli (PHS), 65 anos, aparece como uma das novas forças políticas de Minas. Nascido em Parma, na Itália, ele vive no Brasil desde 1976 e foi naturalizado em 1981. Aos 25, fundou a Sada, que começou como empresa de transportes para se tornar um grupo com mais de 30 empresas e 8 mil funcionários, inclusive no setor gráfico e editorial. Fala-se aqui da Sempre Editora, fundada há 20 anos, que publica os jornais O Tempo, Pampulha, O Tempo Contagem, O Tempo Betim, o portal O Tempo Online e o popular Super Notícia, o jornal mais vendido do país segundo o IVC – tem 220 mil exemplares de circulação diária e picos de 380 mil. “Desde 2002, o Super quebra recordes e tabus. Conseguimos minorar a distância cultural e criar novos leitores. Fomos criticados e até condenados, mas os resultados estão aí”, diz o empresário.

Esta não é primeira experiência de Medioli na política:

Entrevista Vittorio Medioli Eleito prefeito de Betim no 1º turno, com 61% dos votos, o empresário italiano defende Michel Temer e a Lava Jato, mas se mostra descrente com os ideais de uma possível reforma política

POR SUELI COTTA

“A nação precisa amadurecer”

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Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

ele já foi deputado federal por 4 mandatos, entre 1991 e 2006, pelo PSDB. Para ele, o desgaste da classe política, com os desdobramentos da operação Lava Jato, tem forçado o amadurecimento político do brasileiro, crescimento importante para que se saiba reconhecer os bons e os maus políticos e fazer a melhor opção. Além disso, considera que as investigações conduzidas pelo juiz federal Sérgio Moro são relevantes, embora não cheguem a todos os lugares. “O eleitor precisa saber que um apoio político pode significar a nomeação para cargos de confiança e que essa conta é paga por ele. Os recursos para manter essas pessoas são retirados dos serviços prestados à população. Isso precisa acabar”, combate. Mas, em seu entendimento, uma reforma política pouco ou nada iria alterar o atual quadro político e a estrutura de poder no país, pois não há boa vontade no atual Congresso em fazer essas mudanças. “O que vier de lá é fruto do interesse. Cada modificação é vista para fortalecer que está lá dentro”, ataca.

O que o preocupa agora, no entanto, é a situação de Betim e da maioria dos municípios brasileiros, que não estão conseguindo manter os serviços básicos de atendimento à população. Nesse sentido, ele defende a governabilidade do presidente Michel Temer. “Deve ser levado em consideração que o país tem 50 milhões de pessoas sofrendo na miséria por falta de oportunidades.” Para enfrentar os problemas em Betim, Vittorio Medioli pretende fazer um pacto para a superação das dificuldades e garante que o seu compromisso é o de

administrar a cidade até 2020. Pelo menos, por enquanto.

O senhor se considera um fato novo na política?Apenas um fato legítimo e verdadeiro.

Ideologicamente, como o senhor se posiciona? Ainda é possível, hoje, a tradicional divisão de candidatos de direita, centro, esquerda?Não adianta ser de um lado ou de outro sem ser honesto e genuinamente a favor do interesse difuso. Hoje, mais que a ideologia, a diferença se dá na prática ética. A velha política apodreceu, e o contágio generalizado se dá dentro do mesmo balaio. A vida me deu muito mais que eu desejava, em uma sequência atípica, difícil de explicar. Candidatei-me àquilo que nunca imaginei. E o fiz por amor aos jovens, como dever, para acelerar melhorias inadiáveis. Espero que minha experiência e desapego possam realizar uma boa obra e aliviar o desencanto e o sofrimento da nossa gente.

A prefeitura é um trampolim para saltos políticos mais ousados?Absolutamente. Pretendo dar conta, até 2020, do compromisso assumido. Deus permitindo, tentaremos reerguer Betim e ajudar seu povo.

Em sua opinião, há semelhanças entre as operações Lava Jato e a Mani Pulite (Mãos Limpas), na Itália?Sem ética nada funciona, as relações de mero interesse adoecem o sistema e levam para UTI, como é o caso do Brasil e de Betim, em especial. A Lava Jato se inspira, sim, na Mani Pulite, que fez uma faxina na Itália. O poder tem que abrir sua caixa-preta,

Entrevista

Vittorio Medioli

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“Hoje, mais que a ideologia, a

diferença se dá na prática ética. A

velha política apodreceu”

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aliás, deveria ser absolutamente transparente. Só dessa forma a corrupção seria dificultada.

A operação Lava Jato já cumpriu seu papel ou o senhor acha que as investigações devam ir até o final?A Lava Jato não é uma operação perfeita. Está realizando um milagre, entretanto pega apenas uma parte, pequena, da corrupção que existe. Hoje existe uma corrupção “legalizada”. Os cargos de confiança num futuro governo são em retribuição aos apoios, e quem paga a conta é o povo. Com isso, encolhe o atendimento à saúde e a outras necessidades básicas. A meu ver, outra vergonha nacional, que se repete apenas em países atrasados.

O senhor, além de empresário multissetorial, é político com militância e um analista arguto da vida política e econômica. Qual sua visão de nosso futuro mais próximo?A caminhada será longa. As coisas acontecem quando o merecimento da nação amadurecer e a via do sofrimento acelerar a maturidade de todos. Não adianta surgir um bom político falando o que está certo, mas não ser compreendido. A justiça divina se manifesta por meio de eleições e retribui o merecimento de uma nação, de um povo, mais que a capacidade do candidato. Vivemos numa dimensão complexa.

A classe política sentiu o efeito das ruas nessas eleições. A reforma em discussão no Congresso será suficiente para garantir as mudanças exigidas pela população?Não acredito na reforma elaborada por um Congresso Nacional. O que vier de lá é fruto do interesse. Cada modificação é vista para

fortalecer quem está lá dentro.

O senhor se elegeu por uma legenda pequena, o PHS, depois de ser eleito deputado pelo PSDB. Por quê?Passei por dois partidos antes de chegar ao PHS e me filiei quando não existia um só parlamentar. Atualmente, discordo de quase todas as atitudes que toma.

O presidente Michel Temer tem condições de melhorar o ambiente econômico até as eleições de 2018?Ele é o que o Brasil merece neste momento. Precisamos apoiá-lo, para que tenha governabilidade, pois o caos é a pior solução. Defendo um pacto de governabilidade para que o país possa sair da crise que devasta a economia e provoca desemprego, desserviço e fome. A criminalidade aumentou demais, especialmente em decorrência da falta de políticas econômicas e sociais. Temer tem seus defeitos e pecados, mas o que precisamos ter como preocupação é que a nação possui 50 milhões de pessoas sofrendo na miséria por falta de oportunidades.

O senhor venceu as eleições em Betim no 1º turno e vai assumir um município em estado de calamidade financeira e problemas de toda ordem. Quais serão suas primeiras medidas?Em 1º de janeiro, lançaremos um plano de recuperação do município com muita firmeza e convocaremos todos os setores a se unirem num pacto de superação das dificuldades. Colocaremos a casa em ordem. Já elegi alguns pontos prioritários e básicos de enfrentamento. Pedi aos vereadores para que a Câmara funcione a todo vapor em janeiro, pois teremos grandes reformas e projetos para avaliar.

Entrevista

Vittorio Medioli

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“Não acredito na reforma elaborada por um Congresso Nacional. O que vier de lá é fruto de interesse. Cada modificação é vista para fortalecer quem está lá dentro.”

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A voz e a vez das urnasEm 2 de outubro, os eleitores brasileiros foram às

urnas para escolher prefeitos e vereadores nos 5.570 mu-nicípios. Se já era difícil avaliar os resultados de eleições municipais, identificando ganhadores e perdedores, em um país tão grande, com tantos municípios e tão diversi-ficado social e regionalmente, com sistema político mul-tipartidário e expressivas lideranças locais sem influência nacional, o que dizer agora?

Agora, nas primeiras eleições realizadas após mudan-ça na legislação eleitoral, que reduziu o tempo de propa-ganda e proibiu o financiamento de empresas privadas aos partidos e candidatos.

Agora, nas primeiras eleições após o impeachment da presidente Dilma Rousseff e sob os impactos tanto dos am-plos processos de investigação de corrupção, envolvendo políticos, agentes públicos e empresários, muitos dos quais presos, quanto da economia em recessão, exibindo eleva-das taxas de desemprego, jamais vistas neste século.

Por tudo isso, enormes eram as expectativas sobre seus resultados.

Tomando-se, simplesmente, a distribuição do to-tal de votos e do número de prefeitos eleitos, pode-se concluir que PSDB, nas capitais e nos grandes centros, e PMDB, no interior, foram os principais vitoriosos, e o PT, o grande perdedor. Mas não seriam também vitoriosos os partidos médios que ampliaram suas re-presentações municipais Brasil afora? Ou que vitórias importantes devem-se aos atributos de candidatos e não às máquinas partidárias?

A derrota do PT pode ser atribuída apenas à crise política e ética que lhe abateu ou é, principalmente, re-sultado da recessão e do desemprego? Recessão que pode ter tido reflexos, também, nos candidatos aliados do pre-sidente Temer e dos governadores. Recessão que pode ter tido efeitos negativos sobre os prefeitos em exercício, que disputavam o 2º mandato?

Alguns resultados dessas eleições municipais con-vidam a uma reflexão mais cuidadosa sobre o processo político no Brasil e as respostas dos eleitores. Mais do que vitórias ou derrotas, o que chamou a atenção da mídia e dos analistas foi a expressiva proporção de eleitores que deixaram de votar, principalmente nos maiores centros urbanos.

A taxa agregada de abstenção (17,58%) para o con-junto do país foi ligeiramente maior do que em 2012 (16,41%), mas menor do que em 2014 (20%). Variação muito pouco expressiva para ser explicada pela alta rejeição aos políticos. Ademais, nas cidades médias e pequenas, as disputas locais tendem a mobilizar mais os eleitores do que as questões nacionais ou estaduais.

Nos grandes centros, quando se somam as absten-ções, que são determinadas por vários fatores, com os votos brancos e nulos, que são decisões dos eleitores – o que denomino aqui índice de desalento –, emerge outra realidade. Examinando esse indicador nas 10 maiores capitais do Brasil, pode-se melhor avaliar o desânimo dos eleitores. Belo Horizonte lidera o índice de desalento – 43,14% dos eleitores deixaram de votar nos candidatos a prefeito. No Rio de Janeiro, esse índice foi de 42,54% e, em São Paulo, de 38,48%. Nessas cidades, que são as mais importantes capitais do Brasil, o total de desalentados superou a votação do candidato eleito em São Paulo e a soma dos candidatos que foram para o 2º turno em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Seus prefeitos foram derrotados. Fernando Haddad sofreu inusitada derrota. Eduardo Paes e Marcio Lacerda não tiveram força políti-ca para levar seus fracos candidatos ao 2º turno.

Em Porto Alegre, Salvador e Curitiba, a proporção de desalentados ultrapassou os 30%. Em Belém, Fortaleza e Recife, esse indicador ficou entre 30% e 20%. Em Porto Alegre, Curitiba e Belém, o candidato mais votado não atingiu o total de desalentados. Apenas em Manaus, o índice de desalento ficou abaixo dos 20%.

Os eleitores expressaram nas urnas sua insatisfação e seu desalento e esperam dos políticos muito mais do que palavras e marketing.

Paulo Paiva, professor da Fundação Dom Cabral, ex-ministro do Trabalho e do

Planejamento e Orçamento no governo FHC

Paulo Paiva

A derrota do PT pode ser atribuída apenas à crise política e à ética ou é resultado da recessão e do desemprego?

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Nos últimos anos, a Cemig cresceu no Brasil e no mundo. Mas algo importante ficou para trás. Agora, ela volta às suas origens para quitar um compromisso histórico com Minas Gerais e levar energia a 50 mil famílias que vivem sem luz na zona rural. A Cemig e o Governo do Estado vão levar energia elétrica a essas famílias mineiras até o fim de 2018. Trata-se de um dos maiores projetos de infraestrutura do Brasil, com 15 mil km de rede construída, 774 municípios atendidos e um investimento de 800 milhões de reais. Esse imenso trabalho é a contribuição da Cemig para o Programa Novos Encontros, o plano de ação do Governo de Minas para combater a pobreza no campo. A Cemig está de volta às suas origens porque a gente cresce mais forte quando coloca os mineiros em primeiro lugar.

ONDE TIVER UMA FAMÍLIAMORANDO, VAI TER LUZ. Geralda das Dores

Andrade, Orosino Pereira Gomes e Elisângela Aparecida Gomes.Felício dos Santos/MG.

www.cemig.com.br

NOVOS ENCONTROS

CID

A D A N I A P A R A T O

DO

S

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LUCAS ROCHA

O Espaço V, em Nova Lima, re-cebe a edição de outubro do Conexão Empresarial no pró-

ximo dia 27, a partir das 12h, com a participação do diretor-geral e fun-dador do Instituto Biocor, o cirurgião cardiovascular Mario Vrandecic. Na ocasião, o médico conversa com os principais nomes do empresariado e da política mineira sobre os ques-tionamentos relativos ao setor de

saúde. Ele ainda conta as novida-des sobre o Comprehensive Cancer Centers, projeto desenvolvido entre o hospital e o grupo Oncoclínicas, representado em Minas Gerais pela clínica Oncocentro, que terá como objetivo oferecer atendimento inte-gral, humanizado e interdisciplinar aos pacientes com câncer, desde o diagnóstico até os cuidados hospita-lares necessários.

Igor Coelho

Fundador do Instituto Biocor, Mario Vrandecic será o próximoconvidado do Conexão Empresarial

Referência na saúde

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CON EXÃO E M PR ESAR IAL

PERFILMédico formado na Universidade Federal de Minas Gerais, Mario Vrandecic veio jovem para Belo Horizonte, dedicando-se inicialmente à pesquisa científi ca na área de cirurgia cardiovascular. Posteriormente, complementou seus estudos e cursou especialização na América do Norte durante 12 anos consecutivos, obtendo o título de cirurgião cardiovascular e torácico adulto e infantil. No mesmo país, atuou em renomadas instituições, incluindo a clínica Cleveland, o hospital Henry Ford, a escola de medicina do hospital Mount Sinai e o hospital infantil da Universidade de Harvard. Atualmente, Vrandecic atua como cirurgião cardiovascular, pesquisador e diretor-geral do Biocor Instituto, inaugurado em 1985.

PALESTRA

Dia 27/10, às 12h,no Espaço V

APOIADORES

MEDIA PARTNERS

Anglo American, Amil, Banco Mercantil do Brasil, CH Tecnologia, Clube de Permuta,

Pad, Valspe, Banco UBS, NetService, Cemig, Governo de Minas Gerais

Rádio Itatiaia, Band, JChebly, jornais de Brasília, da Cidade, Diário

do Comércio e O Tempo

AlmoçoClub do Chef

Mobiliário: Morieli Festas Decoração: Verde Musgo

Áudio e vídeoGravassom

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MIRIAM GOMES CHALFIN

Ocâncer de mama não esco-lhe idade, raça, credo, clas-se social... Ele simplesmente

chega e abre um imenso buraco no chão. Traz, no grau mais extremo, sentimentos de tristeza, medo, de-sespero, dúvida... Definitivamen-te, não é fácil. Mas é possível, sim, vencer a doença. E fazer dela, e de todas as dores, um aprendizado. Mais do que isso, um ato de amor ao próximo. Só quem já passou pelo câncer de mama sabe o quan-to é valioso um acolhimento, uma

palavra amiga, um carinho... É exatamente esse tipo de apoio

que mulheres acometidas pela do-ença – ou não – fazem questão de doar a quem está em tratamento. “Pequenas ações, somadas, dão um grande resultado. Levo sorriso, um bom dia bem dado, a lição de que estou curada, com cabelo, e de que ela também pode melhorar”, diz a maquiadora Daniela Barakat, 48 anos. Ela coordena as voluntárias do Mário Penna que atuam na qui-mioterapia do Hospital Luxembur-

go e garante que sai das visitas se sentindo muito melhor. “Essa troca é extremamente gratificante. O ser humano precisa disso”, resume Da-niela, que teve câncer de mama há 10 anos. Há 3, passou a integrar a associação das Voluntárias do Ins-tituto Mário Penna (Volmape).

No ano passado, teve ideia de montar a exposição Esperança Cor de Rosa, com fotos de 21 mulheres em tratamento ou que já venceram a doença. Este ano, repetiu a dose, mais uma vez em parceria com a fo-tógrafa Paola Moreira e com a Vol-mape. “Essas mulheres têm uma visão corajosa em relação ao cân-cer, e não de medo. Elas enfrentam (a doença) porque sabem que as chances de cura são muito altas, se descoberta no início. É possível ter vida normal, participar ativamente da sociedade, do trabalho”, desta-

Amor que não se mede

Um ombro, um acolhimento, uma palavra amiga... Mulheres doam tempo, carinho e histórias de superação para ajudar aquelas em tratamento do câncer de mama

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LILIANE BECHELANY:“O câncer é muito mais

comum do que você pensa”

OUTU B RO ROSA

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ca Daniela. Segundo ela, as mode-los se sentiram lisonjeadas. “É uma massagem no ego, eleva a autoesti-ma. A ideia é mostrar que elas não deixam de ser mulheres porque estão abatidas, porque já tiveram câncer.”

A empresária Liliane Bechelany Dutra Batista, 48 anos, é uma das retratadas na exposição. Ela conta que descobriu o câncer em outu-bro do ano passado, num exame de rotina. Com histórico da doença na família, ela fazia mamografia anu-almente. Foi detectado tumor nas duas mamas, em estágios diferen-tes. “O que achei mais importante na maratona de exames, tratamen-tos, cirurgia e acompanhamento foi ver o tanto de gente que tem câncer de mama, de 30 ou 60 anos, de clas-se A ou D. É muito mais comum do que você pensa”, diz.

Durante essa jornada, Lilia-ne conheceu várias pessoas, ouviu muitas histórias e as acompanhou de perto. “Eu pensava no que es-tava sentindo e na situação des-

sas pessoas. Tinha gente que saía da radioterapia exausta e ia embo-ra de ônibus. Aí fui convidada para participar da exposição, com a mi-nha mãe, que teve o mesmo cân-cer que eu e na mesma idade. Foi muito emocionante e você acaba se envolvendo com a campanha. Aí decidi continuar o trabalho ano que vem, como voluntária do Má-rio Penna. Pode fazer mais bem a mim do que a elas”, conta. A ideia é contribuir para que essa experi-ência seja menos dolorosa para as pacientes. “As pessoas precisam ser acolhidas, saber que não estão sozi-nhas, que não são menos mulheres. Você pode mostrar que existe um amanhã, que o amor cura. Quero fazer diferença na vida dessas pes-soas”, frisa.

É isso que também faz a dona de casa Taninha Freire, 46, diag-nosticada com a doença no ano passado. Ela se inspirou no grupo de Whatsapp Amigas da Rúbia para juntar lenços para mulheres que passavam por quimioterapia.

Fotos Pedro Vilela/Agência i7

DANIELA BARAKATé voluntária do

hospital Mário Penna

Fábio Dias/Agência i7

TANINHA FREIRE:doação de lenços para

mulheres em tratamento

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OUTU B RO ROSA

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“Fiz 6 meses de quimio e 25 sessões

de radioterapia. Estava com baixa autoestima e a Rúbia (Froes) co-meçou a recolher o acessório para me dar. Quando meu cabelo vol-tou a crescer, percebi, pelas redes sociais, que muita gente não podia comprar e decidi doar os meus pró-prios lenços”, conta. Depois, criou uma página no Facebook (Banco de Lenços Taninha Freire), com gran-de aceitação. “Recebi várias men-sagens. Cheguei a ter 300 itens e já doei no Hospital das Clínicas, man-dei para Brasília, Fortaleza, Poços de Caldas e várias regiões de Belo Horizonte”, conta.

Aqui em BH, ela faz questão de entregar o acessório pessoalmente. “Gosto de conversar com a pessoa, ensinar a amarrar o lenço, trocar fi-gurinha. Quando eu chegava, todas elas estavam com um sorriso meio amarelo. Quando ia embora, sor-riam. É uma diferença na vida da pessoa. Elas ficavam tão felizes que me mandavam fotos depois. Creio que a maioria tenha sentido o que eu senti, um carinho, um cuidado”, descreve Taninha, que já chegou a

entregar mais de 300 lenços, além de chapéus e perucas. Agora, os planos incluem ajudar também o hospital Mário Penna. “Pretendo continuar com esse trabalho para sempre. O câncer veio, mas para me despertar. Antes, eu era uma mulher que fica-

va dentro de casa e começava a me sentir deprimida. Não imaginava ter tantos conhecidos e amigos após o câncer. Comecei a dar palestras e me tornei uma pessoa mais feliz, não me vejo mais sem dividir o que eu passei”, destaca.

Dividir essa experiência, com um olhar humanizado sobre o diag-nóstico do câncer, é o mote da web-série Amanhã hoje é ontem, da jornalista Daniella Zupo, 43 anos. Com 8 episódios, o material foi lan-çado em 1º de setembro e está dis-ponível no www.youtube.com/daniellazupo. “Quando falo da mi-nha história, falo da experiência de milhões de mulheres no mundo inteiro. É universal. A série tem le-genda em inglês porque eu queria ampliar o alcance. O acesso é irres-trito”, conta. O olhar humanizado se foca na experiência de supera-ção, de transformações, de lidar com medos e questões da vida e da morte. “Eu digo para as pessoas que elas não estão sozinhas, que mui-tas outras mulheres estão passan-do por isso também, que não é uma emboscada do destino. Dou espe-rança para ela entender que essa experiência não é solitária”, explica.

Diagnosticada com a doença no fim do ano passado, Daniella conta que descobriu uma potência trans-formadora: “Olhei para dentro de mim mesma como nunca havia fei-to. Refiz prioridades, redefini o va-lor dos afetos, enxerguei a vida sob outra perspectiva, do agora. O títu-lo Amanhã hoje é ontem sintetiza a maneira que eu escolhi para olhar para o diagnóstico, de que tudo vai passar. É da natureza que as coisas mudem de lugar, se movimentem. Aprendi a viver o aqui e agora, a me reprogramar lentamente”. Ou-tro ensinamento foi a gratidão por todos os pequenos momentos de alegria, por todas as relações ver-dadeiras, pelo que realmente vale

Juliana Flister/Agência i7

Divulgação AHO

ELIZA MARTINSe Gláucia de Castro:

doação de cabeloeleva a autoestima

DANIELLA ZUPO:experiência contada em websérie

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a pena. “É impressionante como a gente aprende a valorizar o aqui e agora e a viver cada momento. Pode ser clichê, mas é a pura verdade”, acrescenta.

Daniella também pretende, com o docu-mentário, minimizar o preconceito que existe em relação ao câncer de mama. “Tem gen-te que acha que é uma sentença de morte, muitos evitam falar do assunto, do tratamen-to agressivo, mas não podemos fazer isso porque quanto mais informação você tiver, mais vai entender dos exames pre-ventivos e que o diagnóstico pre-coce é a melhor forma de encarar o tratamento, já que as chances de cura aumentam significativamen-te”, ressalta.

Não é fácil, mas é preciso en-frentar o problema e seguir adiante.

“A gente não pode se entregar a um diagnóstico. A vida é muito mais

que isso. Às vezes , a gente precisa pas-sar por algo delicado para dar valor a cada momento”, atesta a administradora Ma-ria Luiza de Oliveira. Ela teve a doença há 26 anos e garante que foi um grande apren-dizado. Inclusive, ela é uma das fundadoras do grupo Pérolas de Minas, formado por mulheres que passa-ram ou estão viven-ciando o tratamento do câncer de mama. A

ideia é incentivar outras mulheres e dar apoio a elas. O grupo também promove eventos mensais, com pa-lestras de prevenção e motivação, e visitas em hospitais e clínicas.

Em cada visita, a paciente em tratamento recebe de presente a Pulseira Solidária, de pérolas e

com um lacinho rosa, feita arte-sanalmente por pessoas que já fo-ram curadas do câncer de mama. “A ideia é que cada mulher, ao re-ceber a pulseira, saiba que alguém que passou pela mesma situação que ela venceu. É um estímulo para seguir em frente. Elas se inspiram na nossa história de vitória para seguir o tratamento. Paciência e determinação são importantes para ter resultado”, explica Maria Luiza. Segundo ela, a bijuteria foi lançada em março deste ano, em comemoração a um ano de funda-ção do grupo.

Mas não é apenas quem já teve câncer de mama que se dispõe a ajudar. A empresária Eliza Martins, por exemplo, separou uma tarde inteira da agenda do salão que leva seu nome para cortar cabelos gra-tuitamente e doá-los ao Instituto Mário Penna. “É a primeira vez que participo desta campanha. Quis fa-zer isso para proporcionar felici-dade. A mulher é muito sensível e, quando perde o cabelo, fica com a autoestima baixa. Pensei em pro-porcionar alegria, levantar a auto-estima”, justifica. Durante a ação, realizada em parceria com o gru-po Pérolas de Minas e a campanha Quinta do Bem, foram feitos 90 cor-tes de 30 centímetros.

A advogada Gláucia Fernan-dino de Castro, 35 anos, deixou as madeixas crescerem exatamente para fazer a doação neste Outubro Rosa. “O cabelo tem relação dire-ta com a feminilidade, é o xodó da maioria. Imagino que perder o ca-belo seja uma situação que mexe muito com a mulher. Quero pro-porcionar um bem-estar para al-guém. Também vai ser bom para mim, vou ficar feliz”, afirma. Ela acrescenta que faz ação voluntária num colégio e ajuda uma institui-ção que cuida de crianças com sín-drome de Down.

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Pedro Vilela/Agência i7

MARIA LUIZA DE OLIVEIRA: paciência e determinação

são importantes

FRASE

Olhei para dentro de mim.

Refi z prioridades,

redefi ni o valor dos afetos, enxerguei a

vida sob a perspectiva do

agora”Daniella Zupo

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MIRIAM GOMES CHALFIN

RENATA MEDEIROSpesava 100 kg quando

foi diagnosticada com a doença

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

Excesso de peso é um dos fatores de risco para o aparecimento do câncer de mama; estimativa do Inca é que sejam registrados

57.960 novos casos da doença este ano

O perigo mora na balança

VIVER Outubro 28 - 2016

OUTU B RO ROSA

O sobrepeso é fator de risco para dia-betes, doenças cardiovasculares e pelo menos 13 tipos de câncer, in-

clusive o de mama. Em todo o mundo, vários estudos comprovam a relação en-tre a neoplasia mamária e a obesidade na pós-menopausa. A novidade agora é uma pesquisa apontando que a obesidade na pré-menopausa também pode causar a doença. “No nosso estudo, encontramos que a gordura é importante nos dois es-tágios. O que importa mais é a quanti-dade de gordura no abdômen, que pode produzir hormônios que causam dife-renciação na célula mamária”, afirma a nutricionista Jordana Godinho Mota, co-ordenadora do departamento de nutrição do Centro Avançado de Diagnóstico da Mama (Cora) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás.

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A pesquisa, ainda em andamento e orientada pelos professores douto-res Karine Anusca Martins e Ruffo de Freitas Júnior, foi iniciada em agosto de 2014. Até o momento, envolveu 420 mulheres de 30 a 80 anos, sendo 140 delas com a doença e 280 sem. Para cada mulher com câncer, foram ana-lisadas duas saudáveis, com a mes-ma idade e mesmo Índice de Massa Corporal (IMC) e que haviam feito mamografia no último ano. “Com-paramos hábitos de vida e a compo-sição corporal. Observamos que as principais diferenças eram a gordu-ra na região abdominal, a maior re-sistência à insulina e pouca prática de atividades físicas. Ainda estamos investigando a alimentação”, explica Jordana, que é membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Segundo a nutricionista, mu-lheres com índice elevado de adi-posidade visceral – gordura na área do abdômen e que envolve órgãos internos como coração, fígado, es-tômago, rins, intestinos e pâncreas – têm 74% mais chance de apresentar câncer de mama. “É preciso reduzir a circunferência da cintura e manter o peso ao longo da vida”, frisa, lem-brando que a circunferência ideal é menor que 80 centímetros. “O risco é ainda maior quando ultrapassa 88 centímetros”, alerta.

A doutora em alimentos Maria Eduarda Leão Diogenes Melo, res-ponsável pela Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), afirma que é preciso levar em consideração os fatores que promovem o excesso de peso. “Sabemos que o consumo de alimentos ultraprocessados – prontos para aquecer ou para consumo, como lasanhas, sucos industrializados, refri-gerantes e biscoitos em pacotes, entre outros – está diretamente relacionado à obesidade. São alimentos que pos-suem grande quantidade de açúcar ou

gordura, sódio e outros aditivos e con-servantes. São produtos com elevada densidade calórica, o que favorece o excesso de peso”, destaca.

Para evitar o sobrepeso, é funda-mental ter dieta saudável e praticar ati-vidades físicas. É preciso também um ambiente que favoreça escolhas de qualidade. “Hoje predomina o acesso a comidas processadas. Não adianta ter a informação e não ter acesso a ali-mentos saudáveis. É importante des-mistificar que alimentação saudável é mais cara. Isso é um mito que acaba justificando o consumo dos industria-lizados”, diz a nutricionista. Segundo ela, a recomendação é ingerir alimen-tos de origem vegetal (frutas, legumes e verduras), grãos (feijão, grão de bico e lentilha, por exemplo), sementes (nozes e castanhas) e carne branca. “As carnes vermelhas cozidas devem fazer parte da dieta porque são fonte de nutrientes, mas a quantidade deve ser limitada a 300 gramas por semana. As processadas (embutidos como lin-guiça, salsicha, peito de peru, presun-to e bacon) devem ser evitadas”, alerta a nutricionista. Ela destaca, ainda, a importância da amamentação para reduzir o risco de câncer de mama na pré e pós-menopausa. “A amamenta-ção promove a renovação do tecido mamário, favorecendo a eliminação

de células com potencial de dano ao DNA que poderiam causar o apareci-mento do câncer”, explica.

O oncologista e mastologista Bruno Ferrari, da clínica Oncocen-tro, alerta que mulheres na pós-me-nopausa com sobrepeso têm 18% mais chance de ter câncer de mama que aquelas com peso normal. É que, nessa fase da vida, o hormô-nio estrona (nome do estrogênio na pós-menopausa) é produzido no te-cido adiposo periférico. Assim, quan-to mais gordura, mais hormônio e maior risco, já que a estrona estimu-la o crescimento do tumor maligno. “Sessenta por cento dos cânceres de mama têm alguma relação com o ambiente hormonal”, enfatiza.

O médico também destaca que mulheres com sobrepeso, que tiveram câncer de mama na pré ou na pós-me-nopausa, têm prognóstico pior: elas apresentam mais reincidência, câncer de mama contralateral e outras neo-plasias, além de maior risco de morte. Aliás, segundo dados do Inca, quase 14 mil mulheres morrem de câncer de mama, anualmente, no Brasil. Para o biênio 2016/2017, o Inca estima o apa-recimento de 57.960 novos casos da doença. Ainda conforme a instituição, a prática de atividade física e a alimen-tação saudável com a manutenção

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COM HISTÓRICO familiar, Nara Eustáquia Rocha teve câncer de mama em 2013

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do peso corporal estão associadas a uma diminuição de aproximada-mente 30% do risco de desenvolver câncer de mama.

A administradora Renata Me-deiros, 42 anos, foi diagnosticada com a doença, em estágio avançado e com metástase na axila, no fim de 2012. Sem histórico familiar, ela afir-ma que a causa foi a obesidade. “Es-tava pesando 100 quilos, quase 40 a mais que meu peso ideal. Esse índi-ce era considerado obesidade mórbi-da. Nunca gostei de exercícios físicos e de comida saudável. Sempre con-sumi muita massa, açúcar, alimen-tos processados, refrigerante”, conta. O tratamento incluiu 25 sessões de quimioterapia, cirurgia e 26 de ra-dioterapia, mas também era preci-so emagrecer. “Se eu não mudasse totalmente meus hábitos, o câncer poderia acontecer de novo. Fiz ree-ducação alimentar, larguei frituras, açúcar, refrigerantes. Passei a bus-car alimentos saudáveis e a praticar exercícios”, lembra. Em um ano, ela perdeu 25 quilos, mas ainda precisa emagrecer mais.

Na nova agenda, Renata fez ques-tão de incluir trabalho voluntário no Hospital da Baleia, onde fez o trata-mento. Inclusive, criou o grupo Amor que cura, com campanhas, oficinas e atividades festivas para mulheres que enfrentam a doença.

Histórico familiar também é fator de risco. “De 20% a 25% dos tumores de mama têm relação com a heredi-tariedade”, afirma o médico Bruno Ferrari. A professora aposentada Nara Eustáquia Machado Rocha, 69 anos, foi diagnosticada em 2013. Antes dis-so, o câncer acometeu uma irmã dela. “Ia duas vezes por ano ao mastologis-ta e, de repente, apareceram uns ver-gões na mama. Eles coçavam muito e queimavam. Fiz duas biópsias e foi detectado câncer”, conta Nara. Du-rante o tratamento, ela chegou a en-gordar 23 quilos e a pesar 101.

OUTU B RO ROSA

VIVER Outubro 28 - 2016

OLHO NA BALANÇA

Atenção

No Brasil,

56,9% das pessoas

com 20 anos ou mais estão com excesso de peso

O grupo feminino é maioria, com

59,8%

A obesidade atinge 20,8% dos adultos,

sendo 25,2% mulheres

O excesso de gordura no corpo causa um processo infl amatório e aumenta a produção de hormônios que podem causar danos às células, provocando ou acelerando o surgimento da doença

A alimentação e a nutrição inadequadas são classifi cadas como a 2ª causa de câncer que pode ser prevenida

Como avaliar se o peso está proporcional à altura

Dicas importantes

O Índice de Massa Corporal (IMC) é calculado dividindo-se o peso pela altura ao quadrado

ADEQUADO ACIMA DO PESO

OBESIDADE

IMC ENTRE 18,5 E 24,9

KG/M²

IMC ACIMA DE 25 KG/M²

IMC ACIMA DE 30 KG/M²

Comer de 3 em 3 horas, em pequenas quantidades, sempre priorizando os alimentos naturais e evitando os industrializados

Evitar o excesso de carboidratos simples (açúcar adicionado aos alimentos, doces, sucos de caixinha ou saquinho, refrigerantes, pão branco, macarrão) e priorizar as opções integrais

Evitar gorduras em excesso (quantidade e qualidade)

Ingerir proteínas de boa qualidade e ricas em fi bras

Sair de casa com o dia alimentar planejado e segui-lo da melhor forma possível

Fontes: Instituto Nacional de Câncer (Inca) e Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)

Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde 2015 (IBGE)

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Retração

industrialEVERTON SIQUEIRA ANALISA A SITUAÇÃO DA REGIÃO EM MEIO À CRISE ECONÔMICA E POLÍTICA

Com a economia alicerçada no agronegócio, a região do Vale do Paranaíba tem na

soja e resíduos, no café e na carne bovina os principais produtos ex-portados. Tamanha riqueza agríco-la não consegue deter a queda do desempenho industrial na esteira do que vem ocorrendo em todo o estado de Minas Gerais e no Brasil. Esse cenário descortina perspecti-vas acanhadas de crescimento eco-nômico em 2017.

Quem avalia a situação atual dos 14 municípios que compõem o Vale do Paranaíba é o empresá-rio Everton Magalhães Siqueira, 49, presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), eleito em maio do ano passado.

Quase um ano e meio após a sua posse como presidente da regio-nal Vale do Paranaíba da Fiemg, como o senhor avalia a situação atual das indústrias da região?

ANA ELIZABETH DINIZ

38 VIVER Outubro 28 - 2016

Mauro Marques

Assim como as demais indús-trias do nosso estado estamos vi-venciando um tempo difícil devido

à crise que o país ainda enfrenta. A indústria está vendendo menos do que no ano passado. Na com-

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paração do acumulado de janeiro a junho deste ano com o mesmo período em 2015, houve queda ex-pressiva nas vendas da indústria. A desfavorável situação econômica nacional contribuiu para a retra-ção na atividade industrial nesse período. Entretanto, as mudanças nas diretrizes da economia do país estão provocando uma reação po-sitiva na indústria como um todo.

De que maneira a crise política e econômica tem impactado a per-formance dessas empresas?

O principal fator que alimenta uma crise econômica é a falta de credibilidade no governo e em sua equipe econômica, seja ele de es-querda ou de direita. A indústria é a que mais sente o impacto dessa crise, que espantou os investido-res. Os bancos diminuíram o cré-dito para as empresas, as vendas caíram, o investimento em novas tecnologias apresentou retração. Apesar de as indústrias continua-rem em funcionamento, todas fo-ram obrigadas a diminuir o ritmo para poderem continuar traba-lhando de forma equilibrada e sem grandes prejuízos.

O número de indústrias fechan-do e de demissões é grande na re-gião?

Apesar do difícil momento econômico, ainda não tivemos um número significativo de fe-chamento de indústrias na região. Houve, nos últimos seis meses, um aumento do número de de-sempregados na região, mas pro-venientes, em sua grande maioria, dos setores do comércio e de servi-ços que, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

(Caged), registrou um aumento de 12% no fechamento de vagas de emprego.

Há algum projeto liderado pela Fiemg para promover a retoma-da do crescimento industrial na região?

A entidade lançou, no início deste ano, o projeto de Competi-tividade Industrial Regional, cujo objetivo é mostrar quais foram os setores industriais dinamizadores de cada região e as ações propostas para melhoria de suas competitivi-dades. O plano de desenvolvimento tem ações de curto, médio e longo prazo num horizonte de até cinco anos. Para cada setor há um plano específico com ações alicerçadas em quatro temas: mão de obra, tec-nologia, inovação e modernização, mercado e produto e exigências regulatórias. Na nossa região, fo-ram identificados os setores dina-mizadores de bebidas não alcoóli-cas, biotecnologia, café, laticínios, carnes e tecnologia da informação. Esse projeto começou em 2013, contempla também as pequenas e médias indústrias e nasceu a partir da reflexão de como estará a indús-tria mineira em 2033, quando a Fie-mg completará 100 anos.

Quais as perspectivas para 2017?A expectativa é de crescimen-

to. O cenário econômico está rea-gindo, com vislumbres de melho-ras para a indústria de uma forma geral. O crescimento da produção industrial também deverá ser reto-mando no próximo ano. Segundo o último relatório divulgado pela Focus, do Banco Central, a expec-tativa para a produção industrial é de uma alta de 1,05% em 2017.

MINAS

14 é o número de municípios

938.775 foi a população estimada em 2015

33, 011 foi o PIB em bilhões de reais de 2013,

que representa 6,78% do PIB do estado

7.874,515 foi o valor agregado da indústria em

milhões de reais em 2013

1,510 foi o ICMS da indústria em bilhão de

reais em 2015, 8,2% do total do estado

382,046 foi a exportação da indústria em

milhões de dólares em 2015, 2,19% do total de MG

159,549 foi a importação da indústria em

milhões de dólares em 2015

7,875 bilhões de reais foi o valor agregado

industrial, 6% do valor total do estado

Soja e resíduos, café e carne bovina foram os principais produtos exportados

INDICADORESVale do Paranaíba

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Tudo começou em 1952, quando a Vasconcelos Indústria Comércio Impor-tação e Exportação Ltda iniciou suas ati-vidades trabalhando apenas com feijão, vendido em sacas de 60 quilos que, após algum tempo, começou a ser empacota-do. No início dos anos 80, agregou o arroz.

Hoje, o Arroz Vasconcelos possui um parque industrial moderno e totalmen-te automatizado, com mais de 100 mil metros quadrados e capacidade de be-nefi ciamento de 100 milhões de quilos de grãos por ano. Para trabalhar em si-nergia, possui uma unidade de captação de matéria-prima em São Borja, no Rio Grande do Sul, onde é plantado o arroz, 6 centros de distribuição próprios, es-trategicamente localizados em Minas

Gerais, Goiás e no interior de São Paulo, e frota própria com mais de 150 veículos transportadores.

Além de ser uma das únicas em-presas do setor a possuir a certifi cação ISO 9001, o grupo emprega mais de 600 funcionários diretos e é nacional-mente reconhecido pela seriedade e compromisso com a sociedade, atuando de forma ativa por meio de investimentos sociais nas áreas de educação, cultura, esporte e inclusão.

“A atual sociedade nos propõe desa-fi os cada vez maiores. A todo momen-to, surgem novas tendências e avanços tecnológicos. Em um piscar de olhos, o que era novo se torna ultrapassado, e o que era improvável, mais do que possível.

Mudar e acompanhar esses avanços se tornou uma tarefa rotineira da qual todos nós partilhamos. Acredito que o diferen-cial do Grupo Vasconcelos está em sua incrível capacidade de manter a essência da ética, do caráter e da simplicidade e na preocupação em oferecer qualidade em seus produtos e atender a sociedade com seus projetos sociais e ambientais, em um mundo tão dinâmico e competi-tivo”, diz Rubens Martins de Araújo, dire-tor-presidente do grupo.

Para ele, somente empresas que so-nham com um futuro melhor investem na melhoria da sociedade. Por isso, o gru-po mantém o projeto social Semeando o Futuro, que atende crianças entre 6 e 16 anos, fi lhos de funcionários, disponi-bilizando vagas para atividades de balé e caratê, no contra turno escolar. A ideia é atender as famílias em modalidades es-portivas de difícil acesso, proporcionando uma nova perspectiva na formação do caráter, responsabilidade e valorização da formação acadêmica e esportiva.

O projeto Coral Anjos do CEEEU pro-move, há 12 anos, a formação de grupo de canto coral com pessoas que apre-sentam defi ciências intelectuais e múl-tiplas. Anualmente, são gravados CDs e VTs publicitários - o DVD está a caminho.

Por todas essas ações, o Sindicato da Indústria do Arroz no Estado de Minas Gerais (Sindarroz), fi liado à Federação das Indústrias do Estado de Minas Ge-rais (Fiemg), regional Vale do Paranaíba, homenageou o Arroz Vasconcelos com o Prêmio Indústria Sustentável, eviden-ciando sua atuação comprometida com melhores resultados e menores impactos sobre o meio ambiente.

Indústria sustentável

Há 64 anos no mercado, o Grupo Vasconcelos opera com capacidade de benefi ciamento de

100 milhões de quilos de grãos por ano

VIVER Outubro 28 - 201640

P O R A N A E L I Z A B E T H D I N I Z

POR MINASI dú i

POR MINASGrupo Vasconcelos/Divulgação

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Fazedores de moda Tenho dito Além de sua privilegiadalocalização geográfi ca, Uberlândiaoferece inúmeros atrativos, tantopara quem nasceu na cidade,como para aqueles que aqui seestabeleceram, e prosperaram,valendo-se exatamente de seugeoposicionamento. Há no Brasil,5.561 municípios. Em Minas, dassuas 853 localidades, Uberlândiaé sempre distinguida comoreferência pelos atributos quedisponibiliza para uberlandensese uberlandinos que aqui seradicaram. Para o bem e para omal, é uma cidade contemporâneae cosmopolita, relativa e

proporcionalmenteomparável com asrincipais capitaiso país”.

Alex da Silva Ferreira,45, professor

INGREDIENTES BIFES

3 bifes de fi lé mignon (180 g cada)

6 fatias de muçarela 100 g de parmesão ralado Farinha de trigo2 ovos Farinha de rosca Pimenta-do-reino e sal a gostoESPAGUETE

300 g de espaguete 4 dentes de alho picados 90 ml de azeite de oliva

2 litros de água fervendo Salsinha picada e sal a gostoMOLHO DE TOMATE

1 lata de tomate pelados Azeite de oliva, sal, açúcar, pimenta-do-reino e caldo de carne a gosto

MODO DE PREPAROCorte o fi lé e abra os bifes com a palma da mão, tempere com sal e pimenta-do-reino. Passe na farinha de trigo, nos ovos misturados e, depois, faça pressão sobre os mesmos na farinha de rosca. Frite-os em óleo quente e reserve sobre papel-toalha. Reserve. Cozinhe a massa em 2 litros de água fervendo com pouco sal. Em uma frigideira, coloque

o azeite em fogo baixo, acrescente o alho picado e deixo-o semidourado. Quando a massa estiver al dente, escorra e coloque na frigideira junto com a salsinha e misture bem. Reserve. Cozinhe os ingredientes do molho por aproximadamente 20 minutos e ajuste o sal e a acidez com o açúcar.

MONTAGEMUnte um refratário com azeite e coloque o espaguete e, sobre ele, os bifes empanados com duas fatias de muçarela em cada um. Coloque o molho de tomate sobre os bifes, salpique parmesão ralado e leve para gratinar por aproximadamente 10 minutos. Sirva quente.

Rendimento: 3 pessoas

Receita sugerida pelo chef Ronivaldo de Figueiredo, proprietário do restaurante Cozinha d’Ouro (praça Manoel Terra, 432, Uberaba).

ReceitaJanaína Alves/Divulgação

Filé mignon à parmegiana sobre espaguete ao alhoe óleo

O projeto Comprador Internacional da 19ª edição do Minas Trend conta-bilizou 295,1 mil dólares em negócios. Vindos do Canadá, Reino Unido, Es-tados Unidos, Alemanha, Colômbia, França, Argentina, Inglaterra, Holanda e Paraguai, 6 jornalistas e 14 compra-dores estrangeiros estiveram em Belo Horizonte para conhecer o melhor da indústria da moda mineira.

Nesse cenário de glamour e olho clínico para pinçar novos e talentosos estilistas, 12 indústrias de Uberlândia ancoraram no evento e fi zeram bonito. As marcas Alexandrino, Ateliê Ferreira Matos, Big X, Fabiana Milazzo, Flávia

Rampelotti, Lady Jane, Lucas Maga-lhães, Manzan, Miss Teen, Molina, Neu-sa Faria e Raquel de Queiroz mostraram suas criações.

Alba Lima, presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário de Uberlân-dia, que conta com 150 associados, diz que a participação das empresas da ci-dade acontece desde a primeira edição do evento, em 2007, e vem só crescen-do. “Sem dúvida, é a mais importante feira de moda do Brasil, focada somen-te em negócios. As empresas ganham visibilidade, têm crescimento real e conquistam oportunidades para cres-cerem no mercado interno e externo”.

Uberlândia ganha espaço no Minas TrendMarcelo Soubhia/Fotosite

DESFILE da marcaLucas Magalhães

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O sucesso do HR-V (e dos demais SUVs compactos e médios) no mercado brasileiro inspirou a Honda a apostar num modelo de entrada, que vai dar as caras ofi cialmente pela primeira vez no Salão do Automóvel de São Paulo, de 10 a 20 de novembro. A fábrica japonesa aproveita a

plataforma do Fit, mas, a julgar pelo primeiro esboço divulgado do WR-V, não vai se limitar a adaptar o urbano a uma pegada mais off -road. Quer que ele tenha identidade própria e linhas inspiradas nos irmãos maiores (o CR-V totalmente renovado foi revelado recentemente nos EUA).

VIVER Outubro 28 - 201642

Fit vai virar um ‘fi lhote de HR-V’

POR WILLIAM BONJARDIM

Falando em SalãoE a mostra paulista, que

ganha casa nova (o São Paulo Expo) e comodidades como ar-condicionado para o público, promete ser uma das mais animadas da história, não só com o “desfile de gala” de novidades que já estão nas concessionárias, como Cruze e Civic, mas também a première mundial de alguns modelos. Caso do Compass, o SUV médio da Jeep (que chegará às revendas no mesmo período) e, segundo as últimas conversas de bastidores, também da picape Mercedes GLT, estreia da casa alemã no segmento. A plataforma é a mesma da nova Nissan Frontier e da Renault Alaskan, com identidade visual “estrelada”.

Honda/divulgação

COM RODRIGO GINI

Dica da quinzena

DICA DA SEMANAVocê sabe o que querem dizer aqueles números e letras nas laterais dos pneus? E tem ideia de como e quando é necessário fazer o rodízio? As respostas estão no mais novo vídeo do canal Seminovos BH Notícias, no https://youtu.be/BrjvqTBvQiI.

& SEMI NOVOS

Repaginada totalSe as motos esportivas de

1.000 cc (Superbikes) acabam exigindo físico e técnica dignos de MotoGP para serem aproveitadas ao máximo, uma opção mais acessível (nem tanto em termos de preço) são as máquinas de 600 cc, as Supersport. E a Yamaha, que andava quieta no segmento, resolveu dar à sua R6 o mesmo banho de tecnologia e design da YZF R1. Os pequenos faróis de LED escondidos

sob a carenagem, os difusores que ajudam a proteger as mãos no guidão e a mesma suspensão dianteira da 1.000 cc de Iwata são alguns dos diferenciais do belo modelo que, nos Estados Unidos, vão custar justos 38 mil reais.

Yamaha Motor/divulgação

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Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

ANDREA PIO:jantares marcadospela internet

Anfitriões e restaurantes apostam na inovação e oferecem espaços fechados e casas para proporcionar experiências diferenciadas à mesa

Pode entrar, a casa é sua

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GASTRONOM IA

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ELIANA FONSECA

Não se trata apenas de comer bem. Esse é um item impor-tantíssimo, claro, mas quem

adora os prazeres da mesa quer no-vas experiências. Lugar fora do con-vencional, chefs que proporcionem novas possibilidades, locais que sejam muito intimistas e perfeitos para unir os amigos. Boas notícias: pessoas que cozinham (nem todas gostam de se conceituar chefs) es-tão abrindo as portas de suas ca-sas e sendo anfitriãs para grupos médios e pequenos. E mais: alguns restaurantes fazem uma verdadei-ra revolução diária no cardápio. O resultado são pratos diferentes to-dos os dias, com chefs que passeiam ora pela culinária brasileira, ora pela internacional e proporcionam um verdadeiro deleite aos sentidos.

Os lisboetas Maria Paula de Car-valho Pereira e João Antônio dos Anjos Pereira sempre tiveram ín-tima relação com a boa mesa. Ela, que adora cozinhar, conta que a casa dos dois, no bairro Belvedere, ficou grande, ociosa. Era o momen-to da transformação. “Vislumbra-mos reunir um monte de gostos e disponibilizar esse espaço que te-mos. Como amo cozinhar, a ideia foi fazer da nossa própria casa um local de compartilhamento, de con-fraternização e de prazer da boa co-mida”, conta Maria Paula. Nascia o Casa de Jantar, que tem o con-ceito de um restaurante fechado. Enquanto o marido cuida da parte administrativa, ela prepara janta-res e almoços para grupos que têm, em média, 20 pessoas, mas confessa que já chegou a 30. O mais interes-sante é que o Casa de Jantar come-çou bem despretensioso. Como o casal frequenta a igreja do Belve-dere, os primeiros grupos foram de amigos da congregação. Hoje, rece-bem pessoas de diferentes partes da

cidade. “Geralmente, fazemos jan-tares às quintas e sextas-feiras e, du-rante 2 domingos por mês, também preparamos almoços”, relata a por-tuguesa.

E adivinha qual é o prato mais pedido para Maria Paula? O baca-lhau, ora pois! Ela diz que tenta ino-var, até porque, brinca, a variação favorece a criatividade. Conta que tem experiência de quase 60 anos na cozinha, já que morou em diver-sos países e adora preparar comidas indiana, malaia, chinesa, africana, por isso a necessidade de inovar. “Por essa experiência, tenho abertu-

ra para adotar sabores que se conju-guem bem, enriquecem o paladar.” Mas quando se trata do Casa de Jan-tar, os convidados de outros estados pedem bis no bacalhau. “Os minei-ros são bem conservadores”, obser-va, com razão.

O menu habitual da casa res-taurante inclui 2 sabores de petis-cos (espetinho de camarão-rosa e bombom de queijo), entrada (sopa de cebola), bacalhau no azeite com batata esmagada e brócolis, galeto com vinho tinto, cheesecake, água, refrigerante e café expresso. O custo é de 130 reais por pessoa. O melhor é que, para fazer reservas, o Casa de Jantar pede 2 dias, mas a pró-pria Maria Paula conta que já rece-beu grupos de última hora. “Entre os frequentadores, pessoas da mes-ma família, colegas de profissão, ou amigos que adoram sair juntos.São eles que divulgam a casa, já que a maior parte de nossa divulgação acontece no boca a boca.”

A jornalista Andrea Pio tem um formato diferente. Ela também é an-fitriã e utiliza plataformas digitais, como o Dinneer e o BonAppetour,

Juliana Flister/Agência i7

A ideia foi fazer da nossa própria casa

um local de compartilhamento, confraternização e

prazer da boa comida”Maria Paula Pereira

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MARIA PAULA PEREIRA:comida portuguesa para grupos fechados

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para oferecer pratos exclusivos para convidados. “Cozinhar sempre fez parte da minha vida. Vasculhando e mexendo na rede, conheci o Din-neer e a oportunidade de fazer algo que gosto, de mostrar o meu tra-balho para outras pessoas. Afinal, apesar de já fazer jantares, sempre surge aquela vontade de ampliar. Não sou chef, sou cozinheira dedi-cada, criativa, que gosta de inven-cionices”, conta a jornalista.

A comida é o fim, mas, no meio do caminho, há o compartilha-mento, o conhecer novas pessoas, o vivenciar um momento juntos. O almoço ou jantar tanto pode ser na casa de quem deseja contratar e até mesmo na casa de Andrea. Para quem escolhe esta última opção, as surpresas são ótimas. Se a comida é espanhola, ela se esmera na trilha, na decoração, nos detalhes. Cheia dos badulaques, ela tem porcela-nas em miniaturas espalhadas por 4 prateleiras, além de antiguidades. Além da gastronomia, a dona e sua casa também são atrações especiais nos eventos.

Os jantares começam às 20h e se estendem até as 23h. Antes, quando é contatada na plataforma, Andrea vai apurando o que a pessoa gosta. Depois, ela pode escolher entre 3 cardápios com pratos mineiro, ita-liano e espanhol. “O mineiro tem torresmo de barriga, uma cachaça ou caipirinha, o quiabo crocante com bolinho de feijão e, claro, o pão de queijo”, exemplifica. Já o cardá-pio espanhol e o italianos são mais coloridos.

Um diferencial é que há muita segurança ao se inscrever nesse tipo de plataforma de conexão entre an-fitriões e convivas. A negociação é realizada por meio da plataforma, e o anfitrião só começa a preparar o jantar depois que já houve paga-mento. O cliente também se sen-te seguro, já que os sites têm uma

espécie de selo que garantem boa experiência gastronômica ou o di-nheiro de volta – ou, ainda, que o jantar foi verificado por um analista. Andrea está gostando tanto da ex-periência que se prepara para fazer um tour pela Europa e ter seu dia de anfitriã também fora do Brasil. “Vou ficar em Turim, na Itália, na casa de uma amiga e já combina-mos de fazer um jantar nesses mol-des”, conta.

E para aqueles que desejam um restaurante completamente dife-rente do habitual, o House of Food, no Funcionários, é o seu lugar. De-finida como espaço de cocriação pela fundadora Isabela Queiroz, a House, como é chamada pela dona, tem a economia colaborativa como principal conceito. Isso significa que os chefs que passam pela casa são parceiros e têm a possibilidade de proporcionar suas criações aos clientes do espaço. Então, ganham os chefs, que podem mostrar seu trabalho; os clientes, que têm vá-

rios restaurantes em um e todos os dias; e o lugar que, ao proporcionar esses encontros, se transforma em referência de criatividade.

“Estamos usando a House como laboratório. Ela proporciona uma experiência única. É uma casa que desperta o interesse dos clientes e traz uma surpresa a cada dia”, diz Isabela. Os chefs parceiros têm pra-zo de 15 dias antes do preparo da re-feição para apresentar o menu, que passará pelo crivo de curadoria do restaurante. Itens como adequação à proposta do espaço, preço e va-riedade são observados. “No dia do preparo, eles trazem todos os insu-mos”, conta Isabela.

A House of Food funciona como restaurante de terça a sábado e abre para o almoço, fechando somente às 24 horas. Os pratos têm preços médios entre 30 e 35 reais, e os pe-tiscos, de 20 a 25 reais. O House of Food integra o House of Work, um coworking de profissionais ligados à área de gastronomia, com 16 es-tações de trabalho. A ideia é, se-gundo Isabela, ter um espaço que proporcione ampliação do diálogo, reunindo diferentes pessoas para fortalecer o networking da boa co-zinha.

GASTRONOM IA

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HOUSE OF FOOD: chefs diferentes

a cada dia

Pedro Vilela/Agência i7

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Formado na região de Piemonte, na Itália, Matheus tem 23 anos de carreira, nos quais atuou em vários restaurantes internacionais e de Belo Horizonte, como o Quinto do Ouro e o Trindade. Ele acaba de abrir sua própria casa, o Paratella Gastronomia Italiana, no Buritis.

INGREDIENTES1,9 kg de paleta150 g de cenoura140 g de cebola80 g de salsão110 g de pimentão vermelho3 g de cravo-da-índia3 folhas de louro 5 g de noz-moscada1,2 l de vinho tinto2 l de caldo de carneSal e pimenta-do-reino

a gosto

MODO DE FAZERCorte a cebola, a cenoura, o pimentão e o salsão em cubos e reserve Em seguida, amarre a carne e junte-a aos legumes, intercalando a proteína e os vegetais Acrescente o cravo-da-índia, o louro, a pimenta, a

noz-moscada e, por último, o vinho. Coloque-os em um recipiente com tampa e deixe marinando por 48 horas Passado o período, retire a carne, escorra bem e acrescente sal e pimenta a gosto Em uma panela bem quente, doure todos os lados da carne Separe os legumes do vinho e os doure da

mesma forma Junte a carne e os legumes, acrescente o vinho e deixe reduzir por 20 minutos em fogo baixo Acrescente o caldo de carne e deixe a proteína cozinhar, até fi car bem maciaProcesse o caldo até fi car bem cremoso Fatie a carne e sirva com o molho

Matheus ParatellaParatella GastronomiaItaliana

Receitas e muito mais nas redes sociais da Viver Gourmet. Siga Facebook: Viver Gourmet / Instagram: @vivergourmet

Brasatoal vino rosso

Fotos: Bárbara Dutra

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MARCO FEMATO

Para qual lugar do mundo você iria se pudesse viajar sem colocar a mão no bolso? O

dentista Rafael Pereira, de Itaúna, já tem uma lista de destinos em mãos. Ele é o primeiro e, até agora, único mineiro a ser sorteado na promoção “10 Anos de Férias Grátis”, realizada pela CVC, após comprar um pacote de viagem para Porto de Galinhas, no litoral pernambucano. O voucher dá direito a 80 mil reais, com validade até 2026, para usar em pacotes, pas-sagens aéreas, upgrade para classe executiva, hotéis, resorts all inclusi-ve, cruzeiros, aluguéis de carro, se-guros, city tours e qualquer passeio ou produto comercializado pela ope-radora de turismo, para o próprio

ganhador e o número de acompa-nhantes que ele desejar.

Cabreiro, como diz a tradição da mineirice, Rafael não acreditou quando a CVC entrou em conta-to para avisá-lo do prêmio. “Rece-bi várias ligações do DDD 11, mas não atendi, achando que fosse tro-te. À noite, a atendente me mandou um SMS dizendo que precisava fa-lar comigo urgente, só assim atendi. Quando ela disse que havia ganha-do, fiquei bem desconfiado. Mas, depois, lembrei que havia realmen-te me inscrito na promoção e a ficha foi caindo”, conta.

Fã de praias, Rafael já havia com-prado pacotes com a CVC para Ma-ceió, Natal e Porto Seguro. Agora,

ele tem viagem marcada para Punta Cana, em novembro, com a namo-rada, Stephanie Nicácio, sortuda por tabela. No retorno, o casal quer pro-gramar um tour pela Europa. “Va-mos fugir um pouco do mar. Quero conhecer Itália, França, Grécia e Suí-ça”, avisa o dentista.

A promoção “10 anos de Férias Grátis” é uma das maiores já reali-zadas pela CVC, em atividade des-de a década de 1970. “Mais do que trazer novos clientes para as lo-jas, nosso objetivo foi mostrar que, mesmo em um ano cheio de adver-sidades, conseguimos oferecer aos clientes a oportunidade concreta de viajar”, diz o gerente de marke-ting da CVC, Marcelo Oste.

Mineiro ganha promoção que dá direito a viajar por 10 anos de graça

Próximodestino

TU R ISMOSORTUDO:o dentista

Rafael Pereira, com a

namorada, em Porto de

Galinhas

Arquivo pessoal

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A tragédia do ensino público Os resultados do Ideb/2015 mostram a tragédia que é o

ensino público brasileiro. O ensino médio e fundamental 2 não atingiram as metas definidas para o exercício em pauta. No meu julgamento, falta o entendimento de quais itens são realmente importantes para produzir bons resultados. É óbvio que não basta criar slogans do tipo Pátria Educa-dora e fazer exortações para atingir melhores resultados. Também não é suficiente estabelecer metas (já foi um gran-de avanço, pois antes a palavra meta era considerada uma palavrão na área educacional), é preciso ensinar “como atingir as metas”. O pulo do gato é a gestão focada em re-sultados.

Há exceções nesse universo trágico. Merece destaque o que foi conseguido pelo estado do Ceará. Entre as 100 me-lhores escolas públicas do país, 77 são do Ceará. No ensino fundamental 1 e fundamental 2, as 10 primeiras e 5, entre as 10 primeiras, respectivamente, são daquele estado. O que aconteceu? Julgo que a maneira de gerenciar o sistema teve forte influência. Nós lá estivemos implementando progra-mas de gestão de 2001 a 2006 (com algumas interrupções durante uma mudança de governo). A Gestão Integrada da Escola (Gide), idealizada por Maria Helena P.C. de Godoy, começou a ser difundida em 2005 , com a participação de todos os dirigentes da Secretaria da Educação e das escolas estaduais. Foi um movimento avassalador, tendo a aprova-ção de 98% dos dirigentes envolvidos. Continuamos acom-panhando à distância a forma de atuação dos responsáveis pela gestão do ensino no estado. Vários deles são pessoas formadas naquele processo inicial e, no nosso entendimen-to, nunca deixaram de perseguir as metas de melhoria.

Outro destaque é a cidade de Manaus. O Instituto Aquila conduz, naquela cidade, um projeto que abrange cerca de 450 escolas na implementação da Gide. O ensino fundamental 2 era o mais crítico. A forte liderança do prefei-to e da secretária de Educação, com grande envolvimento dos demais dirigentes e docentes, fez com que Manaus fosse a cidade que mais crescesse no país no Ideb/2015. O fundamental 2 deu um salto significativo. A revista Exame, na edição de 28/9/2016, numa reportagem de 5 páginas,

sob o título Como Manaus passou de ano, narra este feito excepcional da capital do Amazonas. É uma prova cabal de que a gestão focada em resultados, conduzida por liderança comprometida, persistente e laboriosa e participação de as-sistência técnica competente, realmente funciona. É claro que é necessário abordar as causas fundamentais que im-pedem o atingimento das metas. E isso a Gide e as pessoas que a implementam sabem muito bem fazer.

Outro exemplo edificante é a Escola Estadual Gomes Carneiro de Porto Alegre. Conseguiu atingir a melhor mé-dia no Enem, entre as escolas estaduais do país. Como a maioria das escolas, tem muitas carências, falta de verbas (neste particular, o Brasil não está mal posicionado entre os países da OCDE. Ocupa o 15º lugar; porém, há dese-quilíbrio na destinação dos recursos pela falta de foco em que investir), instalações precárias, conforme foi mostrado em reportagem realizada na escola e mostrada para todo o país. Apesar de tudo, os dirigentes e docentes não esmore-ceram e produziram esse milagre. É interessante notar que se concentraram nas causas normalmente encontradas em milhares de escolas da rede pública do país. A questão é definir as mais importantes, priorizá-las e implementar as contramedidas para saná-las. Dentre as causas, a mais importante é comprometimento do corpo docente e o seu empenho em conduzir as tarefas pertinentes. Isso foi o que mais chamou a atenção na Gomes Carneiro.

Quando se tem a Gide como método de trabalho, sus-tentada pelo Índice de Formação de Cidadania e Respon-sabilidade Social (IFC/RS), também idealizado por Maria Helena P.C. de Godoy, torna-se fácil buscar as melhorias. O índice possibilita diagnosticar rapidamente as causas que impedem as escolas de atingir bons resultados. Foi concebido pela observação das causas recorrentes em mais de 5.000 escolas públicas. Contando com liderança, persistência, dedicação, amor pela causa da educação (itens indispensáveis para o aproveitamento do potencial da juventude brasileira e imprescindíveis ao progresso da nação), não tem errada. É melhorar ou melhorar.

José Martins de Godoy, engenheiro pela UFMG, dr. engenheiro pela Norges

Tekniske Hogskole, ex-diretor da Escola de Engenharia da UFMG, cofundador

do INDG, instituidor e integrante do Conselho de Administração Superior da

Fundação de Desenvolvimento Gerencial (FDG), presidente do Conselho de

Administração do Instituto Aquila. Visite www.blogdogodoy.com

José Martins de Godoy

A gestão focada em resultados realmente funciona

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FERNANDO TORRES

A oncologia no Brasil avança a passos largos, com drogas e equipamentos modernos e

hospitais de ponta. Também con-ta com um corpo médico atualiza-do e clínicas em associação com grandes centros internacionais. É o caso, por exemplo, do Grupo Onco-clínicas, com sede em BH, que reú-ne mais de 300 oncologistas e, há 2

anos, firmou parceria com o Insti-tuto Dana-Farber, da Universidade de Harvard, em Boston, referência mundial em estudos sobre o trata-mento de diversos tipos de câncer.

Além de enviar oncologis-tas brasileiros para treinar nos E s t a d o s U n i d o s , o á p i c e d o r e l a c i o n a m e n t o é a v i n d a d e 10 especialistas do instituto para pa-

lestrar no 4º Simpósio Internacio-nal do Grupo Oncoclínicas, entre 4 e 5 de novembro, em São Paulo. “O evento, o mais importante do grupo, vai trazer o que há de mais moder-no e atual no mundo relacionado a tumores de mama, pulmão, mela-noma, gastrointestinais, hemato-lógicos e geniturinários”, adianta o oncologista Bruno Ferrari, funda-

Simpósio do Grupo Oncoclínicas vai debater principais evoluções científicas da oncologia, como imunoterapia e diagnóstico molecular

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Pedro Vilela/Agência i7

BRUNO FERRARI:investimento em

terapia individualizada

dor da Oncoclínicas e presidente do conselho de administração. O sim-pósio ainda terá a participação de 62 palestrantes brasileiros, com ex-

pectativa de reunir em torno de 900 médicos.

Entre os destaques da pro-gramação, Ferrari chama a atenção para a imunoterapia, considerada por ele a mais re-cente revolução do tratamento oncológico nos últimos 3 anos. “Esse tipo de droga regula o sis-

tema imunológico do paciente, tirando as travas da imunida-

de e fazendo com que o próprio organismo combata o câncer. Conseguimos obter resultados es-petaculares, em 25% a 30% dos pa-cientes considerados, até então, incuráveis, que conseguem con-trolar a doença e viver por muito tempo”, descreve. Inicialmente, o tratamento foi usado para tu-

mores de melanoma e de pulmão, mas tem sido aplicado em linfo-mas e neoplasias de pulmão, mama e rins. No Brasil, a Anvisa aprovou, em abril, o uso da droga nivolumab, uma das mais modernas da classe de imunoterápicos, especialmente indicada para casos de melanoma e pulmão.

Outro destaque diz respeito à evolução de detecção de tumores, que vai além da histologia e das ca-racterísticas imuno-histoquímicas. “Nesse sentido, o maior avanço é o diagnóstico molecular (genético), que permite informações mais pre-cisas dos tumores. Conseguimos identificar mais de 150 alterações genéticas, potencializando a indivi-dualização do tratamento e o enten-dimento de que cada paciente tem uma doença específica. É algo em que o Grupo Oncoclínicas está in-vestindo muito”, diz.

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O porquê das reformasAs reformas que se avizinham mostram-se imprescin-

díveis, embora acarretem perdas para a população menos favorecida, sem oferecer algo em troca, de maneira percep-tível, àqueles que serão por elas atingidos. Isso vem tornan-do o clima político carregado e passional, pois os cenários desenhados, dependendo de quem os elabora, variam do excessivamente otimista ao irremediavelmente pessimista. A equipe do Ministério da Fazenda, porta-voz oficial dos que creem em um futuro menos cinzento, alardeia aos quatro ventos o desastre que trará o caos, caso elas não vin-guem, com a amplitude devida. Escondem, no entanto, por ser um tema caro às esquerdas, um dos muitos corolários que as motivam, qual seja o de assegurar o sucesso do plano de privatização que será colocado em prática, tão logo se estabeleçam as condições econômicas adequadas.

A PEC do Teto de Gastos e a reforma da Previdência são os dois pilares que sustentam as condições ideais para pa-vimentar esse longo caminho, visando diminuir o tamanho do estado e eliminar focos de corrupção, que se abrigam nas empresas estatais. O espírito nada republicano de nos-so Congresso Nacional (um local pleno de pessoas vazias) – cujos políticos têm demonstrado, sem qualquer tipo de constrangimento, que o interesse do país é subordinado às barganhas que movem as votações naquele recinto – vem impedindo, até aqui, o sucesso de uma empreitada desse porte. O temor de perderem o mandato nas próximas eleições e de serem julgados pela implacável República de Curitiba, que conduz a Operação Lava Jato, vem tornando nossos congressistas cada vez mais ousados, no pior senti-do, em suas postulações, que beiram ao acinte.

A busca por condições que impulsionem novos inves-timentos passa pelas reformas, para provocar uma drásti-ca mudança do horizonte fiscal de médio e longo prazos e, assim, pavimentar o caminho da confiança, ainda fortemente abalada pelas nefastas ações de governos ante-riores. Qual seria a melhor postura de nossos negociadores

nesse conturbado e intrincado jogo de interesses que se move no submundo da política e ameaça o sucesso de tal empreitada? Enquanto a população clama pelo confronto entre as forças que se digladiam, os governantes procuram a distensão pelo consenso. Os que são contra as medidas argumentam com o engessamento da saúde e da educa-ção, além da retirada de benefícios, via reforma da Previ-dência. Todas essas medidas atingirão, substancialmente, a parcela mais pobre da população. A oposição teme o sucesso do atual governo e, por isso mesmo, tenta virar o jogo, chegando a lhe atribuir as mazelas que dela herdou. Dissecar as medidas para conter ou eliminar o intrincado meandro da indexação, que contamina a nossa economia e promove reajustes de despesas em cascata, ainda é uma incógnita. Ainda bem que o risco maior de ruptura institu-cional parece ultrapassado, pois as manifestações estimu-ladas pelos movimentos ditos sociais estão se amainando, a partir do momento em que eles deixaram de ser irrigados com verbas governamentais.

Pelo que é possível observar, o presidente Temer avo-cou para si o papel de coordenador de tudo que acontece em seu governo, embora tenha delegado tarefas e descen-tralizado a articulação política. O exemplo mais contun-dente foi o jantar que ofereceu a mais de 200 parlamentares na véspera da votação, em primeiro turno, da PEC do Teto de Gastos. Isso bem demonstra sua disposição de assegu-rar ao mundo, finalmente, que o Brasil deixou de ser uma nau sem rumo, e que já se torna possível vislumbrar um período de estabilidade. Para que isso ocorra, está crian-do um ambiente propício à aprovação das reformas, que todos tiveram medo de enfrentar, pelo seu explosivo teor de impopularidade. Se conseguir, mesmo com a prisão do Eduardo Cunha decretada pelo juiz Sérgio Moro, tratar com serenidade e com foco no anseio da população as feridas abertas pelo rescaldo da operação Lava Jato, ainda sobrará espaço para estimular a reforma política. Tais conquistas o transformariam em um governante de sucesso e com pres-tígio suficiente para se postar, a exemplo do conclave que elege um novo papa, como o grande eleitor (um político que busca a vitória de um candidato específico com suces-so) de sua própria sucessão.

Wagner Gomes, administrador de empresas

Wagner Gomes

A busca por condições que impulsionem novos investimentos passa pelas reformas

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P O R F E R N A N D O T O R R E S

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Instituição milenar, o banho turco (hammam) purifi ca o corpo e relaxa o espírito. Foi o que a Viver Melhor constatou ao

experimentar este autêntico ritual em viagem à Turquia. Confi ra:Dia de sultão

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* O jornalista viajou a convite da operadora Teresa Perez Tours e da Turkish Airlines

Os balneários remontamao antigo Oriente, pensados para acolher mercadores após longas viagens. Mais tarde, a prática foi adotada pelas civilizações greco-romanas, como espaço de sociabilização. Mas foi no Império Otomano, a partir do século 13, que o banho turco ganhou este nome e se transformou em sinônimo de bem-estar.

A liturgia do hammam se divide em etapas. Logo ao entrar, o banhista se dirige à ala reservada a homens ou mulheres, se despe e se envolve com o peştamal, típica toalha turca, que absorve a água mais rapidamente. Depois de aplicar uma máscara facial, ele se dirige para a sauna seca ou a vapor – esta última se posiciona na Sıcaklık, sala toda em mármore, com a pedra Göbek Taşı no centro.

ONDE

FAZ

ER

Ayasofya Hürrem Sultan Leva o nome da esposa do sultão Suleiman, o Magnífi co, que o mandou construir entre a Basílica de Santa Sofi a e a Mesquita Azul, em Istambul, nos idos de 1556. Reaberto em 2008, mantém a luxuosa áurea do sultanato, com bacias banhadas a ouro.

Çemberlitaş Em funcionamento desde 1584, também em Istambul, o tradicionalíssimo hammam se destaca pela enorme cúpula do salão principal, que distribui feixes de luz solar sobre a Göbek Taşı.

Depois de abrir os poros, começa o banho propriamente dito. Ainda na Sıcaklık, o

próprio banhista despeja bacias de água gelada ou morna sobre o corpo. Já o

massagista usa a luva kessa para a esfoliação, com o objetivo de estimular a circulação e remover as células mortas. Na sequência, executa a massagem com uma grossa camada de bolhas de

espuma misturada a essências

de ervas, altamente

hidratante. Tudo alternado com jarros e mais

jarros de água.

Dali, o banhista vai relaxar na jacuzzi

com gás ozônio (ozonioterapia). O protocolo termina na sala de descanso, com o tradicional chá turco (türk çayi). Se o sultão

desejar, os hammams ainda oferecem tratamentos adicionais,

como refl exologia e massagens.

Fotos: Divulgação

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Já pensou em experimentar macarons de banana caramelada ou uma torta francesa de manga com creme de caramelo salgado e coco queimado? Pois essas delícias da pâtisserie fazem parte do novo car-dápio da La Parisserie, marca criada pela confeiteira Mariana Correa há um ano. Para comemorar o ani-versário, ela resolveu experimentar novos sabores para fazer os clássi-cos doces franceses, mantendo as técnicas originais. “Agora me sinto segura para explorar mais. Incluí in-gredientes regionais, como manga, amora, pitanga, cumaru. Fiz vários testes para criar algo do meu jeito”,

diz a pâtissière, amante confessa de doces desde pequena. Ela conta que, logo que se formou em direito, em 2010, começou a cursar gastro-nomia. Depois, fez curso de cozinha e confeitaria na famosa Le Cordon Bleu, em Paris. Lá, foi premiada em concurso com o inusitado éclair de caipirinha. “Para competir com gen-te do mundo inteiro, tive que fazer uma coisa bem diferente, bem bra-sileira. Éclair com bebida alcoólica foi uma novidade”, lembra. Por aqui, são mais de 25 opções de tartes, gateaux, petit fours, entremets... O campeão é a torta de chocolate com caramelo salgado.

Colaboração: Eliane Hardy, Lucas Rocha e Miriam Chalfin

Imagine você, em plena Nova Iorque, e, de repente, bate uma saudade da-quelas do tempero mineiro. Se você caminhar pela 305 East 92nd Street, em Manhattan, próximo ao Central Park, e descobrir o bistrô de Tânia Santana, vai logo saciar a vontade. Mineira de Belo Horizonte, há 14 anos, a empresária resolveu apostar na comida mineira e abriu o Zebu Grill, bistrô que lembra a casa de vó e le-nha queimando no fogão. Tânia hoje administra o sucesso da casa com a filha Samantha, o genro Rodrigo Chamon e o sobrinho Patryck Shaper. Além de brasileiros, a casa recebe muitos mexicanos e americanos que adoram os pratos mineiros e uma caipirinha para acompanhar.

Tempero mineiro emNova Iorque

Juliana Flister / Agência i7

Divulgação

Pâtisserie com sabores regionais

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VIVER Outubro 28 - 2016

Inversão de papéisPedro Vilela / Agência i7

Do desenho para a escultura e, agora, de volta para os habilidosos traços. Famoso pelas esculturas de personalidades em bronze, o artista plástico Leo Santana inverteu os papéis e apresenta a exposição inédita Do outro lado do desenho. “A série Caderno de viagens é o resultado de ateliê que fiz com uma amiga no exterior. Nesse percurso, fotografei muita gente no metrô. E desenhei essas pessoas”, explica. A mostra também traz outros momentos, intitulados Meio de campo (o universo do futebol de várzea), Sangue bom (inspirado em uma turma de adolescentes que foram seus alunos) e Amigos (o nome já diz tudo), com obras em bronze, feitas pela Fundição Artística Ana Vladia. Tanto os desenhos quanto as esculturas são inspirados na figura humana, na miscigenação brasileira. Com peças já conhecidas do público e muitas autorais, a exposição marca os 25 anos de carreira do artista plástico, que descobriu o gosto pelos traços ainda menino. “Sempre gostei de desenhar e percebi que tinha habilidade. Fiz publicidade e design, mas a arte sempre me acompanhou como hobby. É o que faço melhor”, diz. Com curadoria do artista visual Marcos Hill, a exposição fica em cartaz na Casa Fiat de Cultura até 4 de dezembro.

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apoio:

Fábrica de sonhos

questão de indicar o ateliê para outras pessoas. “Nossa relação com as clientes sempre foi maravilhosa, principalmente porque priorizamos que as criações estejam de acordo com a personalidade de cada uma. Eu brinco que aqui é quase um divã de analista porque compartilhamos

com essas mulheres suas inseguranças, sonhos e histórias. Nossa história é marcada por muita persistência e amor pelo que fazemos. Levamos muito a sério nosso trabalho e, por isso, chegamos até aqui”, orgulha-se Maria Amélia.

Era 1987 quando a empresária Maria Amélia decidiu que seu negócio voltado para o atacado deveria ser adaptado para se relacionar diretamente com o consumidor final. A decisão bem acertada rendeu uma trajetória de 29 anos de sucesso do ateliê de moda Magia Mineira, com vestidos de festa sob medida e de pronta-entrega. Ao lado da filha, Ana Luiza Penna, responsável pela criação das peças, a dupla conquistou um público fiel que faz

Juliana Flister / Agência i7

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O quê 615 anosOnde 6 Jardim

Canadá

A linda Helena Freire viveu sua noite de contos de fada em festa de comemoração dos seus 15 anos. A celebração reuniu na Casa Tua mais de 500 pessoas, entre inúmeras autoridades ligadas aos pais de Helena, o advogado Décio Freire e Mariane, e os amigos da aniversariante. Fotos: Tião Mourão

6 Gabriel Freire, Mariane Bueno, Helena, Décio Freire e Bruna Freire

6 Desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, Décio e Helena Freire

6 Helena Freire

6 Décio Freire, Vittorio Medioli, desembargadora Assusete Magalhães e desembargadora Márcia Milanez

6 Ana Cristina Silveira Xavier e desembargadora Márcia Milanez

6 Gabriel Freire, Rogério Freire Costa, padre Antônio Guerra e Lincoln Sabino

6 Os avós Décio Barbosa Freire, Ana Maria, Maria das Graças e Longuinho Bueno

6 Gabriel e Décio Freire

6 Jairo Isaac, Fábio Saciotto e Renata Saciotto

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6Luciana Costa, Luiz Tito e Vírginia

6 Henrique Martins, Miriam Martins e Fernanda Martins

6 Ana Amélia Castro Ferreira, João Paulo Castro Ferreira e Debora Pereira Carielo

6 Décio Freire, desembargador Rogério Medeiros e Mariane Bueno

6 Gabriela, Gustavo de Marchi e Hosana Pereira

6 César Romero e Vânia 6 Helena e Décio Freire

6 Paulo Guerra, Juliana Guerra, GCO, Cyntia Massote e Leonardo Brandão

6 Odair Cunha, Vanilda Vilela e Ana Clara Cunha6 Décio Freire e Miriam Martins

6 Marta, Jovino Campos e Alice Reis

6 Ana Carolina e Luís Cláudio Chaves

6 César Romero, Bruno e Suzana Armibrust

6 Beatriz Freire, Miriam Martins, Dores Freire, Ana Maria Freire e Deise Freire

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O quê 6CasamentoOnde 6 Buffet

Catharina

O empresário Thiago da Fonseca e a advogada Fernanda Felipe se casaram em cerimônia na Paróquia Santo Inácio de Loyola, ao som de coral. Depois, brindaram a união com os convidados em festa no Buffet Catharina, com decoração da Matterfloris, ao som do DJ Carlo Dee. Ele é filho de Eloisa Helena Carvalho da Fonseca e do executivo da Andrade Gutierrez, João Marcos de Almeida da Fonseca. Ela, de Amara Gonçalves Ribeiro Felipe e Fernando de Oliveira Felipe. Fotos: Tião Mourão

6 Henrique Kingma, Marina Bicalho, Amanda Braga e Danilo Dourado

6 Aimara Gonçalves Felipe, Fernanda Felipe e Maria Ribeiro

6 Juliana Fonseca, Leonardo Moreira, Daniela Marques e Lucas Namorato

6 Paulo Roberto Almeida, Flávio Mesquita, Donald Fonseca e Alexandre Gradin

6 Joel Motta, Renato Fonseca, Márcio Costa e Marcelo Nacif

6 Waldênio Silva, José Otávio Saraiva, Flávio Bernardes e João Marcos da Fonseca

6 João Gabriel Fonseca, André Fonseca, Fernanda, Felipe, Eloisa Helena e João Marcos da Fonseca

6 Berilo Torres e Dulce Campolina, Regina Guedes e Silvana Carneiro

6 Flávio Mesquita e Lulu Brandão, João Marcos da Fonseca, Eliane e Érico Torres

6 Aimara Gonçalves Felipe, João Marcos da Fonseca, Fernada Felipe, Thiago Fonseca, Eloisa Helena Fonseca e João Gabriel Fonseca

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O quê 6AniversárioOnde 6 Em Lourdes

O chef e restaurateur veneziano Massimo Battaglini, que vive em BH desde 1988, comemorou seus 42 anos, recebendo os amigos, ao lado da mulher Isabella, para uma festa animada. Foi na residência de Idel Yarochewsky, amigo do aniversariante e sócio d Club do Chef, bufê que assinou os elogiados pratos volantes da noite. A festa, ao som de DJ, varou a noite, regada a bons vinhos italianos. Fotos: Tião Mourão

6 Camillo Hallak, Isabela Pessoa, Massimo Battaglini e Tobia Hallak 6 Carol Lara e Tobia Hallak

6 Idel Yarochewsky, Isabela Pessoa e Massimo Battaglini

6 Massimo Battaglini, Ligia Ferraz, Rodrigo Costa, Anna Barsante

6 Massimo Battaglini e GCO

6 Anaina, Ricardo Pitchion e Massimo Battaglini

6 Miriam, Renato Andrade, GCO e Erica Drumond

6 Idel Yarochwsky, Gustavo Heringer e Andrea

6 Isabela Pessoa, Massimo Battaglini, Mateus Couto e Roberta Pessoa

6 Karla Mendes, Ana Paula e Benito Porcaro

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Tem coisa mais mineira que uma boa conversa ao lado do fogão? Pois foi nisso que a Record Minas pensou para criar o novo quadro do Balanço Geral. No “Prosa na Cozinha”, você vai acompanhar o repórter Álvaro Zanotti em entrevistas simples e descontraídas com chefs e especialistas em culinária. Não perca!

Chegou a horade incrementara receita doBalanço Geral.

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Novo quadro de culinária emineiridade com Álvaro Zanotti.

Todas as quartas, noprograma Balanço Geral.

De segunda a sexta,a partir de 12h

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As tralhas furtadas

Causa-me estranheza que, até hoje, as autoridades que apuram as eventuais fraudes cometidas pelo ex-pre-sidente Lula e, também, pela ex-presidente Dilma, não te-nham se detido sobre o destino das mais diversas obras de arte e tantas outras peças desaparecidas dos palácios da Alvorada e do Planalto. É enorme a lista de presentes que Lula diz pertencerem a ele e que foram recebidos durante seus 2 mandatos. A maioria dessas oferendas pertence ao patrimônio público de acordo com a legislação em vigor. Várias dessas lembranças são de alto valor monetário, haja vista que, algumas delas, estão depositadas em cofre do Banco do Brasil. Em todo o mundo, existem regras bem definidas para os presentes que venham a receber as autoridades no exercício de seu mandato, limitando seu valor a quantias que não constranjam os que oferecem e, sobretudo, aqueles que recebem. Nos Estados Unidos,

por exemplo, o limite é de 100 dólares. Qualquer valor acima e o presente recebido é automaticamente encami-nhado para ser catalogado como parte do patrimônio pú-blico. Não há registro na história americana de um presi-dente que, ao término de seu mandato, tenha contratado uma transportadora e alugado um enorme depósito para armazenamento de toda essa “tralha”, como diz Lula. E menos ainda que as despesas com o aluguel sejam supor-tadas por uma das construtoras envolvidas em rumoroso processo de corrupção.

Tenho folheado os jornais da grande imprensa nacio-nal e somente há pouco vi as primeiras notícias a respeito. Sem grande destaque, vale registrar. Trata-se de furto qualificado, facilmente constatado e indefensável, a meu

ver. Neste caso, Lula é o autor do desvio de propriedade do que não é seu, com apropriação de bens que somam elevado valor e que pertencem ao patrimônio público, isto é, a cada um de nós. Não poderá dizer que não sa-bia de nada ou que foi uma distração. É furto mesmo e muito mais expressivo que o Fiat Elba que atropelou o ex-presidente Collor. Um bom e competente delegado de polícia pode apurar o malfeito, mediante uma queixa de qualquer cidadão, e teremos, finalmente, Lula preso como ladrão. Um mal-ajambrado Arsène Lupin, um la-drãozinho que, ao invés de casaca, usa macacão.

Lula não tem mãos a medir quando se trata de des-moralizar as investigações realizadas pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pelo Judiciário, não importando qual instância. Encena para o público um quadro em que se fantasia de vítima e são todos os demais seus algozes. Posta-se então como o homem mais honesto do Brasil, sendo perseguido pelo crime de ter governado para o pobres. É muito. Já durou bem mais que o tempo de validade. Um grupo de advogados, certamente bem pagos, desvia a atenção da opinião pública de todas as evidências, vivendo o papel de um inocente que purga pecados que não cometeu e, mais ainda, sofre tudo junto à sua família. E, como corrupto não passa recibo, todas as evidências de que teria recebido vantagens financeiras, as mais diversas, recebem o disfarce dessa estratégia. Não tendo como se defender objetivamente, ensaia e desem-penha o papel de vítima. É muito também. Finalmente, como o laço está se apertando, faz-se como vítima maior de sua prisão. Fica na expectativa da comoção nacional. E o juiz Sérgio Moro segue, com toda sua equipe, trabalhan-do na coleta de provas contundentes que deem à opinião pública satisfações que não permitam a continuidade sem fim desse teatro. Réu em três processos e sem sólidos argumentos de defesa, Lula prossegue no papel de vítima, distante ainda da maioria de sua equipe, que já está presa, alguns cumprindo penas diversas e outros à espera da respectiva condenação. O final dessa estratégia não deixa-rá feliz uma parte de nossa população, especialmente os crentes no mito, mas o nosso Arsène Lupin, sem casaca, acabará condenado.

Hermógenes Ladeira, empresário

Lula não tem tidomãos a medir quandose trata de desmoralizaras investigações realizadas pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pelo Judiciário

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Hermógenes Ladeira

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unimedbh.com.br

Ser a melhor entre as maiores operadoras de planos de saúde do país é colocar as pessoas em primeiro lugar.

Pela 4ª vez consecutiva, a Unimed-BH foi eleita a melhor entre as maiores operadoras de planos

de saúde do país, segundo o IDSS - Índice de Desempenho da Saúde Suplementar, realizado

pela ANS*. Dessa vez com a nossa melhor nota, desde o início dessa avaliação. Uma conquista

que nasceu da relação sólida e transparente que nossos médicos cooperados, colaboradores e

parceiros mantêm com cada um dos nossos clientes. Seguimos em frente, com os pés no chão

e a saúde em dia, para que conquistas como essa estejam sempre presentes na nossa história.

*Agência Nacional de Saúde Suplementar.