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A N E X OC R I T R I O S

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D E C L A S S I F I C A O V I S U A L P A R A U S O S E S T R U T U R A I S

A madeira um material renovvel que apresenta importantes variaes nas suas propriedades em funo da espcie de madeira, da gentica e das condies de crescimento. Estas propriedades no variam unicamente entre rvores, mas variam tambm dentro de uma mesma rvore, podendo encontrar-se importantes variaes tanto na direco transversal como ao longo do eixo do tronco. Alm disso, a orientao de serrao influencia de forma notvel as propriedades do produto. Devido a esta variabilidade na madeira, que afecta as suas propriedades mecnicas, necessrio efectuar uma classificao que permita conferir a cada pea valores caractersticos de resistncia, em funo das suas propriedades. Desta forma, possvel dispor de um material normalizado em termos de resistncia, dimenso (largura, espessura e comprimento), caractersticas fsicas (teor de humidade, densidade) e atributos estticos (ns, descaios, alteraes biolgicas). Alm disso, necessrio que estes produtos disponham da marcao CE de conformidade. Existem dois sistemas de classificao estrutural da madeira serrada: - Classificao visual. - Classificao mecnica. No caso de utilizar sistemas de classificao visual, a atribuio de qualidades e de classes resistentes realiza-se de acordo com o seguinte procedimento:Procedimentos de clasificao visual estrutural e atribuio de classes resistentesProcedncia da madeira Espcie de madeira Norma de clasificao visual de madeira estrutural Atribuio de classes de qualidade madeira Aquitnia Pinus pinaster NF B 52-001 Galiza Pinus pinaster UNE 56544 Portugal Pinus pinaster NP 4305

Classificao visual de madeira estrutural de Pinus pinaster em Espanha

A norma UNE 56544:2003 Classificao visual da madeira serrada de uso estrutural estabelece uma metodologia de medio e de avaliao de defeitos, classificando a madeira em duas qualidades (ME-1 e ME-2). A norma permite classificar a madeira em estado verde ou seco, segundo os seguintes critrios: - Madeira hmida: quando a humidade mdia superior a 20% (25% para peas com uma seco superior a 200 cm2). A madeira marcada como WET GRADED. - Madeira seca: quando a humidade mdia for inferior ou igual a 20% (25% para peas de seco superior a 200 cm2), sem que nenhuma leitura individual exceda os 24 % (29% para peas de seco superior a 200 cm2). A madeira marca-se como DRY GRADED. A convenincia de estabelecer claramente a humidade da madeira devida s seguintes razes: - Na madeira classificada hmida (WET GRADED) podem produzir-se (posteriormente sua classificao) fendas, deformaes e alteraes dimensionais que apareceram gradualmente durante o processo de secagem. Dever ter-se em conta que esta madeira no incorporou nem as especificaes por fendas, nem as exigncias de deformao mxima. Pelo contrrio, na madeira seca (DRY GRADED), considerou-se a avaliao das fendas, deformaes e densidade. - Devido a que as especificaes por tamanho das fendas se referem a um teor de humidade mximo de 20%, uma madeira com teor de humidade inferior a este valor poder apresentar fendas de tamanho ligeiramente superior ao especificado, sem que por isso deva ser considerada de qualidade inferior.

ST-I ST-II ST-III ST-II ST-III C24 C18

ME-1 ME-2

E

Atribuio de classes de resistncia Norma EN 1912

ME-1 ME-2

C24 C18

E

C18

226 aplicaes indutriais do pinheiro bravo

- Para evitar que o comprador de madeira hmida tenha grandes perdas por deformaes excessivas, a norma estabelece uma forma indirecta de as limitar na primeira qualidade (ME-1). Para o efeito, aplicam-se especificaes por tamanho mximo do anel de crescimento, com o que se limita a quantidade de madeira juvenil presente nas peas, causa principal de grande parte das deformaes produzidas durante a secagem.

QualidadeEspecificaes dos ns

ME-1

ME-2

Especificaes da largura mxima de anel Especificaes das fendas Especificaes dos descaios Especificaes da inclinao do fio

Especificaes de outras singularidades

Dimenses e tolerncias Deformaes mximas (no consideradas quando se comercializa em hmido e referentes a 20% de teor de humidade)

Ns na face d < 1/5 de h d 1/2 de h Ns no canto d 1/2 de b e d 30 mm d 2/3 de b * Para seces cuja relao h/b 1,5, as quatro superfcies sejam consideradas como faces. Os ns com dimetro menor ou igual a 10 mm podem desvalorizar-se excepto nos ns repassados. Largura mxima do anel 8 mm Sem limitao (s se for classificada em verde) Fendas de secagem (profundidade) 2/5 de b 3/5 de b Fendas interna, radial e fenda anelar No admissvel No admissvel * Para seces cuja relao h/b 1,5, as quatro superfcies sejam consideradas como faces. Descaios Comprimento 1/4 de L Comprimento 1/3 de L Largura G 1/4 Largura G 1/3 Inclinao do fio 1:10 1:6 Bolsas de resina e casca inclusa Admissvel se o seu comprimento for inferior a 80 mm. Madeira de compresso Admissvel em 1/5 da seco Admissvel em 2/5 da ou a superfcie da pea. seco ou a superficie da pea Admissvel se for classificada em seco Admissvel Medula No admissvel se for classificada em hmido Visco (Viscum album) No admissvel Azulado Admissvel Podrido No admissvel Galerias de insectos xilfagos No admissvel Segundo especificaes da Norma UNE-EN 336 Empeno de face 10 mm 20 mm(para uma comprimento de 2 m) (para uma comprimento de 2 m)

Empeno de canto Empeno Meia-cana ou empeno em hlice

8 mm(para uma comprimento de 2 m)

12 mm(para uma comprimento de 2 m)

1 mm (por cada 25 mm de h) 1/25 de h

2 mm (por cada 25 mm de h) 1/25 de h

* Para seces cuja relao h/b 1,5, as quatro superfcies sero consideradas como faces.

A N E X O

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Normas de classificao visual de madeira estrutural de Pinus pinaster em Frana

A norma de classificao visual da madeira serrada para uso estrutural NF B 52001 estabelece trs qualidades de madeira (ST I, ST II e ST III). A norma NF B 52001 inclui as principais espcies de resinosas e folhosas utilizadas em estruturas, incluindo o pinho martimo. De seguida, apresentam-se os parmetros e singularidades utilizados na atribuio de qualidades visuais para pinho martimo.

Sistema de medio da largura dos anis

Sistema de medio dos ns

Critrio

Clasee de qualidade

ST ILargura dos anis de crescimento (mm) Dimetro dos ns Ns na face Ns no canto Fendas Repassados No repassados Grossura das bolsas de resina Casca inclusa Inclinao do fio Local Geral Descaios Comprimento Largura Alteraes biolgicas Azulado e marcas de visco Picaduras negras Podrido Deformaes mximas em mm (para uma comprimento de 2 m) Flecha de face (mm) Flecha de canto (mm) Empeno Empeno em hlice 6 1/10 de l e 15 mm 1/3 de e e 15 mm

ST II8 1/3 de l e 50 mm 1/2 de e e 30 mm

ST III 10 2/3 de l e 100 mm 1/2 de e e 30 mm Comprimento 600 mm Sem limitao l = largura da pea e = espessura da pea O comprimento das fendas influenciado pela humidade e como consequncia, os valores limites dados pela tabela s so aplicveis no momento da classificao

Comprimento duas vezes a largura da pea Comprimento metade da largura da pea No admissvel Admissvel se < 80 mm No admissvel 1:10 1:14 No admissvel

1:4 1:6 < 1/3 do comprimento da pea e < 100 cm < 1/3 da espessura da pea Admissvel Admissveis se aparecem s sobre uma face No admissvel < 10