Machado De Assis

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BIOGRAFIA

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O Machadããao tem o seu slidee!! Dança Machadãão

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BIOGRAFIA

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Nascido pobre no Rio, em 1839, filho de um operário mestiço e de uma lavadeira açoriana - Assim começa a história da vida de Machado de Assis, um dos mais elogiados escritores brasileiros e que, neste ano, tem suas obras revisitadas por conta dos centenários de sua morte. Durante a infância, enfrentou logo cedo a morte da mãe e da única irmã.

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Morou com o pai e a madrasta no bairro de São Cristóvão, onde começou a trabalhar de vendedor de doces a auxiliar o culto de igreja. Machado pouco freqüentou a escola.

Bairro de São Cristóvão, lugar onde morou Machado de Assis.

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Empenhado em aprender, ele contou também com o amparo da madrinha abastada, que havia abrigado sua família na chácara onde o menino nasceu, no morro do livramento.

Morro do Livramento

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Foi assistente de Paula Brito, editora e livraria de grande prestígio, e muito freqüentada pelos escritores e jornalistas da época, foi lá que ele publicou o primeiro poema, intitulado "ela", em 1885, no jornal do grupo, chamado A Marmota. Seu primeiro emprego formal, no entanto, foi como aprendiz de tipógrafo da então Tipografia Nacional (hoje Imprensa Nacional), entre 1856 e 1858.

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“Um dos cenários de Dom Casmurro. Bentinho, protagonista e narrador, lembra a rua que abrigou casa em que passou a infância”

“Um dia, há bastante anos, lembrou-me reproduzir no engenho Novo a casa em que me criei na antiga Rua de Matacavalos, dando-lhe o mesmo aspecto e economia daquela outra, que desapareceu”.

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No conto “A Cartomante”, ali se dá o encontro entre os protagonistas Rita e Camilo;

“A casa do encontro era na antiga Rua dos Barbonos, onde morava um comprovinciana de Rita. Esta desceu pela Rua das Mangueiras, na direção de botafogo, onde residia Camilo desceu pela Guarda Velha, olhando de passagem para a casa da cartomante”.

No conto “pai contra mãe”, do livro relíquias da Casa Velha, Tia Mônica se propõe a levar o filho de Clara e Cândido Mendes à Roda dos Enjeitados, pois não tem condições de sustentá-lo: “A alegria do pai foi enorme, e a tristeza também. Tia Mônica insistiu em dar a criança à Roda. ‘Se você não a quer levar, deixe isso comigo; eu vou a rua dos Barbonos” .

“Quanto mais andava aquela Rua dos Barbonos, mais me aterrava e ideia de chegar a casa, de entrar, de ouvir os prantos, de ver um corpo defunto”...

Ao ser informado da mote da sua mãe, Bentinho, de Dom Casmurro, fica com a mente confusa no caminho do seminário ate sua casa.

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Ao descrever a personalidade de Tio Cosme, parente de Bentinho, de Dom Casmurro, o narrador cita a localização do escritório de advocacia do parente. Formado para as serenas funções do capitalismo, Tio Cosme não enriquecia no fórum. Tinha o escritório na antiga Rua da Violas.

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Em Dom Casmurro, Escobar aceita jantar na casa de Bentinho depois precisa se encontrar com o correspondente do pai Rio de Janeiro. É a primeira vez que Capitu vê o amigo de Bentinho.

“Disse-me que o armazém do correspondente era na Rua dos Pescadores, e ficava aberto até as nove horas: ele é que se não queria demorar fora”

No conto “Quem conta um Conto”, Luis da Costa é obrigado a ficar no escritório de Pires, que, segundo Costa, havia inventado a história-que ele repetira - sobre a fuga da sobrinha com um desconhecido:”-Não há mais, nem menos. Venha comigo; porque é necessário desligar um negócio hoje mesmo.Sabe onde mora esse ta de Pires – Mora na Praia Grande, mas tem escritório na Rua dos Pescadores”.

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Durante 40 anos Machado escreveu suas crônicas. Utilizando-se de histórias do dia-a-dia, o escritor ia refletindo sobre a história que se desenhava a sua volta.

Machado denunciou a escravidão, não se utilizando do emocionalismo que caracterizava as manifestações abolicionista, mas a analise, a reflexão, demolindo a idéia (muito comum na época) da “bondade dos brancos” ao libertar os negros.

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Em 13 de maio de 1888 foi assinada a Lei Áurea. No dia 19 do mesmo mês, Machado de Assis publicou uma crônica sobre o assunto, ironizando a “bondade dos brancos”.

Durante muito tempo ele se recordaria daquele domingo de muito sol, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no país.

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A Lei dos Sexagenários foi criada no dia 28 de setembro de 1885 e garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.

Mesmo tendo pouco efeito prático, pois libertava somente escravos que, por sua idade, eram menos valorizados, houve grande resistência por parte dos senhores de escravos e de seus representantes na Assembléia Nacional.

A pressão sobre o Parlamento se intensificou a partir de sua proposta, em 1884. Ao Projeto, vindo do liberal ministério Sousa Dantas, os escravocratas reagiram com tanto rigor, que a lei só foi aprovada em 1885, após aumentar o limite de idade do cativo de 60 para 65 anos. A maioria dos sexagenários estavam localizados nas províncias cafeeiras, o que explica a resistência na Câmara e no Senado.

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Todo saíram à rua para comemorar, até ele, “o mais encolhido dos caramujos”. Para um caramujo, até que Machado foi ousado: desfilou em carruagem aberta! Mas a ocasião merecia. “Naquele dia tudo era felicidade, tudo era delírio”. Dede cedo mais de cinco mil pessoas aguardavam a votação da lei no prédio do senado. Acompanharam a sessão com salvas de palmas, viva, saudações, chuva de flores e revoadas de pássaros.

Famílias inteiras choravam de alegria. Inimigos da véspera abraçavam-se. Um dos principais motivos de Machado de Assis pela escravidão era seu olhar de jornalista, pois estava ligado às transformações políticas e sociais de seu tempo. Mas o escritor fazia mais que apenas observar os debates sobre o fim do regime escravista. Machado de Assis deixou uma visão irônica, pessimista e perspicaz da vida carioca no fim do império e o começo da republica.

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o Rio era uma cidade pobre, mais enfeitada. Provinciana mas pretensiosa.

Vista de cima, a cidade de Machado de Assis continua tão linda quanto era na época dele, no século XIX.

Mas naqueles tempos as ruas fediam. Havia assaltos à Mão armada com navalha, os escravos eram maltratados por seus donos e mais de 85% da população eram analfabetos. O Rio de Janeiro que aparece nos romances, nos contos, nas crônicas e na poesia de Machado de Assis está longe de ser um Rio idealizado.