MAIS PREZA - 30-11

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[CPOVO: CORREIO_DO_POVO-MAIS_PREZA-MATERIAS <MAISPREZA> [EDITORIAL] ... 30/11/12] Author:PVELOSO Date:30/11/12 Time:14:01 Amanhã ninguém pode reclamar de falta do que fazer em Porto Alegre: vai ro- lar a primeira edição do “24 Horas Para o Fim do Mundo”, uma virada cultural na cidade que começa às 10h de sábado e só termina às 10h da manhã de domingo. Vai ter de tu- do, desde oficina de cool hunting de moda, à aula de ioga ao ama- nhecer, em vários pontos da Capi- tal. Tá vendo esse fusca inteiraço aí da foto? Vai dar pra grafitar ele todinho em uma oficina de grafi- te. Costuma pegar o bus do Bala- da Segura? Então, te prepara, que até dentro do busão vai rolar fun- ção, como banda ao vivo e curtas- metragens na TV. Estamos falando sério, terá muuuita coisa bacana! Lá no site 24horas.org, você en- contra a programação completa e um mapa pra não perder nada. E fica ligado: a partir das 23h, em frente ao Araújo Vianna, rola uma boate ao ar livre com os DJs de algumas das festas mais bomba- das da cidade como Dirty Job, Pulp Friction, Popismo, entre ou- tros. Que tal? A gente se vê por lá, óbvio! V ocê está voltando de uma festa de madruga- da e passa em frente ao Parque da Reden- ção, um dos mais tradicionais da Capital. Ele está todo iluminado, ocupado por pessoas que fazem música, piquenique e que se divertem muni- das de velas, tochas e lanternas. Não, você não be- beu demais. Isso realmente ocorreu em uma noite de junho (sim, em pleno inverno) deste ano, em Porto Alegre. A “Serenata Redenção Iluminada” tinha o objeti- vo de ocupar um ponto turístico que, por falta de iluminação e segurança, não recebe visitantes à noite. A ação foi organizada por vo- luntários de diversos movimentos coletivos urbanos. Desde então, a Capital entrou de vez na onda des- ses projetos, que incentivam mani- festações culturais pela cidade, re- cuperando espaços antes “esqueci- dos” pela gurizada. O número de pessoas que apoiam a ideia vem crescendo nos últimos meses. Nor- malmente são grupos formados por uma turma que manja de algo liga- do à cultura urbana (o que não im- pede que você também se engaje na causa). No último sábado, a Ponte de Pe- dra, localizada no viaduto da Bor- ges de Medeiros, no Centro, foi tomada por toalhi- nhas no chão para o piquenique, música e até cine- ma ao ar livre. O RUA (Rastro Urbano de Amor), um desses movimentos que se multiplicaram na Ca- pital, organizou o encontro, que reuniu cerca de 400 pessoas, como o montador cinematográfico Al- fredo Barros, 44 anos. “Adorei o evento porque trouxe a magia da arte para um lugar em que a população normalmente associa a coisas ruins, co- mo miséria e exclusão. É legal dialogar com a cida- de pensando nela como um suporte para criar no- vas formas de arte”, opina. Cidade Alta Nenhum canto da cidade escapa. A Cidade Baixa, tradicional bairro boêmio de Porto Alegre, também virou alvo dos movimentos. Depois da decisão da Justiça de diminuir o horário de fun- cionamento dos bares da região, a diversidade cul- tural típica daquele lugar foi, aparentemente, amea- çada. Surgiu então o grupo Cidade Baixa em Alta, formado por comerciantes locais, para trazer de volta ao bairro a cultura, o entretenimento e a di- versão. No domingo passado, os caras promoveram uma festa de rua e apoiaram o FreeWalkPOA, um projeto superbacana que promove tours pelas ruas da cidade, tudo li- vre e para a galera usufruir. Ambos os grupos trabalham ativa- mente com as redes sociais na divul- gação das suas ações, que são sem- pre relacionadas com alguma situa- ção específica e boladas em poucos dias. O RUA, inclusive, foi inspirado por um vídeo de uma mobilização que rolou em São Paulo, o “Aqui Ba- te um Coração”, que mais tarde ga- nhou sua versão gaudéria. Após as- sistir ao vídeo, a advogada Heloisa Medeiros, 35 anos, uma das organi- zadoras do movimento, entrou em contato com o produtor paulista au- tor da ação. O resultado? Em maio deste ano, Por- to Alegre amanheceu com corações espalhados por diversos monumentos. O trabalho foi feito pela ad- vogada e seus amigos, que começaram a espalhar a ideia, o sentimento de pertencimento e o afeto pe- la cidade. Daí surgiu o coletivo. “Veio de uma in- quietude da gente de transformar os espaços públi- cos em espaços democráticos de cultura. Quere- mos arte na rua, não só nos museus e em outros lugares fechados”, salienta Heloisa, que já está na expectativa da próxima mobilização. Na próxima ter- ça, 4, a banda que se originou de um documentário fei- to com músicos de rua (lembram?), vem pela segunda vez a Porto Ale- gre. O Playing for Change toca no Opinião (José do Patrocínio, 834) e os ingressos estão à venda a R$ 80 nas Lojas Multisom e no minhaentrada.net. Na hora será R$ 90. E tem mais! O Mais Preza tem um par de ingressos de barbada na nossa fan page: facebook.com/maispreza! A cantora e pianista Norah Jones se apresenta em Porto Alegre dia 12/12, no Araújo Vianna. Quer motivos pra curtir a nova-iorquina (ou perceber que o show vale um belo de um presente)? Ela tem 12 Grammys na ba- gagem, seis álbuns de estú- dio e, por onde passa, só se despede de casa cheia. Não é mole! Os ingressos estão à venda e custam de R$ 170 a R$ 250 disponíveis na bilhe- teria do Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80), livepass.com.br, 8401-0555, 4003-1527 e na bilheteria do Araújo Vianna no dia do show. V ocê está v da e pass ção, um d Ele está todo ilum fazem música, piq das de velas, toch beu demais. Isso de junho (sim, e Porto Alegre. A “Serenata R vo de ocupar um iluminação e seg noite. 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FORA DO EIXO / DIVULGAÇÃO / CP ALEXANDRE REZENDE / DIVULGAÇÃO / CP Te programa #drops fazendo arte Preza DRAGAN BURNAC / DIVULGAÇÃO / CP Fôlego no bolso Pra quem quer economizar com a enxurrada de compras de final de ano a gente dá a dica (e o endereço hihi). Amanhã em Porto Alegre ro- lam dois brechós legais. A ideia é roupa estilosa, de quem tem bom gos- to, com precinho amigo. Um deles é o Garage Sale, de curadoria do blog StreetStylePOA e rola no Café Galgos Brancos (Dinarte Ribeiro, 171), a partir das 14h. Começa no mesmo horário o Brique de Desape- gos, na Cidade Baixa, no Thippos Leo Zamper (Otávio Corrêa, 84). Estreia hoje nos cinemas o documentário do ex-baterista d’O Rappa, Marcelo Yuka. Vocês lembram da história? Yuka, que era um dos cabe- ças do grupo, levou nove tiros em uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro em 2000 e ficou paraplégico. A tragédia deu uma reviravolta na vida do músico, que agora, resolveu soltar o verbo e contar sua expe- riência (inclusive seus desafetos com O Rappa) neste longa, batizado de “Caminho das Setas”. Parte da história da música nacional! Na rua, Vamos? PAM MAGPALI / DIVULGAÇÃO / CP MIDIORAMA / DIVULGAÇÃO / CP Marcelo Yuka nos cinemas Qualquer um pode parti- cipar e se integrar aos gru- pos. Também vale se infor- mar nas redes sociais para descobrir os outros que têm em Porto Alegre (ou quem sabe criar um seu e de seus amigos?). RUA: facebook.com/RUA- poa Cidade Baixa em Alta: facebook.com/cidadebaixae- malta Chamada dá uma con O encontro na Pon O encontro na Ponte de Pedra rolou no último sábado e foi a terceira ação do movimento Rastro Urbano de Amor

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Mais Preza do Correio do dia 30/11

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[CPOVO: CORREIO_DO_POVO-MAIS_PREZA-MATERIAS <MAISPREZA> [EDITORIAL] ... 30/11/12] Author:PVELOSO Date:30/11/12 Time:14:01

n Amanhã ninguémpode reclamar defalta do que fazer emPorto Alegre: vai ro-lar a primeira ediçãodo “24 Horas Para oFim do Mundo”, umavirada cultural nacidade que começaàs 10h de sábado esó termina às 10h damanhã de domingo. Vai ter de tu-do, desde oficina de cool huntingde moda, à aula de ioga ao ama-nhecer, em vários pontos da Capi-tal. Tá vendo esse fusca inteiraçoaí da foto? Vai dar pra grafitar eletodinho em uma oficina de grafi-te. Costuma pegar o bus do Bala-da Segura? Então, te prepara, queaté dentro do busão vai rolar fun-ção, como banda ao vivo e curtas-metragens na TV. Estamos falandosério, terá muuuita coisa bacana!

Lá no site 24horas.org, você en-contra a programação completa eum mapa pra não perder nada. Efica ligado: a partir das 23h, emfrente ao Araújo Vianna, rola umaboate ao ar livre com os DJs dealgumas das festas mais bomba-das da cidade como Dirty Job,Pulp Friction, Popismo, entre ou-tros. Que tal? A gente se vê por lá,óbvio!

Você está voltando de uma festa de madruga-da e passa em frente ao Parque da Reden-ção, um dos mais tradicionais da Capital.

Ele está todo iluminado, ocupado por pessoas quefazem música, piquenique e que se divertem muni-das de velas, tochas e lanternas. Não, você não be-beu demais. Isso realmente ocorreu em uma noitede junho (sim, em pleno inverno) deste ano, emPorto Alegre.

A “Serenata Redenção Iluminada” tinha o objeti-vo de ocupar um ponto turístico que, por falta deiluminação e segurança, não recebe visitantes ànoite. A ação foi organizada por vo-luntários de diversos movimentoscoletivos urbanos. Desde então, aCapital entrou de vez na onda des-ses projetos, que incentivam mani-festações culturais pela cidade, re-cuperando espaços antes “esqueci-dos” pela gurizada. O número depessoas que apoiam a ideia vemcrescendo nos últimos meses. Nor-malmente são grupos formados poruma turma que manja de algo liga-do à cultura urbana (o que não im-pede que você também se engajena causa).

No último sábado, a Ponte de Pe-dra, localizada no viaduto da Bor-ges de Medeiros, no Centro, foi tomada por toalhi-nhas no chão para o piquenique, música e até cine-ma ao ar livre. O RUA (Rastro Urbano de Amor),um desses movimentos que se multiplicaram na Ca-pital, organizou o encontro, que reuniu cerca de400 pessoas, como o montador cinematográfico Al-fredo Barros, 44 anos. “Adorei o evento porquetrouxe a magia da arte para um lugar em que apopulação normalmente associa a coisas ruins, co-mo miséria e exclusão. É legal dialogar com a cida-de pensando nela como um suporte para criar no-

vas formas de arte”, opina.Cidade Alta — Nenhum canto da cidade escapa.

A Cidade Baixa, tradicional bairro boêmio de PortoAlegre, também virou alvo dos movimentos. Depoisda decisão da Justiça de diminuir o horário de fun-cionamento dos bares da região, a diversidade cul-tural típica daquele lugar foi, aparentemente, amea-çada. Surgiu então o grupo Cidade Baixa em Alta,formado por comerciantes locais, para trazer devolta ao bairro a cultura, o entretenimento e a di-versão. No domingo passado, os caras promoveramuma festa de rua e apoiaram o FreeWalkPOA, um

projeto superbacana que promovetours pelas ruas da cidade, tudo li-vre e para a galera usufruir.

Ambos os grupos trabalham ativa-mente com as redes sociais na divul-gação das suas ações, que são sem-pre relacionadas com alguma situa-ção específica e boladas em poucosdias. O RUA, inclusive, foi inspiradopor um vídeo de uma mobilizaçãoque rolou em São Paulo, o “Aqui Ba-te um Coração”, que mais tarde ga-nhou sua versão gaudéria. Após as-sistir ao vídeo, a advogada HeloisaMedeiros, 35 anos, uma das organi-zadoras do movimento, entrou emcontato com o produtor paulista au-

tor da ação. O resultado? Em maio deste ano, Por-to Alegre amanheceu com corações espalhados pordiversos monumentos. O trabalho foi feito pela ad-vogada e seus amigos, que começaram a espalhara ideia, o sentimento de pertencimento e o afeto pe-la cidade. Daí surgiu o coletivo. “Veio de uma in-quietude da gente de transformar os espaços públi-cos em espaços democráticos de cultura. Quere-mos arte na rua, não só nos museus e em outroslugares fechados”, salienta Heloisa, que já está naexpectativa da próxima mobilização.

n Na próxima ter-ça, 4, a banda quese originou de umdocumentário fei-to com músicos derua (lembram?),vem pela segundavez a Porto Ale-gre. O Playing for

Change toca noOpinião (José doPatrocínio, 834) eos ingressos estãoà venda a R$ 80nas Lojas Multisom e no minhaentrada.net. Na hora será R$ 90. E temmais! O Mais Preza tem um par de ingressos de barbada na nossa fanpage: facebook.com/maispreza!

n A cantora e pianista Norah Jones se apresenta em Porto Alegre dia12/12, no Araújo Vianna. Quer motivos pra curtir a nova-iorquina (ou

perceber que o show valeum belo de um presente)?Ela tem 12 Grammys na ba-gagem, seis álbuns de estú-dio e, por onde passa, só sedespede de casa cheia. Nãoé mole! Os ingressos estão àvenda e custam de R$ 170 aR$ 250 disponíveis na bilhe-teria do Teatro do BourbonCountry (Túlio de Rose, 80),livepass.com.br, 8401-0555,4003-1527 e na bilheteriado Araújo Vianna no dia doshow.

Você está voltandoda e passação, um dos

Ele está todo iluminado,fazem música, piqueniquedas de velas, tochasbeu demais. Issode junho (sim, emPorto Alegre.

A “Serenata Redençãovo de ocupar umiluminação e segurança,noite. A ação foiversos movimentosa Capital entrouque incentivam manifestaçõesde, recuperandogurizada. O númerovem crescendo nossão grupos formadosalgo ligado à culturaque você também

No último sábado,no viaduto da Borgestomada por toalhinhasmúsica e até cinemaUrbano de Amor),multiplicaram naque reuniu cercacinematográfico Alfredoevento porque trouxegar em que a populaçãosas ruins, como misériagar com a cidadepara criar novas formas

Cidade Alta —A Cidade Baixa, tradicionalAlegre, também virouda decisão da Justiçacionamento dos bares

n Lá no blog (maispreza.com.br), a gente já tá em clima defesta. Primeiro que tem pro-moção para você curtir nafaixa o show desses queridosaí da foto, da Banda Mais Bo-nita da Cidade. São três paresde ingressos! Vai lá que aindadá tempo de tentar. Segundoque tem um post ensinando areformar um vestido de ren-

da para você ir linda e bela no festerê de Ano-Novo sem morrer no car-tão de crédito! Voa que tá tudo lá, te esperando.

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Fôlegonobolson Pra quem quer economizar com a enxurrada de compras de final deano a gente dá a dica (e o endereço hihi). Amanhã em Porto Alegre ro-lam dois brechós legais. A ideia é roupa estilosa, de quem tem bom gos-to, com precinho amigo. Um deles é o Garage Sale, de curadoria doblog StreetStylePOA e rola no Café Galgos Brancos (Dinarte Ribeiro,171), a partir das 14h. Começa no mesmo horário o Brique de Desape-gos, na Cidade Baixa, no Thippos Leo Zamper (Otávio Corrêa, 84).

n Estreia hoje nos cinemas o documentário do ex-baterista d’O Rappa,Marcelo Yuka. Vocês lembram da história? Yuka, que era um dos cabe-ças do grupo, levou nove tiros em uma tentativa de assalto no Rio deJaneiro em 2000 e ficou paraplégico. A tragédia deu uma reviravolta navida do músico, que agora, resolveu soltar o verbo e contar sua expe-riência (inclusive seus desafetos com O Rappa) neste longa, batizado de“Caminho das Setas”. Parte da história da música nacional!

Narua,

Vamos?

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MIDIORAMA / DIVULGAÇÃO / CP

MarceloYukanoscinemas

n Qualquer um pode parti-cipar e se integrar aos gru-pos. Também vale se infor-mar nas redes sociais paradescobrir os outros quetêm em Porto Alegre (ouquem sabe criar um seu ede seus amigos?).n RUA: facebook.com/RUA-poan Cidade Baixa em Alta:facebook.com/cidadebaixae-malta

n Chamadadá uma conferida

O encontro na Ponte

O encontro na Ponte de Pedra rolou no último sábado e foi a terceira ação do movimento Rastro Urbano de Amor