Macaé Tem Jeito 1 - Fevereiro 2012

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Obra da prefeitura alaga residências e prejudica moradores O sítio Pedacinho do céu, localizado entre a avenida W 20 e a W 11, no Lagomar viveu momentos de terror com a intensa inundação provocada pelas primeiras fortes chuvas do mês de janeiro. Na madrugada do primeiro domingo (8), os moradores despertaram assustados com o temporal e tentaram levantar, mas a água já subia há quase um metro. Veja na Pág. 8. População de Glicério sofre pelo descaso A população de Glicério, na serra macaense, enfrenta hoje uma situação emergencial. As necessidades básicas para se viver com dignidade estão sendo negligenciadas pelo poder público. Falta esgoto sanitário e água potável, há descuido com o lixo e a saúde passa mal. A reportagem do jornal “Macaé tem jeito” flagrou o esgoto de inúmeras ca- sas sendo despejados no Rio São Pedro, afluente do Rio Macaé. Pág.3 No meio da noite a água subiu assustando os moradores Deu na Veja: “A maldição do petróleo” Mais uma vez a Prefeitura de Macaé ganha destaque nas páginas de uma publicação nacional. No dia 15 de janeiro, a Revista Veja, em sua edição dirigida ao Rio de Janeiro, tráz uma matéria mostrando o resultado de um desastroso governo cujo maior projeto, ironicamente é o “Planejando Macaé”. Veja na pág. 6 Em sete anos a atual administração recebeu 8 bilhões e a cidade continua sem saneamento e saúde, com buracos, falta d’água e favelizada! Inúmeras casas ribeirinhas despejam o esgoto no Rio São Pedro Exóticas ou não, as árvores são árvores! As amendoeiras da praia de Imbetiba também mantêm a qualidade dos cor- pos hídricos, do ar, do solo, proporcionando um meio am- biente sustentável. Por isso temos de conservá-las. Quem mais promove o desequilíbrio ambiental é o homem... Voce confere na pág.12 Foto-legenda • Acadêmicos do Lagomar vem com tudo para a Avenida. Pág.11 • Engenho da Praia paga mais caro para ter saneamento. Pág.10 • Praça do Botafogo espera por reformas. Pág.8

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Edição 1 do Macaé Tem Jeito. Jornal tablóide de Macaé, a Capital Nacional do Petróleo.

Transcript of Macaé Tem Jeito 1 - Fevereiro 2012

Obra da prefeitura alaga residências e prejudica moradoresO sítio Pedacinho do céu, localizado entre a avenida W 20 e a W 11, no Lagomar viveu momentos de terror com a intensa inundação provocada pelas primeiras fortes chuvas do mês de janeiro. Na madrugada do primeiro domingo (8), os moradores despertaram assustados com o temporal e tentaram levantar, mas a água já subia há quase um metro. Veja na Pág. 8.

População de Glicério sofre pelo descaso

A população de Glicério, na serra macaense, enfrenta hoje uma situação emergencial. As necessidades básicas para se viver com dignidade estão sendo negligenciadas pelo poder público. Falta esgoto sanitário e água potável, há descuido com o lixo e a saúde passa mal. A reportagem do jornal “Macaé tem jeito” flagrou o esgoto de inúmeras ca-sas sendo despejados no Rio São Pedro, afluente do Rio Macaé. Pág.3

No meio da noite a água subiu assustando os moradores

Deu na Veja: “A maldição do petróleo”Mais uma vez a Prefeitura de Macaé ganha destaque nas páginas de uma publicação nacional. No dia 15 de janeiro, a Revista Veja, em sua edição dirigida ao Rio de Janeiro, tráz uma matéria mostrando o resultado de um desastroso governo cujo maior projeto, ironicamente é o “Planejando Macaé”. Veja na pág. 6

Em sete anos a atual administração recebeu 8 bilhões e a cidade continua sem saneamento e saúde, com buracos, falta d’água e favelizada!

Inúmeras casas ribeirinhas despejam o esgoto no Rio São Pedro

Exóticas ou não, as árvores são árvores! As amendoeiras da praia de Imbetiba também mantêm a qualidade dos cor-pos hídricos, do ar, do solo, proporcionando um meio am-biente sustentável. Por isso temos de conservá-las. Quem mais promove o desequilíbrio ambiental é o homem... Voce confere na pág.12

Foto-legenda

• Acadêmicos do Lagomar vem com tudo para a Avenida. Pág.11• Engenho da Praia paga mais caro para ter saneamento. Pág.10

• Praça do Botafogo espera por reformas. Pág.8

2 • Macaé/RJFevereiro de 2012

Geral

Com cerca de nove mil domicílios e uma população estimada em 25.657 morado-res, segundo o IBGE,

o Parque Aeroporto tem muitos desafios a vencer para poder pro-porcionar qualidade de vida aos seus moradores. O mau cheiro dos valões que continuam anos a fio a céu aberto, a falta de iluminação pública em muitos logradouros, o transporte precário que não cum-pre horário certo e a insegurança, estão entre os problemas que o próximo prefeito de Macaé irá en-frentar para dar qualidade de vida àquela população.

Segundo os moradores, du-rante muitos anos o bairro vem sendo alvo de descaso por parte do poder público que não conse-gue enxergar os buracos, as pra-ças abandonadas, a falta de se-gurança e de água, entre outros. Considerado um local de grande fluxo no trânsito e muita movi-mentação, o Parque Aeroporto chama atenção pela ausência de infraestrutura.

- O crescimento do Parque Aeroporto foi muito rápido e a população dos bairros como Villa-

ge Park, Jardim Aeroporto e Vila Badejo também sofre com a falta dos serviços públicos. Quando a prefeitura vem por aqui faz tapea-ção, vai embora e nós continuamos aqui a espera dos benefícios – disse Jose Arnaldo, morador do Parque.

Ele se queixou ainda, dos mos-

quitos oriundos do canal Campos Macaé e de outros canais (esgotos a céu aberto), principalmente nas ruas 2, 4, 64, que cortam o bairro e que precisam de limpeza per-manente. “Os mosquitos além de nos trazer doenças, incomodam. Todos os dias, ao entardecer, a

gente tem que fechar toda a casa, porque ninguém aguenta”, disse.

Manutenção das praças - A falta de manutenção e conserva-ção das praças para usufruto da comunidade também é motivo de insatisfação por parte dos mora-dores. Francisco das Chagas, usu-

ário da principal praça assegurou que poucas foram as vezes que a prefeitura esteve fazendo a con-servação daquele espaço público e que a situação na maior parte do tempo é de abandono. “Quando a prefeitura vem faz uma pintu-rinha, mas, isso não basta para nosso convívio social. Nós quere-mos mais iluminação, mais ban-cos conservados e revitalização do piso. As telas de proteção da quadra de esportes estão furadas e até os brinquedos das crianças se enferrujam tornando-se peri-goso o uso. A manutenção da pra-ça é muito importante”, ressaltou, acrescentando que existe também o acúmulo de lixo e entulho nas esquinas das praças.

Outros problemas enfrenta-dos pelos moradores daquela região são a falta d’água constan-te, apesar de manterem em dias suas contas e o despejo de esgoto in natura nos canais. “Moro pró-ximo à Estação de Tratamento de Esgoto e vejo que a ETE não tem tratado mais nada. Para agravar ainda tem os caminhões que vêm despejar esgoto in natura na esta-ção, o que piora ainda mais a si-tuação”, denunciou um morador.

Parque Aeroporto: Um bairro com muitos desafios

Chuvas: Mesmo com a macrodrenagem bairros de Macaé enchem d’água

O Canal Campos Macaé recebe dejetos, gerando mosquitos e doença

Mais uma vez as chuvas que atin-giram Macaé no final de janeiro trouxeram pro-

blemas para muitos moradores. Mesmo com as obras de macro-drenagem feitas pela prefeitura, muitos bairros encheram de água e moradores ficaram ilhados em suas casas. “Eles querem que a gen-te engula goela abaixo essa história de que a água levava três dias e agora em três horas ela escoa. Isso é papo para enganar o povo em ano de eleição”, criticou um morador do bairro Barra Mares, que ficou ilhado depois da forte chuva. Em dias de chuva forte muitas ruas do centro da cidade ficam ilhadas As ruas da Riviera também não escapam da inundação

Macaé/RJFevereiro de 2012 • 3

A população de Glicério, na serra macaense, en-frenta hoje uma situ-ação emergencial. As necessidades básicas

para se viver com dignidade estão sendo negligenciadas pelo poder público. Falta esgoto sanitário e água potável, há descuido com o lixo e a saúde passa mal. A repor-tagem do jornal “Macaé tem jeito” flagrou o esgoto de inúmeras casas sendo despejados no Rio São Pe-dro, afluente do Rio Macaé.

Tudo isso se deve às várias cons-truções sem o devido saneamento básico. O que foi permitido pela Prefeitura, que não fez e continua sem fazer uma fiscalização nesse setor. Muitas famílias enfrentam essa situação sem ter a quem re-correr. É o caso do aposentado Luiz Carlos Almeida, 63 anos que sofre com o mau cheiro e doenças prove-nientes do esgoto jogado no rio.

- Esse problema já vem de ou-tras administrações que nada fi-zeram para resolver. Hoje, ele se agrava pelo aumento da população de Glicério. Todo o esgoto residen-cial é jogado no rio e as autoridades nada fazem. O rio passa atrás da minha casa e tem dia que é impos-sível chegar à cozinha, por causa de moscas e do cheiro desagradável. Reclamamos mas, nada é feito e com isso estamos expostos às do-enças - reclamou.

Outro problema grave é a água que sai da torneira. Sem um tra-tamento adequado, a população se ajeita do jeito que pode. A água do distrito é totalmente insalubre e impotável. De cor amarelada e cheia de impurezas é preciso ser fervida e coada para ser consumi-da. Mesmo assim, coloca a popula-ção em situação de risco.

- Até mesmo para tomar banho precisamos tratar a água. Isso sem falar que a utilizamos para prepa-rar a comida e beber. É uma vergo-

nha, Glicério passar por uma situ-ação dessas, pois a água é um item de extrema importância para a nossa sobrevivência. Isso é lamen-tável e as autoridades nada fazem para solucionar essa situação - la-mentou uma dona de casa que não quis se identificar.

Faltam médicos - Quem mora no distrito sofre também pela falta de médicos na localidade. O Posto de Atendimento 24h de Glicério está com poucos médicos para atender a população. De acordo com a estudante Valéria da Silva, 25 anos, gravida de 8 meses é pre-ciso procurar outro setor de aten-dimento médico para se consultar.

- Já estou quase no dia de ga-nhar meu filho e quando preciso me consultar tenho que recorrer à outra localidade, porque aqui falta médico especializado. Tenho medo de passar mal de repente e não ter a quem recorrer. Aqui falta até aten-dimento ambulatorial e em muitos casos, o paciente tem que pagar passagem para se consultar em ou-tro hospital - disse.

Segundo os moradores de Gli-cério outro descaso é com o lixo espalhado pelo distrito. Em muitos casos, há locais em que o lixo fica mais de semana sem ser recolhido pela limpeza pública.

Frade também sofre - Outra localidade próxima à Glicério é o Frade. Parece até ironia do destino, mas o lugar conhecido pelas fontes de águas minerais sofre com a falta de tratamento de água para a po-pulação. O distrito sofre os mesmos problemas de Glicério, como água insalubre e impotável. A água que sai da torneira é imprópria para o consumo. Mais uma vez o descaso do poder público é visível e quem paga o preço são as pessoas que pa-gam seus impostos e tentam viver com um mínimo de dignidade.

Para a aposentada Conceição Aparecida Lima, 69 anos, infeliz-

mente é uma situação sem contro-le. “Não é de hoje que passamos por isso. Um lugar tão agradável e cheio de vida sofre com a falta de tratamento de água. Isso afeta não só a população daqui, mas também os visitantes que em muitos casos não voltam por causa da falta de tratamento de água”, comentou.

População de Glicério sofre pelo descaso

Região

O distrito famoso pelas suas corredeiras enfrenta situação de emergência

Inúmeras casas ribeirinhas despejam o esgoto no Rio São Pedro

Faltam médicos no posto de saúde para atender a população

4 • Macaé/RJFevereiro de 2012

Somente os moradores do bairro Horto sabem a “dor e a deli-cia”, ou melhor, o “preço” que se paga pela tranquilidade de morar em um bairro rural. Um bairro que expandiu com a especulação imobiliária, tendo hoje dois grandes condomínios o Village do Horto e o Village da Serra com quase 1000 famílias nos dois residindo no bairro, além dos moradores antigos do local.

Hoje, a realidade é o abandono e descaso das autoridades com essas pessoas que beira o absurdo. Uma pequena estra-da abandonada que é o único acesso desses munícipes para chegar a suas residências e na tranquilidade de seus lares está competindo com um queijo suíço.

Acidentes acontecem todos os dias quando os moradores para desviar de um buraco acabam caindo em uma cratera. Tem buracos para todos os gostos, pequenos, grandes, largos, estreitos, profun-dos, rasos, com lama, secos, com árvores dentro, com entulhos, bu-racos de bueiros aberto além da pouca iluminação e das árvores que invadem a estrada e ainda comem poeira até chegar em casa.

Pais de família assalariados se veem em apuros para pagar as contas de consertos dos seus veículos no fim de cada mês, até porque durante o mês são vários os prejuízos com pneus, amorte-cedores e outras peças que danificam pelo caminho. Neste passeio tranquilo até em casa pode se ver quase que diariamente, aciden-tes mirabolantes na rodovia de acesso a estrada em questão.

Os motoristas têm que se aventurar para conseguir entrar na estrada com a falta de iluminação feita por um único poste, que não está nem na beira da rodovia, mas sim a dez metros da entra-da, com uma lâmpada fraca e tão coberta pelas árvores que dá ao local um ar propício às catástrofes do cotidiano.

Os moradores que dependem da condução pública ficam na beira da estrada a mercê de serem atropelados enquanto tomam chuva esperando a sua “digna condução”. São senhoras ido-sas, mulheres com crianças de colo, grávidas, que ironicamente esperam... esperam... e esperam... Que seja colocada no local uma guarita de ponto de ônibus.

Realmente se não fosse trágico seria engraçado, pois a situa-ção virou uma palhaçada, as máquinas vem de tempos em tempos e plainam a estrada e isso dá uma momentânea esperança de que alguma obra e melhoria será feita... Mas, após a primeira chuva volta o tormento dos buracos. Já até ensaiaram uma reforma co-locando quadradinhos de asfalto nos mais de 750 buracos (não é possível contá-los, pois a cada dia um novo aparece onde menos se espera e parece que esses buracos têm parentescos com os coe-lhos tamanha facilidade de reprodução).

A pergunta é: Será que o dinheiro que é pago pelos impostos dos moradores das áreas mais privilegiadas da cidade tem maior valor que o dinheiro dos moradores do Horto? Com certeza tem. Na orla dos Cavaleiros tem tantos postes (de 10 em 10 metros tem um, pode observar), que está atrapalhando avistar o mar... Ou quem sabe tan-ta iluminação seja para que nós moradores do Horto quando formos

passear na praia não corrermos o risco de cair nos buracos do deck?Bom... Nós moradores do Horto, bem como moradores de ou-

tras localidades menos favorecidas viramos “expert” em buracos. Conseguimos detectar buracos até de olhos fechados (como os olhos das autoridades para a situação). Então fica aqui um desafio que tal dividir a iluminação de onde não precisa com quem de fato está no escuro? Já que o problema deve ser a falta de recursos. Dez postes que retirarem da orla e colocarem aqui farão a diferença e se sonharmos bem alto teremos até um redutor de velocidade na pista principal de acesso a estrada do horto ou se delirarmos de verdade conseguiremos uma guarita.

Aproveito a oportunidade para convidar os políticos empossa-dos e as demais autoridades para virem dar um passeio aqui nesta distinta comunidade abandonada. Mas, venham à noite com seus carros caros para que possam saborear o veneno do seu desca-so. Hoje será lançada uma campanha... CURIOSOSSSSSSS... A campanha é: “Senhores Políticos adotem um buraco ou doem um poste... Quem adotar mais buracos ou quem doar um poste de ilu-minação pública hojeeeee, terá o nosso voto na eleição”.

Afinal, pagamos pela iluminação pública que não temos, pa-gamos pela água barrenta que entra em nossa caixa d´água, pa-gamos a conta dos prejuízos causados pelo seu abandono. Gos-taríamos de saber o nome de quem estará aqui para mudar essa situação. Pois o direito de um é direito de todos. Abra o olho e tire o sorriso do rosto quando vier pedir o seu voto aqui, porque pra isso aqui virar circo só falta a lona... “SE NÃO FOSSE TRÁGICO DE FATO SERIA ENGRAÇADO”.

Joana da Silva, a insatisfeita!

Opinião

Prezados leitores,

Quando lançamos as duas primeiras edições do projeto “Tem Jeito”, co-meçamos pelo bairro Lagomar, através do jornal “Lagomar tem jeito” com o objetivo de ecoar o grito dos oprimidos (20 mil moradores) que

durante décadas não contaram com políticas públicas capazes de resolver os anseios da comunidade por saúde preventiva e curativa, educação de qualida-de e muitos outros serviços de infraestrutura. Com as duas edições nas ruas da cidade, nossa redação recebeu inúmeros pedidos para estender o projeto a outros bairros de Macaé, que semelhantemente vivem o mesmo drama. Então, pensamos em editar jornais em alguns bairros, ou melhor, editar um jornal para toda a comunidade macaense, formada por mais de 200 mil habitantes.

O jornal Macaé Tem Jeito surgiu com o objetivo de Informar de maneira im-parcial à população os acontecimentos da cidade, considerada como a “Ca-pital do Petróleo”, que nos últimos sete anos, arrecadou mais de R$ 8 bilhões (royalties + recursos próprios municipais) investindo muito pouco na urbaniza-ção de áreas favelizadas ou em projetos de geração de renda para a população mais pobre, como voce poderá ler nas páginas 6 e 7 deste exemplar...

Como cabe ao jornalismo a investigação e a apuração de fatos, nosso tra-balho consiste em promover conscientização e cidadania já que a informação é um direito do cidadão. Isso porque, na democracia, todo poder emana do povo e em seu nome é exercido – e é para delegar o poder que o cidadão tem o direito de estar bem informado.

Nesta primeira edição, buscamos os fatos na área considerada mais carente de serviços públicos (conhecida como “zona norte”), tendo como “apartheid” o Rio Macaé, separando-a da zona sul, composta por bairros melhorados, mas que também possuem problemas estruturais. Investigamos ainda, os acontecimentos ocorridos na Serra de Macaé (área rural) para divul-gar aos nossos leitores, como é o caso da população de Glicério que sofre por falta de esgoto tratado, água potável e atendimento de saúde; do Sana, que tem dificuldade no escoamento de sua produção por causa da precariedade do acesso para o centro urbano...

Assim, quando transmitimos uma informação que envolve a administração pública, muito além de fazer valer seu direito de oferecê-la na forma jornalísti-ca, estamos cumprindo o papel público e social de garantir aos leitores o direi-to de recebê-la e exigir de seus representantes a competente justificativa! Se é que ela existe. Como voce poderá verificar tem bairros como o Botafogo que precisa revitalizar sua principal praça para que a comunidade possa usufrui-la em seu lazer. E mais, os contrastes e o inchamento urbano causado pela falta de planejamento em áreas como Malvinas, Nova Holanda e Nova Esperança...

Mas, nesta edição também tem carnaval – uma antiga manifestação popu-lar, considerada como a festa da carne, mantida pelos adeptos e apoiada pe-los poderes constitutivos, de forma que a população possa naqueles dias não só esquecer os problemas, como também fantasiar e mascarar os sofrimen-tos. É nessa época que o “reino” da alegria contagia os carnavalescos e muitos buscam na bebida alcoólica ou nos psicotrópicos a fuga dos seus problemas. Mesmo sendo folião, não devemos exagerar nesse período, principalmente, se dirigimos nossos veículos. Isso é tudo, boa leitura!...

Maria Estrela

Palavra da editora

Editorial

Comédia Urbana: Horto, a estrada da vergonha!

O acesso ao condomínio está intransitável

Prezado leitor, publicamos abaixo, na íntegra, a opinião de Joana da Silva, moradora do Village do Horto, que, insatisfeita com o estado em que se encontra o principal acesso do condomínio resolveu escrever para a nossa redação

Carta da Joaninha

Macaé/RJFevereiro de 2012 • 5SerraDistrito do Sana é prejudicado devido à estrada

O distrito do Sana, lo-calizado na região serrana de Macaé, se sente pratica-mente isolado de-

vido à estrada não pavimentada. Em um trecho de aproximada-mente 15 km da RJ 168, que vai da Cabeceira do Sana ao Sana, a estrada está sem pavimentação e com muitos buracos.

O difícil acesso deixa a popula-ção em uma situação delicada. A maioria dos moradores da região é a favor da pavimentação do trecho

que liga a localidade ao Frade, o que facilitaria qualquer tipo de emer-gência, principalmente a médica.

Outro fator que prejudica o distrito pela não pavimentação é em relação a produção agrícola do local. Muitos agricultores per-dem sua produção por falta de uma estrada em boas condições de tráfego. Segundo o agricultor Odecir Moreira, 74 anos, muitas vezes deixou de levar sua produ-ção para Macaé devido ao estado em que se encontra a estrada.

- Somos a favor da pavimenta-

ção desse trecho. Mesmo em dias sem chuva é difícil o acesso, devido à quantidade de buracos. Em mui-tos casos, encontramos verdadeiras crateras pelo caminho. Quando chove então é inviável a passagem dos agricultores e com isso muitas famílias saem perdendo e ninguém paga nosso prejuízo - desabafou.

O Sana é uma Área de Proteção Ambiental (APA), com belas ca-choeiras e matas preservadas. Re-conhecido pelo turismo nacional, principalmente pelos paulistas e cariocas e também pelo público

internacional, que chega ao dis-trito vindo da Região dos Lagos. Mas, como 6º distrito de Macaé está desassistido pela adminis-tração municipal. Mesmo sendo o de maior potencial turístico da região e o que tem a maior quan-tidade de cachoeiras e poços, o Sana se sente isolado pela dificul-dade do acesso à localidade.

Outro problema que afeta a população da Cabeceira do Sana, onde os moradores também lu-tam pela pavimentação da estrada é em relação à educação. A única

escola do local precisa ser amplia-da para atender o número de alu-nos que cresce a cada ano.

De acordo com uma professora da Escola Municipal Joaquim Bre-ves, que preferiu não se identificar, o prédio deve ser ampliado para que os alunos tenham uma melhor condição de aprendizado. “Precisa-mos urgentemente da ampliação da escola. A cada ano mais alunos são matriculados e com isso dificulta o acesso às salas de aula. Várias são as promessas, mas até agora nada foi feito”, comentou.

A má conservação do trecho que chega ao distrito deixa a população desassistida em uma emergência O acesso ao Sana intransitável dificulta o escoamento da produção rural

Por Filipe Dantas

Através de uma denún-cia anônima o Jornal “Macaé tem jeito” foi informado que o cam-po de futebol localiza-

do no Distrito de Córrego do Ouro, na região serrana de Macaé, estaria abandonado e sem manutenção.

Segundo informações de po-pulares o mesmo recebe da pre-feitura uma verba mensal de R$ 125 mil para funcionar perfeita-mente, mas não foi o que a equi-

pe do jornal encontrou no local. O responsável pelo recebimen-

to da verba, que foi aprovada no Orçamento Municipal da Prefei-tura de Macaé para o exercício de 2012, é o vereador Ronaldo Gomes (PT do B), que mantêm o Projeto Sociedade Esportiva Cór-rego do Ouro (SECO), vinculado ao Projeto “Depois da Escola”. De acordo com um morador que pre-feriu não se identificar e que resi-de próximo ao campo, o mesmo se encontra abandonado, com muito mato e sem atividade esportiva.

- Há bastante tempo que não temos aqui sequer um jogo. Fica-mos sabendo que o vereador Ro-naldo Gomes recebe mensalmen-te uma verba alta para manter o campo funcionando, mas isso não acontece. Vocês podem verificar aqui a quantidade de mato no local, grade caída e enferrujada e até cavalo pasta no campo. Isso é uma vergonha, pois a maioria da população sofre sem saneamento básico e existem até famílias pas-sando fome, enquanto recebem dinheiro para manter um campo

abandonado - criticou o morador.Criado em 2002, o Projeto

Sociedade Esportiva Córrego do Ouro, foi destinado ao ensino do esporte para mais de 200 crianças e adolescentes de cinco a 17 anos. Procurado pela equipe do Jornal “Macaé tem jeito”, o vereador Ro-naldo Gomes não foi localizado. O mesmo mantém um site onde diz que o objetivo do Projeto não é apenas ensinar os jovens a praticar esportes, mas torná-los pessoas melhores, em todos os sentidos, pois todos participam de pales-

tras ministradas por professores de educação física, onde também recebem noções de cidadania. O site diz mais: “A comunidade não elege um vereador para lhe dar um emprego, mas para fiscalizar o exe-cutivo e criar leis que melhorem a vida. E é isso que eu farei”, conclui.

Em resposta às palavras do vereador em seu site, a popula-ção, que se encontra revoltada, aguarda solução e espera uma providência do poder público para resolver a situação que até o momento é vergonhosa.

Campo de Futebol em Córrego do Ouro é alvo de críticasEspaço destinado à prática esportiva se encontra abandonado e sem manutenção Apesar de receber alta verba o campo está jogado às traças

6 • Macaé/RJFevereiro de 2012

CidadeDeu na Veja: “A maldição do petróleo”

Prezados leitores, Macaé tornou a ser destaque em publicação nacional (Revista Veja) por dar um péssimo exemplo

administrativo. Durante “era Mus-si” cidade se tornou uma das fave-lizadas e violentas do país, apesar de ter orçamento superior a R$ 1,5 bilhão/ano. Publicamos abaixo, a análise do jornalista macaense An-dré Luiz Cabral, editor do Jornal Expresso Regional, no último dia 31, sobre a vergonha nacional que se tornou a atual gestão e que ainda quer emplacar um candidato para, possivelmente, continuar com o desgoverno. Acompanhe a seguir:

Uma vergonha nacional - Mais uma vez a Prefeitura de Macaé ga-nha destaque nas páginas de uma publicação nacional. O problema é que, como das outras vezes, não é pelos motivos que população gos-taria. No dia 15 de janeiro, a Revista Veja, em sua edição dirigida ao Rio de Janeiro, trás uma matéria mos-trando o resultado de um desas-troso governo cujo maior projeto, ironicamente é o “Planejando Ma-caé”. A reportagem, assinada pelo jornalista Caio Barreto Briso sob o título “A Maldição do Petróleo” contrasta as vultuosas quantias de dinheiro que circulam da cidade com dados alarmantes na seguran-ça pública. Por exemplo: Macaé é a primeira cidade do interior que precisou sofrer intervenção da po-lítica de pacificação do Governo do Estado, já que o número anual de homicídios por mil habitantes re-gistrados na cidade chegou a mais do que o dobro do que o registrado no Rio de Janeiro (51/1000).

“Por negligência do poder pú-blico, faltou planejamento urbano eficaz para dar vazão à grande mi-gração de mão de obra. O municí-pio assistiu impassível ao estouro populacional e suas consequentes mazelas, entre as quais a faveli-zação e violência. Assim, como exceção da região metropolitana, Macaé se tornou o ponto mais problemático para o setor de segu-rança pública estadual”, destacou a reportagem. Nos últimos meses, a população tem assistido a um intenso trabalho de retomada de áreas de favelas antes dominadas pelo tráfico, comandado pelo 32º

Batalhão de Polícia Militar. No en-tanto, não só com armas e policiais se resolve o problema de Macaé. É preciso que a Prefeitura de Macaé também faça a sua parte.

No entanto, “fazer a sua par-te” é justamente o que falta na administração Riverton Mussi. Em quase oito anos de governo, a administração municipal só fez promessas, a maioria sem cumpri-mento. E dinheiro, definitivamen-te, para isso não faltou. Apenas de royalties, a Prefeitura já arrecadou R$ 3,7 bilhões. Nos últimos sete anos, a arrecadação municipal (royalties + próprios) ultrapas-sou a marca de R$ 8 bilhões. No entanto, mesmo com todo este di-nheiro, a Prefeitura investiu muito pouco ou quase nada na urbani-zação de áreas favelizadas, ou em projetos de geração de renda para a população mais pobre.

Os “principais” investimentos feitos pelo governo, nestes últi-mos sete anos foram com futebol e Carnaval. O maior legado da “era Mussi”, aliás, será a reforma do es-tádio de futebol Cláudio Moacyr,

que custou R$ 21 milhões aos co-fres públicos; um convênio de R$ 16 milhões com clube Flamengo e o repasse de R$ 2 milhões à Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis (os dois últimos sob investigação do Ministério Público Estadual). No caso da escola de samba, o caso ainda é mais “estranho”, já que o prefeito Riverton Mussi é padri-nho de casamento de seu “puxa-dor” Neguinho da Beija Flor. Ou-tros investimentos, como o projeto de Macrodrenagem (que custaria R$ 270 milhões), ainda estão em sua fase inicial de execução e, pro-vavelmente, não ficarão prontos antes do fim do mandato.

Existem sim obras e investi-mentos que estão acontecendo ou que já foram concluídos na ci-dade. No entanto, nenhum deles, foi realizado pela Prefeitura de Macaé. As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que beneficiarão a comunidade da Nova Esperança acontecem com investimentos federais, enquanto obras como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Barra, a re-

forma completa da RJ-168 (Macaé x Glicério) e a ampliação do abaste-cimento de água foram realizadas com recursos do Governo do Esta-do. Para não dizer que a Prefeitura não realizou nada, contam como realizações do mandato Riverton Mussi a inauguração do Hospital da Criança no Centro (mesmo as-sim com parceria do governo do Estado) e a praça da Barra de Ma-caé que, aliás, menos de um ano após a inauguração, teve de passar por reformas. Outras obras, como a Cidade Universitária, foram con-cebidas pelo governo anterior e o Prefeito só fez inaugurar.

E o dinheiro, para onde foi? - Diante de todos estes dados negati-vos e a comprovada falta de inves-timentos por parte da Prefeitura, a pergunta que fica é a seguinte: com o que Macaé vem gastando os recur-sos do petróleo? A resposta vem do próprio prefeito, quando afirmou, em entrevista recente, que “o mu-nicípio tem um custeio alto”. E este custeio não é apenas gerado pelas demandas da saúde e da educação. Na administração Riverton Mus-

si, mais de 5 mil assessores foram contratados para dar sustentação política a um governo com poucas realizações. E este exército de pes-soas com cargos em comissão eleva o custo da máquina pública e faz os investimentos em saúde, educação e infraestrutura emperrarem.

Macaé, comprovadamente gas-ta mal o dinheiro que tem. E este exemplo ruim faz a cidade se des-toar da região e atrair os olhares do país para o que de pior existe na gestão pública dos recursos do petróleo. Enquanto Rio das Os-tras, Quissamã e Campos fizeram investimentos relevantes em sane-amento, infraestrutura e atração de empresas, a gestão Riverton Mussi optou por gastar milhões na cria-ção de cargos públicos para seus aliados políticos. Como resultado, o mau exemplo de Macaé pode-rá ser o motivo que faltava para o Congresso redistribuir a fortuna dos royalties e fazer o Estado do Rio perder uma receita que chaga à casa dos R$ 7 bilhões ao ano.

“Enrolando Macaé” - E mesmo diante tão alarmantes dados, o governo municipal continua ape-nas fazendo promessas como se o prefeito Riverton Mussi jamais ti-vesse saído de campanha. No ano passado, portanto, há menos de dois anos de terminar o mandato, ele anunciou o projeto “Planejando Macaé” como solução de “todos os problemas da cidade”. Na condu-ção do projeto, é claro, está o se-cretário de governo André Braga (PMDB) que, não por coincidência, também foi “ungido” pelo prefeito como seu candidato a sucessão.

O projeto, no entanto, não passa de uma reedição de velhas promes-sas eleitorais que jamais se cumpri-ram, como a urbanização da Orla de Imbetiba e o fim dos alagamentos.

Miséria em qualquer canto - Infelizmente esta não foi a pri-meira vez que o governo Riverton Mussi ganha destaque nacional pela má administração. Em se-tembro de 2009, no auge das dis-cussões sobre a redistribuição dos royalties, a Agência Brasil (órgão oficial de divulgação do Governo Federal) divulgou uma matéria ironicamente com o mesmo título da publicada pela Veja: “A maldi-ção do Petróleo”...

O dinheiro dos royalties não conteve a favelização nem promoveu saneamento

Macaé/RJFevereiro de 2012 • 7Cidade

Por Mariano Nazareno

Há algumas semanas, uma publicação sobre Macaé, abordando questões como royal-

ties, crescimento populacional, falta de planejamento da prefei-tura, violência e a pacificação das comunidades Malvinas, Nova Holanda e Nova Esperança, mos-trou o retrato da cidade. O texto relata que até a chegada da Pe-trobras, Macaé não passava de um balneário com cerca de 40 mil habitantes. Hoje, com uma população de 210 mil, sendo que 1\5 vivem nessas comunidades, ou seja, quase 45 mil pessoas, Macaé vive um momento de caos e completa falta de estrutura.

A matéria mostrou que Macaé é uma cidade de contrastes. De um lado condomínios de luxo que cus-tam até 3 milhões. De outro, pes-soas que ainda vivem na miséria. Se por um lado a cidade recebeu centenas de novos moradores, por outro viu sua arrecadação subir absurdamente. Somente no ano passado foram quase 500 milhões em royalties, além de outros im-postos, como IPTU, IPVA, ISS, en-tre outros, que fizeram essa cifra passar de 1 bilhão. “Por negligên-cia do poder público, faltou pla-nejamento urbano eficaz para dar vazão à grande migração de mão de obra. O município assistiu im-passível ao estouro populacional e suas consequentes mazelas, entre as quais a favelização e a violên-

cia”, descreveu o autor na matéria.A violência, que se instalou em

Macaé com a permissão das auto-ridades locais, está começando a ser controlada pela Polícia Militar, que recentemente ocupou as co-munidades antes dominadas pelo tráfico de drogas e instalou uma espécie de UPP em cada uma de-las. Mas, a verdade é que a realida-de das pessoas que vivem nessas localidades pouco mudou. Muitas ruas ainda são de terra batida, há lixo espalhado nos terrenos, falta saneamento básico e sobra esgoto correndo a céu aberto, falta água, mas sobra esperança de que as coisas podem melhorar. “A gente não pode perder a esperança nun-ca, senão a vida deixa de ter senti-do”, falou uma moradora que vive

em uma casa de dois cômodos, com três filhas e duas netas.

Depois de anos sem fazer uma obra sequer dentro dessas comu-nidades, a prefeitura decidiu pe-gar a onda da PM e fazer uma ‘in-vasão social’. Um mutirão chegou a acontecer marcando o início da presença do pode público nessas comunidades. Mas, para muito moradores aquilo não passava de política, já que “estamos em ano de eleição, quando eles vêm aqui dentro. Depois vão embora. Isso é só para tapear. São oito anos de governo, e eles nunca entraram aqui porque não quiseram. Ago-ra, vêm com a desculpa de que o tráfico não permitia. Se fosse para melhorar nossa qualidade de vida, todos estavam de acor-

do”, criticou um morador que não quis se identificar.

Morador de Nova Esperança, ele fala que toda vez que chove a situação lá é a mesma, as ruas en-chem d´água, que também invade as casas. “Será que a prefeitura vai conseguir mudar isso até as eleições? Eu acho que não. En-tão, pra que fazer esse circo aqui dentro? Eles dizem que a cidade cresceu muito rápido, veio muita gente sem estudo que acabou vin-do morar pra cá. Mas, com tanto dinheiro, por que eles não fizeram as obras que deveriam aqui den-tro, quando essas pessoas estavam chegando aqui? Mas, enquanto a gente sofre aqui, eles desfrutam do bem bom com o nosso dinheiro”, desabafou o morador.

A população que vive nas comunidades Malvinas, Nova Holanda e Nova Esperança cresceu 70% nos últimos dez anos Nas áreas pacificadas em dias de chuva as ruas viram poças de lama e em dias de sol, muita poeira

Resultados da falta de planejamento provocam inchamento urbano e contrastes

8 • Macaé/RJFevereiro de 2012

BairroObra da prefeitura alaga residências e prejudica moradores

O sítio Pedacinho do céu, localizado en-tre a avenida W 20 e a W 11, no Lagomar viveu momentos de

terror com a intensa inundação provocada pelas primeiras for-tes chuvas do mês de janeiro. Na madrugada do primeiro domingo (8), os moradores despertaram assustados com o temporal e ten-taram levantar, mas a água já su-bia há quase um metro.

Segundo Regina Rodrigues, moradora há 18 anos no local, esta foi a primeira vez que ocorreu um alagamento de grandes propor-ções. “Isso aconteceu depois que a prefeitura colocou os canos de dre-

nagem e pavimentou a rua. Parece que a água pluvial não tinha para onde escorrer. Passamos a ma-drugada ilhados e atormentados sem saber o que fazer com nossa casa totalmente alagada e com os móveis todos boiando. Perdemos muita coisa”, lamentou.

Ela conta que sua vizinha tam-bém acordou com o choro do seu bebê de um ano de idade, que já estava quase se afogando, pois a água atingiu a altura do berço onde ele dormia.

Prejudicados pela obra de dre-nagem e pavimentação – Sergio de Oliveira, filho de Regina re-latou que isso aconteceu depois que a prefeitura colocou os canos

para o escoamento das águas das chuvas e pavimentou a W 20 e a W 18 bem mais alto do que era an-tes. “As ruas ficaram mais altas e isso fez com que as águas entras-sem em nossas casas. Além disso, temos a sensação de que os canos de drenagem ainda estão com a saída tampada, sem ter para onde escoar”, disse Oliveira, explicando que ano passado choveu bastante, porém a água evaporou rápido.

O caminhoneiro Antonio Mi-guel que mora no local, disse que perdeu seus móveis, roupas e do-cumentos. “No meio da noite nos deparamos com a água vinda da rua desordenadamente e não ti-vemos tempo de salvar nada. Eu

e o companheiro de dona Regina ainda tentamos fazer com que houvesse um escoamento cavando um buraco na parede, mas nos de-paramos com outra tromba d’água retornando. Foi uma noite de de-sespero. A defesa Civil veio no dia seguinte fez uma drenagem, mas só ficaram dois dias e foi embora”.

Receio – A proprietária do

sítio Pedacinho do Céu continua assustada e com medo de sair de casa para visitar os filhos que moram distante. “Além do pre-juízo nós ficamos impedidos de sair e viajar, com receio que uma nova chuva com essa dimensão ocorra e que, ao retornarmos não encontremos nada. A prefeitura tem que dar um jeito nisso”.

A água pluvial invadiu as residências no meio da noite

Praça do Botafogo ainda espera por reforma

Brinquedos quebrados, grades arrebentadas, mato alto, poças de água para prolifera-ção do mosquito da

dengue e traves enferrujadas. Esses são alguns dos problemas apontados por moradores do Bo-tafogo em relação à praça do bair-ro, que há tempos está abandona-da pelo poder público.

Com poucas opções de lazer, a população critica o estado de abandono da praça que se en-contra com os equipamentos enferrujados e em estado de de-gradação completa por falta de manutenção da prefeitura.

De acordo com os moradores, a prefeitura já prometeu por diver-sas vezes que enviaria uma equipe para fazer a reforma e manuten-ção do espaço. Mas, até agora, a comunidade não foi atendida pelo poder público. “A praça é um im-portante ponto de lazer do bair-

ro, mas está abandonada. Vários acidentes já aconteceram aqui, mas as autoridades nada fazem para melhorar a nossa qualidade de vida. As crianças não têm nem onde brincar direito”, reclamou uma moradora que brincava de bola com o neto na calçada.

Além dos problemas nos equi-pamentos, os moradores reclamam ainda do acúmulo de lixo no local, além das poças de água que se for-mam e que podem se tornar cria-douros do mosquito da dengue. “A praça tem um portão que deveria ser fechado em certo horário para evitar o vandalismo no local. Mas, o portão também está enferrujado e a tela de proteção toda furada, com pedaços de arame para fora, o que pode até causar acidentes”, fa-lou a moradora, pedindo um pouco de atenção da prefeitura. “Eles vêm aqui pedir nosso voto e na hora de melhorar nossa vida, eles se esque-cem da gente”, falou. Abandonada pelo Poder Público a praça está a mercê dos vândalos

Macaé/RJFevereiro de 2012 • 9

A cena é triste de ver. Uma grande estrutura que vi-rou um elefante branco. Pior ain-da, o prédio que

deveria ser utilizado para aten-der as mulheres de Macaé hoje é utilizado como ponto para o con-sumo de drogas e até prostitui-ção. De acordo com moradores da Barra e da Fronteira, o local está abandonado e virou uma ba-gunça total. “Há anos este prédio está em obras. Na última eleição, a prefeitura chegou a anunciar que ia inaugurar o hospital. Mas, logo depois abandonaram a obra de novo. Hoje, as pessoas têm até medo de passar por aqui de noite, já que o local virou ponto para o uso de drogas e prostituição”, fa-lou uma moradora que preferiu não se identificar.

De acordo com o projeto ori-ginal, o espaço, que começou a ser implantado no antigo prédio do Hospital do Sase, na Barra de Macaé, deveria ter sido entre-gue em 2006, mas a obra nunca foi concluída. “É triste ver nos-so dinheiro sendo jogado fora

dessa forma. Toda a estrutura já está pronta há anos, faltando a parte de acabamento. Por que nunca terminaram essa obra que seria de grande utilidade para os moradores, já que na UPA da Barra a gente não tem médico e os exames que nossas

crianças precisam”, questionou Ana Cristina Mello, moradora da Fronteira, criticando o esta-do de abandono do prédio.

Prometida para ser entregue à população em 2006, a inaugu-ração foi adiada por pelo menos cinco vezes até ser abandonada

por completo. Ao longo desse tempo, a unidade recebeu ape-nas intervenções estruturais, além da construção de salas anexas onde deveriam funcio-nar alas para recuperação dos recém-nascidos e de pré-parto, consultórios médicos e odonto-lógicos, setor de Raio-x, ambu-latório e enfermarias, que cor-responderam as execuções da primeira fase das obras.

O Hospital deveria oferecer exames como ultrassonogra-fia, mamografia, preventivo, acompanhamento do pré-natal e incentivo ao aleitamento ma-terno, além de procedimentos como laqueadura tubária, va-

sectomia, cirurgias ginecológi-cas de média complexidade.

Segundo moradores, que já re-clamaram diversas vezes do aban-dono do espaço, a prefeitura quer transformar o espaço em estacio-namento para o estádio Cláudio Moacyr. “Isso é uma brincadeira e desrespeito com o povo, pois já foi gasto um dinheirão para cons-truir esse prédio todo, que tinha que ser usado como espaço para cuidar da nossa saúde que está muito precária. Mas, ao invés disso, eles querem derrubar tudo para virar estacionamento. Isso é um absurdo. Estamos esquecidos mesmo, jogados a sorte”, criticou um morador.

Bairro

Prédio que deveria abrigar o Hospital da Mulher está completamente abandonado

Obra abandonada vira ponto para uso de drogas na Barra

10 • Macaé/RJFevereiro de 2012

Os últimos relatórios da ONU – Organi-zação das Nações Unidas apontam para a falta d’água

mundial. Os documentos reve-lam que haverá escassez da água potável em todo o mundo nas próximas décadas.

- O uso não sustentável da água pode levar o mundo a uma enorme crise de abaste-cimento já na próxima déca-da. Isso se deve ao consumo de água que aumentou em seis vezes nos últimos 70 anos e à utilização indiscriminada dos muitos aquíferos (gigantes-cos depósitos subterrâneos de água) para irrigação e abaste-cimento acima de sua capaci-

dade de reposição pelas águas das chuvas – diz o relatório.

O alerta da ONU é que a falta de água para consumo humano deve ser o principal problema ambiental do milênio. O traba-lho mostra que dos 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos de água, apenas 1% é de água potável. A água cobre 70% da superfície da terra, mas 97,4% da água exis-tente é salgada, 2,6% é doce, sendo 1,58% congelada nos pó-los e 0,59% subterrânea. O res-tante 0,03% encontra-se nos la-gos e nos rios.

A estatística mostra também que o Brasil detém 12% da água doce superficial do mundo, sen-do 70% da Bacia Amazônica e o restante distribuído desigual-

mente por toda a extensão ter-ritorial. Outro dado é que cerca de três bilhões de pessoas usam água contaminada e quase 80% das doenças estão relacionadas à contaminação e essas doenças respondem por no mínimo 25 milhões de mortes a cada ano.

O desmatamento desenfrea-

do que o homem vem fazendo há anos em suas florestas, reduzin-do os mananciais, a poluição dos rios pela indústria e ainda a falta absoluta de saneamento nas ci-dades são outros fatores respon-sáveis pela diminuição desse lí-quido imprescindível à vida.

Os economistas contemporâ-

neos preveem que a água será a moeda do futuro e que poderá até levar o planeta a uma gran-de guerra mundial, pois nos últimos 100 anos, a população triplicou enquanto o consumo da água cresceu seis vezes mais, sendo que a quantidade de água é a mesma há milhões de anos.

Sustentabilidade

Os moradores do En-genho da Praia ou Parque Lagomar reclamam que já não aguentam mais

pagar carros limpadores de fos-sas durante muitos anos. Tudo isso porque o bairro não possui saneamento básico.

A informação é que a prefeitu-ra disponibiliza os carros limpa-fossa quando alguém da comuni-dade pede, porém tem que haver muita insistência. De acordo com o professor Wanderson Rodrigues que mora no Engenho desde a sua infância, a vida inteira foi assim.

- A prefeitura até manda os carros limpa-fossa virem aqui, mas, depois de muita insistên-cia. Na maioria das vezes, se que-

remos sanear logo, acaba saindo do nosso bolso. Entra prefeito e sai prefeito e o saneamento não vem. O atual prefeito somente no seu segundo mandato iniciou uma obra de tratamento de esgo-to e vem proclamando que está concluindo a rede que começou em 2006. Isso é uma vergonha, saber que na Capital do Petró-leo não existe saúde preventi-va – sentenciou, completando que “agora, neste ano eleitoral, parece que vão dar um jeito na Estação de Tratamento de Esgo-to (ETE), construída por etapas e em “testes” desde setembro de 2011”, lamentou.

A obra que está sob a responsa-bilidade da Construtora Avenida, com a fiscalização da secretaria

de Obras Públicas (Semop) cus-tou aos cofres do município R$ 9 milhões e deveria tratar todo o es-goto dos moradores do Engenho e do Balneário Lagomar.

Outra antiga moradora do Engenho, disse que seus filhos vivem com diarréia, principal-mente quando chove e alaga seu quintal. “Acho que a água da chuva se mistura com a da fossa e acaba trazendo doença, pois logo depois eles apresentam uma diarréia. Tenho um filho que tá com problemas na pele e fazendo tratamento. Eu pergunto: quan-do será que teremos de verdade nosso bairro com saúde, pois há anos essa obra da estação de tra-tamento se arrasta e nada de sa-neamento” interrogou.

Engenho da Praia paga mais caro para ter saneamento

A construção da ETE se arrasta por quase um ano e ainda não está pronta

Falta d’água principal problema ambiental do milênio

Macaé/RJFevereiro de 2012 • 11Bairro

A escola de samba Aca-dêmicos do Lagomar já está esquentando os tamborins e vem com tudo para a Ci-

dade do Samba, no carnaval fora de época que acontece em Macaé, entre o próximo dia 29 e o dia 3 de março. Detentora da simpatia do público local, a escola este ano irá homenagear a escola de samba Império da Barra pelos anos de existência em Macaé e traz como tema “Que rei sou eu no castelo real da corte verde branco que faz seu carnaval”, com a participação de mais de 500 pessoas no desfile.

Segundo o presidente do Grê-mio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Lagomar, Ander-son Fernandes, a meta é disputar o troféu 2012 com garra e profis-sionalismo. “Os ritmistas e mestres de bateria entraram na cadencia do samba já em ritmo acelerado nos ensaios realizados aos sábados. O carnavalesco Cleber Braz está cui-dando do nosso desempenho esti-lizando as fantasias e mandando confeccioná-las no município do Rio de Janeiro”, revelou.

Ele explicou que os preparati-

vos para participar do desfile da cidade não param por aí. “Já co-meçamos a dar os retoques finais nos carros alegóricos e estamos preparando as alas de modo que possam arrasar na avenida, para a alegria dos foliões que partici-pam e o delírio da arquibancada que prestigia nossa escola. Esta-mos trabalhando 24 horas por dia para apresentar um Carnaval bonito para o público”, disse.

O espetáculo na avenida pro-mete – A escola de samba Acadê-micos do Lagomar, que ano pas-sado deteve a segunda colocação no grupo I e ascendeu para o gru-po especial deverá ser a última a desfilar este ano, com 13 alas e três carros alegóricos.

Conhecendo sua história - O Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Lagomar com sede administrativa e recre-ativa na Rua W 28 nº 09, no bair-ro Lagomar, foi fundado em 10 de Janeiro de 2005. As cores ofi-ciais da agremiação são o verde, branco. A tonalidade do pavilhão é nessas cores, levando o símbolo e nome da agremiação. O símbo-lo da escola é uma estrela.

Os promotores da escola de samba Acadêmicos do Lago-mar lançaram no último dia 12 (domingo), o primeiro boizi-nho do bairro. Trata-se do “Boi Catudão”, que abriu o carnaval popular da comunidade, sain-do da W 24 em direção à W 22 (praia), arrastando a popula-ção carnavalesca. Nessa mes-ma data, o Boi Lanterna Verde, foi lançado, pelo comunitário Thiago Silva, no Engenho da Praia contando com a partici-pação da garotada do bairro e de dezenas de jovens.

Lançamento de bois

Dia 1º/03 – Desfile de Bois Pintadinhos.Dia 02/03 – Desfile das Escolas do Grupo 1: G.R.E.S. Princesinha do Atlânti-co; G.R.E.S. Foliões das Malvinas; G.R.E.S. Acadêmicos da Aroeira; G.R.E.S. Império da Barra;G.R.E.S. Unidos dos Bairros e G.R.E.S. Castelo Imperial.Dia 03/03 – Desfile das Escolas do Grupo Especial: G.R.E.S. Unidos dos Estudantes; G.R.E.S. Pulo do Gato; G.R.E.S. Unidos da Vila; G.R.E.S. Arco Íris; G.R.E.S. União do Miramar e G.R.E.S. ACADÊMICOS DO LAGOMAR.

Veja a programação do carnaval fora de época, incluindo os bois pintadinhos e as escolas de samba, que acontecerá a partir das 20h na Cidade do Samba, na seguinte ordem:

Acadêmicos do Lagomar vem com tudo para avenida

Governo oferece testes rápidos de aids no carnaval

Rio de Janeiro - O governo vai oferecer testes rápidos de Aids durante o carnaval nas cidade onde ocorrem as principais fes-

tas no país. A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o lançamento da campanha do Carnaval contra a Aids, que este ano vai priorizar os jovens gays de 15 a 24 anos.

Os testes rápidos, batizados de “Fi-que Sabendo”, fornecem os resultados em até 20 minutos. “O teste rápido é quase imediato. Demora de 15 a 20 mi-nutos. Faz o teste e recebe orientação de

profissionais de saúde”, disse Padilha.Em Salvador, Olinda e Recife, haverá

locais de testes em pontos estratégicos. Durante o carnaval serão distribuídos 70 milhões de preservativos aos estados. Dados do ministério indicam que a con-taminação por aids caiu 20,1% entre os jovens heterossexuais de 15 a 24 anos, entre 1998 e 2010, mas aumentou 10,1% entre gays na mesma faixa etária. O conceito da campanha será “Na em-polgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua”.

Gays substituídos em vídeo - O Mi-

nistério da Saúde apresentou novo vídeo dirigido ao público jovem gay, que subs-tituiu o filmete vetado na semana passa-da, onde havia dois rapazes numa boate com cenas de relação homossexual. O novo filme, mais burocrático e cheio de números do Boletim Epidemiológico da Aids, traz dois locutores (um homem e uma mulher) apresentando dados sobre a infecção entre jovens homossexuais.

A trapalhada do Ministério da Saú-de para explicar a substituição súbita do vídeo da campanha de prevenção ao HIV no Carnaval já deu muito que falar.

No comercial, que chegou a ser dispo-nibilizado no site do MS, um casal sem preservativos se conhece numa festa e é surpreendido por uma fada com camisinhas. Especula-se que a própria presidente Dilma Rousseff (PT) pediu uma propaganda mais sóbria para evi-tar possíveis críticas, como aconteceu na ocasião do famoso “kit-gay”.

Com uma chuva de dados estatís-ticos, a versão definitiva da campanha de prevenção ao HIV foi criticada por publicitários e apontada como uma das piores do gênero.

A prioridade de campanha deste ano serão jovens gays de 15 a 24 anos

12 • Macaé/RJFevereiro de 2012

Nos Bastidores... Maria [email protected]

Tudo é uma questão de bom senso. Se o projeto de revitalização da orla de Imbetiba (Planejan-

do Macaé) executado pelo muni-cípio com investimentos de mais de R$ 17 milhões tivesse ouvido a comunidade antes de começar, talvez a polêmica registrada no começo de janeiro que coletou mais de mil assinaturas de pes-soas contrárias ao corte das ár-

vores não acontecesse. O poder público tem que entender que as amendoeiras, sendo exóticas ou não mantêm a qualidade dos corpos hídricos, do ar, do solo, proporcionando um meio am-biente sustentável e que, quem mais promove o desequilíbrio é o homem... A diferença entre as árvores exóticas e nativas está principalmente, no seu nasci-mento. Uma espécie que é nativa

da Austrália é considerada exó-tica no Brasil e vice-versa. Por outro lado, para se promover um novo paisagismo deve-se levar em conta a cultura e respeitar a tradição local. Os promotores das mudanças deveriam enten-der que o macaense frequenta-dor da Praia de Imbetiba cresceu à sombra daquelas 36 amendo-eiras e que, a fotografia do local está na mente e no coração de todos. Temos que preservar a memória do povo... Quanto ao rebaixamento da muralha, va-mos torcer para que o mar no período de ressaca não avance, ultrapassando-a e vindo alagar as ruas do bairro... E ainda tem secretário municipal fazendo oba, oba, mostrando documen-tos, mas dizendo que a manifes-tação dos moradores pode ter mais força do que a motosserra que está derrubando as amendo-eiras... De que lado ele está?

Exóticas ou não, as árvores são árvores!

É crime eleitoral...Tramita na Câmara dos Deputa-

dos em regime de prioridade, um projeto de lei determinando

que a propaganda eleitoral tenha advertência sobre compra de votos, utilizando frases definidas pelo Tribu-nal Superior Eleitoral. A proposta (PL 2377/11), do deputado Dr. Aluízio (PV-RJ), prevê que a partir deste ano, pôsteres, painéis, cartazes, santinhos e a propaganda política veiculada em jornais e revistas conterão a adver-tência de forma legível e ostensiva-mente destacada. O aviso - escrito ou falado - será sempre precedido da in-formação “É crime eleitoral”. No caso

do horário eleitoral gratuito veiculado em rádio e na televisão, o aviso virá ao final do programa. Segundo o propo-nente, “é conhecido de todos o mau uso do processo político por candida-tos e partidos que abusam da compra de votos. Neste sentido, o projeto pretende fazer com que as estruturas que incidem diretamente no proces-so eleitoral possam educar o povo brasileiro para a cidadania”. Após a análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, cabe ao plenário dar o veredicto final... Nosso respeito por quem luta pela moraliza-ção política neste país!...

Perguntar, não ofende!Em nossa primeira edição, di-

vulgamos uma carta aberta dirigida ao prefeito da cidade

com questionamentos naturais de 10 famílias (cerca de 50 pessoas) que se sentiam ameaçadas de des-pejo de suas próprias casas em fun-ção do projeto de revitalização da antiga Lagoa dos Patos. Localizado no prolongamento da W 18, o atual brejo, segundo informações, irá servir como base de contenção das águas pluviais de todo o bairro Lagomar. O que a comunidade quer saber de fato

é o seguinte: 1. O projeto prevê desa-propriação a bem público e inclui in-denização justa aos respectivos pro-prietários ou outras habitações para morar? 2. Por que serão retiradas somente 10 casas da W 18 e conser-vadas outras da Travessa lateral, que circundam a antiga lagoa? 3. Depois de receber toda a água pluvial a lagoa ativa não irá correr o risco de trans-bordar?... É que as chuvas já fizeram transtorno na W 18 com a W 20, en-chendo várias casas!... Perguntar, não ofende...

O Corpo de Bombeiros da Região dos Lagos reforçou o efetivo nas praias de Cabo Frio. Cer-

ca de 50 salva vidas a mais durante o verão (até o fim de março) para ga-rantir a segurança dos banhistas e assegurar as férias da criançada na orla cabo-friense. Enquanto isso, as praias de Macaé contam com poucos guarda vidas, isso porque o efetivo lo-cal não dispõe de postos para abrigá-los e de equipamentos necessários ao salvamento, ficando sem condições de trabalho. Pelo que se sabe isso é falta de política pública e de entendi-mento entre os governos municipal e estadual (Ué, eles não são do mesmo partido?)... Bem que a prefeitura po-

deria construir postos nos Cavaleiros, na Praia Campista, no bar do Côco e no Balneário Lagomar para garantir sempre o verão dos banhistas. Olha que o início do ano registrou na praia dos cavaleiros alguns afogamentos sem morte, felizmente! Com as praias

cheias é preciso reforço e vigilância re-dobrada... Mas, viva os guarda-vidas dos “botinhos” que além de exigirem disciplina das crianças, deram conta do recado ensinando os golfinhos, os moby dick e os tubarões a sobrevive-rem nas águas!...

Faltam salva vidas nas praias macaenses Lagomar ganha um centro social

Vem aí um centro social que vai dar o que falar. Com funções de um poder público, mas, sendo

criado e construído pela iniciativa privada, o Centro Social do Lagomar (CSL), localizado na avenida W 5 es-quina com a W 24, será inaugurado no próximo dia 10. O CSL traz uma proposta de apoio às famílias, quan-to à qualificação para o mercado de trabalho, futura creche e formação de cooperativas, entre outros. O mais importante é que irá contar com a

mão de obra local como voluntaria-do. Após a inauguração, o CSL vai oferecer cursos de pintura industrial (teoria e prática), arte do grafite e cavaquinho. A novidade será a oficina de teatro sendo ministrada pelo ator Vinicius Azevedo que já trabalhou na Rede Globo, atuando nas novelas “O cravo e a rosa” e “Malhação”, e ou-tras. Nosso aplauso ao empresário Thiago Silva, do supermercado Ma-caé pela iniciativa social em benefício da população do Lagomar!...

No fechamento da edição do Jornal Macaé Tem Jeito a re-dação recebeu uma informa-

ção (fonte fidedigna) de que a água prometida para o bairro Lagomar

só irá chegar até a UPA, para que seja inaugurada e que o resto do bairro vai ficar mesmo sem água potável... Olha o povo aumenta, mas, não inventa!... Vai ver que no

palanque eles vão prometer que a água da Cedae irá chegar até o fim do ano... Vamos ficar de alerta, pois vão querer enganar mais uma vez... Estamos de olho!...