Mais Resumo Das Turmas Apontamentos
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7/31/2019 Mais Resumo Das Turmas Apontamentos
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REALISMO.Gerao de 70
.Questo Coimbr.Conferncias Democrticas do Casino
GERAO DE 70
"A Gerao de 70 , basicamente, um grupo dejovens intelectuais a estudar na Universidade de Coimbra, doqual fazem parte Antero de Quental, Ea de Queirs,RamalhoOrtigo,Guerra Junqueiro e ainda outros,que surgem,a certaaltura,a contestar os excessos do Ultra-romantis-mo,representados por uma pliade de escritores sob a gide deAntnio Feliciano de Castilho."
A QUESTO COIMBR
.Castilho,em Lisboa,era o magister dixitde umgrupo de novos poetas conservadores do Romantismo,quebuscavam no "mestre" a proteco e o nome.Forma-se,assim,um clima de elogio mtuo.
.Castilho reagira,negativamente,ao receber as OdesModernas que Antero de Quental,seu antigo discpulo,lheofereceu.
.Tudo se complica quandoPinheiro Chagas publicao seu Poema da Mocidade,dedicado a Castilho,e este o faz
acompanhar de uma carta aberta em que elogia largamente oseu discpulo e o indigita para o lugar de professor de literaturano curso de Letras,que vagara e critica,atravs de algumasinsinuaes,Antero e Tefilo Braga .
.Antero responde com a carta Bom senso e bomgosto,atacando,ferozmente,o velho mestre.Acesa acontenda,trava-se uma verdadeira batalha de panfletos.
.Pinheiro Chagas responde com uma carta .Camiloescreve Vaidades irritadas e irritantes - ambos defendendoCastilho.
.Tefilo Braga ataca-o com Teocracias Literriase Antero com ADignidade das Letrase asLiteraturas oficiais.
.O ponto final desta contenda foi um duelo entreAntero e Ramalho Ortigo,no Porto.Este ltimo viria,maistarde,a integrar o grupo dissidente.
Com esta Questo d-se o avano do REALISMOcomo escola literria
CONFERNCIAS DO CASINO
Em Lisboa,Antero,Ea,Tefilo Braga,OliveiraMartins,entre outros do incio s CONFERNCIAS DOCASINO LISBONENSE.
Antero- 2 Conferncia :"Causas da decadncia dosPovos Peninsulares "
Ea - 4 Conferncia : "O realismo como novaexpresso da Arte" e,segundo ele,Realismo
"(...) a negao daarte pela arte; a proscrio do convencional,do enftico edo piegas. a abolio da retrica considerada como artede promover a comoo, usando de inchao doperodo,da epilepsia da palavra(...). a anlise com o fitona verdade absoluta.Por outro lado,o Realismo umareaco contra o Romantismo : o Romantismo era aapoteose do sentimento;o Realismo a anatomia docarcter. a crtica do homem. a arte que nos pinta anossos prprios olhos - para condenar o que houver demau na nossa sociedade."
A 6 Conferncia foi proibida pelo Presidente doConselho.Contudo,aps estas conferncias,o Realismoafirmara-se decisivamente em Portugal.
2 Fase da Gerao de 70 : Os vencidos da vida
"(...)Para um homem,o ser vencido ou derrotado na vidadepende,no da realidade aparente a que chegou-mas do idealntimo a que aspirava.Se um sujeito largou pela existncia fora como ideal supremo de ser oficial de cabeleireiro,este benemrito umvencedor,um grande vencedor,desde que consegue ter nas mos umagaforina e a tesoura para tosquiar,embora atravesse pelo Chiadocabisbaixo e de botas cambadas.Por outro lado,se um sujeito ,apelos vinte anos,quando se escolhe uma carreira,decidiu ser um
milionrio,um poeta sublime,um general invencvel,um dominadorde homens (ou de mulheres,segundo as circunstncias),e se,apesarde todos os esforos e empurres para diante,fica a meio domilho,do poema ou do penacho - ele para todos os efeitos umvencido,um morto da vida(...).Dito isto,s podemos juntar que OsVencidos oferecem o mais alto exemplo moral e social de que sepode orgulhar este pas.Onze sujeitos que h mais de um anoformam um grupo,sem nunca terem partido a cara uns aosoutros;sem se dividirem em pequenos grupos de direita eesquerda;sem terem durante este tempo todo nomeado entre si umpresidente e um secretrio perptuo;sem se haverem dotado comuma denominao oficial de reais vencidos da vida ou vencidosda vida real ou nacional;sem arranjar estatutos aprovados noGoverno Civil,sem emitirem aces;sem possuirem hino nem
bandeira bordada por um grupo de senhorasto annimas quantodedicadas;sem iluminarem no primeiro de Dezembro(...)"
2 METADE DO SC. XIX
Profundas transformaes devido ao motor a vapor de gua
Surgem problemas e maneiras colectivas de sentir e pensar
Tudo no mundo tinha uma histria - Esta concepo de um mundotodo explicvel cientificamente e em constante transformao
reflectiu-se no aparecimento da Filosofia da Histria e afectou ascrenas religiosas
NOVA MENTALIDADE CIENTFICA E FILOSFICA
Mudana na arte literria(tendncia para retratar os males sociais)
(Revolues Europeias de 1848 - 1ideologias socialistas)
REALISMO
Escola de arte literria que surge,na 2 metadede do sc.XIX,a partir de 1865, procurando esmerar-se na produo tpica edesapaixonada da realidade,especialmente a realidade socialhumana,e que reage contra o devaneio individualista sentimental dequase todos os primeiros romnticos,na sequncia da QuestoCoimbr e das Conferncias Democrticas do Casino.
ROMANTISMO-Culto pelo passado,sobretudo pela Idade Mdia,da adivulgao do romance ou novela histrica-Tendncia para o egocentrismo-Gosto pelas coisas nacionais-Emotividade e sentimentalismo-Imaginao e sensibilidade do autor-Gosto pelo indeciso,pelo vago-Linguagem espontnea,emotiva
REALISMO-Ateno ao presente e ao futuro,acreditando na cincia e no
progresso,da a predileco pelo romance ou novela de crtica davida contempornea-Cunho social e at a tendncia para um certo socialismo-Um certo cosmopolitismo-Gosto pela realidade e objectividade
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-Observao analtica,imparcialidade do autor que,em atitudecientfica,pretende chegar a concluses-Gosto pela nitidez,pela mincia-Linguagem correcta e equilibrada
REALISMO
NATURALISMO
IDEOLOGIA TEMTICA FORMASLITERRIAS
Influncia da cincia eda filosofia do sc.XIX
AlcoolismoJogoAdultrio
Romance
Preocupa-se + com ascausas e - com osfenmenos em si
Opresso socialDoena...
1.O TTULO : Os Maias
.A histria de uma famlia lisboeta,representante da altaburguesia(num conjunto de trs geraes sucessivas) :
Caetanoda Maia
.decadncia doabsolutismo
1Gerao
Afonsoda
Maia
MEduarda
Runa
.lutas liberais(liberalismo/absolutismo)
2Gerao
PedrodaMaia
MariaMonforte .crises doliberalismo
3Gerao
Carlosda
MaiaMaria
Eduardada Maia
.decadncia doliberalismo
.Carcter dinmico.
.A fico confere um carcter mais literrio.
.Maior interferncia do narrador.
2.O SUBTTULO : EPISDIOS DA VIDAROMNTICA
.VISO CRTICA DE UMA POCA
.A sociedade lisboeta (costumes, vcios, virtudes...)representada porpersonagens que tipificam um grupo, uma profisso,um vcio....O mundo social e poltico da sociedade lisboeta de grande parte dosc. XIX, atravs de cenas e quadros: actividades sociais, culturais,desportivas, ldicas....Carcter esttico..Menos fico, mais descrio..Menor interferncia do narrador, embora adopte frequentementeum tom irnico e pessimista
ACO
ARQUITECTURA DO ROMANCE
.Comeo>1 perodo do romance(1 pargrafo) situa-nos no tempo eno espao.
.Recomeo>"(...)foi s nas vsperas da sua chegada, nesse lindoOutono de 1875, que Afonso se resolveu enfim a deixar SantaOlvia e vir instalar-se no Ramalhete"
.(Re)comeo> "E ento Carlos Eduardo partira para a sua longaviagem pela Europa. Um ano passou. Chegara esse Outono de 1875e o av instalado no Ramalhete esperava por ele, ansiosamente."
INCIO VERDADEIRAMENTE DA ACO
.Tudo o que contado (cerca de 85 pp) uma simples preparaoconstituda pela histria ,em flash-back ,da famlia Maia e centradaem Afonso da Maia.A aco no abrange mais de meio sculo (1820 a 1875) e temcomo objectivo explicar os antecedentes familiares de Carlos
.A aco principal (cerca de 590 pp) dura, apenas , cerca de 14meses (Outubro de 1875 a fins de 1876) e ocupa o lugar central daobra..Os 14 meses de aco tm como protagonistas Carlos e MariaEduarda (no falando de Afonso que figura como elementodeterminante do desfecho).
.Em 1877 Carlos viaja com Ega.
.Segue-se um eplogo(cerca de 27 pp),situado na cronologia 10 anosdepois,em 1887
.Eplogo reflexivo < cap. XVIII > o incio refere ainda osconsequentes imediatos do desfecho : separao definitiva dosamantes; a 2 viagem de Carlos pelo mundo e instalao de MEduarda em Paris.
ACO
.Pedro v Maria Monforte
Intriga .Pedro namora M MonforteSecundria .Pedro casa com M Monforte
.Maria Monforte foge(fechada) .Pedro suicida-se
.Carlos v Eduarda (cap.VI)
.Carlos visita Rosa como doente (cap.IX)
.Carlos conhece Maria Eduarda (cap.XI)
.Declarao de Carlos (cap.XII)
.Consumao do incesto (cap.XIII)Intriga .Encontro de M Eduarda com
Guimares(cap.XV)
Principal .Revelaes de Guimares a Ega (cap. XVI).Revelaes de Ega a Carlos (cap.XVII).Revelaes de Carlos a Afonso (cap. XVII).Incesto consciente (cap. XVII)
(aberta) .Encontro de Carlos com Afonso (cap. XVII)
IDEOLOGIA TEMTICA FORMASLITERRIAS
Reaco contrao idealismo
romntico
Representao davida burguesa
Romance -grandepreocu-pao de
objectividade naInteresse narealidadecircundante epela anlisesocial
Representao davida urbana
sua anliseimpessoal eminuciosa darealidade
Observao dosfactos e anliserigorosa
Anlise das rela-ese dos confli-tossociaisRepresentao dosofrimento social emoral da cor-rupo edo vcio
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.Morte de Afonso (cap. XVII)
.Revelaes a M Eduarda (cap. XVII)
.Partida de M Eduarda (cap. XVII)
Os Maias > Caractersticas trgicas ?
4 facetas da aco :
1- O tema do incesto
2- O papel do destino
Surge como fora poderosa contra a qual no hresistncia possvel3- A funo dos pressgios
Aluso a pressgios confirmados pelo desenlace4- A existncia de 3 fases no desenrolar da intriga :
.PeripciaEncontro absolutamente casual de Guimares e
M Eduarda.ReconhecimentoAs revelaes de :
a)Guimares a Egab)Ega a Carlosc)Carlos a Afonso
d)Ega a M Eduarda.CatstrofeO encontro de Carlos e AfonsoA morte de AfonsoA partida de M Eduarda
CONCLUSO : A aco de Os Maias no temcaractersticas naturalistas
PORQUE :
A Intriga no depende da aco,no provocada
pelos acontecimentos,que se desenrolam a nvel da crnica decostumes
A dinmica da Intriga explica-se at pela aco dodestino (entidade que nenhum romance naturalista ortodoxoapresentaria)
O desfecho da aco no depende (como nosromances naturalistas) de condicionamentos culturais,econmicos ou educacionais,nem das imposies do meioambiente,mas sim do aparecimento de Guimares.
A Intriga tem caractersticas clssicas.
ACO : qualquer facto ou conjunto de factos
cuja execuo implica uma passagem referente ao TEMPODA HISTRIA
O TEMPO
HISTRIA-compreende a realidade evocada, aspersonagens e os acontecimentos apresentados e poder sertransmitida por outras formas de linguagem .
DISCURSO- o modo como o narrador, que relata a histria,d a conhecer esses mesmos acontecimentos.
TEMPO DA HISTRIA- o tempo vivido por mltiplaspersonagens (desdobrando-se em dias,meses e anos) e quepode at reflectir acontecimentos e mudanas da Histria realde um pas.
TEMPO DO DISCURSO- o resultado do tratamento do tempoda histria que, sujeito aos cuidados do narrador, surge alongadoou resumido, alterado na sua ordenao lgica ou submetido acortes mais ou menos profundos.
ISOCRONIA-tentativa para que o tempo do discurso seja idnticoao tempo da histria (valorizao de factos)
.o suicdio de Pedro (que vai criar o vazio que permitir a relao
incestuosa).a educao de Carlos (que justificar o estatuto de privilgio deCarlos)
Processo mais utilizado por Ea : CENA DIALOGADAConsiste em criar "uma atmosfera", uma formulao
temporal, idntica representao teatral = idntica durao dosepisdios em questo.
ELEMENTOS DA DIMENSO TEATRAL
.O discurso directo
.a cuidada descrio dos cenrios que enquadram a aco.a referncia pormenorizada movimentao e ao jogo fisionmicodas personagens.Torna-se mais importante quando Carlos mergulha na vida social ena intriga(+- 600 pp - a pouco mais de 1 ano da vida de Carlos)
EXS.-.O jantar do Hotel Central.As corridas de cavalos.O sarau no Teatro da Trindade.A visita de Carlos a Rosa.A revelao da identidade de M Eduarda feita por Ega a Carlos..Alguns momentos de monlogo interior
TEMPO DA HISTRIA(larga zona do sc.XIX)
Em Os Maias -cronologicamente ordenado (linear e uniforme)
dominado pelo encadeamento de 3 geraes de uma famlia cujoltimo membro se destaca .
( bem visvel a preocupao do narrador em datar os passos daspersonagens)
1820 1875 1877 1887
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A B C
-Caetano daMaia e o seuabsolutismo
Aco centralHistria dos amores deCarlos e MEduarda,alternando osepisdios com a crnica decostumes(ritmo lento do romance)
Ausncia deCarlos noestrangeiro eseu regresso
-Juventudeliberal deAfonso da
Maia
-Educao dePedro e de seusamores trgicos(ritmo rpidoda novela)
1820/22-Juventude de AfonsoMarcoscronolgicos 1875/77-Carlos em Lisboa
1887-Regresso de Carlos
O TEMPO DO DISCURSO
(no ordenado nem uniforme)(subjectivo)[o discurso e sua formulao constituem uma forma decondicionar a histria]
"A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa,no Outonode 1875(...)"
(presente da histria)
Comea em 1875,depois parte para o passado
(+-10pp) (+-85pp)
1 ANALEPSE OU FLASH-BACK
(que serve para explicar o aparecimento,em Lisboa,em1875,da personagem central)
Quase exaustiva omite o passado de M Eduarda.
2 ANALEPSE
A vida passada de M Eduarda
.narradora prpria personagem(s conta o que sabe)
.narratrioCarlos (tambm no completa /drama dos pais)
3 ANALEPSE
A carta de M Monforte
Com esta analepse completa-se o ciclo das revelaes dopassado
AS REDUES TEMPORAIS
Quais os factos contados rapidamente ?O passado que corresponde a mais de 50 anos
ANISOCRONIA(o tempo do discurso menor que o tempo da histria)
PROCESSOS UTILIZADOS PELO NARRADOR :
1 Resumo ou Sumrio
.juventude e exlio de Afonso
.educao e crises de Pedro
.primeiras paixes
.casamento de Pedro
.vocao para a Medicina em Carlos
.seu aparecimento em Coimbra.2 Elipse
Supresso de perodos + - longos da histria(total desvalorizao dos factos)[sobretudo nos 3 primeiros captulos]
.aparecimento de Pedro em casa do pai sem sabermos porqu
.transformao de Carlos (crescimento, desenvolvimento daeducao e a fase da formao)
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.viagem de Carlos e Ega depois da partida de M Eduarda.um ano e meio depois, Ega reaparece no Chiado.
Expresses:"Mas esse ano pasou outros passaram""Outros anos tranquilos passaram sobre Santa Olvia"
"(...)Carlos Eduardo partira(...)Um ano passou.Chegara esseOutono de 1875."
ESPAO
FSICO SOCIAL PSICOLGICOConjunto de lugaresem que decorre a
aco das persona-gens
Definido pelas ca-ractersticas
sociais,culturais,morais doambiente em que aaco se desenrola
Revelador da inte -rioridade das perso-
nagens
ESPAO FSICO
.Coimbrajuventude de Carlos;vida bomia;1 manifestaes do diletantismo
.Lisboa
.Santa Olviainfncia de Carlos
.Sintra
LISBOA espao privilegiadoespao da centralidade da vida portuguesa:on-de a vida poltica, econmica do pas, aliteratura, a diplomacia, o jornalismo...tm asua vivncia.
No dizer do Ega :"O pas est todo entre aarcada e S. Bento."
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espao onde decorrem as funescardinais da intriga principal e algumas dasecundria
espao onde actuam as personagenstipo/figurantes e que o transformam emespaosocial
episdios da vida romntica
lugar de projeco de conflitos
RAMALHETE 1875-instalao de Carlos em LisboaCarlos
(Vila Balzac)Ega
1875/77-quase 2 anos da vida de Carlos-pano de fundo(luxuoso e tranquilo) daintriga e da crnica de costumes
1887-regresso de Carlos ao Ramalhete"ar de ferrugem""tons de ferrugem"
> desconforto> morte> abandono> decadncia
> disperso
ESPAO SOCIAL
.De uma poca (Regenerao)e de um meio(alta sociedadedeLisboa)espao aberto e fechado
ANLISE A PARTIR DE AMBIENTES EFIGURANTES
AMBIENTES FIGURANTES
.jantar no Hotel-literatura/crticasocial/
-Histria dePortugal
.Alencar(polmica naturalis-mo/ultra-romantismo)
.Dmaso (alegoria dos vcios deLisboa da Regenerao)
.Episdios dascorridas
-esforodesesperado de
cosmopolitismo-monotonia e
impro-visao
.Craft (temperamento eformao britnicosem contraste com amediocridade portu-guesa
AMBIENTE FIGURANTES
.Jantar em casa deGouvarinho
-incapacidade dedilogo da parte dedestacados funcio-nrios
.ironia :"Tudo isto est arranjadocom decncia"
.Conde Gouvarinho-poder poltico
.Sousa Neto-Adm.Pblica-mediocridade intelectual-funcionalismo
.Episdio do jornal
"A tarde"-jornalismo e
poltica-vcios do
jornalismo
.Palma "Cavalo"-jornalismo
.Neves-jornalista comprometidocom a poltica
.Sarau literrio noTeatro da Trindade
-incapacidade paraentender o
fenmenocultural
.Steinbroken-diplomaciarevela o conhecimentoda monotonia portuguesa da
parte dos estrangeiros.Cruges-talento artstico
Ambientes + Figurantes influncia sobre a personagem centraldiletantismo e dandismo
ESPAO PSICOLGICO
.Permite dar a conhecer a vivncia das personagensCarlos: sonho /imaginao / memria / emooEga :emoo
PERSONAGENS
I - RELEVO
Os MaiasRomance de famlia ?
Romance de Famliapretende sobretudo representar ascondies hist ricas.sociais e polticas em que se d a evoluodas sucessivas geraes de uma famlia.
Os MaiasCrnica de 3 geraes ?
AFONSOrepresenta a gerao implicada nas lutas liberaisPEDRO representa a gerao decadente do Romantismo, levados ltimas consequnciasCARLOSrepresenta a gerao do Portugal da Restaurao
MAS logo nas 1s pgs.comea a definir-se apersonagem que ter o papel mais importanteCARLOS
Carlos cap 3 at ao 18Afonso e Pedro2 caps. iniciais
As respectivas geraes surgem,sobretudo,em funo danecessidade de explicar a existncia de Carlos
Prova da centralidade de Carlos e que destri a hiptese de OsMaias serem um romance de famlia.
II - MODO DE CARACTERIZAO
NATURALISMO >Feita em funo de factoreseducacionais,hereditrios,
das relaes com o meio e suasinfluncias
1-PEDRO DA MAIA
Caractersticas Psicosomticas :temperamento nervoso einstvel,abulia e
passividade.HEREDITARIEDADE ?
MARIA EDUARDARUNA
PEDRO
...pequenina e trigueira Ficara pequenino e nervoso
...todos os dias mais plida mudo,murcho,amarelo
...sorrindo palidamente
...morreu numa agonia dedevota
Nesses perodos tornava-se...devoto
...a melancolia de MariaEduarda
crises de melancolia negra
...Mas a triste senhora... Muitos meses ainda no odeixou
...a tristeza das suaspalavras
uma tristeza vazia...
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Confirmado por Afonso/A educao de Pedro tambm contribuiu para o seucomportamentoMeio social-explica o seu comportamento
("Pedro, levado por um romantismo torpe,procura afogar emlupanares e botequins(...)")
Pedro da Maia Caracterizado segundo a esttica naturalista
2- MARIA EDUARDA
*Juventude desordenada vivida num ambiente duvidoso*Ambientes e companhia da me so responsveis pelo seucomportamento
MAS uma caracterizao puramente naturalista ?NO
A prpria personagem age por si prpria, independentementedo meio que a envolve
M Eduarda > caracterizao hbrida
3- CARLOS
*O narrador no utiliza a educao,a hereditariedade e/ou omeio social como justificao do seu comportamento
Limita-se a :Uma descrio fsica pormenorizada e a sugeriras caractersticas da personagem, mediante a sua actuao aolongo da aco.
Carlos tambm afirma o seguinte :Os caracteres manifestam-se pela aco"
CONCLUSO : Carlos no caracterizado directamente(segundo os moldes naturalistas) ,mas sim indirectamente.uma caracterizao dinmica em que as qualidades dapersonagem vo aparecendo ,gradualmente, medida que aaco avana.
4- JOO DA EGA
Tem um papel diferente na Intriga e na crnica de costumes
.confidente,amigoconstante de Carlos quetenta,na parte final daintriga,atenuar as suasconse-quncias
smbolo do Realismo/Naturalismo"o denunciador de vcios,odemolidor enrgico da poltica eda sociedade"
5-GUIMARES
Mais do que qualquer outra personagem, pareceexistir em Os Maiass para provocar a intriga. umapersonagem totalmente estranha a Lisboa,ela vem a ser umaespcie de representante do destino a accionar a catstrofefinal.
NOTA : As outras personagens so referenciadas no espaosocial.
III- PROBLEMTICA DA EDUCAO
Factor educacional importante na esttica naturalista .
Os Maias / DOIS SISTEMAS EDUCATIVOS OPOSTOS
Educao portuguesa econservadora
Educao britnica
PedroEusbiozinho
Carlos
Consequncias: 2 indivduos com aspecto fsico diferentefracodbil
forte,esbeltobem constitudo
estatuto social diferentecorrupo e decadncia fsica privilegiado
Carlos-No obstante os seus contactos com o meio social em que seinsere,ele distancia-se desse meio cultural e dessa mentalidade.Asua educao nada teve de perniciosa como seu pai,esse sim,vtimade uma educao deturpada.Carlos teve uma educaoinovadora,metdica em contraste com Eusbio.
IV- REPRESENTATIVIDADE SOCIAL
Relao entre personagens e contexto social.
Maias > desafogo econmico justifica :
A vida ociosa Insero no estrato social mais destacado dePortugal da Regenerao
-por origem familiar-pela posio econmica
CONCLUSO:A crtica de Portugal da Regenerao faz-se emrelao aos representantes do poder institudo e da classedirigente por aqueles que, afinal, tambm dela fazem parte.
PONTO DE VISTA DO NARRADOR
Ou perspectiva narrativa, a escolha,por parte do narrador,de umadeterminada posio para contar a histria.Dessa escolha depende aquantidade e qualidade de informaes dadas.
No Realismo,se o narrador adopta,por exemplo,o ponto de vista de
uma personagem,ter que no s limitar as suas informaes deacordo com as limitaes da personagem,mas tambm d-las emconsonncia com a ideologia,a maneira de ser da personagem.
O narrador tem 3 opes para contar a histria :
1 -colocar-se numa posio de quem sabe tudo e de quem,portantopode caracterizar,exaustivamente, as personagens e o espao,dequem consegue explicar todos os factos
FOCALIZAO OMNISCIENTE
2-contar a histria de acordo com as limitaes duma personagem ecomo personagem que o narrador v,sente e julga.
FOCALIZAO INTERNA
3-referir os aspectos exteriores da histria contada
FOCALIZAO EXTERNA
*Focalizao omnisciente(Naturalismo)*Focalizao interna(no naturalista)
Perspectiva Omnisciente :-3 caps. iniciais,at juventude de Afonso da Maia.Porque: -serve perfeitamente para caracterizar personagensfundamentais para o desenrolar da intriga(ex.caracterizao dePedro)- o melhor processo de contar exaustiva e cientificamente a histria
Certa coincidncia entre a focalizao omnisciente e o recuo aopassado.
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EXCEPES :
-no presente,tambm se utiliza a focalizaoomnisciente,quando se quer revelar o diletantismo de Carlos(cap.V),porque se pretende provar a influncia do meio sobre apersonagem.
-no passado,recorre-se focalizao interna(cap.III),quandoVilaa elogia o aspecto de Carlos.
Eusbiozinho / Dmaso : os nicos figurantes focalizados
omniscientemente
.por causa da necessidade de demonstrar que a educao teminfluncia no seu aspecto e na sua personalidade.
.porque tem tantos vcios que nunca poder ser visto pelosolhos de uma personagem qualquer,a no ser os do naradoromnisciente.S assim poderemos ficar a conhec-lo melhor
Focalizao Interna.predominante a partir do cap. V .
a partir dos olhos de Carlos que :-vamos confirmar dados em relao a Afonso(o lder moral)
-ficamos a conhecer melhor Ega-(visita de Ega ao consultrio e de Carlos Vila Balzac)torna-se mais importante com M Eduarda (surge-nos atravsdos olhos de Carlos, excepto quando conta a suahistria(cap.XV)
tambm Carlos que v osfigurantes e os ambientes em quese move
-(Ex.Alencar j focado anteriormente e que aparece como umdesconhecido)-a desordem no Hotel Central-o episdio das coridas,quando se instala a desordem.
E tambm quando incide sobre os seus prprios estados dealma.
Em Ega,h momentos de tenso psicolgica e,tal comoCarlos,v criticamente,o espao social.
Exs.-redaco do jornal "A Tarde"(cap.XV) / sarau (cap.XVI)
VISO DE EGA complemento da viso de Carlos,porque :
1-Carlos e Ega so prximos,no s fsica,mastambm cultural e mentalmente
2Ega est mais inserido do que Carlos no espaosocial.
MODOS DE EXPRESSO LITERRIA
- NARRAO (ritmo lento/rpido)- DESCRIO- DILOGO- MONLOGO INTERIOR
- COMENTRIO
LINGUAGEM E ESTILO QUEIROSIANO
- Uso expressivo do adjectivo e advrbio- Verbo : uso do gerndio e do imperfeito- Diminutivo- Neologismos- Galicismos- Marcas de oralidade- Figuras de estilo :
.ironia
.sinestesia
.hiplage
INTENO CRTICA DO AUTOR
- A poltica decadente da Regenerao- A mediocridade cultural- A educao fradesca e ultrapassada- O jornalismo corrupto e medocre- A degenerao dos costumes- A hipocrisia social(o ser e o parecer)
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