Mais Notícias #546

Saulo Benevides é o novo prefeito de Ribeirão PiresUma luta iniciada há quatro anos chega ao fim. Saulo Benevides, eleito com mais de 24 mil votos, é o novo prefeito de Ribeirão Pires. Tendo atu-ado como oposição nos últimos anos do governo Clóvis Volpi, Saulo foi o responsável por denunciar diversas irregularidades da Administração Pública. Após uma difícil campanha, em que atravessou uma maré de processos, acusações e ataques que se mostraram infrutíferos, o candidato

do PMDB se sagrou vencedor. Neste momento o Mais Notícias declara ao mais novo edil: Parabéns e cuide bem de nossa querida cidade.

QUINTA-FEIRA | 08 DE OUTUBRO DE 2012Ano IX | ED. 546

Jornalista Responsável:Danilo Meirawww.jornalmaisnoticias.com.br

Com 60% dos votos, tucano dará continuidade ao governo

Detalhes sobre as novas personalidades políticas da região

Onda Rosa e Gê do Aliança surpreenderam nas urnas

Gabriel Maranhão vence em Rio Grande

Veja o perfil dos vencedores da Eleição

Destaques do Legislativo

Confira o resultado completo de Ribeirão Pires e Rio Grande

- Enquanto escrevo este texto Sr Edinaldo, já sei e o senhor também já sabe que perdeu a eleição. O senhor vem alegando e vai continuar alegando que perdeu no ta-petão. Não. O senhor perdeu por sua ganância, pelo abuso

do poder, pelo menosprezo as leis e aos opositores.

- E por falar em oposi-tores, eu Gazeta, fui um dos mais ferrenhos, mas espero que o senhor concorde que fui um oponente leal. Com-bati dentro das regras e com

as armas permitidas, jamais usando de golpes baixos contra o senhor, seus amigos, sua família, embora eu tivesse motivos de sobra para fazê-lo, e o senhor sabe disso.

- Entretanto minha cria-ção e o código de ética dos

jornalistas que militam nes-sa casa jamais permitiriam usar informações de cunho pessoal ou familiar para an-tingi-lo em sua honra. Nosso embate foi exclusivamente político baseado em fatos fartamente documentados

não passando nem perto de configurar calunia ou difama-ção.

- Em vista do exposto, quero aqui de público de-clarar uma trégua unilateral, que se aceita acabarão com as rusgas e seguiremos em

frente.- Apenas um aviso: caso o

senhor resolva candidatar-se a qualquer cargo publico no município de Ribeirão Pires, saiba que terá de minha parte a mesma implacável oposição. Disse.

Após mais uma eleição, teremos um novo tempo na política de Ribeirão Pires, com a eleição de um novo prefeito e de uma renova-da Casa de Leis. A reno-vação é sempre louvável, por trazer novas idéias, ca-beças saudáveis. Por isso, a eleição de Saulo Benevi-

des deve ser saudada.Independente do fato

de os votos de Dedé da Folha não terem sido com-putados, uma vez que ele ainda briga na justiça para reverter os parece-res negativos do Cartório Eleitoral e do Tribunal Re-gional Eleitoral junto ao

Tribunal Superior Eleito-ral, é inegável que o novo prefeito teve a maioria dos votos dos ribeirãopiren-ses, como a enquete Boca de Urna realizada por nós

e postada em nosso site apontou.

Agora prefeito de Ri-beirão Pires, ele deve se atentar às cobranças que certamente virão. A cida-

de vive uma crise grave econômica, com atraso de pagamento a fornecedo-res e funcionários, falta de remédios no hospital e até mesmo na recém-inaugu-rada UPA, além de vários setores que enfrentam problemas de desorgani-zação.

A Saulo e seu grupo de transição caberá trabalhar para que tudo seja feito da melhor maneira pos-sível. E a nós, moradores de Ribeirão Pires, cobrar para que a cidade, de fato Mude para Melhor. Seja bem-vindo, novo prefeito Saulo Benevides.

Alvorada de um novo tempo

Carta aberta ao Sr. Edinaldo de Menezes:

Agora prefeito de Ribeirão Pires, ele deve se atentar às cobranças que certamente virão

PUBLICAÇÃO SEMANAL DE MAIS NOTÍCIAS EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA.

CNPJ: 05.531.420/0001-18email: [email protected]

[email protected]

EDITOR: ANTONIO CARLOS CARVALHO | JORNALISTA RESPONSÁVEL: DANILO MEIRA Mtb: 43.013

REPORTAGEM: CARLA LEGNER / THIAGO QUIRINO Mtb: 61.451 | DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO: GUSTAVO SANTINELLI

DEPARTAMENTO COMERCIAL: SIDNEI MATOZO / CLAUDIO SANT’ANNA

DEPARTAMENTO JURÍDICO: DR. GILMAR ANDRADE DE OLIVEIRA / DR. ERIC MARQUES REGADAS

COLABORADORES: ELIANA MACIEL DE GÓES / RAUL CARLOS DE CARVALHO / ALA VOLOSHYN

ADMINISTRAÇÃO: ELISETE HELENA PIMENTA | IMPRESSÃO: DIÁRIO LANCE

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA EM RIBEIRÃO PIRES, RIO GRANDE DA SERRA E REGIÃO DA REPRESA BILLINGS

Rua Olímpia Catta Preta, 194 • 1 Andar, Sala 2 • CEP 09424-100

• Centro • Ribeirão Pires • SP • Fone: 4828-7570 • Fax: 4828-1599

ARTIGO | Gazeta - Editor do Jornal Mais Notícias e da Revista Mais Conteúdo

OPINIÕES02 08 | outubro | 2012www.jornalmaisnoticias.com.brwww.jornalmaisnoticias.com.br

Saulo Benevides vence em Ribeirão Pires com 58,31% dos votos

O mais novo prefeito eleito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), comemora a vitória ao atingir 24.601 votos, o que equivale a 58,31% dos votos válidos apurados. Saulo, que se destacou por ser o candidato mais representativo da oposi-ção, mostrou que todo o trabalho de campanha foi focado para conquistar a vitória nas urnas e agora ele assume um compro-metimento especial com a população da cidade.

Após o término da apu-ração, ainda emocionado com a vitória, Benevides declarou: “Obrigado elei-tor, juntos nós vamos fa-zer o melhor governo que essa cidade já teve. Vamos fazer um governo justo e honesto porque essa é a vontade da população”.

Para o novo prefeito esta eleição encerrou uma etapa em sua vida política para se iniciar uma nova. O até então vereador tem uma carreira de serviço público na cidade interes-sante. Por 16 anos Saulo atuou na Câmara Munici-

pal de Ribeirão Pires, du-rante esse tempo ele foi o responsável pela criação de importantes projetos de lei, como o que exigia a reposição salarial das perdas da inflação aos funcionários públicos e a criação de uma CEI para investigar supostas irre-gularidades na gestão da Saúde Municipal, que in-felizmente não foi adiante porque a base governis-ta não aderiu ao projeto. Além disso, foi de seu ga-binete que saíram diver-sos requerimentos que exigiam transparência nas contas públicas, pavimen-tação em diferentes vias, cobranças para melhores investimentos na Saúde e Educação. “Resumo minha trajetória política até aqui com um simples: Cumpri meu dever”, reconheceu antes de enfatizar que agora chegou a hora de fazer ainda mais.

Aos 40 anos de idade, Saulo é pai e marido de-dicado, é formado em di-reito e desde o início de sua vida profissional ele se empenhou pelo ramo

político/público. Quando jovem, defendeu as cau-sas sociais entendendo a importância de ajudar e fazer bem ao próximo.

Completamente emo-cionado, o novo prefeito comemorou a vitória ao som da música “Sabor de Mel”, da cantora gospel Damaris. “A letra dessa música representa muita coisa em minha vida, ela mostra o trabalho que ti-vemos ao longo desse pe-ríodo e o sentimento que temos agora”, diz o pee-medebista. Em um trecho a canção cita: “Na verda-de a minha prova tinha um gosto amargo / mas minha vitória hoje tem sabor de mel (...) / O agir de Deus é lindo na vida de quem é fiel / No começo tem pro-vas amargas / Mas no fim tem o sabor do mel”.

Em 2010 Saulo tam-bém foi recordista na ci-dade ao atingir a marca de 15.944 votos quando concorreu como Deputa-do Estadual pelo PV. Esse ano o candidato surpre-endeu ultrapassando essa marca.

Por Thiago Quirino

Emocionado, Saulo Benevides comemora vitória “Sabor de Mel”

Saulo e sua vice Leo da APRAESPI

Apoiadores e eleitores comemoram o resultado

Saulo e sua esposa Michele

ELEIÇÕES 201203 08 | outubro | 2012www.jornalmaisnoticias.com.brwww.jornalmaisnoticias.com.br

ELEIÇÕES 2012 www.jornalmaisnoticias.com.br 08 | outubro | 201205

Com 60,60% dos votos, Gabriel Maranhão é o novo prefeito de Rio Grande da Serra

Sem votação expressiva Nilson do Mercado Filho está fora da prefeitura

Rio Grande da Serra não terá Luiz Internet como prefeito

Mesmo com apoio forte, Claudinho da Geladeira é derrotado

Por Carla Legner

Claudinho teve até apoio de Lula

Maranhão era o candidato apoiado pelo prefeito Kiko

Após uma eleição tranqüila, Rio Grande da Serra tem um novo pre-feito. Com aproximada-mente 60,60 % dos votos, Gabriel Maranhão (PSDB) é o novo chefe de gover-no da cidade. Engenheiro formado pela Universida-de Presbiteriana Macken-zie, aos 40 anos é casado e pai de dois filhos. Em seu mandato pretende tra-balhar por três grandes prioridades: Saúde, Edu-cação e Infra-estrutura.

Como profissional da área em que se formou, trabalhou na Construto-ra Gafisa viabilizando a construção de casas pré-

moldadas, foi o respon-sável pela construção do Credicard Hall, trabalhou na Engineering e traba-lhou na TIM como enge-nheiro técnico responsá-vel pela telefonia móvel.

Em 2005 assumiu a Secretaria Municipal de Obras, onde permaneceu até maio de 2012, quando se desligou da colocação para concorrer ao cargo de Prefeito. Neste perí-odo, esteve ao lado do Prefeito Kiko viabilizando a captação de recursos e conduzindo a execução de todas as obras feitas, nos mais diferentes bair-ros, durante o Governo

PSDB. Foi responsável por vários projetos execu-tados na cidade como a melhora visual da cidade e a reforma de praças e vias públicas.

O Plano de Gover-no do candidato sempre partiu da realidade social e financeira da cidade, sem deixar de observar com rigor os limites orça-mentários municipal, tra-çando metas possíveis de governo dentro do man-dato. Já eleito vai dar con-tinuidade aos trabalhos já realizados e ampliar a atuação da prefeitura no desenvolvimento da ci-dade.

O candidato mais jo-vem do ABCD, Nilson do Mercado Filho não con-seguiu garantir a vaga de chefe de governo da cida-de do Rio Grande da Serra, com cerca de xxx votos, o

comunista ficou fora do paço municipal.

O Trabalho no merca-do da família, desde os 12 anos, fez Nilson do Mer-cado Filho amadurecer e ter vontade de entrar para

política, mas sua pouca ex-periência não conseguiu convencer a população.

No começo, Nilsinho buscava uma vaga na Câ-mara dos Vereadores, po-rém com o obstáculo na

candidatura de seu pai, que foi impugnado pelo Tribunal Supremo Eleito-ral (TSE), abriu mão do es-paço para disputar o cargo de prefeito. Nilson pai caiu na lei “Ficha Limpa”, pois

em 2005 foi condenado por vender produtos fora do prazo de validade.

Entre os seus principais projetos estavam a exe-cução de dois programas habitacionais, o federal

Minha Casa, Minha Vida e o estadual Cidade Legal, que vai incentivar regu-larização fundiária, visto que o município sofre com construções de moradias irregulares. (C.L.)

Luiz Internet (PSDC) é empresário do ramo de co-municação e restaurador. Começou sua vida políti-ca há mais ou menos seis anos onde trabalhou pela atual gestão como execu-tor de diversas obras como a reforma de duas creches,

balão mágico, pequeno po-legar, o fórum da cidade e participou da restauração da capela São Sebastião.

Foi a partir desses tra-balhos pela autarquia veio à vontade de se tornar prefeito de Rio Grande da Serra. Porém para os mu-

nícipes essa experiência não era o suficiente para colocar o candidato no posto de chefe de gover-no da cidade. Com apenas 1,29% votos, Luiz Internet não conseguiu o cargo e está fora da prefeitura de RGS.

Como prefeito preten-dia trabalhar principal-mente pela saúde. Em seu mandato iria implantar uma casa de recuperação para dependentes quími-cos e atividades de lazer para os jovens. O monito-ramento de câmeras di-

gitais para Guarda Muni-cipal, a criação do Centro de Zoonose, a construção da Rodoviária e o Parque de Frutas. Para cultura e turismo o seu maior proje-to era desenvolver o setor como uma atividade eco-nômica sustentável, com

papel relevante na gera-ção de emprego e renda, com inclusão social. Serão estabelecidas metas e di-retrizes para o desenvolvi-mento do turismo, através de uma reserva de inves-timentos exclusivas para o turismo. (C.L.)

A relação de Claudi-nho da Geladeira (PT) com Partido dos Trabalhado-res vem de muitos anos e com grandes coincidên-cias. Claudinho trabalhou na Ala 13 da Volkswagen e seu número de registro era 13001, mesmo número de sua candidatura nas três vezes que disputou o pleito para vereador. Porém nem mesmo toda essa supers-tição ajudou o candidato

a conquistar o cargo de prefeito de Rio Grande da Serra.

Sua experiência como vereador por três man-dados, a presidência da Associação de bairro de Santa Tereza e nem mesmo o apoio do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva não foram o suficiente para que a população elegesse o petista.

Claudinho veio do nor-

deste para São Paulo, ainda criança, a procura de um futuro melhor. Viveu em uma comunidade carente de Santo André e, desde cedo, aprendeu a valorizar o trabalho e as pessoas a sua volta, descobriu que so-zinho não chegaria a lugar algum e que com determi-nação poderia conquistar todos os seus sonhos.

Com uma trajetória política focada na partici-

pação popular, pretendia continuar trabalhando por melhorias para seu bairro e para a cidade toda. Seu plano de governo era fo-cado no desenvolvimento sustentável, participação popular e cidadã, políticas sociais e a afirmação de di-reitos, além de gestão éti-ca, democrática e eficiente, desenvolvimento urbano e rural e direito à cidade. (C.L.)


Maria Inês termina as eleições na segunda colocação

O sonho destruído, agora só em 2016

Ticianelli comemora mais de dois mil votos

Por Danilo Meira

Dedé não superou problemas jurídicos

Candidato foi a maior novidade desta eleição

Candidata apostou no olho a olho

Durante mais de um ano, o PT se estruturou e se preparou para voltar a disputar o Paço Munici-pal com força. E, para esta missão, escalou uma velha conhecida dos ribeirãopi-renses, a ex-prefeita Maria Inês, nome mais conhecido da legenda na cidade.

Mesmo com uma estra-tégia consistente e uma es-trutura de campanha digna de grandes capitais, a le-genda acabou sucumbindo ante a força da campanha de Saulo Benevides, termi-nando na segunda coloca-ção, com 15.545 votos, ou 36,85% dos votos válidos.

Durante a campanha, a aposta foi em caminhadas,

muita conversa olho no olho, visitas ilustres, como as da Secretária Nacional de Segurança Pública, Re-gina Miki, a Ministra das Cidades, Miriam Belchior, do Ministro da Saúde, Ale-xandre Padilha, do presi-dente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda e também atividades inusi-tadas, como uma bicicle-tada, que foi da Santa Luzia até o Centro da cidade e uma caminhada que fez o circuito Comitê-Centro-Comitê. Além disso, houve uma aposta consistente no Programa de Governo, que tinha “propostas ousadas e factíveis” como os CEUs da Saúde e da Educação, a

transposição entre o Cen-tro Alto e o Centro Baixo, o Parque Linear e o pro-longamento da Avenida Brasil, entre outras que mi-nimizaram a estratégia da concorrência em ataques diretos. “Foi uma campa-nha bonita, com discussão de propostas, sem ataques, sem violência e com muita alegria. Estou feliz com o resultado do nosso traba-lho”, afirmou a candidata em entrevista concedida ontem.

Houve até quem estra-nhasse o resultado, mas, dentre os muitos motivos que podem ser apontados para o que aconteceu, al-guns irão apontar a alta

taxa de rejeição que a can-didata apresentou nas pes-quisas iniciais, mas isso foi reduzido a níveis razoáveis. Outros apontam a ânsia da população por renovação, mas o partido apresentou isso. Desta feita, a insolú-vel resposta será discutida pelo partido nos próximos meses.

De positivo, fica a pro-va de que a legenda está unida fortalecida para o futuro e, ao contrário do que ocorre nesta legislatu-ra, terá um representante na Câmara de Vereadores, Renato Foresto, que foi o segundo mais votado da coligação, atrás apenas de Zé Nelson (PSD).

Nascido em Ribeirão Pires, Edinaldo de Mene-zes, o Dedé da Folha (PPS) é casado e pai de dois fi-lhos, um ainda por nascer. Ao longo dos seus 41 anos viu seu pai criar o Jornal Folha de Ribeirão e parti-cipar da vida pública da cidade como vereador. O exemplo dentro de casa e a vontade de buscar o melhor para o município fez com que Dedé sempre tivesse como objetivo ser prefeito.

Em 2004, na primeira vez que se candidatou, foi eleito vereador. No man-dato, entre 2005 e 2008,

Dedé foi líder de governo nos dois primeiros anos e em 2007 e 2008 foi eleito presidente da Câmara Mu-nicipal.

O trabalho à frente da Câmara lhe deu força no grupo e em 2008 foi o es-colhido para ser candidato a vice-prefeito na chapa do prefeito Clóvis Volpi rumo à reeleição. A dupla foi eleita com 73% de votos validos, cerca de 44.034.

Essa experiência ad-ministrativa fez com Dedé se sentisse capacitado para buscar seu objetivo maior e finalmente realizar seu grande sonho: estar à

frente da Prefeitura, mas infelizmente toda essa ba-gagem política não foi su-ficiente para elege-lo.

Durante sua campanha para vereador em 2004, Dedé foi acusado de utili-zar do seu próprio jornal para publicar matérias ao seu favor. Dois anos depois foi condenado e como pena ficou três anos sem poder se candidatar.

Em 2010 tivemos a aprovação da lei “Ficha Limpa”, que proíbe qual-quer pessoa se eleger pelo período de oito anos. No inicio de 2012 ficou de-cidido que a mesma seria

retroativa, sendo assim Dedé se enquadraria na lei e não poderia sair can-didato este ano. Ignorando a lei, o político continuou sua campanha até o final, mesmo após todos os re-cursos negados.

Seu nome até esteve nas urnas, mas não adian-tou de nada. Mas não po-demos negar que Dedé, apesar dos sucessivos fra-cassos, trabalhou até últi-mo minuto. Foi para a rua, apresentou propostas e fez a sua parte. Para seus fãs um lutador, para os de-mais apenas um perdedor. (C.L.)

Mesmo tendo alcançado apenas 4,84% dos votos, o candidato do PSOL, Alber-to Ticianelli é um vencedor. Essa, além de ser a primei-ra eleição em que Alberto participa como candida-to, também foi a primeira onde ele próprio votou em Ribeirão Pires e mesmo as-sim conquistou 2.042 votos. Para Ticianelli, o resultado é uma vitória.

“O resultado me sur-

preendeu e isso mostra que as pessoas estão interessa-das em nossas propostas. Agora vamos nos preparar melhor para seguir com os projetos do partido que só vai crescer daqui para fren-te”, declarou o socialista.

O candidato, conside-rado “independente”, foi a maior surpresa da lista de candidatos deste ano, o professor de matemática se mostrou uma pessoa com

diversas ideias para a cida-de de Ribeirão Pires. “Nos-sa proposta foi, é e sempre será mostrar o trabalho do partido”, explicou antes de ressaltar: “O principal trabalho do PSOL é desen-volver a consciência políti-ca da população. Fizemos uma candidatura honesta e vamos continuar com nossa proposta”.

Nesta trajetória, o socia-lista reconheceu que ainda

é preciso mudar, porém com bom humor encarou a derrota nas urnas. “Agora vamos nos preparar para a próxima, lembrando para as 2.042 pessoas que vota-ram no PSOL e outras inte-ressadas em nosso partido, podem nos conhecer me-lhor, e colaborar com a pre-paração e desenvolvimento de um partido que já nas-ceu forte na cidade”, con-cluiu o candidato. (T.Q.)


Resultados da Eleição 2012 em Ribeirão Pires


Resultados da Eleição 2012 em Ribeirão Pires

Prefeito:

Eleições 2012

*EleitosO candidato que aparece com zero voto pode não ter tido vota-

ção, estar indeferido com recurso ou, após a preparação das urnas, ter sido indeferido, ter renunciado ou falecido.


Prefeito:

Resultados das Eleições 2012 em Rio Grande da Serra

Gê do Aliança revela segredo da vitória: uma família unida e fiel

Por Thiago Quirino

Apoiadores do Gê do Aliança (centro) celebram a conquista

O quarto na lista de mais votados, com 1141 votos, e o segundo no partido, José Geraldo Pereira Xavier, o Gê do Aliança, foi mais do que vitorioso. Gê se destaca não por ter sido um nome expressivo, que liderou a apuração quase que ab-soluta e só perdeu espaço nos últimos minutos, mas por liderar um grupo fa-miliar unido, responsável por todo o trabalho.

Durante a campanha, o candidato não pediu para aparecer em jor-nais, fez pouca publici-dade e preferiu trabalhar à moda antiga, batendo de porta em porta e cati-vando o eleitor. Gê é um exemplo que trabalho em equipe e dedicação são as ferramentas prin-

cipais para que um can-didato encontre a vitória.

Com a humildade que lhe é peculiar, o minei-ro de São João da Ponte concede à seus familia-res e amigos o direito de receber as láureas do su-cesso. “Esperávamos um bom resultado, mas o que alcançamos nos surpre-endeu. Tudo foi fruto de uma família unida espa-lhado por toda a cidade. Dessa forma Ribeirão Pi-res tem me apoiado”, de-talha o novo parlamentar.

“Agradeço a todos aqueles que vestiram a camisa. Passamos por muitas dificuldades, mas conseguimos. Agora, vou trabalhar com o Saulo para fazer Ribeirão Pires melhor para todos nós”, finalizou o candiato.


Alberto TicianelliA grande e maior surpresa

na lista de candidatos pode ser considerado o segundo maior vencedor desta eleição. Sem di-nheiro, em um partido pequeno e até então desconhecido da popu-lação, conseguiu 4,84% dos votos. E ainda venceu o debate do Diá-rio do Grande ABC...

Blog Chora RibeirãoVindo do nada e sabe-se

Deus escrito por quem, o site virou um ponto de chacota aos postulantes ao Paço, disparando contra todos os candidatos com ousadia, seja a vereador ou a pre-feito. Nem Mercedes D’Orto es-capou... aliás, olha onde chegou a Onda Rosa?

Cezar de CarvalhoNome mais importante da

cidade no PSDB, o advogado foi, inclusive, questionado sobre o porquê de não ter se candidata-do a prefeito. Saiu a vereador e foi bem-sucedido, tendo conseguido votação expressiva e saindo forta-lecido, mas não eleito, do pleito.

Dedé da FolhaSe Ticianelli foi o grande ven-

cedor, Dedé foi o grande derrota-do neste pleito. Sendo governista, tinha a máquina em mãos, uma boa coligação e a crença de uma parte do eleitorado. Terminou isolado, sem mandato e ainda correndo o risco de ficar inele-gível por mais oito anos por uma nova ação de abuso de poder econômico.

EleitorCom guerra judicial a tona,

panfletos apócrifos distribuídos por todos os lados, acusações, mentiras e muito falatório, o elei-tor, que estava no meio da linha de frente dessa guerra mostrou que a maior arma da eleição es-tava em suas mãos: o voto. Taí o resultado, afinal, como “dizem por aí”, não temos o governo que queríamos, e sim o que merece-mos.

FacebookA rede social acabou virando

uma espécie de noticiário oficial de campanha e, na ausência de horário eleitoral gratuito de tele-visão, acabou por disseminar no-tícias (falsas e verdadeiras) dos candidatos a prefeito por meio de cabos eleitorais reais e os chama-dos “fakes”, amplamente usados nesta eleição. Ah, sim... e muitos boatos também.

Gil HamadaQuando todos pensavam que

ele estaria morto, eis que ressur-ge um dos mais tradicionais polí-ticos da cidade com uma propos-ta boa e consistente em conjunto com uma campanha diferenciada até que lhe rendeu uma boa vo-tação, mas insuficiente para lhe garantir uma cadeira na Câmara de Vereadores.

“Houve” minhas precesUm candidato (homem), após

o debate do Diário do Grande ABC deixou um interessante bilhete sobre a bancada que ocupou. Em oração, conclamou: “Senhor, houve minhas preces...”. Será que a conturbada situação jurídica fez o dito cujo, que tanto bate no peito por ser letrado e até gerente, esquecer como se escre-ve corretamente?

ImpugnaçãoEsta palavra ficou na boca do

povo após o caso Dedé e também o contra-ataque, o Caso Saulo. Se há uma coisa que aprendemos é o que essa palavra quer dizer. Trocando em miúdos: eliminação.

José Wellington Bezerra da Costa Neto

O juiz eleitoral de Ribeirão Pires se mostrou uma das figuras mais decisivas da eleição, após indeferir o registro da candidatu-ra de Dedé da Folha (PPS), que foi enquadrado na Lei Ficha Limpa.

Koiti TakakiDeixou a confortável posição

de vereador para se dedicar à campanha de Saulo Benevides, com direito até mesmo a “peitar” o PSD, seu partido, que resolveu seguir a estrela do PT. Alguns hematomas depois, ele já sabe o que fará nos próximos quatro anos: tocará a Marutaka, empresa de sua propriedade ou uma velha secretaria amiga.

Lair da APRAESPIA primeira vice de Saulo Be-

nevides infringiu a lei ao ter com-parecido à inauguração da UPA e acabou por renunciar ao cargo em uma tentativa de não preju-dicar a campanha do agora novo prefeito. Foi substituída pela irmã, Leo, mas no final nem precisaria de tudo isso. Afinal, o juiz eleitoral (vide letra J) decidiu que a infra-ção renderia apenas uma multa...

Maria InêsA ex-prefeita, mesmo sendo a

mais experiente dos postulantes, teve que enfrentar o “fantasma da rejeição”. Verdade seja dita, encarou de frente o problema, fazendo uma campanha, literal-mente, pés no chão, conversando olho no olho com os eleitores. Todo o esforço, porém não foi o suficiente. Resta saber se esse será ou não o ponto final na sua carreira política – ao menos para cargos majoritários.

NoiteNunca o período noturno foi

tão movimentado quanto nos úl-timos dias. Teve até panfleto mis-terioso sendo “derramado” nas vias públicas na madrugada (ou calada da noite) da última quinta-feira. A sede do Mais Notícias, inclusive, foi “agraciada” com um fardo inteiro deles. Como papel anda caro e defendemos a natu-reza, fizemos bom uso e eles se-rão utilizados como rascunho nos próximos meses.

Onda RosaA Onda Rosa, grande pro-

messa das eleições se mostrou uma surpresa absoluta. Mercedes

D’Orto e sua “grande” equipe se esforçou. Nos últimos meses, a princesa de Ouro Fino desceu do salto, andou entre a plebe, convi-veu com a realidade e aprendeu sobre as carências da cidade. Fe-lizmente todo o investimento para fazer da moça uma vereadora deu certo (talvez não como o espera-do), mostrando que política não é para qualquer um.

Pensar Ribeirão PiresTambém conhecida como

“Brigar Ribeirão Pires”, a comu-nidade do Facebook virou um palco de “acaloradas” discussões políticas, especialmente entre militantes que, ao melhor estilo torcida organizada, defenderam “seus” candidatos. Teve até mes-mo um dos majoritários que usou um perfil falso para falar de si... coisa feia, hein?

Quanto custa?Existe uma leve desconfiança

sobre o valor oficial apresentado nas prestações de contas dos par-tidos não ser o verdadeiro mon-tante gasto nas diferentes cam-panhas eleitorais. Afinal, quanto custou a Eleição Municipal de Ribeirão Pires? Bem disse o can-didato Alberto Ticianelli: “Seria melhor pegar esse dinheiro e in-vestir na cidade, construindo es-colas e pagando um salário mais digno para os professores!”.

RecursoA aprovação da Lei Ficha Lim-

pa, usada pela primeira vez neste pleito, fez com que os tribunais ficassem mais do que movimen-tados. Por isso, a palavra ‘Recurso’ caiu na boca do povo, em espe-cial por conta dos casos “Dedé” e “Saulo”. Isso sem contar o site da Justiça Eleitoral, mais movimenta-do que banco no 5º dia útil. Houve também outra classe profissional que adorou a história: os advoga-dos...

Saulo BenevidesAlém de Alberto Ticianelli, o

novo prefeito eleito Saulo Benevi-

des também ostenta, obviamente, o status de vencedor nesta elei-ção. Capitalizando o momento certo, em que as pessoas busca-vam por renovação, mudou de partido conseguiu deixar de lado o verniz governista que poderia ficar embutido na sua imagem. Agora, terá como desafio mostrar ao eleitor que, de fato, a cidade irá “Mudar para Melhor”.

TRE e TSEAo lado do juiz eleitoral, o

ministro do TSE, Marco Aurélio Mello, foi mais um a ter participa-ção decisiva no processo, ao de-finir o indeferimento da candida-tura de Dedé da Folha por conta de falha na documentação. Ainda que a defesa do “Ficha Suja” te-nha tentado Agravo Regimental, sua decisão serviu para enterrar de vez a campanha governista.

UPAUma simples inauguração foi

responsável por desfazer, ironi-camente, mais um sonho da Lair da APREAESPI. Se não fosse o fatí-dico dia em que ela compareceu na inauguração da UPA, hoje ela seria, enfim, vice-prefeita. Agora ela vai aguardar mais quatro anos antes de uma nova oportunidade, mas pelo menos, ao lado de Saulo Benevides ela deve assumir o co-mando de uma das mais impor-tantes secretarias da cidade.

VolpiE assim terminou mais um

capítulo da história de vida do político Clóvis Volpi. Cheio de emoções, o drama apresentou desde choque de “ex-amigo”, até a construção, destruição e reconstrução do Festival do Cho-colate, culminando com um belo relógio para que toda a vez que você, caro leitor, precisar ver as horas, se lembre que Volpi passou por aqui. Sem deixar sucessor, um ponto final foi colocado neste drama, mas será mesmo o fim?

Wilson (do INSS?)Este pode ser enumerado

como o fantástico caso do ho-mem que mudou de nome. Ele começou como Wilson do INSS e terminou só como Wilson, por conta de um processo aberto pelo órgão federal junto a Justiça Eleitoral. Resultado: carros ade-sivados, material de campanha e toda a divulgação foi alterada às pressas e o simpático Wilson vi-rou ex-INSS. O resto de cola nos carros adesivados que o diga...

X da questãoTerminado os anos de gestão

Volpi, restaram algumas dúvidas: Onde estão os R$ 4 milhões su-postamente desviados da Saúde? Onde o Dedé guarda seu diploma de Gerente de Cidades? O que, de fato, levou Saulo a rachar com o governo? Por onde Maria Inês andou nos últimos quatro anos? Por que o PSOL não apresentou candidatos a vereador?

Yoda“Tentar? Não existe tentar.

Só existe fazer ou não fazer”. O popular ensinamento do perso-nagem clássico da saga Star Wars representa o trabalho de bons candidatos que fizeram uma cam-panha limpa e mereciam a vitória nas urnas, por isso parabeniza-mos alguns candidatos como o Professor Amaury, Leandro Colo-dro, Felipe Magalhães, mari Evan-gelista e muitos outros. Eles fize-ram sua parte, mas infelizmente não foi dessa vez.

Zé NelsonE o Zé? Por último, mas não

menos importante, temos o gran-de Zé Nelson. E não é que ele an-dou meio confuso? Toda a movi-mentação antes do pleito, quando seu partido, o PSD ainda decidia para onde ia, deu um nó na cabe-ça do nosso amigo. Prova disso é que ele se enganou na hora de di-vulgar seu candidato majoritário. Mas, o pessoal da Justiça Eleitoral não deixou ele se esquecer – ao custo de R$ 100 por placa. É Zé... saiu no prejuízo, mas pelo menos foi eleito, né?

ELEIÇÕES DE A a Z15 08 | outubro | 2012www.jornalmaisnoticias.com.brwww.jornalmaisnoticias.com.br

Mais Notícias #546

Documents

Transcript of Mais Notícias #546