Mala pedagógica de apoio à formação manual do formando

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Mala Pedagógica de Apoio à Formação Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Sector da Construção Civil Manual do Formando Autor. Hugo Monteiro

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Manual de formação HST

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Mala Pedagógica de Apoio à Formação

Segurança, Higiene e Saúdeno Trabalho Sector da Construção Civil

Manual do Formando

Autor. Hugo Monteiro

Page 2: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

Introdução Conteúdo do conjunto didáctico

Objectivos Público-alvo

Metodologia formativa Avaliação

Suporte digital Objectivos específicos do conjunto didáctico - 1ª Parte

Glossário DL 273/2003 de 29 de Outubro

Acidente de trabalho Álcool no trabalho

Ruído Organização do estaleiro Manutenção do estaleiro

Manutenção de equipamentos Armazenamento

Sinalização de segurança Objectivos específicos do conjunto didáctico - 2ª Parte

Movimentação mecânica de cargas Movimentação manual de cargas Máquinas/Ferramentas portáteis

Escadas de mão Utilização de ar comprimido

5666667789

1010111213141415222224252627

Índice

Page 3: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

Substâncias perigosas Trabalhos na proximidade de águaTrabalhos na proximidade de trânsito Trabalhos em alturaAndaimesEquipamentos de protecção individualObjectivos específicos do conjunto didáctico - 2ª Parte Interferência com infra-estruturasEscavaçõesEscavação de valasTrabalhos com electricidadeDemoliçõesEspaços confinados Execução de trabalhos de estruturaExecução de trabalhos de alvenariaTrabalhos de montagem de instalações especiais Trabalhos em CoberturasTrabalhos de aplicação de pavimentos e revestimentosTrabalhos de carpintaria (limpos) Trabalhos de serralharia

2831313335374141414345464748525354555657

Índice

Page 4: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

“Precisam-se homens para jornada perigosa.Baixo salário, frio intenso, longas horas de completa escuridão.

Regresso em segurança não garantido.Honra e reconhecimento em caso de sucesso”

Anúncio de trabalho publicado no jornal London Times, início do século XX

Ao contrário da realidade à um século atrás, o objectivo hoje dos técnicos de segurança é garantir uma qualidade de vida aos trabalhadores de forma a que estes terminem cada jornada de trabalho sãos e salvos.Pretende-se com este manual contribuir para a melhoria das condições de trabalho, criando uma ferramenta que possibilite aos trabalhadores, a identificação de perigos e/ou de situações perigo-sas, desenvolvendo desta forma uma cultura de segurança e, assim, transformar cada local de trabalho num Lugar Seguro, tanto para estes como para todos os que nele trabalhem.

Page 5: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�Manual do Formando

Introdução

Atendendo ao elevado número de acidentes

de trabalho e de doenças profissionais que se

verificam, à falta de formação dos trabalha-

dores, à pequena dimensão das empresas, à

disponibilidade reduzida dos trabalhadores para

a formação, ao tempo e aos custos elevados

envolvidosnos processos de formação, a elabo-

ração de um instrumento de fácil aprendizagem,

esclarecedor e que acompanhe os ritmos de

aprendizagem de cada trabalhador; conciliando

imagens com explicações práticas de como

proceder e actuar, tem como finalidade contri-

buir para que, os trabalhadores vejam melhora-

das as suas competências no âmbito da segu-

rança higiene e saúde no trabalho. Pretende-se

ainda contribuir para a redução do número de

acidentes que se verifica neste sector de ac-

tividade tão flagelado. Este produto tem como

finalidade promover a utilização generalizada,

autónoma e reflectida das medidas preventivas

pelos trabalhadores Pretende-se que, de forma

autónoma e responsável, o trabalhador invista

na sua aprendizagem ao longo da vida.

Page 6: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Conteúdo do conjunto didático

O conjunto didáctico sobre regras de seguran-

ça higiene e saúde no trabalho, para o sector

da construção civil é composto pelos seguintes

elementos:

Manual do formandoEste guia de formação constitui o principal ins-

trumento do conjunto e contem:

• Neste manual são descritos os riscos e

medidas preventivas que usualmente se en-

contram em actividades de construção civil e

obras públicas.

• Actividades didácticas para os formandos.

CD-ROMEste suporte electrónico contem o conjunto dos

documentos que compõem o presente manual,

adaptados aos formatos adequados.

Figura em anexo ao guia de formação um vídeo

ilustrando situações reais de obra

Objectivos

O projecto tem como finalidade transmitir de

uma forma clara e precisa informação aos tra-

balhadores. Os objectivos de desenvolvimen-

to que podem ser alcançados utilizando este

conjunto de ferramentas de formação são os

seguintes:

• Consciencialização dos trabalhadores para

a segurança e saúde;

• Mudar práticas e vícios adquiridos;

• Diminuição dos acidentes de trabalho e das

doenças profissionais;

• Identificação das medidas preventivas a uti-

lizar perante determinada situação;

• Melhorar a movimentação manual de cargas;

• Melhorar a movimentação mecânica de cargas;

• Utilização correcta de máquinas e equipa-

mentos;

• Identificar os perigos eléctricos;

• Actuação em situações de acidente e de

emergência;

• Identificar a sinalética e rotulagem.

Público alvo

Este conjunto foi preparado para os trabalha-

dores encarregues de dirigir trabalhos nas fren-

tes de obra, encarregados e/ou chefes de equipa.

Metodologia formativa

Os métodos de ensino tradicionais são funda-

mentalmente baseados na transmissão dos con-

hecimentos, e na recepção passiva do conheci-

mento.

Neste manual, a formação é construída tanto a

partir dos conteúdos programáticos, como de

experiências dos formandos que constituem

uma contribuição essencial para o processo

de formação. Pretende-se desta forma trans-

cender a “fronteira” da formação tradicional.

Decorre daí que a formação está centrada no

participante, e que o formador desempenha o

papel de “facilitador”, guiando e apoiando o

processo de aprendizagem na transmissão das

competências técnicas que devem interagir

com a experiência do formando.

Avaliação

Estão previstos diversos exercícios que fun-

cionam como avaliação durante o decorrer da

formação, com a finalidade de controlar os di-

versos elementos e de modo a contribuir devi-

damente para o cumprimento dos objectivos

gerais da formação.

Page 7: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

7Manual do Formando

• Mudar práticas e vícios adquiridos;

• Identificar práticas erradas;

• Identificar práticas adequadas a cada tipo

de trabalho.

• Diminuição dos acidentes de trabalho e das

doenças profissionais;

• Identificar um acidente de trabalho;

• Identificar as principais causas de aciden-

tes de trabalho;

• Identificar as consequências de um aci-

dente de trabalho;

• Identificar a sinalética e rotulagem.

• Identificar os diferentes tipos de sinalização

existente.

• Adoptar a sinalização adequada a cada

situação;

• Identificar a informação existente na rotulagem;

• Identificar á simbologia dos rótulos.

No final do manual existe um exercício de ava-

liação que abrange a totalidade dos conteúdos

do manual.

Suporte Digital - CD-ROM

O CD-ROM contido neste conjunto foi conce-

bido de modo a desenvolver e publicar os con-

teúdos da formação em formato electrónico

para que os formandos possam usufruir das

ferramentas informáticas para explorar o ma-

nual de formação.

Neste CD-ROM, encontrarão a totalidade dos

módulos do manual de formação.

São estabelecidos vínculos dentro destes do-

cumentos e entre documentos, para permitir

ao utilizador “navegar” facilmente através dos

distintos conteúdos.

Objectivos específicos do conjunto didáctico

A esta primeira parte do manual de formação

engloba um conjunto de temas relacionados

com o enquadramento da segurança nos es-

taleiros de construção civil e a organização da

segurança nos estaleiros.

Ao final deste primeiro ciclo de formação, o for-

mando deverá atingir os seguintes objectivos:

• Consciencialização dos trabalhadores para

a segurança e saúde;

• Identificar a especificidade do sector da

construção;

• Situar o lugar e o papel de cada um dos

intervenientes numa obra de construção;

• Percepção dos riscos existentes na activi-

dade desenvolvida;

• Percepção das consequências de um aci-

dente de trabalho;

Page 8: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Glossário

Acidente de Trabalho

Acidente que se verifique no local e tempo de

trabalho e produza directa ou indirectamente

lesão corporal, perturbação funcional ou doen-

ça de que resulte redução na capacidade de

trabalho ou de ganho ou a morte.

Risco

Expressa uma probabilidade de possíveis da-

nos dentro de um período específico de tempo

ou número de ciclos operacionais.

Risco aceitável

Risco que foi reduzido a um nível que possa

ser aceite pela Empresa, tendo por objectivo

o cumprimento da legislação aplicável e a sua

própria política da Segurança, se aplicável.

Perigo

Fonte ou situação para o dano, em termos de

lesões ou ferimentos para o corpo humano ou

de danos para a saúde, para o património, para

o ambiente do local de trabalho, ou uma com-

binação destes.

Danos

É a gravidade (severidade) da perda humana,

material, ambiental ou financeira que pode

resultar, caso não exista controle sobre um

risco.

Causa

Poderá ser de carácter humano, material ou

fortuito relacionado com o evento catastrófico

(acidente ou falha), resultante da materialização

de um risco, provocando danos.

Segurança

Imunidade à ocorrência de danos resultantes

de um risco inaceitável. É frequentemente

definida como isenção de riscos. No entanto, é

praticamente impossível a eliminação comple-

ta de todos os riscos. Segurança é, portanto,

um compromisso de uma relativa protecção de

exposição a riscos.

Perdas

É o prejuízo sofrido por uma empresa, sem ga-

rantia de ressarcimento por seguro ou outros

meios.

Incidente de trabalho

Acontecimento que esteve na origem de um

potencial acidente de trabalho, gerando ape-

nas danos materiais. Este pode ser designado

por “quase acidente”.

Page 9: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

9Manual do Formando

DL 273/2003 de 29 de Outubro

As condições de segurança no trabalho desen-

volvido em estaleiros temporários ou móveis

são, frequentemente, deficientes e estão na

origem de um elevado número de acidentes de

trabalho com consequências graves e mortais,

provocados, sobretudo por quedas em altura,

esmagamentos e soterramentos.

O plano de segurança e saúde constitui um dos

instrumentos fundamentais do planeamento e

da organização da segurança no trabalho em

estaleiros temporários ou móveis. Este plano

deve ser elaborado a partir da fase projecto da

obra, sendo posteriormente desenvolvido e es-

pecificado antes de se passar à execução da

obra, com a abertura do estaleiro.

Trata-se assim de um único plano de seguran-

ça e saúde para a obra, cuja elaboração acom-

panha a evolução desde a fase de projecto da

obra para a fase de execução, até à conclusão

da mesma.

O desenvolvimento do Plano de Segurança e

Saúde (PSS) da fase de projecto para a exe-

cução da obra é da responsabilidade da enti-

dade executante.

Caberá ao coordenador de segurança em obra

validar tecnicamente o desenvolvimento e as

eventuais alterações ao plano, cuja aprovação

competirá sempre ao dono de obra.

A coordenação de segurança divide-se em

duas fases, fase de projecto e fase de obra,

cabendo ao dono de obra a sua nomeação e

divulgação em obra através da afixação da co-

municação prévia.

O coordenador de segurança em obra e plano

de segurança e saúde não são obrigatórios em

todas as obras. Contudo, se houver neces-

sidade de executar trabalhos que apresentem

riscos especiais, a entidade executante deve

dispor de fichas de procedimentos de segu-

rança que indiquem as medidas de prevenção

necessárias para executar esses trabalhos.

O artigo 7º do decreto-lei 273/2003 de 29 de

Outubro define que trabalhos com riscos espe-

ciais, são trabalhos que:

• exponham os trabalhadores a risco de so-

terramento, de afundamento ou queda em

altura;

• exponhamos trabalhadores a riscos quími-

cos ou biológicos susceptíveis de causar

doenças profissionais;

• exponham os trabalhadores a radiações

ionizantes;

• sejam efectuados na proximidade de linhas

eléctricas de média ou alta tensão;

• sejam efectuados em vias ferroviárias ou

rodoviárias que se encontrem em utilização

ou na sua proximidade;

• de mergulho com aparelhagem ou que im-

pliquem risco de afogamento;

• em poços, túneis, galerias ou caixões de ar

comprimido;

• envolvam a utilização de explosivos ou at-

mosferas explosivas;

• sejam de montagem e desmontagem de ele-

mentos prefabricados ou outros;

• o dono de obra, o autor do projecto ou coorde-

nadores de segurança entenda considerá-los.

Page 10: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

10 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Acidente de trabalho

Por quê prevenir os acidentes? Porque prevenir

é mais económico e sensato que corrigir.

Acidente de Trabalho, é um acidente ou sinis-

tro, entendido como acontecimento súbito

e imprevisto, sofrido pelo trabalhador que se

verifique no local e no tempo de trabalho.

Descaracterização do Acidente de Trabalho

Existem casos em que o acidente pode apa-

recer formalmente como de trabalho, mas em

que a lei o descaracteriza como tal. Há uma

causa inerente ao trabalho, mas há, também,

uma causa estranha que com ela se combina

e, dada a sua importância, a lei retira à primeira

a sua protecção.

A legislação indica-nos os casos em que o aci-

dente deixa de se considerar de trabalho, não

dando, em consequência, lugar a reparação:

• o que for dolosamente provocado pelo sinis-

trado ou provier de um seu acto ou omissão,

que importe violação, sem causa justificativa,

das condições de segurança estabelecidas

pela entidade empregadora ou previstas na

lei;

• o que provier exclusivamente de negligên-

cia grosseira do sinistrado;

• o que resultar de privação permanente ou

acidental do uso da razão do sinistrado, nos

termos da lei civil, salvo se tal privação derivar

da própria prestação do trabalho, ou se a en-

tidade empregadora ou o seu representante,

conhecendo o estado do sinistrado, consentir

na prestação;

• o que provier de caso de força maior.

• Os acidentes de trabalho podem ter várias

causas:

• Causas humanas (faltas de atenção, des-

cuidos, etc.);

• Causas técnicas ou materiais (deficiente

protecção de máquinas,

avarias súbitas, mau estado do equipamen-

to, etc.);

• Causas fortuitas (factores causais).

Consequências de um acidente:

Embora sejam muitas as consequências de um

acidente de trabalho, o maior prejudicado é o

trabalhador. Os prejuízos materiais podem ser

reparados com a compra e reposição dos ob-

jectos ou máquinas danificadas, mas o traba-

lhador não pode ser recuperado com a mesma

facilidade.

Álcool no trabalho

O trabalho na construção civil envolve um ele-

vado número de riscos devido à realização de

operações perigosas, tais como: trabalhos em

Plano Humano Plano Material

SinistradoSofrimento físi-co; Sofrimento moral

Perda de salário; Diminuição de potencial: profis-sional

Família Diminuição das faculdades do sinistrado

Dificuldades financeiras

Empresa

Perda de ima-gem; Desmotiva-ção do pessoal

Perda de produção; Agravamento dos custos; Diminuição do Património

País

Diminuição do potencial humano

Agravamento dos custos com Segurança Social; Custos de reinserção social

Page 11: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

11Manual do Formando

altura, trabalho em espaços confinados, es-

cavações, etc.

O consumo de drogas e álcool aumenta o risco

de acidente. Esta situação é particularmente

grave quando consumido por quem manuseia/

manobra máquinas e/ou equipamentos. Pois a

ocorrência de um acidente pode ter consequên-

cias graves sobre os outros trabalhadores.

O tempo de absorção do álcool pelo organismo

depende da quantidade de álcool e alimentos

ingeridos.

A maior quantidade de álcool é absorvida pelo

estômago e pelo intestino.

O álcool absorvido entra na corrente sanguínea

e é transportado para os vários órgãos, sendo

decomposto na sua maior parte pelo fígado e

o restante excretado através dos rins, dos pul-

mões e das fezes.

A absorção do álcool pelo organismo começa

com a ingestão do primeiro golo. Cerca de 10 a

15 minutos após o primeiro golo o organismo já

absorveu 50% da totalidade de álcool ingerido,

e após meia hora a quantidade de álcool in-

gerida atinge os 2/3. Uma hora após o início da

ingestão, a absorção do álcool é total.

A ingestão de álcool combinada com a ingestão

de alimentos não anulam os efeitos do álcool,

apenas retardam a sua absorção por parte do

organismo.

Efeitos do álcool a curto prazo:

• Redução da percepção e dos reflexos;

• Retarda as reacções;

• Diminui o poder de concentração;

• Altera as noções de distâncias;

• Altera o equilíbrio;

• Altera o campo de visão.

Ruído

O som é uma vibração que se propaga pelo

ar em forma de ondas e que é percebida pelo

ouvido humano. É uma sensação agradável,

quando em nível suportável e que não irrita.

O som pode ser mais ou menos perigoso de-

pendendo da sua frequência e intensidade.

O ruído é um som prejudicial à saúde humana,

que causa sensação desagradável e irritante. O

grau de risco também depende de outros fac-

tores como tempo de exposição.

A intensidade, medida em decibel (dB), é a

força ou pressão que o som exerce nos nossos

ouvidos. É conhecido como altura ou volume.

Um lugar tranquilo tem sons de baixa intensi-

dade, enquanto que uma máquina ruidosa pro-

duz sons de alta intensidade.

Quando a intensidade alcança valores altos,

o som transforma-se em risco para a audição

dos trabalhadores.

Factores que influenciam:

• Tempo de exposição: Quanto maior for este

tempo maior o risco;

• Distância à fonte geradora: Quanto mais

próximo da origem do ruído maior é a ex-

posição ao risco;

• Intensidade: Quanto maior a intensidade,

maior o risco para o trabalhador.

A exposição ao ruído provoca a perda de

audição por:

• Danos nas células nervosas do ouvido in-

terno;

• Redução gradual da sensibilidade da audição.

A perda de audição é IRREVERSÍVEL

Page 12: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

12 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Utilização de protectores auriculares (tampões) durante uma

operação de furação.

Outros efeitos:

• Aceleração da pulsação;

• Aumento da pressão sanguínea;

• Estreitamento dos vasos sanguíneos;

• Dilatação da pupila;

• Aumento do ritmo cardíaco;

• Reacções musculares;

Medidas preventivas / protecção

Intervenção na fonte emissora:

• Eliminar ou substituir as máquinas ruidosas;

• Realizar manutenção preventiva de modo a

evitar o aumento de ruído produzido pelos equi-

pamentos devido à degradação dos mesmos.

Intervenção sobre a propagação:

• Utilização de painéis absorventes;

• Encapsulamento (blindagem) dos elemen-

tos ruidosos;

• Aumentar a distância à fonte emissora;

Intervenção sobre o trabalhador:

• Diminuir o tempo de exposição;

• Utilização de Equipamento de Protecção

Individual.

Utilização de protectores auriculares (abafadores) em operação

de demolição. Protecção combinada com capacete de pro-

tecção e óculos de protecção.

Organização do estaleiro

Durante a fase de construção de uma obra

torna-se necessária a montagem de um esta-

leiro de apoio. Na montagem/desmontagem e

utilização do estaleiro existe um conjunto de

riscos, que devem ser tidos em consideração

para definição das medidas de prevenção a

implementar de modo a evitar a ocorrência de

acidentes.

Riscos mais frequentes:• Acidentes de viação;

• Electrocussão;

• Atropelamento;

• Entalamento;

• Quedas ao mesmo nível;

• Cortes/ perfurações;

• Incêndio.

Medidas preventivas / prevenção (es-taleiro):

• Manter o estaleiro limpo e arrumado;

• Organizar as actividades no estaleiro de

modo a evitar sobreposição de actividades;

Page 13: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

13Manual do Formando

• Implementar um plano de sinalização glo-

bal que inclua sinalização de segurança bem

como sinalização rodoviária;

• Efectuar a manutenção e limpeza das vias

de circulação;

• Prever vias de circulação distintas para tra-

balhadores e veículos.

Medidas preventivas / prevenção (es-critórios):

• Instalar meios de combate a incêndio ade-

quados;

• Instalar iluminação adequada às tarefas a

serem desenvolvidas;

• Prever a ventilação das instalações, assim

como um ambiente térmico dentro dos parâ-

metros de conforto;

• Prever instalações sanitárias de acordo com o

número de trabalhadores presentes em estaleiro.

Manutenção do estaleiro

As operações de manutenção e limpeza do esta-

leiro têm por objectivo garantir as condições de

salubridade para todos os intervenientes.

A limpeza e arrumação é da responsabilidade de

todos. Deste modo, todos devem contribuir para:

• Que as zonas de trabalho estejam limpas e

arrumadas, sem objectos que possam causar

lesões;

• Que sejam removidos os pregos das tábuas

ou armazenar as tábuas de forma a evitar aci-

dentes;

• Limpar combustíveis, óleos, gorduras,

químicos o mais rapidamente possível, e co-

locar sinais de aviso nos locais de derrame;

• Que as instalações e os acessos estejam

adequados aos diferentes equipamentos do

estaleiro;

• Que os caminhos de circulação devem es-

tar desimpedidos e limpos.

• Que a iluminação deve estar adequada tan-

to ao trabalho nocturno, como diurno ou de

fraca visibilidade;

• Que a iluminação danificada deve substituída;

• Garantir o acesso a veículos e equipas de

emergência a todos os locais do estaleiro;

• Que a sucata e o lixo devem ser retirados das

zonas de trabalho o mais rapidamente possí-

vel e são colocados nos locais definidos.

Armazenamento de materiais efectuado sem definição dos

caminhos de circulação. Caminhos de circulação impedidos.

Page 14: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

1� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Manutenção de equipamentos

As operações de manutenção de equipamentos

nos estaleiros temporários representam um fac-

tor de risco acrescido, uma vez que estes locais

não se encontram concebidos como oficinas de

mecânica.

Assim sendo, por forma a minimizar os riscos

decorrentes desta actividade:

• As reparações nos equipamentos só podem

ser efectuadas por técnicos habilitados:

• A manutenção deve ser efectuada em local

definido para o efeito.

• Antes de efectuar a manutenção, isolar o lo-

cal, verificar a pressão hidráulica, efectuar o

corte geral,…

• Assinalar e informar os responsáveis das fa-

lhas detectadas nos veículos;

• Devem ser tomados cuidados especiais no

manuseamento de lubrificantes, materiais e

componentes a alta temperatura.

• Os óleos usados devem ser armazenados

em bacias de retenção e recolhidos por opera-

dores autorizados para efectuar a reciclagem.

Estabilização incorrecta. Em caso de colisão o equipamento

pode cair.

Armazenamento

Uma correcta organização do estaleiro reduz a

probabilidade de ocorrência de acidentes.

Deverão ser criadas zonas específicas de ar-

mazenamento, diferenciando os materiais

pelas suas características, nomeadamente,

tipo, dimensão e forma dos mesmos.

• Os materiais devem ser arrumados e orde-

nados nos locais definidos e de acordo com

as indicações do fabricante;

• Prever acessos adequados que devem ser

mantidos em boas condições, para movimen-

tação dos materiais, bem como para situa-

ções de emergência, etc…

• Os materiais devem ser correctamente em-

pilhados, por forma a que não caiam;

• Os materiais de maior dimensão devem fi-

car na base e os de menor no topo;

• As substâncias perigosas devem ser arma-

zenadas tendo em atenção a ficha de dados

de segurança;

• Os materiais devem ser armazenados por

forma a evitar a movimentação sucessiva;

• Sempre que possível, os locais de arma-

zenagem devem estar fechados, evitando o

acesso de pessoas não autorizadas;

• Os locais de armazenagem devem estar

devidamente sinalizados.

• Os materiais com arestas cortantes devem

ser protegidos;

Armazenamento de varões de aço.

Page 15: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

1�Manual do Formando

• obrigações;

• meios de salvamento ou de socorro;

• equipamento de combate a incêndios;

• assinalar recipientes e tubagens;

• riscos de choque ou queda;

• vias de circulação.

A sinalização deve ser ocasional para:• assinalar acontecimentos perigosos;

• chamada de pessoas (bombeiros, enfermei-

ros, etc.);

• evacuação de emergência;

• orientação dos trabalhadores que efectuam

manobras.

Meios e dispositivos de sinalização• Os meios e os dispositivos de sinalização

devem ser regularmente limpos, conserva-

dos, verificados e, se necessário, reparados

ou substituídos;

• O bom funcionamento dos sinais luminosos

e acústicos devem ser verificados antes da

sua entrada em serviço e, posteriormente,

devem ser alvo de verificações periódicas;

• O número e a localização dos meios ou

dispositivos de sinalização dependem da im-

portância dos riscos, dos perigos e da exten-

são da zona a cobrir.

• No caso de dispositivos de sinalização que

funcionem através de uma fonte de energia

deve ser assegurada uma alimentação alter-

nativa de emergência;

• O sinal luminoso ou acústico que indique o

início de uma determinada acção deve pro-

• Sempre que necessário devem ser utiliza-

dos equipamentos de protecção individual

adequados para transportar os materiais ar-

mazenados;

Sinalização de Segurança

A utilização de sinais, sonoros, luminosos ou

visuais, é entendida como um processo de co-

municação rápida e eficaz.

A sinalização de segurança é aquela que, rela-

cionada com um objecto ou uma situação de-

terminada, dá ao trabalhador uma indicação

por meio de um som, uma cor ou de um sinal

de segurança.

Objectivo da sinalização de segurançaA sinalização de segurança tem como objec-

tivo, chamar a atenção, de uma forma rápida

e inteligível, para objectos e situações suscep-

tíveis de provocar determinados riscos.

A sinalização, não dispensa, nunca, a neces-

sidade de aplicação de medidas de protecção

impostas por diplomas legais.

A sinalização deve ser permanente para:• proibições;

• avisos;

Recolha selectiva de . resíduos de obra

Page 16: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

1� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

longar-se durante o tempo que a situação o

exigir e deve ser rearmado imediatamente

após cada utilização;

• As zonas, as salas ou os recintos utilizados

para armazenagem de substâncias perigosas

devem ser assinalados com sinais de aviso,

excepto nos casos em que a rotulagem das

embalagens ou dos recipientes for suficiente

para o efeito.

Condições de utilização dos sinais• Os sinais devem ser instalados em local

bem iluminado, a uma altura e em posição

adequadas, tendo em conta eventuais im-

pedimentos à sua visibilidade;

• Em caso de iluminação deficiente devem

usar-se cores fosforescentes, materiais re-

flectores ou iluminação artificial na sinaliza-

ção de segurança;

• Os sinais devem ser retirados sempre que a situ-

ação que os justificava deixar de se verificar.

A utilização de diferentes cores na sinalização

de segurança tem como objectivo uma rápida

percepção da finalidade da mesma:

Sinais de Proibição

Cor Plano Humano

• VermelhoSinal de proibição

Perigo - Alarme

Material e equipamento de com-bate a incêndios

• Amarelo ou Amarelo alaranjado

Sinal de obrigação

• AzulSinal de aviso

• VerdeSinal de Salvamento ou de socorro

Situação de segurança

Proibição de fumar

Proibição de fazer lume e de fumar

Passagem proibida a peões

Proibição de apagar com água

Proibida a entrada a pessoas não autorizadas

Passagem proibida a veículos de movimento de cargas

Água não potável

Não tocar

Page 17: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

17Manual do Formando

Substâncias inflamáveis

Substâncias explosivas

Substâncias tóxicas

Veículos de movimentação de carga

Perigo de electrocussão

Perigos vários

Radiações não ionizantes

Forte campo magnético

Tropeçamento

Substâncias corrosivas

Substâncias radioactivas

Perigo de explosão

Queda com desnível

Risco biológico

Substâncias comburentes

Baixa temperatura

Sinais de Aviso

Page 18: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

1� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Substâncias nocivas ou irri-tantes

Cargas suspensas

Protecção obrigatória dos olhos

Protecção obrigatória de cabeça

Protecção obrigatória dos ou-vidos

Protecção obrigatória dos pés

Protecção obrigatória das maos

Protecção obrigatória do corpo

Protecção individual obrigatória contra quedas

Obrigações várias (acompan-hada eventualmente de uma placa adicional

Passagem obrigatória para peões

Protecção obrigatória das vias respiratórias

Protecção obrigatória do rosto

Utilização obrigatória de co-lete de sinalização

Sinais de Obrigação

Page 19: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

19Manual do Formando

Significado Descrição Ilustração

INÍCIO

Atenção

Comando As-

sumido

Ambos os braços abertos horizon-talmente, palmas das mãos voltadas para a frente

STOP

Interrupção

Fim do movi-

mento

Braço direito le-vantado, palma da mão direita para a frente

FIM

das operações

Mãos juntas ao nível do peito

Sinais gestuaisEm diversas situações, está também prevista a

utilização de sinais gestuais nos estaleiros, nas

empresas ou em qualquer outra actividade.

CARACTERÍSTICAS DOS SINAIS GESTUAIS

• Um sinal gestual deve ser simples, preciso,

fácil de executar e de compreender;

• O sinal gestual deve ser diferente de; outros

sinais;

• A utilização dos dois braços pode ser si-

multânea, simétrica e para um único sinal;

• Podem ser utilizados outros sinais gestuais

habitualmente utilizados mas, com um signifi-

cado e uma compreensão equivalentes.

Regras de Utilização

Distinguem-se dois tipos de intervenientes:

• O sinaleiro:

• Deve poder seguir o conjunto das mano-

bras comandadas sem ser posto em perigo

por elas;

• Deve dedicar-se exclusivamente ao co-

mando das manobras.

• O operador:

• É o receptor dos sinais, que executa a

manobra;

• Deve suspender a manobra, caso esta não

possa ser executada com segurança, e pe-

dir novas instruções.

Para que o sinaleiro possa ser facilmente visto

pelo operador, devem ser usados os seguintes

acessórios: casaco, capacete, mangas, braça-

deiras, etc..

Gestos de carácter geral

Movimentos verticais

Significado Descrição Ilustração

SUBIR

Braço direito este-ndido para cima, com a palma da mão virada para a frente descre-vendo um círculo lentamente

DESCER

Braço direito esten-dido para baixo, com a palma da mão virada para dentro descre-vendo um círculo lentamente

DISTÂNCIA

VERTICAL

Mãos colocadas de modo a indicar a distância

Page 20: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

20 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Significado Descrição Ilustração

PERIGOStop ou paragem de

emergência

Ambos os braços estendidos para cima com as palmas das mãos voltadas para a frente

MOVIMENTO

RÁPIDO

Os gestos codifica-dos que comandam os movimentos são executados com rapidez

MOVIMENTO LENTO

Os gestos que codi-ficados que coman-dam os movimentos são exeutados muito lentamente

Significado Descrição Ilustração

AVANÇAR

Ambos os braços dobrados, palmas das mãos voltadas para dentro; os an-tebraços fazem movi-mentos lentos em direcção ao corpo

RECUAR

Ambos os braços do-brados, palmas das mãos voltadas para fora; os antebraços fazem movimentos lentos afastando-se ao corpo

PARA A DIREITArelativamente ao sinaleiro

Braço direito esten-dido mais ou menos horizontalmente, com a palma da mão direita voltada para baixo, fazendo pequenos movi-mentos lentos na direcção pretendida

PARA A ES-QUERDArelativamente ao sinaleiro

Braço esquerdo este-ndido mais ou menos horizontalmente, com a palma da mão esquerda voltada para baixo, fazendo pequenos movi-mentos lentos na direcção pretendida

DISTÂNCIA HORIZONTAL

Mãos colocadas de modo a indicar a distância

Movimentos horizontais Perigo

Comunicação verbal

A comunicação verbal só deve ser utilizada

quando o ruído ambiente é pouco elevado e a

distância entre os intervenientes é reduzida.

A partir do momento em que um ruído ambi-

ente ou a distância interferem com a comuni-

cação, é mais prudente utilizar a comunicação

gestual.

A comunicação verbal deverá cumprir as

seguintes características:

• Uma linguagem constituída por textos cur-

tos, de grupos de palavras ou de palavras

eventualmente codificadas;

• A comunicação deve ser segura: palavras

simples, claras e suficientes;

• Comunicação directa ou indirecta: interco-

municador, megafone ou telemóvel.

Page 21: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

21Manual do Formando

Avaliação de conhecimentos - Ficha nº 1Para as frases que se apresentam, indique se as considera verdadeiras (V) ou falsas (F).

O Perigo é a fonte ou

situação para o dano, em

termos de lesões ou feri-

mentos para o corpo hu-

mano ou de danos para a

saúde, para o património,

para o ambiente do lo-

cal de trabalho, ou uma

combinação destes.

V F

O plano de segurança e

saúde constitui um dos

instrumentos fundamen-

tais do planeamento e

da organização da se-

gurança no trabalho em

estaleiros temporários ou

móveis.

São trabalhos com ris-

cos especiais, os traba-

lhos que exponham os

trabalhadores a risco de

soterramento, de afun-

damento ou queda em

altura.

Se um acidente de traba-

lho tiver como causa, a

negligência grosseira do

sinistrado, este ainda as-

sim é considerado como

acidente de trabalho.

O álcool não altera as

noções de distâncias

V F

Quanto maior o tempo

de exposição ao ruído

maior o risco.

Deve prever-se vias de

circulação largas para que

a circulação de trabalha-

dores e veículos se possa

realizar na mesma via.

Um sinal gestual deve

ser simples, preciso, fácil

de executar e de com-

preender

As manutenções podem ser

efectuadas em qualquer

local desdeque seja den-

tro do estaleiro da obra.

A sinalização de segu-

rança tem como objec-

tivo, chamar a atenção,

de uma forma rápida e

inteligível, para objectos

e situações susceptíveis

de provocar determina-

dos riscos.

Page 22: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

22 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Objectivos específicos do conjunto didáctico - 2º Parte

A segunda parte do manual de formação en-

globa um conjunto de temas relacionados com

a utilização de equipamentos e ferramentas

de trabalho, assim como de equipamentos de

protecção, nomeadamente Equipamentos de

Protecção Individual (EPI).

Ao final deste segundo ciclo de formação, o

formando deverá ter atingido ao seguintes ob-

jectivos:

• Movimentação manual de cargas;

• Identificar os riscos da incorrecta movi-

mentação manual de cargas.

• Identificar a metodologia correcta para re-

alizar movimentação manual de cargas.

• Movimentação mecânica de cargas;

• Identificar os riscos inerentes à movimen-

tação mecânica de cargas.

• Identificar a metodologia correcta de movi-

mentação mecânica de cargas.

• Identificar os itens de segurança que os

equipamentos devem possuir.

• Utilização de máquinas e equipamentos;

• Identificar os riscos inerentes à utilização

de máquinas e equipamentos.

• Identificar a metodologia correcta de uti-

lização de máquinas e equipamentos.

• Identificar as medidas preventivas.

Movimentação mecânica de cargas

A movimentação de cargas pesadas assume

particulares riscos, nomeadamente quando se

trata de elementos pré-fabricados em betão,

aço ou madeira.

Na carga, descarga, circulação, transporte e

armazenagem de materiais, devem ser utiliza-

dos meios técnicos apropriados (capacidade

de carga, alcance) de forma a evitar, na medida

do possível, os esforços físicos.

A movimentação mecânica de cargas consiste

num conjunto de acções, de materiais e de

meios que permitem de um modo planeado e

seguro, movimentar cargas de um determinado

ponto para outro.

Esta operação compreende as seguintes fases:

• Elevação (ou carga);

• Manobra livre (ou movimentação);

• Assentamento (ou descarga).

Riscos mais frequentes:

• Queda da carga;

• Quedas de altura;

• Choque com objectos;

• Rotação da carga;

• Entalamento;

• Electrocussão;

• Cortes.

Page 23: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

23Manual do Formando

Medidas preventivas preliminares:

• Antes de instalar qualquer equipamento de

movimentação de cargas deve ser efectuado

um rigoroso exame a todas as suas partes;

• Assegurar que o equipamento é adequado

ao fim a que se destina;

• Em dias de chuva ou geada devem ser sem-

pre verificados, os travões e o mecanismo ele-

vador (quando expostos; travões por atrito);

Medidas preventivas:

• Devem ser sempre verificados, os travões e

o mecanismo elevador quando equipamento

se encontre inactivo por período de tempo

prolongado (superiores a 1 mês);

• Nunca deixar cargas suspensas abandonadas;

• Verificar que os pontos de amarração estão

devidamente ajustados antes de içar;

• Certificar que a carga se encontra equili-

brada antes de a içar;

• Evitar qualquer choque de elementos do

equipamento com qualquer objecto;

• Os movimentos de rotação, subida e des-

cida de cargas muito pesadas devem ser

efectuados com cuidados acrescidos e com

velocidades muito reduzidas;

• Sempre que necessário as cargas devem

ser guiadas por cordas guia amarradas à

própria carga;

• Com velocidades de vento superiores a 60

km/h devem ser suspensos quaisquer traba-

lhos de movimentação de cargas suspensas;

• Sempre que necessário deverão ser utiliza-

dos sinais sonoros de modo a indicar que o

equipamento se encontra em manobra;

• Sempre que necessário deverão ser utiliza-

dos sinaleiros para auxiliar as manobras;

• É proibida qualquer alteração aos elemen-

tos do equipamento de movimentação de

cargas;

• Respeitar sempre o plano de manutenção

assim como os limites de carga do equipa-

mento;

• O manobrador deve possuir formação ade-

quada;

• Utilizar de acessórios (correntes, etc.) ade-

quados (capacidade de carga, dimensão) ás

cargas a movimentar;

• Não devem ser colocadas lonas publici-

tárias na torre e/ou lança das gruas torres;

• Verificar a existência de patilha de seguran-

ça em bom estado de funcionamento.

Itens de segurança que o equipamento deve

possuir:

• Limitador de momento máximo;

• Limitador de carga máxima;

• Limitador de fim de curso para o carro da

lança nas duas extremidades.

• Limitador de altura que permita frenagem

segura para o moitão.

• Alarme sonoro para ser accionado pelo ope-

rador em situações de risco e alerta bem como

de accionamento automático por actuação

dos limitadores;

Partilha de segurança

Page 24: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

2� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

• Placas indicativas de carga admissível ao

longo da lança;

• Cabos guia para fixação dos cabos de se-

gurança para acesso à torre, lança e contra-

lança.

• Para movimentação vertical na torre da grua

deve ser instalado cabo de aço para permitir

o uso de dispositivo anti-quedas;

• Limitador de Giro;

• Anemómetro;

• No final da jornada de trabalho, a grua deve

ficar com o limitador de giro desligado.

Movimentação manual de cargas

O levantamento e o transporte manual de car-

gas pesadas devem ser evitados e realizados

por equipamentos mecânicos. Se isto não for

possível, o trabalho deve ser organizado de

forma a que várias pessoas possam executar

o trabalho em conjunto.

A movimentação manual de cargas entende-se

como uma operação de elevação, transporte

e sustentação de uma carga, por um ou mais

trabalhadores, que, devido às suas característi-

Operação de movimentação de materiais - palete de tijolo.

cas ou condições ergonómicas desfavoráveis,

apresente riscos para os mesmos, nomeada-

mente na região dorso-lombar.

A ocorrência de acidentes neste tipo de ope-

ração é consequência de movimentos incor-

rectos ou de esforços físicos exagerados, de

grandes distâncias de elevação, do abaixa-

mento e transporte, bem como de períodos

insuficientes de repouso.

Riscos mais frequentes:

• Sobre esforços ou movimentos incorrectos;

• Choque com objectos;

• Queda de objectos;

• Contusão ou ferimentos diversos.

Medidas gerais de prevenção

Antes de executar o levantamento e transporte

de uma carga:

• Avaliar o peso, dimensão e forma da carga

(solicitar ajuda sempre que necessário);

• Verificar se não existem pontas aguçadas

ou rebarbas;

• Definir o trajecto e verificar se o caminho se

encontra desimpedido;

• Seleccionar caminhos com piso duro e nivelado;

• Definir “onde” e “como” se irá colocar a carga.

• Sinalizar as zonas de passagem perigosas.

Levantamento e transporte de uma carga

• Utilizar ferramentas que facilitem o manuse-

amento de carga;

• Usar a força das pernas. Os músculos das

pernas devem ser usados em primeiro lugar

em qualquer elevação;

• Evitar curvar o corpo para a frente ou para

trás. A coluna vertebral deve servir de ele-

mento de suporte e não elemento de articu-

lação;

• Evitar movimentos de torção em torno do

eixo vertical do corpo;

Page 25: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

2�Manual do Formando

• Orientar os pés. Quando uma carga é le-

vantada e em seguida deslocada, é preciso

orientar os pés no sentido em que se vai efec-

tuar a marcha, a fim de encadear o desloca-

mento com o levantamento;

• Escolher a direcção de impulso da carga. O

impulso pode ser usado para ajudar a deslo-

car ou empilhar uma carga;

• Evitar carregar pesos só com uma mão, a

carga deve ser distribuída simetricamente em

ambos os braços;

• Adoptar uma postura correcta:

• Ombros para trás;

• Costas direitas;

• Joelhos dobrados.

• Manter a carga na posição mais próxima

possível do corpo;

• Fazer trabalhar os braços em travão sim-

ples, isto é, estendidos. Devem, acima de

tudo, suster a carga e não levantá-la.

Trabalho em equipa (dois ou mais trabalha-

dores):

• Deve ser designado um responsável de

manobra:

• Avaliar o peso da carga para determinar o

número de trabalhadores necessário;

• Repartir os trabalhadores por ordem de

estatura, o mais baixo à frente.

• Durante o transporte da carga em equipa,

os movimentos dos trabalhadores devem

estar devidamente coordenados.

Máquinas / Ferramentas portáteis

Uma grande parte das lesões que se verificam

nos locais de trabalho, estão relacionadas com

a utilização de ferramentas, quer estas sejam

manuais ou motorizadas.

Os martelos pneumáticos, rebarbadoras, má-

quinas de furar e moto-serras são dos equipa-

mentos que maior perigo representam para os

trabalhadores.

As causas mais comuns na origem de lesões são:

• Utilização incorrecta das ferramentas (ex.:

para fins que a máquina não está destinada);

• Utilização de ferramentas defeituosas;

• Utilização de ferramentas de fraca qualidade;

• Transporte e armazenamento incorrecto.

Os perigos mais comuns:

• Contacto com elementos cortantes;

• Projecção de fragmentos/partículas;

• Ruído;

• Quedas por esforço excessivo.

Medidas de preventivas:

Ferramentas manuais

• Usar a ferramenta correcta, com tamanho

Máquina sem protecção

Page 26: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

2� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

adequado para a tarefa a realizar;

• As ferramentas devem estar nas devidas

condições e serem usadas correctamente;

• Nunca utilizar emendas para prolongar ala-

vancas;

• Manter as lâminas afastadas ao máximo do

corpo;

• Nunca atirar ferramentas para outros traba-

lhadores;

• As ferramentas de corte devem ser devi-

damente guardadas e protegidas de outros

trabalhadores.

Ferramentas eléctricas

• Optar pelo uso de ferramentas de qualidade

(optar por ferramentas certificadas);

• Usar as ferramentas somente para o fim a

que se destinam, não improvise;

• Verificar se existe algum defeito antes de

utilizar o equipamento;

• Antes de começar a tarefa, organizar e efec-

tuar a limpeza da zona de trabalho;

• Todas as protecções devem estar coloca-

das, nomeadamente os resguardos, botões

de ligar e desligar e de emergência;

• Os controlos de emergência têm que ser op-

eracionais, acessíveis e claramente marcados;

• Verificar todas as ligações eléctricas, óleos

e combustível antes de iniciar a tarefa;

• Mantenha os equipamentos secos, não os uti-

lize em condições de humidade ou com água;

• Os equipamentos devem ser desligados da

corrente eléctrica antes de efectuarem ma-

nutenções ou troca de ferramentas;

• As ferramentas de corte devem desligadas

quando não estão em uso;

• Usar equipamentos de protecção individual

adequado à tarefa a realizar.

Escadas de mão

A realização de trabalhos sobre uma escada de

mão, como posto de trabalho em altura, deve

ser limitado a:

• Intervenções pontuais de curta duração e

em que o nível do risco é reduzido;

• Quando as características existentes não

permitem que o trabalho se realize de outra

forma.

Riscos mais frequentes:

• Queda de altura;

• Electrocussão (trabalhos com electricidade);

• Queda de materiais.

Medidas preventivas:

• As escadas devem ser colocadas de forma a

garantir a sua estabilidade durante a utilização.

• Os apoios das escadas de mão devem as-

sentar em suporte estável e resistente, de di-

mensão adequada e imóvel, de forma que os

degraus se mantenham em posição horizon-

tal durante a utilização.

• Durante a utilização de escadas portáteis,

deve ser impedido o deslizamento dos apoios

inferiores através da fixação da parte superior

ou inferior dos montantes, através de um de

dispositivo antiderrapante ou outro meio de

eficácia equivalente.

• As escadas utilizadas como meio de acesso

devem ter o comprimento necessário para ul-

trapassar em, pelo menos, 1,00 m o nível de

acesso, salvo se houver outro dispositivo que

garanta um apoio seguro.

Escada de abrir, escada extensível e escada de mão

Page 27: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

27Manual do Formando

• A distância entre o apoio inferior e a pruma-

da do apoio superior deverá ser cerca de 1/4

da altura da base da escada a esse apoio;

• As escadas de enganchar com vários seg-

mentos e as escadas telescópicas devem ser

utilizadas de modo a garantir a imobilização

do conjunto dos segmentos;

• As escadas só devem ser utilizadas por um

trabalhador de cada vez;

• As escadas devem ser sinalizadas, sempre

que colocadas na proximidade de caminhos

de circulação;

• Escadas de metal não devem ser usadas, se

existir risco eléctrico;

• As escadas não devem ser usadas para su-

portar tábuas como plataformas de trabalho;

• Não deve transportar nada nas mãos quan-

do sobe ou desce uma escada portátil. O

transporte de ferramentas deve ser efectuado

utilizando cintos apropriados;

• Não coloque escadas de mão ou escadotes

atrás das portas ou em locais de passagem

ou circulação;

• As escadas de mão não devem ser utiliza-

das na proximidade de aberturas, em varan-

das, terraços, junto a escadas e caixas de

elevador.

Utilização incorrecta de escada de mão:

· Escada de mão sobre plataforma;

· Inclinação excessiva.

Utilização ide escada de mão em zona sem protecção contra

queda de altura.

Utilização de ar comprimido

O ar comprimido é usado em inúmeras tarefas.

Este ar é usado para múltiplos fins, mas nunca

deverá ser usado para limpeza de roupas de

trabalho, para tirar o pó ou sujidade do cabelo

ou do corpo.

A utilização de ar comprimido sobre o corpo

humano pode provocar lesões fatais, pois

quando este penetra no corpo através dos

poros da pele pode causar lesões nos órgãos

internos.

Cuidados a ter na utilização de ar comprimido:

• Um jacto de ar comprimido pode empurrar

ou arremessar partículas de metal, gravilhas

ou outros materiais, a velocidades elevadas,

tornando-se perigosos para o corpo, em par-

ticular para o rosto e olhos;

• O ar comprimido pode conter impurezas,

tais como, partículas de óleo, produtos quími-

cos e outras partículas muito pequenas. Um

jacto de ar comprimido sobre a pele introduz

Page 28: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

2� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

essas impurezas através dos poros, podendo

causar inflamações nos tecidos;

• Ao usar o ar comprimido tenha muito cui-

dado, mantendo o jacto de ar longe de seus

ouvidos, nariz, olhos etc... .

Ao utilizar ar comprimido deve:

• Utilizar EPI’s adequados para proteger os

olhos e os ouvidos;

• Desligar o ar comprimido quando se mudam

os acessórios, nunca dobrar as mangueiras;

• Verificar o estado de conservação das

mangueiras, ligações e ferramentas antes de

iniciar o trabalho;

• As mangueiras devem se protegidas de ma-

teriais e da circulação de pessoas e veículos;

• Proteger as mangueiras contra desengates

acidentais;

• No final do trabalho, desligar o sistema e

esvaziar o ar das mangueiras.

Engate entre mangueiras para evitar desprendimento acidental.

Substâncias perigosas

Sempre que se armazenem ou manipulem

substâncias e/ou preparações perigosas, é

essencial estar informado sobre os principais

riscos representados pela utilização desses

produtos.

Informação fornecida pelo rótulo:

• Conforme consta da legislação, o rótulo

deve conter as seguintes informações, redigi-

das em língua portuguesa:

• Nome da substância ou designação com-

ercial da preparação;

• Origem da substância ou preparação

(nome e morada completa do fabricante.

importador ou distribuidor);

• Símbolos e indicações de perigo que apre-

senta o uso da substância ou da prepara-

ção;

• Frases-tipo indicando os riscos específi-

cos que derivam dos perigos que apresenta

o uso da substância (frases”R”);

• Frases-tipo indicando os conselhos de

prudência relativamente ao uso da substân-

cia (frases”S”);

• Número CE, quando atribuído.

A Portaria n.º 732-A/96 de 11 de Dezembro

obriga os fabricantes e ou importadores e for-

necedores dos produtos assim classificados a

Page 29: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

29Manual do Formando

fornecerem ao utilizador a designada FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA, que trans-

mite informações fundamentais sob o ponto de

vista da segurança, designadamente:

• Identificação do fabricante;

• Identificação do perigos;

• Primeiros socorros;

• Medidas de combate a incêndios;

• Medidas a tomar em caso de fugas acidentais;

• Manuseamento e armazenamento;

• Controlo da exposição / protecção individual;

• Propriedades físico-químicas;

• Estabilidade e reactividade;

• Informação toxicológica;

• Informação ecológica;

• Informações relativas à eliminação;

• Informações relativas ao transporte;

• Informação sobre regulamentação;

• Outras informações.

Medidas preventivas:

• Reunir as fichas de dados de segurança;

• Conhecer os procedimentos de segurança e

ter, em caso de acidente, os equipamentos de

primeiros socorros adequados disponíveis;

• Colocar as embalagens armazenadas em

local destinado para o efeito. Prever tinas de

retenção para conter derrames acidentais;

• Proceder ao tratamento ambiental das em-

balagens vazias. Não colocar junto com o lixo

comum;

• Não armazenar juntamente substâncias in-

compatíveis ou susceptíveis de reagir.

Tinas de retenção para conter eventuais derrames de produtos

líquidos.

Page 30: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

30 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

SIMBOLOS E INDICAÇÕES DE PERIGO

Significado Riscos Medidas preventivas

T

tóxico

• Substâncias e preparações que, quando inaladas, ingeridas ou absorvidas através da pele, mesmo em pequena quantidade podem causar a morte ou risco de afecções agudas ou crónicas.• Penetram no organismo por nalação, ingestão e através da pele.• Aplica-se o símbolo de tóxico quando o produto acrescentar um grave efeito sobre a saúde, mesmo em pequenas quantidades.

• Evitar contacto com a pele, utilizar EPI´s: luvas, viseira, fato de trabalho, etc.• Trabalhar de preferência no exte-rior ou em local bem arejado.• Lavar as mãos após utilização dos produtos e nunca correr ou fumar durante a utilização.

Xn

nocivo

Xiirritante

Sustâncias e preparações não corrosivas que, em contacto directo, prolongado ou repitido com a pele ou com as mucosas, podem provocar uma reacção inflamatória.

• Conservar sempre os produtos na embalagem de origem.• Acondicionar devidamente as embalagnes.• Proteja os olhos e a pele dos salpicos.• Utilize EPI´s.• Após utilização do produto lave as mãos e a cara.

Ccorrosivo

Sustâncias e preparações que, em contacto com tecidos vivos, podem exercer sobre estes acções destrutivas.

Eexplosivo

Substâncias e preparações sólidas, líquidas, pastosas ou gelatinadas que podem reagir exo-termicamente e com rápida libertação de gases, mesmo com intervenção do oxigénio do ar, e que, em determinadas condições de ensaio, detonam, deflagram rapidamente ou, sob efeito de calor, explodem em caso de confinamento parcial.

• Evitar sobreaquecimento e choques.• Proteger das radiações solares.• Afastar de fontes de calor.• Proibido furar.

Nperigoso para o

ambiente

Substâncias e preparações sólidas que, se presentes no ambiente, representam ou podem representar um risco imediato ou diferido para um ou mais compartimentos do ambiente.

• Eliminar os produtos como se se tratasse de um produto perigoso.• Prevenir a ocorrência de der-rames através de armazenagem adequada.

Ocomburente

Substâncias ou preparações que em contacto com outras substâncias inflamáveis, apresentam uma reacção fortemente exotérmica.

• Armazenar produtos em local arejado.• Não aproximar de fontes de calor.• Proibido fumar.• Não utilizar vestuário de nylon e manter um extintor.• Armazenar os produtos separan-do combustíveis de comburentes.

Fmuito inflamável

Substâncias e preparações cujo ponto de inflama-ção é muito baixo.

Page 31: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

31Manual do Formando

Trabalhos na proximidade da água

A execução de trabalhos na proximidade de

água não é comum mas pode ocorrer em duas

situações distintas: na proximidade de uma

linha de água ou pela presença de água nos

solos.

O aumento da concentração de água e os tra-

balhos de escavação fazem diminuir a resistên-

cia do solo ao corte e quando a pressão verti-

cal exercida pelo peso das terras e/ou cargas

exercidas é superior à resistência total ao corte

do terreno, poderão ocorrer:

Riscos mais frequentes:

• Afundamento;

• Atolamento de máquinas;

• Capotamento de máquinas;

• Desmoronamento de taludes, muros de su-

porte e acessos;

• Desabamento / deslizamento de estruturas

e fundações;

• Escorregamento;

• Afogamento;

Medidas de prevenção:

• Identificar a natureza dos solos;

• Identificar a eventual presença de lençóis

de água;

• Identificar as linhas de água;

• Rebaixamento do nível freático;

• Sanear os elementos instáveis;

• Utilização de equipamentos adequados às

condições do terreno;

• Disponibilizar coletes e bóias de salvamento

colocados estrategicamente;

• Estabelecer procedimentos de resgate;

• Garantir a existência de equipamentos de

emergência.

Trabalhos na proximidade do trânsito

As obras e obstáculos na via pública, pelo peri-

go que representam para os utentes, devem

ser sinalizados de forma adequada, tendo em

vista assegurar melhores condições de circula-

ção e segurança rodoviária.

Características gerais:

• Todos os sinais verticais devem ser de ma-

terial retrorreflector;

• Os suportes dos sinais devem garantir esta-

bilidade e resistência adequadas.

Na sinalização vertical podem ser utilizados os

seguintes sinais:

• sinais de perigo;

• sinais de regulamentação:

• cedência de passagem;

• proibição;

• obrigação;

• sinais indicação;

• painéis adicionais.

NOTA: Colocar obrigatoriamente, de noite e

sempre que a visibilidade for insuficiente, nos

vértices superiores do primeiro sinal dispositivos

luminosos de cor amarela, de luz intermitente.

Sinalização de Aproximação

Pré-sinalização

A pré-sinalização deve utilizar-se sempre que

Page 32: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

32 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

haja necessidade de se fazer desvio de circula-

ção ou mudança de via de tráfego.

Sinalização Avançada

A sinalização avançada deve ser colocada

após a pré-sinalização.

Este tipo de sinalização pode ser dispensada

apenas nos casos em que as obras e obstácu-

los ocasionais não impliquem condicionalismo

de trânsito e possam ser identificados com se-

gurança através de sinalização de posição.

Nesta sinalização deve-se utilizar os sinais de

perigo:

NOTA: É sempre obrigatória a colocação do si-

nal, Trabalhos na estrada.

Sinalização Intermédia

A sinalização intermédia precede a sinalização

de posição.

Este tipo de sinalização deve ser utilizada sem-

pre que, devido às condições de via ou à na-

tureza das obras e obstáculos, necessitem de

limitação de velocidade, proibição de ultrapas-

sar ou outras proibições.

Nesta sinalização deve-se utilizar os sinais de

proibição:

Nos limites máximos de velocidade pode ser

estabelecida uma limitação degressiva e es-

calonada, para que a diferença entre os limites

máximos de velocidade sucessiva seja de 20

km/h.

A proibição de ultrapassar deve ser associada

a uma limitação de velocidade e ser aplicada

sempre que:

• exista um estreitamento considerável da

faixa de rodagem;

• seja suprimido uma via de tráfego à circulação;

• exista desvio de circulação.

Sinalização de Posição

A sinalização de posição deve ser utilizada

sempre que haja quaisquer obras ou obstácu-

los ocasionais na via pública.

Esta sinalização deve delimitar conveniente-

mente o obstáculo ou a zona de obras, assim

como as suas mediações:

• por forma bem definida;

• na direcção paralela ao eixo da via;

• na direcção perpendicular ao eixo da via.

Sinalização Final

A sinalização final deve ser utilizada logo que

seja possível o regresso às condições normais.

Nesta sinalização deve-se utilizar os sinais de

fim de proibição:

Page 33: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

33Manual do Formando

Medidas preventivas:

• Os trabalhadores devem posicionar-se,

sempre que possível, pelo interior das guar-

das de segurança ou PMB´s;

• O atravessamento de vias em funcionamen-

to deve ser evitado;

Caso não seja possível deve ser reduzido ao

mínimo;

• Antes de atravessar uma via em funciona-

mento olhe para ambos os lados;

• As viaturas devem possuir sinalização lumi-

nosa rotativa (pirilampo);

• A circulação dos trabalhadores deve fazer-

-se sempre de frente para os automobilistas,

de forma a permitir uma maior visibilidade de

ambas as partes;

• Não antecipe que os condutores abrandam

ao avistar trabalhos na estrada;

• Os trabalhadores devem utilizar vestuário

de alta visibilidade;

• Os trabalhadores devem estar atentos aos

ruídos do trânsito, aparelhos de aviso, buzi-

nas, etc.;

• Antes de iniciar os trabalhos assegure-se

que a sinalização de trabalhos temporários

está devidamente colocada.

Sinalização de posição

Trabalhos em altura

As quedas em trabalhos de altura, representam

a maior causa de mortalidade por acidentes de

trabalho. As medidas de protecção colectivas

contra quedas de altura são obrigatórias e pri-

oritárias. Em locais onde isso não seja possível,

o trabalhador deve usar equipamento de pro-

tecção individual contra queda de altura.

As medidas de protecção colectiva, devem ter

prioridade, conforme determina a legislação,

face ás medidas de protecção individual uma

vez que beneficiam todos os trabalhadores, in-

diferentemente. Pelo contrário, os equipamen-

tos de protecção individual (EPI) apenas pro-

tege o trabalhador que utiliza o equipamento.

Na maioria dos casos, a colocação de guarda

corpos, redes ou EPI’s são os diferentes tipos

de protecção a implementar.

Deve haver o cuidado de proteger os traba-

lhadores contra o risco de queda de altura não

apenas na bordadura de lajes mas também da

queda através de aberturas existentes no interior

ou da queda de objectos de níveis superiores.

Locais onde devem ser prevista protecção

contra queda de altura:

• Acessos, rampas e zonas de passagem;

• Aberturas nos pavimentos;

• Bordaduras de lajes;

• Escavações;

• Plataformas de betonagem;

• Telhados e coberturas.

Page 34: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

3� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Guarda corposA colocação de guarda-corpos é uma das

soluções mais utilizadas na protecção contra

queda de altura.

Apresenta-se como uma solução de baixo cus-

to e de fácil execução.

Apresenta ainda a vantagem de ser uma

solução que impede a queda ao invés de am-

parar a mesma, eliminando deste modo a ne-

cessidade de operações de resgate.

As aberturas deverão ser protegidas por um

ou mais guarda-corpos e ainda um guarda-ca-

beças.

Os guarda-corpos, devem ter secção transver-

sal de 0,30 m2 (15,0 x 2,0 cm) pelo menos e

ser colocados à altura mínima de 1 m acima do

pavimento, não podendo, o vão abaixo deles

ultrapassar a medida de 0,85 m.

A altura do guarda-cabeças deve ser superior

a 0, 14 m.

Os elementos de guarda corpos deverão ter

resistência suficiente de modo a suportar o im-

pulso da queda de um trabalhador.

Guarda corpos correctamente colocado

RedesAs redes de segurança têm como função

“apanhar” o trabalhador quando este cai. De-

vem por isso ser previstas operações de res-

gate em caso de queda de um trabalhador so-

bre as redes.

As redes de segurança:

• Devem ter resistência suficiente para parar

a queda de um trabalhador;

• As aberturas da rede de segurança deverão

ter dimensão que impeça que um trabalhador

atravesse a mesma;

• Deverão estar colocadas de modo a que o

impacto na rede não provoque lesões ao tra-

balhador (a altura de queda máxima não deve

ultrapassar os 6,0 m);

• Deverão estar colocadas de modo a evitar

que os trabalhadores passem entre a rede e

os pontos de fixação.

Page 35: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

3�Manual do Formando

Protecção pessoalOs programas de protecção individual contra

queda de altura devem identificar os locais onde

os métodos tradicionais de protecção contra

queda de altura não podem ser utilizados.

Os sistemas de protecção individual contra

quedas de altura são constituídos por um arnês

colocado no corpo do trabalhador, que deverá

estar ligado a uma linha de vida ou ponto fixo.

Alguns requisitos a respeitar na utilização de

sistemas de protecção individual contra queda

de altura:

• A altura de queda máxima não deverá ultra-

passar 1,0 m;

• Deverão estar previstos meios de salvamen-

to em caso de queda;

• Todo o sistema (arnês, linha de vida e an-

coragem) deverá ser inspeccionado antes de

cada utilização;

• A linha de vida deve estar ligada a elementos

com resistência adequada;

• O dimensionamento da linha de vida deverá

ter em conta o número de trabalhadores que

estarão, em simultâneo, ligados a esta;

• Os trabalhadores que utilizam estes equipa-

mentos deverão possuir formação específica.

Andaimes

Um andaime caracteriza-se por ser uma es-

trutura que se destina a viabilizar o acesso a

locais elevados.

Um andaime deve possuir, além dos elementos

de estrutura de base, elementos de segurança,

destinados a prevenir a ocorrência de acidentes.

Riscos mais frequentes:

• Queda durante a montagem ou desmonta-

gem;

• Queda ou desmoronamento do andaime;

• Queda em altura;

• Queda de materiais;

• Electrização da estrutura.

Medidas de Prevenção:

• Inspeccionar, elemento por elemento, todas

as peças, antes da montagem;

• Proceder sempre à montagem do andaime

segundo instruções do fabricante;

• A montagem e desmontagem de andaimes

devem ser executadas por trabalhadores es-

pecializados e equipados com EPI’s adequa-

dos;

• Caso exista linhas eléctricas aéreas nas

proximidades, respeitar as distâncias de se-

gurança (3 m se a tensão da rede for inferior a

30000 V e 5 m se for superior);

• Delimitar a zona envolvente dos andaime

Page 36: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

3� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

tábuas ou plataformas, superiores a 1 cm.

• Dotar os andaimes de guarda-corpos a 45

cm e 100 cm e rodapés com 15 cm.

• Devem ser montadas redes de protecção

e anteparos na estrutura dos andaimes de

forma a assegurar que não existirá risco de

queda de materiais para a via pública ou zo-

nas de circulação do estaleiro;

• Os acessos verticais entre pisos devem

ser feitos por escadas interiores, através de

alçapões existentes nas plataformas. As es-

cadas devem ser solidamente presas na ex-

tremidade superior e não devem ultrapassar a

cota do piso a que dá acesso;

• Não sobrecarregar o andaime com materi-

ais e/ou pessoas;

• Ligar a estrutura dos andaimes à terra por

cabo condutor de diâmetro superior a 0,6 cm.

• A seguir a temporais ou interrupções de uso

por mais de oito dias, o andaime deve ser ex-

aminado.

de forma a impossibilitar qualquer circulação

junto à base do mesmo quando estiverem a

desenrolar-se trabalhos;

• As bases de assentamento das estruturas

devem dispor de dimensões suficientemente

largas que permitam degradar a carga.

• As bases de apoio dos andaimes devem ser

ajustáveis em altura, de modo a permitir nive-

lar a estrutura;

• Não devem ser misturadas peças de vários

fabricantes e/ou modelos de andaimes;

• Deve ser feita uma ancoragem por cada 20

m2 de estrutura montada ou sempre que a

altura livre seja superior a quatro vezes a di-

mensão menor da base.

• A distância do andaime à construção não

deve ser superior a 45 cm. Caso não seja

possível, devem ser montados guarda-cor-

pos no lado interior;

• A largura do piso não deve ser inferior a

60 cm e não são admitidas aberturas, entre

Page 37: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

37Manual do Formando

Equipamento de protecção individual

Definição:Entende-se por equipamento de protecção

individual todo o equipamento, bem como

qualquer complemento ou acessório, desti-

nado a ser utilizado pelo trabalhador para se

proteger dos riscos, para a sua segurança e

para a sua saúde.

A definição anterior não abrange o vestuário vul-

gar de trabalho e uniformes não destinados à pro-

tecção da segurança e da saúde do trabalhador.

Princípio geralOs EPI devem ser utilizados quando os riscos

existentes não puderem ser evitados ou sufi-

cientemente limitados por meios técnicos de

protecção colectiva ou por medidas de pro-

tecção intrínsecas, métodos ou processos de

organização do trabalho. O EPI é então a última

barreira de segurança para o trabalhador.

Regras gerais

• Os EPI’s devem:

• Estar conforme com as normas aplicáveis

à sua concepção e fabrico em matéria de

segurança e saúde;

• Ser adequado aos riscos a prevenir e às

condições existentes no local de trabalho, sem

implicar por si próprio um aumento de risco;

• Atender às exigências ergonómicas e de

saúde do trabalhador;

• Os EPI utilizados simultaneamente devem

ser compatíveis entre si e manter a sua

eficácia relativamente aos riscos contra os

quais se visa proteger o trabalhador.

• O EPI é de uso pessoal. Em casos devida-

mente justificados, o EPI pode ser utilizado

por mais que um trabalhador, devendo, nes-

tes casos, ser tomadas medidas apropriadas

para salvaguardar das condições de higiene

e de saúde dos diferentes utilizadores.

• As condições de utilização do EPI, nome-

adamente no que se refere à sua duração,

são determinadas em função da gravidade do

risco, da frequência da exposição ao mesmo

e das características do posto de trabalho.

• O EPI deve ser usado de acordo com as

instruções do fabricante.

Obrigações

Constitui obrigação do empregador:

• Fornecer equipamento de protecção indi-

vidual e garantir o seu bom funcionamento;

• Fornecer e manter disponível nos locais de

trabalho informação adequada sobre cada

equipamento de protecção individual;

• Informar os trabalhadores dos riscos contra

os quais o equipamento de protecção indi-

vidual os visa proteger;

• Assegurar a formação sobre a utilização dos

equipamentos de protecção individual, organi-

zando, se necessário, exercícios de segurança;

• Consultar os trabalhadores na escolha dos EPI’s;

Constitui obrigação dos trabalhadores:

• Utilizar correctamente o equipamento de

protecção individual de acordo com as ins-

truções que lhe forem fornecidas;

• Conservar e manter em bom estado o equi-

pamento que lhe for distribuído;

• Participar de imediato todas as avarias ou

deficiências do equipamento de que tenha

conhecimento.

Page 38: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

3� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

Equipamento Aplicação Observações

Capacete

Aplicação:Protecção da cabeçaDuração esperada:1,5 a 2 anos

Utilização permanente em TODOS os trabalhos nos estaleiros.

Óculos / Viseira

Aplicação:Utilizados para proteger a face e /ou os olhos, em trabalhos que envolvam risco de projecção de partículas, de materiais quentes ou cáusticos, de poeiras e fumos perigosos ou incómodos.Duração esperada:2 anos

Devem ser utilizados sempre que se uti-lizem ferramentas ou equipamentos que projectem partículas ou materiais.

Máscaras de filtros físicos

Aplicação:Utilizados para proteger as vias res-piratórias de ambientes com poeiras, aerossóis sólidos e líquidos.Duração esperada:Em função do ritmo de respiração e do ambiente.

Definição caso a caso da classe dos fil-tors (classe 1, 2 ou 3)

Abafadores

Aplicação:Utilizados para proteger os ouvidos, devendo ser implementados em zonas em que a exposição pessoal diária for susceptivel de exceder 85dB.Duração esperada:1 ano

Vantagens:Melhor atenuação das altas-frequências, facilidade de uso e adapta-ção, facilidade de colocação, facilmente controlável o seu uso, mantêm-se bem ajustados mais tempo.Desvantagens:Quentes; adaptação rígida à cabeça, dificuldade de uso com outros EPI, desconforto em utilização prolongada.

Tampões

Aplicação: Utilizados para proteger os ouvidos, de-vendo ser implentados em zonas em que a exposição pessoal diária for susceptível de exceder 85dB.Duração esperada:4 meses (excepto descartáveis)

Vantagens: Tamanho e leveza; facilidade de uso com outros EPI; mais frescos e confortáveis; melhor atenuação baixas frequências.Desvantagens: São aliviados pela conversação, mais difícil de adaptar, in-dividualizados, dif´cil de controlar o uso, cuidados de limpeza.

Botas com palmilha e biqueira de aço

Aplicação:Utilização em todos os trabalhos nos estaleiros, para protecção dos pés da queda de materiais pesado ou cortantes.Duração esperada:1 ano

Utilização permanente em TODOS os trabalhos nos estaleiros.

Page 39: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

39Manual do Formando

Equipamento Aplicação Observações

Luvas protecção

mecânica

Aplicação:Utilização em todos os trabalhos de manuseamento de cargas ou objectos, com arestas expostas, saliências, etc.Duração esperada:1 mês

Impermeáveis

Aplicação:Utilização em trabalhos exteriores com chuva. Utilização de fatos em PVC em trabalhos que envolvam projecção de líquidos cáusticos ou corrosivos.Duração esperada:1 ano

Coletes reflectores

Aplicação:Trabalhos nocturnos, ou nas proximi-dades de vias.Duração esperada:1 ano

Sempre que se verifique a circulação de viaturas ou equipamentos os trabalha-dores devem utilizar colete reflector.

Botas de borracha

Aplicação:Utilização em trabalhos em zonas inundadas, ou com líquidos cáusticos ou corrosivos, para proecção dos pés e membros inferiores.Duração esperada:1 ano

arnês

Aplicação: Em todos os trabalhos que apresentem o risco de queda livre e em que não possam ser utilizados outros tipos de equipamentos de protecção (nomeada-mente colectiva).Duração esperada:4 meses (excepto descartáveis)

A Utilização do cinto de segurança pode ser combinada com dispositivos amortecedores de quedas.

Page 40: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�0 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Avaliação de conhecimentos - Ficha nº 2Para as frases que se apresentam, indique se as considera verdadeiras (V) ou falsas (F).

Na movimentação mecâ-

nica de cargas um dos

riscos mais frequentes é

o de queda da carga.

V F

Um dos riscos mais fre-

quentes na movimenta-

ção manual de cargas

são os sobre esforços ou

movimentos incorrectos.

A utilização de ferramen-

tas de fraca qualidade

aumenta o risco de aci-

dentes.

Uma escada pode ser

utilizada por vários tra-

balhadores ao mesmo

tempo.

Se os trabalhos não

ocuparem a via, não é

obrigatória a colocação

do sinal, Trabalhos na

estrada.

V F

Os trabalhadores devem

utilizar vestuário de alta

visibilidade apenas nas

vias em que o trânsito

circula com excesso de

velocidade.

As medidas de protecção

colectiva, devem ter priori-

dades, face às medidas de

protecção individual.

A distância do andaime à

construção não deve ser

superior a 60 cm. Caso não

seja possível tomar esta

medida devem ser monta-

dos guarda-corpos no lado

interior.

Equipamento de pro-

tecção individual é todo o

equipamento, bem como

qualquer complemento

ou acessório, destinado

a ser utilizado pelo traba-

lhador para se proteger

dos riscos.

As fichas de dados de

segurança dos produtos

químicos perigosos são

informações fundamen-

tais sob o ponto de vista

da segurança.

O trabalho sobre uma es-

cada como posto de tra-

balho é uma boa alterna-

tiva ao uso de andaimes

para alturas reduzidas.

Page 41: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�1Manual do Formando

Objectivos específicos do conjunto didáctico - 3º Parte

Esta terceira parte do manual de formação en-

globa um conjunto de temas relacionados com

tarefas/actividades que se desenvolvem em

estaleiros de construção civil.

No final desta terceiro fase de formação, o for-

mando deverá ter atingido ao seguintes objec-

tivos:

• Identificação das medidas preventivas a

utilizar perante determinados contextos de

trabalho:

• Identificar os riscos associados aos trabalhos;

• Identificar os riscos associados ao esta-

leiro, sua manutenção e organização;

• Identificar os riscos associados a ferra-

mentas e equipamentos;

• Identificar as medidas preventivas adequa-

das para cada situação.

Interferência com infra-es-truturas

A interferência com infra-estruturas pode ocor-

rer na execução de trabalhos de abertura de

caboucos, valas ou covas, junto a vias públicas

de aglomerados habitacionais ou outras edifi-

cações.

Riscos mais frequentes:

• Rotura de condutas;

• Inundação;

• Desabamento;

• Electrocussão;

• Intoxicação;

• Infecções.

Medidas preventivas:

• Antes de iniciar qualquer escavação todas

as infra-estruturas devem estar identificadas

e claramente marcadas;

• Informar os trabalhadores das infra-estrutu-

ras existentes;

• As linhas eléctricas devem estar desacti-

vadas quando decorrem trabalhos na sua

proximidade;

• Se necessário solicitar ao proprietário da in-

fra-estruturas a consignação ou desactivação

das mesmas;

• As infra-estruturas existentes não devem

servir de apoio aos trabalhadores;

• Testar a tensão das linhas eléctricas antes

de iniciar os trabalhos;

• Todas os quadros eléctricos deverão estar

trancados;

• Parar os trabalhos, se for afectada uma infra-

estrutura e contactar os serviços responsáveis;

• Se afectarmos uma infra-estrutura, deve se

feita uma protecção ao local, por forma a evi-

tar mais danos e proteger as pessoas;

• Recomeçar os trabalhos, só depois de devi-

damente autorizados.

Escavações

A escavação constitui um trabalho particular de

movimentação de terras destinado a aprofun-

dar a cota natural do solo para uma cota infe-

rior, den acordo com o definido no projecto.

Esta tarefa englobas as actividades de des-

monte, corte e retirada de camadas de solo e

transporte dos materiais para aterro.

Antes de iniciar os trabalhos, devem ser recol-

hidas informações acerca de:

• Características geológicas do solo, nome-

adamente, caracterização das camadas, ân-

Page 42: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�2 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

gulo de atrito, coesão, níveis freáticos, teor de

humidade, etc.);

• A envolvente (proximidade de construções,

linhas de água, vias de comunicação, etc.);

• Infra-estruturas, nomeadamente, se exis-

tem enterrados cabos eléctricos ou telefónic-

os, redes de água ou gás, etc;

Durante a execução dos trabalhos:

• Testar os comandos dos equipamentos an-

tes do início dos trabalhos;

• O trabalho deve ser organizado de tal modo,

que no raio de acção previsível da máquina,

não existam outras tarefas em simultâneo;

• Se durante a escavação forem encontradas

redes enterradas não previstas no projecto

deve parar de imediato os trabalhos até que

seja definida estratégia segura para continuar

os mesmos;

• Vedar/sinalizar e iluminar (durante o período

nocturno e em situações de deficiente visi-

bilidade) convenientemente a escavação nos

locais onde exista circulação de veículos e

pessoas;

• Na presença de elementos de estabilidade

duvidosa realizar o saneamento do talude;

• Utilizar equipamentos munidos de ROPS e

FOPS;

• Inspeccionar estabilidade dos taludes. Se

houver necessidade de recorrer a entivação,

esta deve ser calculada;

• Dotar a escavação com entivações e aces-

sos (que poderão ser escadas de mão) e

colocá-los na abertura de modo a assegurar

caminhos de fuga suficientes, de tal modo

que a distância máxima a percorrer na vala

para atingir uma escada não seja superior a

7,5 metros;

• Não permitir a colocação de materiais bem

como sobrecargas significativas a uma dis-

tância do coroamento inferior a 1/3 da pro-

fundidade da escavação;

• Não ultrapassar a capacidade de carga dos

equipamentos.

• Criar batentes que garantam a paragem de

veículos aquando da aproximação ao bordo

da escavação para remoção de materiais;

• Manter a frente de trabalho devidamente

organizada e livre de obstáculos;

• Definir caminhos de circulação para pessoas

de acordo com os definidos para as viaturas;

• Respeitar os taludes definidos.

Apresenta-se de seguida tabela com ângulo de

atrito do talude natural para diferentes tipos de

solo. Este ângulo corresponde ao ângulo máxi-

mo para o qual está garantida a estabilidade do

mesmo, não devendo ser ultrapassado pois.

Para inclinações superiores não está garantida

a segurança dos trabalhadores.

ÂNGULO DO TALUDE NATURAL

Tipo de terreno Terreno Seco Muito Húmido

Rocha Dura 80º - 90º 80º

Rocha Branda 55º 55º

Aterro Compacto 45º 40º

Terra Vegetal 45º 30º

Argila e Marga 40º 20º

Areia Fina 30º 20º

Page 43: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�3Manual do Formando

Escavações de valas

A construção de redes subterrâneas inclui a

abertura de escavações (valas ou trincheiras)

que envolvem condições particulares (distintas

de uma escavação corrente) de risco para os

trabalhadores.

A abertura de escavações na via pública ou em

locais de passagem, apresenta também um

risco para terceiros como os peões e viaturas,

pelo que as medidas de segurança previstas

devem contemplar a segurança tanto dos tra-

balhadores como de terceiros.

Riscos mais frequentes:

• Desabamento de estruturas vizinhas;

• Queda de pessoas;

• Queda de materiais;

• Projecção de materiais;

• Desprendimento de terras;

• Soterramento;

• Interferência com redes técnicas (electrici-

dade, telefones, águas,

gás, etc.);

• Asfixia por enchimento da vala com gases

mais pesados que o ar (ex.:gases de escapes).

Antes do início dos trabalhos:

• Obter informação sobre a existência de re-

des técnicas (gás, electricidade, água, etc.);

• Eliminar, remover ou proteger todos os objec-

tos que ofereçam risco de desprendimento na

fase de escavação (ex. árvores, postes, muros);

• Se necessário, abrir uma valeta impermeá-

vel a uma distância razoável do perímetro da

escavação para evitar que esta seja inundada

por uma linha de água.

Medidas de Prevenção:

• Proteger e sinalizar todo o perímetro da es-

cavação;

• Assinalar e balizar as redes, efectuando as

últimas desobstruções com meios manuais;

• Materiais ou resíduos devem ser deposita-

dos, sempre que possível, afastados, pelo

menos 60 cm ou 1/3 da profundidade, dos

bordos da vala, de modo a:

• Não criar risco de desmoronamento para

dentro da vala;

• Não impedir a circulação;

Page 44: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

• As escavações abertas perto de caminhos

públicos, devem ser protegidas com pai-

néis, redes ou guarda corpos, com altura e

resistência adequadas, colocadas a uma dis-

tância adequada do perímetro da escavação,

de forma a garantir a segurança dos peões

ou viaturas;

• Colocar passadiços nos locais de passa-

gem. Os passadiços devem estar protegidas

com guardas laterais;

• Afastar da escavação as máquinas gerado-

ras de vibrações como: compactador vibra-

dor; martelo pneumático; máquinas estáticas

como compressores, geradores, etc… ;

• Evitar as emanações de gases de escape ou

outros gases, demasiado perto da escavação.

• Utilizar máquinas com protecção do tipo

FOPS e ROPS;

• Verificar as máquinas e acessórios de elevação;

• Proibir a passagem de cargas por cima do

pessoal ou das máquinas;

• Bombear as infiltrações de água.

Medidas de Prevenção (Entivação):

• Toda a escavação com mais de 1,20 m de

profundidade deve ser entivada.

• Para escavações com menor profundidade,

a necessidade de entivação é ditada pela na-

tureza do terreno e pelos factores envolven-

tes, como sejam a proximidade de circulação

de veículos (vibrações que afectam a coesão

do terreno), a proximidade de linhas de águas

pluviais.

• Nas escavações efectuadas nas faixas de

rodagem ou perto destas a entivação deve

ser sempre realizada.

• Prolongar a entivação acima da superfície

da escavação (pelo menos 15 cm).

Sistema de entivação SBH

Page 45: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

��Manual do Formando

Trabalho com electricidade

A electricidade é uma das energias mais uti-

lizadas sendo elevados os riscos relacionados

com a sua utilização, razão pela qual importa

conhecer a forma de os prevenir.

Contactos com electricidade

• Contactos directos

• Riscos do contacto com partes activas dos

materiais ou aparelhos eléctricos (ex: Contac-

to directo em dois condutores nus, a tensões

diferentes).

• Contactos indirectos

• Riscos para as pessoas pelo facto das

massas ficarem acidentalmente sob tensão

(ex: Contacto com a massa ou partes da

estrutura dos equipamentos eléctricos com

defeito de isolamento).

Consequências possíveis dos choques eléctricos

• Com passagem de corrente pelo corpo:

• Morte por fibrilaçao ventricular ou por asfixia;

• Tetanização muscular;

• Queimaduras internas e externas (mortais

ou não);

• Bloqueio renal por efeitos tóxicos das

queimaduras;

• Embolias por efeito electrolítico;

• Lesões físicas secundarias por quedas,

golpes, etc;

• Lesões oftalmológicas por radiações de

arcos eléctricos;

Como evitar contactos com electricidade

• Para evitar os contactos directos:

• Garantir uma distância de segurança entre

condutores nus e peças sob tensão e os uti-

lizadores ou trabalhadores;

• Afastar os cabos e as ligações dos locais

de trabalho e de passagem;

• As peças em tensão deverão estar protegi-

das com coberturas, etc.;

• Garantir o isolamento adequado dos con-

dutores.

• Para evitar os contactos indirectos:

• A ligação à terra: Ligação à terra das es-

truturas metálicas dos equipamentos: De-

verá ser feita ao eléctrodo de terra de pro-

tecção;

• O disjuntor diferencial: Controlo da tensão

de defeito (instalação de disjuntores).

• Controladores permanentes de isolamento

(ICP) – que emitem sinais luminosos e so-

noros sempre que a tensão de defeito seja

ultrapassada.

Medidas de prevenção básicas

• Os trabalhos de electricidade devem ser

feitos por pessoas devidamente habilitadas e

autorizadas para tal;

• Mantenha sempre a distância de segurança

em relação a fios eléctricos;

• Os equipamentos e meios de protecção a

utilizar devem ser certificados;

• Use apenas aparelhos eléctricos portáteis

com tensão reduzida de segurança sempre

que o local de trabalho seja metálico ou molhado;

• Verifique regularmente as condições de se-

Page 46: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

gurança do seu meio ambiente de trabalho.

Quando estiver a efectuar trabalhos de ma-

nutenção em máquinas:

1. Corte todas as fontes sobre tensão;

2. Bloqueie os aparelhos de corte;

3. Verifique a ausência de tensão;

4. Ligue à terra e pôr em curto-circuito todas

as fontes de tensão possíveis;

5. Delimite e sinalize a zona de trabalho.

Demolições

A demolição deve ser dirigida por um técnico

responsável que deverá elaborar o plano de

demolição, assim como avaliar da resistência e

estabilidade de cada uma das partes da cons-

trução.

Tipos de demolições:

• Gerais ou completas: Demolição da totali-

dade da construção existente.

• Sectoriais ou parciais: Demolição de uma

parte significante da construção existente (re-

construções, remodelações).

Processo de demolição:

• Manual – Quando se utilizam ferramentas

manuais (Picaretas, pás, etc.) ou máquinas

portáteis, tais como o martelo percussor.

• Mecânica – Qunado efectuadas por equipa-

mentos não portáteis.

• Expansão – Quando se utiliza uma fonte de

energia (explosivos) que desintegram os ele-

mentos da construção.

Providências preliminares:

• Cortar o fornecimento de água, gás, electri-

cidade, telefones, etc.;

• O Fornecimento de água e electricidade

para os trabalhos deve ser efectuado de for-

ma a evitar que estas instalações passem nas

zonas de trabalho;

• Retirar todos os elementos frágeis: vidros,

portas, janelas, etc.;

• Colocar vedação física dos trabalhos/via pública;

• Implementar sinalização dos trabalhos;

• Sempre que se verifique necessário definir

percurso alternativo para peões.

Medidas preventivas:

• A demolição deve ser realizada de cima

para baixo, sendo demolidos em primeiro

lugar os elementos suportados e em seguida

os elementos suportantes;

• Elementos tais como paredes, muros e

chaminés não podem ser abandonados em

posição de desequilíbrio;

• Remover os produtos de demolição para

fora do edifício;

• Os escombros devem ser descidos por

meio de caleiras;

Page 47: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�7Manual do Formando

• O material de escombro deve ser rapida-

mente retirado de forma a evitar a sua acumu-

lação sobre outros elementos da construção;

• Quando for necessária a montagem de an-

daimes, estes devem estar desligados dos

elementos a demolir;

• Deve ser evitada a circulação e permanên-

cia de pessoas sob os elementos a demolir;

• Os trabalhadores não devem apoiar-se nos

elementos a demolir.

Espaços confinados

Um espaço confinado é qualquer área não a-

dequada para ocupação normal de seres hu-

manos. A sua característica principal é a de

oferecer dificuldades para entrar e sair do seu

interior, elevando-se desta maneira, o potencial

de risco.

Um espaço confinado nem sempre é fácil de

identificar já que estes espaços tomam diferen-

tes formas.

Um espaço confinado é um local com uma ven-

tilação natural inexistente, combinado com po-

tencial de acumulação de fontes geradoras ou

de escape de gases. A combinação destes fac-

tores torna a atmosfera destes locais perigosas.

Para identificarmos um espaço confinado, é

necessário conhecermos o potencial de risco

do ambiente assim como dos processos e

produtos a utilizar nesse local.

Espaço Confinado:

• Não é um posto trabalho normal;

• Local de entrada e saída restrita;

• Atmosfera e ventilação deficiente e/ou uma

atmosfera pressurizada.

Riscos mais frequentes:

• Materiais tóxicos e/ou inflamáveis;

• O trabalho pode gerar perigos: soldadura,

corte, fumos, etc.;

• Falta de oxigénio;

• Riscos eléctricos;

• Iluminação deficiente;

• Posturas inadequadas;

• Poeiras.

Antes de entrar num espaço confinado deve

ser verificado:

• O nível de oxigénio.

• Existência de gases tóxicos.

• Existência de poeiras e vapores.

• Perigo de incêndio e explosão.

• Temperatura.

Page 48: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Regras de trabalho em espaços confinados:

• Identificar e sinalizar os espaços confina-

dos, para evitar o acesso de pessoas não

autorizadas;

• Implementar procedimentos de controlo de

entrada nestes espaços;

• Definir um responsável com formação espe-

cífica, para supervisionamento dos trabalhos;

• Monitorizar a atmosfera dos espaços con-

finados, para verificar se as condições de

acesso e permanência são seguras;

• É proibida a realização de qualquer trabalho

de forma individualizada ou isolada;

• Afixar um informação à entrada, que alerte

para os perigos existentes no local;

• Proibir a ventilação do local com oxigénio;

• Testar e calibrar os equipamentos, antes da

sua entrada no local;

• As monitorizações devem ser efectuadas

com equipamentos estanques (protegidos

contra radiações electromagnéticas..);

• Todos os equipamentos luminosos utiliza-

dos nestes espaços devem ser estanques;

• Definir um plano de emergência e socorro,

para um eventual resgate das vítimas.

• Utilização de uma máscara para respiração

autónoma, com fornecimento de ar sempre

que os níveis de oxigénio ou de gases tóxicos

ultrapassem os limites;

• Equipamentos filtrantes não podem ser uti-

lizados em ambientes cujo teor de oxigénio

seja reduzido, ou então que contenha gases

tóxicos ou nocivos.

Execução de trabalhos de estrutura

Em qualquer obra podemos distinguir, sob

ponto de vista construtivo, uma sucessão de

elementos ou partes perfeitamente diferentes

entre si.

No caso mais vulgar, que é a construção de um

edifício, estes elementos são: as fundações, as

paredes, os tectos, os vãos, as coberturas, as

escadas, etc.

As principais causas na origem dos acidentes

associados com a execução de trabalhos de

estrutura são:

• Desorganização do estaleiro;

• Desarrumação;

• Retirar protecções às máquinas;

• Armazenamento incorrecto dos varões de

aço e elementos moldados;

• Trabalho desorganizado;

• Utilização de meios mecânicos de forma inad-

equada (ex.: utilizar os equipamentos para além

das capacidades indicadas pelo fabricante);

• Utilização de andaimes improvisados ou in-

devidamente montados;

• Trabalhar em condições atmosféricas adversas;

• Não utilizar os EPI (s) necessários;

Page 49: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�9Manual do Formando

Perigos / Riscos mais frequentes:

• Queda de pessoas a nível diferente;

• Queda de pessoas ao mesmo nível;

• Queda de objectos;

• Choque ou pancadas;

• Projecção de fragmentos ou partículas;

• Entalamento ou esmagamento;

Trabalhos de armação de ferro (corte, dobragem e moldagem de armaduras)

Medidas de Prevenção Aconselhadas:

• Os varões devem ser armazenados em local

acessível à grua. O armazenamento deve ser or-

ganizado por baías indicadoras de diâmetro.

• Os molhos devem ser depositados em cima

de barrotes de madeira (e não directamente

no solo), correctamente alinhados e, a altura

das pilhas não deve ultrapassar 1,50m;

• Os elementos moldados devem ser arma-

zenados em local acessível à grua e, a altura

das pilhas não deve colocar problemas de

estabilidade;

• Os desperdícios (pontas, arames, ...) devem

ser acondicionados em contentor específico

e, periodicamente, devem ser enviados para

o exterior;

• O trabalho deve ser organizado de forma

a evitar interferências entre tarefas comple-

mentares, descarga, armazenagem, corte,

moldagem, armação e movimentação dos

elementos préfabricados (armados) para

aplicação em obra e a aglomeração de pes-

soal em determinadas áreas (usualmente na

moldagem);

• As bancadas de trabalho deve ter dimensões

suficientes para os elementos a moldar e armar

e altura adequada (entre 75 e 90 cm), de forma

a evitar posturas de trabalho incorrectas;

• Os postos de trabalho fixos devem ter uma

cobertura tipo telheiro, montada de forma a

não interferir com as movimentações mecâni-

cas do varão e dos elementos armados e asse-

gurando a luminosidade e ventilação naturais;

• A descarga dos molhos de varões deve ser

realizada, suspendendo-os por dois pontos

equidistantes e com resistência adequada,

através de um pórtico indeformável suspenso

do gancho;

• Deve ser proibida a permanência de traba-

lhadores debaixo de cargas suspensas;

• Os elementos armados devem ser trans-

portados suspensos por lingas fixadas em

pontos cujo afastamento seja suficiente para

evitar deformações ou deslocamentos não

desejados;

•Deve ser proibido trepar pelos elementos

armados;

•Devem ser instaladas pranchas com uma

tábua de largura (± 30 cm) para circular em

cima de armaduras de lajes;

•As pontas dos ferros em espera devem ser

cortadas ou devidamente protegidas.

Desorganização do estaleiro de ferro impedindo a circulação

em segurança.

Page 50: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�0 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Trabalhos de cofragem e descofragem

Medidas de Prevenção Aconselhadas

• O tipo de cofragem a utilizar deve ser se-

leccionado tendo em conta o elemento a ser

construído e a envolvente do local onde vai

ser construído;

• A madeira e/ou os painéis de cofragem de-

vem ser armazenados em local acessível aos

meios mecânicos.

• O armazenamento deve ser organizado por

dimensões, os materiais devem estar cor-

rectamente alinhados e, a altura das pilhas não

deve colocar em causa a sua estabilidade.

• Devem ser usados meios mecânicos para

elevação e transporte das cargas. As sus-

pensões não devem ser feitas por um único

ponto;

• Os pregos existentes em madeira usada de-

vem ser retirados ou batidos;

• A equipa que vai executar os trabalhos deve

conhecer bem o sistema de cofragem a uti-

lizar;

• A zona de trabalho deve ser limpa, diari-

amente e, os desperdícios devem ser acondi-

cionados em local apropriado e enviados.

Armazenamento incorrecto de escoras por se encontrarem de-

masiado próximas do vão existindo risco de queda de materiais

Desarrumação do local de trabalho, potenciando riscos de que-

da ao mesmo nível

Operação de descofragem de laje - Desarrumação do local de

trabalho, potenciando riscos de queda ao mesmo nível.

• O espaço da carpintaria de toscos deve ser

dimensionado, para que as máquinas dis-

ponham, entre si, de espaço suficiente para

manusear a madeira sem interferências;

• A carpintaria de toscos deve ser delimitada

e sinalizada, para que os restantes trabalha-

dores não circulem num local onde possam,

potencialmente, ser atingidos pela queda de

materiais;

• As folhas de corte das serras e serrotes de-

vem ser inspeccionadas diariamente;

• Os painéis devem ter olhais com resistência

Page 51: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�1Manual do Formando

adequada ao peso dos painéis a movimentar,

devendo o seu estado de conservação ser

verificado antes de iniciar a sua elevação;

• Na sua recepção, os painéis devem ser posi-

cionados com recurso a cordas guia. Deve

ser proibido guiar os painéis com as mãos;

• Deve ser proibida a permanência de traba-

lhadores nas zonas de passagem de cargas

suspensas;

• A descofragem deve ser efectuada com re-

curso a «arranca pregos » ou «pés de cabra»

com dimensão suficiente para alavancar as

tábuas sem risco de sobre-esforço para os

trabalhadores;

• A subida e descida dos trabalhadores aos

elementos cofrados deve ser efectuada com

recurso a escadas de mão normalizadas.

• Para alturas superiores a 6 m, deve ser

montada uma escada com patamares in-

termédios e equipada com guarda-costas e

guarda-cabeças;

• As plataformas de trabalho devem ter uma

largura mínima de 80 cm, permitir a mobili-

dade necessária para efectuar o trabalho em

segurança e permitir a rápida evacuação no

caso de surgir uma situação de emergência;

• Os ferros em espera deverão ser dobrados,

cortados ou protegidos;

• O escoramento deve estar dimensionado

para resistir aos esforços previstos, com uma

margem de segurança de 150%. As sapatas e

calços devem ter solidez para resistir aos esfor-

ços e os prumos devem estar bem verticais;

• A movimentação mecânica dos painéis

deve ser suspensa sempre que sopre vento

com velocidade superior a 60 km/h ou que o

manobrador não consiga acompanhar, visu-

almente, a carga durante todo o seu percurso

(chuva ou nevoeiro);

• A montagem da cofragem deve ser reali-

zada numa sequência tal que não permita

que fiquem «aberturas para trás». Se for ne-

cessário deixar zonas por cofrar, devem ser

protegidas com guardacorpos ou redes;

• A desmontagem das cofragens deve ser exe-

cutada com as plataformas protegidas contra

quedas em altura. Em situações não seja pos-

sível manter as protecções colectivas, os tra-

balhadores devem usar arnês anti-queda, a-

marrado a um ponto com solidez adequada.

Trabalhos de betonagem

Medidas de Prevenção Aconselhadas

• Deve ser elaborado um plano de betonagem

definindo os equipamentos, os modos opera-

tórios e os meios humanos necessários;

• Devem ser assegurados acessos adequa-

dos aos locais de betonagem que permitam

a mobilidade necessária para efectuar o tra-

balho em segurança e a rápida evacuaçãono

caso de surgir uma situação de emergência;

• Antes do início dos trabalhos, deve verificar-

-se o bom estado dos equipamentos de pro-

tecção colectiva (guarda-corpos e/ou redes)

e das plataformas de trabalho;

• O comportamento da cofragem e do cimbre Escora correctamente colocada

Escora colocada incorrectamente em posição não vertical

Page 52: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�2 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

deve ser constantemente vigiado, suspen-

dendo a betonagem sempre que se detecte

qualquer falha. O trabalho só deve ser reto-

mado depois de se restabelecer a estabili-

dade e solidez necessárias;

• Os vibradores de betão, demais equipa-

mentos eléctricos e respectivos cabos devem

estar em bom estado e protegidos por disjun-

tores diferenciais de 30 mA;

• Deve ser interdito o acesso à zona de esco-

ramento enquanto decorre a betonagem.

Execução de trabalhos de alvenarias

Perigos mais frequentes:

• Queda de altura;

• Queda de pessoas ao mesmo nível;

• Queda de objectos;

• Choque ou pancadas;

• Entalamento ou esmagamento;

• Sobre esforços

Medidas de Prevenção Aconselhadas

• Deve ser garantida a existência de platafor-

mas de descarga de materiais (nos pisos) com

solidez e estabilidade adequadas às cargas a

movimentar e, dotadas de guarda-corpos e

guardacabeças e fecho na parte frontal;

• Deve ser proibido o trabalho junto aos bor-

dos das lajes, antes da instalação de pro-

tecção contra queda de altura;

• Os entulhos devem ser depositados em lo-

cal específico e, periodicamente, devem ser

enviados para o exterior;

• Deve ser garantida a existência de condutas

de descarga de entulho com troços nunca su-

periores à altura de 2 pisos. Os trabalhadores

nunca devem retirar o material das calhas

usando as mãos;

• As paletes de material devem ser movimen-

tadas com meios mecânicos e distribuídas

junto dos locais onde vão ser utilizadas;

• As plataformas de trabalho com altura su-

perior a 2 m devem ser dotadas de guarda-

corpos e guarda-cabeças;

• Deve haver o cuidado de não romper o

plástico de protecção das paletes de tijolo

antes de as içar.

• Deve ser proibido improvisar plataformas

de trabalho com bidões, caixas, tijolos, es-

cadotes...;

• Deve ser garantida a limpeza diária das zo-

nas de trabalho, de forma a evitar acumula-

ções de argamassa que solidificará.

Page 53: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�3Manual do Formando

Trabalhos de montagem de instalações especiais

Engloba actividades de instalação eléctrica,

telefónica, instalação de gás, instalação de

água e esgotos e instalação de ar condicio-

nado e /ou aquecimento central.

Riscos mais frequentes:

• Queda de pessoas ao mesmo nível;

• Queda de objectos;

• Choque ou pancadas;

• Projecção de fragmentos ou partículas;

• Sobre-esforços ou posturas inadequadas;

• Contactos eléctricos;

• Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas;

• Incêndio;

• Exposição ao ruído.

Medidas preventivas

• As zonas de trabalho devem estarlimpas,

especialmente as bancadas de corte de re-

barbagem, e os entulhos depositados em lo-

cal adequado;

• É proibido soldar cobre ou elementos que o

contenham usando acetileno;

• Os elementos de grandes dimensões devem

ser armazenados em local acessível, plano e

devidamente travados;

• As bobines devem ser armazenadas em lo-

cal acessível, plano e devidamente travadas.

Na obra nunca devem ser deixadas perto de

escadas ou rampas;

• A movimentação mecânica deve ser planeada

tendo em atenção a resistência dos locais onde

serão descarregados os equipamentos;

• As cargas suspensas devem ser guiadas

com cordas guia. É proibido dirigir estas car-

gas directamente com as mãos ;

• Os troços de tubagem devem ser içados

por lingas a fim de evitar o risco de queda

de carga. Devido ao peso ser muito baixo, o

trabalho de içar tubagem deve ser suspensos

sempre que se verifiquem ventos superiores

a 15Km/h;

• Os tubos devem ser armazenados em local

acessível. O armazenamento deve ser orga-

nizado por baías indicadoras de tipo e diâ-

metro com os molhos depositados em cima

de barrotes de madeira e a altura das pilhas

não deve ultrapassar 1,5metros;

• Os troços de tubagem e as chapas metáli-

cas devem ser retirados do local de armaze-

nagem por dois trabalhadores a fim de evitar

desequilíbrios e sobre-esforços;

• Os troços de tubagem devem ser retirados

do estaleiro de montagem e montados de

imediato, a fim de evitar acidentes por aglo-

meração;

• Durante as operações de corte, as chapas e

tubagens devem permanecer bem apertadas

nos tornos a fim de evitar movimentos inde-

sejáveis;

• O trabalho deve ser organizado de forma

a evitar interferências entre tarefas comple-

mentares (electricidade e telefones, ar condi-

cionado, águas, gás, elevadores);

• Antes de executar ensaios em carga de

instalação eléctrica, todos os trabalhadores

devem ser avisados e, os testes só serão

efectuados após autorização do responsável

técnico;

• Antes de iniciarem os ensaios em aparelhos

de ar condicionado devem ser colocadas as

protecções em todas as partes móveis das

máquinas;

• Para efectuar qualquer ajuste ou reparação

nas partes móveis das máquinas deve desli-

gar o respectivo circuito eléctrico no quadro

de alimentação. O circuito desligado deve ser

sinalizado com uma placa: «Desligado por

motivo de trabalhos NÃO LIGAR».

Page 54: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Trabalhos em coberturas

Perigos/Riscos mais frequentes:

• Queda de altura;

• Queda de pessoas ao mesmo nível;

• Queda de objectos;

• Choque ou pancadas;

• Projecção de fragmentos ou partículas;

• Sobre-esforços ou posturas inadequadas;

• Contactos eléctricos.

Causas Principais

• Falta de preparação do trabalho, nomeada-

mente, não verificar o estado de estabilidade

e solidez das asnas, barrotes e telhas;

• Falta de acessos e plataformas de trabalho

inadequadas;

• Escorregamento em telhados húmidos,

molhados ou com inclinação acentuada;

• Desarrumação;

• Quebra de telhas ou vigas por baixa re-

sistência mecânica;

• Retirar protecções às máquinas;

• Utilização de meios mecânicos de forma

inadequada;

• Trabalhar em condições atmosféricas ad-

versas;

• Não utilizar os EPI (s) necessários, nome-

adamente, contra quedas em altura;

• Não delimitar e sinalizar as zonas inferiores

afectadas pelo trabalho;

• Trabalhadores sem formação e desconheci-

mento dos riscos.

Medidas de Prevenção Aconselhadas

• Antes de iniciar os trabalhos, deve fazer

uma avaliação prévia do estado de conserva-

ção da cobertura, devendo ser escoradas e/

ou consolidadas a asna e os barrotes que não

apresentem a resistência necessária;

• Antes de iniciar os trabalhos deve pla-

near toda a intervenção tendo em conta os

seguintes requisitos:

• Tipo de telha, o seu estado e resistência;

• Grau de inclinação do telhado;

• Materiais e equipamentos necessários à

execução do trabalho;

• Definição de trajectos;

• Delimitação e sinalização das áreas previs-

tas para içar materiais, bem como de outras

áreas susceptíveis de serem afectadas;

• Condições climatéricas adversas;

• Necessidade de montar protecções co-

lectivas;

• Caso seja necessário, definição dos locais

de instalação das linhas de vida para amar-

ração do arnês anti-queda;

• Antes de iniciar os trabalhos deve proteger

todo o perímetro da cobertura e outras aber-

turas eventualmente existentes com guarda-

corpos (ou redes). Se tal não for possível,

todos os trabalhadores devem usar arnês

amarrados a um elemento de construção que

ofereça resistência suficiente;

• Se os andaimes de construção estiverem

montados, poderão ser acrescentados para

subirem um metro acima da cota da cober-

tura (se envolverem todo o perímetro);

• Deve ser instalada uma escada de acesso

adequada. O acesso deve ser condicionado

a pessoal autorizado;

• Sempre que possível deve instalar redes

anti-queda (inclinadas a 45°) como comple-

mento às outras medidas de protecção;

• As paletes devem ser descarregadas sobre

plataformas horizontais, montadas sobre plin-

tos em cunha que atenuem a pendente, de for-

ma a evitar deslizamentos. Devem ser depo-

sitadas, repartidas pelas vertentes, de forma a

evitar sobrecargas e movimentações

desnecessárias do pessoal sobre a cobertura;

• Os rolos de tela asfáltica devem ser repar-

tidos uniformemente pela laje, calçados com

cunhas para evitar que rolem e distribuídos

pelas zonas de trabalho;

• Durante a colocação da tela asfáltica deve

Page 55: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

��Manual do Formando

ser colocado um extintor de 6 kg de pó quími-

co polivalente na frente de trabalhos;

• O cascalho de acabamento (ou outro

acabamento qualquer) deve ser içado, de

forma sequencial, quando for necessário;

• Deve ser rigorosamente proibida a circulação

directa sobre a cobertura. Devem ser coloca-

das pranchas ou estrados de alumínio, fixadas

aos pontos firmes da cobertura. As pranchas

de madeira devem ter ripas pregadas;

• Deve circular horizontalmente seguindo as

linhas de resistência e evitando os beirados

da cobertura;

• Não deve aplicar cargas ao beiral ou ao al-

geroz (nem sequer encostar escadas a estes

elementos);

• Se a zona interior da edificação tiver um

pé direito superior a dois metros, devem ser

montados guarda corpos ou redes de pro-

tecção anti-quedas;

• O trabalho deve ser suspenso quando so-

prar vento superior a 40 km/h ou quando cho-

ver com intensidade;

• Os acessos devem manter-se permanente-

mente desobstruídos e limpos de entulhos;

• No caso de ser necessário utilizar equipa-

mento de protecção individual anti queda,

não deve ser permitido o uso de cordas de

sujeição com comprimento superior a 1,50

m. Devem ser usados dispositivos anti que-

da com enrolador progressivo (autoretráctil).

Todos os elementos (arnês, linhas de vida,

cordas de sujeição, mosquetões e outros dis-

positivos) devem ser revistos periodicamente

e mantidos de acordo com as instruções dos

fabricantes.

Trabalhos de aplicação de pavimentos e revestimentos

Perigos mais frequentes:

• Queda de altura;

• Queda de pessoas ao mesmo nível;

• Queda de objectos;

• Choque ou pancadas por objectos móveis;

• Projecção de fragmentos ou partículas;

• Sobre-esforços ou posturas inadequadas;

• Contactos eléctricos;

• Exposição a substancias nocivas ou tóxicas;

• Exposição ao ruído.

Medidas de Prevenção Aconselhadas

• Antes de se iniciarem os trabalhos, os nega-

tivos existentes no piso devem ser tapados

de forma provisória, a fim de evitar quedas.

Logo que possível, deverão ser tapados de

forma definitiva;

• Devem ser utilizadas ferramentas de corte

com molha contínua ou, se tal não for pos-

sível, o corte das peças deve ser efectuado

ao ar livre para evitar a acumulação de

grandes quantidades de pó;

• Deve ser garantida a limpeza diária das zo-

nas de trabalho, de forma a evitar acumula-

ções de massa que solidificará;

• Os entulhos devem ser retirados através de

calhas devidamente vedadas e com troços

nunca superiores à altura de 2 pisos. A saída

inferior de cada calha deve ter uma comporta

para fazer parar o material. Deve ser rigorosa-

mente proibido que os trabalhadores retirem

material das calhas usando as mãos;

• A deposição das paletes de material deve

ser realizada fora dos locais de circulação;

• Quando se parar ou suspender o trabalho

(à hora do almoço, por exemplo), as latas de

cola devem ser devidamente tapadas.

Devem ser colocados extintores nestes locais

de trabalho;

Page 56: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

• O transporte manual das placas de parquet

ou dos rolos de alcatifa deve ser efectuado, no

mínimo, por dois trabalhadores, afim de evitar

tropeções e choques. A sua deposição deverá

ser realizada fora dos locais de circulação;

• As afagadoras devem possuir sistema de as-

piração. Se, por avaria, houver acumulação de

pó de madeira, o local deve ser ventilado a fim

de evitar uma atmosfera nociva e/ou explosiva;

• A serradura produzida deve ser diariamente

varrida e acondicionada em local apropriado

até a sua evacuação para o exterior;

• Durante a utilização de colas, deve ser cria-

da uma corrente de ar, suficiente para renovar

constantemente o ar e evitar intoxicações;

• Deve ser proibido o uso de plataformas de

trabalho em varandas ou terraços, sem redes

anti-quedas;

• Deve ser proibido, utilizar bidões, caixas,

banheiras, etc.., como cavaletes para plata-

formas de trabalho. As plataformas de tra-

balho devem ter uma largura mínima de 60

cm e, se tiverem mais de 2 m de altura, de-

verão possuir guarda-corpos;

• Devem ser respeitadas as instruções das fi-

chas de segurança dos produtos químicos;

• As zonas de trabalho devem ter uma ilumina-

ção mínima de 150 lux, medida a uma altura de 2

m do solo e que não provoque encandeamento.

Trabalhos de carpintaria (limpos)

Perigos mais frequentes

• Queda de altura;

• Queda de pessoas ao mesmo nível;

• Queda de objectos;

• Choque ou pancadas;

• Projecção de fragmentos ou partículas;

• Entalamento ou esmagamento por ou entre

objectos;

• Sobre-esforços ou posturas inadequadas;

• Contactos eléctricos;

• Exposição ao ruído;

• Exposição a vibrações

Medidas de Prevenção Aconselhadas

• Os aros, pré-aros e ripas de guarnição,

devem ser armazenados em local acessível,

sem interferir com as zonas de passagem. O

armazenamento deve ser organizado por di-

mensões, as peças devem ser correctamente

alinhadas e, a altura das pilhas não deve co-

locar em causa a sua estabilidade;

• O espaço da oficina da carpintaria de lim-

pos deve ser dimensionado, de forma a que

as máquinas disponham, entre si, de espaço

suficiente para o manuseamento da madeira

sem interferências;

• Os espaços de circulação e operação junto

às máquinas devem manter-se desobstruí-

dos, arrumados e limpos de serradura e des-

perdícios;

• Devem ser colocados extintores junto às

máquinas;

· As folhas de corte das serras e serrotes de-

vem ser inspeccionadas antes de se iniciar

qualquer trabalho verificando se estão em

bom estado de conservação e se são ade-

quadas ao material a cortar;

• Quando proceder ao corte de madeira molha-

da ou com nós, deve ter em atenção à resistên-

Page 57: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�7Manual do Formando

cia ao avanço, desvios e possíveis projecções

de materiais devidas à prisão do disco;

• Quando proceder ao corte de aglomerado

de madeira com resina, deve apertá-la com

maior firmeza pois a aderência ao disco tende

a fazer rodar a peça;

• Deve fixar correctamente os discos das ser-

ras e não deve utilizar discos excessivamente

desgastados, desequilibrados ou de diâmetro

diferente do indicado pelo fabricante;

• Deve verificar a ausência de corpos metáli-

cos, nós duros ou outros defeitos nas peças

de madeira;

• Os desperdícios e serraduras devem ser

acondicionados em local apropriado e periodi-

camente, devem ser evacuados para o exterior;

• As colas e vernizes devem ser armazenados

em local fechado e ventilado, deve ser colo-

cado um extintor de pó químico polivalente

de 12 Kg junto da entrada, assim como, sina-

lização de «perigo de incêndio» e «proibido

fumar ou foguear»;

• O estaleiro e o armazém das madeiras de-

vem ficar afastados de fontes de calor e de

outros materiais combustíveis;

• As zonas de trabalho devem ter uma ilu-

minação mínima de 100 lux, medida a uma

altura de dois metros do solo e que não pro-

voque encandeamento;

• As tábuas e ripas devem ser transportadas

ao ombro por um mínimo de dois trabalha-

dores. Se tal não for possível, a frente deve

estar a uma altura superior ao capacete do

trabalhador que as transporta, de forma a evi-

tar ferimentos na cara dos colegas;

• As escoras horizontais (para evitar deforma-

ções) devem ser colocadas a 60 cm de altura

e sinalizadas com um pedaço de fita plástica

vermelha e branca.

Trabalhos de serralharia

Perigos mais frequentes:

• Queda de altura;

• Queda de pessoas ao mesmo nível;

• Queda de objectos;

• Choque ou pancadas;

• Projecção de fragmentos ou partículas;

• Sobre-esforços ou posturas inadequadas;

• Contactos eléctricos;

• Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas;

• Incêndio;

• Exposição ao ruído.

Medidas de Prevenção Aconselhadas

• O armazenamento deve ser organizado por

dimensões, as peças devem ser correcta-

mente alinhadas e, a altura das pilhas não

deve colocar em causa a sua estabilidade;

• Deve delimitar e sinalizar a zona de trabalhos,

especialmente em operações de soldadura;

• Deve existir um extintor nos locais onde

decorrem trabalhos de soldadura;

• As sacadas, guardas de varandas, estendais e

corrimãos devem ser colocados por dois trabal-

hadores a fim de evitar desabamentos e quedas;

• Todos os elementos chumbados devem ser

devidamente escorados até que o cimento

esteja devidamente seco;

• Os trabalhos de soldadura devem ser executa-

dos por trabalhadores com formação adequada

(e devidamente registada) para a função;

• Em locais onde não seja possível manter as

protecções colectivas durante a execução dos

trabalhos devem ser instaladas linhas de vida.

Page 58: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Avaliação de conhecimentos - Ficha nº 3Para as frases que se apresentam, indique se as considera verdadeiras (V) ou falsas (F).

Antes de iniciar qualquer

escavação todas as in-

fra-estruturas devem es-

tar identificadas e clara-

mente marcadas

V F

Não se deve permitir a

colocação de materiais

bem como sobrecargas

significativas a uma dis-

tância do coroamento

inferior a 1/3 da profundi-

dade da escavação.

As escavações devem

ser entivadas sempre

que a sua profundidade

seja superior a 1,50 m

Podem ser realizados

trabalhos de forma in-

dividualizada ou isolada

dentro de um espaço

confinado, desde que o

encarregado tenha co-

nhecimento.

A descarga dos molhos

(atados) de varões deve

ser realizada, suspen-

dendo-os por dois pon-

tos.

V F

Os vibradores de betão,

demais equipamentos

eléctricos e respectivos

cabos devem estar em

bom estado e protegidos

por disjuntores diferenci-

ais de 300 mA.

Durante uma demolição

o fornecimento de àgua

e electricidade para os

trabalhos pode ser efec-

tuado utilizando as infra-

-estruturas do edifício a

demolir.

Page 59: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�9Manual do Formando

Referências bibliográficas

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Decreto n.º 41.821, de 11 de Agosto de 1958

Decreto-Lei n.º 273/2003 de 29 de Outubro

Portaria n.º 101/96, de 3 de Abril

Pinto, Abel

Manual de Segurança

Edições Sílabo, 2004

Luís Fontes Machado

Manual de Segurança no Estaleiro

AECOPS – 1996

Dias, L. M. Alves; Fonseca; M Santos (1996)

Plano de Segurança e Saúde na Construção

Ed. Instituto Superior Técnico / IDICT, Lisboa

Universidade do Minho

Riscos de Soterramento na Construção

IDICT – 1996

Fernando M. Cabral, Manuel M. Roxo

A coordenação de Segurança

IDICT – 1996

ISQ

Trabalho em Andaimes

ISQ – 1996

Alberto Sérgio S. R. Miguel

Manual de Higiene e Seurança no Trabalho

Porto Editora - 2004

Page 60: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�0 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Avaliação de conhecimentos - Avaliação globalPara as frases que se apresentam, indique se as considera verdadeiras (V) ou falsas (F).

O perigo é a fonte ou

situação para o dano, em

termos de lesões ou feri-

mentos para o corpo hu-

mano ou de danos para a

saúde, para o património,

para o ambiente do lo-

cal de trabalho, ou uma

combinação destes.

V F

O plano de segurança

deve ser elaborado para

a fase de execução da

obra.

São trabalhos com ris-

cos especiais, os traba-

lhos que exponham os

trabalhadores a risco de

soterramento, de afun-

damento ou queda em

altura.

O álcool altera o equilíbrio.

A distância à fonte de

ruído não aumenta ou

diminui o risco. O factor

determinante é o ruído

que essa fonte emite.

V F

A manutenção e limpeza

das vias de circulação

são fundamentais para di-

minuir a probabilidade de

ocorrência de acidentes.

A sinalização deve ser

ocasional para proibições,

avisos, obrigações.

A cor verde tem como sig-

nificado ou finalidade a

situação de segurança ou

salvamento / socorro.

A comunicação verbal só

é aconselhada quando o

ruído ambiente é pouco

elevado.

Se um acidente de traba-

lho tiver como causa, a

negligência grosseira do

sinistrado, este ainda as-

sim é considerado como

acidente de trabalho.Antes de instalar qualquer

equipamento de movi-

mentação de cargas

deve ser efectuado um

rigoroso exame a todas

as partes do mesmo.

Page 61: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�1Manual do Formando

Em situações excepcio-

nais, o limitador de carga

máxima pode ser tempo-

rariamente desligado.

V F

Antes de executar o le-

vantamento e tranporte

de uma carga deve ava-

liar o peso, dimensão e

forma da carga.

Deve efectuar verificação

periódica ao estado dos

cabos eléctricos, reves-

timentos, isolamentos,

etc, das ferramentas.

Quando trabalho com ar

comprimido deve, no fi-

nal do trabalho, desligar

o sistema e esvaziar o ar

das mangueiras.

Sinalização de Posição

deve ser utilizada sempre

que haja quaisquer obras

ou obstáculos ocasionais

na via pública.

V F

As medidas de protecção

colectiva, devem ter prio-

ridades, face às medidas

de protecção individual.

Os programas de pro-

tecção individual (linha de

vida) contra queda de al-

tura devem identificar os

locias onde os métodos

tradicionais de protecção

contra queda de altura não

podem ser utilizados.

Quando não existam peças

suficientes podem misturar-

-se peças de vários fabri-

cantes, desde que as mais

resistentes fiquem coloca-

das na parte inferior.

Os EPI devem ser utiliza-

dos quando a colocação

de equipamentos de pro-

tecção colectiva são de-

masiado caros.

As escadas utilizadas

como meio de acesso

devem ter o comprimento

necessário para ultrapas-

sar em, pelo menos, 0,85

m o nível de acesso.

Em trabalhos na proximi-

dade de linha de água,

devem disponibilizar-se

coletes e bóias de salva-

mento.

Antes de iniciar qualquer

escavação deve ser iden-

tificadas as infraestrutu-

ras eléctricas existentes.

Page 62: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�2 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

V F

Materiais ou resíduos

devem ser depositados,

afastados, pelo menos

10 cm do coroamento da

escavação.

As escavações devem

ser entivadas sempre

que a sua profundidade

seja superior a 1,20 m.

Podem ser realizados

trabalhos de forma in-

dividualizada ou isolada

dentro de um espaço

confinado, desde que o

encarregado tenha co-

nhecimento.

A movimentação mecâni-

ca dos painéis de cofra-

gem deve ser suspensa

sempre que sopre vento

com velocidade supe-

rior a 60 km/h ou que o

manobrador não con-

siga acompanhar, visu-

almente, a carga durante

todo o seu percurso

(chuva ou nevoeiro).

V F

Os vibradores de betão,

demais equipamentos

eléctricos e respectivos

cabos devem estar em

bom estado e protegidos

por disjuntores diferen-

ciados de 300 mA.

A demolição deve ser

realizada de cima para

baixo.

A descarga dos molhos

(atados) de varões deve

ser realizada, suspen-

dendo-os por dois pon-

tos.

Page 63: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�3Manual do Formando

Correcções

Page 64: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Ficha nº 1 (correcção)

O Perigo é a fonte ou

situação para o dano, em

termos de lesões ou feri-

mentos para o corpo hu-

mano ou de danos para a

saúde, para o património,

para o ambiente do lo-

cal de trabalho, ou uma

combinação destes.

V F

O plano de segurança e

saúde constitui um dos

instrumentos fundamen-

tais do planeamento e

da organização da se-

gurança no trabalho em

estaleiros temporários ou

móveis.

São trabalhos com ris-

cos especiais, os traba-

lhos que exponham os

trabalhadores a risco de

soterramento, de afun-

damento ou queda em

altura.

Se um acidente de traba-

lho tiver como causa, a

negligência grosseira do

sinistrado, este ainda as-

sim é considerado como

acidente de trabalho.

O álcool não altera as

noções de distâncias

V F

Quanto maior o tempo

de exposição ao ruído

maior o risco.

Deve prever-se vias de

circulação largas para que

a circulação de trabalha-

dores e veículos se possa

realizar na mesma via.

Um sinal gestual deve

ser simples, preciso, fácil

de executar e de com-

preender.

As manutenções podem

ser efectuadas em qualquer

local desde que seja dentro

do estaleiro da obra.

A sinalização de segu-

rança tem como objec-

tivo, chamar a atenção,

de uma forma rápida e

inteligível, para objectos

e situações susceptíveis

de provocar determina-

dos riscos.

Page 65: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

��Manual do Formando

Ficha nº 2 (correcção)

Na movimentação mecâ-

nica de cargas um dos

riscos mais frequentes é

o de queda da carga.

Um dos riscos mais fre-

quentes na movimenta-

ção manual de cargas

são os sobre esforços ou

movimentos incorrectos.

A utilização de ferramen-

tas de fraca qualidade

aumenta o risco de aci-

dentes.

Uma escada pode ser

utilizada por vários tra-

balhadores ao mesmo

tempo.

Se os trabalhos não

ocuparem a via, não é

obrigatória a colocação

do sinal, Trabalhos na

estrada.

V

Os trabalhadores devem

utilizar vestuário de alta

visibilidade apenas nas

vias em que o trânsito

circula com excesso de

velocidade.

F

As medidas de protecção

colectiva, devem ter priori-

dades, face às medidas de

protecção individual.

A distância do andaime à

construção não deve ser

superior a 60 cm. Caso não

seja possível tomar esta

medida devem ser monta-

dos guarda-corpos no lado

interior.

Equipamento de pro-

tecção individual é todo o

equipamento, bem como

qualquer complemento

ou acessório, destinado

a ser utilizado pelo traba-

lhador para se proteger

dos riscos.

As fichas de dados de

segurança dos produtos

químicos perigosos são

informações fundamen-

tais sob o ponto de vista

da segurança.

V F

O trabalho sobre uma es-

cada como posto de tra-

balho é uma boa alterna-

tiva ao uso de andaimes

para alturas reduzidas.

Page 66: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Ficha nº 3 (correcção)

Antes de iniciar qualquer

escavação todas as in-

fra-estruturas devem es-

tar identificadas e clara-

mente marcadas.

V F

Não se deve permitir a

colocação de materiais

bem como sobrecargas

significativas a uma dis-

tância do coroamento

inferior a 1/3 da profundi-

dade da escavação.

As escavações devem

ser entivadas sempre

que a sua profundidade

seja superior a 1,50 m.

Podem ser realizados

trabalhos de forma in-

dividualizada ou isolada

dentro de um espaço

confinado, desde que o

encarregado tenha co-

nhecimento.

A descarga dos molhos

(atados) de varões deve

ser realizada, suspenden-

do-os por dois pontos.

Os vibradores de betão,

demais equipamentos

eléctricos e respectivos

cabos devem estar em

bom estado e protegidos

por disjuntores diferenci-

ais de 300 mA.

Durante uma demolição

o fornecimento de àgua

e electricidade para os

trabalhos pode ser efec-

tuado utilizando as infra-

-estruturas do edifício a

demolir.

V F

Page 67: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�7Manual do Formando

Avaliação global (correcção)

O perigo é a fonte ou

situação para o dano, em

termos de lesões ou feri-

mentos para o corpo hu-

mano ou de danos para a

saúde, para o património,

para o ambiente do lo-

cal de trabalho, ou uma

combinação destes.

O plano de segurança

deve ser elaborado para

a fase de execução da

obra.

São trabalhos com ris-

cos especiais, os traba-

lhos que exponham os

trabalhadores a risco de

soterramento, de afun-

damento ou queda em

altura.

O álcool altera o equilíbrio.

A distância à fonte de

ruído não aumenta ou

diminui o risco. O factor

determinante é o ruído

que essa fonte emite.

A manutenção e limpeza

das vias de circulação

são fundamentais para di-

minuir a probabilidade de

ocorrência de acidentes.

A sinalização deve ser

ocasional para proibições,

avisos, obrigações.

A cor verde tem como sig-

nificado ou finalidade a

situação de segurança ou

salvamento / socorro.

A comunicação verbal só

é aconselhada quando o

ruído ambiente é pouco

elevado.

Antes de instalar qualquer

equipamento de movi-

mentação de cargas

deve ser efectuado um

rigoroso exame a todas

as partes do mesmo.

V F V F

Se um acidente de trab-

alho tiver como causa, a

negligência grosseira do

sinistrado, este ainda as-

sim é considerado como

acidente de trabalho.

Page 68: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�� Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Em situações excepcio-

nais, o limitador de carga

máxima pode ser tempo-

rariamente desligado.

Antes de executar o le-

vantamento e tranporte

de uma carga deve ava-

liar o peso, dimensão e

forma da carga.

Deve efectuar verificação

periódica ao estado dos

cabos eléctricos, reves-

timentos, isolamentos,

etc, das ferramentas.

Quando trabalho com ar

comprimido deve, no fi-

nal do trabalho, desligar

o sistema e esvaziar o ar

das mangueiras.

Sinalização de Posição

deve ser utilizada sempre

que haja quaisquer obras

ou obstáculos ocasionais

na via pública.

V

As medidas de protecção

colectiva, devem ter prio-

ridades, face às medidas

de protecção individual.

F

Os programas de pro-

tecção individual (linha de

vida) contra queda de al-

tura devem identificar os

locais onde os métodos

tradicionais de protecção

contra queda de altura não

podem ser utilizados.

Quando não existam peças

suficientes podem misturar-

-se peças de vários fabri-

cantes, desde que as mais

resistentes fiquem coloca-

das na parte inferior.

Os EPI devem ser utiliza-

dos quando a colocação

de equipamentos de pro-

tecção colectiva são de-

masiado caros.

V F

Em trabalhos na proximi-

dade de linha de água,

devem disponibilizar-se

coletes e bóias de salva-

mento.

Antes de iniciar qualquer

escavação deve ser iden-

tificadas as infraestrutu-

ras eléctricas existentes.

As escadas utilizadas

como meio de acesso

devem ter o comprimento

necessário para ultrapas-

sar em, pelo menos, 0,85

m o nível de acesso.

Page 69: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

�9Manual do Formando

Materiais ou resíduos

devem ser depositados,

afastados, pelo menos

10 cm do coroamento da

escavação.

As escavações devem

ser entivadas sempre

que a sua profundidade

seja superior a 1,20 m.

Podem ser realizados

trabalhos de forma in-

dividualizada ou isolada

dentro de um espaço

confinado, desde que o

encarregado tenha co-

nhecimento.

A movimentação mecâni-

ca dos painéis de cofra-

gem deve ser suspensa

sempre que sopre vento

com velocidade supe-

rior a 60 km/h ou que o

manobrador não con-

siga acompanhar, visu-

almente, a carga durante

todo o seu percurso

(chuva ou nevoeiro).

Os vibradores de betão,

demais equipamentos

eléctricos e respectivos

cabos devem estar em

bom estado e protegidos

por disjuntores diferen-

ciados de 300 mA.

A descarga dos molhos

(atados) de varões deve

ser realizada, suspen-

dendo-os por dois pon-

tos.

A demolição deve ser

realizada de cima para

baixo.

V F V F

Page 70: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

70 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

NOTAS

Page 71: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

71Manual do Formando

Page 72: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

72 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Sector da Construção Civil

Page 73: Mala pedagógica de apoio à formação   manual do formando

73Manual do Formando

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