Maestro Alves Rossatto -...

24
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES, 02 DE OUTUBRO DE 2014 | EDIÇÃO 160 “Se faltasse a música, eu não saberia o que fazer. A música é o melhor remédio para o meu corpo e minha alma”. Maestro Alves Rossatto

Transcript of Maestro Alves Rossatto -...

Page 1: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

DIS

TRIB

UIÇ

ÃO

GRA

TUIT

ABE

NTO

GO

NÇA

LVES

, 02

DE

OU

TUBR

O D

E 20

14 | E

DIÇ

ÃO 1

60“Se faltasse a música, eu não

saberia o que fazer. A música é o melhor remédio para o meu

corpo e minha alma”.

Maestro Alves Rossatto

Page 2: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

Por Kátia Bortolini e Janete Nodari

Música, Maestro!!!E lá vem A Furiosa...

Kátia Bortolini

Maestro Alves Rossatto

“Agora, graças ao secretário municipal

de Cultura, Jovino Nolasco de Souza, retornamos com mais saúde, mais

convivência. Voltamos com o nome de ‘Banda

Municipal A Furiosa’. Era um nome que

estava no meu coração”.

Integração da Serra - As bandas sempre fizeram parte da cultura local?

Rossatto - Sim. A última banda municipal, que ficou “na geladeira” de 2006 a 2013, iniciou em 1961. Mas, a primeira banda de música foi forma-da, em Bento Gonçalves, há mais de 130 anos. Era a Banda Giuseppe Ver-di, composta por músicos oriundos de províncias italianas. Parava uma, assumia outra. É uma história, uma tradição.

Integração da Serra - Houve pe-ríodos em que o senhor regeu mais de uma banda?

Rossatto - Dos anos 60 até início dos 70, cheguei a reger quatro ban-das ao mesmo tempo: Bentalves, do Barracão, Santa Cecília, a Marialves, de Pinto Bandeira, e quando faleceu o maestro Noé Ponticelli, eu assumi também a banda Araújo Vianna, co-nhecida na cidade como “A Furiosa”. Sem ganhar nada. Na época, ajudei a fundar, era sócio e trabalhava como

Banda Municipal “A Furiosa”, está de novo na ati-va, alegrando com suas interpretações de clássi-cos, programações de eventos promovidos pela

prefeitura e por paróquias, entre outras instituições. Na Semana de Bento, de 6 a 12 de outubro, a banda fará quatro apresentações. “A Furiosa”, um dos símbolos cul-turais de Bento Gonçalves é regida pelo maestro Alves José Rossatto, de 75 anos, que nasceu na Linha Eulália e ainda criança foi morar em Faria Lemos. O maestro, como Rossatto é conhecido na cidade, toca trompete e cria ar-ranjos, músicas e partituras. Ao longo de sua trajetória, recebeu várias homenagens, entre elas, a Honra ao Méri-to do Conselho Federal da Ordem dos Músicos do Brasil, em Brasília e a da Ordem dos Músicos Regional, no ano de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência.

Casado com Sueli Maria de Deus Rossatto. Pai de Ma-ria da Graça, Mara, Márcia, Márcio e Marília.

Em meio a troféus, medalhas, honras ao mérito, reco-nhecimentos, fotos e história da música de Bento Gon-çalves e região, no Memorial da Banda, que está mon-tando, no Barracão, Rossatto recebeu a reportagem do Jornal Integração da Serra para a seguinte entrevista.

motorista na Empresa de Transportes Santo Antônio. Meu sustento vinha daí, mas estava difícil de conciliar. Ia desistir das bandas. Quando comu-niquei a decisão aos Presidentes das três bandas oficializadas, eles foram ao então prefeito Sady Fialho Fagun-des solicitar ajuda para me manter na função. Em seguida, Fialho Fagun-des, ofereceu um cargo em confiança para continuar nas regências. Aceitei. Troquei a empresa pela música. Em 1972, na primeira gestão de Darcy Pozza, foi destinada uma sala na pre-feitura para a Banda Municipal. De lá até o início da administração de 2006, os Prefeitos que se sucederam mantiveram o cargo e o espaço.

Integração da Serra - Em 2006, o que foi alegado para a retirada do espaço e da renumeração do senhor, como cargo de confiança?

Rossatto - Não alegaram nada, simplesmente comunicaram que eu não era mais um CC e pediram a sala.

Eu também regia a Banda Marialves de Pinto Bandeira. Era engraçado, porque, em alguns eventos promovi-dos pelas administrações municipais, nesses dois mandados que a banda municipal ficou inativa, chamavam a de Pinto Bandeira. Agora, graças ao secretário municipal de Cultura, Jo-vino Nolasco de Souza, retornamos com mais saúde, mais convivência. Voltamos com o nome de “Banda Mu-nicipal A Furiosa”. Era um nome que estava no meu coração. Atualmente, além da regência da banda munici-pal, estou dando aulas na Fundação Casa das Artes. É um privilégio dar aulas. Tenho vários alunos, inclusive, meninas. Estou muito bem. O perdão me fez bem.

Integração da Serra - O senhor começou a tocar com que idade e que instrumento?

Rossatto - Aos 7 anos, tocando gaita. Estudei por conta própria até a época em que servi o Exército, onde

Page 3: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

obtive vaga para frequentar aulas de arranjo e regência na Escola Militar de São Leopoldo. Na época, também estudei em Bento, com os maestros Alfredo Fritolli e Nóe Ponticelli, já fa-lecidos, aos quais sou muito grato. Estudei ainda através de métodos.

Integração da Serra - Que instru-mento musical o senhor toca?

Rossatto - Trompete.

Integração da Serra - Quantos músicos formam A Furiosa e que músi-cas a banda interpreta?

Rossatto - São 20 músicos, to-cam saxofone alto, saxofone tenor, trompete, trombone, contracanto, rit-mo, bateria... talentos anônimos que atuam por amor à música. A banda é bem popular. É do povão, como se diz. Interpretamos músicas em geral.

Integração da Serra - O senhor tem composições próprias?

Rossatto - Algumas. Na vinda do presidente Ernesto Geisel a Bento Gonçalves, na década de 70, compus o dobrado “Presidente Geisel”. Quan-do nos apresentamos para o presi-dente Geisel, ele se emocionou e me abraçou. Ele autografou a partitura, que foi escolhida para um festival de bandas. No enterro do “Nonno Maso” todos se emocionaram, quan-

do a banda interpretou “ Silêncio”. Eu chorei também. Pensei que não era o suficiente para ele: criei o “dobrado Nonno Maso”.

Integração da Serra - O que é do-brado?

Rossatto - O dobrado é uma mú-

sica com vários fortes, com vários rit-mos e divergências.

Integração da Serra - Perspecti-vas para o próximo ano?

Rossatto - Esperamos sempre o melhor. E o melhor é o incentivo à cultura. Valorizar mais a música, a

arte. Todos os músicos trabalham por amor à arte, por isso sempre há muita rotatividade na formação da banda municipal. As moças saem para casar ou fazer faculdade. E o maestro o que faz? Tem que sempre renovar a ban-da. Desde 1976, venho renovando a banda.

Integração da Serra - Agora, o se-nhor montou um estúdio nas proximi-dades de sua casa, no Barracão. Melhor nele ou na sala que o senhor dispunha, na prefeitura?

Rossatto - Hoje, aqui, na minha sala, tenho tudo o que preciso: es-paço, silêncio, inspiração e concen-tração. Mas, vou muito para a cidade também: para a natação, recomenda-ção médica.

Integração da Serra - O que é a música para o senhor?

Rossatto - Se faltasse a música, eu não saberia o que fazer. A música é o melhor remédio para o meu cor-po e alma.

Integração da Serra - Valeu a pena?

Rossatto - Valeu muito. Desisti da empresa, mas tenho a música no coração.

“Na vinda do presidente Ernesto

Geisel a Bento Gonçalves, na década de 70,

compus o dobrado ‘Presidente Geisel’...

Ele autografou a partitura, que foi

escolhida para um festival de bandas”.

Janete Nodari

Arq

uivo

Pes

soal

Maestro Alves Rossatto regendo quatrocentos músicos em 1986, na cidade de Concórdia (SC)

Page 4: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com
Page 5: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

DistribuiçãoGRATUITA ANO 13 | Nº 160 | OUTUBRO 2014 | www.integracaodaserra.com.br

Editorial

Tudo de bom

Página 07

Espaços ao ar livre maisprocurados pela população

Musishow promete agitarcenário musical de Bento

Página 04 - Mosaico

“Bebida é água / Comida é pasto / Você tem sede de quê? / Você tem fome de quê? / A gente não quer só comida / A gente quer comida / Di-versão e arte.” Os versos da banda Titãs, lançados em 1987, continuam atuais. Por essas paragens, podemos dizer que, nesse mês de outubro, es-taremos bem servidos de cultura e arte.

É tudo de bom, o Bento em Dan-ça e o Congresso Brasileiro de Poesia, no centro da cidade, ou em horários diferenciados, nos palcos do Parque de Eventos e Casa das Artes. Confira

a programação no caderno Mosaico.Em se tratando de apoio à cultu-

ra o Instituto Tarcísio Michelon traz a Bento, a terceira edição do Simpósio Internacional de Escultores, ao ar li-vre, no Parque de Eventos.

Acompanhe, também, nesta edi-ção, as comemorações dos 124 anos do município. Entre o brilho de jane-las verticalizadas, confira os pontos positivos das áreas de lazer da cida-de. Parabéns, Bento! Abrigas o belo e o bom. És a terra do vinho, dos sucos, das uvas, dos móveis, das crianças e da cultura.

Página 03

Dia da Criança Y

Page 6: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

02 Jornal Integração da Serra | 02 de outubro de 2014Opinião

Os artigos publicados com assinatura são

de inteira responsabilidade do autor e

não traduzem, necessariamente, a opinião

do Jornal. Suas publicações obedecem ao

propósito de refletir as diversas tendências

e estimular o debate dos problemas de

interesse da sociedade. Por razões de clareza

ou espaço, os e-mails poderão ser publicados

resumidamente.

Editor de Fotografia: André Pellizzari

Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Cristiane Grohe Genrich Arroyo, Ernani Cousandier, Paulo Capoani, Rogério Gava, Sinval Gatto Jr, Thompsson Didoné

Endereço: Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS

Fone: (54) 3454.2018 / 3451.2500

E-mails: [email protected] [email protected]

Site: www.integracaodaserra.com.br Filiado à ADJORI.

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves,Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.Propriedade: Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Redação/Revisão: Janete Nodari e Carlos GeovaneÁrea Comercial: Moacyr RigattiAdministrativo: Aline Festa

EXPE

DIE

NTE

Roupa certa para a ocasião

O

KátiaBortolini

[email protected]

Espaço do LeitorQuero agradecer pela belíssima reportagem sobre o Movimento O Sul é o Meu País. (Revolução Farroupilha e outros movimentos separatistas - Ed. 159)Anidria Rocha

Janete querida! Obrigada pela reportagem. Está linda! Os jornais foram tam-bém para a Alemanha e Santa Catarina. (Ed. 159)Elisa e Darcy Luzzatto

utubro é um mês de efer-vescência cultural em Ben-to Gonçalves. Neste mês, a

exemplo de igual período em anos anteriores, a cidade é palco de even-tos como o Bento em Dança, Semana de Bento, Semana da Música e Con-gresso Brasileiro de Poesia, entre ou-tros de cunho artístico. A propagação e florescimento da árvore primavera em vários pontos das zonas urbana e rural do município e as várias apre-sentações artísticas, muitas delas ao ar livre ou em espaços públicos, im-primem um ar mais feliz e jovial à tra-dicional Bento Gonçalves. É a leveza

das artes ocasionando a leveza do ser. A nós, cabe aproveitar as apre-

sentações artísticas, as interações dos poetas, o ar e o visual primaveril, para alegrar o espírito e renovar a mente. É uma boa pausa para respirar, até porque depois vem novembro e de-zembro, com aquela correria típica desses dois meses, nos quais parece que todo mundo enlouquece que-rendo “por a casa em ordem” antes do

final do ano. Como nem tudo são flores, neste

mês de outubro acontece o primeiro turno das eleições. Ir até a sessão elei-toral, obrigada, por força de lei, é uma espinhosa missão mediante o cenário político brasileiro. Mas, de uma coisa tenho certeza. As mulheres ainda vão dominar o mundo. Ainda não domi-naram, porque não escolheram a rou-pa certa para a ocasião.

Foto da Redação

À espera das tardes mais longas do horário de verão

Page 7: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

Dia da Criança 0302 de outubro de 2014 | Jornal Integração da Serra

Para este Dia das Crianças, em 12 de outubro, muitas estão pedin-do de presente celulares, ipad e smartphone, entre outros equipa-mentos eletrônicos. Para a psicóloga cognitivo comportamental, Viviane Zini, isso reflete o perfil dessa gera-ção Y, denominada assim por estar vivenciando o avanço tecnológico. “É uma geração conectada full time,” acentua ela. Ela acrescenta que essa é uma geração considerada imedia-tista. “São crianças e jovens inquietos, criativos e pouco tolerantes a frustra-ções,” explica. “Eles consomem, na-moram, conversam, aprendem e se divertem através de ferramentas que a tecnologia oferece”, acrescenta. Diz também que a presença física não garante mais a in-teração entre as pessoas. “Em even-tos sociais, o que se observa é que as pessoas estão sem-pre acompanhadas de seu smartphone, postando fotos, cur-tindo comentários, sites, “conversando” com amigos mas, to-talmente sozinhas. Ou seja, as relações tornam-se de certa forma, dispensáveis”,

A loja Nelsy brinda, no próximo dia 11, sábado, o seu 37º aniversário. Para comemorar a data, a loja estará com promoções e descontos. Além dis-so, a partir das 14 horas, haverá distribuição de balões e brincadeiras, como cama elástica e piscina de bolinhas para a criançada. A Loja Nelsy está loca-lizada na rua Caxias do Sul, 521, bairro Glória, Bento Gonçalves.

O dia da criança da Geração Yobserva a psicóloga.

Na vida profissional, ela ressalta que a geração Y apresenta currícu-lo rico e qualificação, mas carece de competência emocional. “Se por um lado as empresas querem pessoas mais competitivas, pró-ativas, curio-sas, por outro também necessitam de pessoas empáticas, que saibam trabalhar em equipe e que sejam to-lerantes,” explica.

Viviane constata ainda que ou-tro grande desafio reside nas rela-ções familiares, onde há a presença de modelos mentais diferentes entre as gerações. “Inevitavelmente há um conflito de gerações. Os filhos da ge-ração Y não aceitam um “não” como resposta. Querem argumentos e ex-

plicações. Muitas vezes os pais são “derrotados” pelo excesso de questio-namentos e pelo sentimento de im-potência. Instalando-se aí um abismo entre pais e filhos”, relata.

Ela afirma que a permissividade na educação dos filhos é perversa,

por invalidar a autoridade dos pais e originar uma educação fragilizada. “Limite é o que dá forma à educação dos filhos, não é algo que cerceia. Di-zer “não” sempre é mais trabalhoso, mas é necessário e é educativo”, aler-ta ela.

Psicóloga Viviane Zini

Arq

uivo

Pes

soal

Festa para as crianças no aniversário da Loja Nelsy

LOCAIS DE ORAÇÃO

Segunda-feiral G.O. Sagrada FamíliaIgreja Matriz Santo Antônio, 20hl G.O. Santa RitaComunidade Santa Rita, 19h30minl Pais orando pelos filhosAssociação Servos de Maria, 13h30min

Terça-feiral G.O. Fé e VidaIgreja Matriz São Roque, 14h

Quarta-feiral G.O. Santo AntônioAuditório da Igreja Santo Antônio, 14hl Terço para homensIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30min(somente na 2ª semana de cada mês)

Quinta-feiral G.O. Servos de MariaAssociação Servos de Maria, 14hl G.O. São LuísIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30minl G.O. N. S. de CaravaggioIgreja N.S. Caravaggio, Tamandaré, 19h30l Adoração ao Santíssimo SacramentoAssociação Servos de Maria, das 8 às 14h

Sábadol G.O. Jovem nas Asas do EspíritoAssociação Servos de Maria, 20hl Adoração ao Santíssimo SacramentoIgreja São Luís, 18h - 4º Sábado

auxiliadas pela Regional Bento GonçalvesEntidades e Paróquias

Apoio:

l Irmã Flora - Tocantinsl Pe. Sésio - Paróquia N. Sra. Aparecida - Scharlau - São Leopoldol Pe. Rubens dos Santos - Paróquia N. Sra. de Fátima - Porto Alegrel Irmã Vilma - Irmãs Franciscanas - São Joaquim (SC)l Comunidade Rosa Mística - Ana Rosa - Alvoradal Paróquia São Vicente de Paulo - Pe. Diego Bettoni - Caxias do Sull Ajuda de custos para Seminaristas de Bento Gonçalvesl Terços Missionários nas famíliasl Visitas aos doentesl Atendimento de Oraçãol Adoração ao Santíssimo Sacramento, todas as quintas-feiras, das 8 às 14hl Cerco de Jericól Apoio às Pastorais das Paróquias de Bento Gonçalves

Participe do

Cenáculocom Maria

11 DE OUTUBROdas 8h30 às 17h

Encerramento comSanta Missa

na AssociaçãoServos de Maria

Page 8: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

04 Jornal Integração da Serra | 02 de outubro de 2014Entidades

Div

ulga

ção

No próximo dia 18 de outubro, os trabalhadores do setor moveleiro rea-lizam uma assembleia geral no Centro de Lazer do Sindicato dos Trabalha-dores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Si-tracom BG) para avaliar as propostas que serão encaminhadas ao sindicato patronal. A partir desta reunião serão definidas as reivindicações da classe trabalhista que integrarão o dissídio para o ano de 2015.

O presidente do Sitracom BG, Ita-jiba Soares Lopes considera esta, a assembleia mais importante do ano para os trabalhadores. “Este é o mo-mento de todos assumirem suas res-ponsabilidades e se engajar na luta por melhores salários e condições de cidadania. É o momento em que os trabalhadores têm voz para dizer o que querem e o que não querem. É uma luta muito importante para toda a categoria e que envolve também to-das as pessoas que dependem desses trabalhadores”, avaliou Itajiba.

O ano de 2014 está sendo muito especial e de muitas comemorações para o Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG), que completa 100 anos de atividade. A maior entidade do município realiza uma ampla programação, entre elas, a Sparkling Night Run – CIC 100 Anos. A corrida noturna é um evento diferen-ciado que visa unir esporte, turismo e espumante, e acontecerá no dia 1 de novembro no município, com largada às 20h30min.

A corrida terá percursos de 5 e 10 quilômetros, podendo ser disputada na categoria Individual Masculino e Feminino, Duplas Masculinas e Femi-ninas e Duplas Mistas. As inscrições podem ser realizadas somente pela Internet, através do site www.spa-rklingnightrun.com.br, até o dia 20 de outubro. Caso seja atingido o li-mite técnico definido para a prova, as

Sitracom BG prepara lançamento da campanha salarial 2015Campanha propõe luta contra a discriminação salarial entre homens e mulheres

A convocação do presidente ga-nha o reforço do sindicalista Arcelo Rossini. “Para esta campanha esta-mos propondo que os trabalhadores avancem nas conquistas anteriores, tanto nas cláusulas econômica, como sociais, mas queremos ir além. Quere-mos que os ganhos de nossos com-panheiros trabalhadores sejam iguais para homens e mulheres”, comentou. Para ele, é chegado o momento de acabar com as diferenças que colo-cam homens e mulheres trabalhando em jornadas iguais, mas com salários muito diferentes. “Nossas companhei-ras chegam a ganhar até 40% a menos que os homens, desempenhando as mesmas tarefas. Isso tem que acabar por questão de justiça social”, argu-mentou.

A assembleia que também vai discutir a contribuição confederativa para a manutenção do sindicato será realizada no dia 18 de outubro com início às 10 horas. Após, será realiza-da a festa dedicada ao Dia da Crian-

ça. No Centro de Lazer será montada uma estrutura com brinquedos inflá-veis, jogos e alimentação. Além disso, será realizado sorteio de brindes em comemoração aos 37 anos de funda-ção do Sitracom BG, durante o almoço

de confraternização. As reservas para participar do evento poderão ser fei-tas na secretaria do sindicato ou com os diretores sindicais. Haverá ônibus passando pelos locais tradicionais para o transporte dos trabalhadores.

Giovani Nunes

Trabalhadores moveleiros irão se reunir em assembleia

Inscrições abertas para a corrida noturna do CIC/BGinscrições podem ser encerradas em data anterior. O custo das inscrições por atleta é de R$ 95. Para grupos de corrida ou equipe, com no mínimo 15 participantes, o valor baixa para R$ 85 por pessoa.

Saída e chegada serão em frente ao prédio da prefeitura de Bento Gon-çalves. Os atletas percorrerão as ruas Marechal Floriano, Guilherme Fasolo, Porto Alegre, Olavo Bilac, Tietê, Leo-nardo Navarini, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, Cavalheiro Horácio Mônaco e Júlio de Castilhos, passando por pontos turísticos do município. Todos os atletas receberão um kit de corrida que inclui o número de peito, camiseta, sacola, taça de es-pumante personalizada, dois vales es-pumantes e um suco Suvalan, 200ml. O kit poderá ser retirado pelos partici-pantes no dia 31 de outubro, das 16 às 20 horas, e no dia 1 de novembro, das

14 às 17 horas, em frente à prefeitu-ra. Cada atleta também receberá um chip para cronometragem da corrida, que deverá ser retirado no dia 1º de novembro das 18 às 20 horas.

Serão entregues troféus para os três primeiros colocados de cada ca-tegoria e também para os três primei-ros de cada faixa etária. Além disso, todos os atletas que cruzarem a linha de chegada receberão uma meda-lha pela participação. Após o final da corrida, o Bangalô sedia a festa oficial da Sparkling Night Run. “A corrida vai oportunizar que os atletas conheçam mais o município de Bento Gonçalves em um evento totalmente diferente, integrando o esporte, o bem-estar e a saúde. Esperamos reunir cerca de mil participantes para celebrar junto à en-tidade este centenário de atividades”, destaca o presidente do CIC/BG, Leo-nardo Giordani.

a Informaçõ[email protected].

Regulamento completo da corrida no site www.sparklingnightrun.com.br.

Page 9: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

0502 de outubro de 2014 | Jornal Integração da Serra Empresas

Até o dia 10 de novembro, estão abertas as inscrições para o Salão De-sign 2015 e a comissão julgadora que escolherá os melhores projetos já se prepara para a maratona de avalia-ções que começa na segunda sema-na de novembro. Cinco profissionais da arquitetura e design emprestarão seus conhecimentos a serviço do prê-mio e o grupo tem a experiência a seu favor. Quatro jurados já participa-ram de edições anteriores do prêmio:

Entre os profissionais convidados, há uma estreante e quatro jurados com participação em edições anteriores do prêmio

Salão Design 2015 terá comissão julgadora experiente

Sabemi lança consórcio em parceria com a Simpala

Fotos: Divulgação

as arquitetas Ilse Lang e Isabela Vecci e os designers Ivens Fontoura e Leo-nardo Lattavo. A estreia da edição fica por conta da executiva Gláucia Binda, que representará a indústria.

Realizado desde 1988 pelo Sindmóveis Bento Gonçalves, o Sa-lão Design incentiva a criatividade, o empreendedorismo e a inovação tecnológica de móveis e acessórios por meio do design. Nesses 26 anos, mais de 11.200 projetos foram inscri-

tos no prêmio, que é considerado o maior do gênero na América Latina. Essa edição distribuirá R$ 205 mil em prêmios nas modalidades Estudante, Profissional e Indústria.

As inscrições poderão ser realiza-das até 10 de novembro de 2014 e a avaliação ocorrerá em duas etapas, a partir de novembro. Nessa primeira fase, a comissão julgadora avalia os projetos gráficos inscritos e selecio-na os finalistas com base em critérios

como o conceito do projeto; forma e função; ergonomia; grau de inova-ção e sustentabilidade ambiental. Na etapa seguinte, os finalistas enviam para Bento Gonçalves seus produtos ou protótipos em escala natural para julgamento. Além da premiação em dinheiro, os vencedores recebem o Selo Salão Design, que poderá ser utilizado no produto como forma de reconhecimento de excelência em design.

Saiba mais sobre a Comissão Julgadora

Leonardo Lattavo (Rio de Janeiro)Arquiteto e Urbanista ca-

rioca com mestrado em Ar-quitetura na Bartlett School of Architecture de Londres. Professor de Arquitetura na Pontifícia Universidade Cató-lica (PUC) do Rio de Janeiro e sócio-fundador da empresa Lattoog, com sede no Rio de Janeiro, especializada em de-sign e arquitetura. Foi jurado do Salão Design em 2011 e 2013.

Glaucia Binda(Paraná)

Administradora e de-signer, é pós-graduada em Marketing Design de Móveis e Design Emocional. Atua no mercado moveleiro há mais de 17 anos. Desde 2002, tra-balha na empresa Impress Decor Brasil, onde ocupa o cargo de Gerente de Design e Produtos. É palestrante em eventos nacionais e interna-cionais de design, onde fala sobre Macrotendências, De-sign de Superfície e Design Emocional. Essa é sua primei-ra participação como jurada do Salão Design.

Ilse Lang (Rio Grande do Sul)

Arquiteta e fundadora da Faro Design, de Porto Alegre. Participou de inúmeras ex-posições nacionais e interna-cionais de design brasileiro e também já foi contemplada nos prêmios Salão Design Casa Brasil e Movelsul Brasil, If Design, Idea Brazil e prê-mio Arc Design. Integrou a comissão julgadora do Salão Design 2013 e 2014.

Isabela Vecci(Minas Gerais)

Arquiteta graduada pelas Faculdades Metodistas Izabe-la Hendrix. Atua nas áreas de arquitetura de interiores co-mercial, residencial e corpo-rativa, e também nos campos da museografia, cenografia e do design. Entre seus princi-pais projetos, executou a mu-seografia para o Museu Casa Padre Toledo, em Tiradentes e executou o projeto para pa-drão das lojas do Clube Atlé-tico Mineiro. Estreou como jurada do Salão Design na úl-tima edição, em 2014.

Ivens Fontoura(Paraná)

Designer, museógrafo e crítico de arte e design. Como professor universitá-rio, criou o primeiro curso de pós-graduação em Design de Móveis do Brasil (UNOPAR, Londrina). Presidiu a Associa-ção Nacional de Designers e a Associação Latino-americana de Design. Escreve sobre De-sign, leciona Teoria do Design e preside a ABCD - Associa-ção Brasileira de Críticos de Design. É o profissional com mais tempo de participação com jurado do Salão Design: 11 edições, ao todo.

Por intermédio da sua unidade de Seguros, o Grupo Sabemi acaba de lan-çar o Consórcio Sabemi-Simpala, produto financeiro alinhado à estratégia de diversificação do portfólio de soluções aos clientes. Já disponível em 20 esta-dos do país pelos canais de vendas Sabemi – lojas próprias e representantes –, a nova modalidade é gerida pela Simpala Lançadora e Administradora de Consórcios, empresa do Grupo Simpala.

Entre os diferenciais do Consórcio Sabemi-Simpala estão as assembleias por sistema de bingo giratório, com apuração imediata de lances, que serão realizadas na sede da Sabemi, em Porto Alegre (RS), e transmitidas ao vivo às unidades da companhia. É mantida ainda uma estrutura centralizada e exclu-siva de atendimento a representantes e consorciados por meio de linha tele-fônica 0800, o que confere flexibilidade e agilidade aos processos, da venda ao encerramento do grupo de integrantes do consórcio.

O produto também é cercado de vantagens que o destacam no segmen-to, como parcela fixa até o final do plano, possibilidade de adesão ao grupo em formação previamente identificado e com assembleia marcada, além de seguro de vida calculado sobre o saldo devedor. Os grupos, estruturados em

60 meses, reúnem 240 participantes – menores, portanto, do que na maioria dos planos disponíveis –, que podem também optar pela aquisição de auto-móveis e veículos comerciais leves com até cinco anos de circulação.

A Sabemi Seguradora é uma das seis empresas do Grupo Sabemi, espe-cializada em seguros de pessoas, previdência complementar e crédito con-signado. A companhia, com mais de 40 anos de atuação, é a maior segurado-ra do Rio Grande do Sul, e está entre as que mais detêm operações de crédito consignado no mercado nacional. Em 2013, enquanto o segmento de segu-ros pessoais cresceu 18% em todo o Brasil, os negócios da Sabemi Segurado-ra expandiram 24%.

A Simpala Lançadora e Administradora de Consórcios integra o Grupo Simpala que, por meio de cinco empresas, atua no comércio de veículos, pe-ças, acessórios e motores, e na prestação de serviços automotores. Ao longo de 40 anos de atividade, a administradora, regulamentada pelo Banco Cen-tral do Brasil, é reconhecida no mercado pela seriedade e credibilidade. Essas características a levaram a alcançar a marca de 40 mil veículos entregues, so-mando aproximadamente R$ 1 bilhão em valores contemplados.

Page 10: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

06 Jornal Integração da Serra | 02 de outubro de 2014

Page 11: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

Praça do lago Fátimal o acesso é livre a qualquer horal é possível fazer churrascol é possível andar de bicicletal há uma fazendinha l há informações sobre os

ecossistemas brasileiros

l é proibido pescarl é proibido alimentar os patos, galinhas e coelhos

Áreas de Lazer 0702 de outubro de 2014 | Jornal Integração da Serra

Praça Achyles Mincarone (São Bento)l ciclovia ativa aos finais de semana e feriadosl cancha de areia para vôleil próximo a empreendimentos

comerciais

l não há banheiros públicosl aguardando a academia

Opções de áreas de lazer ao ar livre em Bento

Academias de saúde ao ar livreEm breve, a população poderá contar com mais academias ao ar

livre. Elas estão em fase de finalização nas praças dos bairros Licorsul, Imigrante e Cohab. Já, as dos bairros Botafogo, Borgo, Vila Nova, Pro-gresso, Aparecida e São Bento e a do distrito de Faria Lemos, conforme Sperotto, começam a ser instaladas no início de novembro deste ano.

Por Janete Nodari

A busca de espaços de lazer ao ar livre por pessoas e seus pets tem sido constatada em vários locais de Bento Gonçalves aos finais de semana. Moradores dos bairros Santa Helena, Santa Marta, Imi-grante, entre outros das imediações lotam a praça do lago Fátima. O local, com 32 mil metros quadrados de área de terra, tem sido procu-rado para churrascos e piqueniques. No espaço, existem mesas, ban-cas, churrasqueira coletiva, parque infantil, cancha de areia e, até um minizoo e uma ilha.

De acordo com o secretário muni-cipal de esportes, Gustavo Sperotto, a praça receberá, em breve, uma pista para caminhadas. As irmãs Samanta Pe-reira, 12 anos, e Eduarda, 8, divertem-se no parque e andam de bicicleta. “Gosto de tudo, mas, principalmente de olhar os bichos,” diz Samanta. Os bichos a que ela se refere são réplicas de animais dos diversos biomas brasileiros.

Áreas verdes“Com o início do horário de verão, no dia 19 de outubro, estima-

-se que aproximadamente cerca de duas mil pessoas passarão pela área verde do Campus da Região dos Vinhedos (CARVI/UCS), a cada final de semana”. A afirmação é do vice-reitor Miguel Angelo Santin. Ele acrescenta que o local é procurado por adultos, para caminhadas e por crianças com patins, bicicletas e skate. Salienta ainda que famí-lias realizam piqueniques.

O Parque de Eventos do município (Fenavinho) é procurado para caminhadas e churrascos. As praças Achyles Mincarone (São Bento) e Ismar Scusssel, em frente à Casa das Artes, são ponto de encontro de jovens. As praças Centenário – onde a pista de skate está em re-formas, Rui Lorenzi (praça das Rosas), Oscar Bertholdo (Borgo) e São Roque, entre outras, também reúnem adultos e crianças em busca de recreação.

Fotos: Janete Nodari e Kátia Bortolini

Pontos positivos e restrições

Parque de Eventos(Fenavinho)

l aberto ao público diariamente l aos finais de semana, é liberada uma parte da rua para pedestres

l velocidade máxima permitida 30 quilômetros por hora

Divulgação

UCS/CARVIl aos domingos fechado para ve-ículosl a Brigada Militar e os agentes municipais de trânsito fazem

visitas ao Campus, no sentido de manter a or-dem e a segurança l há lagos, árvores nativas, jardins e excelentes vias de circulação

l de segunda a sexta, intensa cir-culação de veículos após as 18 horasl respeitar o patrimônio da

universidade

Page 12: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

Moda&BelezaCristiane Grohe

[email protected]

G. Arroyo

Social / Moda08 Jornal Integração da Serra | 02 de outubro de 2014

Social

As altas temperaturas estão chegando e não escondem: é tempo de praia, sol, ca-lor e piscina. As estações primavera-verão são marcadas por novas tendências: o hairstyler, Arno Horlle, revela que para a primavera-verão, a ordem são os fios mais desestruturados e naturais possíveis, com a base reta sem muitos repicados e a fran-ja cortada na diagonal. “Os curtos também estão com força total trabalhados nas late-rais e fios longos no topo”, comenta Horlle.

Loiros platinadosOs loiros dourados e platinados areia

estarão em alta nos próximos meses. “Ou-tra tendência de cor é o ruivo acobreado levemente dourado, sem pigmento ver-melho”, explica o hairstyler. Os castanhos ou marrons frios sempre com efeito de lu-zes suaves sem marcar, também são uma opção.

Porém, o cabeleireiro explica que o corte e a coloração devem favorecer o for-mato do rosto, seja ele quadrado, redondo ou angular. “O profissional deve antes de efetuar o trabalho, conhecer bem o estilo de cada cliente. É muito importante para obter sucesso na finalização”, lembra ele.

Festa de 100 anos

No próximo dia 17 de outu-bro, às 20 horas, no Clube Ipiran-ga, acontece a festa de 100 anos do CIC/BG. Na programação, jantar servido à inglesa, mesa de doces, espumantes e vinhos co-memorativos ao centenário da entidade. Além de shows, da so-prano Cristina Sorrentino e “ Tri-buto a Tim Maia”.

Liliane e Renan Sganzerla à espera de João Lucas

Enoturismo

Na 4ª Edição do Congresso Lati-no-Americano de Enoturismo, dia 10 de outubro, a partir das 11h30 ocorre a apresentação do Case: ”Grupo De-gli Amici, um vinho sob encomenda”, pelo Doutor em Engenharia Florestal, Coordenador de Meio Ambiente da Companhia Energética Rio das Antas, professor da Faculdade Cenecista de Bento Gonçalves e enófilo do Grupo Degli Amici, Sandro Vaccaro. A colu-nista acompanhará a apresentação na Escola de Gastronomia da UCS, em Flores da Cunha.Marcilene Frozza e Renato Camargo, em grande estilo, no

dia do ‘sim’ na Vinícola Lovara

André Pellizzari Fotografia André Pellizzari Fotografia

O hairstyler, Arno

Horlle, atende

em Porto Alegre,

no salão em que

é proprietário,

American Hair

O que vem por aí?Estilo da gaúchaNa hora de escolher o corte, geral-

mente as mulheres gaúchas dão prefe-rência aos longos em camadas. Horlle alerta sobre o cabelo muito longo para mulheres de mais idade: “ao contrário do que elas imaginam, as deixam mais en-velhecidas, porque o cabelo serve como moldura do rosto e neste caso os curtos suavizam as linhas”.

NoivasAs noiva do verão 2015 seguem com

os trabalhados em tranças e os coques estruturados estilo anos 60, muito usa-dos pelas divas de Hollywood.

Cuidados especiaisArno Horlle alerta para os cuidados

redobrados com o cabelo nos dias quen-tes. “Com o sol e o calor eles se tornam ressecados e volumosos precisando de tratamentos à base de queratina e colá-geno para uma hidratação profunda”. As selagens fazem sucesso no verão, pois facilitam muito para aquelas que viajam e não dispensam os cuidados.

Cristiane Grohe G. Arroyo

Page 13: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

JaneteNodari

[email protected]

02 de outubro de 2014 | Jornal Integração da Serra 09

Social

O grupo “ Nas asas do Espírito”, do Movimento da Renovação Carismática Católica realizou jantar beneficente, no último dia 20, na Comunidade Pradel. Cerca de 150

pessoas prestigiaram o evento, que contou com show católico e gaúcho.

Kátia Bortolini

Kátia Bortolini

Divulgação

Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

Kátia Bortolini

Cassiane Osório / Conceitocom Brasil

A estudante Laura Alberti Zandavalli, sorteada na promoção “Anúncio Premiado do Valter”, com o neurologista Cássio Zottis Grapiglia. Laura encontrou o perso-

nagem Valter no anúncio do médico e ganhou uma camiseta da Estôparia e uma diária, com acompanhante, no Dall´Onder Grande Hotel

Diretoria da ExpoBento 2015, que ocorre de 4 a 14 de junho, no Parque de Eventos, presidida por Laudir Piccoli

Leonice e Germano Bortolini na varanda da casa de onde partiram os ancestrais da família Bortolini, em Centa San Nicoló, província do Trento, Itália...

... em roteiro pela Europa, de 11 de agosto a 9 de setembro. Na Itália, encontraram o filho Diogo, a nora Cláudia e o neto Gabriel, que os acompanharam na viagem.

Na foto, a família está na cidade de Pula, praia de Medulin, Croácia

Administrador do Tacchini, Armando Piletti e o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, no jantar dos 90 anos do hospital

Artista plástica Geny Ferrari Brandalise presenteou o Jornal Integração da Serra com obra personalizada

Page 14: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

10 Jornal Integração da Serra | 02 de outubro de 2014

Page 15: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

Esportes02 de outubro de 2014 | Jornal Integração da Serra 11

RodrigoDe MarcoAcadêmico de [email protected]

Racismo veladoO racismo no Brasil é escondido, ou melhor, velado. Disso já sabíamos.

A questão é que a hipocrisia é tão monstruosa que ouvir “piadas” escracha-das referente à cor de pele negra é algo considerado normal por aqui. E como é desconfortável ouvir e ter que engolir em seco para não dar início a uma discussão. É fato que vivemos na região do país mais racista e intole-rante, que é preenchida com um orgulho provinciano. Não é por acaso que grande parte do país nos enxerga de forma atravessada.

No dia 28 de agosto, em partida entre Grêmio e Santos, válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, não foi a derrota tricolor que manchou a noite gaúcha, mas mais um caso de ofensa racial. Algo comum, que inacreditavelmente não é visto com olhares de discriminação por alguns que cometem tal ato. O mais surpreendente foi perceber que na mente de grande parte da população a pessoa que foi flagrada proferindo pala-vras de cunho racista, foi vista como vítima da situação, enquanto que o vilão da história acabou sendo o próprio goleiro que fez a denúncia. Houve também, lamentavelmente, ações violentas contra a menina flagrada pela câmara da ESPN. Fascismo e violência jamais acabarão com o racismo.

Essa onda discriminatória infelizmente parece aumentar ainda mais, e os holofotes da mídia nesses acontecimentos apenas inflam esse proble-ma. Portanto não será uma série de reportagens sobre racismo que mu-dará algo, e muito menos esse texto. Essas linhas foram escritas apenas para desabafar sobre algo que me incomodou bastante nos últimos dias, e também por acreditar que as palavras são mágicas, portanto mudanças não são impossíveis.

Em 12 de outubro, o Vale dos Vi-nhedos sedia, pelo quinto ano con-secutivo, o Passeio Ciclístico da Pri-mavera, promovido pelo Hotel Villa Michelon e Jamar Cia do Esporte.

Centenas de ciclistas da região, das mais variadas faixas etárias, vão passear por um roteiro colorido em uma experiência que alia saúde e bem-estar. O programa é ideal para quem gosta de pedalar e ao mesmo tempo contemplar belas paisagens. A concentração será em frente à sede da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale) no Km 14,85, com partida prevista para as 9 horas.

No trajeto, de 5,3 quilômetros, acontecem duas paradas para repor as energias, com a distribuição de água e degustação de suco de uva. As pausas acontecem nas vinícolas Torcello e Almaúnica.

Após, o grupo segue pedalando até o Hotel Villa Michelon, ponto de chegada do trajeto, onde serão sorte-ados diversos prêmios entre os parti-cipantes. Também serão premiadas a família mais numerosa, o ciclista mais

12 de outubro é dia de passeiociclístico no Vale dos Vinhedos

idoso e o mais jovem. Serão premia-dos ainda o ciclista ou bicicleta mais incrementados.

A inscrição é gratuita e pode ser realizada antecipadamente no Hotel Villa Michelon, na Aprovale e na Ja-mar Cia do Esporte. Também serão aceitas no local de partida do passeio.

O evento conta com o apoio do Vale dos Vinhedos, Isabela, Sucos Su-valan, Polícia Rodoviária da Brigada Militar, prefeitura de Bento Gonçalves e Escola Municipal de Ensino Funda-mental Lóris Antônio Pasquali Reali. Em caso de mau tempo, o passeio será transferido para o dia 26 de ou-tubro de 2014.

Divulgação

Page 16: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

Agricultura12 Jornal Integração da Serra | 02 de outubro de 2014

Doenças da Videira

Com o início da brotação da videira, devemos estar atentos ao aparecimento de doenças que pos-sam vir a causar danos às videiras e consequentemente perdas na pro-dutividade das mesmas.

Devemos sempre ter o cuidado de usar produtos recomendados para a videira e com registro no Mi-nistério da Agricultura.

A seguir vamos relatar as prin-cipais doenças, condições climá-ticas para o desenvolvimento das mesmas e medidas de controle.

Uma das doenças é a antrac-nose. A doença ataca todos órgãos verdes da planta como as folhas, ra-mos, inflorescência e frutos.

O desenvolvimento do fungo é favorecido por alta umidade pro-vocada pela precipitação, neblina e orvalho. O fungo pode se desen-volver desde temperatura de 2ºC a 32ºC, porém desenvolve-se melhor em temperatura mais amenas ou frias.

O controle deve ser iniciado no período de repouso da videira, com tratamento químico de inver-no com calda sulfocálcica, visando eliminar ou reduzir o inóculo inicial. No início da brotação, a alta umida-de e os tecidos tenros favorecem a infecção das plantas pelo patóge-no e as pulverizações devem ser iniciadas nesta fase.

Outra doença é o míldio ou mofo. É a principal doença fúngica da videira, podendo infectar todas as partes verdes da planta, causan-do maiores danos quando afeta as flores e os frutos.

A temperatura ideal para o de-

PauloCapoani

Técnico ASCAR/RS - EMATERMonte Belo do Sul

as estruturas do fungo na forma de pontuações cinza-escuras, das quais exsuda uma massa rósea, que são os conídios. Esta massa rósea serve tam-bém para diferenciar da podridão amarga. Temperatura entre 25ºC a 30ºC e alta umidade são as condições favoráveis ao patógeno. O excesso de nitrogênio favorece a infecção e o de-senvolvimento do fungo.

A implementação de algumas medidas gerais são importantes para o manejo e controle da doença: re-moção e destruição de frutos mumifi-cados; eliminação de ramos podados; adubação equilibrada e localização do vinhedo. O tratamento químico deve ser iniciado no final da floração, e repetir as pulverizações para prote-ger as bagas em todos seus estádios de desenvolvimento.

A podridão amarga é outra doen-ça que pode causar perdas considerá-veis se não for controlada. Nas folhas e ramos forma manchas marrom--avermelhadas escuras e pequenas, raramente maiores que 0,1 mm a 0,3 mm de diâmetro, com um halo ama-relo. A ocorrência mais séria é sobre as bagas, causando podridões e des-truição dos pedicelos. Nos cachos, quando afeta o engaço, impede o li-vre fluxo da seiva para as bagas. Estas se tornam enrugadas e mumificadas

e caem com facilidade. O ataque di-reto do fungo sobre as bagas faz com que elas adquiram, inicialmente, co-loração marrom-avermelhada, sem entretanto alterar a conformação. Pode-se observar, posteriormente, pontuações negras constituídas por estruturas típicas do fungo (acérvu-los). As bagas restantes que perma-necem no cacho, murcham, tornam--se múmias pretas, duras e secas.

Embora possa ocorrer numa faixa de 12ºC a 36ºC, as condições ideais para o desenvolvimento da podridão amarga são a temperatura em torno de 28ºC e a alta umidade.

O fungo pode sobreviver de um ano para outro sobre os restos de cul-tura, pedicelos mortos e frutos mumi-ficados remanescentes nas plantas, servindo de fonte de inoculo para o próximo ciclo.

As práticas para minimizar os pro-blemas com a podridão são as mes-mas da glomerela.

O tratamento químico deve ser iniciado no final da floração, e repe-tir as pulverizações para proteger as bagas em todos seus estádios de de-senvolvimento.

Para o controle químico, consul-te um técnico de sua confiança, que pode orientá-lo sobre os produtos mais eficientes para cada doença.

Arquivo Paulo Capoani

senvolvimento do míldio fica entre 18ºC a 25ºC. A presença de água livre, seja proveniente de chuva, de orva-lho, ou neblina, é indispensável para haver a infecção, sendo a umidade re-lativa do ar acima de 98% necessários para haver a esporulação.

O controle preventivo deve co-meçar adotando-se medidas que melhorem a aeração e insolação da copa, objetivando diminuir o tempo de molhamento foliar. Estas medidas incluem o espaçamento adequado, evitar áreas de baixada ou voltados para o sul, boa disposição dos ramos, adubação equilibrada e poda verde.

A escoriose é outra doença da videira. Pode ser facilmente confun-dida com antracnose, pois em deter-minada fase, os sintomas são muito semelhantes.

A escoriose se manifesta princi-palmente na base dos ramos do ano, apresentando como sintomas necro-ses fusiformes ou arredondadas escu-ras, rachaduras e escoriações superfi-ciais no córtex. No outono, os ramos poderão se tornar esbranquiçados a partir de sua base e conter pequenos pontos negros.

Períodos prolongados de chuva e frio são as condições ideais para o patógeno.

No inverno, realizar tratamento com calda sulfocálcica antes do início da brotação.

Na primavera, o controle deve ser realizado nos estágios iniciais da brotação, por ser a fase mais sensível da planta, é nesta época que as con-dições climáticas são mais favoráveis ao patógeno.

A Glomerela tem se tornado nos últimos anos uma importante doen-ça na viticultura. O sintoma principal é o apodrecimento dos frutos ma-duros. Sobre as bagas inicialmente aparecem manchas marrom-aver-melhadas, que posteriormente atin-gem todo o fruto, escurecendo-o. Em condições de alta umidade aparecem

Page 17: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

Tchê e Tchóem quadrinhos

Programe-se com a agenda cultural

Caderno de Cultura e Arte | Nº 15 | Outubro 2014

Ilust

raçã

o: E

rnan

i Cou

sand

ier

Páginas 06 e 07Política

Page 18: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

02 | Mosaico | 02 de outubro de 2014

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

O Útil e o InútilSanto Agostinho teve uma vida agitada. Na juventude,

viveu de forma desregrada e luxuriante. Adorava uma orgia. Festa e bebedeira eram com ele. Mas um belo dia – conta o próprio Agostinho em suas Confissões – ele ouve uma voz de criança a pedir que abrisse a Bíblia em qualquer parte. Obedece e lê, justamente uma reprimenda à vida voluptuo-sa e aos prazeres da carne. Tomado de emoção e espanto, se converte.

O que mais me cativa em Agostinho, no entanto, não é essa história da conversão. Falo de um ensinamento dos mais bacanas que ele nos transmitiu. Aprendi isso com Ru-bem Alves, grande mestre que recentemente nos deixou. Agostinho falava sempre na duplinha uti e frui. Traduzindo do latim: utilidade e fruição. Ensinava ele que útil é tudo aquilo que a gente usa (utiliza) para conseguir outra coisa. E justamente essa outra coisa é o que importa, aquilo que fruímos, desfrutamos por ela própria. Em suma: as coisas úteis só servem enquanto nos ajudam a obter o que nos torna felizes.

O trabalho, por exemplo. Nada mais útil, ninguém há de negar. Mas o trabalho só tem sentido enquanto serve para outro objetivo. O trabalho é uma ferramenta. Tal e qual um martelo, que só serve para fim diverso: o de pregar. É por isso que quem só pensa em trabalho confundiu a ordem dos eventos. Esqueceu que o trabalho é uma ponte para proporcionar a fruição do que realmente tem valor. Quem só trabalha apegou-se à ferramenta de tal forma, que já não sabe mais o que queria construir com ela. Apaixonou-se pelo martelo.

Não é o caso da poesia. Quer algo mais inútil do que a poesia? Não lemos poesia por outra coisa senão o próprio prazer que ela nos proporciona. O mesmo vale para a lite-ratura, a arte, as brincadeiras das crianças, fazer amor com quem se ama, contemplar o céu estrelado. Repare que as coisas mais prazerosas e indispensáveis da vida são ab-solutamente inúteis, pois valem por si só. Não é preciso ir além. Quando as desfrutamos, já chegamos.

O certo é que as coisas úteis nos dão meios para vi-ver, enquanto as fruições nos dão razões para viver. E con-vém não confundir meios com razões. Entretanto, a própria palavra “inútil” nos assusta. Na sociedade de consumo o que é inútil não tem espaço. Não presta, não produz. Não serve para nada. Somos avaliados, rotulados, aplaudidos e vaiados, de acordo com a utilidade que temos. É perigoso, portanto, perder tempo com inutilidades. O inútil é tabu. É palavrão.

É bem verdade que para Agostinho a fruição suprema era Deus. Todo o resto seria caminho para Ele. Como Alves, creio que a fruição possa ter alvos mais terrenos. Ela pode ser encontrada no aqui e agora. Na vida do dia-a-dia. Por entre a rotina e as contas a pagar. Mas isso não invalida a mensagem do sábio santo. A admirável história de uti e frui é um maravilhoso elixir contra o culto à utilidade de nossos dias. Ela nos adverte sobre o que realmente tem valor. So-bre a importância das pequeninas coisas sem utilidade, mas resplandecentes de significado. A sabedoria de Agostinho – há mais de mil e seiscentos anos – segue lembrando que o que dá sentido à vida não é a utilidade, mas a fruição.

Page 19: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

Mosaico | 02 de outubro de 2014 | 03Programe-se

A redação leu

APRENDER A VIVER: FILOSOFIA PARA OS NOVOS TEMPOSAutor: Luc FerryPáginas: 302Editora: ObjetivaAno: 2007Valor sugerido: R$ 47,90

L I V R A R I A & R E V I S T E R I A

L´América Shopping, salas 111/11254 3454 5158

[email protected]

Apoio:

Repr

oduç

ão

APRENDER A VIVER: FILOSOFIA PARA OS NOVOS TEMPOS. A história deste livro é inusitada: du-rante uma viagem de férias, amigos solicitaram ao filósofo Luc Ferry um curso rápido sobre as grandes questões da filosofia. Ferry aceitou o desafio e montou uma série de aulas improvisadas, isentas de erudição, termos obscuros e longas digressões. Dessa ideia surgiu Aprender a Viver, um verda-deiro manual filosófico, prático e acessível ao público leigo.

Simples, mas sem perder a densidade, o livro está longe de ser superficial. Sua maior riqueza reside na forma clara e organizada que dá curso aos argumentos do autor. Ex-minis-tro da Educação da França, Ferry é um dos principais expo-entes da filosofia contemporânea, com vasta obra publicada. Humanista, muitos de seus escritos se dedicam a entender o bem-viver, a superação dos medos que nos dominam, e o papel que a religião e a filosofia têm nesse contexto.

A narrativa do livro segue a história da filosofia desde os gregos até os contemporâneos. Sobre esse pano de fundo, Ferry disserta sobre a questão da salvação humana – com e sem Deus – e sua importância em face das angústias e dile-mas inerentes à existência. Para o autor, a utilidade principal da filosofia é inequívoca: entender melhor o mundo e nos ajudar a viver de forma mais rica. Mais sábia.

Verdadeiro best-seller filosófico, Aprender a Viver já vendeu mais de 700 mil exemplares no mundo e foi traduzido para 15 idiomas, desde seu lançamento em 2007. Embora o título ao estilo autoajuda, a obra nem de longe se confunde com o superficialismo do tipo “seja feliz em 10 lições”. Na melhor tradição filosófica, Ferry nos ensina a olhar a vida de frente, mostrando que uma verdade amarga é sempre supe-rior a uma doce ilusão. Um livro cativante.

A 3ª edição do Simpósio In-ternacional de Escultores ocorre de 24 de outubro a 9 de novembro de 2014, no Par-que de Eventos, em Bento Gon-çalves. O projeto desenvolvido pelo Instituto Tarcísio Michelon (ITM) reúne 10 escul-tores. O público poderá acompa-nhar de perto as fases de criação das obras, conhecer a experiência artística dos escultores e interagir. Para a edição deste ano, o diretor artístico é o escultor costa-riquenho Aqui-les Jiménez.

Conforme o presidente do ITM, Tarcísio Mi-chelon, o simpósio é uma iniciativa que faz parte da filosofia do instituto de valorizar a arte. “Nós temos um grande expoente em Bento Gonçalves que é João Bez Batti”, salienta ele.

Artistas convidados para a edição de 2014: l Jorge De Santiago, Méxicol Kemal Tufan, Turquia l Márcia de Bernardo, Brasil l Michail Vouzounerakis, Grécia l Petre Petrov, Bulgária l Raphael Beil, Alemanha l Remigio Davila, Espanha l Sestilio Burattini, Itália l Tzeitel Hernández, Costa Rica l Yoshin Ogata, Japão

Neste ano, as crianças das escolas munici-pais infantis, também participam das atividades do Congresso Brasileiro de Poesia. A novidade agrega-se a uma série de atrações como, as pre-senças do cantor Guarabyra, do Patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, Airton Ortiz, do biógrafo censurado, jornalista Toninho Vaz, entre outros nomes. Em sua vigésima segunda edição, o Con-gresso Brasileiro de Poesia, que ocorre de 6 a 11 de outubro, em Bento Gonçalves, vai homena-gear o poeta Ronaldo Werneck. A programação do evento abrange escolas no turno diurno e es-tende-se, no período da noite, à Fundação Casa das Artes. Além disso, recitais, palestras, perfor-mances poéticas e musicais, literatura de cordel, vídeo poesia e Mostra Internacional de Poesia Visual estão entre as atrações do congresso, em programação aberta ao público.

CaminhadaO quê: Caminhada das Rosas Onde: Santuário Santo Antônio até o Santu-ário N. Sra. do Rosário de Pompéia em Pinto BandeiraQuando: 4 de outubro,12h

CongressoO quê: 4º Congresso Latino Americano de EnoturismoOnde: Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Far-roupilha, Flores da Cunha e Garibaldi Quando: 8 a 10 de outubro

ExposiçõesO quê: “I Nostri Fondatori” Onde: Via del Vino – das 10 às 18hQuando: 10 de outubroProjeto: Circolo Trentino di Bento Gonçalves

O quê: “Giorno Nazionale del’Itália” Onde: Casa das ArtesQuando: 20 de outubroProjeto: Circolo Trentino di Bento Gonçalves

LançamentoO quê: lançamento do primeiro CD e show da banda Sinagoga ZenOnde: Anfiteatro Ivo Antônio Da Rold, Casa das Artes, às 20hQuando: 11 de outubroObs: projeto viabilizado pelo Fundo Municipal de Cultura

AniversárioO quê: Comemoração de Aniversário do Mu-nicípioOnde: Via Del VinoQuando: 11 de outubro, 17 h17h30min: Distribuição do bolo de aniversário18h: Show com Mateus e Fabiano

TrilhasO quê: Trilhas das Laranjeiras 21k - V EtapaOnde: Três Coroas/RSQuando: 18 de outubro

SolidariedadeO quê - Corrida SolidáriaOnde - Via Del Vino,15 hQuando - 19 de outubroObs.: Evento promovido pelo Rotary São FranciscoEm caso de mau tempo, será transferido para os pavilhões da Fundaparque

MagnaBentoO quê: IIIª Mérica Mérica MagnaBento - Cami-nhos de Pedra - Caminhada Enogastronômica Quando: 19 de outubro, 9 hOnde: na Sede de São Pedro. Paradas histó-ricas, finalizando na Cantina Strapazzon, con-tando a história dos primeiros imigrantes des-sa comunidade, suas comidas típicas e seus causos. Opcional o uso de fantasias diversas. Música italiana, corais e danças típicas. Será servido vinho, suco e pratos típicos italianos. Informações: (054) 3455 6333 - [email protected] - [email protected]

ShowO quê: Musishow Onde: Anfiteatro Ivo Antônio Da Rold, Casa das ArtesQuando: de 24 de outubro a 1º de novembro

Escultores de diversos países reunidos em Bento

Janete Nodari

Poesia é atração também em escolas infantis

Page 20: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

04 | Mosaico | 02 de outubro de 2014

Por Kátia Bortolini

“Rock é rock mesmo” nas interpretações musicais de Fernando Cainelli, conhecido como Cainelleto, que vai estrear a apresen-tação Eric Clapton Cover RS no Musishow, de 24 de outubro a 1 de novembro, no auditório da Fundação Casa das Artes. Ele sobe ao pal-co na noite de 24.

Cainelleto começou a ouvir Beatles e Rolling Stones em casa, aos cinco anos de idade, em estações de rádio, sintonizadas pe-los irmãos na época adolescentes. Enquan-to os irmãos ouviam em “alto e bom som” o rock que embalava as reuniões dançantes, o menino, com aptidão nata para a música, já decifrava os primeiros acordes. O tempo passou e a vontade de tocar um instrumento cresceu, “como tinha que ser”. Aos 15 anos, Cainelleto começou a tocar bateria. Aos 18 anos, migrou para a guitarra, até hoje sua

Ocorre em Bento Gonçalves, no Anfiteatro Ivo An-tônio Da Rold da Fundação Casa das Artes, dos dias 24 de outubro a 1º de novembro, a primeira edição do Musishow, festival envolvendo apresentação de bandas de diversos estilos, além de workshops, lan-çamento de CD e recital da escola Musical Center. O evento também será marcado por um tributo a artista bento-gonçalvense, Ana Maria Mazzotti, que durante os anos 70 e 80 viajou o país divulgando sua música e o município.

Segundo o secretário municipal de Cultura, Jovi-no Nolasco, o nome Musishow relembra os festivais comunitários de valorização dos talentos de Bento Gonçalves que Ana Maria participava no início de sua carreira. “Estamos homenageando uma grande pes-soa, reeditando um evento que fez história na época e, ao mesmo tempo, projetando os grupos musicais da atualidade”, salienta ele.

Atrações do Musishow 2014

Participam do Musishow os grupos Trinka Cham-bord, Libertinos, Ale Lucietto Trio, Eric Clapton Cover, Elixir, Púrpura, Monty Python Band, Ciclo Ativo, Alaú-de Rock, Os Comparsas, The Bentles, Rebeldes e Raio X. Além das bandas, haverá workshops com o baixista paulista Ronaldo Lobo e o baterista Bruno Fonseca. Lobo e Fonseca ensinarão suas técnicas a músicos da região. Mais informações: www.culturabento.blogs-pot.com.br e www.facebook.com/casadasartesbg

Cainelleto rock and rollArtista estreia no Musishow a apresentação Eric Clapton Cover RS

grande paixão.Nos anos 80, integrou a formação das

bandas Asa do Som. Na mesma década, foi um dos fundadores da banda A Tribo, que apresentava músicas autorais. Na década de 90, tocou na Xarada Band. Em seguida, atuou e gravou um cd intitulado “Ambiciosamente Futurista” da banda Velliaria, rodando o Sul do País divulgando o trabalho. Apesar da ap-tidão musical, trabalhou muitos anos como empresário lotérico, mas, segundo ele “sem-pre ensinando alguém a tocar”. Atualmente, Cainelleto se dedica somente a música, mi-nistrando aulas de guitarra e violão e apre-sentando shows do projeto Blues de Raiz em casas noturnas do município e região. Para ambas as atividades, Caineletto emprega 100% de sua energia musical. “Quando vou a um espetáculo, procuro divertimento e emo-ção. Ao tocar guitarra, quero proporcionar o mesmo ao público”.

Kátia Bortolini

Fernando Cainelli

A 22ª edição do Bento em Dança ocorre até 11 de outubro de 2014, no Parque de Eventos. As coreografias, que vão desde o clássico à dança de rua, acontecem também no Shopping Bento e na Via Del Vino.

A programação abrange ensaios, ofici-nas, mostras abertas e concurso:

Dias 4, 5, 6 e 7 - 19h30 - Concurso dos inscritos nos gêneros - Dança Moderna/Con-temporânea, Jazz, Livre e Dança de Rua

Dia 8 - 19h30 - Concurso dos inscritos nos gêneros: Ballet Clássico e Ballet Clássico

Festival Bento em Dançatransforma cidade em mosaico de coreografias

Divulgação

de Repertório

Dia 9 - 19h30 - Concurso dos inscritos nos gêneros: Ballet Clássico e Ballet Clássi-co de Repertório, Dança de Salão, Sapatea-do, Flamenco, Folclore de Imigração, Proje-ção e Latino - Americano

Dia 10 - 19h - Concurso dos inscritos nos gêneros: Dança de Salão, Sapateado, Fla-menco, Folclore de Imigração, Projeção e Latino - Americano

Dia 11 - Premiação e espetáculo de en-cerramento “Noite dos Campeões”

Bento sedia a primeira edição do Musishow

Page 21: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com
Page 22: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

PolíticaPor Rogério Gava

Prêmio Jabuti 2012Ilustrações: Ernani Cousandier

06 | Mosaico | 02 de outubro de 2014

Política

O que é política? O que significa fazer políti-ca? Por que se diz do homem um ser político? Um animal político, como queria Aristóteles? A políti-ca, por certo, tem muitas facetas. Muitas compre-ensões e utilizações. Há a política fiscal, econômica, cambial, monetária, bancária, ambiental, externa, internacional. Uma empresa tem sua política co-mercial ou uma política da qualidade. Uma pessoa política é aquela, diz-se, que sabe contornar con-flitos e acomodar interesses de forma diplomática.

“A política trata da convivência entre diferentes.”Hannah Arendt (1906-1975), filósofa alemã

“A política não é o reino do Bem, nem da Ideia, nem da Razão. É o reino da força e das relações

de forças, dos interesses e dos conflitos de interesses.”

André Comte-Sponville (1952), filósofo contemporâneo francês

“Política é a mais antiga das profissões.” Millôr Fernandes (1923-2012), escritor e humorista brasileiro

Interessará, aqui, particularmente, a política em sua acepção de “arte e ciência de governar”, entendimento, aliás, que nos é dado por Platão. Nesse sentido, a ação política é inerente à evolu-ção humana para a civilização. Sem política, seria a barbárie. Sem Estado, a vitória da força. Embora todos os escândalos, toda a podridão que teima em dominar a coisa pública, aqui e lá fora, a política ainda é o melhor que temos. A única alternativa contra a guerra de todos contra todos.

Por isso, pensar a política é forçoso e manda-tório. Do contrário, seremos dominados por quem dela se locupleta. Pelos crápulas e tiranos. A histó-ria está aí para não nos deixar esquecer. Quando a verdadeira política definha, nasce o holocausto.

O totalitarismo. Seja ele de esquerda ou de direita. Nesse caso, tanto faz a cor da bandeira. Ela será sempre manchada de sangue. Sem política, insta-la-se o caos. Toda a ordem depende dela. Toda a vida social, também. Convém não esquecermos.

O Egoísmo SocializadoO homem é um ser social, ensinam-nos os ma-

nuais de filosofia. Mas também é um ser egoísta. Um bárbaro. Besta recapada com fina película de verniz. Capaz do melhor e do pior. É por isso que precisamos da política. Para resolver os conflitos, os choques de interesse, as animosidades sempre presentes. Já se disse que a política é conflito sem sangue. Creio seja verdadeiro. Fazer politica é re-solver diferenças sem uso da força e da violência.

A política começa lá onde a guerra termina. O Estado, criação humana, está aí para res-

guardar a ordem, a convivência razoavelmente pacífica. A paz na sociedade e na cidade (a pólis). Tarefa penosa. A agressividade, as tribos rivais, o fundamentalismo, o desamor, a ignorância, o ile-trismo, tudo depõe para que a barbárie seja mais oportuna. Basta olhar em volta. A política, portan-to, é a vida conflituosa sob o domínio e controle do Estado. Controle baseado em leis e imposições. Sem isso, voltaríamos à selva. Às pedras e tacapes.

Sponville diz o essencial: “se a moral reinasse, não precisaríamos de polícia, de leis, de tribunais, de forças armadas: não precisaríamos de Estado, nem, por-tanto de política!”. A vida social, nesse caso, seria perfeita. Mas, infelizmente, a moral não tem toda essa força. O egocentrismo sempre fala mais alto. O homem, dizia Epicuro há dois mil anos, “não é por natureza possuidor de modos doces”. É suicídio, pois, acreditar na bondade humana para resolver o que nos separa.

A política, então, aponta a saída: somos ego-ístas, mas é melhor sermos egoístas sem sangue e todos juntos. A política, se quisermos entender assim, é a socialização do egoísmo. É o egoísmo domesticado pela Lei.

O Equívoco do Apolítico A desilusão com a política, contudo, é grande.

Tem razão de ser. Escândalos se empilham sobre escândalos. Políticos chafurdam na lama da cor-rupção e das negociatas. Tudo isso faz da políti-ca algo desprezível. Abjeto. Detestável. A política virou politicagem. O que nos resta fazer? Negar sua existência? Abstermo-nos de fazer nossa par-te? Deixar a política para os políticos? Nada dis-so parece ser a melhor saída. Ignorar a política e o que podemos fazer por ela é deixar pista livre para qualquer um. O fascismo e o nazismo flores-ceram sob as barbas de toda uma nação. O dar de

Page 23: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com

Mosaico | 02 de outubro de 2014 | 07

ombros ao que fazem com a sociedade e com o Es-tado pode ser fatal. O apolítico, figura que por ve-zes nos tenta, é o avestruz social. Enfia a cabeça na terra, mas deixa a retaguarda desprotegida. Para quem quiser chutá-lo.

Quando não participamos, não podemos de-pois nos queixar de quem governa. Mesmo que as escolhas que temos nem sempre sejam as melho-res. O “menos pior” é preferível ao pior de todos, é o que se diz. Parece ser verdade. E não fazer po-

lítica é justo o pior. É dar carta branca aos imbecis, aos corruptos de carreira, aos escroques. Sempre é possível separar o joio do trigo. Possível e obriga-tório. Mesmo que o trigo a escolher seja de 2ª clas-se. Ademais, cada povo tem a colheita que merece.

Que a posição apolítica parece equivocada, não há dúvidas. Aliás, a própria natureza do apolítico guarda uma incoerência interna, no sentido de que não seria possível evitarmos totalmente a política, mesmo que a negligenciássemos por completo. A esse respeito, João Ubaldo Ribeiro, recentemente falecido, esboçou letras oportunas:

“É impossível que fujamos da Política. E possível, obviamente, que desliguemos a tele-visão, se nos aparecer algum político dizendo algo que não estamos interessados em ouvir. Isto, porém, não nos torna “apolíticos”, como tanta gente gosta de falar. Torna-nos, sim,

indiferentes e, em última análise, ajuda a que o homem que está na televisão consiga o que quer, já que não nos opomos a ele. O problema é que, por ignorância ou apatia, às vezes pen-samos que estamos sendo indiferentes, mas na verdade estamos fazendo o que nos convém.”

Verdade da política: ninguém dela escapa.

Eleições e InteresseA eleição é o DNA da política. É a festa da de-

mocracia, como querem alguns. Sobre ela, algumas digressões se fazem fundamentais. Uma eleição é o confronto de oposições. Não necessariamente boas e ruins, mas antes de tudo diferentes. A escolha na urna pressupõe, a priori, programas, ideologias, interesses, alianças (espúrias, ou não), urgências, e, por que não, preconceitos e crendices. É só ver o matiz que se interpõe entre a esquerda e a direita. Entre bancadas contra ou a favor de temas difíceis, como o aborto ou a união homossexual. Aliás, não raramente vemos políticos escorregando – sorra-teiramente – para longe dos debates delicados. O posicionamento nem sempre rende votos. Isso prova o quanto é difícil – e ainda mais na política – defender convicções de forma concreta e hones-ta. Verdade e política nem sempre andam de mãos dadas.

Como votamos? Por que votamos neste e não naquele ou naquela? Mais uma vez a lucidez de Sponville nos ampara:

“Qual de nós, antes de eleger um presiden-te da República, se pergunta que candidato é mais inteligente, mais competente, mais erudi-to? (...) Que devamos evitar o voto num imbe-cil, nem é preciso dizer. Mas isso não significa que votemos no mais inteligente, nem no mais erudito, nem no mais competente. Votamos naquele cujas ideias compartilhamos, naquele que trava um combate que cremos justo, na-quele que defende nossos interesses ou nossas opiniões, naquele que propõe, para o país, a di-reção que desejamos.”

A mensagem é clara. Basta não ser cínico para entendê-la. Votamos, todos, no próprio bem; não no bem comum. Na urna, cada qual consagra seu próprio interesse. Vencerão os que defenderem os interesses da maioria. Em uma democracia não são necessariamente os melhores que governam; são os mais numerosos.

Política: Direito e Dever Por tudo o que é e deixa de ser, a política não

pede nem ilusão, nem desprezo. Iludir-se com a política é acreditar que ela deveria ser o território do bem, do compromisso abnegado. Acreditar que as ideologias são isentas de interesse. Desprezá-la, é desacreditá-la ao extremo, lançando política e políticos ao lança chamas. Há bons e maus polí-ticos, assim como há bons e maus médicos, advo-gados, engenheiros, e professores. A corrupção, a falsidade e a arrogância não são prerrogativas de nenhuma atividade humana. Felizmente, a justiça e o amor tampouco.

O desencanto com a política não deve nos le-var ao canto da sereia da indiferença, da apatia e do marasmo. Quando a razão adormece, os maus políticos triunfam. Onde o espírito crítico inexiste, a manipulação grassa. Onde termina a política co-meça a politicagem. Picadeiro dos vigaristas e dis-simulados. Dos pilantras profissionais. E é preciso, sempre, agir contra eles.

A política, portanto, é direito e, mais do que tudo, dever. Direito por uma sociedade mais justa e dever de lutar por ela. Construí-la. Transformá--la. Todos os dias.

Para os cidadãos, que somos, nenhuma ta-refa me parece mais urgente.

Page 24: Maestro Alves Rossatto - 67.23.254.1867.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_160.pdf · de 2006, em Ijuí, por ocasião dos 40 anos de regência. Casado com