Magazine de Educação e Artes 01_março13

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Magazine Eletrónica de Educação e Artes é uma publicação mensal que trará até si uma amostra do mundo da educação artística na Região Autónoma da Madeira.

Transcript of Magazine de Educação e Artes 01_março13

  • 01_m

    aro

  • 1_Editorial

    2_Destaque do ms

    3_Entrevista com SANDRA GOUVEIA

    4_Video do ms

    5_Imagem do ms

    6_Entrevista com FERNANDA DA GAMA

    7_Jovens Artistas 2013

    8_A acontecer

    9_Aconteceu

    10_Partilhas

    Em 1864, um comerciante de llnoys, EUA de nome Clip Eastewood, canado da banguna com seus papeis, dobrou pequenos pedaos de arame para prender esses papeis. A idea agradou tanto as pessoas que frequentavam a loja de Clip que passaram a pedir que ele fizesse para elas tambm, a ideia deu certo e Clip passou a comercializa-los.

    Indice

    Direo Geral_Carlos gONALVES E PAULO ESTEIREIRO

    Coordenao Editorial_ Filipa Silva

    CoNCEPO Grfica e Paginao_Silvano Rodrigues

    Colaboradores_Marlia Rodrigues, Paulo Esteireiro, Joo Borges, Jorge Conduto, Isabel Costa, NelI Silva, Joo Caldeira, Fernanda Gama, francisco caldeira.

    Propriedade_ sre/dre/dseam

  • edit

    or

    ial

    Filip

    a Si

    lva

    Aps um ano de silncio, o Jornal Eletrnico de Educao e Artes retoma a sua viagem num novo formato e com um novo nome: Magazine

    Eletrnica de Educao e Artes. Porqu esta mudana de jornal para magazine? Um dos primeiros fatores porque magazine uma denio,

    digamos, mais internacional para o que entendemos por revista. aceite na nossa lngua me mas tambm uma designao conhecida e

    utilizada pelo mundo inteiro. Magazine origina da palavra rabe makhzan, que signica armazm, e deu origem aos termos magasin em

    francs, magazzino em italiano, e magazine em ingls e portugus. Originalmente, o nome era utilizado para designar um armazm ou loja

    de venda de produtos variados e, s com a inveno da imprensa, comeou a ser utilizada para denominar jornais e revistas: pois no deixavam

    de ser armazenamento, mas de informao. Um segundo propsito que levou mudana de nome, aproveitando um estudo de Scalzo (2006),

    que o conceito de revista ultrapassa em muito a funo da denio de jornal que conhecemos, onde cabe apenas a tarefa de noticiar. Esta,

    segundo o mesmo autor, possui uma vocao mais direcionada para a educao, formal ou informal, e para o entretenimento, assumindo uma

    funo cultural mais complexa que a simples transmisso de notcias: entretendo, trazendo anlise, reexo, concentrao e experincia de

    leitura sendo, por isso, mais liberta, mais ousada e mais criativa. tudo isto que pretendemos com este novo formato que queremos: mais

    jovem, mais moderno, mais apelativo e, por isso, mais prximo dos nossos leitores. Quanto ao contedo, mantemos o nosso objetivo: trazer-lhe

    as novidades da Direo de Servios de Educao Artstica e Multimdia navegando, tal artenautas (ateno ao termo pois iro ouvi-lo muitas

    vezes!), por entre aqueles que gostam de fruir arte, no geral, por aqueles que participam em processos e momentos de animao artstica e por

    aqueles que possuem o papel de educar pela e para a arte.

    Aps 50 nmeros do Jornal Eletrnico de Educao e Artes, sejam, ento, bem-vindos nova Magazine Eletrnica de Educao e Artes da Secre-

    taria Regional da Educao e Recursos Humanos, uma publicao mensal que trar at si uma amostra do mundo da educao artstica na

    Regio Autnoma da Madeira. Andaremos, tal bicho de pssego, pelas ruas e escolas da nossa ilha e pelos projetos e eventos da Direo de

    Servios de Educao Artstica e Multimdia para trazer, at si, novidades acerca do que de bom se faz por c ao nvel artstico. Subam a bordo

    desta viagem, apertem os cintos e desfrutem da nossa companhia!

  • Filipa Silva

    destaque do ms

  • Maro foi um ms em cheio para a Direo de Servios de Educao Artstica e Multimdia (DSEAM). Das comemoraes do Dia Mundial do Teatro aos prepara-tivos para o Festival da Cano Infanto-Juvenil da Madeira e do concerto de encerramento do projeto Comenius Regio, muitas foram as equipas que, com dedicao e empenho, uniram esforos para trazer a pblico espetculos com muita qualidade artstica. Isto, claro est, sem falar do Concurso Jovens Artistas e de tantos outros eventos e concertos de uma Tempo-rada Artstica que nunca para e tem sempre novida-des para oferecer.

    Sem querer tirar o mrito a qualquer um dos eventos que salientei e que merecero um destaque, noutras pginas desta edio ou em edies futuras, cabe-me falar aqui de um outro projeto, recente, da Secretaria Regional da Educao e Recursos Humanos (SRE) que a DSEAM est a colocar em prtica: o Artenautas, um programa mensal de rdio que est no ar nas rdios Popular e Zarco ( segunda-feira), Festival ( tera-feira), Palmeira ( quarta-feira) e Sol ( quinta-feira), todas as segundas semanas de cada ms, entre as 18h00 e as 20h00. E porqu Artenautas? Qual a essn-cia da escolha deste nome para o programa? Artenau-ta um termo criado a partir dos vocbulos arte e nauta e pretende simbolizar um viajante, um navega-dor que viaja atravs da arte. Pode referir-se simples-mente queles que fruem e gostam de arte no geral, aos que participam em processos e momentos de animao artstica, ou aos que possuem o papel de educar pela e para a arte. Portanto, este programa pretende servir todos os que gostam, os que partici-pam e os que educam: no nal de contas, todos ns!

    O projeto foi iniciado com um programa piloto em janeiro deste ano e, desde essa data, trs programas foram j apresentados ao pblico e o quarto est j a

    caminho. Nasceu de uma parceria entre a DSEAM e o grupo de rdios apresentado e pretende divulgar aquilo que se faz no panorama artstico educacional regional, quer na DSEAM, quer pelas escolas da regio. No alinhamento do programa, os trs pivs Joo Caldeira, Filipa Silva e Francisco Caldeira apresentam aos ouvintes vrias rubricas que tm como o condu-tor um tema geral, normalmente denido pelos even-tos ou comemoraes de maior destaque do ms corrente. De salientar, ainda, que a coordenao do projeto de Paulo Esteireiro e a assistncia tcnica de Eduardo Gonalves.

    Na rubrica Artenautas com, h sempre um convida-do relacionado com a temtica principal e diretamen-te ligado DSEAM. Conversa-se sobre o tema que geralmente palco de algum evento e tudo o que concerne sua organizao e apresentao, partilham-se opinies sobre arte e educao, no geral, e existe sempre a tentativa de o conhecer de uma forma mais prxima convidando-o a trazer consigo um tema musical do seu agrado e a jogar o Letra-a-letra. Na rubrica Artenautas na rua, como o prprio nome indica, a equipa sai para as ruas do Funchal questionando os populares sobre antigas expresses regionais que, cada vez mais, desaparecem do uso comum. No Artenautas na escola, pode conhecer-se algum com boas prticas artsticas nas escolas da regio e comprovar que, efetivamente, existe uma dinmica artstica muito positiva no que concerne s reas da msica, do teatro, da dana e da expresso plstica. Um outro convidado apresentado para, com sua arte e esprito crtico, escrever uma reexo sobre a temtica do programa, na rubrica Crnicas de um artenauta. Paralelamente a tudo isto, existe sempre um leque de escolhas musicais muito prprio, geralmente de edies da DSEAM ou relacionadas com os seus quinze grupos ociais e que compem a

  • Temporada Artstica da Direo Regional de Educao/Educao Artstica. A divulgao dos principais eventos desta temporada que pretende apresentar, de uma forma descentralizada por toda a regio, as suas formaes artsticas nas reas da msica, do teatro e da dana , tambm, um dos grandes objetivos deste programa.

    Como pretende ser um programa inovador, na ltima edio foi colocada uma nova rubrica Msica ao vivo onde se pretende dar a conhecer alunos ou docentes da Diviso de Expresses Artsticas da DSEAM, convidando-os para brindar os ouvintes com algo interpretado ao vivo no estdio de gravaes. Na prxima edio, ser ainda introduzida mais uma novidade: a rubrica I Podes saber, um projeto que vai s escolas divul-gar as edies da DSEAM e conhecer um pouco do que se faz por l, trazendo depois para o estdio um pouco da sua rotina e das suas atividades.

    No se esquea, ento, de ligar a sua rdio na segunda semana de cada ms, nas rdios e horrios assinalados, e sintonizar o Artenautas: um programa diferente, divertido, pensado por artenautas para artenautas ouvirem!

  • Nikon D3000

    Objetiva Nikon DX 18-55 mm, 1:30 s

    Abertura de diafragma, f: 4.2

    ISO 280

    entrevista com

    SANDRA GOUVEIA

  • Nesta primeira edio, convidamos os nossos leitores a viajar connosco at escola Sede de Machico, atual EB1/PE Eng. Lus Santos Costa. Temos o grato prazer de ser conduzidos nesta viagem por Sandra Gouveia, Diretora da escola.MEA: Queramos que nos falasse um pouco da vossa escola: qual o meio envolvente e como feita a programa-o das vossas atividades.SG: uma escola muito grande: temos 15 turmas no 1. ciclo e 5 no pr-escolar, o que totaliza 466 alunos; temos, tambm, 62 professores e 2 tcnicos de biblioteca. uma escola, quanto a mim, muito bem equipada, com timos recursos e boas condies fsicas e materiais. Temos a participao, na sua grande maioria, da liga de pais, da secretaria e do poder local. Tudo o que ns planicamos e programamos em julho, antes do incio do novo ano escolar, e fazemos um trabalho de equipa: dividimos tarefas e funes e planicamos antes do incio do novo ano letivo.MEA: Ns andmos na vossa pgina da internet e estive-mos a ler o vosso Projeto Educativo. Sabemos que o seu tema principal a literacia e o civismo mas que no deixa de fora as artes, pois os responsveis pela escola tm o cuidado de investir no desenvolvimento da sensibilidade esttica e criatividade. Que tipo de atividades artsticas a escola oferece aos seus alunos e aos demais utentes?SG: O princpio da nossa escola, e o Projeto Educativo a base de tudo o que ns fomentamos no nosso estabeleci-mento, sempre a promoo da literacia na formao global do educando atravs do desenvolvimento da personalidade, orientada para cada exerccio, e do pleno civismo que ns pretendemos que eles desenvolvam. Ns temos outro documento tambm muito valioso, e que nos orienta no nosso dia-a-dia, que o Plano Anual de Ativida-des. Nele, temos as atividades que programamos em conjunto, que decidimos que tm que ser mesmo feitas e que, na grande maioria, so desenvolvidas em todas as escolas: eu rero-me ao Natal, Pscoa, ao Po-por-Deus e outras tantas; geralmente, todas as escolas do 1. ciclo tm estes dias ou estas atividades como referncia. Depois, temos as outras atividades que consideramos j mais especcas e relacionadas com o que estamos aqui a falar e que tm a ver com a arte na sua globalidade. Temos,

    com a durao de uma hora, a rea artstica de comple-mento curricular e as atividades de enriquecimento do currculo, onde desenvolvemos atividades na rea da msica, da expresso dramtica e tambm da expresso plstica. Temos as 5 reas, as 5 modalidades que o docu-mento orientador da Direo de Servios de Educao Artstica e Multimdia (DSEAM) assim nos proporciona que efetuemos: um grupo instrumental, que inclui instru-mentos como a auta (um consort de bisel, que pretende aperfeioar os diferentes naipes de autas), a percusso e ainda um grupo de ocina musical que acrescenta os tais materiais reutilizados aos instrumentos da sala de aula; um grupo de expresso dramtica; um grupo de cordofones que engloba os instrumentos de cordas tradicionais madeirenses: a braguinha, o rajo, a viola de arame; um grupo de canto coral o dito coro da escola; e um grupo de dana, que est mais vocacionado, nesta escola, para a dana antiga, abordando principalmente a poca do renascimento. Porqu? Porque a nossa escola, todos os anos, se envolve no Mercado Quinhentista e, ento, como trabalhamos em equipa, tentamos juntar todas as ativida-des que esto a ser desenvolvidas na nossa localidade com os interesses do aluno e tambm, em certa parte, com os interesses que a regio, e neste caso a DSEAM, nos proporciona. Tentamos, portanto, juntar tudo isto e ir ao encontro do nosso Projeto Educativo para desenvolver as tais atividades que eu mencionei anteriormente. Depois, temos ainda a expresso plstica, que tambm desenvolve um trabalho cooperativo com a curricular e as AEC, apoiando igualmente todas estas reas que eu acabei de referir e ainda outras atividades, como a festa nal e a feira do livro, onde desenvolvemos espetculos em que todas as reas deixam um pouco do seu testemunho.MEA: Tendo em conta todos estes grupos e atividades que a Sandra acabou de referir, a escola associa-se a muitas outras iniciativas ao longo do ano. Em que outras iniciati-vas, extra escola, costumam participar tambm?SG: Ns fazemos muitas coisas e eu vou tentar referir algumas. Temos aquelas que esto no plano anual da escola e que implicam que tenhamos o envolvimento de todas as pessoas da escola independentemente de serem especcas de uma determinada rea ou no. Depois, temos o Dia Mundial da Msica, o Dia Mundial da Voz, o

  • Dia Mundial da Dana e duas plateias ativas. Estas so as que no esto no Plano Anual de Atividades e so espec-cas mesmo da rea das modalidades artsticas: porque, como vocs podem constatar, tm uma determinada especicidade e s mesmo os professores em si que as conseguem desenvolver e apresentar. Relativamente s atividades que constam do Plano Anual de Atividades da escola temos o Po-por-Deus, o Natal (onde fazemos um Auto de Natal e preparamos cnticos para a missa: envolve toda a comunidade escolar, incluindo os alunos do ensino recorrente e do CAO que uma novidade deste ano), o cantar dos Reis (onde vamos escola secundria e percor-remos todo o centro da cidade de Machico), o Carnaval, celebrado na sexta-feira e no domingo, o Dia do Ambien-te, o da Famlia, o Festival Vozes em Flor (que um festival da cano infantil organizado pela associao Flores de Maio), o Mercado Quinhentista, a Semana Regional das Artes, a Feira do Livro e tantas outras coisas mais. Todas estas atividades, torno a realar, no so da nica respon-sabilidade dos professores ligados s reas artsticas: so da responsabilidade da escola toda. Eu vou dar-vos um exemplo: na feira do livro do ano passado, lanmos uma histria que foi feita a todas as mos, com a participao de todos os meninos de todos os anos de escolaridade; no m, foi feita uma pea teatral, onde os professores de biblioteca trabalharam o texto, a dramatizao, os da msica ajudaram a montar. Depois tivemos, ainda, pessoas de fora: convidmos alunos do Conservatrio de Msica de Machico, que tambm embelezaram com peas musicais adaptadas nossa pea teatral e, ao mesmo tempo, estava a decorrer uma performance artstica, onde estavam a ser desenhados dois painis com a participao de todos dos pais, do pessoal no docente, do pessoal docente e de um aluno e esses dois trabalhos esto hoje em dia nas paredes da nossa escola. A nossa escola, alm destas atividades, tambm pe a arte ao vivo, expem os trabalhos (pendura os trabalhos tanto no teto como nas paredes): no cinge a arte a uma mera sala de aula, vai para a rua, est no meio da escola, est no ptio da escola, est no jardim.MEA: Apesar do grande dinamismo da vossa escola, certamente existem sonhos, objetivos ou metas que ainda no alcanaram, que ainda esto por alcanar. Que proje-

  • tos ou sonhos a escola aguarda poder concretizar?SG: Bom, os Artenautas esto sempre a sonhar, andam sempre na lua, esto sempre a viajar. Eu tenho algumas opinies muito pessoais e outras que recolhi dos meus colegas que esto a desenvolver parte da arte na nossa escola. engraado constatar que todos estamos, mais ou menos, dentro da mesma nave e, basicamente, o nosso intuito continuar a melhorar e a desenvolver o trabalho em equipa e em interdisciplinaridade, tendo em vista as aprendizagens signicativas e o sucesso escolar, privile-giando e valorizando uma educao holstica em todas as disciplinas, e dando o valor s artes. Pessoalmente, acho que temos que rever a forma como funciona, digamos, a carga horria que dada aos alunos. Eu sou uma grande defensora de que as atividades de enriquecimento do currculo no devem ser organizadas por turma mas sim por opo individual do aluno e dos pais. Acho que deviam organizar-se por ncleos constitudos por opo. J tivemos esta opo aqui na nossa escola mas deixmos de ter. Penso que devemos repensar a carga horria, tambm, das modalidades, tanto na hora da curricular como na das AECs. O facto de termos uma hora para um determinado ano de escolaridade e duas horas para outro: devamos repensar, novamente, isto, ouvir mais as pessoas que esto no terreno, nas escolas e, por m, valorizar a importncia das reas artsticas no desenvolvimento pessoal e social de todas as crianas. Sempre gostei muito de Joo de Barros, um grande pedagogo que dizia o seguinte numa obra que se chamava Educao Republica-na de 1916: no h sociedade democrtica que possa viver progredindo sem o culto da arte. Nas suas palavras, ele quis dizer que o culto da arte que constitui, hoje, uma das bases indispensveis da educao moral e da educao cvica, ou seja, a arte adoa o carter, fortica e orienta a sensibilidade e aumenta o poder e a comunicabilidade. Eu acho que to bonito quando ele nos tenta dizer que, fazendo-se amar toda a arte e toda a beleza comeando pela arte e pela beleza da sua terra, que no nosso caso ser do concelho de Machico, ter-se- ensinado criana a amar o seu pas, com um amor mais profundo e mais ardente. E ensinando-lhe, ao mesmo tempo, a amar e a venerar a humanidade inteira pela viso e compreenso das suas mais belas criaes. Ou seja, ao orientarmos os

  • alunos a aprender meramente Portugus e Matemtica sem as artes, no vamos muito longe. Ns temos que adoar a vida, temos que dar nimo, e para isso que eu sou uma grande

    defensora das artes.

  • Video do msmarina ornelas

    http://youtu.be/lpD9eDNc0iU

  • Imagens do msFotografo mIGUEL VIEIRA

  • entrevista com Fernanda da Gama

    Pelas comemoraes do Dia Mundial do Teatro, celebradas a 27 de maro, convers-mos com Fernanda Freitas, docente do Liceu Jaime Moniz, responsvel pelo grupo de teatro O Moniz Carlos Varela e organizadora do Festival Regional de Teatro Escolar Carlos Varela, que aconteceu entre os dias 11 e 15 do mesmo ms. Com a sua energia e simpatia habitual, conversmos, essencialmente, sobre o trabalho que desenvolve na rea do teatro e da edio do festival de teatro escolar deste ano.

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    Pelas comemoraes do Dia Mundial do Teatro, celebradas a 27 de maro, conversmos com Fernanda Freitas, docente do Liceu Jaime Moniz, responsvel pelo grupo de teatro O Moniz Carlos Varela e organizadora do Festival Regional de Teatro Escolar Carlos Varela, que aconteceu entre os dias 11 e 15 do mesmo ms. Com a sua energia e simpatia habitual, conversmos, essencialmente, sobre o trabalho que desenvolve na rea do teatro e da edio do festival de teatro escolar deste ano.

    MEA: Fala-nos do grupo de teatro O Moniz Carlos Varela: como que ele surgiu, como que se tem apresentado ao longo dos anos e quais os princi-pais eventos em que tem participado.

    FF: O grupo de teatro O Moniz - Carlos Varela inicial-mente chamava-se apenas O Moniz. Foi criado pelo professor Carlos Varela, entretanto falecido, e passou a chamar-se, depois do seu falecimento, O Moniz - Carlos Varela em homenagem ao seu criador. O grupo formou-se em 1990 e contava com poucos elementos na altura. Foi criado a pedido do professor Rui Alberto, da Direo do Liceu Jaime Moniz, ao professor Carlos Varela, pois na altura

    conhecia-se o seu interesse pelo teatro, propondo-lhe a criao de um grupo de teatro nessa escola. Entre-tanto o grupo evoluiu, participava nos chamados ETE - Encontros de Teatro Escolar a nvel nacional. Teve algumas participaes em Encontros de Teatro Vicentino, recebendo at menes honrosas em algu-mas delas. Como coordenador, o professor Carlos Varela esteve frente do grupo durante dez anos deixando depois o testemunho s professoras Incia Carvalho e Isabel Martins. De h seis anos para c, eu assumo o papel de coordenadora do grupo de teatro.

    No ano passado, realizmos a vigsima edio do festival e elabormos um historial do grupo e do prprio festival. Um ex-aluno do grupo, o Bruno Costa, teve um papel preponderante na recolha de tudo o que tinha sido feito anteriormente para conseguirmos elaborar uma cronologia de todos os trabalhos que o grupo tinha feito e em que eventos tinha participado. A par disso, tambm elabormos a cronologia do prprio festival. Todo o material est disponvel numa pgina na internet (http://historialomonizcarlosvarela.wordpress.com/) para quem quiser pesquisar: quer o historial do grupo O Moniz - Carlos Varela, quer tambm o historial do

  • Festival Regional de Teatro Escolar Carlos Varela.

    Atualmente, o grupo conta com cerca de 20 elementos; todos os anos temos volta deste nmero de elementos mas s vezes chega aos trinta. Entretanto, temos alguns elementos que desistem por causa dos testes ou porque tm outras ativi-dades em paralelo. Normalmente e no geral, os alunos que se envolvem nos clubes das escolas so os que tm mais ativida-des extracurriculares, no s o teatro.

    MEA: Ns somos muito curiosos e queremos saber mais sobre o verdadeiro festival em si. Queres falar-nos um pouco sobre a histria deste festival, quem pode participar, os concorren-tes e os participantes?

    FF: O primeiro festival realizou-se em 1992/1993 e, logo desde o seu incio, foi uma colaborao entre o Liceu Jaime Moniz e a Direo Regional de Educao (DRE). Alguns documentos antigos consultados, referem que se fazia uma conferncia de imprensa, de lanamento do festival, em que estava um representante da DRE, um representante da escola e o profes-sor Carlos Varela. H tambm registo destas conferncias em notcias antigas. Atualmente, no fazemos bem isso: fazemos, em seu lugar, um espetculo de abertura. Relativamente a quem que pode participar no festival: normalmente todos os grupos de 3 ciclo do ensino bsico e ensino secundrio mas, por vezes, aceitamos inscries de faixas etrias mais baixas, do 2 ciclo do ensino bsico, caso queiram muito parti-cipar. No restringimos inscries a ningum. Enviamos para as escolas de 3 ciclo do ensino bsico e ensino secundrio porque so mais velhos e j tm trabalhos mais consistentes. Mas j tivemos casos em que aceitmos alunos de 2 ciclo, de Machico e aqui do Funchal. Inicialmente, nos primeiros anos do festival, os grupos participantes eram da Escola da Levada, da Escola Francisco Franco e ns, aqui do Liceu. Entretanto comeou a alargar-se e j chegmos a ter quinze grupos participantes. Mas este nmero era complicado de gerir: difcil organizar todo o trabalho, dentro da semana, a nvel tcnico: porque todos eles precisam de um bocadinho para ensaiar e de um bocadinho para fazer a montagem. Ns orga-nizamos o espetculo de abertura na segunda-feira noite, com a colaborao do clube de dana l da escola e, por isso, a segunda-feira no utilizada para espetculos das escolas:

    s os outros dias que so utilizados. Este ano temos oito grupos participantes, menos do que no ano anterior e os motivos so vrios. Alguns grupos mudaram de coordenador - e quando se muda as coisas tm de comear quase do incio pois vamos criando uma experincia que impossvel de transmitirmos a outros numa hora ou num dia. Outro proble-ma so as diculdades nanceiras a nvel de transporte que os grupos tm. Outra diculdade ainda tem a ver com o facto de muitos grupos terem mudado de alunos e, por isso, so menos experientes: e, nestes casos, torna-se difcil preparar algo atempadamente para apresentar. Normalmente, no primeiro perodo, costumamos fazer uma adaptao; uma vez que temos alunos novos temos de fazer jogos de integra-o, todo um trabalho de incluso que imprescindvel. Por essa razo, impossvel, em alguns casos, preparar um espe-tculo para estar pronto em maro.

    MEA: Fala-nos um bocadinho sobre o programa deste ano.

    FF: Ns inicimos o festival na segunda-feira, dia 11, noite, com o espetculo de abertura. Apresentmos o musical Grease, onde tivemos o John Travolta e a Olivia Newton John, esta ltima numa verso mais bonita. [risos] Na tera-feira de manh, pelas 11.45, tivemos o espetculo do nosso grupo, intitulado Para alm de ns, os outros: um texto original meu que teve uma reviso do Bruno Costa. tarde tivemos tambm um original da Escola da APEL, com texto de Graa Garcs, Vem sentar-te comigo Ldia, mas ca quieta, relaciona-do com os heternimos de Fernando Pessoa. s 17:00, do mesmo dia, tivemos a Escola Bsica e Secundria de Santa Cruz que, este ano, voltou a inscrever-se aps ter estado muitos anos sem participar. Veio com Um olhar sobre o natal - fora de horas mas, como dizem, todos os dias natal: quando o homem quiser. Na quarta-feira tivemos uma escola que nunca tinha vindo, a Bsica do 2 e 3 ciclos Cnego Joo Jacinto Gonalves de Andrade, do Campanrio, com a Cinde-rela Radical. Depois temos a Ocina de Teatro Corpus, da Escola Francisco Franco, que vem sempre ao festival, com a pea Atores Precisam-se. Na quinta-feira, para alm do Conservatrio Escola das Artes da Madeira, temos a Escola Bsica Professor Francisco M. S. Barreto, da Faj da Ovelha, que j tinha participado h uns anos atrs e que este ano voltou com uma adaptao de O auto dos animais, da autoria

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    de Fernando Melro. Depois, ao m da tarde, tivemos o Lnguas de Palco da DRE/Educao Artstica com Uma famlia beira de um ataque de nervos. Na sexta-feira tivemos nova-mente o Conservatrio Escola das Artes, que este ano se predisps a fazer vrios espetculos e na sede do TEF: no precismos de usar o palco do Liceu Jaime Moniz. Eles zeram o espetculo Lils, com autoria de Jon Fosse, na quinta e na sexta-feira de manh. Ainda na sexta-feira, ltimo dia de festival, tivemos a cerimnia de encerramento s 11:45, onde contmos com a participao dos nossos clube de teatro, clube de dana, DancEn?gma, e clube de ginstica, assim como do coro tambm. Neste espetculo, a pedido do proje-to Espao Anjos:Preveno dos Comportamentos de Risco, foi feita uma apresentao relacionada com a toxicodependn-cia, mais concretamente com o bloom, uma aposta na espe-rana de que h outras coisas mais importantes na vida do que car deprimido, do que car dependente de algo que depois nos tira tudo. Do programa, constaram tambm alguns atelis de formao, com o Lus Melim, que um entu-siasta do teatro. Ele predisps-se a fazer duas formaes, uma de construo e manipulao de fantoches, com a tcnica de papel e ta-cola, na quarta-feira tarde, e na quinta-feira de manh uma formao inicial de modelagem de bales. Tambm tivemos uma formao de sonorizao com o Ant-nio Freitas, que um professor do Liceu Jaime Moniz que est ligado multimdia. E tudo gratuito, quer as entradas quer as formaes.

    alunos a aprender meramente Portugus e Matemtica sem as artes, no vamos muito longe. Ns temos que adoar a vida, temos que dar nimo, e para isso que eu sou uma grande

    defensora das artes.

  • Beatriz e Diogo, (vencem) os Jovens Artistas!

    para todo o jovem que sonha enveredar por uma carreira artstica, os concursos permitem, no s promover o desenvolvimento artstico como

    tambm fortalecer uma motivao intrnseca, quando confrontados com o reconhecimento pblico; por outro lado, criam oportunidades para revela-

    o de novos talentos.

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    Texto de Marlia Rodrigues

  • vencedor Absol

    uto

    infantil

    vencedor Absolutojuvenil

    A Secretaria Regional da Educao e Recursos Humanos, atravs da Direo Regional de Educa-o, realizou, no passado dia 17 de maro, a Final da XII edio do Concurso Jovens Artistas da Direo de Servios de Educao Artstica e Multi-mdia, no Teatro Municipal Baltazar Dias.

    Este evento, destinado a crianas e jovens intrpre-tes que se destacam pela qualidade das suas performances artsticas, na Diviso de Expresses Artsticas, contou, numa fase inicial, com a realiza-o de eliminatrias, nas quais os concorrentes se apresentaram em duas categorias, a infantil (at aos 13 anos) e a juvenil (dos 14 aos 18 anos). Nesta fase registou-se um total de 50 concorrentes inscri-tos e de 23 professores envolvidos.

    No espetculo final estiveram presentes os 11 alunos (de 9 professores) que na fase eliminatria, respetiva de cada categoria, obtiveram a pontuao mxima na classe a que concorriam, e competiram entre si: Canto, Cordas, Percusso, Sopros, Teatro e Teclado. Por sinal, concorrentes que apresenta-ram grande qualidade de interpretao das peas, verificada pela notria satisfao do pblico presente.

    Em cada uma das categorias, o concorrente que reuniu maior pontuao de entre as diversas classes, foi considerado o vencedor absoluto desta mesma. No caso da categoria infantil, Beatriz Spnola de 12 anos conquistou o jri, interpretando no Violino, o Concerto em Lm I andamento, de J.S. Bach, com acompanhamento ao piano pela sua professora, Parandzem Kachkalyan. Na catego-ria Juvenil, foi a vez do Diogo Gomes, de 17 anos, aluno do professor Norberto Cruz, interpretar Burletta e Mitoka Dragomirna, de Armin Kaufmann, acompanhado ao piano pela professora Galina Stetsenko.

    Para o prximo ano, fica a promessa da revelao de novos talentos, e de um grande espetculo!

  • ac

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    21 fevereiro s 15h22 fevereiro s 11h e 21h30

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    04abril

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    de Fernando Melro. Depois, ao m da tarde, tivemos o Lnguas de Palco da DRE/Educao Artstica com Uma famlia beira de um ataque de nervos. Na sexta-feira tivemos nova-mente o Conservatrio Escola das Artes, que este ano se predisps a fazer vrios espetculos e na sede do TEF: no precismos de usar o palco do Liceu Jaime Moniz. Eles zeram o espetculo Lils, com autoria de Jon Fosse, na quinta e na sexta-feira de manh. Ainda na sexta-feira, ltimo dia de festival, tivemos a cerimnia de encerramento s 11:45, onde contmos com a participao dos nossos clube de teatro, clube de dana, DancEn?gma, e clube de ginstica, assim como do coro tambm. Neste espetculo, a pedido do proje-to Espao Anjos:Preveno dos Comportamentos de Risco, foi feita uma apresentao relacionada com a toxicodependn-cia, mais concretamente com o bloom, uma aposta na espe-rana de que h outras coisas mais importantes na vida do que car deprimido, do que car dependente de algo que depois nos tira tudo. Do programa, constaram tambm alguns atelis de formao, com o Lus Melim, que um entu-siasta do teatro. Ele predisps-se a fazer duas formaes, uma de construo e manipulao de fantoches, com a tcnica de papel e ta-cola, na quarta-feira tarde, e na quinta-feira de manh uma formao inicial de modelagem de bales. Tambm tivemos uma formao de sonorizao com o Ant-nio Freitas, que um professor do Liceu Jaime Moniz que est ligado multimdia. E tudo gratuito, quer as entradas quer as formaes.