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MAIS QUE MERAMENTE TURÍSTICA, A RECENTE VIAGEM
DA ABS-SP À REGIÃO DE BORDEAUX PERMITIU REVISAR
CONCEITOS E REDESCOBRIR UMA DAS MAIS TRADICIONAIS
ÁREAS VINÍCOLAS DO MUNDO
Extremamente rara é a oportunidade de visitar as melhores e mais representativas
propriedades de Bordeaux, ser recebido pelos principais enólogos da região, com
atenção, degustação e honras habitualmente concedidas somente a grandes autoridades
do mundo do vinho. A primeira impressão que o viajante mais atento vai ter é a de
estar percorrendo uma região rural e monocultural, onde praticamente só há videiras
e são raras as áreas não ocupadas. Quando existem estão geralmente descansando
para a replantação de novas videiras. Esta, que é uma das maiores regiões demarcadas
da França, consegue realizar o sonho de produtores de todo o mundo, qual seja, aliar
quantidade a padrões de qualidade que são referências em termos mundiais.
Para deixar claro nosso ponto de vista, esclarecemos que a área de toda apelação
Cote Rotie no Rhône (200 hectares) equivale a apenas quatro Chateaux de Bordeaux
em sua área média (50 hectares), enquanto toda área de St Emilion (5.000 hectares)
equivale a 37 vezes a área da apelação Hermitage.
o soMMelier
t e x t o e fo t o s po r MARIO TELLES JR.
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Uvas botritizadas; Vinhedo Mouton Rothschild com adega ao fundo e Vinhedoem Pomerol
A história de Bor-
deaux é muito anti-
ga. Lá são cultiva-
das videiras desde
os tempos dos ro-
manos. No entanto,
a fama de seu terroir
começa no século
XVII, quando en-
genheiros holan-
deses drenaram a
região pantanosa,
que veio revelar-se
excepcional para o cultivo da uva Cabernet Sauvignon.
O grande charme de Bordeaux começou a
aparecer a partir da célebre safra de 1982, quan-
do iniciou-se a atual espiral de prosperidade, que
parece muito distante de atingir seu ápice, in-
suf lada pela descoberta do vinho pelos orientais
e pelos recentes avanços médicos sobre a com-
provada relação entre vinho e saúde. Além disso,
uma somatória de fatores, incluindo o aumento
de demanda mundial, o surgimento de mídia es-
pecializada altamente inf luente (sendo Robert
Parker a mais clara estrela desta constelação) e
uma oferta de maior quantidade de vinhos com
ótima qualidade, resultado de uma melhor tecno-
logia disponível para minorar os efeitos das safras
piores, criou uma mística de sucesso na região.
Esta prosperidade, no entanto, não atingiu igualmen-
te a todos em Bordeaux, sendo restrita aos 250 Chateaux
de Bordeaux de maior prestígio e reno-
me, ao mesmo tempo em que punia os
negociantes tradicionais, cada vez mais anacrônicos em
sua tarefa de servir de tampão para as safras menos fe-
lizes, mais raras hoje com os avanços tecnológicos e os
cerca de 12.500 pequenos produtores da região, cada
vez mais enredados entre a pouca fl exibilidade do siste-
ma de AOC e a competição feroz dos produtores do res-
to do mundo, dispostos a oferecer vinhos de qualidade
cada vez menor, a preços cada vez mais competitivos.
Estas difi culdades fi caram muito claras em nossa vi-
sita às diversas propriedades da família Garcin que pos-
sui várias propriedades na região: Château Haut Bergey
(Graves), Branon (Pauillac), Barde Haut (St Emilion) e
Clos L’Eglise (Pomerol), todos produzindo vinhos de
muito boa tipicidade e elevada qualidade, que lutam
com enormes difi culdades para sobreviver aos impos-
tos e às leis trabalhistas francesas e que, curiosamente,
demonstram hoje um entusiasmo maior por seus vinhos
produzidos na Argentina (Paso Doble, Poesia e Clos
de los Andes) do que por seus vinhos de Bordeaux. Foi
possível, aliás, comprovar nos muitos vinhos degustados
durante o dia em que passamos com a família Garcin,
que a safra 2005 é realmente especial, tendo produzido
vinhos com taninos muito macios, ótima acidez, com
muita fruta e grande equilíbrio.
Para confirmar esta impressão de dificuldade,
perceptível em algumas propriedades familiares,
a visita mais emblemática foi ao célebre Château Pichon
Lalande, realizada antes de sua venda ao grupo LVMH,
onde os vinhos bebidos: La Bernardotte 1999
(85/100) e Pichon Lalande 1998 (88/100) fi caram
aquém das expectativas, indicando a situação descon-
fortável enfrentada pela empresa e que esperamos
possa ser vencida após sua venda.
Nossa visita ao Château Petrus, à margem direi-
ta do Gironde, reforçou a importância do conceito
de terroir e se qualquer dúvida houvesse sobre qual
o foco principal, ela seria imediatamente dissipa-
da, observando as instalações utilizadas para realizar
a vinifi cação, que poderiam ser descritas como de uma
pobreza franciscana, sendo as fermentações efetuadas em
tanques de cimento, comparáveis aos de algumas peque-
nas vinícolas brasileiras do Vale dos Vinhedos! Importa
assim, quase exclusivamente, a manifestação do terroir, sem
grandes inovações tecnológicas, embora em anos difíceis
no passado, não hesitassem em apelar para soluções criati-
vas como em 1992, quando para fugir das pesadas chuvas,
toda a propriedade foi coberta com plástico, para diminuir
a absorção de água pelo solo ou em 1987, quando com o
mesmo objetivo, mantiveram helicópteros sobre a proprie-
dade, funcionando como secadores gigantes.
Lá, são vinifi cadas as uvas dos 11,5 hectares (11 de
Merlot e 0,5 de Cabernet Franc) plantadas em solos total-
mente constituídos de argila negra, com um rendimento
médio de 40 hl/ha, em um processo tradicional de fer-
mentação que dura
de 18 a 21 dias. As barricas onde os vinhos são mantidos
(18 a 24 meses) provêm de quatro diferentes fornecedores
e em 2005 80% eram novas. O Petrus 2005 (97/100),
que provamos em amostra da barrica, confi rma ser esta
uma safra excepcional, surpreendendo pela concentra-
ção, untuosidade e elegância únicas, com taninos macios
e um equilíbrio pouco freqüente em amostras colhidas
antes do engarrafamento.
Esta pureza, praticamente uma abdicação à tecno-
logia, não é, porém, uma constante em Bordeaux, en-
contrando seu contraponto no Château Latour, onde
cada passo do processo é rigorosamente controlado por
computadores, em um cenário que lembra uma nave es-
pacial. Interessante é a visão de seu enólogo chefe, ao
ser questionado por nós se isso melhoraria a qualidade
de seus vinhos. Segundo ele, a moderna tecnologia não
altera em nada a qualidade dos vinhos – que tem a ver
com seu terroir excepcional –, apenas permite que haja
maior constância nos anos difíceis. Neste, que é um dos
mais antigos e tradicionais
Chateaux de Bordeaux
(desde 1378, foi adquirido
em 1670 pela família Se-
gur) fi cou clara uma das
marcas da mudança, qual
seja, a criação do segundo,
Madame Garcin, tanques de fermentação no Château Barde-Haut, vinhedo Château Pichon Lalande e Merlot no Château Petrus
O autor no Château Petrus, o château e o chai do Château Pichon Lalande e os tanques de fermentação do Château Mouton Rothschild
terceiro ou até quar-
to vinhos como re-
sultado de uma sele-
ção mais criteriosa.
O vinho principal
provém dos melho-
res lotes de vinhas
velhas de uma área
histórica de 48
hectares cha-
mada Enclos,
tendo sido pos-
sível comparar
duas safras, o
Latour 2004
(95+/100), um
clássico com
todo potencial
para evoluir
durante 20 a
30 anos e o
Latour 1999 (93/100), surpre-
endentemente acessível, porém
capaz de evoluir por pelo menos
mais 10 a 15 anos. O segundo
vinho, o Forts de Latour 1994 (92/100) proveniente
de três origens (as três áreas fora do Enclos, os lotes das
vinhas recentemente replantadas e os lotes de menor
qualidade do Enclos), confi rma sua fama de melhor se-
gundo vinho de Bordeaux, podendo, às cegas, ser con-
fundido com um Cru Classé de Bordeaux, sendo produ-
zido a partir de 1966.
Desde 1990, os lotes das vinhas muito jovens têm
sido engarrafados como Pauillac, que em sua ver-
são 2004 (86/100) é ótimo por sua tipicidade em
relação ao seu preço.
A região de Bordeaux caracteriza-se por ser plana,
com poucas elevações, de solo extremamente pedre-
goso, muito pobre, originalmente pantanoso, onde,
como é habitual nas mais famosas regiões vitivinícolas
do mundo, praticamente só a videira consegue ser cul-
tivada. O clima é pouco favorável, com média anual
de dias de sol relativamente baixa. No passado isso
resultou na necessidade de utilizar várias uvas, com
tempos diferentes e subseqüentes de colheita em sua
composição, o que permitia uma certa flexibilidade
na composição final do vinho. Somente hoje com a
melhoria do controle do vinhedo e das técnicas de vi-
nificação, essa possibilidade de “blend” passou a ser
utilizada, para conseguir maior complexidade e até
para definir o estilo de cada vinho, indo além da mera
sobrevivência que justificou seu uso no passado.
Outra conseqüência imediatamente perceptível é o es-
tilo único no qual raramente há desequilíbrio, com álcool
em excesso, prevalecendo sempre, a acidez com frescor e
graduações alcoólicas que raramente atingem 13 graus.
Esta característica, aliás, contribuiu para aquela que é
considerada sua maior qualidade, a extrema facilidade
para combinar-se com a alimentação, criando harmonias
clássicas como o cordeiro e os vinhos de Pauillac. Falando
em comida, os restaurantes da região, curiosamente, não
são considerados pelos guias principais como referências
de alto nível, exceto o restaurante situado no Château
Cordeillan Bages, em plena Pauillac, cujo chef acaba de
receber o título de melhor da França pelo Guia Gault
Millau. Lá pudemos realizar uma refeição inesquecível,
onde degustamos pratos de grande criatividade e técnica
apurada (robalo ao chocolate cozido na argila), ao lado
de outros em que absorveu elementos da escola de Ferran
Adrià como a incrível quiche lorraine líquida.
O ponto alto desta refeição foi o Lynch Bages 1983
(90/100) em seu auge com deliciosos aromas animais,
especiarias, caixa de charutos, com uma maciez e equi-
líbrio deliciosos em vinho de corpo médio já um pouco
seco em seu fi nal mas ainda pleno para acompanhar o
“gigot d’agneau” que fi nalizava o “menu degustation”.
O que melhor defi ne os grandes Bordeaux é o equi-
líbrio sempre associado à elegância, como no Château
M a r g a u x ,
onde tive-
mos a hon-
ra de ser
r e c e p c i o -
nados pelo
p r ó p r i o
Paul Pon-
tallier, que atribui esta fi neza que o dife-
rencia de ou t ro s Grand Crus de Bordeaux, entre outros
fatores, ao calcáreo ún i co de Margaux, à fermenta-
ção com temperatura controlada em grandes barricas
de madeira durante três semanas e ao uso de barricas
de carvalho Tronçais com tostagem média e média plus
durante 18 a 24 meses. Seu magnífi co Pavillon Blanc
de Margaux 2004 (94/100), com um rendimento mi-
núsculo de 25 hl/ha, constituído 100% de uvas Sauvignon
Blanc, é uma verdadeira sinfonia de frutas tropicais com-
binada com uma acidez refrescante, num belo modelo
da excelência que um Bordeaux branco pode atingir.
Seu reconhecido segundo vinho, o Pavillon Rouge
de Margaux 2004 (90/100) pode ser considerado um
bom esforço para a safra enquanto o Château Margaux
2002 (93/100), que sem ser um vinho que represente ple-
namente o típico binômio elegância/potência que carac-
teriza os grandes Margaux, é acessível imediatamente,
empolgando pela fruta massiva e pelo belo equilíbrio.
A existência de um estilo predominante não signifi ca
ausência de outros estilos, como verifi camos em nossa
visita ao Château Mouton Rothschild, quando a exube-
rância passa a ser o mote, deixando de lado a elegância,
substituída pelo vigor e força, embora sem
ferir os limites de har-
monia característicos
dos grandes Bordeaux.
Lá foram degustados os
ainda não engarrafados
Château d’Armailhac
2005 (91/100), uma
versão menos intensa
do Mouton, o Clerc Millon 1995 (92/100), um vinho
mais austero, lembrando os clássicos Pauillac e o grande
Mouton Rothschild 1995 (94/100), explosivamente
frutado com taninos muito macios e fi nos, com a sedu-
ção e untuosidade que costumam hipnotizar os amantes
do Mouton Rothschild.
Testando o limite extremo dos estilos de Bordeaux
temos os vinhos ultraextraídos e concentrados de Michel
Roland, representados pelo polêmico Château Pavie
2005 (93/100), muito potente e curiosamente um dos
poucos Bordeaux degustados durante toda a viagem em
que havia um leve excesso de álcool em relação à acidez,
com um peso maior na boca, lembrando um Cabernet
Sauvignon californiano ou australiano.
As instalações recuperadas são magnífi cas com traba-
lho tecnológico e marketing dignos de citação, mas que
fogem um pouco do estilo clássico dos grandes Bordeaux,
o que talvez justifi que a sua posição mantida na recente
alteração da classifi cação de St Emilion em 2006.
Para fi nalizar nossa caminhada pelas estrelas de Bor-
deaux reservamos aquele que é considerado “hors con-
cours” mesmo entre os seus iguais, proprietários dos
Grand Crus Classes da região, o Château d’Yquem. Ape-
nas para avaliar o grau de difi culdade dessa visita ofi cial
realizada, lembro que em-
bora eu já tenha estado
quatro vezes na proprie-
dade, que não impede
que visitantes penetrem
em seus limites, essa foi
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O editor degusta
o Château Margaux
com Paul Pontallier,
retirado da barrica
ao lado
A famosa torre do Château Latour e o vinhedo do mesmo com seu solo típico pedregoso.Um dos poucos Chateauxque fabricam suas barricasé o Château Margaux
a primeira vez em que fui re-
cebido ofi cialmente, visitando
suas instalações e vinhedos e
principalmente degustando
seu vinho.
Por que o Château d’Yquem
tem a fama de produzir vi-
nhos únicos, excepcionais,
de longevidade espantosa,
criando a legenda de maior
vinho doce do mundo? As raízes da lenda estão num pas-
sado distante (1593) quando pela primeira vez o nome é
citado, datando a construção de seu château no século XII.
Sua fama começa a reforçar-se a partir do interesse de Tho-
mas Jefferson, à época, embaixador dos EUA na França,
que adquiriu muitas garrafas para si e para o presidente
George Washington, daquele que considerava um dos me-
lhores vinhos do mundo.
O Château d’Yquem pertenceu a uma única família,
os Lur Saluces, desde 1785 até 1997, quando foi adquiri-
do pelo conglomerado LVMH. Desde 2004, seu respon-
sável é o enólogo Pierre Lurton.
A complexidade, seu diferencial dos outros 1er Crus
Classes que o cercam e que apresentam cada um, um
tipo de solo predominante (arenoso, pedregoso, calcá-
reo ou argiloso), provém justamente da diversidade,
podendo ser encontrados cada tipo de solo citado, em
parcelas dos 100 hectares cultivados da propriedade
de 180 hectares. As videiras têm em média 25 anos,
sendo constituídas 20% de Sauvignon Blanc e 80% de
Semillon, sendo arrancadas com 50 anos, o que ocorre
a cada ano, em média, com 3 hectares de vinhas.
Embora sugira-se que apenas a natureza seja a respon-
sável por sua excelência, a mão do homem pode ser sentida
no sofi sticado sistema de drenagem, único em Bordeaux,
com cerca de 90 km de canos, construído por muitas ge-
rações da família Lur Saluces ou à colheita manual, uva a
uva, com o cuidado de se selecionar apenas aquelas ataca-
das pela Botritys cinérea. Anos mais complicados como 1964
exigem mais de 10 passagens para completar-se a colheita,
que normalmente dura 6 a 8 semanas. Sua fermentação é
muito lenta ocorrendo em barricas novas de carvalho bem
como seu amadurecimento que dura 42 meses.
Degustamos o Yquem 2002 (94/100) que sofreu quan-
do inevitavelmente comparado ao quase perfeito Yquem
2001, mas revelando uma paleta de aromas frutados e
fl orais associada ao toque intenso de botritys, com um
equilíbrio suntuoso entre açúcar, álcool e acidez, retro-
olfato complexo, defumado, lembrando um delicioso
“creme brulée” e persistência fi nal prolongada, dignos
do fi nal do relato de uma viagem maravilhosa.
M A R I O T E L L E S J R . É E D I TO R D E W I N E ST Y L E .
Acima – painel no Château d’Yquem. Fachada e vinhedodo Château Pavie. Ao lado - Château Cheval Blanc
Mais inforMações ligue: 3814-7853/3814-1269ou acesse www.abs-sp.coM.br
nova sede: av. brig. faria liMa, 1800, 8º andar,jardiM paulistano, 01451-001
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Para os que estão interessados em adquirir conhecimentos iniciais do mundo do vinho.
Este curso é ministrado às segundas ou quintas-feiras, num total de oito aulas.
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É destinado aos que já completaram o Curso Básico e desejam aprimorar seus conhecimentos,
tanto teóricos quanto práticos, ou seja, melhorar as habilidades da degustação propriamente dita.
Nesses moldes, não tem similar no Brasil.
curso de países
Este curso é composto de oito aulas, sendo quatro referentes aos principais países produtores
de vinho do Novo Mundo e quatro de países do Velho Mundo. Em todas as aulas são degustados
vinhos representativos dos países abordados.
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É destinado àqueles que se interessam em harmonizar vinhos com os diferentes pratos da culinária
internacional. Tem como pré-requisito o Curso Básico e, de preferência, o Curso de Países.
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Este curso acontece normalmente no mês de novembro, época em que os vinhos espumantes
como Champagne, Cava e Prosecco estão em alta devido às festividades de fim de ano.
Tem quatro aulas e aborda com profundidade os vinhos espumantes de Champagne e de outras
partes do mundo.
Nota: Esses cursos também são ministrados nas seções do interior da ABS-SP: Campinas, São José dos Campos, São Carlos e Sorocaba.