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ENSAIO MAGAZINE Revista Cultural do Conservatório de Tatuí - Outubro/2009 - Ano V - nº 54 - Distribuição Gratuita 22º Fetesp: festa 22º Fetesp: festa do teatro em Tatuí do teatro em Tatuí ‘O Estrangeiro’, com Guilherme ‘O Estrangeiro’, com Guilherme Leme, encerra evento dia 18 Leme, encerra evento dia 18 Pianistas em destaque Pianistas em destaque Torneio Cururu Vivo Torneio Cururu Vivo Concurso Nacional e Encontro Concurso Nacional e Encontro Internacional reúnem instrumentistas Internacional reúnem instrumentistas Repentistas competem na Concha Repentistas competem na Concha Acústica, que terá shows especiais Acústica, que terá shows especiais

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Revista Cultural do Conservatório de Tatuí - Outubro/2009 - Ano V - nº 54 - D

istribuição Gratuita

22º Fetesp: festa 22º Fetesp: festa do teatro em Tatuído teatro em Tatuí‘O Estrangeiro’, com Guilherme ‘O Estrangeiro’, com Guilherme Leme, encerra evento dia 18Leme, encerra evento dia 18

Pianistas em destaquePianistas em destaque

Torneio Cururu VivoTorneio Cururu Vivo

Concurso Nacional e Encontro Concurso Nacional e Encontro Internacional reúnem instrumentistasInternacional reúnem instrumentistas

Repentistas competem na Concha Repentistas competem na Concha Acústica, que terá shows especiaisAcústica, que terá shows especiais

EXPEDIENTE

Ensaio Magazine é uma publicação do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, gerido pela Associação de Amigos do Conservatório de Tatuí, qualifi cada como Organização Social da Área de Cultura no Governo do Estado de São Paulo por ato do Senhor Governador, de 12/12/2005, publicado no DOE de 13/12/2005 - Seção I.

Este informativo foi produzido para distribuição gratuita, fi nanciado por meio de apoio cultural de empresas e parceiros cujos anúncios estão publicados nas páginas seguintes.

Tiragem: 3.000 exemplares

Rua São Bento, 415 - Tatuí, SP - CEP 18270-820 Informações: (15) 3251-4573 www.conservatoriodetatui.org.br

Fotos: Conservatório de Tatuí/Divulgação

Governo do Estado de São PauloGoverno do Estado de São Paulo

José SerraJosé Serra - Governador do Estado João SayadJoão Sayad - Secretário de Estado da Cultura

Ronaldo Bianchi Ronaldo Bianchi - Secretário-AdjuntoSérgio TiezziSérgio Tiezzi - Chefe de Gabinete

Carla Almeida CarvalhoCarla Almeida Carvalho - Coordenadora da Unidade de Formação Cultural

Conservatório de Tatuí - AACTConservatório de Tatuí - AACT

Cristiano Guimarães de CamargoCristiano Guimarães de Camargo Presidente do Conselho de Administração

Conselho de Administração Conselho de Administração Alcely Aparecida Araújo

Carlos Henrique CarvalhoCimira Cameron

Deise Juliana de OliveiraEdson Luiz Tambelli

Fabiano Gava Gil Jardim Jorge Rizek

José Everaldo de SouzaMarcos Fernandes Pupo Nogueira

Raquel Fayad DelázariRicardo Simões

Henrique Autran DouradoHenrique Autran Dourado - Diretor ExecutivoDalmo Magno DefensorDalmo Magno Defensor - Diretor Administrativo e Financeiro

Erik Heimann Pais Erik Heimann Pais - Assessor ArtísticoAntonio Tavares RibeiroAntonio Tavares Ribeiro - Assessor PedagógicoRodrigo de Resende PatiniRodrigo de Resende Patini - Assessor Executivo

Analista de Marketing -Analista de Marketing - Fernanda Ap. Sancinetti ([email protected])

Jornalista ResponsávelJornalista Responsável - Deise Juliana de Oliveira - Mtb 30803 ([email protected])

Programador Visual Programador Visual - Paulo Rogério Ribeiro ([email protected])

Ilustração Ilustração (colaboração especial) - Éder Bispo Alcântara

Efemérides - 2009

Prof. Dr. Henrique Autran Dourado é Diretor Executivo da AACT

Diz-se que Beethoven era tão famoso em Viena, e tão pouco apegado a moradias (36 mudanças, só naquela cidade) e objetos, que disse para os amigos que, quando escrevessem para ele, apenas endereçassem: “Beethoven, Viena”. Mas o talvez músico mais nômade do passado, Georg Friedrich Haendel (em alemão, Händel), criado por família humilde - pai artesão, carpinteiro e barbeiro - o queria nas letras jurídicas; passou então a estudar música e compor escondido. A família, conformada, levou-o a estudar com Zachow, organista de sua Halle natal. Logo aos 17, passou a organista mas decidiu-se, pouco depois, pela a enevoada Hamburgo, cidade do norte alemão de grande tradição organística. Abraçou também o cravo e o violino, que lhe melhoraram as condições de sustento após o ingresso na Ópera local, onde, fi nalmente, aos 20 anos, terminou por estrear suas óperas “Almira” e “Nero”.

Apenas um ano depois, lança-se à Itália, onde dividiu seu tempo entre Venezia, Napoli, Roma e Firenze, durante 3 anos. Lá, entre diversas obras, aprendeu a lidar com a língua italiana, que lhe abriria maior espaço no mundo operístico (o escritor e crítico Stendhal[1] dizia, jocosamente, que no passado nenhuma ópera poderia ser escrita senão à sombra do Vesúvio, na Itália).

Aos 25, Haendel segue para Hanover, na Alemanha, onde foi nomeado Mestre de Capela do Príncipe Eleitor. Tardou pouco para receber – e, claro, aceitar rapidamente – convite para Londres, onde estreou sua ópera “Rinaldo”. Volta a Hanover, onde pela segunda vez pede licença do cargo, retornando a Londres no ano seguinte. Uma festa magnífi ca no rio Tâmisa, contratada por Jorge I, rendeu-lhe, além de bons estipêndios, uma fama que só continuaria a crescer no solo europeu: a esplendorosa “Música Aquática”.

Passando a trabalhar para o Conde de Carnarvon, em Edgware, compôs inúmeros hinos (anthems) segundo a fi el tradição da Igreja Anglicana. No fi nal dos anos 1910, um conglomerado de poderosos locais forçou a adoção do modelo italiano para a ópera inglesa – haja vista a célebre frase de Stendhal citada anteriormente. Na parceria, a imponente Royal Academy of Music, de Londres. Logo nomeado diretor da instituição, buscou na progressiva Dresden músicos e cantores para sua Academia. Assim, seguiram-se as óperas “Radamisto”, “Ottone”, “Giulio Cesare” e diversas outras.

GEORG FRIEDRICH HAENDEL(* Halle, 1685, + Londres, 1759) 250 anos de falecimento

Entre os melhores cantores da Europa, trouxe à sua Londres de adoção o castrato[2] Senesino e a soprano Cuzzoni. (Alguns tratados sérios relatam um episódio em que Haendel teria tentado, após desavenças em um ensaio, atirar a cantora de sobrenome sugestivo pela janela).

Na agitação da vida londrina, compôs ainda “Esther”, e, viajando mais uma vez para Oxford, um oratório, “Athala”. Após outra viagem, desta vez para Dublin, escreveu o magnífi co “Messias”, cujo sucesso o fez voltar-

se para o gênero, abandonando de vez a música operística. Mergulhou no Antigo Testamento, que lhe deu assunto para muitos outros oratórios, como “Balthasar”, “Solomon” e “Joshua”. Entre inúmeras outras obras, já vitimado por uma crescente cegueira, ainda compôs “Jephtha” e “O triunfo do tempo e da verdade”, sem abrir mão de empregar ideias antigas suas, e, frequentemente, até mesmo de outros compositores.

Reconhecido como verdadeiro inglês, Haendel morre aos 74 anos e é enterrado com todas as honras na Abadia de Westminster, um símbolo do Império Britânico. À família, sua herança reservou pouco mais de nada. (O testamento, escrito em inglês bastante sofrível, não faz menção a mulheres, das quais sua vida não deixou vestígios – o maior quinhão, ironicamente – ou, como diriam os franceses, “et pour cause”- fi cou para seu criado).

A obra de Haendel é vastíssima: desde suas mais de cem cantatas, quarenta óperas, trinta oratórios, mais de duas dezenas de concertos e inúmeras outras criações de diversas formas e gêneros. Sua genialidade e fama ultrapassaram os tempos, e seu vulto é cultuado por todos até os dias de hoje. Dois séculos depois, sua casa em Londres teve como vizinho tardio um seu fã declarado, falecido há 40 anos, hoje considerado o maior guitarrista de todos os tempos: Jimi Hendrix.[1] StendhalStendhal: pseudônimo do escritor e crítico francês Marie-Henri Beyle (1783 – 1842). [2] CastratoCastrato é o homem jovem ou adulto que, na maioria das vezes, tinha as genitálias esmagadas para que, decaindo a produção do hormônio testosterona, mantivesse uma voz feminina de grande riqueza, muito apreciada na época.

Prof.Dr. Henrique Autran Dourado

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Ensaio PedagógicoNo último dia 18 de

setembro, o Conservatório de Tatuí teve a oportunidade de prestigiar, pela primeira vez em sua história, um workshop de piccolo (fl autim) ministrado pelo professor e solista Michel de Paula (Brasil/Suíça). Vários alunos e professores do curso de fl auta transversal, além de ter tido a oportunidade de participar de uma atividade inédita, foram presenteados, juntamente com o público do Teatro Procópio Ferreira, com uma bela execução do Concerto para Piccolo Op. 50, de Lowell Liebermann acompanhado da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí.

“Este foi sem dúvida um evento importantíssimo para os alunos e professores desta instituição, tendo em vista que o piccolo, mesmo sendo um instrumento da família das flautas, muito próximo da flauta transversal moderna (orquestral),

Workshop inédito no ConservatórioAula e concerto de piccolo ressaltam importância do instrumento na área das madeiras

possui suas peculiaridades como a afinação, sistema de digitação (chaves menores), características de som especificas, entre outras, que fazem deste, um instrumento à parte e não apenas um complemento para um flautista”, disse o coordenador da área de sopros (madeiras) e professor de fl auta transversal Otávio Blóes.

Segundo Blóes, para o aprendizado

do piccolo, devido a estas peculiaridades do instrumento e difi culdades técnicas, aconselha-se primeiramente o estudo da fl auta transversal, principalmente por ser um instrumento que exige do aluno características técnicas e estruturais muito similares, mas com condições de aprendizagem mais acessíveis, como a embocadura e a digitação.

Na atualidade, nas principais orquestras e bandas sinfônicas do mundo o Piccolo é considerado um instrumento

solista, levando-o a uma posição importantíssima dentro destes grupos, exigindo assim, cada vez mais instrumentistas especializados: os piccolistas.

“Agradecemos o apoio e o empenho da direção do Conservatório de Tatuí em propiciar aos alunos desta instituição eventos de cunho pedagógico de tamanha grandeza e importância”, destacou Bloes.

Desde que foi criado, o programa Prelúdio recebe anualmente alunos e ex-alunos do Conservatório de Tatuí – não raro, eles são finalistas, como o que aconteceu no último ano, quando a flautista Isaura Melo e o saxofonista Rafael Migliani chegaram à finalíssima da competição.

Em 2009, o número de candidatos selecionados que são vinculados à escola de música sediada em Tatuí atingiu seu recorde: são três alunos e dois ex-alunos.

Passaram pela triagem e participam do programa musical que une música clássica ao tradicional formato de show de calouros os alunos Jonathan Garcia (saxofone alto, integrante da Big Band Jovem do Conservatório de Tatuí), Maikel Morelli (saxofone, integrante da Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí) e Victor Rolim (flauta), além do ex-aluno

Conservatório de Tatuí com cinco representantes no programa ‘Prelúdio’, da TV Cultura

Marcus Toscano (violão) e Heri Brandino (marimba).

Ao todo, são 23 candidatos, todos jovens músicos – instrumentistas, cantores e regentes - de até 25 anos, que têm a oportunidade de apresentar seu talento como solista de uma grande orquestra profissional sob a regência do maestro Júlio Medaglia, idealizador e diretor artístico do programa, responsável também pela pré-seleção dos calouros.

Os participantes foram selecionados entre 240 inscritos e tiveram diferentes itens avaliados - o que inlcui, também, performance - por uma comissão especializada.

A escolha dos participantes é feita através da análise do currículo e do material gravado enviado pelos aspirantes. Ao final de cada programa, um júri composto por músicos, críticos e especialistas escolherão o melhor

entre os calouros. São oito eliminatórias, duas semifinais e a grande final.

O programa Prelúdio está na sua quinta temporada e é apresentado pela jornalista Estela Ribeiro e pelo regente Júlio Medaglia. Durante onze etapas, os candidatos se apresentam com a orquestra. O vencedor será solista de um concerto especial e ganhará uma Bolsa de Estudos na Alemanha, patrocinada pelo Instituto Goethe.

As eliminatórias da quinta temporada serão gravadas até 31 de outubro. As exibições iniciaram no último dia 27 de setembro e seguem até dia 6 de dezembro, aos domingos, a partir das 14h. A grande final, será ao vivo, o que garante uma emoção a mais entre os participantes. Participar do concurso é uma forma de expor seu talento em nível nacional, além de interagir com instrumentistas de diferentes pontos do país e ser avaliado por músicos reconhecidos no cenário nacional.

Na quarta eliminatória, gravada no último dia 19 de setembro, o percussionista Heri Brandino (formado pelo Conservatório de Tatuí e atual integrante do Grupo de Percussão do Conservatório de Tatuí) classificou-se para as semifinais da competição. A gravação vai ao ar no dia 11 de outubro.

Michel de Paula e grupo de alunos de fl auta transversal

Isaura Melo e Rafael Felix Migliani: fi nalistas do Prelúdio em 2008

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“Me falô os antepassado / De uma lenda que existiu: / Santo Onofre e São Gonçalo / Um dia esses dois reuniu. / Da barba de São Gonçalo / Retiraram 12 fi o; / Encordoaro na viola / Com toêra e canotio. / Desse dia por diante / Foi que o cururu existiu”. O repente de Pedro Chiquito, registrado no LP “Cururu Antigo”, de 1960, abre o regulamento do 1º Torneio Estadual “Cururu Vivo”, evento que será promovido pelo Govenro de São Paulo, por meio do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí e com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esportes, Lazer e Juventude do Governo Municipal, nos dias 8, 11 e 22 de novembro, a partir das 17h. O torneio distribuirá prêmios em dinheiro e contará com shows dos artistas Antonio Nóbrega e Septeto, Orquestra Paulistana de Viola Caipira e Almir Sater, todos na Concha Acústica Spartaco Rossi em Tatuí, a 130km de São Paulo.

A iniciativa, pioneira, acontecerá em três fases distintas, com objetivos de proteger e difundir as manifestações da tradição, da memória e da diversidade cultural do interior paulista, em caráter competitivo. O torneio quer estimular a difusão do Cururu do Estado de São Paulo, visando à integração, intercâmbio e congraçamento entre os cururueiros, multiplicação do conhecimento, divulgação da cultura popular de raiz do Estado de São Paulo e do gênero como forma legítima de expressão da raiz da música brasileira, a ser preservada em nome das legítimas e ricas manifestações populares.

Para participar do Festival, os integrantes das duplas de cururu deverão ser residentes no Estado de São Paulo. O I Torneio Estadual “Cururu Vivo” receberá inscrições exclusivamente das secretarias municipais de cultura do Estado de São Paulo até o dia 15 de outubro. Cada município deverá ser representado por apenas uma dupla, escolhida a critério de sua Secretaria ou Departamento de Cultura, por aclamação, sugestão, votação ou seleção.

As inscrições de cada cidade deverão ser acompanhadas de uma fi ta VHS ou DVD com apresentação de uma rodada (baixão, réplica e tréplica) sobre o tema “Minha Cidade”, discorrendo e debatendo sobre o município de origem da dupla, empregando a carreira do “A”. O material será avaliado por uma comissão e oito duplas serão selecionadas para a etapa semifi nal.

Nas semifi nais, que acontecem nos dias 8 e 15 de novembro, as oito duplas selecionadas, divididas em quatro por cada dia, farão seus embates com tempo de 24 minutos para cada dupla. No dia 8, após o torneio, haverá show com Antonio Nóbrega e Septeto. Já no dia 15, a atração será a Orquestra

‘Cururu Vivo’ premiará melhores no EstadoTorneio acontece nos dias 8, 11 e 22 de novembro; Antonio Nóbrega, Orquestra Paulistana de Viola Caipira e Almir Sater são atrações em Tatuí

Paulistana de Viola Caipira, sob regência de Rui Torneze.

A grande fi nal acontecerá no dia 22 de novembro, às 17h, com tempo cronometrado de 15 minutos para cada dupla, sendo que as carreiras serão igualmente sorteadas para cada dupla escolhida, dentre três das mais tradicionais, ou seja, carreiras do Sagrado, de S. João e do “A”. Nesse dia, o público também poderá acompanhar show do cantor Almir Sater.

As duplas terão avaliados itens como abertura (baixão), interpretação, afi nação, ritmo/entrosamento com o violeiro e presteza na resposta e na sequência do tema sorteado.

Os quatro fi nalistas escolhidos receberão troféus e prêmio em dinheiro, respectivamente, nos valores de R$ 1.000, R$ 800, R$ 600 e R$ 400, do primeiro ao quarto lugar. Com o objetivo de valorizar e incentivar a criatividade dos cururueiros de Tatuí - cidade sede de realização do evento – será conferido o Prêmio Horácio Neto, na forma de destaque individual.

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Ensaio Artístico

Concluído no último dia 27 de setembro, o Concurso Interno de Piano do Conservatório de Tatuí reuniu 120 candidatos. Com objetivos de estimular a execução pianística e compartilhar conhecimentos, o concurso foi coordenado pela professora Cristiane Bloes. Uma verdadeira maratona que uniu professores de diferentes áreas nas bancas julgadoras e deu aos estudantes a oportunidade de mostrar o resultado de tanto estudo.

Atuaram no concurso todos os professores da área de piano do Conservatório de Tatuí: Ana Ingrid L. de Almeida, Ana Maria Teixeira de Almeida, Carlos Roberto Moraes, Cristiane

Piano SoloPiano SoloI Turno (1º e 2º semestres)I Turno (1º e 2º semestres)1º lugar – empate: Ana Luiza Xavier C. Philippi e Gabriel Zitelli Dantas2º lugar – empate: Milene G. S. Antunes e Julia Rodrigues Nunes3º lugar – empate: Regina C. Bevevino e Evelyn Nicole SetteMenções Honrosas: Bruna Estelita R. Vasconcelos, Isabela O. Moraes e Giovana B. Cintra

II Turno (3º e 4º semestres)II Turno (3º e 4º semestres)1º lugar – Igor Raul L. de Castro2º lugar – empate: Mariana C.Hessel, Gustavo Henrique Silva e Gabriela Figueiredo Campos3º lugar – empate: Isabelly Rosa Pereira e Marcela Camargo FantoneMenção Honrosa – Mariana Gramuglia

III Turno (5º e 6º semestres)III Turno (5º e 6º semestres)1º lugar – empate: Milene de Souza Dias e Hélio Nunes Vieira Junior2º lugar – Daniel Ferreira Duarte3º lugar – Carlos Alberto de Moraes MachadoMelhor Intérprete de Música Brasileira: Ana Paula Malavolta Luz e Melissa Gabriel de BarrosMelhor Intérprete de Bach – Gabriel Gonçalves VeagnoliMenção Honrosa – Gabriel Gramuglia

IV Turno (7º e 8º semestres)IV Turno (7º e 8º semestres)1º lugar – empate: André Oliveira Françani e Ramsés Russini2º lugar – Caroline Aline Garófalo3º lugar – Karina HadassaMelhor intérprete de Música Brasileira – Nicole Bueno MendesMenção Honrosa – Estela Braga G. Pais Heimann

V Turno (9º e 10º semestres)V Turno (9º e 10º semestres)1º lugar – empate: Carlos Alberto S. Filho e Anisteli F. C. Oliveira2º lugar – Cíntia M. dos Santos Pedro3º lugar – Tiago Campos AraújoMelhor Intérprete de Villa-Lobos - Driele F. de S. RodriguesMenção Honrosa – Francine de Moraes Dias

VI Turno (11º e 12º semestres)VI Turno (11º e 12º semestres)1º lugar – Rebeca Rodrigues da Cruz2º lugar – Fernando Elias Biral3º lugar – Luis Gustavo Bueno

VII Turno (13º e 14º semestres)VII Turno (13º e 14º semestres)1º lugar – Felipe de Souza2º lugar – Bruna Antunes Ferreira3º lugar – Andréa Grecco Bretherick

VIII Turno (15º e 16º semestres)VIII Turno (15º e 16º semestres)1º lugar – Tiago Eduardo Campos2º lugar – Marina Florenzano Gimenez3º lugar – Viviane C. Sayão

IX Turno (17º e 18º semestres)IX Turno (17º e 18º semestres)1º lugar – Felipe Melo2º lugar – Pedro R. N. Guimarães

Categoria Quatro MãosCategoria Quatro MãosI TurnoI Turno1º lugar – empate: Duo Julia Rodrigues Nunes e Milene de Souza Dias Duo Evelyn Nicole Sette e Franciellen de Almeida Sette

II TurnoII Turno1º lugar – Duo Ana Luisa Santana de Souza e Estella Braga Guimarães Pais Heimann2º lugar – Duo Jocimara dos Santos Geraldi e Nicole Bueno Mendes3º lugar – Duo Francine de Moraes Dias e Ariany Martins Santana

III TurnoIII Turno1º lugar - Duo Rebeca Rodrigues da Cruz e Luis Gustavo Bueno2º lugar – Duo Pablo Palácios e Danilo Martins

IV TurnoIV Turno1º lugar – Duo Natasha de Camargo Ferrari e Danilo Martins

Prorrogadas inscrições ao II Concurso Nacional de Luteria ‘Enzo Bertelli’Luthiers dos três melhores violinos receberão prêmios que somam R$ 18 mil; inscrições podem ser feitas até o dia 20 de outubro

O Conservatório de Tatuí prorrogou as inscrições à segunda edição do Concurso Nacional de Luteria “Enzo Bertelli” até o dia 20 de outubro. O evento distribuirá um total de R$ 18 mil aos construtores dos três melhores violinos. Os campeões serão anunciados em 29 de outubro, durante apresentação especial, no teatro “Procópio Ferreira”, na qual os instrumentos vencedores serão utilizados.

O concurso de luteria – único do gênero no país – foi idealizado por Henrique Autran Dourado, diretor executivo do Conservatório de Tatuí. Ele tem como objetivo estimular e divulgar a criatividade e vocação de artistas que se dedicam à construção de instrumentos de cordas como forma de expressão artística.

Podem participar do concurso luthiers empregados, profi ssionais ou amadores, sem distinção de nacionalidade ou idade. Para se inscrever, o candidato deve acessar a fi cha de inscrição no site www.conservatoriodetatui.org.br e enviá-la, preenchida e acompanhada de cópia de RG/RNE e CPF, a Conservatório de Tatuí (Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí – SP, CEP 18270-820). A taxa de inscrição custa R$ 52. Também é possível efetuar inscrição pessoalmente no Conservatório de Tatuí.

Os instrumentos concorrentes podem ser encaminhados à escola de música até o dia 20 de outubro, sendo que cada candidato pode concorrer com até dois instrumentos.

Os violinos serão submetidos a duas avaliações, sendo uma construtiva e outra acústica, ambas realizadas por um júri formado por profi ssionais renomados das áreas de Luteria e Música, o qual atribuirá uma pontuação para cada instrumento avaliado. Serão avaliados o nível técnico (cortes, entalhes, encaixes, colagens, etc.), montagem (cavalete, cravelhas, estandarte, espelho, altura e distanciamento de cordas, etc.), qualidade do verniz (tipo, cor, transparência, aplicação, etc.), acabamento e estilo, timbre, potência e projeção sonora, equilíbrio entre as cordas e facilidade de execução.

O construtor do melhor instrumento receberá prêmio no valor de R$ 8 mil. O segundo colocado receberá R$ 6 mil e o terceiro, R$ 4 mil. Todos também receberão medalhas.

O Concurso Nacional de Luteria presta homenagem a Enzo Bertelli, professor que instituiu o curso no Conservatório de Tatuí e desenvolveu intensas pesquisas para a utilização de madeira brasileira na fabricação de instrumentos de cordas. Em sua primeira edição, realizada no ano passado, o concurso foi vencido pelo capixaba Marcus Vinícius Fachinetti Nascimento, da cidade de João Neiva. Na segunda colocação fi cou Marcos Schmitz, de São Paulo, e, em terceiro, Carlos Javier Gorveña Salles, residente em Tatuí. O regulamento do concurso pode ser acessado no site www.conservatoriodetatui.org.br.

Concurso Interno de Piano: competição com 120 candidatos

Bloes, Déborah Melissa dos S. Kerber, Eliana Wagner, Fanny de Souza Lima, Juliano Kerber, Leila Mutanen Tai, Lúcia Elizabeth P. Galvão, Luis Carlos Morales Sanches, Marina Aparecida de C. Campos, Marisa A. Gurgel Vicente, Miriam Braga G. H. Pais e Zoraide Mazzulli Nunes.

As bancas julgadoras foram compostas por profi ssionais do Conservatório de Tatuí, a saber os professores Antonio Ribeiro (assessor pedagógico) e Erik Heimann Pais (assessor artístico), maestro Dario Sotelo e os professores Helena Scheffel, Érica Masson, Ronaldo da Silva, Regina Orsi, Sueli Poppi, Eduardo Maurício Gobi, Irene de Almeida, Juliano de

Arruda Campos, Milena Leme Lopes, Thaís Helena Valim e Dayane Rodrigues.

Os vencedores do concurso serão premiados durante o V Encontro Internacional de Pianistas e os primeiros colocados de cada turno farão um recital especial no evento.

O concurso foi considerado um sucesso pela coordenadora da área de piano Cristiane Bloes, que agradece: à direção e assessorias pedagógica, artística e executiva pelo apoio, aos professores pelo empenho e dedicação, aos componentes das bancas julgadoras e a todos os funcionários do Conservatório de Tatuí pelo empenho e dedicação aos trabalhos de apoio.

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Aluna de piano vence concurso em CurittibaAluna de piano vence concurso em CurittibaA pianista Rebeca Rodrigues da Cruz, aluna

do professor Juliano Kerber, recebeu o prêmio de “Melhor Intérprete de Música Brasileira” no terceiro turno do VII Concurso de Piano “Professora Edna Bassetti Habith”, realizado no último dia 12, na cidade de Curitiba-PR. Na banca julgadora estiveram renomados pianistas como Antonio Bezzan, Ingrid Seraphim e Margaret Amaral de Andrade.

Professora do Conservatório no MaranhãoProfessora do Conservatório no MaranhãoA professora de canto lírico

Suely Freitas foi convidada a integrar o júri do 13º Mara Canto, Mostra Maranhense de Canto Lírico. O evento aconteceu de 15 a 18 de setembro, no Teatro Arthur Azevedo, em São Luís.

O concurso é reconhecido nacionalmente na área de canto e recebe participantes de todo o país, sendo realizado em diferentes categorias.

Semifi nalistas do Festival Sesi visitam TatuíSemifi nalistas do Festival Sesi visitam TatuíOs vinte semifi nalistas

do Festival Sesi de Música visitaram na quinta-feira, 17, o Conservatório de Tatuí. A visita fez parte da programação ofi cial do

evento realizado na cidade vizinha de Itapetininga e incluiu, ainda, ofi cinas de técnica e interpretação vocal. Na visita, divididos em dois grupos, os artistas – todos funcionários do segmento industrial – conheceram as dependências da escola e o funcionamento das aulas, sendo recebidos pela colaboradora Isabel Costa. Os semifi nalistas apresentaram-se nos dias 19 e 20 de setembro e os dez selecionados farão a grande fi nal em Brasília, no próximo mês. No corpo de jurados da fase semifi nal estiveram Mario César Chagas, Alexandre Bauab Junior (coordenador da área de choro do Conservatório de Tatuí) e Paula Molinari.

Em Nova IorqueEm Nova IorqueMarcelo “Bambam” da

Silva, professor de trombone do Conservatório de Tatuí e integrante da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí, participará da Orquestra Bachiana Filarmônica em concerto especial na cidade de Nova Iorque (Estados Unidos).

Sob regência de João Carlos Martins, o concerto será realizado no Lincoln Center, com solos do pianista Dave Brubeck (considerado uma lenda do jazz) e de seu fi lho, o trombonista Chris Brubeck. O concerto será no dia 2 de outubro – após a apresentação da Filarmônica de Nova Iorque - e os 2.300 ingressos foram esgotados num único dia. O instrumentista do Conservatório de Tatuí participará do concerto numa das mais importantes salas do mundo. Outra integrante da orquestra, Adriana Schincariol, formou-se em viola no Conservatório de Tatuí. No programa, estão as obras “Ouverture Opera Amazonia”, de Mateus Araujo, “Bachiana Brasileira No. 7”, de Villa-Lobos, “Theme for June”, de Howard Brubeck e “Concerto para Trombone e Orquestra”, do próprio Chris Brubeck.

São Luiz do Paraitinga recebe Semana da CançãoSão Luiz do Paraitinga recebe Semana da CançãoA estância turística de

São Luiz do Paraitinga recebeu, entre os dias 21 e 27 de setembro, a 3ª Semana da Canção Brasileira. Sob curadoria da cantora Suzana Salles, realização da

Secretaria de Estado da Cultura e Conservatório de Tatuí, o evento ocorreu seguindo três eixos principais:

História da Música Popular, Educação Musical no Brasil e Poesia na Canção. Para isso, foram planejados núcleos de atividades que contemplam a formação, por meio de ofi cinas, para adultos e crianças; fomento, com um festival que destaca novos compositores; e a difusão, através dos shows de grandes nomes como Luiz Melodia, Zélia Duncan, Almir Sater, Cordel do Fogo Encantado e o projeto Três Meninas do Brasil, com Rita Ribeiro, Teresa Cristina e Jussara Silveira. Foram mais de 30 eventos gratuitos ligados à canção popular durante uma semana, num dos principais polos turísticos do estado. Dentre as personalidades participantes, estiveram nomes como Luiz Melodia, Zé Miguel Wisnik, Zélia Duncan, Pena Branca, Rita Ribeiro, Teresa Cristina, Paulinho Boca de Cantor, Almir Sater, Arthur Nestrovski, Chico César e Passoca, entre outros.

Isaura Melo na EuropaIsaura Melo na EuropaA estudante de fl auta

Isaura Melo, 19, aluna do professor Edson Beltrami, participou nos últimos meses de julho e agosto de festivais na Itália e

Alemanha. Em julho, Isaura freqüentou as aulas da Academia Musicale Chigiana, em Siena, na Itália, onde esteve pela primeira vez. Lá, a fl autista acompanhou aulas durante duas semanas e foi premiada com uma bolsa de estudos, sendo a única brasileira entre todos os mais de 100 instrumentistas que participaram do festival. Isaura teve aulas com o francês Patrick Gallois (professor do Conservatório de Paris). Da Itália, Isaura seguiu direto para a Alemanha, onde participou do Festival Jovem de Bayreuth, pela segunda vez consecutiva, participando de aulas de música de câmara. De volta ao Brasil, em setembro, ela participou do Festival da Abraf (Associação Brasileira de Flautistas), que aconteceu em Uberlândia.

Sinfônica protagoniza acontecimento raroSinfônica protagoniza acontecimento raroNo último mês de

setembro a Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí realizou concerto com um violinofone. O instrumento raro foi

utilizado na obra “Uirapurú”, de Villa-Lobos. A obra Uirapurú foi classifi cada pelo próprio compositor como “poema sinfônico e bailado”, sob inspiração de uma lenda indígena. Uirapurú é escrita para grande orquestra, duas harpas e piano, e um enorme arsenal de percussão. Acrescenta no fi nal um raro instrumento, do qual supõe-se existirem apenas raros exemplares no país: o violinofone, instrumento de cordas e arco dotado de uma campana, dotando-o de som alto e estridente. A invenção é creditada por alguns ao alemão Wunderlich, em 1910, e por outros a um músico da Sinfônica de Londres, em 1901. O instrumento foi gentilmente cedido para esta apresentação pelo colecionador Ivan Guimarães e foi utilizado pela primeira vez no Conservatório de Tatuí.

EIPH reúne mais de 100 participantesEIPH reúne mais de 100 participantesO Encontro de Performance

Histórica, realizado no último mês de setembro, reuniu 105 participantes – vindos de diferentes pontos do país. O número foi considerado um sucesso pela organização do evento, principalmente quando relacionado a eventos semelhantes em diferentes

Estados brasileiros. Seja pela qualidade dos concertos ou das palestras técnicas apresentadas, o Encontro Internacional de Performance Histórica, que destacou

como as formas interpretativas são repensadas e pesquisadas de acordo com a época e a origem das composições. A homenagem à Ricardo Kanji foi um dos pontos altos do evento. Outro ponto alto foram as inaugurações de três importantes instrumentos: um clavicórdio, um cravo francês e um fortepiano, sendo este último um dos quatro únicos do Brasil.

Conservatório apóia ‘Caminhos da Cultura’Conservatório apóia ‘Caminhos da Cultura’O Conservatório de Tatuí é um dos apoiadores do

projeto “Caminhos da Cultura”, realizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, em Ribeirão Preto. O projeto consiste numa série de apresentações musicais que trouxe, entre outros, artistas como Antonio Meneses. A Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí, sob regência de Dario Sotelo, será a atração da escola de música tatuiana no evento. O grupo apresenta-se no próximo dia 28 de outubro, no Theatro Pedro II.

Aulas serão suspensas de 12 a 17 de outubroAulas serão suspensas de 12 a 17 de outubroAs atividades pedagógicas do Conservatório

de Tatuí serão suspensas no período de 12 a 17 de outubro, quando acontece o 22º Fetesp (Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo). Nessas mesmas datas, também estarão suspensos os ensaios dos grupos pedagógicos e artísticos-pedagógicos.

Antonio Ribeiro integra júri de Festival de MPBAntonio Ribeiro integra júri de Festival de MPBO assessor pedagógico

do Conservatório de Tatuí, professor Antonio Ribeiro, integrou no último dia 25 de setembro o júri do Concerto de Finalistas do 3º Festival de Música Popular Brasileira realizado em Córdoba, na Argentina. O festival, que

ocorreu em diferentes etapas, premiou o grupo vencedor com uma viagem ao Conservatório de Tatuí. A fi nalíssima foi realizada no Teatro Real de Cordóba e, dela, participaram os grupos La Barata, Lua Dari, Caixa da Música, Virado, Lê Menestrel y La Banda e Los Tico-Tico. O professor Antonio Ribeiro integrou a banca formada por profi ssionais responsáveis pela indicação do vencedor, que foi o Caixa da Música. Promovido pelo Consulado Geral do Brasil em Córdoba, com patrocínio da Gol Linhas Aéreas, o festival enviará seu vencedor à Capital da Música, no próximo mês de novembro, quando ocorrerá o lançamento do 17º Festival de MPB de Tatuí.

Conservatório recebe governadora do Lions ClubeConservatório recebe governadora do Lions ClubeO Conservatório de Tatuí

recebeu no último dia 25 de setembro a visita ofi cial da governadora do Lions Clube Walkyria Almerinda de Sousa Casseta (Distrito LC-

2). Na escola de música, a comitiva foi recebida pelo diretor executivo Henrique Autran Dourado e, ainda, acompanhou trecho do masterclass da professora Martha Herr, atividade que estava sendo realizada dentro da programação do I Encontro de Câmara da Canção Brasileira. Depois, o grupo ainda conheceu o departamento de luteria.

Sinfônica recebe Aylton Escobar e Luiz GarciaSinfônica recebe Aylton Escobar e Luiz GarciaAgendado para o dia 31 de outubro, o concerto

da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí será especial. A orquestra, que tem como regente titular o maestro Rodrigo de Carvalho, receberá dois convidados especialíssimos: Aylton Escobar e Luiz Garcia. O maestro Aylton Escobar – que foi aluno de Osvaldo Lacerda e Camargo Guarnieri na Academia Paulista de Música. Já o trompista Luiz Garcia, ex-aluno do Conservatório de Tatuí, foi aluno de Daniel Havens e Mario Rocha.

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Ensaio Pedagógico

Um concerto cujo ponto alto foi a execução de Rhapsody in Blue, de Gershwin, marcou as celebrações dos três anos do Pólo Avançado de São José do Rio Pardo, dia 18 de setembro. Duas solenidades foram realizadas – uma com inauguração de novos espaços, outra com programação artística.

Entre as autoridades presentes ao evento estiveram o deputado federal Silvio Torres, o prefeito João Luis Soares da Cunha, a assessora de música da Secretaria de Estado da Cultura Cláudia Toni, a assessora de projetos especiais do Projeto Guri Helen Valadares, o presidente do Conselho de Administração do Conservatório de Tatuí Cristiano Guimarães e o assessor executivo Rodrigo Patini.

Inicialmente, uma cerimônia marcou a inauguração dos novos espaços do Pólo de Rio Pardo, num total de 95m²: uma ampla sala para aulas de teoria e prática de conjunto e três cabines exclusivamente destinadas ao curso de piano. A obra foi realizada pela Prefeitura de São José do Rio Pardo, parceira do Conservatório de Tatuí na manutenção do núcleo.

Depois, um concerto especial realizado no Grêmio Nestlé, mostrou os resultados do trabalho realizado na escola de música. A abertura foi com o Octeto de Flautas “Altamiro Carrilho”. Em seguida, fez apresentação a Orquestra de Cordas de Rio Pardo, contando com participação do duo formado pelos professores de canto

Tiveram início no mês de setembro os ensaios da Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório de Tatuí, coordenada pelo maestro Juliano de Arruda Campos. Com 65 integrantes, de diferentes cursos do Conservatório de Tatuí, o grupo ensaia às quartas e sextas, das 16h às 18h, no teatro “Procópio Ferreira”.

A orquestra mostra-se como oportunidade para unir estudantes a partir do nível intermediário a instrumentistas que já atuam de forma mais efetiva na área, caso do trompista Filipe Rocha, do violinista Fernando Henrique de Almeida Andrade e, também, do compositor Jackson Lucio.

O reinício do grupo pedagógico – que vinha atuando há duas décadas sob coordenação do maestro Edson Beltrami – empolgou os instrumentistas. O trompista Filipe Rocha (aluno do professor Adalto Soares e que retornou de período de trabalho em Manaus) será o solista, em novembro do Concerto nº 1, de Strauss, frente ao grupo. “Acredito que a orquestra de estudantes

Pólo de Rio Pardo comemora três anos, com Gershwin

Juliana Marilia Coli (soprano) e Demerval Aires Keller (barítono). Encerrou o concerto a Banda Sinfônica Jovem do Pólo Avançado que executou a obra “Rhapsody in Blue”, de George Gershwin, tendo como solista o pianista Ed Pessoa, sob regência do maestro Agenor Ribeiro Netto (coordenador do Pólo Avançado).

Na mesma ocasião, alunos receberam prêmios como “destaques” da escola de música. Da área de piano, o aluno premiado foi Lucas de Paula. Na área de cordas, a premiação foi para Angelo Eduardo Destro (viola), enquanto que Agnaldo da Costa recebeu prêmio na área de percussão. O fl autista Murilo Vissuto foi o aluno que mais se destacou nas madeiras e o trompetista Isaias Coelho foi o destaque nos metais. O professor homenageado foi Leonardo Gomes de Faria (fl auta).

O Pólo Avançado do Conservatório de Tatuí em São José do Rio Pardo – única extensão da escola de música – foi criado em 3 de junho de 2006 e entrou em funcionamento no dia 5 de agosto do mesmo ano, sendo mantido pelo Governo do Estado de São Paulo e pela Prefeitura de São José do Rio Pardo.

A escola atende a cerca de 200 alunos, vindos de 32 cidades do leste paulista e sul de Minas Gerais. São oferecidos cursos de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, fl auta, clarinete, saxofone, trompete, trombone, trompa, tuba, euphonium (bombardino) e percussão sinfônica e popular.

Orquestra Sinfônica Jovem conta com 65 integrantes

tem a oportunidade de fazer concertos e trabalhar com mais musicalidade. Acredito que o público jovem tem mais mente aberta para absorver e expressar mais o seu sentimento por meio da música”, disse ele.

Já o violinista Fernando Henrique de Almeida Andrade, que atuou no grupo pedagógico no período de 1998 a 2000, destaca a importância da orquestra na formação dos instrumentistas. “A reunião faz com que aprendamos mais, ouçamos mais. Eu, que adoro ensinar, sei que muitas das perguntas surgem no próprio ambiente musical e, isso, me ajuda muito. Penso que a orquestra jovem tem o entusiasmo o que, às vezes, é mais importante que a técnica”, sintetizou.

O grupo, que reestréia em novembro, terá obra especialmente dedicada a ele, pelo compositor e trompista Jackson Lucio (Abertura para Grande Orquestra). Lucio, que começou a compor aos 12 anos de idade para pequenos grupos, diz se interessar pela sonoridade e por diferentes recursos.

Um dos eventos mais efervescentes do último bimestre terá nova edição a partir de 26 de outubro. Até o dia 1º de novembro alunos de todas as áreas do Conservatório de Tatuí unem-se, por meio da música de câmara e prática de conjunto, para demonstrar o resultado do aprendizado nos últimos meses.

Serão dezenas de apresentações – a exemplo do que já ocorreu na edição anterior -, realizadas em diferentes horários, no teatro “Procópio Ferreira”, em programação que estava em defi nição até o fechamento desta revista (28 de setembro).

A área de música de câmara pretende incentivar a pesquisa objetiva e disciplinada, propor o estudo dirigido da produção musical por conjuntos camerísticos dos diversos períodos, buscando fazer com que o aluno vivencie atividades que despertem o controle musical e valores como hierarquia, ética e disciplina em função da melhor organização racional do

III Semana de Música de Câmara: alunos em destaque, a partir de 26 de outubro

trabalho em conjunto, ensaios e apresentações. Também são objetivos o incentivo do controle auditivo (percepção e vivência no diálogo musical) e a dramaticidade vocal, instrumental e cênica (imaginação, comunicabilidade, rapidez de reação em palco).

A área abrange núcleos de repertório de câmara para instrumentistas dentro das áreas de sopros, cordas, percussão, piano, violão, canto; formação de grupos, duos, trios, quartetos, integrando áreas diferentes; grupos de performance (música e teatro); PINCIS (Prática Instrumental em Conjunto para Instrumentos de Sopro), Orquestras de Violões; Orquestra de Flautas, Banda Sinfônica Jovem, Orquestra de Cordas Infanto-Juvenil, grupo de música contemporânea e grupos de música de câmara na performance histórica. Tais grupos realizam diversas atividades, em diferentes momentos e municípios.

O solista Ed Pessoa, ao piano

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Depois do sucesso da estreia em São Paulo e reapresentações em Tatuí, o espetáculo “O Primeiro Voo de Ícaro” venceu o 8º Festival de Teatro Estudantil do Sesi, realizado em Sorocaba, no último mês. O grupo formado por dez jovens estudantes de artes cênicas do Conservatório de Tatuí recebeu seis premiações e quatro indicações.

Além do prêmio de melhor espetáculo, o grupo recebeu premiação pela melhor direção, assinada por Carlos Ribeiro; melhor cenografia, do professor Jaime Pinheiro; melhor iluminação, assinada por Marcos Caresia; e melhor atriz coadjuvante, prêmio concedido à estudante Rafaele Breves. A sexta premiação foi pela sonoplastia, feita, ao vivo, por um grupo formado pelos músicos Riverson Melo Vicente (percussão), Joni Cluxnei Canguçu (trombone), Juan Pablo Ramos Valenzuela (trompete), Jonathan Garcia Arias (saxofone e arranjos de metais), além dos profissionais de artes cênicas e músicos Carlos Ribeiro (violão) e Hugo Muneratto (baixo).

O grupo de “O Primeiro Voo de Ícaro” também recebeu quatro outras indicações, sendo melhor

Um coquetel marcou na noite do último dia 16 a abertura da exposição “Objetos de Cena”, do artista plástico tatuiano Jaime Pinheiro. A exposição foi realizada no Palacete Scarpa e o evento de abertura reuniu alunos e convidados do artista plástico de Tatuí e Sorocaba.

A exposição mostrou fi gurinos, adereços e objetos de cena que foram pensados como material estético e tornam-se parte da estruturação e composição das cenas. Tais objetos fi zeram parte do espetáculo “Chamas na Penugem”, que representou o encontro de Jaime Pinheiro com a professor de artes cênicas Ingrid Dormien Koudela, ambos professores da Universidade de Sorocaba, do curso de licenciatura em teatro. Eles se encontraram em 2007, durante a montagem do espetáculo “Peixes Grandes Comem Peixes Pequenos”, quando a direção dela foi estruturada a partir da leitura da gravura de Peter Brueghel, o Velho. Na ocasião, Pinheiro trouxe uma contribuição ímpar à montagem, estabelecendo relações entre a atuação e objetos de animação em cena. Em 2008, as pesquisas dos dois artistas colocou em prática o espetáculo “Chamas na Penugem”, fruto da leitura das gravuras “Sete Vícios Capitais”, de Brueghel. A partir de diversos procedimentos, cada elemento representado nas gravuras foi inventado, selecionado e tornou-se o

‘O Primeiro Voo de Ícaro’ vence Festival de Teatro do SesiFormado por alunos de artes cênicas, grupo recebeu seis prêmios e quatro indicações

Exposição reúne obras de Jaime Pinheiro, em Sorocaba

personagem alegórico da cena. Assim, foi criada uma seqüência de quadros de cena que foi enriquecido com as contribuições do teatro de animação, compreendendo desde a animação de objetos em cena à idéia de atores marionetes, como o próprio ato de animar bonecos.

Na abertura da primeira exposição do tatuiano em Sorocaba, Hamilton Sbrana, curador do trabalho, falou sobre a importância do trabalho do artista plástico. “É um prazer termos aqui um artista de renome nacional. O trabalho dele é importantíssimo na Uniso e, vemos de perto, o cuidado que ele tem com os bonecos e toda a beleza da plasticidade”, afi rmou ele.

Pinheiro, num dos raros momentos de fala em público, destacou o que mais gosta de fazer: cenografi a. “Sou apaixonado pela cenografi a e teatro de animação. Este foi um grande momento para quem fez colocar tudo isso num palco”, disse ele.

As peças mostram beleza e toda a criatividade do artista na utilização e reutilização de materiais. Jaime Pinheiro, graduado em educação artística, é professor de cenografi a e teatro de animação da Uniso. Cenógrafo e professor do Conservatório de Tatuí, é também ilustrador e criador de projetos na área de designer, desenvolvendo troféus, móveis e ambientes. Pinheiro ainda desenvolve um renomado trabalho de pesquisa em teatro de animação.

atriz (Anelisa Ferraz), melhor ator (Alexandre Moreira Cardoso), atriz revelação (Camila Cattai de Moraes) e ator coadjuvante (Iuri Proença).

“O Primeiro Voo de Ícaro” estreou no Teatro Cultura Inglesa, em Pinheiros, São Paulo, no ano passado. O espetáculo integra o projeto

“Conexões”, uma iniciativa do Consulado Britânico, Cultura Inglesa, Colégio São Luís, Célia Helena Teatro-Escola e National Theatre. O projeto incentiva o teatro feito por jovens e para jovens como ferramenta para a formação humana e cultural, fomentando, por intermédio do trabalho em equipe, a criação de espaços para a reflexão e expressão das questões presentes no jovem de hoje.

O texto é do consagrado Luis Alberto de Abreu e narra três histórias diferentes a partir da lembrança de um professor. A primeira história é sobre uma menina de periferia que nasce condenada por questões sociais e raciais a não dar certo na vida. No entanto, por uma razão inexplicável, há nela um sopro de vida que a impele a superar dificuldades sociais e físicas, indo

além do possível; a segunda é sobre uma garota que resolve se apaixonar e, resolvendo, acaba por se apaixonar de fato; a terceira é sobre um adolescente que detesta as interferências de seus pais em sua vida, até que descobre que seus pais já estão mortos e, mesmo assim, continuam querendo dirigir sua vida.

Difundir a música brasileira, formar novas platéias e criar maior interação entre as áreas de música e artes cênicas. Com esses objetivos, a Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí protagoniza nos dias 7, 8 e 9 de outubro nova edição dos concertos didáticos. A temática deste ano será “Villa-Lobos encontra Camargo Guarnieri em Tatuí”. Os concertos, direcionados a crianças da rede municipal de ensino com idades entre 9 e 11 anos, acontecem às 10h e 14h.

O projeto dos concertos didáticos, idealizados pelo maestro Dario Sotelo, tiveram início no dia 23 de setembro, a partir de uma reunião com a coordenadoria pedagógica da rede municipal de ensino, por meio da Secretaria Municipal da Educação. Nela, professores receberam informações biográfi cas sobre os compositores, além de um CD contendo as músicas a serem apresentadas pela banda.

“A ideia é que os professores trabalhassem a temática com os alunos em sala de aula antes das apresentações”, destacou Sotelo.

A partir da confecção de desenhos e redações – dos quais os melhores serão premiados com kits musicais do Conservatório de Tatuí – os estudantes poderão estudar sobre dois ícones da música brasileira. Depois, no palco, acompanharão o concerto que terá participação especial dos atores Juliano Casimiro e André Luiz Camargo, que viverão Villa-Lobos e Camargo Guarnieri.

Nesta viagem os compositores se encontram com malas no palco e iniciam suas conversas que terá como tema da viagem a famosa obra “Trenzinho do Caipira”. Trata-se de uma verdadeira aula de música, ilustrada de forma criativa e inusitada num projeto concebido exclusivamente para a Secretaria Municipal de Educação.

Alunos da rede municipal de ensino acompanharão os concertos nos dias 7, 8 e na manhã do dia 9 de outubro. Instituições e demais interessados em acompanhar a apresentação podem fazê-lo às 14h do dia 9 de outubro. Para tanto, é necessário efetuar reserva antecipadamente pelo telefone (15) 32514311.

Banda Sinfônica realiza nova edição de concertos didáticos

Troféus conquistados por alunos de Tatuí

Nas fotos, Jaime Pinheiro entre alunos de Sorocaba e organizadores da exposição

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Ensaio Artístico

O saxofonista e regente Vinicius Dorin é o convidado especial do concerto que a Big Band do Conservatório de Tatuí faz no próximo dia 2 de outubro, uma sexta-feira. A apresentação será no teatro “Procópio Ferreira”, às 20h30.

A Big Band do Conservatório de Tatuí é um dos onze grupos artísticos-pedagógicos mantidos pelo Governo de São Paulo, por meio da escola de música. Esta será a primeira participação do saxofonista frente à Big Band neste ano de 2009.

No concerto, Dorin, que integra o grupo de Hermeto Pascoal há 16 anos e já apresentou-se com nomes signifi cativos da música brasileira, apresentará obras próprias. No programa, estão as autorais “Caminho Verde” (arranjada pelo maestro Branco) e “Maracatudo”, “Cincando”, “Samblues” e “Escadaria”. Também serão apresentadas “Sambita”, de J. Geraldo e J. Almário (com arranjo do maestro Branco), “Palpite Infeliz”, de Noel Rosa (arranjada por Fernando Correa)

Big Band do Conservatório de Tatuí recebe Vinicius DorinSaxofonista apresenta repertório de música brasileira, dia 2 de outubro

e “Cai Dentro”, de Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro (com arranjos de Cesar Roversi).

Vinicius Dorin é saxofonista, fl autista e pianista. Além do grupo de Hermeto Pascoal, também faz parte da Banda Mantiqueira e dos grupos de Rosa Passos, Arismar do Espírito Santo, Trio Água Marinha e Orquestra Arte Viva. Já gravou e participou de shows com artistas e grupos como Banda Savana, Banda Bissamblazz, Arismar do Espírito Santo, Jane Duboc, Simone, Gal Costa, Johnny Alf, Ivetthy Souza, Nenê, Fernando Correa, Rosa Passos, Laércio de Freitas, Trio Curupira, Filó Machado, Trio Corrente, entre outros.

Com seu próprio grupo vem se apresentando pelo Brasil e gravou seu CD solo, “Revoada”, pelo Selo Maritaca. Em 2008 e 2009, juntamente com Arismar do Espirito Santo e Rogério Boccato, atuou em concertos e worshops em diversas universidades americanas e Festivais de Jazz.

Brasil, Alemanha e o violãoHelmut Oesterreich coordena cameratas em Tatuí e dá continuidade a intercâmbio

O violonista e regente alemão Helmut Oesterreich veio ao Brasil, pela primeira vez, no último mês. Nos poucos dias em que passou aqui, recebeu uma “dose extra” de violão, assistindo a concertos e coordenando a Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí e a Camerata Jovem de Violões do Conservatório de Tatuí. Foi uma única apresentação, que encantou o alemão e deu continuidade a um intercâmbio iniciado no último ano.

Admirado com a qualidade dos grupos pedagógico e artístico-pedagógico do Conservatório de Tatuí, Oesterreich ministrou workshops que denominou de “orientação”. “A Camerata tem um nível muito alto de performance. Vim para oferecer algumas idéias para seu estilo de interpretação. Se eles gostarem, podem colocar em prática, se não, até podem desconsiderar. Eles já trabalham há muito tempo

nesse repertório e já são muito bons”, disse ele, que seguiu o mesmo com os jovens instrumentistas da Camerata Jovem de Violões do Conservatório de Tatuí.

O resultado do trabalho com ambos os grupos foi conferido em apresentação especial, no teatro “Procópio Ferreira”.

A visita do regente Oesterreich deu continuidade a intercâmbio iniciado no último ano entre o Conservatório de Tatuí e a Escola de Música de Heidelberg. Em 2008, a Camerata Jovem de Violões do Conservatório de Tatuí (Violões&Cia.) esteve na Alemanha, onde realizou concertos e participou de aulas. Neste ano, o regente visitou o Brasil e, segundo ele, a idéia é retornar no ano seguinte para um concerto especial na “Capital da Música”. “Alguns dos músicos daqui estiveram em Heidelberg

no ano passado e permaneceram na minha casa. Pretende, no próximo ano, realizar uma seleção dentre os instrumentistas do Youth Guitar of Baden-Gutemberg. Pretendemos visitar o Conservatório de Tatuí com 20 ou 22 integrantes”, destacou.

Com um currículo respeitável, Oesterreich destacou a disciplina dos violonistas brasileiros. “Eles praticam com maior disciplina que os alemães. Quando o grupo daqui esteve lá fez muito sucesso, e todos, aprendemos muito”, fi nalizou ele, que, por infl uência do professor de bandolim Altino Toledo, tornou-se um afi cionado pelo gênero choro.

Helmut estudou violão na Academia de Música em Frankfurt com Heinz Teuchert e Michael Teuchert. Desde 1986 leciona na mesma academia onde estudou e, também, na Escola de Música de Heidelberg.

Maestro alemão coordena união inédita das Cameratas de Violões do Conservatório de Tatuí

Vinicius Dorin, de volta à Tatuí

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23 - Vitor, Luciana, Gujo, Bianca, Rafael, Paula, Beatriz e Marcela; 24 - Pedro e Isabela; 25 - Paula, Vitor, Beatriz, Talita e Zoé; 26 - Pastor João Pedro e família; 27 - João Antonio e Natalie (Itajobi); 28 - Ivonete, Fátima, Rafaela e Tadashi; 29 - Oséias e Mônica; 30 - Oracy, Giulia, Raí e Mario (Cerquilho); 31 - Julio, W

illiam, Vitor e Willian (Bidú); 32 - Regina, Pastor Délcio e Zoé; 33 - Tania, Levi, Henrique, Odair (Porangaba); 34 - Renata

Piesco e Camila Brandão; 35 - Cássia e Roberto Guidon; 36 - Peter Koval e Elisabeth; 37 - Pastor Wilson e Paula; 38 - Régis (Campinas), Pastor

João e Ricardo (Campinas); 39 - Valeria, Mercadante; 40 - Arlete, Jussara e Enza; 41 - Viviane, Ana, Sandra, e Carol; 42 - Simone,Oscar e Emanuele.

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22º Festival Estudantil artes cênicas no interiorCom novo formato consolidado, evento agrega técnica, expõe experiências va

Para onde, afi nal, levam os caminhos trilhados por estudantes de escolas públicas, particulares e técnicas que se debruçam sobre o universo das artes cênicas? Este pode ser, talvez, um dos muitos questionamentos a serem levantados na 22ª edição do Fetesp (Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo), evento realizado que integra o calendário cultural do Estado de São Paulo e ofi cializado pelo decreto nº 18434, de 15 de fevereiro de 1982. O evento será promovido entre os dias 10 e 18 deste mês pelo Governo de São Paulo e Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Conservatório Dramático Musical “Dr. Carlos de Campos” e Associação de Amigos do Conservatório de Tatuí, em parceria com a Prefeitura de Tatuí. Serão dias de refl exão, prática e apresentações teatrais, em forma de Mostras (Principal e Paralela), Ofi cinas e Encontro de Teatro e Educação. As atrações incluem a pré-estreia do espetáculo “Rosa de Cabriúna”, da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí, e a apresentação de “O Estrangeiro”, de Albert Camus, com Guilherme Leme e direção de Vera Holtz.

O novo formato consolidado – que extingue a competitividade e celebra o aprendizado – adicionado à série de atrações faz da edição deste ano uma das mais importantes do festival criado, de forma municipal, no ano de 1977, sob coordenação de Moises Miastkwosky. O festival foi, depois, coordenado por Antonio Mendes e, atualmente, está sob liderança de Carlos Ribeiro, também coordenador de artes cênicas do Conservatório de Tatuí.

No novo formato do festival, seu ponto central continua sendo o intercâmbio cultural entre as cidades do Estado e o incentivo ao movimento teatral através da formação de núcleos teatrais nas escolas, além de incentivar o estudo do teatro, de sua história, dramaturgia e sua teoria, visando uma sadia formação cultural. Toda essa teoria é vista nas atividades. A própria abertura do festival (dia 10, 20h30) é uma forma de unir profi ssionais a estudantes e, ainda, expor o trabalho da área de artes cênicas do Conservatório de Tatuí. Na ocasião, ocorre a pré-estreia do espetáculo “Rosa de Cabriúna”, de Luis Alberto de Abreu, com direção de Carlos Ribeiro e produção da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí. “A Rosa de Cabriúna” conta a história de Rosa, a mais velha de sete irmãs que buscam incansavelmente por um marido, mas que têm seus destinos alterados a partir da chegada de um desconhecido. A comédia conta com a participação de músicos e os atores, entre uma cena e outra, cantam músicas caipiras do repertório popular paulista.

O espetáculo dá lugar, nos dias seguintes, às sete montagens da Mostra Principal, que substituiu a competição por um prêmio mantido até 2007. Os sete espetáculos foram selecionados dentre 25 inscritos, e abrem um leque de possibilidades de debates.

“Tivemos uma maior participação de escolas técnicas de teatro, o nível está bastante alto e, creio, teremos uma Mostra Principal muito interessante”, disse Carlos Ribeiro.

A Mostra Principal trará o espetáculo “O Santo Inquérito”, do Teatro Escola Macunaíma (que

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Ensaio Artístico

de Teatro: festa das r de São Pauloariadas, recebe espetáculos e instiga a refl exão

participa pela primeira vez do festival), no qual Dias Gomes se coloca na posição crítica diante da realidade nacional e humana.

Outro selecionado, “O Pássaro Azul”, da Escola Livre de Teatro de Santo André, conta uma história simples, mas cheia de delicadeza. A Mostra conta ainda com “O Coração Delator”, da Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas “Maestro Fêgo Camargo”, de Taubaté, que narra a história de um homem que sofre de distúrbio mental a partir de um dos contos de Edgar Allan Poe.

Também participa do festival “Uma Mulher Vestida de Sol”, do Conservatório Carlos Gomes de Campinas, retratando história de duas famílias do nordeste que disputam terras e, na disputa, surge o amor.

“Vereda da Salvação”, do Colégio Santo Antônio de Lisboa de São Paulo, trata do desespero humano de cada indivíduo e incita à refl exão sobre caminhos históricos, fé e esperanças coletivas.

Outro participante, “Sétimo Selo: Réquiem para uma Geração Petrifi cada”, é do sempre inusitado grupo do Colégio Singular, de Santo André, que participa do festival tatuiano há 15 anos. Em 2009, a 17ª montagem do grupo foi inspirada no roteiro cinematográfi co de Ingmar Berman e fala sobre a peste.

A Mostra Principal traz ainda o espetáculo “Até Onde a Vista Alcança”, da escola estadual “Professora Maria Augusta de Ávila”, de São Paulo, que retrata a cultura tradicional a partir da Folia de

Reis – tema próxima do interior paulista.Todos os espetáculos participantes do 22º Fetesp

receberam ajuda de custo de R$ 2 mil. Após a apresentação de cada um, será realizado um debate sob coordenação de Abílio Tavares.

Para Carlos Ribeiro, o novo formato é um “aprendizado coletivo”. “Deixamos o caráter competitivo de lado e buscamos paradigmas em vez de paradoxos. Assim, acreditamos que as análises e críticas são ouvidas menos com o coração e mais com a cabeça, uma vez que não há obrigação de se classifi car os vencedores. Essa é uma tendência que está presente nos principais festivais de teatro do país.”

O encerramento da Mostra Principal terá, além de solenidade para entrega de certifi cados de participação, a apresentação do espetáculo “O Estrangeiro”, com Guilherme Leme e direção de Vera Holtz, no dia 18 de outubro (veja quadro).

Mais teatroAlém da Mostra Principal, o Fetesp contará

com a Mostra Paralela, uma série de apresentações realizadas na Praça Paulo Setúbal, no centro da cidade. Nesse espaço, qualquer manifestação cultural poderá ser acompanhada por públicos de diferentes idades e formações. No último ano, a Mostra Paralela de Teatro, foi uma das principais atrações do festival. A estrutura inédita montada na praça Paulo Setúbal recebeu um público de 6 mil pessoas ao longo da semana. “A ideia desta mostra paralela surgiu da necessidade de veicular

trabalhos realizados por grupos da cidade e da região e de espalhar o espírito do Festival pelas ruas e de transformar a Praça do Barão num verdadeiro espaço democrático”, disse Ribeiro. As apresentações na Mostra Paralela acontecerão às 14h, 16h, 18h e meia-noite.

Outras atividades a serem realizadas serão as Ofi cinas Técnicas. Neste ano, serão quatro delas, sendo: Ofi cina Teatro de Rua (por Marcos Pavanelli e Harley Nóbrega), Ofi cina de Mímica Total (por Luís Louis), Ofi cina de Voz (por Daniele Pimenta e Eduardo Silva) e Ofi cina de Direção (por Marcelo Lazzaratto).

O Encontro Teatro e Educação, que foi documentado no ano passado, retorna em 2009 com a participação de Daniele Pimenta, Marcelo Lazzaratto, Ingrid Koudela, Sérgio Roveri, Abílio Tavares e Rogério Toscano.

E, para superar ainda mais as expectativas, o Núcleo Pavanelli de Teatro leva até o Boulevard da Praça da Matriz o espetáculo Viva Malasartes (dia 16, às 17h). Quer mais? Todos os dias, após a Mostra Principal (meia-noite), o grupo de aperfeiçoamento do setor de artes cênicas faz apresentações do esperado “Bastardo”, espetáculo dirigido por Juliano Casimiro, restrito a 12 pessoas por sessão, e que se desenrola em 15 diferentes ambientes, todos nas dependências do Conservatório de Tatuí.

As atividades, quando não gratuitas, terão ingressos vendidos a R$ 2. Toda a renda arrecadada será revertida para obras assistenciais.

Elenco de “Rosa de Cabriúna”: pré estreia do espetáculo abre 22º Fetesp

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10.10 – 20h30 10.10 – 20h30 Pré Estreia da Cia. de Teatro do Pré Estreia da Cia. de Teatro do Conservatório de TatuíConservatório de Tatuí

Espetáculo: “Rosa de Cabriúna”De: Luis Alberto de AbreuDireção: Carlos RibeiroCapacidade: 400 pessoas

11.10 – 19h00 e 21h00 11.10 – 19h00 e 21h00 O Santo Inquérito O Santo Inquérito

Teatro Escola Macunaína - São Paulo - SPDe: Dias GomesDireção: Adriano CyprianoCapacidade: 200 pessoas

12.10 – 20h30 12.10 – 20h30 O Pássaro Azul O Pássaro Azul

Escola Livre de Teatro - Santo André – SPDe: Maurice Maëterlinck Dramaturgia: Antonio Rogério ToscanoDireção: Maurice MaëterlinckCapacidade: 400 pessoas

13.10 – 19h00 e 21h00 13.10 – 19h00 e 21h00 O Coração Delator O Coração Delator

Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas “Maestro Fêgo Camargo” - Taubaté – SPBaseado no conto “Coração Denunciador”, de Edgar Alan Poe - Direção ColetivaCapacidade: 200 pessoas

14.10 – 20h30 14.10 – 20h30 Uma Mulher Vestida de Sol Uma Mulher Vestida de Sol

Conservatório Carlos Gomes - Campinas – SPDe: Ariano SuassunaDireção: Alice PossaniCapacidade: 400 pessoas

15.10 – 20h30 15.10 – 20h30 Vereda da Salvação Vereda da Salvação

Colégio Santo Antônio de Lisboa - São Paulo-SPDe: Jorge AndradeDireção: Alexandre FerreiraCapacidade: 400 pessoas

PROGRAMAÇÃO COMPLETAMOSTRA PRINCIPAL

O EstrangeiroEspetáculo de Albert Camus, dirigido pela tatuiana Vera

Holtz, encerra festival A edição 2009 do Fetesp reserva uma surpresa aos

freqüentadores do “Procópio Ferreira”, especial aos adeptos das artes cênicas. O encerramento do evento terá como principal atração, no dia 18, o espetáculo “O Estrangeiro”, obra baseada no livro de Albert Camus (com adaptação do dinamarquês Morten Kirkskov), com Guilherme Leme e direção da tatuiana Vera Holtz. A montagem é a estreia de Vera – atriz com 30 anos de carreira e que, no currículo, mais de 50 peças, novelas e fi lmes – no cargo de diretora.

“O Estrangeiro”, escrito em 1957, é o mais popular dos livros do francês nascido na Argélia, Albert Camus. Tão pop que rendeu até música do grupo de rock inglês “The Cure” (“Killing an Arab”). Tão popular porque, à parte narra as desventuras de Mersault, condenado a morrer por matar um árabe a troco de nada, narra também as desventuras de um homem do século XX – algo como uma autobiografi a de todo mundo.

Mersault leva uma vida banal, recebe a notícia da morte da mãe, comete um crime, é preso, julgado, tudo gratuitamente, sem sentido, sendo assim mais um homem arrastado pela correnteza da vida e da História. Seu drama pode ser lido como o drama de qualquer pessoa do seu século, que se depara com o absurdo, ponto central da obra de Camus.

Na trama, Mersault não encontra explicação nem consolo para o que acontece em sua trajetória, tudo acontece à sua revelia e nada faz o menor sentido. Ele não acha explicação na fé, religião ou ideologia, não tem onde se amparar. O que pode ser visto como uma vantagem: esse homem é livre, pode se fazer a si mesmo, sua vida está em aberto. Ele se depara, e se angustia, diante da liberdade e do absurdo, e quando descobre que essas duas condições são intrínsecas, fi nalmente encontra a paz.

“Além de ser uma narrativa seca das desventuras de Mersault, condenado à morte por matar um árabe, é também uma autobiografi a de todo mundo, do homem contemporâneo”, conclui Guilherme Leme.

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Guilherme Leme estreia nos palcos tatuianos

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Ensaio Artístico

16.10 – 20h30 16.10 – 20h30 Sétimo Selo: Sétimo Selo: Réquiem para uma Geração Petrifi cada Réquiem para uma Geração Petrifi cada

Colégio Singular - Santo André – SPDe: Teatro SingularDireção: Marcelo GianiniCapacidade: 400 pessoas

17.10 – 20h30 17.10 – 20h30 Até Onde a Vista Alcança Até Onde a Vista Alcança

Escola Estadual “Professora Maria Augusta de Ávila” São Paulo – SPDe: Reinaldo SantiagoDireção: Valéria de OliveiraCapacidade: 400 pessoas

18.10 – 20h30 18.10 – 20h30 O EstrangeiroO Estrangeiro

De: Albert CamusAdaptação: Morten KirkskovTradução: Liane LazoskiCom Guilherme LemeDireção: Vera Holtz

Teatro Procópio FerreiraRua São Bento, 415 – Tatuí-SPIngressos: R$ 2 (destinados a obras assistenciais)

MOSTRA PARALELA MOSTRA PARALELA 11 a 18 de outubroPraça Paulo Setúbal, s/nApresentações diárias às 14h, 16h, 18h e meia-noiteEntrada franca

ENCONTRO TEATRO E EDUCAÇÃOENCONTRO TEATRO E EDUCAÇÃO

11.10 – Daniele Pimenta12.10 – Marcelo Lazzaratto14.10 – Ingrid Koudela15.10 – Sérgio Roveri16.10 – Abílio Tavares17.10 – Rogério Toscano

Salão Villa-LobosRua São Bento, 415Entrada franca

APRESENTAÇÃO ESPECIALAPRESENTAÇÃO ESPECIALEspetáculo Viva MalasartesNúcleo Pavanelli de Teatro16.10.2009 - 17h Praça da Matriz, s/nºEntrada franca

Mais informações: 15 32514573 www.conservatoriodetatui.org.br

Bastardo!Instigante, espetáculo também surpreende pelo formato

Dentre as diferentes opções na programação do 22º Fetesp, uma das mais curiosas deverão ser as apresenta-ções do espetáculo “Bastardo”, um recorte de “Rei Lear”, de Shakespeare, que ocorrerão diariamente, a partir da meia-noite, nas dependências do Conservatório de Tatuí. Isso mesmo, por “dependências” entende-se um total de 15 diferentes ambientes. Restrita a 12 pessoas por sessão (uma série de apresentações deverá ocorrer no mês de novembro e parte de dezembro), a montagem surpreende pelo formato – pouco familiar ao setor de artes cênicas da escola – e in-stiga ao propor a refl exão crítica da arte e sobre a arte no espaço estudantil.

Nas 11 cenas e três entreatos, a encenação busca compor um espaço de superação de difi culdades pelos atores frente a um espaço físico “não cotidiano” para representações. Ainda que todas as cenas se desenrolem dentro da escola freqüentada pelos músicos e atores, cada lugar do prédio apresenta-se sob um novo ângulo. “Acho que todos conheciam os espaços, mas nunca dialogaram com eles. Ao se conversar

B d ! com o próprio espaço, tudo muda”, diz o diretor Juliano Casi-miro, professor do curso de aperfeiçoamento para atores.

Estreante no setor de artes cênicas, Casimiro adotou a estética da desconstrução, sonoplastia ao vivo (um mérito, pois une cantores e músicos à atores, em atuação absoluta-mente harmonizada e os fez enxergar e entender o teatro dentro da escola de música), iluminação à luz de lampiões, priorizando o ator como o elemento de maior importância na construção. “Com corpos descontruídos e reestrutura-dos, em um nível de falas cotidianas, a encenação guarda um diálogo entre o texto em sua origem e a trazida do mesmo para o momento presente”, diz ele.

Tanta novidade, no início, causou certa estranheza. “A desconstrução era algo que, antes, nem sabíamos do que se tratava”, admite Maria Clara Arantes, uma das gratas surpresas em cena no espetáculo.

“Bastardo” é um recorte do shakespeariano “Rei Lear”. Ou melhor, é a ótica de Edmundo (Bastardo) sobre o Rei Lear. Inteligente e estrategista, a personagem decide exi-lar seu irmão, matar seu pai e se casar com as duas fi lhas mais velhas do Rei. A história se desenrola com os atores interpretando vários personagens (e se revezando entre si),

em 15 ambientes que incluem subir e descer escadas (algu-mas vezes, o que, acreditem, exige muito mais dos atores do que da platéia) e entrar na tenda quase que esquecida pelo público no estacionamento da escola. Complexo? Para costurar o trânsito e as cenas, Casimiro criou divertidos personagens que ao mesmo tempo em que atuam e guiam o público, fofocam sobre a história: os fofoqueiros. “As pessoas não conhecem a história toda e além de escolher a história de uma personagem dentro de um livro gigante, ainda tiramos algumas coisas do contexto... Os fofoqueiros otimizam, ironizam e contextualizam as cenas”, disse Ca-simiro. “Nesse contexto, espero um leque de reações: há quem vá reclamar do incômodo de transitar, há quem vá se desprender do espetáculo, mas também acho que há quem possa fazer críticas mais incisivas quanto à produção”, re-sumiu o diretor.

Para os atores, a nova experiência pode representar uma “nova forma de atuação” (como disse Jeziel Santana), a idéia de “acompanhar o amadurecimento do espetáculo no espetáculo” (conforme Pedro Couto) ou, ainda, a opor-tunidade de redescobrir as artes cênicas. “Eu não gosto muito de atuar, gosto mais da parte técnica. Vim fazer o aperfeiçoamento, inicialmente pensando no curso de circo, o que não ocorreu. Vim ver como era a aula do Juliano Ca-simiro, gostei e, com esta técnica nova, eu gosto de atuar. A única hora em que gosto de atuar é nessa estética que conheci”, destacou Odilon Lamego.

Para a platéia, o grande lance de “Bastardo” é fazer par-te dele (o que signifi ca ver tudo bem de pertinho), situação obviamente imperdível.

De uma forma simplista, e para informar diretamente aos alunos do Conservatório de Tatuí: fi nalmente será possível entender o que os alunos de artes cênicas faziam, à noite, em cima de árvores, presos à grades, deitados no chão no meio do pátio...

As reservas serão feitas por telefone, sendo criada tam-bém uma lista de espera. Todos os detalhes deverão ser di-vulgados até o dia 6 de outubro. No elenco, estão Maria Pia Bernabé, Rafael Simão, Bernard Nascimento Pinhei-ro, Leila Carolina Azevedo dos Santos, Ana Paula Arru-da, Maria Clara Arantes, Odilon Viana de Assis Lamego, Raphael Eli Costa, Larissa Aragão Bassoi, Jeziel Menezes Santana e Pedro Couto, além dos músicos: Claudimir Couto Junior e Klesley Brandão, e das cantoras Adriana Chedid, Lucía Spívack e Luciana Porto. A direção é de Juliano Casimiro.

Elenco de “Bastardo”, espetáculo que terá sessões restritas a 12 espectadores

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oPaticumpatá: A Interação enGestos Musicais e Recursos

ResumoResumoEste artigo apresenta um estudo que visa ampliar

e desenvolver novas estratégias interpretativas em obras para instrumentos de percussão múltipla onde a interação entre o gesto incidental e cênico passam a fazer parte essencial da estrutura composicional da obra. Para observar essa nova postura interpretativa, realizamos uma série de ofi cinas de experimentação que resultaram na composição da obra Paticumpatá. Esta composição, com características visuais e sonoras, integra gesto, instrumentos de percussão, interação e improvisação. O artigo descreve a fundamentação teórica, a metodologia utilizada nas ofi cinas e os resultados musicais de uma série de apresentações dessa obra.

Palavras-chave: gesto, instrumentos de percussão múltipla, interação, improvisação, visual.

1. INTRODUÇÃO1. INTRODUÇÃOOs instrumentos de percussão foram, possivelmente,

os primeiros a surgir na história da música, mas no contexto da música ocidental, eles somente foram explorados amplamente no século XX. O desenvolvimento dos processos de construção dos instrumentos, o amadurecimento técnico dos instrumentistas, a grande variedade de timbres e a presença marcante do gesto do intérprete na interpretação engendraram no surgimento de estratégias composicionais e recursos técnicos inovadores.

Podemos destacar, como um desses recursos, o enfoque da relação entre audição musical e a visão, trazendo a tona uma grande discussão sobre o conteúdo, signifi cado e natureza da música. Essa discussão vem desde a Grécia antiga e é tema de debates até os dias de hoje. Segundo Caznok (2003, p.23), entre as inúmeras questões discutidas sobre esse ponto de vista, podemos destacar: “o discurso musical é auto-sufi ciente ou pode se referir a algo que não seja somente sonoro? Sua construção e recepção são fundadas exclusivamente em elementos sonoros puros ou estes podem apontar para algo além deles? Onde se encontra seu signifi cado: num universo composto unicamente por sons ou num contexto que inclui elementos extra-musicais?”.

Assim, este estudo foca um aspecto específi co deste contexto: a interação entre percussionistas e a utilização de recursos visuais interativos. Para este recorte, usa-se como referência o trabalho do percussionista Frank Kumor (2002), o qual é abordado sob o seguinte prisma: Gesto Musical e Gesto Interpretativo, subdividido em a) Incidental ou Residual e b) Cênico. As questões conceituais da pesquisa são apresentadas em “Tipologia de Gestos”. Os aspectos metodológicos e os procedimentos interpretativos estão apresentados em “Ofi cinas, Performance e Análise da Obra”, seguidos da discussão dos resultados obtidos na pesquisa.

2. TIPOLOGIA DE GESTOS2. TIPOLOGIA DE GESTOSNo contexto desta seção fazemos uma inserção

temática num conceito amplo e o estudo do mesmo foge ao escopo deste texto. Existem inúmeras defi nições e discussões sobre a defi nição de gesto. As defi nições que passamos a descrever estão de acordo com a nomenclatura utilizada pelo percussionista Kumor (2002) apresentada na sua pesquisa sobre obras que se utilizam de gestos, que segundo o autor, são movimentos com signifi cado. Essa nomenclatura foi também adotada e utilizada nas ofi cinas de experimentação realizadas pelo Duo Paticumpá, que resultaram na obra

Paticumpatá que será tratado na seção 3. Ainda, para o percussionista Kumor (2002), a performance de obras contemporâneas exige do intérprete conhecimentos que vão além do padrão curricular tradicional. O autor ressalta que:

Kumor (2002): “A música para percussão obteve um tremendo crescimento no século XX à medida que os compositores começaram a olhar para ela como um meio representativo para obras solo e música de câmara. Em paralelo com o desenvolvimento dado pelos compositores as obras para percussão, alguns deles adicionaram novos elementos na interpretação como o uso do movimento ou de gesto corporal com signifi cado específi co. A inclusão destes elementos em obras recentes para percussão apresenta ao intérprete um desafi o técnico que não está ainda identifi cado no padrão curricular do ensino de percussão”.

Tais composições colocam-se como um grande desafi o técnico para os percussionistas que receberam uma formação tradicional e não foram preparados para esse tipo de situação. Dessa maneira, esse estudo ganha importância, pois busca suprir essas lacunas e as necessidades surgidas na performance de obras contemporâneas para instrumentos de percussão.

2.1 Gesto Musical e Interpretativo2.1 Gesto Musical e InterpretativoNo século XX ocorreu um grande crescimento na

experiência com música para percussão. Os compositores passaram a ver os instrumentos de percussão como ferramentas com grande potencial para exercer a função solista e em música de câmara. Junto com essa evolução da linguagem dos compositores em trabalhos para percussão, alguns deles adicionaram novos elementos na performance. Os pontos de partida deste trabalho são apresentados a seguir. Inicialmente, fazemos a defi nição de Gesto Musical (GM), seguido de Gesto Interpretativo Incidental ou Residual (GI) e fazemos então a inserção da noção de Gesto Interpretativo Cênico (GC).

A primeira noção que defi nimos é:Gesto Musical (GM): diferentes padrões temporais

descritos por estruturas sonoras variando no tempo e que são produzidos por instrumentos musicais sob a ação de um intérprete, dada uma notação musical específi ca, utilizada num contexto interpretativo específi co.

Alguns exemplos do que denominamos de GM são: escalas, glissandos, acordes, notas longas, notas curtas. Segundo Frank Kumor (2002) o movimento corporal e a música instrumental possuem uma relação inseparável. O movimento corporal é aqui denominado de Gesto Interpretativo.

De forma complementar, defi nimos outro aspecto:Gesto Interpretativo Incidental ou Residual (GI): é o

movimento natural e inevitável do corpo do intérprete, em especial da cabeça e dos braços, na execução instrumental.

Possivelmente, o GI presente nas obras para instrumentos de percussão é mais importante e mais facilmente detectado do que em obras compostas para outros instrumentos. Isso se dá em decorrência da grande extensão espacial necessária para a execução dos instrumentos de percussão. O intérprete, muitas vezes, se desloca no espaço e adquire diferentes posições para o seu corpo na execução de obras que requerem confi guração de instrumentos com tamanhos, pesos, disposições de teclado e alturas diferentes. A movimentação espacial, junto com a grande ativação

muscular na performance desses instrumentos, cria uma intrigante e sutil “dança”.

Ainda, segundo Kumor (2002), este tipo de dança ocorre com a mudança de posição do músico, com o ato de se estender e inclinar-se no instrumento e na movimentação de braços, pulsos e mãos no controle das baquetas ou das próprias mãos, que serão utilizadas para produzir os sons nos instrumentos.

O estudo e a compreensão do GI, utilizado na execução da técnica instrumental, deve ser parte regular do vocabulário de percussionistas e estudantes de instrumentos de percussão. Este gesto está diretamente ligado com a produção sonora do instrumento. Muitos estudos são realizados no que diz respeito à efi ciência do movimento corporal utilizado na técnica de execução instrumental. O percussionista deve se utilizar de técnicas e métodos de estudo que desenvolvam efi ciência física para o melhoramento da sua performance.

Ao falar sobre o movimento incidental, o percussionista Frank Kumor diz que:

Kumor, (2002): “O movimento incidental produzido na performance de instrumentos de percussão cria uma dança única em várias composições, e compositores como John Cage tiveram consciência dessa condição”.

Vários compositores, que observaram este fenômeno, consideraram o movimento corporal como parte integral na performance em suas composições. Alguns compositores passaram a dar tal importância ao GI que algumas obras só podem ser apreciadas e compreendidas quando são assistidas em performances ao vivo. Nessas obras a música deixou de ter apenas um caráter auditivo, tornando-se também uma arte que se expressa por meios visuais.

Kumor (2002) apresenta algumas obras do repertório para instrumentos de percussão que possuem essas características, entre elas estão: Tcouch And Go (1967) - Hebert Brun; Rebus (1979) - Michael Kowalski; ?Corporel (1985) - Vinko Globokar; Six Elegies Dancing (1987) - Jennifer Stasack; Click (1988-89) - Mary Ellen Childs.

2.2 Gesto Interpretativo Cênico2.2 Gesto Interpretativo CênicoA inclusão da ação cênica em trabalhos para

percussão e a performance com desafi o técnico não é ainda parte do padrão curricular de percussionistas. Esta pesquisa proporcionou, ao se operar com tais conceitos, a aproximação dos intérpretes com essa nova linguagem musical para poderem aprimorar sua postura interpretativa ao se confrontarem com GCs utilizados na obra Paticumpatá. Tais aspectos potencializam o estudo das relações entre o movimento físico do intérprete com signifi cado autônomo e, eventualmente, dramático. Neste contexto entendemos:

Gesto Interpretativo Cênico (GC): é a ação do intérprete frente à descrição e a utilização específi ca de algum tipo de movimento que não está diretamente ligado ao ato de tocar o instrumento de modo que tal gesto possua signifi cado próprio e autônomo.

O GC é o movimento do corpo que é descrito pelo compositor, um movimento específi co, planejado e que é um elemento integrado na performance. Isto não deve ser confundido com o GI (abordado anteriormente) que é produzido como conseqüência do movimento do corpo na execução instrumental. O GI é um gesto pensado e com signifi cado musical, mas a sua utilização é vinculada a melhor produção sonora.

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Ensaio Acadêm

icontre Percussão Múltipla, s Visuais Cleber da Silveira Campos*

Já o GC tem signifi cado visual e dramático, estando diretamente ligado ao movimento físico do intérprete e não necessariamente a geração sonora. Queremos aqui ressaltar que o foco desse estudo é observar a visão do intérprete e não a do público. Em algumas situações um gesto pode estar sendo realizado pelo intérprete como gesto incidental e ao mesmo tempo, para o público esse mesmo gesto pode causar uma interpretação cênica. Portanto, o foco do estudo aqui reportado, é a intencionalidade do gesto cênico advinda da especifi cação do compositor na partitura e da ação do intérprete em relação a mesma.

A obra “Six Elegies Dancing”, composta em 1987 pela compositora Jennifer Stasack, é uma peça para marimba solo na qual o intérprete é constantemente requisitado para a performance de GC. Durante alguns momentos da obra o intérprete deixa de tocar no instrumento e apenas realiza movimentos no ar que estão desenhados na partitura.

Problemas de interpretação e performances imprecisas surgem quando o percussionista é requisitado a produzir GCs descritos pelo compositor. Isto ocorre porque o percussionista é geralmente treinado com a visão de potencializar o GI necessário na técnica de execução do instrumento. Ele não é treinado para movimento planejado. A adição do GC como um elemento da performance acaba, muitas vezes, por confundir o percussionista e, portanto, representa um problema de interpretação teatral e musical. Muitas vezes o músico é levado a atuar em tais situações sem nenhuma orientação do ponto de vista de arte do movimento ou mesmo cênica. Neste sentido, é importante que os intérpretes compreendam a importância do gesto nas obras que executam, principalmente nas obras contemporâneas que utilizam GCs.

3. OFICINAS, PERFORMANCE E ANÁLISE DA 3. OFICINAS, PERFORMANCE E ANÁLISE DA OBRA “PATICUMPATÁ”OBRA “PATICUMPATÁ”

Com o objetivo de estudar as questões relacionadas a interação entre intérpretes no processo de performance contemporânea, os percussionistas Cesar Traldi e Cleber Campos, alunos do programa de pós-graduação do Instituto de Artes da Unicamp, criaram em 2005 o Duo Paticumpá. Além de realizar atividades interpretativas de obras do repertório tradicional e composições feitas para o duo, o Duo Paticumpá é utilizado, no contexto das atividades de pesquisa do NICS (Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora), como um laboratório de teste de novos meios de interação, posturas interpretativas, instrumentos de percussão eletrônicos e desenvolvimento de software. Em 2005, ao nos deparamos com a performance de obras onde o gesto passa a ter signifi cado cênico, sentimos a necessidade de realizar um estudo que nos leva-se a melhor compreender a relação entre os movimentos do intérprete, o som por ele gerado e a relação cênica. Passamos então a realizar uma série de ofi cinas na busca de desenvolver essa nossa postura interpretativa. A obra Paticumpatá, que tratamos nessa seção, surgiu como um dos resultados dessas ofi cinas.

3.1 Confi guração da Obra3.1 Confi guração da ObraPaticumpatá é tocada com um setup de percussão

múltipla formado por quatro tom-tons e duas caixas. A disposição dos instrumentos é horizontal e cada intérprete toca em um setup formado por uma caixa e dois tons como pode ser observado na fi gura 01.

Figura 01: Setup de percussão utilizado em

Paticumpatá.

Após realizarmos uma série de experiências com diferentes disposições do setup, selecionamos a descrita acima por proporcionar o que chamamos de efeito espelho o qual é realizado através da inversão da disposição dos instrumentos. Esse efeito possibilita e valoriza a similaridade e a busca da sincronia dos movimentos entre os dois intérpretes.

Outro elemento utilizado para dar destaque a gestualização dos intérpretes foi a utilização de um efeito de luz. Para isso foi utilizada uma luz negra que foi disposta no centro do setup de percussão múltipla (vide fi gura 02). Essa luz é a única iluminação utilizada e é necessário que o local da performance esteja completamente escuro. As luzes negras são lâmpadas de descarga elétrica cujo processo inicial produz luz branca com grande quantidade de ultravioleta. A luz violeta faz com que o ambiente se torne escuro e o ultravioleta provoca um efeito especial, chamado “fl uorescência”, em alguns materiais de cor branca e tintas fl uorescentes.

Assim, para destacarmos os movimentos e a sincronia da performance dos intérpretes foram utilizadas dois pares de baquetas de caixa, pintadas com tinta fl uorescente de cor amarela e um quarteto de baquetas de marimba enrolados com linha acrílica branca (material que também brilha quando exposto à luz negra). Os dois intérpretes vestem-se com roupa preta, o que faz com que o público não os veja. Por essa razão, sob iluminação de “luz negra” e em local com blackout total, destacam-se apenas as baquetas amarelas e as pontas brancas das baquetas de marimba.

Figura 02: Ilustração do desenho derivado da

interação entre os movimento das baquetas e as cores destacadas pelo efeito “ fl uorescência” da luz negra.

Com a fi nalidade de evitar qualquer tipo de difusão da luz negra nos instrumentos é utilizado um tampão preto na frente de todo o setup de percussão e da própria luz negra (vide fi gura 01). Daí vem a preocupação com o ambiente de performance totalmente escuro, para que nenhum elemento externo, reluzente à luz negra, venha a interferir na apresentação da obra.

Após defi nirmos a confi guração dos instrumentos utilizados na obra, partimos para uma série de ofi cinas de experimentação de frases e gestualizações onde, após análise defi niu-se a estrutura musical de Paticumpatá. Essas ofi cinas foram fi lmadas e posteriormente analisadas, observando principalmente o modo de sincronia entre os intérpretes e a utilização de cada gesto na obra.

3.2. Análise dos Elementos da Obra3.2. Análise dos Elementos da ObraA partir das defi nições de gesto de Kumor (2002),

já descritas em seção anterior, destacamos alguns elementos da estrutura da obra. Os principais GMs utilizados na obra foram: ostinatos, rulos e frases em uníssono. Os ostinatos foram explorados de diferentes maneiras. A obra inicia com a execução do ostinato transcrito na fi gura 03.

Figura 03: Ostinato executado no início da obra Paticumpatá.

Esse ostinato é inicialmente executado por um dos intérpretes percutindo sua baqueta na do outro formando um “X” no ar. Nesta circunstância, trata-se de um GC, pois é necessário uma preocupação dos intérpretes quanto ao posicionamento e sentido visual do movimento.

Em seguida o mesmo ostinato é executado pelos dois intérpretes nos dois tom-tons presentes em cada um dos setups individuais. Nesse trecho, o mesmo ostinato passa a ser um GI, pois a preocupação dos intérpretes é apenas na execução do ostinato e não mais numa postura cênica. Vale aqui lembrar novamente que estas defi nições de GC e GI partem do ponto de vista do intérprete. Para o público, o GI dos instrumentistas pode ser visto e interpretado como um GC ou vice-versa.

O segundo ostinato (vide fi gura 04) utilizado na obra é executado pelos intérpretes simultaneamente. Posteriormente é realizada uma mudança (vide fi gura 05) das vozes por um dos instrumentistas criando uma nova sonoridades através do mesmo ostinado. Esse mesmo ostinato serve como base para uma seção de improvisação realizada primeiro pelo percussionista 01 e em seguida pelo percussionista 02.

Figura 04: Ostinato realizado em uníssono pelos intérpretes.

Figura 05: Ostinato apresentado na fi gura05 com a

mudança na voz do intérprete da linha superior.

Após o termino dessas duas seções de improvisação o mesmo ostinato é re-exposto, porém com um novo sentido gestual. A primeira nota do ostinato passa a ser executada pelos instrumentistas de outra forma, onde é realizado um cruzamento entre as baquetas de ambos, percutindo o tambor do setup de percussão do outro intérprete, buscando assim a aparição de um GC. Dessa forma, apesar do som gerado continuar sendo o mesmo, o gesto passa a possuir um signifi cado cênico (vide fi gura 06).

Figura 06: Ostinato apresentado na fi gura 05 com a realização do cruzamento entre os dois intérpretes na performance da primeira nota.

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Na seção de improvisação realizada com o ostinado apresentado acima, os intérpretes exploram a interação entre GI e GC. Grande parte das frases utilizadas durante os improvisos derivam das experimentações realizadas nas ofi cinas. Entre esses efeitos selecionados durante as ofi cinas está o que chamamos de “efeito leque” (vide fi gura 07).

Figura 07: Rulo em um dos tambores criando um

efeito visual em forma de um leque.

Essa visualização, obtida através do efeito de fl uorescência, enfatiza o GC obtido no efeito em forma de leque quando os percussionistas realizam movimentos contínuos nos tambores (rulos) ou no ar (sem produção sonora) e com os mesmos posicionados nas laterais dos setups de percussão. As frases em uníssono são utilizadas como ponte entre as diferentes seções da obra e possuem também caráter de GC. Este caráter cênico é enfatizado pela preocupação dos instrumentistas em executar as frases com grande sincronia, observando elementos como: manulação, acentuações, amplitude e velocidade dos movimentos. A junção desses fatores em somatória com a disposição dos setups de percussão individuais (vide fi gura 01) gera uma grande variedade de efeitos de fl uorescência os quais estão vinculados à simetria da formação em “espelho” e construídos através das frases em uníssono (vide fi gura 08 e 09).

Figura 08: Frase em uníssono onde pode ser

observado o “efeito espelho” que se dá pela inversão da manulação dos diferentes intérpretes (e – mão esquerda / d – mão direita).

Figura 09: Frase em uníssono que fi naliza a obra onde pode ser observado o “efeito espelho”.

O cruzamento entre as baquetas dos diferentes intérpretes, formando um “X” no ar, presente no início da obra, é reapresentado na frase transcrita na fi gura 10. Essa reaparição tem o objetivo de remeter o espectador ao primeiro elemento cênico da obra.

É importante salientar que o espectador não visualiza os intérpretes, mas apenas o movimento das baquetas. Por outro lado, os instrumentistas são guiados apenas pelos próprios movimentos visualizados através da luminosidade das baquetas no escuro, o que

exige dos mesmos estudo, interiorização e precisão desses movimentos. Dessa maneira, esse trecho exige uma grande precisão gestual dos intérpretes, pois o “X” é formado como conclusão de uma frase realizada em uníssono com o “efeito espelho”.

Figura 10: Frase em uníssono com “efeito espelho” que é concluída com o cruzamento das baquetas dos intérpretes, formando um “X” no ar.

5. DISCUSSÃO E RESULTADOS5. DISCUSSÃO E RESULTADOSA performance do repertório onde o gesto passa a ter

maior importância e signifi cado coloca os intérpretes frente a uma nova linguagem com a qual eles não estão familiarizados. Dessa maneira, as ofi cinas de experimentação desenvolvidas pelo Duo Paticumpá que resultaram na obra Paticumpatá, tiveram como objetivo confrontar os dois percussionistas com essa nova linguagem interpretativa.

Desde a concepção de Paticumpatá, os pesquisadores/intérpretes buscaram uma maior compreensão dos gestos utilizados como elemento engendrador da obra. As trajetórias dos movimentos gerados pelas baquetas no ar adquirem características próprias, levando o espectador a criar analogias entre o som e sua “imagem”. A “fl uorescência” das baquetas, relacionada aos movimentos e suas trajetórias, tem como objetivo remeter o espectador a construir uma “visualização sonora”, uma vez que não estão vendo os tambores e nem os intérpretes, mas apenas as trajetórias das baquetas e os sons gerados por elas.

Entre os resultados dessas ofi cinas de experimentação estão o desenvolvimento da linguagem cênica dos dois intérpretes e a criação da obra Paticumpatá. A interação desta pesquisa no que tange aos aspectos cênicos e dispositivos eletrônicos levou a composição da obra “Templo: Palavras ao Tempo” de Jônatas Manzolli, estreada no recital-conferência no Peforma’ 07 em Aveiro, Portugal (Campos, C. et all, 2007). Especifi camente, a performance de Paticumpatá já foi realizada em apresentações televisivas, importantes teatros brasileiros como o “Auditório do Ibirapuera”. Em abril de 2007, foi apresentada no “Mompou SGAE-Fundació Autor” ligada à fundação “Phonos” do Instituto Universitário de Audiovisual da Universidade Pompeu Frabra de Barcelona (Espanha), juntamente com outras obras neste mesmo contexto de Globokar, Álvarez, May e Manzolli. Trechos dessas obras podem ser encontrados em:

http://www.youtube.com/watch?v=N4ELSnI2AA0http://www.youtube.com/watch?v=4qpiiRxfWWQhttp://www.youtube.com/watch?v=eK8tLP2qNsQhttp://www.youtube.com/watch?v=xYDMNccRT84

6. CONCLUSÃO6. CONCLUSÃOEste artigo apresentou um referencial teórico

voltado ao desenvolvimento de uma tipologia de gestos. Do ponto de vista metodológico, descreveu o desenvolvimento de ofi cinas como processo de pesquisa e fez a análise da obra Paticumpatá que busca uma ampliação do universo da percussão através da interação

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entre gesto musical, incidental e cênico. Mostraram-se os elementos da obra e seus

mecanismo interacionais. De forma geral, os elementos apresentados neste artigo mostraram a necessidade do desenvolvimento de uma nova visão interpretativa frente a obras que utilizam o gesto como elemento de coesão estrutural. Essa nova postura interpretativa pode ser adquirida pelo intérprete através das ofi cinas de experimentação, como apresentado neste trabalho.

AgradecimentosAgradecimentosEsta pesquisa teve o apoio da FAPESP e CNPq.

Agradeço também a colaboração do percussionista Cesar Traldi, do compositor Jônatas Manzolli e da fotógrafa Dani Gurgel.

*Cleber da Silveira Campos é professor de Percussão Sinfônica e integrante do Grupo de

Percussão do Conservatório de Tatuí

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Programação confi rmada até 21de setembro.Informações (15) 3251-4573 ou www.conservatoriodetatui.org.br

Venda e retirada de ingressos a partir das 18h30na bilheteria à rua São Bento, 415

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Conservatório de TatuíOutubro 2009

TEATRO PROCÓPIO FERREIRA TEATRO PROCÓPIO FERREIRA - Rua São Bento, 415- Rua São Bento, 415

02.10 - 20h30 -02.10 - 20h30 - Big Band do Conservatório de Tatuí. Vinicius Dorin, coordenação e saxofone. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados). Big Band do Conservatório de Tatuí. Vinicius Dorin, coordenação e saxofone. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).07, 08 e 09.10 - 10h e 14h 07, 08 e 09.10 - 10h e 14h - Concertos Didáticos “Villa-Lobos encontra Camargo Guarnieri”. Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Dario Sotelo, regente. André Luiz Camargo e Juliano Casimiro, atores. - Concertos Didáticos “Villa-Lobos encontra Camargo Guarnieri”. Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Dario Sotelo, regente. André Luiz Camargo e Juliano Casimiro, atores. Entrada franca à alunos da rede municipal de ensino. Entrada franca à alunos da rede municipal de ensino.

22º Fetesp - Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo22º Fetesp - Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo10.10 - 20h30 10.10 - 20h30 - Pré Estreia da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí. Espetáculo: “Rosa de Cabriúna- Pré Estreia da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí. Espetáculo: “Rosa de Cabriúna”, de Luis Alberto de Abreu. Carlos Ribeiro, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).”, de Luis Alberto de Abreu. Carlos Ribeiro, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).11.10 - 19h00 11.10 - 19h00 - O Santo Inquérito (Teatro Escola Macunaína - São Paulo - SP). Adriano Cypriano, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.- O Santo Inquérito (Teatro Escola Macunaína - São Paulo - SP). Adriano Cypriano, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.11.10 - 21h00 11.10 - 21h00 - O Santo Inquérito (Teatro Escola Macunaína - São Paulo - SP). Adriano Cypriano, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.- O Santo Inquérito (Teatro Escola Macunaína - São Paulo - SP). Adriano Cypriano, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.12.10 - 20h30 12.10 - 20h30 - O Pássaro Azul (Escola Livre de Teatro - Santo André – SP). Antonio Rogério Toscano, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).- O Pássaro Azul (Escola Livre de Teatro - Santo André – SP). Antonio Rogério Toscano, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).13.10 - 19h00 13.10 - 19h00 - O Coração Delator (Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas “Maestro Fêgo Camargo” - Taubaté – São Paulo). Direção Coletiva. - O Coração Delator (Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas “Maestro Fêgo Camargo” - Taubaté – São Paulo). Direção Coletiva. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.13.10 - 21h00 13.10 - 21h00 - O Coração Delator (Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas “Maestro Fêgo Camargo” - Taubaté – São Paulo). Direção Coletiva. - O Coração Delator (Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas “Maestro Fêgo Camargo” - Taubaté – São Paulo). Direção Coletiva. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais). Capacidade: 200 pessoas.14.10 - 20h30 14.10 - 20h30 - Uma Mulher Vestida de Sol (Conservatório Carlos Gomes - Campinas – SP). Direção: Alice Possani. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).- Uma Mulher Vestida de Sol (Conservatório Carlos Gomes - Campinas – SP). Direção: Alice Possani. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).15.10 - 20h30 15.10 - 20h30 - Vereda da Salvação (Colégio Santo Antônio de Lisboa – São Paulo-SP). Direção: Alexandre Ferreira. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).- Vereda da Salvação (Colégio Santo Antônio de Lisboa – São Paulo-SP). Direção: Alexandre Ferreira. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).16.10 - 20h30 16.10 - 20h30 - Sétimo Selo: Réquiem para uma Geração Petrifi cada (Colégio Singular - Santo André – SP). Direção: Marcelo Gianini. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).- Sétimo Selo: Réquiem para uma Geração Petrifi cada (Colégio Singular - Santo André – SP). Direção: Marcelo Gianini. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).17.10 - 20h30 17.10 - 20h30 - Até Onde a Vista Alcança (Escola Estadual “Professora Maria Augusta de Ávila” - São Paulo – SP). Direção: Valéria de Oliveira. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).- Até Onde a Vista Alcança (Escola Estadual “Professora Maria Augusta de Ávila” - São Paulo – SP). Direção: Valéria de Oliveira. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).18.10 - 20h30 18.10 - 20h30 - Espetáculo “O Estrangeiro”, de Albert Camus. Guilherme Leme, ator. Vera Holtz, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).- Espetáculo “O Estrangeiro”, de Albert Camus. Guilherme Leme, ator. Vera Holtz, direção. Ingressos: R$ 2 (revertidos para obras assistenciais).

19.10 - 20h30 19.10 - 20h30 - Recital do Grupo de Pianistas Correpetidores. Juliano Kerber, coordenação. Entrada franca.- Recital do Grupo de Pianistas Correpetidores. Juliano Kerber, coordenação. Entrada franca.

V Encontro Internacional de Pianistas e VI Concurso Nacional de Piano de Música Brasileira Maestro Spartaco RossiV Encontro Internacional de Pianistas e VI Concurso Nacional de Piano de Música Brasileira Maestro Spartaco Rossi20.10 - 20h30 20.10 - 20h30 - . Antonio Vaz Lemes, piano. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)- . Antonio Vaz Lemes, piano. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)21.10 - 20h30 - 21.10 - 20h30 - Premiação do Concurso Nacional de Piano de Música Brasileira Maestro Spartaco Rossi e Recital de Eudóxia de Barros, piano - Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)Premiação do Concurso Nacional de Piano de Música Brasileira Maestro Spartaco Rossi e Recital de Eudóxia de Barros, piano - Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)22.10 - 20h30 - 22.10 - 20h30 - Nahim Marun, piano - Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)Nahim Marun, piano - Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)23.10 - 20h30 - 23.10 - 20h30 - Trio Canto Câmara - Homenagem a Mendelssohn e Villa-Lobos. André Rangel, piano; Martha Herr, soprano; Eduardo Bello, violoncelo - Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)Trio Canto Câmara - Homenagem a Mendelssohn e Villa-Lobos. André Rangel, piano; Martha Herr, soprano; Eduardo Bello, violoncelo - Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)24.10 - 20h30 - 24.10 - 20h30 - Catarina Domenici, piano. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)Catarina Domenici, piano. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)25.10 - 20h30 - 25.10 - 20h30 - Gerald Robbins, piano. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).Gerald Robbins, piano. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).

3ª Semana de Câmara do Conservatório de Tatuí - 26 de outubro a 1º de novembro de 2009 3ª Semana de Câmara do Conservatório de Tatuí - 26 de outubro a 1º de novembro de 2009 Programação a confi rmarProgramação a confi rmar

26.10 - 20h30 - 26.10 - 20h30 - Jazz Combo do Conservatório de Tatuí. A Pequena História da MPB – Parte III. Paulo Flores, coordenação. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).Jazz Combo do Conservatório de Tatuí. A Pequena História da MPB – Parte III. Paulo Flores, coordenação. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).27.10 - 20h30 - 27.10 - 20h30 - Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí. Edson Lopes, coordenação. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí. Edson Lopes, coordenação. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).29.10 - 20h30 - 29.10 - 20h30 - Premiação do II Concurso Nacional de Luteria “Enzo Bertelli” – Modalidade: Violino. Entrada franca.Premiação do II Concurso Nacional de Luteria “Enzo Bertelli” – Modalidade: Violino. Entrada franca.30.10 - 20h30 - 30.10 - 20h30 - Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Dario Sotelo, regente. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Dario Sotelo, regente. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)31.10 - 20h30 - 31.10 - 20h30 - Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Aylton Escobar, regente. Luiz Garcia, trompa. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados)Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Aylton Escobar, regente. Luiz Garcia, trompa. Ingressos: R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados) OUTROS LOCAISOUTROS LOCAIS

05.10 - 15h30 - 05.10 - 15h30 - Teatro Municipal de Barueri-SP. Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí. Alexandre Bauab Junior, coordenação. Rua Ministro Rafael de Barros Monteiro, 255. Teatro Municipal de Barueri-SP. Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí. Alexandre Bauab Junior, coordenação. Rua Ministro Rafael de Barros Monteiro, 255. Circuito de Aulas Espetáculos - Projeto Guri. Circuito de Aulas Espetáculos - Projeto Guri.10.10 - 20h30 - 10.10 - 20h30 - Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Tatuí-SP. Coro do Conservatório de Tatuí. Cadmo Fausto, coordenação. Entrada franca.Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Tatuí-SP. Coro do Conservatório de Tatuí. Cadmo Fausto, coordenação. Entrada franca.11.10 - 20h00 - 11.10 - 20h00 - Catedral Evangélica de São Paulo. Coro do Conservatório de Tatuí. Cadmo Fausto, coordenação. Catedral Evangélica de São Paulo. Coro do Conservatório de Tatuí. Cadmo Fausto, coordenação. 11 a 18.10 - 14h, 16h, 18h e meia-noite11 a 18.10 - 14h, 16h, 18h e meia-noite. Praça Paulo Setúbal (Praça do Barão). Mostra Paralela XXII Fetesp. Entrada franca.. Praça Paulo Setúbal (Praça do Barão). Mostra Paralela XXII Fetesp. Entrada franca.23.10 - 12h00 - 23.10 - 12h00 - Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Projeto Concertos ao Meio-Dia. Coro do Conservatório de Tatuí. Cadmo Fausto, regente. Entrada franca.Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Projeto Concertos ao Meio-Dia. Coro do Conservatório de Tatuí. Cadmo Fausto, regente. Entrada franca.28.10 - 21h00 - 28.10 - 21h00 - Teatro Pedro II – Ribeirão Preto, SP. Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Dario Sotelo, regente. Entrada franca.Teatro Pedro II – Ribeirão Preto, SP. Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Dario Sotelo, regente. Entrada franca.