Maio 2009 Sociedade da Mesa · e Arantxa Sanchez Vicario, Eric Cantona, Pink Floyd, Sting, Enrique...

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Sociedade da Mesa 74 Maio 2009 Kanu Rockwood Red 2006 Pancho Campo Roobernet Torta de damascos, mel e amêndoas

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Sociedadeda Mesa

74Maio 2009

Kanu RockwoodRed 2006

Pancho Campo

Roobernet

Torta de damascos, mel e amêndoas

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Direção Dario Taibo

Direção da revista Dario [email protected]

Desenho e direção de arte

[email protected]

Atendimento ao cliente Karla [email protected]

Contato de Publicidade [email protected] (55-11) 5084-8091

Impressão 5.500 exemplares

Sociedade da MesaRua Branco de Moraes, 248/11Chácara Santo AntônioSão Paulo - SP - BrasilCEP 04718-010(55-11) 5181-4140www.sociedadedamesa.com.br0800-7740303

Este informativo é uma edição exclusiva para os associados da Sociedade da Mesa. Pertencente a um grupo internacional, a Sociedade da Mesa é um clube de vinhos, seleciona vinhos para seus associados, publica um informativo mensal além de organizar cursos e eventos.

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sócio-diretorDario Taibo

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comunicação e designOOC

É em Londres que acontece aquela que é considerada a mais internacional feira de vinhos do mundo. Londres é um dos maiores mercados mundiais de vinho, e é de lá que vem aqueles que são considerados os mais influentes críticos de vinho. É lá que está sediada a IMW, centro de excelência do qual se falará na entrevista desta edição. E é justamente o fato de não ser um país produtor que lhe dá essa imparcialidade, essa capacidade de promover a mais internacional das feiras de vinho.

Estou aqui em Londres, amanhã começa a feira. Saio e entro no primeiro pub que encontro. Diz a lenda que estando em Roma viva, como os romanos. Então peço Sausage com backed beans, ovo frito e batata frita, um clássico. Dou uma olhadela na carta de vinhos só para confirmar o que já sabia. Um pub qualquer, a carta tem somente 14 rótulos habilidosamente escolhidos: tintos, brancos, espumantes e rosados, 7 países produtores representados e 11 variedades de uva numa carta de tão só 14 rótulos. Estou no país certo e na feira certa para comprar vinhos, e intuo que faremos boas compras.

Sociedadeda Mesa

índice

04 Seleção do Mês

06 EntrevistaPancho Campo

08

Torta de damascos, mel e amêndoas

Artigo técnicoRoobernet

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15 Próximas Seleções

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TEXTO CATA

Seleção Grandes Vinhos

JOÃO CALDERÓN DARIO TAIBO

Kanu Rockwood Red 2006

Safra: 2006DO: Stellenbosch, África do SulUvas: 56% Shiraz, 34% Cabernet Sauvignon, 6% Merlot, 4% RoobernetÁlcool por vol.: 14,29%Envelhecimento: 6 meses em traves de carvalho francês.Minha cata: Em nariz, chocolate preto e framboesa, complementado por notas apimentadas, noz moscada e canela, da componente Shiraz. Suave, aveludado em taninos com frutas vigorosas que terminam em um longo e seco final. Harmonização: Todo tipo de patês e terrines. Ótimo como aperitivo, como diversa gama de presuntos e saladas. Acompanha bem as carnes em geral, principalmente as de porco, assim como as aves, e também as massas de molhos com carne.Temperatura de serviço: servir levemente refrescado, a 20ºC.Guarda: para beber agora, ou durante os próximos 3 anos.

Kanu Rockwood Red 2006 Na África do Sul, mais precisamente

em uma antiga fazenda de Goedgeloof, conta-se uma lenda de um pássaro imaginário: eles acreditavam que sempre que esse pássaro aparecia, todos que estivessem banhados por sua sombra eram presenteados com uma colheita abundante. Muito bem, e o que isso tem a ver com a nossa seleção do mês? Pois é justamente este pássaro, Kanu, que dá o nome à bodega e ao vinho do mês de maio, o Kanu Rockwood Red 2006.

Kanu está localizada nos vales de Stellenbosch, que juntamente com Paarl e Franschoek formam a Região Vinícola do Cabo, e que é a maior do país. Situada aos pés das montanhas da Dobra do Cabo, a região possui características climáticas muito semelhantes às do mediterrâneo, com verões quentes e invernos não muito rigorosos.

Uma peculiaridade deste vinho está em uma das variedades de seu corte, a uva Roobernet, um recente cruzamento, sulafricano, de Pontac, extensivamente plantada na Região do Cabo, e Cabernet Sauvignon.

Agora, ainda mais curiosos, só nos resta a melhor parte, beber!

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Os vinhos espanhóis são muito frequentes em nossas seleções. Quais são as DOs espanholas em ascensão, onde devemos mirar nossas seleções futuras?

Creio que Rioja se tornará a região vinícola mais importante. Além do mais, a história, a cultura, a gastronomia e as bodegas de Rioja fazem com que ela tenha potencial para se tornar a região vinícola mais importante para o enoturismo. O espumante já pôde experimentar um boom de pessoas que buscam pagar menos por um vinho de qualidade. Hoje em dia estão fazendo espumantes muito bons pela metade do preço de um Champagne. O mesmo ocorre com os vinhos de Sherry, que é um dos grandes vinhos do mundo, é pouco conhecido e tem um preço fantástico. Acho que pode haver um renascimento dos vinhos andaluz. Em geral, a Espanha faz bons vinhos em todas as denominações de origem. As que vão sofrer são as que têm se posicionado em uma escala alta de preços.

O tema da mudança climática está em alta hoje em dia. Como afetará a Espanha e em que prazo?

A mudança climática já começou a afetar todas as regiões do mundo. Na Espanha vemos coisas boas como a grande diminuição das geladas primaverais, facilitando a maturação em regiões de difíceis colheitas antes. A parte negativa é a seca, o aumento de temperaturas e a baixa acidez. Com um clima mais quente, as uvas maturam demasiado rápido, e poderiam chegar a sofrer perdas em seu caráter varietal, falta de complexidade aromática e que a maturez fenólica adequada não seja atingida. As regiões produtoras de vinhos brancos, espumantes e vinhos delicados são as mais suscetíveis. O importante é reconhecer que há um problema, e que quanto antes começarmos a nos adaptar e tomar medidas, será mais fácil e mais barato.

E aproveitando o tema terroir, digamos que amanhã você decida produzir um vinho, um único vinho e em qual poderá dar o seu nome. Onde o faria e com que cepa?

Não acho que exista um vinho que já tenha demais no mundo, e creio que minha contribuição à indústria pode ser mais valiosa em outras áreas. Para mim, os dois países mais interessantes são Espanha e Chile. Espanha porque produz vinhos de uma qualidade excelente com um preço adequado. Além disso, a Espanha deveria tornar o turismo de vinho seu destino mais atrativo, por ter bodegas espetaculares, a gastronomia espanhola é líder, é um país com uma história impressionante e de uma riqueza cultural muito ampla. O Chile possui todas as qualidades climatológicas ideais para a produção de vinho de qualidade, para adaptar-se a mudanças climáticas melhor que nenhuma outra região, e bodegueiros muito preparados.

Para terminar, não posso deixar de fazer a pergunta óbvia. Sei que esteve no Brasil. O que achou de nossos vinhos?

O Brasil me encantou. Me pareceu que tem um potencial enorme para desenvolver uma cultura de vinho muito boa. Tive a oportunidade de experimentar muitos espumantes e tintos brasileiros. A verdade é que fiquei muito impressionado porque provei coisas muito interessantes e de uma qualidade que eu não esperava.

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ENTREVISTA

Pancho Campo

Primeiro Master of Wine espanhol; Presidente e fundador da “The Wine Academy of Spain”; Tutor recomendado da Wine & Spirit Education Trust; Estudou produção de vinhos na Universidade da California, em Davis; Participou do OIV / UC Davis Wine Marketing

Program; Foi treinado na Áustria, Bordeaux e Londres pelo Institute of Masters of Wine; Fundador da Conferência Mundial “Climate Change & Wine”; Fundador do programa “Spanish Wine Education Certification”; Treinado pessoalmente pelo vice-presidente Al Gore e membro do The Climate Project; Freqüentou a escola de medicina; Antigo Presidente e CEO da CSM, companhia de eventos, onde organizou e dirigiu a Davis Cup, World Cup of Indoor Trials, Pro Beach Soccer World Tour e eventos com Andre Agassi, Stefab Edberg, Emilio e Arantxa Sanchez Vicario, Eric Cantona, Pink Floyd, Sting, Enrique Iglesias, Tom Jones e Jamiroquai, dentre muitos outros; Ex-tenista profissional e participante das Olimpíadas de Barcelona 1992.

PANCHO CA

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No Brasil, o IMW não é uma organização muito conhecida entre os aficionados. Poderia nos explicar o que é IMW?

O “Institute of Masters of Wine” foi criado em 1953 pelos negociantes e profissionais de vinho do Reino Unido. A ideia era criar uma instituição que buscaria o nível máximo de excelência na educação do vinho. Hoje em dia, é o título de maior prestígio da indústria e de maior reconhecimento internacional.

Entendo que é muito difícil conseguir colocar o “MW” depois do nome. São pouquíssimas as pessoas que conseguiram. Quão difícil é?

É extremamente difícil. Apenas 247 pessoas conseguiram se tornar ́ Masters of Wine’ desde que se criou o IMW. É preciso um domínio em todas as áreas da indústria vinícola, enologia, viticultura, negócio, marketing e tendências contemporâneas. Além disso, é preciso passar por um exame prático de cata às cegas que dura três dias. Quando se consegue aprovação em tudo isso, ainda é necessário fazer uma tese sobre um tema de investigação própria.

E o investimento?

Mais que o investimento econômico é o tempo que tem de ser dedicado, o esforço e o sacrifício. Durante muitos anos tive que me levantar quase todos os dias às 5 da manhã para poder estudar e seguir trabalhando. Aproveitava todas as viagens de avião ou trem para estudar. Eu levei pouco menos de 4 anos e fui um pouco mais rápido que a média, que costuma levar uns 5 anos. Em relação ao dinheiro, não é mais caro que qualquer outro Masters. O principal gasto para mim eram as viagens à Londres, às zonas vinícolas, a trabalhar em bodegas e a aprender sobre o terreno.

Que conselho daria a alguém que queira fazê-lo?

É uma experiência fantástica e se aprende muitíssimo, mas você precisa estar preparado para fazer um grande sacrifício, precisa ser muito disciplinado e metódico. Isto não é como uma carreira universitária ou como qualquer master. Qualquer pessoa que se voltar ao MW deve avaliar, primeiro, a razão pela qual o faz, seus objetivos e ser honesto com você mesmo. Não se pode tentar ser MW se você não dispõe de tempo, ou se não é muito disciplinado e preciso consigo mesmo.

O vinho espanhol. Acredito que seu lugar no ranking mundial quanto a volume negociado deveria estar um pouco mais acima. Onde os espanhóis se confundem?

Os espanhóis se equivocam por não saberem vender e nem divulgar seu vinho. A Espanha é o país com mais vinhedos, e o terceiro produtor mundial. Além disso, quase todos os críticos mundiais concordam em dizer que a Espanha possui o panorama vinícola mais interessante e a melhor relação preço x qualidade. Sinceramente, creio que o vinho espanhol pode converter-se em líder mundial, se tudo fosse feito medianamente bem. A crise econômica representa uma grande oportunidade para a Espanha já que as pessoas buscam relação preço x qualidade, e esse é o grande valor dos nossos vinhos. Mas é preciso ter visão e saber investir adequadamente.

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“O melhoramento genético em uvas para vinho fino, através de cruzamentos, vem sendo feito desde meados do século XVI. Quando se entendeu melhor sobre reprodução de plantas e genética, foram iniciados

trabalhos de polinização das flores de videiras-mães que tivessem alguma qualidade à qual fosse possível agregar outras características desejáveis, usando pólen de outras variedades. Normalmente a flor da videira é autofecundada, não necessitando da ajuda nem do vento, nem de insetos. Pegando-se uma semente de ‘Merlot’, por exemplo, e plantando-se a mesma, em 98,5% das oportunidades nascerá outra ‘Merlot’ idêntica à planta-mãe. A chance de tal semente ter sido formada a partir de fecundação por pólen de outra flor é 1,5%. E, muito provavelmente, a outra flor que a polinizou estava no mesmo primórdio floral, sendo portanto, outra flor de ‘Merlot’.

Assim, as chances de ocorrerem cruzamentos ao natural são baixíssimas. Mas eles ocorrem. Estão aí a ‘Cabernet Sauvignon’, a ‘Chardonnay’ e a ‘Syrah’ dentre outras para provar.

Cruzamentos dirigidos, feitos pelo homem, foram muitos. Poucos, no entanto, deram bons resultados enológicos. Dos mais conhecidos são a ‘Alicante Henri Bouschet’ (uva tintória francesa), a ‘Flora’ (uva rosada californiana), a ‘Ruby Cabernet’ (uva tinta californiana), a ‘Manzoni Bianco’ (uva branca italiana) e a ‘Pinotage’ (uva tinta sul-africana).

No Brasil foram feitos diversos cruzamentos, mas a maioria visando obter uvas para vinhos comuns ou sucos.

Dentre as novas técnicas de melhoramento genético, atualmente se dispõe da biotecnologia. Já existem porta-enxertos de videira obtidos por esta técnica. A maneira mais usual para se melhorar uma variedade de videira é a seleção feita em vinhedos bons, isolando indivíduos (videiras) que tenham as características buscadas, e posteriormente, propagando somente estas.

Na África do Sul além da ‘Pinotage’ (‘Cinsault’ x ‘Pinot Noir’), mais recentemente foi lançado um novo cruzamento no ano de 1990. Trata-se da uva ‘Roobernet’. O mesmo foi feito pelo professor Orffer, em Stellenbosch, utilizando como genitores a conhecida ‘Cabernet Sauvignon’ e a desconhecida ‘Pontac’. Esta última é uma cultivar originária do sudeste da França e já era cultivada na África do Sul no século XVII, tendo sido exportado seu vinho para a Holanda em 1772 por Jan van Riebeeck. Era usada na elaboração do vinho Constantia tinto doce. É uma cultivar tintória (tem matéria corante na polpa além da película), originando vinhos de cor forte, levemente tânicos com sabor suave e bom potencial de envelhecimento.

A ‘Roobernet’ produz pouca uva, sendo a produtividade do vinhedo próxima a 5 toneladas por hectare. O vinho que origina é de cor acentuada e tânico devendo envelhecer bem. É um vinho que tem qualidades intermediárias entre as dos seus genitores. Atualmente só é encontrada em seu país de origem e ainda assim em pequena área. Deverá se constituir em um novo tipo de vinho original da África do Sul.

Para nós, será uma grande surpresa conhecer um vinho absolutamente novo.”

ARTIGO T´ECNICO

Eduardo Giovannini

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Artigo de Eduardo Giovannini, professor de viticultura no Curso Superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia do Centro Federal de Educação Tecnológica de Bento Gonçalves, RS

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Simples assim!

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Os dados de seu amigo podem ser enviados ao mail [email protected], site ou podem ser fornecidos pelo telefone 0800-7740303. Nos envie seu nome completo com telefone particular e comercial. Promoção válida apenas em caso da associação de seu amigo.

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São taças de cristal perfeitas para os melhores momentos com os grandes amigos.

Sociedadeda Mesa

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Retire a forma da geladeira, faça uns furos no piso da massa com garfo. Isso dificulta um pouco a formação de bolhas. Polvilhe aquelas amêndoas trituradas por sobre a massa e bote-a no forno para assar. Entre 10 e 15 minutos, ela deverá estar firme e levemente assada. Retire a massa do forno e deixe amornando. Não desligue o forno.

Vamos ao creme. Em uma vasilha, junte o creme de leite, o ovo batido, as essências e o mel. Bata um pouco para misturar. Aos poucos, despeje a farinha passada em coador bem fino. Bata e reserve.

Corte os damascos ao meio. Em circunferências concêntricas, começando pelas bordas, disponha os damascos, de forma que a borda de um se sobreponha à borda do vizinho. Devem resultar três circunferências. Preencha o meio com os damascos que sobrar. Se sobrou algum, coma-o.

Com delicadeza, espalhe uniformemente o creme sobre os damascos.

Volte a forma para o forno. Entre 40 e 50 minutos, a torta deve estar assada. Retire e deixe esfriar. Só desenforme-a depois de fria.

No momento de servir, polvilhe o açúcar de confeiteiro.

Sirva com um bom licor, um bom vinho do porto ou uma ótima aguardente de pêra (minha preferência). Cai melhor em uma noite fria, após um belo jantar.

No momento de servir, diga: “Puxa, eu tinha um pouco de farinha, um ovo e algumas frutas e não é que deu para fazer uma tortinha para vocês!!”

Sorria e saboreie a torta e a vida.

Vai, não tenha vergonha, corra e me dê um abraço.

TEXTOmesa

RONALDO CARRILHO

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Torta

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asRonaldo Carrilho é sócio-chef do restaurante [email protected]

Acredito que minhas contribuições para esse periódico nunca incidiram sobre doces. Um espanto! Não há dia que fico sem um doce. Mesmo que ruim. Não posso ir a restaurantes que ficam passando aqueles carrinhos de sobremesa pelo salão. Nessas ocasiões, engulo o salgado mirando no doce.

É difícil me deparar com um doce que eu não goste. Claro, tenho preferências. Olho de sogra, dou um olho. Por quindim, ajoelho. Por doces com massas, cremes e frutas (frescas ou secas), sou capaz de desatinos.

Portanto rapaziada, chegou a hora de doce. Assim sendo, vamos atacar de uma torta típica da região de Provence. É bem fácil de fazer. Essa receita foi tirada de um livro da Patricia Wells, jornalista americana, crítica de gastronomia e cozinheira, que reside entre Paris e Provence. Ô inveja... Ela tem uma casa de campo em Provence que é pura poesia.

No fim, essa torta será uma boa pedida. Afinal, estamos celebrando o ano Brasil/França.

Vamos ao mercado? Como vamos massagear nossos tímpanos e alegrar a alma? Bom, por falar em França, que tal Richard Galliano, L’hymne a’ l’amour? Se você não conhece, deveria. Ele já tocou com as grandes feras da música mundial (jazz, choros, tangos...).

Para a massa, tenha:120g de manteiga sem sal em ponto de pomada100 g de açúcar¼ de colher de chá de essência de amêndoas¼ de colher de chá de essência de baunilha1 pitada de sal180 g de farinha de trigo2 colheres de sopa de amêndoas (com casca) bem moídas

Para o creme, tenha:125 ml de creme de leite (prefira os mais espessos)1 ovo bem grande ligeiramente batido½ de colher de chá de essência de amêndoas½ de colher de chá de essência de baunilha2 colheres de sopa de mel1 colher de sopa de farinha de trigo passada na peneira mais fina que você tiver.

Para a fruta, tenha:800 g de damascos frescos, cortados ao meio, com a casca e sem caroço (acho que essa informação é dispensável, não é?!). Como não é fácil encontrar damascos frescos, adquira damascos secos e hidrate-os com suco de laranja e um pouco de açúcar ou mel, por uma noite, dentro da geladeira. No dia seguinte, retire e ponha-os sobre uma peneira para escorrer o excesso de líquido.

Açúcar de confeiteiro para polvilhar no momento de servir.

Já fiz essa torta com morangos frescos e doces. Ficou muito bom. Também já fiz com cerejas frescas. Chique e linda. Você pode tentar com ameixas ou figos frescos ou qualquer outra fruta que contenha pouco líquido e não seja muito ácida.

Você vai precisar de uma forma de torta baixa com fundo removível. Aquela de borda franzida é a mais adequada. Se for com película antiaderente, não precisa untar.

Para a massa, misture a manteiga e o açúcar com um garfo. Acrescente as essências e o sal. Por fim, despeje a farinha peneirada. Amalgame. Fica meio quebradiça. Não se apavore. Com as mãos e o auxílio luxuoso de seus dedos cubra a forma e as bordas com a massa. A espessura é por tua conta. Eu gosto de sentir o gosto de massa. Ou seja, deixo bordas grossas. Leve à geladeira para firmar (30 minutos são suficientes).

Aqueça o forno a 200ºC. Se você não tem controle de temperatura, se vire e compre um termômetro de forno. Cada um com seus problemas.

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Sociedade da Mesa é muito bem-vinda e não paga rolhaAqui nesta coluna publicaremos bares e restaurantes onde você, associado da Sociedade da Mesa, poderá desfrutar de bons ambientes e boa gastronomia com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha!

Rua Joinville, 561Vila Mariana - São Paulo(11) 5571-9839

Rua Mourato Coelho, 1267Vila Madalena - São Paulo(11) 3032-8605

Rua Joaquim Antunes, 224Jardim América - São Paulo(11) 3085-8485

Rua Jerônimo da Veiga, 461Itaim bibi - São Paulo(11) 3079-3344

Rua Orobó, 125Alto de Pinheiros - São Paulo(11) 3022-2424

Rua Bandeira Paulista, 387Itaim-bibi - São Paulo(11) 3078-6704

Rua Pedroso Alvarenga, 1170Itaim bibi - São Paulo(11) 3167-0977

Rua Girassol, 67Vila Madalena - São Paulo(11) 3031-6568

Rua Normandia, 12Moema - São Paulo(11) 5536-0490

Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705Jardim Paulistano - São Paulo(11) 3031-0005

Rua Dr. Mario Ferraz, 213Itaim bibi - São Paulo(11) 3816-4333

Rua Dr. Sodré, 241AVila Olímpia - São Paulo(11) 3845-7743

Rua Bandeira Paulista, 520Itaim bibi - São Paulo(11) 3167-2147

Rua Conselheiro Brotero, 903Santa Cecília - São Paulo(11) 3664-8313

Rua Oriente, 609Serra - Belo Horizonte(31) 3227-6760

Rua Tabapuã, 838Itaim bibi - São Paulo(11) 3168-6467

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A Rua Lisboa, 191Pinheiros - São Paulo(11) 3082-7904

R. Salvador Cardoso, 131Itaim-bibi, São Paulo. Tel.: (11)3078-8686.

R. Melo Alves, 294Jardins, São Paulo. www.chakras.com.br

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Rua Alexandre Dumas, 1152 Chácara Santo Antônio.(11) 5181.4422

Cocina de España na Vila Mariana

Av. Pedro Paula de Morais, 749Saco da Capela - Ilhabela - SP(12) 3896-5241

Rua Manuel Guedes, 545Jardim Europawww.limonn.com.br(11) 2533-7710

Av Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85Jatiuca - Maceió - Alagoas(82) 3235-1016

Rua Lisboa, 346 tel. (11) 3064-3438 São Paulo - SP

Genova

Calá del Grau

Restaurante Calá del Grau.Rua Joaquim Távora, 1266 – Vila Mariana SPReservas (11) 5549-3210.

Aprecie o sabor da culinária espanhola sem sair de São Paulo. Localizado na Vila Mariana o restaurante Calá del Grau se diferencia por trazer características típicas dos melhores restaurantes espanhóis, tanto no preparo quanto na forma de servir os alimentos.

Um dos destaques no cardápio é a Paella, servida em 5 versões diariamente . A Calá del Grau – sob encomenda e para um grupo de no mínimo 15 comensais - é preparada da mesma forma como é feita em Valência (região da Espanha onde se originou a paella) . O prato é produzido de forma que os ingredientes são adicionados um a um na paelleira, o que transfere para o arroz (principal ingrediente desse prato) o sabor de todos os alimentos utilizados. O restaurante serve também pratos do sul e sudeste da Espanha, caso da Zarzuela – um misto de pescados (robalo em postas, camarões, lula, mexilhões, aspargos, ovo cozido e pimentões que vão ao forno com molho de tomate), além das Tapas de la Huerta y Del mar - pequenas porções para serem apreciadas com o acompanhamento de um bom vinho.

O Calá Del Grau oferece vinhos argentinos, chilenos e espanhóis para combinar com seus pratos. Para completar o clima, a casa apresenta uma charmosa ambientação onde os clientes sentem-se à vontade como numa autêntica casa espanhola.

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Junho

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ês

A “Seleção Especial do Mês”, ao contrário da “Seleção do Mês”, não é de envio automático, mas somente sob pedido. Peça antes do dia 10 para recebê-la juntamente com seu vinho.

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A seleção do mês de junho será uma caixa composta por dois

diferentes varietais: o Bianchi Torrontés 2008 e o Bianchi Syrah

2008. Os associados que recebem caixa com quatro garrafas

receberão dois de cada varietal, e claro, os que recebem caixa

com seis, três de cada.

Como já é de praxe da Sociedade da Mesa, ambos os vinhos

são exclusividade para nós associados, uma vez que eles serão

somente lançados no mercado nacional em 2010. Por isso mais

uma vez, aproveitem!

Preço no mercado:

Bianchi Syrah: R$ 45,00/Bianchi Torrontés: R$ 45,00

Preço para o associado:

Bianchi Syrah: R$ 37,80/Bianchi Torrontés: R$ 35,80

Finca La Anita Cabernet Sauvignon 2005

Nossa seleção de Grandes Vinhos do mês de junho estará

muito bem representada pelo Finca La Anita 2005. Este vinho

tem se instalado como referência entre os Cabernet Sauvignon

argentinos, com importantes menções na imprensa especializada.

É um vinho tão especial que é somente engarrafado quando

as uvas atingem seu máximo esplendor, sendo assim não são

produzidos todos os anos, por isso temos que aproveitar.

Preço no mercado: R$ 150,00

Preço para os associados: R$ 98,00

Bianchi Syrah e Bianchi Torrontés 2008

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Acessórios

Vinho em consigna Informativos

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S Faça suas compras por telefone (0800-7740303) ou site e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.

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Lembrete: Recordamos aos associados que comuniquem quaisquer alterações no envio do mês, tais como de alteração de quantidades, pedidos de seleção especial, acréscimo de vinhos do estoque ou suspensão até o dia 10 de cada mês.

Aviso: As taças de cristal com as quais presenteamos os associados que nos trazem outro associado vinham sendo da marca Hering, mas esta empresa não vem nos entregando as taças. Passamos então a entregar taças Strauss/ Imperattore. São quase idênticas, mas a taça borgonha da Imperattore é ligeiramente mais bojuda.

Se você vai fazer um evento, festa, jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos. Consignamos o vinho para você e assim nem sobrará nem faltará, já sem contar que será um prazer ajudá-lo a escolher o vinho mais adequado para a ocasião.

Atendendo a vários pedidos, muito justos temos que dizer os informativos estão disponíveis para consulta, pesquisa e curiosidade. Acesse nosso site e faça download de nosso acervo. Boa leitura !

Neste mês não haverá “Seleção Especial do Mês”.

Seleção Grandes Vinhos

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