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MAMÃO Fitossanidade Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia Brasília - DF 2000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Mandioca e Fruticultura Ministério da Agricultura e do Abastecimento Cecília Helena Silvino Prata Ritzinger José da Silva Souza Organizadores

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MAMÃOFitossanidade

Embrapa Comunicação para Transferência de TecnologiaBrasília - DF

2000

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaEmbrapa Mandioca e FruticulturaMinistério da Agricultura e do Abastecimento

Cecília Helena Silvino Prata Ritzinger José da Silva Souza

Organizadores

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Série Frutas do Brasil, 11

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Responsável pela edição: José Márcio de Moura SilvaCoordenação editorial: Embrapa Comunicação para Transferência de TecnologiaRevisão, normalização bibliográfica e edição: Vitória RodriguesPlanejamento gráfico e editoração: Marcelo Mancuso da Cunha

1ª edição1ª impressão (2000): 3.000 exemplares

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CIP-Brasil. Catalogação-na-publicação.Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia.

Mamão. Fitossanidade / ????????????????????...[et al.]. ; Embrapa Mandioca eFruticultura (Cruz das Almas, BA). — Brasília: Embrapa Comunicação paraTransferência de Tecnologia, 2000.???p. ; (Frutas do Brasil ; 11).

Inclui bibliografia.ISBN ????????????

1. Mamão - Fitossanidade. 2. Mamão - Pragas e doenças. I. ????????????, II.Embrapa Mandioca Fruticultura (Cruz das Almas, BA). III. Série.

CDD ??????

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AAUTUTORESORES

Antonio Alberto Rocha OliveiraEngenheiro Agrônomo, PhD em Biologia Pura e Aplicada, Pesquisador da Embrapa Mandioca eFruticultura. Caixa Postal 007, Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail: [email protected]

Antonio Souza do NascimentoEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Entomologia, Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura.Caixa Postal 007 , Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail: [email protected]

Arlene Maria Gomes OliveiraEngenheira Agrônoma, M.Sc. em Solos, Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura.Caixa Postal 007, Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail: [email protected]

Cecília Helena Silvino Prata RitzingerEngenheira Agrônoma, PhD em Nematologia, Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura.Caixa Postal 007, Cruz das Almas , Bahia – CEP : 44380-000E-mail: [email protected]

Cristiane de Jesus BarbosaEngenheira Agrônoma, M.Sc. em Virologia, Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura.Caixa Postal 007, Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail: [email protected]

David dos Santos MartinsEngenheiro Agrônomo, M.Sc. em Entomologia, Pesquisador da Emcaper. Rua Afonso Sarlo, 160 – BentoFerreira, Vitória, Espírito Santo – CEP : 29052-010E-mail: [email protected]

Eugênio Ferreira CoelhoEngenheiro Agrícola, PhD em Irrigação, Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura.Caixa Postal 007, Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail: [email protected]

Hermes Peixoto Santos FilhoEngenheiro Agrônomo, M Sc. em Microbiologia Agrícola, Pesquisador da Embrapa Mandioca eFruticultura. Caixa Postal 007, Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail : [email protected]

João Roberto Pereira OliveiraEngenheiro Agrônomo, M.Sc. em Fitotecnia, Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura.Caixa Postal 007, Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail : [email protected]

Jorge Luiz Loyola DantasEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Genética e Melhoramento de Plantas, Pesquisador da EmbrapaMandioca e Fruticultura. Caixa Postal 007, Cruz das Almas. Bahia –CEP: 44380-000E-mail : [email protected]

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José da Silva SouzaEngenheiro Agrônomo, M.Sc. em Economia Rural, Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura.Caixa Postal 007, Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail: [email protected]

Joseli da Silva TatagibaEngenheiro Agrônomo, M.Sc. em Fitopatologia, Pesquisador da Emcaper. Rodovia BR-101 Norte, km 125,Linhares, Espirito Santo – CEP: 29900-970E-mail : [email protected]

Nilton Fritzons SanchesEngenheiro Agrônomo, M.Sc. em Entomologia, Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura,Caixa Postal 007, Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail: [email protected]

Paulo Ernesto Meissner FilhoEngenheiro Agrônomo, D.Sc. em Virologia, Pesquisador da Embrapa e Fruticultura. Caixa Postal 007,Cruz das Almas, Bahia – CEP: 44380-000E-mail: [email protected]

Sérgio Lúcio David MarinEngenheiro Agrônomo, M.Sc. em Produção Vegetal, Pesquisador da Universidade Estadual do NorteFluminense, Campo dos Goytacazes. Rio de Janeiro – CEP: 28000-000

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APRESENTAPRESENTAÇÃOAÇÃO

Uma das caraterísticas do Programa Avança Brasil é a de conduzir os empreendi-mentos do Estado, concretizando as metas que propiciem ganhos sociais e institucionaispara as comunidades às quais se destinam. O trabalho é feito para que, ao final daimplantação de uma infra-estrutura de produção, as comunidades envolvidas acrescen-tem, às obras de engenharia civil requeridas, o aprendizado em habilitação e organização,que lhes permita gerar emprego e renda, agregando valor aos bens e serviços produzidos.

O Ministério da Agricultura e do Abastecimento participa desse esforço, com oobjetivo de qualificar nossas frutas para vencer as barreiras que lhes são impostas nocomércio internacional. O zelo e a segurança alimentar que ajudam a compor umdiagnóstico de qualidade com sanidade são itens muito importantes na competição comoutros países produtores.

Essas preocupações orientaram a concepção e a implantação do Programa de Apoioà Produção e Exportação de Frutas, Hortaliças, Flores e Plantas Ornamentais – FRUPEX.O Programa Avança Brasil, com esses mesmos fins, promove o empreendimentoInovação Tecnológica para a Fruticultura Irrigada no Semi-árido Nordestino.

Este Manual reúne conhecimentos técnicos sobre a fitossanidade do mamão. Taisconhecimentos foram reunidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –Embrapa – em parceria com as demais instituições do Sistema Nacional de PesquisaAgropecuária, para dar melhores condições de trabalho ao setor produtivo, preocupadoem alcançar padrões adequados para a exportação.

As orientações que se encontram neste Manual são o resultado da parceria entre oEstado e o setor produtivo. As grandes beneficiadas serão as comunidades para as quaisas obras de engenharia também levarão ganhos sociais e institucionais incontestáveis.

Tirem todo o proveito possível desses conhecimentos.

Marcus Vinicius Pratini de Moraes

Ministro da Agricultura e do Abastecimento

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SUMÁRIOSUMÁRIO

CAPÍTULO 1FITOSSANIDADE NA EXPORTAÇÃO DE MAMÃO ....................................................................... 9

Importância ................................................................................................................................................... 9Termos e conceitos ...................................................................................................................................... 9

CAPÍTULO 2TRATAMENTO PÓS-COLHEITA ........................................................................................................ 12

Introdução................................................................................................................................................... 12

CAPÍTULO 3EXPORTAÇÃO DE MAMÃO “SOLO”PARA OS ESTADOS UNIDOS -PROCEDIMENTOS ................................................................................................................................... 15

Introdução................................................................................................................................................... 15Plano de Trabalho para o preograma de certificação do mamão “Solo”brasileiro ............................. 16

CAPÍTULO 4MANEJO INTEGRADO DAS PRAGAS E DOENÇAS DO MAMOEIRO ................................. 23

Introdução................................................................................................................................................... 23Desenvolvimento dos problemas fitossanitários .................................................................................... 23Aquisição ou preparo das mudas .............................................................................................................. 24Ambiente e localização do pomar ............................................................................................................ 24Desenvolvimento na pré-colheita e colheita ........................................................................................... 24

CAPÍTULO 5PRAGAS ........................................................................................................................................................... 27

Ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus banks), 1904 ............................................................................ 27Ácaros tetraniquídeos (Tetranychus urticae koch, 1836); t., 1900 (T. mexicanus mcgregor), 1950 .......... 28Cigarrinha-verde (Empoasca sp.) ................................................................................................................. 29Pulgões (Aphis sp)., (Toxoptera citricidus kirk., 1907) (Myzus persicae sulzer, 1776) ................................. 30Coleobroca ( Pseudopiazurus papayanus) marshall, 1922 .......................................................................... 30Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus wied, 1830) (A. obliqua macquart),1835,(Ceratitis capitata wied), 1824 ...................................................................................................................... 32Mandarová (Erinnyis ello L., 1758) .......................................................................................................... 35Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon hufnagel, 1776) ........................................................................................ 36Cochonilha (Morganella longispina morgan, 1889) ..................................................................................... 36Percevejo-verde (Nezara viridula l., 1758) ................................................................................................. 36

CAPÍTULO 6DOENÇAS ...................................................................................................................................................... 37

Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) .................................................................................................. 37Varíola (Asperisporium caricae) .................................................................................................................... 38Podridão preta (Phoma caricae-papayae) ...................................................................................................... 40Óídio (Oidium caricae) (Ovulariopsis papaye) ............................................................................................... 41Podridão de phytophthora (Phytophthora sp.) ........................................................................................... 42

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Estiolamento ou tombamento de mudas -(Phytophthora sp., Pythium sp., Rhizoctonia solani efusarium sp.) ................................................................................................................................................. 44Doenças causadas por vírus ...................................................................................................................... 46Vírus da mancha anelar ............................................................................................................................. 46Meleira ......................................................................................................................................................... 48Amarelo letal do mamoeiro solo .............................................................................................................. 49

CAPÍTULO 7NEMATÓIDES ............................................................................................................................................. 51

Nematóides-das-galhas (Meloidogyne sp.) .................................................................................................. 52Nematóide reniforme (Rotylenchulus reniformis) ......................................................................................... 53

CAPÍTULO 8PROBLEMAS DE CAUSA ABIÓTICA

Mancha fisiológica do mamoeiro ............................................................................................................. 59Deficiências nutricionais ............................................................................................................................ 60Macronutrientes .......................................................................................................................................... 60Micronutrientes .......................................................................................................................................... 61Análise foliar ............................................................................................................................................... 62Amostragem de folhas ............................................................................................................................... 62Teores de macro e micronutrientes foliares ............................................................................................ 62

CAPÍTULO 9USO DE AGROTÓXICOS EM MAMOEIRO ..................................................................................... 64

A fruticultura e os agrotóxicos ................................................................................................................. 64Os agrotóxicos ............................................................................................................................................ 65Receituário agronômico ............................................................................................................................. 66Elaboração da receita ................................................................................................................................. 67A tecnologia e os cuidados na aplicação de agrotóxicos ........................................................................ 68Identificação do problema ........................................................................................................................ 69Época de aplicação ..................................................................................................................................... 70Escolha do produto ................................................................................................................................... 70Aplicação do agrotóxico ............................................................................................................................ 71Cuidados antes da aplicação ...................................................................................................................... 74Cuidados durante a aplicação .................................................................................................................... 75Cuidados depois da aplicação ................................................................................................................... 75Manutenção dos equipamentos de pulverização .................................................................................... 76

CAPÍTULO 10ENDEREÇOS ÚTEIS ................................................................................................................................. 77

CAPÍTULO 11REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................... 80

CAPÍTULO 12GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................... 87

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99Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

1 FITOSSANIDADE NAEXPORTAÇÃO DEMAMÃO

Cecília Helena Silvino Prata Ritzinger

José da Silva Souza

IMPORTÂNCIAIMPORTÂNCIA

Originária da América tropical, a cul-tura do mamão se disseminou para váriasregiões do mundo, tendo em 1998 uma áreacolhida de 299.005 hectares para uma pro-dução mundial de 5.082.653 toneladas.

O Brasil é o primeiro produtor mundi-al e, em 1998, apresentou uma produção de1.700.000 toneladas, participando com33,45%. Em seguida, os países mais impor-tantes são Nigéria, México, Índia e Indonésiacom participações de 14,78%, 9,80%, 8,85%e 6,61%, respectivamente. Com apenas 35.000hectares, o Brasil apresenta a maior produtivi-dade do mundo, 48,57 t/ha, que é 185,71%superior à média mundial, de 17,00 t/ha.

No Brasil, o mamoeiro é cultivado naquase totalidade do seu território, apresen-tando em 1996 uma produção de 1.097.597mil frutos, merecendo destaque os estadosda Bahia, Espírito Santo e Pará que sãoresponsáveis por cerca de 89,58% da pro-dução nacional. Dentre os estados produ-tores, vale ressaltar a participação do estadoda Bahia, com 60,66% da produção nacio-nal, seguido do Espírito Santo com 22,66%.Com relação às regiões brasileiras, mere-cem destaques as regiões Nordeste e Sudes-te, que participaram em 1996 com cerca de65,41% e 24,79%, respectivamente.

Por ser uma cultura que necessita derenovação dos pomares de 3 em 3 anos, nomáximo, e que produz o ano inteiro, é degrande relevância a sua importância social,pois gera empregos e absorve mão-de-obradurante todo o ano. Para exportação é de

extrema importância que os agricultorestenham conhecimento das exigênciasfitossanitárias por parte dos países ex-portadores.

TERMOS E CONCEITTERMOS E CONCEITOSOS

FitossanidadeFitossanidade

Este termo é utilizado para designar acondição da planta com relação à ocorrên-cias de pragas, e doenças bem como deervas daninhas. O conjunto de práticas,medidas ou métodos para impedir a intro-dução e controlar essas pragas e doençasconstitui o que se denomina defesa sanitá-ria vegetal, quarentena vegetal oufitossanidade. Para o agricultor, o controlefitossanitário representa a utilização eficazde diversas medidas que possam impedir aintrodução dessas pragas e doenças.

As pragas e doenças podem dissemi-nar-se de uma região para outra por meiosnaturais ou por materiais contaminados,principalmente pela interferência do ho-mem. O controle fitossanitário visa evitara disseminação de pragas e doenças, o quevem favorecer a intensificação do comérciointernacional.

A quarentena vegetal, que o governoou as autoridades públicas de um país im -põem , restringe a entrada de plantas, pro-dutos vegetais (frutas, sem entes, folhas) eculturas de organism os vivos, assim com om aterial de em balagem e até m esm ocontêineres nos quais os produtos são trans-portados. Com isso, protegem sua agricul-tura das pragas e doenças inexistentes noseu território. As m edidas quarentenárias,

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade1010

entretanto, são estabelecidas com base emevidência biológica e jamais por razõespolíticas ou econômicas.

Pragas quarentenáriasPragas quarentenáriasSegundo o texto da convenção inter-

nacional para a proteção das plantas apro-vado em Roma em 1979 - referendado peloDecreto Legislativo n.º 12 de 1985 -, defi-ne-se como praga de quarentena todoorganismo de natureza animal e ou vegetalque estando presente em outros países ouregiões, mesmo sob controle permanente,constitua ameaça à economia agrícola dopaís exposto. Tais organismos são geral-mente exóticos para esse país ou região epodem ser disseminados, entre outros mei-os, pelo trânsito de plantas.

Pragas Quarentenárias A1Pragas Quarentenárias A1(não presentes no país):(não presentes no país):

Acarina

1. Brevipalpus chilensis, Tenuipalpidae, fru-teiras diversas;

2. Eotetranychus carpini,. Tenuipalpidae, fru-teiras diversas;

3. Tetranychus modanieli, Tenuipalpidae, fru-teiras diversas;

4. Tetranychus pacificus, Tenuipalpidae, fru-teiras diversas;

5. Tetranychus turkestani, Tenuipalpidae,fruteiras diversas.

Diptera

1. Anastrepha lutens, Tephritidae, frutasdiversas;

2. Anastrepha suspensa, Tephritidae, frutasdiversas;

3. Bactrocera spp., Tephritidae, (exceto B.carambolae), frutas diversas;

4. Ceratitis rosa, Tephritidae, frutas diversas;

5. Dacus spp., Tephritidae, frutas diversas;6. Rhagoletis pomonella, Tephritidae, frutas

diversas.

Hemiptera

1. Bemisia spp., Aleyrodidae – outrosbiótipos, exceto os biótipos “a” (B.tabaci) e “b” (B. argentifolii), praga polífaga;

Lepidoptera

1. Cydia spp. (exceto C. molesta e C.pomonella), Tortricidae, frutas diversas

Ervas daninhas

1. Striga spp., Scropulariaceales,gramíneas em geral.

Pragas Quarentenárias A2Pragas Quarentenárias A2(presentes no país, em áreas(presentes no país, em áreasdeterminadas e sob controledeterminadas e sob controleoficial):oficial):

1. Bactrocera carambolae, Diptera, Tephri-tidae – frutos carnosos – presente emáreas do estado do Amapá;

2. Thrips palmi, Thysanoptera, Thripidae,polífaga, presente nos estados de SãoPaulo, Rio de Janeiro e Goiás;

3. Ceratitis capitata, Diptera, Tephritidae,frutas em geral, presente em váriasunidades da Federação, levantamentode caracterização de áreas livres;

4. Bemisia tabaci raça B, Hemiptera,Aleyrodidae, polífaga, presente emvárias Unidades da Federação, fasefinal de levantamento;

5. Papaya ringspot vírus, vírus, mamoei-ro, presente em várias unidades dafederação, em fase final de levanta-mento;

6. Meleira do mamoeiro, vírus, agenteainda não determinado, presente noEspírito Santo e na Bahia.

ErradicaçãoErradicação

Consiste na eliminação total de umapraga ou doença. É uma medida de exclu-são visando à destruição do patógeno emcerta área, seja por métodos químicos,com o uso de grande quantidade de inse-ticidas, fungicidas, nematicidas oubactericidas, ou por meio de outras técni-cas, como também a proibição da entradade materiais suspeitos, promovendo bar-reiras fitossanitárias em portos, aeropor-tos e postos de fronteiras.

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1111Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

InspeçãoInspeção

A inspeção corresponde ao exame vi-sual e minucioso, com o auxílio de instru-mentos próprios para a detecção de sinais esintomas de organismos exóticos. Suastécnicas podem incluir uma série de examesdestinados a constatar a presença tanto deovos de ácaros e insetos como da estruturade reprodução de fungos e outrospatógenos, quer em plantas ou em produ-tos de origem vegetal, quer no material deembalagem. Este procedimento deve serrealizado no âmbito interestadual e interna-cional, geralmente em portos, aeroportos epostos de fronteira.

Somente os profissionais desta área,executando tarefas rotineiras de inspeçãode vegetais, podem emitir certificadofitossanitário, fornecer atestadosliberatórios, apreender, interditar e destruirmaterial suspeito.

Quarentena pós-entradaQuarentena pós-entradaQuando os exames não acusam a pre-

sença de pragas, o inspetor quarentenáriofornece um atestado liberatório dos produ-tos, garantindo a fitossanidade do material.Em contraposição, se o material forconsiderado de alto risco, passará pela

quarentena pós-entrada. Esta consistena apreensão do produto, que é mantidoem estações quarentenárias onde será exa-minado, sob condições de isolamento ecom o emprego de técnicas que poderãodesde eliminar as partes indesejáveis até des-truir todo o material, geralmente por meio deincineração.

MonitoramentoMonitoramentoConsiste no acompanhamento da

flutuação populacional de um organismo.Por meio do monitoramento é possívelconstatar a presença de determinadas pra-gas ou doenças. O monitoramento podeser feito através de armadilhas com atrati-vos que podem ser específicos para cadaespécie. É indispensável o monitoramento,principalmente, em áreas destinadas a culti-vos para exportação para detectar eventuaispragas e doenças cujo ataque às plantaspodem representar riscos a suacomercialização.

Área livreÁrea livreQuando em uma determinada área ou

região examinada não é constatada a pre-sença de pragas quarentenárias, ela é deno-minada área livre. Contudo, é necessáriohaver um monitoramento constante.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade1212

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

O manuseio de frutos do mamão apósa colheita requer muito cuidado e extremaatenção aos detalhes, visto que esses frutossão suscetíveis a uma série de fatores quepodem depreciá-los comercialmente. Den-tre esses, destacam-se extremas flutuaçõesde temperatura e umidade, pragas e doen-ças, e danos mecânicos. O controle dasdoenças de pós-colheita deve ser iniciadoainda no campo, na fase de desenvolvimen-to dos frutos, para evitar a sua contamina-ção e posterior aparecimento de podridões.

Na exportação do mamão brasileiropara fins quarentenários, o tratamentofitossanitário pós-colheita visa à limpezados frutos e ao controle da antracnose e deoutras doenças que ocorrem nesta fase e,principalmente, à eliminação de ovos damosca-das-frutas. Esse procedimento irádepender das exigências fitossanitárias im-postas pelos países importadores dessasfrutas (Tabela 1).

A maior exigência para a exportaçãode frutas é a do EUA, em função das

moscas-das-frutas, que são amplamentedistribuídas nas áreas produtoras do Brasile fazem parte do grupo de pragasquarentenárias desse país. No caso daArgentina, é exigido apenas o CertificadoFitossanitário, com a Declaração Adicionalde que as frutas são provenientes de árealivre de Toxotrypana curvicauda e Bactroceracarambolae; e, no embarque, se encontremlivres de Brevipalpus californicus. Para os paí-ses da Europa, é realizada apenas a inspeçãonos postos de fronteira do Ministério daAgricultura e do Abastecimento não exigin-do a realização de tratamento pós-colheita.

De acordo com os Regulamentos ePolíticas Fitossanitárias do USDA (Depar-tamento Norte-Americano de Agricultu-ra), que constam no Plano de Trabalho parao Programa de Exportação do Mamão Bra-sileiro, devem ser considerados os seguin-tes pontos/fases:

A importação de frutas de mamãoA importação de frutas de mamão

Para os EUA é regulamentada pelaQuarentena de Frutas e Vegetais do USDA, 7CFR 319.56-2w.

Tabela 1.Tabela 1. Exigências Impostas pelos Principais Importadores de Mamão do GrupoSolo (adaptado de Silva, 1994).

2 TRATAMENTOSPÓS-COLHEITA

Joseli da Silva TatagibaAntonio Alberto Rocha Oliveira

Exigência Principais problemas

Frutos até 400 g. Antracnose.

Dependendo do mercado, coloração de¼ amarela.

Podridão peduncular.

Frutos limpos. Consistência mole da polpa.

Nos EUA: atendimento de tratamentofitossanitário pós-colheita exigido pela

legislação

Ausência de tratamento pós-colheita, paraentrada nos EUA.

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1313Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

Caracterização de cor das frutasCaracterização de cor das frutasTendo em vista a importância da cor

da casca (percentual de superfície da cascacom cor amarela definida) na colheita, éutilizada a descrição de cada estágio dematuração a seguir:

- Estágio 0: verde - fruta desenvolvidacom casca 100% verde

- Estágio 1: amadurecendo - a coramarela não cobre mais de 15% dasuperfície da casca, rodeada de verde-claro.

- Estágio 2: ¼ madura - fruta com até25% da superfície da casca amarela,rodeada de verde claro.

- Estágio 3: ½ madura - fruta com até50% da superfície da casca amarela,com áreas próximas em verde-claro.

- Estágio 4: ¾ madura - fruta com 50%a 75% da superfície amarela com áreaspróximas em verde-claro.

- Estágio 5: madura - fruta com 76% a100% da superfície da casca amarela.Somente a extremidade do pedúnculoé verde, a partir da área de constrição.

Frutas para exportação são aquelascom índices de amadurecimento variandoentre os estágios 0, 1 e 2, já caracterizados.Um cartaz com essa caracterização visual(fotografia) das cores exteriores da cascamencionadas acima, ampliada ao tamanhonatural, será exibido em local visível na áreade embalagem.

Existem outras escalas de desenvolvi-mento e maturação de frutos, mas devem seradaptadas para ficarem de acordo com asexigências da legislação dos importadores.

Inspeção e certificação das frutasInspeção e certificação das frutas

As frutas colhidas devem ser proces-sadas e embaladas no prazo máximo de48h. O processo começa com a seleção dasfrutas: eliminação de frutas que apresentamtamanho pequeno, má formação, manchas,marcas e/ou danos provocados por inse-

tos, defeitos mecânicos ou desordens ge-néticas. Deve-se dar atenção especial à corda casca, sendo somente permitida a emba-lagem de frutas com estágio de amadureci-mento de nível 2 ou inferior. Não serãotoleradas frutas com índices de amadureci-mento 3 ou acima destes.

Limpeza das frutas em águaLimpeza das frutas em água

As frutas aprovadas pela inspeção des-crita anteriormente, devem ser lavadas emágua, para que sejam removidos o solo ouos resíduos aderidos nelas. A operação deretirada dos restos pedunculares deve serbem cuidadosa, pois leva as frutas aexsudarem látex pelo local da inserção, etendo-se em conta que ela é feita durante alimpeza, quando as frutas estão úmidas,esta associação propicia o aparecimento dedoenças. Essa situação pode ser minimizadapela embalagem das frutas quando secas,com a parte do pedúnculo para baixo eembrulhadas em jornal. Dos tanques deágua, as frutas devem ser cuidadosamentesubmersas em tanques de água quente.

Tratamento hidrotérmicoTratamento hidrotérmico

O tratamento hidrotérmico consistena imersão das frutas em água quente a48oC (± 1oC) por 20 minutos, seguida deoutra imersão em água fria a 8oC (± 1oC)por igual período.

O tratamento com água quente vemsendo estudado desde 1949, quando o De-partamento de Fisiologia de Plantas daUniversidade do Havaí, em cooperaçãocom o USDA, deu início a um projeto paradesenvolver um método de desinfestaçãode insetos nas frutas destinadas à exporta-ção. Em 1952, foi divulgada a eficiência daágua quente no controle das doençasfúngicas pós-colheita (antracnose, podri-dão peduncular e outras podridões).

Outros binômios de temperatura-tem-po de imersão vêm sendo testados comefetividade no controle das podridões pós-colheita de mamão, como por exemplo osbinômios 54oC por 3 minutos e 66oC por 20

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade1414

segundos. Porém, o tratamento com águaquente prescrito anteriormente é o regula-mentado pela quarentena do USDA,comprovadamente capaz de matar ovos damosca das frutas.

A principal desvantagem desse trata-mento é que ele requer o uso de aquecedo-res funcionando com precisão para mantera temperatura da água constante durante osvinte minutos prescritos, pois, temperatu-ras menores que 47oC não exercem o con-trole desejado e maiores que 49oC podemcausar escaldadura nas frutas.

Apesar de existir a associação dessemétodo com a radiação gama para controlede doenças pós-colheita, apenas o trata-mento térmico tem sido utilizado em escalacomercial.

Tratamento químicoTratamento químico

Após o tratamento hidrotérmico, érecomendado outro com fungicida, paraaumentar a eficiência no controle dospatógenos pós-colheita. O uso combinadodos dois tratamentos (térmico e químico) éa alternativa mais vantajosa no controle dasdoenças que ocorrem nessa fase.

Os fungicidas mais eficientes utiliza-dos atualmente são o prochloraz (50mlp.c./100 l de água) e o tiabendazole (200gp.c./100 l de água). Apenas esse últimoapresenta registro do MA para o mamoeiro.Não devem ser utilizadas doses superioresà recomendada para evitar a ocorrência defitotoxidez na superfície das frutas e obede-cer os limites de tolerância de resíduosestabelecidos pelos países importadores.

O fungicida benomyl já foi muito uti-lizado no controle pós-colheita do mamão,mas alguns trabalhos comprovaram a suabaixa eficiência devido à aquisição de re-

sistência de populações de Colletotrichumgloeosporioides a esse tratamento.

Normalmente, após o tratamento quí-mico, as frutas são imersas em solução deágua com cera na proporção de 1/1 poraproximadamente 4 segundos. A reduçãode populações microbianas e a prevençãode doenças pós-colheita também são obti-das com a adição de 0,01% de hipocloritode sódio aos tanques de tratamento.

Procedimentos de embalagem eProcedimentos de embalagem esegurançasegurança

A fruta deve ser embalada, inspecio-nada e pesada para garantir o peso apropria-do. Cada fruta é embalada em papel de sedae colocada na caixa na posição mais indicadapara minimizar os danos durante o trans-porte. As caixas são, então, acomodadasem pallets e individualmente teladas, seladaspela SDA e transferidas para a câmara fria.Uma vez que as frutas tenham atingido osníveis de resfriamento requeridos, as caixassão imediatamente transferidas para umasala livre de insetos resfriada a 8-11oC outransportadas para um contêiner refrigerado.

Contêineres refrigerados devem serpré-resfriados e mantidos a uma tempera-tura adequada ao transporte, para garantir ofrescor e a qualidade. Uma vez carregados,eles deverão ser fechados e selados pelaSDA – Secretaria de Defesa Agropecuária.Extremo cuidado deve ser dado a esteponto, para garantir que as pragas oportu-nistas não penetrem no contêiner. As por-tas deverão ser fechadas e seladas o maisrapidamente possível. Isso deve ser feito daforma que reduza ao mínimo a possibilida-de de atração de pragas oportunistas (i.e. àluz do dia, se possível; sem iluminaçãodireta; sem ervas daninhas na área maispróxima etc.).

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1515Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

O mamão ‘solo’ produzido nas condi-ções do estado do Espírito Santo, não ésusceptível a moscas-das-frutas das espéci-es Ceratitis capitata e Anastrepha fraterculus, noestágio de maturação em que é colhido.Essa conclusão baseia-se, principalmente,quanto ao aspecto tecnológico em que acultura é conduzida; a maior concentraçãode substância química benzil-isotiocianato-BITC, que possui ação ovicida e repelentea insetos, existente nos frutos nos estágiosque são colhidos comercialmente; a baixadensidade populacional das espécies C.capitata e A. fraterculus na região; e, ao fato deo mamão ‘solo’ não ser um hospedeiropreferencial de moscas-das-frutas, só sen-do infestado quando os frutos encontram-se com maturação bem acima do ponto emque é colhido comercialmente.

Essas condições, aliadas a práticas depré e pós-colheita, empregadas na produ-ção, colheita, empacotamento e transporte,system approach, dão a segurança de risco“zero” de infestação exigido pelos paísesimportadores, a estas pragas quarentenárias.

Assim, pode-se afirmar que os frutosde mamão solo apresentam-se livres deinfestação natural por moscas-das-frutas eos dados obtidos dão sustentação efetivapara aplicação do system approach para omamão do Espírito Santo.

System approach é um conceito que inte-gra as práticas de pré e pós-colheita empre-gadas na produção, colheita, embalamentoe transporte dos frutos que promove, emcada etapa, a garantia de que o produto estálivre da praga em questão, de modo que

atenda à segurança quarentenária exigidapelos países importadores.

Este sistema reduz a zero o índice derisco da presença de mosca-das-frutas dasespécies C. capitata e A. fraterculus, sem anecessidade de qualquer tratamentofitossanitário pós-colheita para o seu con-trole. A aplicação do system approach na áreade produção de mamão no Norte do Espí-rito Santo consiste, principalmente, em:

• monitorar e controlar a praga todavez que a densidade populacional atingir 7indivíduos de C. capitata ou A. fraterculus/armadilha/semana e suspender a colheitaquando a densidade exceder a 14 moscas,só a restabelecendo quando esta baixar de 7indivíduos/armadilha. As armadilhas de-vem ser instaladas na razão de 1 armadilha/ha, sendo 50% do tipo McPhail com prote-ína hidrolizada a 5% e 50% do tipo Jacksoncom isca de trimedlure;

• colher os frutos antes que 1/4 dasuperfície da casca esteja amarelecida;

• manter as plantas do campo de pro-dução livres de frutos com maturação aci-ma deste estágio;

• manter o campo de produção emboas condições de sanidade e livre de plan-tas com viroses, que deverão ser imediata-mente erradicadas no início do apareci-mento do seu sintoma;

• retirar da lavoura e destruir frutosrefugados e caídos no solo;

• levar imediatamente os frutos colhi-dos para uma casa de embalagem packinghouse, totalmente protegida contra a entradadas moscas-das-frutas e outros insetos;

3EXPORTAÇÃO DEMAMÃO ‘SOLO’ PARAOS ESTADOS UNIDOS -PROCEDIMENTOS

David dos Santos Martins

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade1616

• transportar os frutos em pallets teladose lacrados ou contêineres lacrados, que sóserão abertos nos Estados Unidos.

Em setembro de 1998, este sistemaviabilizou a exportação de mamão ‘solo’para os Estados Unidos.

A importação do mamão solo para osEstados Unidos é regulamentada pela Qua-rentena de Frutos e Vegetais do USDA, 7CFR319.56-2w, cuja autorização definitivapara importação do mamão brasileiro foipublicada no Federal Register, USA, March13, 1998 (p.12396).

Os procedimentos abaixo constam deum Plano de Trabalho, que deve ser segui-do rigorosamente, por aqueles produtoresque fazem parte do Programa de Exporta-ção para os EUA.

PLANO DE TRABALHO PPLANO DE TRABALHO PARA OARA OPROGRAMA DE CERTIFICAÇÃOPROGRAMA DE CERTIFICAÇÃODO MAMÃO ‘SOLDO MAMÃO ‘SOLOO’’BRASILEIROBRASILEIRO

Este plano de trabalho foi desenvolvi-do em conjunto pelo Departamento Nor-te-Americano de Agricultura, Serviço deInspeção de Saúde Animal e Vegetal, Servi-ços Internacionais (USDA, APHIS, IS) e aSecretaria de Defesa Agropecuária (SDA)do Ministério da Agricultura e do Abasteci-mento, no contexto do Acordo de Coope-ração de Serviços, que regula o desenvolvi-mento da atividades de cooperação,doravante chamado de Programa. O pre-sente plano de trabalho será utilizado comoguia para a certificação e exportação demamão solo para os Estados Unidos daAmérica durante a atual temporada de ex-portação. Não está autorizada a alteraçãono cumprimento dessas diretrizes excetono caso de aprovação prévia concedida pelaAPHIS. Todas as alterações serão docu-mentadas por escrito.

Produtos incluídos no programaProdutos incluídos no programaAs frutas atualmente incluídas nesse

programa são remessas comerciais das se-guintes variedades de mamão ‘solo’ do gru-po Solo: Sunrise, Kapoho Sunset e

Waimanalo, cultivadas e embaladas no es-tado do Espírito Santo, Brasil.

Inspeção e certificaçãoInspeção e certificaçãofitossanitáriafitossanitária

A certificação fitossanitária do ma-mão ‘solo’ é emitida com base no seu está-gio de maturação. Será utilizada a determi-nação visual para selecionar frutas paraexportação que tenham atingido estágio deamadurecimento de até um quarto (1/4 dasuperfície da casca amarelecida).

Organização dos participantesOrganização dos participantes

A Secretaria de Defesa Agropecuária -SDA do Ministério da Agricultura e doAbastecimento do Brasil, doravante deno-minada SDA.

O Departamento Norte-Americanode Agricultura, Serviço de Inspeção de Saú-de Animal e Vegetal, Serviços Internacio-nais (USDA-APHIS-IS), doravante deno-minado APHIS.

Produtores de mamão ‘solo’, embala-dores de frutas e exportadores doravantechamados Exportadores. Os exportadoresserão aprovados individualmente para in-clusão no Programa, desde que atendamaos requerimentos do Plano de Trabalho.Os Exportadores deverão arcar com todasas despesas relacionadas com a gestão esupervisão do Programa.

Acordo de cooperação de serviçosAcordo de cooperação de serviçosentre o USDA e a Associação deentre o USDA e a Associação deExportadores de mamão “Solo”Exportadores de mamão “Solo”

O acordo de Cooperação do Serviçosentre o USDA e a Associação de Expor-tadores de Mamão ‘solo’ regula as responsa-bilidades financeiras e a operação do progra-ma de exportação de mamão ‘solo’ no Brasil.

Responssabilidades dosResponssabilidades dosparticipantesparticipantes

É responsabilidade do APHIS-IS:

• Fornecer apoio gerencial e técnico aoprograma do mamão ‘solo’.

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1717Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

• Servir de contato oficial com o APHISpor meio do Departamento Fitossanitáriode Exportação para todas as atividades doPrograma.

• Reportar imediatamente ao APHISquaisquer irregularidades na execução dasexigências do programa e executar em tem-po hábil quaisquer ações corretivas neces-sárias.

É responsabilidade dosexportadores:

• Submeter-se a todas as exigências doPlano de Trabalho e regulamentações apli-cáveis, conforme descrito no Termo deAceitação SDA - Exportador.

• Fornecer os recursos necessários, doAcordo de Cooperação de Serviços para ostrabalhos do APHIS-IS e infra-estrutura deapoio de pessoal de supervisão, incluindo,mas não limitado a: suprimentos, equipa-mento, transporte, espaço necessário emescritório para a supervisão do programa,encargos administrativos de ICASS.

• Reportar imediatamente à SDA quais-quer irregularidades na execução das exi-gências do programa e executar em tempohábil quaisquer ações corretivas necessárias.

• realizar medidas de controle dequalidade em todo mamão ‘solo’ destinadopara embalagem, incluindo o descarte defrutas infestadas, muito maduras ou indese-jáveis para exportação, antes do tratamentocom água quente.

Regulações e políticas do USDARegulações e políticas do USDA

A importação de mamão ‘solo’para os EUA

É regulamentada pela Quarentenade Frutas e Vegetais do USDA, 7 CFR319.56-2w.

Caracterização de cor do mamão‘solo’

Tendo em vista a importância da corda casca (percentual de superfície da cascacom cor amarela definida) na colheita, segue

• Fornecer e manter um plano de tra-balho atualizado para o Programa em coo-peração com a SDA.

• Fornecer, no contexto do Acordo deCooperação de Serviços, pessoal qualifica-do do APHIS para supervisionar as açõesnecessárias ao Plano de Trabalho do ma-mão ‘solo’ e quaisquer outras regulaçõesaplicáveis, dependendo da disponibilidadede fundos e/ou pessoal.

• Ações de supervisão incluirão, masnão serão limitadas por, um mínimo de 60dias do treinamento para novas instalações,verificação de seleção de frutas, segurançae medidas de garantia das áreas deprocessamento e certificação.

• Reportar imediatamente à SDA quais-quer irregularidades encontradas na execu-ção das exigências do Programa e indicar asconseqüências.

É responsabilidade da SDA:

• Garantir que as responsabilidades detodos os exportadores e da SDA sejampropriamente cumpridas, de acordo comeste Plano de Trabalho, e tomar as açõesapropriadas, conforme necessário.

• Garantir a disponibilidade de fundospara cobrir todas as despesas, conforme oAcordo de Cooperação de Serviços.

• Registrar pomares e empacotadorasnas quais as frutas sejam produzidas, pro-cessadas e exportadas aos Estados Unidos.

• Fornecer supervisão geral e direçãoao programa, que incluirão: verificação deque a fruta tenha sido plantada e embaladapara exportação aos EUA no estado doEspírito Santo. Condições fitossanitáriasde campo, seleção de frutas, embalagem,medidas de garantia etc. serão observadasde acordo com o plano de trabalho.

• Fornecer os recursos humanos ne-cessários para realizar o monitoramento demosca-das-frutas no pomar e verificar me-didas fitossanitárias de campo e controle demosca-das-frutas.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade1818

uma descrição detalhada de cada estágio dematuração:

Estágio 0 - (Verde) Fruto crescido edesenvolvido, com casca 100% verde, po-dendo, ocasionalmente, apresentar em suasuperfície descolorações que não indiquemo amadurecimento.

Estágio 1 - (Amadurecendo) Mudan-do de cor (mostrando os primeiros sinaisamarelos, sempre em direção ao final dobotão). A cor realmente amarela não cobremais de 15% da superfície da casca, rodeadade verde-claro.

Estágio 2 - (1/4 madura) Fruta comaté 25% da superfície da casca amarela,rodeada de verde- claro.

Estágio 3 - (1/2 madura) Fruta comaté 50% da superfície da casca amarela, comáreas próximas em verde-claro.

Estágio 4 - (3/4 madura) Fruta com50% a 75% da superfície amarela com áreaspróximas em verde claro.

Estágio 5 - (madura) Fruta com 76-100% da superfície da casca amarela. So-mente a extremidade do pedúnculo é verde,a partir da área de constrição.

As frutas para exportação são aquelascom índices de amadurecimento que vari-am entre os estágios 0, 1 e 2, caracterizadosanteriormente.

Um cartaz com essa caracterizaçãovisual (fotografia) das cores exteriores dacasca mencionadas acima, ampliada ao ta-manho natural deverá ser exibido em localvisível na área de embalagem.

Inspeção e certificação domamão ‘solo’

As frutas colhidas devem ser proces-sadas e embaladas em prazo razoável. Oprocesso começa com a seleção das frutas:eliminação daquelas que apresentam tama-nho pequeno, má formação, manchas, mar-cas e/ou danos provocados por insetos,defeitos mecânicos ou desordens genéticas(no final do botão). Atenção especial serádada à cor da casca, sendo somente permi-

tida a embalagem de frutas com estágio deamadurecimento de igual ou inferior a 2.Não serão toleradas frutas com índices deamadurecimento igual ou superior a 3.

Frutas aprovadas por essa inspeção

Serão lavadas em água, para que sejamremovidos o solo ou resíduos aderidos a elas.Em seguida, as frutas serão cuidadosamentesubmersas em tanques de água quente.

Tratamento com água quente

Devem receber tratamento com águaquente por 20 minutos, em água a 49 ±-10C. O tratamento com água quente, logoapós a embalagem, é hoje utilizado paracontrolar antracnose e outras doenças depós-colheita. Além disso, esse tratamentocomprovou ser capaz de matar ovos demosca-das-frutas. Visto que o tratamentocom água quente reforça o conceito deabordagem sistêmica para a eliminação damosca-das-frutas, baseada na colheita peloíndice de cor, o tratamento é obrigatório.

Após o tratamento com águaquente

Um tratamento fungicida é recomen-dado.

Procedimentos de embalagem esegurança

A fruta deve ser classificada, embala-da, inspecionada. Cada fruta é embaladaem papel de seda e colocada na caixa naposição mais indicada para minimizar osdanos durante o transporte.

Após completadas, as caixas são fe-chadas, numeradas e codificadas, indican-do-se a data da embalagem, produtor e/ounúmero da propriedade. Adicionalmente,todo o papelão no qual o mamão ‘solo’ éembalado deve ter estampado “Not forimportation into or distribution in Hl”. As caixassão, então, acomodadas em pallets que de-verão ser telados, selados pela SDA etransferidas para a câmara fria.

Uma vez atingidos os níveis de res-friamento requeridos, as caixas são imedia-

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1919Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

tamente transferidas para uma sala livre deinsetos, resfriada entre 8% a 110C outransportadas para um contêiner refrigera-do ou LD3 para exportação. Tão prontoesteja carregado, o contêiner ou LD3 éfechado e selado por um inspetor da SDA.

As frutas classificadas e inspecionadas,conforme as especificações para certificação,devem ser mantidas totalmente separadasde outras frutas, incluindo aquelas semcertificação.

No entanto, o mamão ‘solo’ com cer-tificado para exportação para os EstadosUnidos poderá estar em contato com ou-tros, caso todas as frutas atendam àsespecificações e sejam objeto de inspeção,tratamento e medidas de garantia, como omamão ‘solo’ que será enviado aos EstadosUnidos.

Contêineres refrigerados devem serpré-resfriados e mantidos a uma tempera-tura adequada ao transporte, para garantirfrescor e qualidade. Uma vez carregados,eles deverão ser fechados e selados pelaSDA. Extremo cuidado deve ser dado aesse ponto, para garantir que as pragasoportunistas não penetrem no contêiner.As portas serão fechadas e seladas o maisrapidamente possível, seguindo orientaçãodo inspetor da SDA e do representante daInstituição Cooperante. Isso deve ser feitoda forma que evite ao máximo a atração depragas oportunistas (à luz do dia, se possí-vel; sem iluminação direta, sem ervas naárea mais próxima etc.). Tudo isso, além dapré-inspeção dos contêineres na chegada edo carregamento, verificando a ausência deterra, resíduos, pragas e quaisquer outrosfatores mitigantes.

Rejeição de frutos

Toda fruta rejeitada nas instalações deembalagem deverá ser adequadamente eli-minada a cada dia de empacotamento. Se afruta rejeitada for vendida a comercianteslocais, eles devem retirá-las diariamente.Caso a fruta não seja vendida totalmente,ela deve ser disposta segundo procedimen-

tos fitossanitários como será visto no itemSaneamento no Campo.

Operações de campo

Todos os exportadores deverão cum-prir os seguintes procedimentos os quaispoderão ser verificados por inspetores daSDA e APHIS.

Devem ser mantidos registros detodos os procedimentos

Saneamento no Campo

Começando no mínimo 30 dias antesdo início da colheita e prosseguindo até oseu encerramento, todas as plantas do cam-po onde o mamão ‘solo’ é cultivado serãomantidas todo o tempo sem frutas comamadurecimento equivalente ou superior(meio madura ou mais) ao índice 3. Osaneamento do campo será estritamentemantido, de modo que frutos caídos, rejei-tados e com doença sejam destruídos ouremovidos do campo, no mínimo duasvezes por semana.

Todas as frutas removidas serão reti-radas e adequadamente dispostas fora dopomar do mamão ‘solo’. As frutas elimina-das deverão ser cobertas com terra e/oucomposto orgânico para reduzir a atividadede insetos e acelerar a degradação da fruta.A área deverá ser mantida sob observaçãoe equipada com armadilhas, para detectar ocrescimento da atividade das moscas-das-frutas. A área infectada deverá ser tratadacom um inseticida de eficácia comprovada,se necessário.

Colheita

Turnos de colheita ocorrerão ao me-nos uma vez por semana, garantindo exce-lente grau de amadurecimento em qualquertempo nos campos. Frutas colhidas paraexportação terão índice de amadurecimen-to igual a 2 ou menor que este.

Durante a colheita, as frutas serãoselecionadas no campo para reduzir a quan-tidade de frutas não-embaláveis no local deempacotamento. Frutas rejeitadas serão

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade2020

eliminadas imediatamente após a colheita,seguindo as recomendações de saneamen-to do item anterior.

As frutas colhidas são então transpor-tadas até o local de embalagem, utilizando-se métodos seguros.

Todos os lotes de fruta são numeradospara identificação apropriada. Isso man-tém as frutas separadas de acordo com ocampo e/ou produtor durante o processode embalagem.

Inspeção de moscas-das-frutas eInspeção de moscas-das-frutas emedidas de controle de pragasmedidas de controle de pragasMosca-das-frutas

É exigida a atenção às populações demoscas-das-frutas em todas as plantaçõesde mamão ‘solo’ que planejam exportarpara os Estados Unidos, especialmente seoutras plantações hospedeiras de mosca-das-frutas forem cultivadas nas vizinhan-ças. A captura e o registro de mosca-das-frutas devem ser mantidos por um anoantes do início do programa. A SDA seráresponsável pela condução das atividadesde monitoramento de mosca-das-frutas.

Objetivos da captura de mosca-das-frutas

• Detectar uma incursão de moscas-das-frutas no pomar de mamão ‘solo’.

• Manter as populações de mosca-das-frutas sob controle no pomar de mamão‘solo’.

• Ter um programa ativo de armadi-lhamento para monitorar qualquer espécieexótica de mosca-das-frutas.

Programa de monitoramentoA SDA deve estabelecer um programa

de monitoramento de mosca-das-frutas nospomares registrados utilizando armadilhasMcPhail e Jackson. A inspeção das armadi-lhas de mosca-das-frutas deve seguir asregulamentações do protocolo de capturaconforme determina a SDA.

Registros de capturaDevem ser mantidos registros de cap-

turas de mosca-das-frutas para cada arma-dilha, atualizados cada vez que estas foremverificadas e colocados à disposição dosinspetores do APHIS. Os registros decaptura devem ser mantidos em arquivodurante um ano.

Exigências para a empacotadoraExigências para a empacotadora

Registro na SDA

Todos os produtores e empacotadoresde mamão ‘solo’ com participação aprova-da no Programa devem registrar-se junto àSDA. Essa Secretaria será responsável pelamanutenção constante e atualizada da rela-ção de embaladores do Programa.

Empacotadores

Empacotadores deverão comunicarsemanalmente à SDA suas escalas de emba-lagem para que os seus inspetores progra-mem suas inspeções.

InstalaçõesAs instalações deverão consistir de

uma área de recepção da fruta, para a sele-ção e posterior processamento.

Área de processamento eembalagem

A área de processamento e embala-gem deve ser totalmente selada com umatela à prova de mosca-das-frutas. As insta-lações deverão ser inspecionadas regular-mente (semanalmente) e reparadas casonecessário.

Barreiras físicas devem ser instaladasnas portas, tais como portas duplas de tela,cortinas de ar ou cortinas plásticas transpa-rentes penduradas para excluir a possibili-dade de entrada de moscas-das-frutas den-tro do compartimento livre de insetos.

EmbalagemAntes do início do processo de emba-

lagem, toda a área de embalagem protegidapor tela deve ser inspecionada diariamente,à procura de moscas-das-frutas vivas e inse-tos oportunistas. Se insetos vivos foremencontrados, deve-se proceder à desin-festação da área.

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2121Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

Ocorrência de mosca-das-frutasCaso alguma mosca-das-frutas adulta

viva seja encontrada dentro da área protegidapor tela durante a operação de embalagem,todas as frutas de mamão ‘solo’ emprocessamento no momento serão rejeitadas.

EscritórioA empacotadora deverá incluir uma

área de escritório dispondo de ar condicio-nado e instalações sanitárias adequadas parao pessoal da SDA/APHIS.

Mamão tipo exportação naempacotadora

Os exportadores devem garantir a au-sência na empacotadora de toda fruta (ma-mão ‘solo’ e outros tipos) não autorizadano Programa durante o período em que omamão ‘solo’ para exportação esteja presen-te. As empacotadoras e áreas de transportedevem ser mantidas em boas condiçõesfitossanitárias, para prevenir infestações depragas ou contaminação da fruta aprovada.

Procedimentos de inspeçãoProcedimentos de inspeção

Identificação

Antes da inspeção, a fruta seráidentificada por lote e/ou produtores. Olote pode ser toda a fruta localizada na áreade embalagem ou lote de fruta identificadopor uma área produtiva específica. Qual-quer ação tomada em decorrência de inspe-ção será automaticamente aplicada a todafruta do lote.

InspeçõesAs inspeções serão realizadas pela SDA

conforme a classificação do mamão ‘solo’feita pelo exportador. O propósito dessainspeção é detectar frutas nos estágiosdesautorizados de amadurecimento igualou superior a 3 e examinar a ocorrência depragas de importância quarentenária.

O inspetorO inspetor da SDA deve realizar ve-

rificação visual do lote inteiro em buscadas frutas presentes mais maduras. Nãomenos que 20% das frutas mais maduras

presentes devem ser fisicamente removi-das e colocadas em mesa com iluminaçãoadequada e próxima do cartaz de índicesde amadurecimento.

As observações das inspeções devemser registradas no formulário “Relação deMedidas e Registro de OcorrênciasFitossanitárias”.

O inspetor deve, então, selecionar ale-atoriamente 2% das frutas e verificar apresença de pragas de importânciaquarentenária. Quaisquer organismos en-contrados para os quais a importânciaquarentenária seja desconhecida serão con-siderados de importância quarentenária. Oexame consistirá de verificação visual, como uso de lentes, se necessário. O corte defrutas deverá ser realizado caso haja qual-quer indicação de organismos internos.Devem ser mantidos registros de todos osorganismos encontrados, e os espécimesdevem ser guardados.

Impressão e carimbo

As caixas de fruta inspecionada e cer-tificada terão impressas ou carimbadas in-dividualmente: “Not for importation into ordistribution in HI”.

Contêineres e pallets.

Os contêineres e pallets de frete marí-timo/aéreo serão selados com uma faixanumerada ou lacre da SDA, e terão os seusnúmeros registrado no CertificadoFitossanitário do Brasil.

Remessas

As mesmas exigências acima serãoaplicadas a remessas aéreas individuais. Paraas remessas fora de contêiner, o uso de telacom 30 malhas por polegada linear seráexigido para cobrir cada pallet durante otransporte.

Atividades de Pós-certificaçãoAtividades de Pós-certificação

Manutenção de padrão

Os Exportadores são responsáveis pelamanutenção dos padrões fitossanitários dafruta que já tenha sido certificada.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade2222

Inspeções e ações fitossanitárias

Remessas de mamão ‘solo’ serão sujei-tas à inspeção e outras ações fitossanitáriasapropriadas no destino, conforme regula-mento 7 CFR 319.56-2w do APHIS. Vistoque é possível que a fruta inspecionada,certificada e lacrada amadureça até o pontomeio maduro ou mais durante o transporte,não será apropriado tomar medidasquarentenárias em pontos de entrada, emrazão da fruta que exceder o estágio deamadurecimento autorizado para colheita -empacotamento.

Açoes corretivas/QuarentenáriasAçoes corretivas/Quarentenárias

Plano de trabalho

As ações que não obedeçam este Pla-no de Trabalho ou outras exigências cabí-veis serão analisadas de forma consistentecom a natureza da ação, conforme determi-nado pela SDA e/ou APHIS.

Termo de aceitação

O Exportador que descumprir qual-quer medida fitossanitária obrigatória decampo ou da empacotadora terá a certi-ficação imediatamente negada e, depen-dendo da intenção ou gravidade do inci-dente, terá seu Termo de Aceitação cance-lado ou suspenso.

Rejeição do lote

A identificação pela SDA de qualquerfruta em estágios de amadurecimento igualou superior a 3 provocará a rejeição do lotee imediata suspensão do Termo de Aceita-ção do Exportador, dependendo de avalia-

ção da SDA relativa às possíveis causas eações corretivas a serem tomadas.

Ocorrência de praga

A identificação de praga de importân-cia quarentenária provocará a rejeição dolote onde ela for encontrada. Caso algumapraga interna seja localizada, incluindomoscas-das-frutas, a empacotadora envol-vida será imediatamente suspensa, depen-dendo de avaliação da SDA.

Suspensão do termo

Qualquer emissão de certificadofitossanitário para mamão ‘solo’ que nãosatisfaça totalmente as medidasfitossanitárias exigidas no campo e naempacotadora provocará a imediata sus-pensão do Termo de Aceitação, dependen-do de revisão e aprovação por parte da SDAe/ou APHIS.

Revisão e avaliação do programaRevisão e avaliação do programa

Revisões Operacionais

As atividades de certificação de ma-mão ‘solo’ serão revisadas e avaliadas pelomenos uma vez ao ano ou antes, no caso demudança de condições fitossanitárias, pelaSDA e APHIS, para garantir que todos osaspectos das operações e atividadescorrelatas sejam conduzidas efetivamentede acordo com os procedimentos e padrõesaplicáveis.

Caso ocorram quaisquer eventos im-previstos, a SDA e APHIS coordenarão asações apropriadas, sugerindo-as como revi-sões do Plano de Trabalho.

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2323Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

4MANEJO INTEGRADODAS PRAGAS EDOENÇAS DOMAMOEIRO

Joseli da Silva Tatagiba

Cecília Helena Silvino Prata Ritzinger

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

O uso do manejo integrado surgecomo opção de controle às pragas e doen-ças de maneira geral, para minimizar o usode agrotóxicos e resíduos nos frutos ealimentos, bem como minimizar os perigose riscos de contaminações do ambientecausadas por esses produtos. O manejointegrado envolve princípios sobre a biolo-gia do organismo patogênico de forma queestabeleça níveis da população que nãocausem danos à cultura. Ou seja, determi-nar como o sistema de vida da praga podeser modificado ou reduzido a níveis tolerá-veis, de maneira econômica e dentro dosrequerimentos ambientais. Contudo, aqualidade e a aparência dos frutos não deveser alterada, em detrimento de uso deagrotóxicos. Neste sentido, os países im-portadores têm valorizado a adoção dessaspráticas como parte integrante de um siste-ma de prevenção de pragas e doenças vi-sando reduzir o uso de agrotóxicos e, con-seqüentemente, a redução de resíduos nosfrutos ou subprodutos.

As informações sobre manejo das pra-gas em geral podem ser obtidas pelo setorprivado ou governamental, mas as decisõessão tomadas pelo agricultor. Através deconstante monitoramento das pragas torna-se possível a viabilização do manejo integra-do. Infelizmente, não há métodos de mane-jo integrado para todas as pragas e doenças;muitos deles são ainda rudimentares ou semaplicabilidade devido aos altos custos.

DESENVDESENVOLOLVIMENTVIMENTO DOSO DOSPROBLEMAS FITPROBLEMAS FITOSSANITÁRIOSOSSANITÁRIOS

O desenvolvimento das pragas e do-enças ocorre em função da interação doambiente, envolvendo o clima, tempera-tura, umidade; o hospedeiro, no caso espe-cífico, envolvendo a variedade do mamoei-ro; o patógeno, englobando espécies eraças, e o homem, principalmente atuandona disseminação da doença, seja por meioda propagação de mudas infestadas, sejapelas práticas culturais adotadas. Sempreque o homem puder, por meio de ummanejo adequado, alterar um desses trêsprimeiros fatores, de modo que desfavoreçao desenvolvimento da praga, os problemasfitossanitários serão então minimizados.Observa-se que a adequada adubação,em especial no estabelecimento do po-mar, dificulta o desenvolvimento das pra-gas e doenças, principalmente quandoaliada à escolha da cultivar e de práticasde monitoramento. Portanto, nas estra-tégias de manejo integrado, deve-se in-cluir o conhecimento do número de hos-pedeiros que podem ser atacados pelaspragas e doenças e o seu mecanismo desobrevivência.

Algumas dessas estratégias sãosugeridas neste manual, sobre a forma deconceitos que devem ser compreendidos eadotadas sempre que possível. A mais im-portante é a prevenção através de uso demudas sadias e monitoramento das pragase doenças no pomar.

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AAQUISIÇÃO OU PREPQUISIÇÃO OU PREPARO DARO DASASMUDMUDASAS

Na aquisição ou preparo das mudas,ainda que o produtor conheça a origem dasmudas e que estas tenham uma aparênciaboa, alguns cuidados são necessários no atoda compra e da sua recepção.

• Proceder a minuciosa vistoria detodo o material a ser adquirido, a fim dedetectar sintomas ou sinais de pragas oudoenças, ou mesmo a introdução de plantasinvasoras;

• Verificar a presença de nódulosradiculares que possam sugerir a presençade nematóides. Sempre que possível, deve-se retirar amostras representativas paradiagnose em laboratórios especializados;

• Após a recepção, manter as mudasem local isolado, para uma observação maisacurada do seu estado fitossanitário. Serãodescartadas todas as plantas que apresenta-rem qualquer tipo de problema, mesmo quede ordem fisiológica.

A época de plantio das mudas podevariar conforme a região, principalmentequando a cultura é irrigada. Em geral, deve-se preferir o início da estação chuvosa, paraevitar não só os gastos com eventuais regas,como a presença de condições desfavorá-veis ao pegamento das mudas.

AMBIENTE E LAMBIENTE E LOCALIZAÇÃOOCALIZAÇÃODO POMARDO POMAR

A cultura do mamoeiro (Carica papaya L.)está difundida em regiões que apresentamclima tropical, pluviosidade elevada, solosférteis e bem drenados.

O plantio deve ser preferido em locaiscom boa luminosidade, temperatura médiaanual em torno de 25oC, com média dasmínimas de 21oC e médias das máximas de33oC, com mais de 1.200 mm de chuvasanuais, bem distribuídas durante os mesesdo ano. Evitar o plantio em locais ondeocorram temperaturas abaixo de 15oC, pois,nessas condições, o mamoeiro paralisa seu

desenvolvimento vegetativo, reduz oflorescimento, atrasa a maturação e produzfrutos de qualidade inferior.

Evitar solos muito argilosos e poucoprofundos porque encharcam com rapidezna época das águas e tornam-se endureci-dos, rachando na estação da seca, comprejuízos para o sistema radicular. O ma-moeiro não tolera excesso de umidade nosolo por mais de 24 horas, podendo havermorte de raízes por deficiência de oxigênioou surgimento da gomose ou podridão dopé, causada pelo fungo Phytophthora palmivora(Butler) Butler, devido ao acúmulo de águajunto ao colo da planta.

Evitar que as plantas passem por perí-odos de estresse hídrico e apresentemdesequilíbrio nutricional, pois ficam pre-dispostas à maior severidade das doençasfúngicas, principalmente a antracnose.

O plantio do mamoeiro em regiõesonde ocorre menor população de afídeostransmissores do agente causal do mosaicodo mamoeiro (PRSV), deve ser preferido,pois poderá auxiliar nas medidas de contro-le dessa doença, especialmente naerradicação das plantas doentes. A implan-tação do pomar deve ser feita o mais distan-te possível de plantio de cucurbitáceas e deoutras plantações de mamão e pomaresabandonados, especialmente se o mosaicojá estiver nestes. Evitar o plantio das fileirasno mesmo sentido da ação de ventos pre-dominantes, o que pode favorecer a disse-minação de afídeos dentro do pomar e nospomares mais próximos.

Se possível, deve-se implantar o po-mar distante de matas ou capoeiras, poistem-se observado, consistentemente, a ocor-rência de epidemias mais severas da meleirado mamoeiro, quando o pomar se localizanas proximidades de matas, cujo foco dadoença no pomar coincide com lado volta-do para a mata.

DESENVDESENVOLOLVIMENTVIMENTO NA PRÉ-O NA PRÉ-COLHEITCOLHEITA E COLHEITA E COLHEITAA

Nos pomares destinados à produçãode exportação de frutos de mamoeiro, é

David dos Santos Martin

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2525Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

indispensável, durante o desenvolvimentoda cultura na pré-colheita e colheita, aadoção criteriosas de medidas de manejofitossanitário visando ao aumento da pro-dução e à qualidade dos frutos produzi-dos. A seguir serão abordadas as princi-pais medidas de controle para a diminui-ção de danos causados por doenças epragas dessa fruteira:

Doenças fúngicasDoenças fúngicas

Práticas culturaisPráticas culturais

Adubação balanceada e manejo dairrigação

Plantas com desequilíbrio nutricionale estresse hídrico ficam mais predispostasao aumento na severidade de doenças.Constatou-se que doses de boro acima dovalor requerido pelas plantas podem con-tribuir para o aumento da incidência daantracnose nos frutos. Foi observado emum experimento em que se utilizou irriga-ção por microaspersão, relação negativaentre as lâminas de água utilizadas e aincidência da antracnose, demonstrando apossibilidade do manejo da irrigação nocontrole dessa doença.

Eliminação de fontes de inóculo

Folhas senescentes infectadas por C.gloeosporioides, principalmente nos pecíolos,tanto na planta ou caídas no solo são impor-tantes fontes de inóculo para o crescimentoe esporulação desse patógeno. A eliminaçãodestas folhas pode contribuir para reduçãoda incidência da antracnose nos frutos.

Controle químicoControle químico

A varíola, o oídio, a antracnose e ou-tras podridões pós-colheita são as doençasfúngicas da parte aérea mais importantes domamoeiro. As pulverizações com fungicidaspara varíola devem ser iniciadas logo queforem observados os primeiros sintomasdessa doença, quando as plantas ainda estãona fase inicial de crescimento. Os cincoprimeiros meses são os mais críticos para ocontrole de doenças nas folhas, o que vaidepender das condições climáticas. Os

fungicidas recomendados para as podri-dões pós-colheita são suficientes para ocontrole das doenças.

As pulverizações para o oídio devemser realizadas quando as condições são fa-voráveis à sua ocorrência (frio e seco)durante períodos prolongados. O produtomais recomendado é o enxofre, aplicado aintervalos quinzenais, no início do apareci-mento dos sintomas.

Apesar dos sintomas da antracnoseserem observados durante as fases de trans-porte e armazenamento, o controle deveser iniciado no campo, realizando as pulve-rizações, durante o período de frutificação,atingindo flores, frutos novos e velhos. Ointervalo de aplicação depende das condi-ções climáticas, variando de 7 a 28 dias. Osfungicidas mais utilizados são ochlorothalonil, mancozeb e tiofanatometílico. Além das pulverizações no po-mar, deve-se proceder a tratamentos pós-colheita (Capítulo 1).

Doenças causadas por vírusDoenças causadas por vírus

O mosaico e a meleira do mamoeirosão as principais viroses da cultura, sendolimitantes à produção do mamão, princi-palmente no estado de São Paulo (mosai-co), do Espírito Santo e da Bahia (meleira).Atualmente, a meleira é a doença que temmais preocupado os produtores e exporta-dores de mamão, sendo considerada o prin-cipal problema fitossanitário dessa cultura.

Em qualquer plantio comercial demamão, é imprescindível a erradicação sis-temática de plantas com sintomas dasviroses do mamoeiro, com vistorias de pelomenos uma vez por semana. Apesar de essaprática ser considerada atualmente a maisimportante no controle dessas viroses, sen-do respaldada pelas campanhas deerradicação do mosaico e da meleira noestado do Espírito Santo, outras medidasdevem ser recomendadas, tais como: im-plantação do pomar com mudas sadias etão distante quanto possível de outras plan-tações, especialmente se o mosaico já ocor-

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rer nelas; evitar o crescimento decucurbitáceas dentro e nas proximidades dopomar (somente para o mosaico); manter opomar no limpo, para evitar desenvolvimen-to de plantas daninhas hospedeiras de vetoresde vírus e destruir todos os mamoeiros ve-lhos e plantações abandonadas.

PragasPragas

Dentre as pragas que atacam o mamo-eiro, os ácaros são as mais importantes, edestes, o ácaro-branco, Polyphagotarsonemuslatus, freqüentemente ocorre em nível queexige controle, sendo necessário o uso deacaricidas para eliminar seu ataque. Alémde causarem deformações e queda prema-tura das folhas, reduzem o vigor das plan-tas, danificam os frutos e reduzem a suaprodutividade. Embora possa infestar asplantas durante todo o ano, o ataque doácaro-branco se dá, com maior intensidade,nos períodos mais úmidos e quentes do ano.

No controle dos ácaros, recomendam-se inspeções periódicas no pomar com oauxílio de uma lupa de dez aumentos. Parao ácaro-branco, aplicar enxofre 400g/kg póseco, na proporção de 10 kg/ha a 15 kg/ha,de modo que atinja o ponteiro da planta.Deve-se ter o cuidado de não aplicá-lo nashoras mais quentes do dia. Os ácarostetraniquídeos (rajado e vermelho) podem

ser controlados pulverizando-se os acaricidasrecomendados, direcionando-se a caldapara a superfície das folhas inferiores.

Controle de plantas invasorasControle de plantas invasoras

As plantas invasoras devem sermantidas sob controle, mediante capinamanual, aplicação de herbicidas e roçagem,pois constituem foco para o desenvolvi-mento alternativo de nematóides, pragas edoenças do mamoeiro, além de competirpor nutrientes.

A manutenção de uma cobertura ve-getal nas ruas do pomar é conveniente,uma vez que favorece a presença de inimi-gos naturais a algumas espécies denematóides, protege o solo da erosão, pro-move o enriquecimento do solo por meioda adição de matéria orgânica.

IrrigaçãoIrrigação

Para as regas são preferíveis os siste-mas de irrigação localizada (gotejamento emicroaspersão). A aspersão apresentauma série de inconvenientes, que vão des-de a má distribuição da rega à diminuiçãoda produtividade pela queda de flores efrutos, provocada pelos jatos de água. Alémdisso, o umedecimento das partes aéreasdas plantas pode favorecer o aparecimentode doenças fúngicas e bacterianas.

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2727Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

5PRAGASNilton Fritzons Sanches

Antonio Souza do NascimentoDavid dos Santos MartinsSérgio Lúcio David Marin

ÁCAROÁCARO-BRANCO --BRANCO -Polyphagotarsonemus latusPolyphagotarsonemus latusBanks, 1904Banks, 1904

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

O ácaro-branco, Polyphagotarsonemuslatus (Banks), (Acari: Tarsonemidae) - tam-bém conhecido como ácaro-tropical, ácaro-da-rasgadura ou ácaro-da-queda-do-cha-péu-do-mamoeiro - é considerado uma dasprincipais pragas do mamoeiro no mundo.

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Ele ocorre praticamente em todas asregiões produtoras do mundo e possui umasérie de hospedeiros como o algodoeiro, ofeijoeiro, a videira, a batatinha, os citros, aaboboreira, a pecã, a pereira, o pimentão, ochapéu de praia, a seringueira, a mamoneira.No Brasil, ele ocorre praticamente em to-das as regiões produtoras de mamão.

DESCRIÇÃO E CICLDESCRIÇÃO E CICLO DE VIDO DE VIDAA

O ácaro-branco é bastante diminuto,praticamente invisível a olho nu. Com umcomprimento ao redor de 0,2 mm, a fêmeapossui uma coloração que varia de branca aamarelada brilhante. O macho, menor doque a fêmea, apresenta uma cor hialina ebrilhante. Ao serem transportados pelovento, os adultos instalam-se nas folhasmais jovens do ápice da planta e no caule,nas brotações laterais (Figura 1), seporventura existirem. Esses ácaros procu-ram sempre evitar a luz direta e normal-mente alojam-se na face inferior das folhasmais jovens, onde se alimentam e se repro-duzem. O ciclo de vida (ovo a adulto) variade três a cinco dias. Ao atingir a fase adulta,a fêmea pode ovipositar, por até 15 dias,cerca de 40 ovos. A postura é realizada deforma isolada. Os ovos, de coloração bran-ca ou pérola, ovóides, medem cerca de 0,1mm de comprimento.

Eles ocorrem durante todo o ano,principalmente nos períodos mais quentese de umidade relativa mais elevada.

DDANOS E EFEITANOS E EFEITOS ECONÔMICOSOS ECONÔMICOS

Ao atacarem as folhas, esses ácarosprovocam fortes alterações, ou seja, perdada cor verde natural no início do ataque,tornando-se cloróticas, depois coriáceas e,por fim, o limbo se rasga. À medida que oataque torna-se mais intenso, as folhas no-vas ficam reduzidas quase que somente àsnervuras, o que propicia uma paralisaçãono crescimento (perda do ponteiro ou que-da do chapéu do mamoeiro), podendo levara planta à morte (Figura 2).

Figura 1.Figura 1. Brotações laterais em caules de mamoeirosservindo de refúgio e local de reprodução do ácaro-branco.

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Figura 2.Figura 2. Redução do limbo foliar pelo ataque doácaro-branco.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade2828

CONTROLECONTROLE

Monitoramento

Devido ao curto ciclo biológico desseácaro, o que favorece a sua rápida multipli-cação no hospedeiro, é extremamente im-portante que sejam feitas as inspeções peri-ódicas no pomar (monitoramento), com oobjetivo de identificar os primeiros focosde infestação. Como esses ácaros são bas-tante diminutos e invisíveis a olho nu, paraobservá-los em campo, é necessário o usode uma lupa de 10 vezes de aumento.

Medidas culturais

Realizar o desbaste e destruição dasbrotações laterais.

Controle químico

Recomenda-se ainda aplicar produtoscomo o enxofre, na formulação pó-molhável,evitando-se as horas mais quentes do dia e asmisturas com óleos emulsionáveis ou pro-dutos cúpricos (Tabela 2).

ÁCAROS TETRANIQUÍDEOS -ÁCAROS TETRANIQUÍDEOS -Tetranychus urticae Tetranychus urticae Koch,Koch,18361836;; T. desertorum T. desertorum Banks,Banks,1900 1900 T. mexicanus T. mexicanusMcGregor, McGregor, 1950

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

O ácaro-rajado, Tetranychus urticaeKoch, o ácaro-vermelho, T. desertorum Banks,e o ácaro-mexicano, T. mexicanus(McGregor) possuem a capacidade de tecerdelicadas teias sob as folhas das quais sealimentam, razão pela qual são tambémconhecidos como ácaros-de-teia, caracte-rística comum a muitos tetraniquídeos.Essas três espécies são encontradas na faceinferior das folhas mais velhas do mamoei-ro, entre as nervuras mais próximas dopecíolo, onde efetuam a postura.

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Ocorrem praticamente em todas asregiões produtoras do mundo e possuemuma série de hospedeiros:

Ácaro-rajado (T. urticae) – algodoeiro,alho, amendoinzeiro, berinjela, chuchuzeiro,feijoeiro, figueira, macieira, mandioqueira,morangueiro, pessegueiro, roseira, videira.

Ácaro-vermelho (T. desertorum) – algo-doeiro, batata-doce, feijoeiro, mamona,maracujá, morangueiro, ornamentais(acalifa), pessegueiro, tomateiro, videira.

Ácaro-mexicano (T. mexicanus) – algo-doeiro, cacaueiro, caramboleira, citros,macieira, maracujazeiro, nogueira-pecã,ornamentais (filodendro, guiné, roseira),pereira, pessegueiro.

No Brasil, ocorrem praticamente emtodas as regiões produtoras de mamão,sobretudo nos meses mais quentes e secosdo ano.

DESCRIÇÃO E CICLDESCRIÇÃO E CICLO DE VIDO DE VIDAA

O dimorfismo sexual é bastante acen-tuado. A fêmea, além de possuir um corpomais volumoso, é maior no tamanho (0,46mm de comprimento). A fêmea do ácaro-rajado apresenta uma mancha verde-escuraem cada lado do dorso; a fêmea do T.desertorum é vermelha e a do T. mexicanus éescura. Os machos apresentam a parteposterior do corpo mais afilada e têm cercade 0,25 mm de comprimento. Os ovos sãoamarelados, esféricos e possuem um perío-do de incubação de aproximadamente qua-tro dias. De ovo a adulto, o ciclo completa-se em torno de 13 dias.

O aumento populacional é favorecidopor temperaturas elevadas e baixas precipi-tações. As fêmeas podem chegar aovipositar, em média, de 50 a 60 ovos, emum período aproximado de 10 dias.

DDANOS E EFEITANOS E EFEITOS ECONÔMICOSOS ECONÔMICOS

Ao se alimentarem, destroem as célu-las do tecido foliar provocando amare-lecimento, necrose e perfurações nas fo-lhas, levando à desfolha da planta e afetan-do seu desenvolvimento (Figura 3). Comoconseqüência, os frutos ficam expostos àação direta dos raios solares, prejudicandosua qualidade.

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CONTROLECONTROLE

Monitoramento

O monitoramento deve ser rigoroso erealizado periodicamente para facilitar arápida identificação de focos iniciais deinfestação desses ácaros.

Medidas culturais

Eliminação das folhas velhas.

Controle químico

Aplicação de acaricidas (Tabela 2), sem-pre direcionando os jatos para a superfícieinferior das folhas.

CIGARRINHA-CIGARRINHA-VERDE -VERDE -((EmpoascaEmpoasca sp.) sp.)

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A cigarrinha-verde Empoasca sp .(Hemiptera: Cicadellidae) causa prejuízos avárias culturas como soja, batatinha, feijão,amendoim etc. e torna-se praga de grandesignificado para a cultura do mamoeiroquando ele é cultivado próximo a plantashospedeiras desse inseto (ex.: feijoeiro).Atualmente, em face da sua possível associ-ação à transmissão da meleira, requer umaatenção especial.

DISTRIBUIÇADISTRIBUIÇAOO

A sua presença tem sido constatadaem mamoais do norte do Espírito Santo esul da Bahia.

DESCRIÇÃO E CICLDESCRIÇÃO E CICLO DE VIDO DE VIDAA

As cigarrinhas são insetos pequenos,sugadores de seiva, cujas formas jovens(ninfas) apresentam coloração amarelo-esverdeada. Os adultos, verde-acizentados,possuem um formato triangular e 3 mm a4 mm de comprimento. A movimentaçãolateral é a característica mais marcante desteinseto. A postura é endofítica e é realizadade preferência ao longo da nervura dasfolhas, ovipositando em média 60 ovos/fêmea. O ciclo de vida desse inseto (ovo aadulto) é de aproximadamente 21 dias. Asninfas e os adultos são encontrados nor-malmente na fase inferior das folhas maisvelhas, sugando a sua seiva.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOS

A sucção contínua leva ao apareci-mento de manchas amareladas (Figura 4),semelhantes a sintomas de deficiência demagnésio. Sob ataque intenso as folhastornam-se encarquilhadas, adquirindo umacoloração amarelada nos bordos (Figura 5).

Figura 3.Figura 3. Sintomas do ataque de ácaros tetraniquídeos em folhas de mamoeiro.

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Posteriormente, ocorrem o secamento e aqueda prematura, afetando o desenvolvi-mento da planta.

CONTROLECONTROLE

Para o seu controle aplica-se trichlorphon(não registrado para o mamoeiro) somentequando houver ataque (Tabela 2).

PULGÕES - PULGÕES - AphisAphis sp., sp.,Toxoptera citricidusToxoptera citricidus Kirk., 1907 Kirk., 1907Myzus persicae Myzus persicae Sulzer, Sulzer, 1776)1776)

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Também conhecidos como afídeos(Hemiptera: Aphididae), não são conside-rados pragas do mamoeiro pois não che-gam a estabelecer colônias nessa planta.

Figura 5.Figura 5. Mamoeiros atacados pela cigarrinha.

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Esses insetos encontram-se distribuí-dos em várias regiões do mundo e possuemvários hospedeiros: Aphis gossypii (algodoei-ro, cajueiro, cucurbitáceas (melancia, me-lão, pepino, abóbora e outras), gladíolos,quiabeiro; Toxoptera citricidus (citros) e Myzuspersicae (algodoeiro, fumo, batatinha,crucíferas (couve, couve-flor etc.), tomate,berinjela, pimentão.

DESCRIÇÃO E CICLDESCRIÇÃO E CICLO DE VIDO DE VIDAA

São insetos pequenos (2,0 mm decomprimento) e possuem formas ápteras ealadas, mais ou menos piriformes. Asantenas são bem desenvolvidas e possuemo aparelho bucal tipo sugador. A coloraçãovaria de espécie para espécie: Aphis sp. - doamarelo-claro ao verde-escuro, Toxopteracitricidus - marrom nas formas jovens epreta, na adulta; Myzus persicae - formasápteras: verde-claras e formas aladas; colo-ração geral verde com a cabeça, antenas etórax pretos.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOSEsses afídeos podem causar sérios

danos ao mamoal pois são vetores de viro-ses, a exemplo do vírus da mancha anelar,uma das mais sérias doenças dessa cultura.

CONTROLECONTROLEPara evitar o avanço da doença na área

devem-se erradicar os mamoeiros infectadose eliminar, dos pomares e imediações, asplantas hospedeiras dos pulgões, bem comoas cucurbitáceas, hospedeiras do vírus damancha anelar.

COLEOBROCA -COLEOBROCA -Pseudopiazurus papayanusPseudopiazurus papayanusMarshall, 1922Marshall, 1922

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOO Pseudopiazurus papayanus (Coleoptera:

Curculionidae) é também conhecido comobroca-do-mamoeiro. Normalmente ele es-tava associado a plantas velhas e mal cuida-das, entretanto tem sido encontrado emplantas mais novas.

Figura 4.Figura 4. Sintoma de ataque de cigarrinha: folhasamareladas.

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DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

O Pseudopiazurus papayanus (Marshall)já foi constatado em alguns estados e regi-ões do Nordeste, como Pernambuco eRecôncavo Baiano, causando graves da-nos, e em uma propriedade do extremo sulda Bahia, em baixa infestação.

DESCRIÇÃO E CICLDESCRIÇÃO E CICLO DE VIDO DE VIDAA

Os adultos são pequenos besouros“bicudos”, de cor marrom-acinzentada,medindo aproximadamente 10 mm de com-primento. À noite eles perfuram a casca dotronco do mamoeiro e fazem a postura(Figura 6). Dos ovos eclodem larvas bran-cas, recurvadas e desprovidas de pernasque, quando completamente desenvolvi-das, medem cerca de 15 mm de compri-mento. Elas se alimentam da porção corticaldo caule, formando galerias, normalmentepróximas à superfície (Figura 7). Três me-ses após, a larva, ainda na galeria, tece umcasulo com as fibras da própria casca etransforma-se em pupa (Figura 8). Os adul-

tos abrigam-se nas fendas do caule, naregião perto do pedúnculo dos frutos, sobfolhas e no solo.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOS

Os sintomas de seu ataque são fáceis deserem observados, pois dos locais das perfu-rações escorre uma exsudação escura identi-ficando a planta atacada. (Figura 9). Em altasinfestações, a planta chega a sucumbir.

Figura 6.Figura 6. Adulto da broca-do-mamoeiro.

Figura 7.Figura 7. Larva de coleobroca.

Figura 8.Figura 8. Casulo da broca-do-mamoeiro.

Figura 9.Figura 9. Sintomas de ataque da coleobroca (exsudaçõesna casca).

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CONTROLECONTROLE

Tão logo se observe a presença doinseto na propriedade, devem-se efetuarinspeções a cada 15 dias nos mamoeiros,para localizar as larvas e destruí-las mecani-camente. Em seguida, aplicar inseticidaque tenha ação de contato ou profundida-de, pincelando ou pulverizando o caule,desde o colo até a inserção das folhas maisvelhas. Plantios velhos e plantas drastica-mente infestadas devem ser arrancados equeimados.

MOSCA-DMOSCA-DASAS-FRUT-FRUTASASAnastrepha fraterculusAnastrepha fraterculus Wied, 1830 Wied, 1830A. obliquaA. obliqua Macquart,1835, Macquart,1835,Ceratitis capitataCeratitis capitata Wied, 1824 Wied, 1824

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Moscas-das-frutas é o termo usadopara designar um grupo de pragas da ordemDiptera, família Tephritidae cujos efeitoseconômicos têm sido mundialmente reco-nhecidos. São insetos que causam danodireto ao produto final, o fruto, sendoclassificados como pragas-chave das frutei-ras em geral.

As espécies de importância quaren-tenária de mosca-das-frutas são Anastrephafraterculus, A. obliqua e Ceratitis capitata,esta última conhecida também comomosca-do-mediterrâneo.

A primeira ocorrência de moscas-das-frutas em mamão no Brasil foi registradaem um pomar comercial no norte do estadodo Espírito Santo, em 1988, onde foramcoletados cerca de 5.000 exemplares deCeratitis capitata e três de Anastrepha fraterculus(Wied.,) em 600 amostras avaliadas. Emum outro estudo, utilizando frascos caça-moscas, para o levantamento populacionalde moscas-das-frutas na mesma região doreferido estado, foi observado que 98,96%dos exemplares coletados pertenciam à es-pécie C. capitata.

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Cerca de oito espécies de moscas-das-

frutas do gênero Anastrepha e Ceratitis capitatasão consideradas pragas de significado eco-nômico para a fruticultura no Brasil. Amosca-do-mediterrâneo C. capitata tem pre-ferência por hospedeiros introduzidos, éoriginária da África e chegou ao Brasil noinício deste século. As espécies de Anastrephadesenvolvem-se preferencialmente em fru-tos nativos. Atualmente, C. capitata e asespécies Anastrepha estão distribuídas emquase todo o território nacional.

DESCRIÇÃO E CICLDESCRIÇÃO E CICLO DE VIDO DE VIDAA

O seu ovo é branco, alongado (1 mmde comprimento) e as larvas branco-amare-ladas, com um aspecto vermiforme, sendoa extremidade anterior afilada e a posterior,arredondada, atingindo 8 mm de compri-mento no último estádio de desenvolvi-mento. De dois a três dias após a posturaeclode a larva que ficará no fruto alimentan-do-se da polpa por um período aproximadode 12 dias, quando elas abandonam o frutoe penetram no solo para transformarem-seem pupa. Esta possui a forma de um peque-no barril (5 mm de comprimento) de colo-ração marrom-escura. Doze dias após emer-ge o adulto (4 mm a 5 mm de comprimentox 10 mm - 12 mm de envergadura), com otórax preto, desenhos simétricos brancos, eo abdômen amarelado com duas listrastransversais acinzentadas. As asas são trans-parentes, levemente rosadas com listrasamarelas, sombreadas. As espécies deAnastrepha são de coloração amarela, com odobro do tamanho da C. capitata e combiologia semelhante a esta.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOS

Em condições normais essas moscasatacam os frutos do mamoeiro somenteapós o início da sua maturação e os danos seapresentam quando estes estão maduros.As larvas da mosca se alimentam da polpado mamão, tornando flácida a região dofruto atacada.

Tem sido observada uma altainfestação do mamão por C. capitata e elaparece estar relacionada com a presença da

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3333Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

meleira nos pomares estudados. Pesqui-sas recentes demonstraram que quando aplanta está infectada pela meleira, ano-malia de etiologia ainda desconhecida,torna-se altamente suscetível ao ataquedas moscas-das-frutas.

Considerando que a meleira é umadas principais doenças da cultura do ma-moeiro no extremo sul da Bahia, norte doEspírito Santo, e que a sua ocorrência foiconstatada recentemente no pólo de fruti-cultura Juazeiro/Petrolina, a associaçãodessa doença com as moscas-das-frutastransforma o mamão, atualmente um “hos-pedeiro ocasional” de C. capitata, em umhospedeiro primário.

CONTROLECONTROLEEm regiões onde ocorre a mosca-das-

frutas no mamão, a cultura deve ser instala-da longe de cafezais, realizando-se a colhei-ta dos frutos no início da maturação eevitando-se a presença de frutos madurosnas plantas e de frutos refugados no interiordo pomar. Deve-se evitar, a todo custo, apresença de lavouras abandonadas nas pro-ximidades e, sempre que possível, efetuar omonitoramento periódico desse inseto comuso de frascos caça-moscas. O mamão éconsiderado um hospedeiro secundário dasmoscas-das-frutas graças à presença, nolátex do fruto, do benzil-isotiocianato(BITC) - composto químico responsávelpela resistência do fruto a essa praga. O teordesse composto químico confere resistên-cia ao fruto e decresce à medida que o frutoamadurece. As moscas-das-frutas só ata-cam frutos do mamoeiro quando estes seencontram próximos da maturação. Omamão brasileiro enfrenta barreirasquarentenárias pelos Estados Unidos e Ja-pão, contra as moscas-das-frutas, impedin-do sua exportação para aqueles países. Re-centemente a barreira para os Estados Uni-dos foi quebrada graças ao trabalho desen-volvido pela Emcaper (Empresa Capixabade Pesquisa e Extensão Rural) e USP den-tro do conceito do system approach. Esteconceito integra as práticas de pré e pós-colheita empregadas na produção, colheita,

empacotamento e transporte que promoveem cada etapa a garantia quarentenáriaexigida pelo país importador. Na prática, aimplantação do system approach consiste nomonitoramento permanente do pomar e nasupressão populacional das moscas-das-fru-tas tão logo sejam capturados os primeirosadultos nas armadilhas.

Monitoramento de adultos - a efici-ência do monitoramento de adultos demoscas-das-frutas está na dependência daqualidade do atrativo (alimentar ou sexual),do tipo de armadilha utilizado e da sualocalização no campo. Deve ser ressaltadoque as armadilhas com atrativo alimentartêm eficiência relativamente baixa; seu raiode ação varia entre um e dez metros. Umtrabalho conduzido em pomar de mangademonstrou que apenas 30% dos adultosque visitam uma armadilha tipo McPhailsão efetivamente capturados.

Tipos de armadilhas - a armadilhamais utilizada em escala comercial é o tipoMc Phail, de plástico ou de vidro. Ambasdemonstraram o mesmo grau de eficiênciana captura de adultos. Modelos alternati-vos de armadilhas podem ser confecciona-dos com embalagens plásticas descartáveiscomo frascos de soro, garrafas de águamineral e outros, segundo descrição deSalles, 1995.

Atrativo alimentar - Para as moscasdo gênero Anastrepha e a mosca-do-medi-terrâneo, Ceratitis capitata utiliza-sehidrolizado de proteína enzimático na con-centração de 5%, estabilizado com bórax(pH entre 8,5 e 9,0), o que evita a decompo-sição do atrativo. Outros atrativos são uti-lizados nessas armadilhas, variando desdesucos de frutas (uva ou pêssego na propor-ção de 1:4 l ou 1:10 l, respectivamente, ouvinagre de vinho. Kovaleski et al., 1995;Salles, 1995, Salles, 1995.

Atrativo sexual - Para atrair a mosca-do-mediterrâneo, C. capitata, utiliza-se oTrimedlure (ácido terc-butil-4 (ou 5)-cloro-2-metil-ciclohrxano-carboxílico), específi-co para machos dessa espécie. No estadolíquido é um produto volátil, de cor clara,

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade3434

com cheiro de frutas e não corrosivo. Naatração da mosca-da-carambola, Bactroceradorsalis, utiliza-se o Metil-eugenol (1-allil 1-3, dimethoxibenzeno), específico para ma-chos de várias espécies do gênero Bactrocera.No estado líquido o Metil-eugenol é de coramarelo-clara, com aroma de cravo-da-índia.

Localização e densidade das arma-dilhas - a armadilha deve ser instalada soba copa do mamoeiro e nos locais onde hajamaior chance de captura do inseto adulto,ou seja, em árvores de sombra nas borda-

Tabela 2.Tabela 2. Recomendações técnicas para o controle químico das principais pragas do mamoeiro1

1Para evitar subdosagem ou dosagem excessiva, recomenda-se calibrar (medir a vazão) o equipamento de pulverização que vai serusado.2Produto não registrado no Ministério da Agricultura e do Abastecimento para o mamão, mas, testado experimentalmente.3Consultar o extensionista para a aquisição e aplicação correta desses produtos.4As indicações dos produtos comerciais nesta publicação não excluem o uso de outras correspondentes aos mesmos princípios ativos,nem significam recomendação ou endosso de tais marcas. O objetivo principal é orientar osrofissionais que trabalham com a culturado mamão.

duras do pomar de mamão ou nos hospe-deiros preferenciais próximo aos talhões,sempre à sombra e a uma altura de 1,8 m a2,0 m ou no terço inferior da árvore. Den-sidade das armadilha - para a armadilha tipoMcPhail: pomares de até 1 ha, utilizar 4armadilhas; de 2 ha a 5 ha, 2 armadilhas/ha;acima de 5 ha, 1 armadilha/ha. As armadi-lhas com atrativo sexual são muitas vezesmais eficientes do que aquelas com atrativoalimentar, por isso a sua densidade deve serreduzida a um quarto de vezes da McPhail.

Pragas Nome Técnico3 Nome Comercial4 Formulação Doses Observações

Quant. por100 l água

kg ou lpor ha

Ácaros

Fenpyroximate Ortus 50 SC 5 SC 75 - 100 ml -

Enxofre

Elosal SC 100 SC 240 ml 0,96 -1.44 l Aplicar o enxofrenas horas maisfrescas e evitar amistura com óleosemulsionáveis eprodutos cúpricos

Sulficamp 80 PM 300 g

Thiovit 80 PM 600 g 3 - 6 kg

Kumulus S2 80 PM 300-400 g -

Dicofol + Tetradifon2 Carbax 16CE+6CE 200 ml 1,5 e 2,0 l -

Vamidothion 2 Kilval 300 30 CE 100-120 ml - -

Dimethoate2 Perfection 40 CE 100 ml 0,6 a 1,2 l -

Abamectin2 Vertimec 18CE 30-50 ml 0,3 - 0,6 l Inset. biológico

Quinometionato2 Morestan BR 25 PM 75 g -Evitar misturar comoutros produtos

Azocyclotin2 Peropal 250 PM 25 PM 100 g - -

Endosulfan + Tetradifon2 Thiodan CE + Tedion 80 35 CE + 80 CE 150 + 150 ml - -

Mandarová eLagarta-rosca

Carbaryl2 Carbalate 480 SC 48 SC 200 ml 1,9 - 2,25 l -

Carvin 80 PM 150-200 g 1,5 - 2,0 kg -

Carbion 7,5 P - 20 kg -

Trichlorfon Dipterex 25 2,5 P - 16 kg -

BacillusThuringiensis Dipel PM 3,2 PM - 0,25 a 0,5 kg -

Cigarrinha-verde Trichlorfon Dipterex 50 CE 240 ml 0,8 a 1,0 l -

Formigascortadeiras

SulfluramidaIsca formicida

Attamex-SGranulado0,3% i.a.

-

-

6 a 8g/m2 de terrasolta deformigueiro. Paraquem-quem utilizaros grânulos demenor tamanho

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3535Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

Controle Químico - composição eaplicação da isca tóxica

A isca tóxica é uma solução compostapelo atrativo hidrolizado de proteína, a 5%ou melaço de cana-de-açúcar, a 7%, maisinseticida Malathion ou Trichofon, mais água.A aplicação da isca tóxica é feita quando secoleta, em média, uma mosca por armadilhapor semana. A aspersão da isca é feita compulverizador costal com bico em leque (paraherbicida) ou pulverizador motorizado adap-tado de forma que sejam aplicados cerca de150 a 200 ml da calda na parte sombreada dacopa das árvores (internamente). A aplica-ção deve ser feita em toda a periferia dopomar e em ruas alternadas.

MANDMANDAROAROVÁVÁErinnyis elloErinnyis ello (L., 1758) (L., 1758)

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOA mariposa Erinnyis ello (L.) (Lepido-

ptera: Sphingidae), também conhecida como“gervão”, é considerada uma das principaispragas da mandioca no Brasil. Ela pode,ocasionalmente, trazer sérios prejuízos aoprodutor de mamão, sobretudo quando omamoal encontra-se próximo a plantios demandioca.

DESCRIÇÃO E CICLO DE VIDADESCRIÇÃO E CICLO DE VIDAAs asas do inseto adulto são estreitas e

podem chegar a até 10 cm de envergadura.As anteriores são de coloração cinza e asposteriores, vermelhas. De hábito notur-no, os adultos colocam os ovos isolada-mente, que no início são verdes, porémpróximos à eclosão tornam-se amarelados,com um diâmetro de 1,5 mm. Logo após aeclosão, as lagartas possuem 5 mm decomprimento e quando completamentedesenvolvidas, 100 mm. A coloração podevariar do verde, ao marrom e ao preto.Após a fase larval, que dura cerca de 15 dias,transforma-se em pupa, no solo. Possuemuma coloração marrom e medem cerca de50 mm de comprimento.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOSAs lagartas atacam de preferência as

folhas e brotações mais novas, porém as

mais velhas podem ser atacadas posterior-mente. Quando ocorrem infestações inten-sas, a planta pode apresentar desfolhamentototal, acarretando queima dos frutos pelo sole um atraso no desenvolvimento da planta.

CONTROLECONTROLEEsta praga pode ser controlada usan-

do-se um inseticida biológico, à base deBacillus thuringiensis, que deve ser aplicadoquando as lagartas ainda são jovens, poisnessa fase o produto é mais eficiente. Emataques isolados (focos), recomendam-se acatação manual e a destruição das lagartas.Deve-se utilizar o controle químico somen-te se houver uma infestação intensa e gene-ralizada (Tabela 2).

FORMIGAS-CORTADEIRASFORMIGAS-CORTADEIRASDe ocorrência generalizada no país, as

formigas-cortadeiras (Atta spp. e Acromyrmexspp.) (Hymenoptera: Formicidae) podemtrazer sérios prejuízos ao produtor de ma-mão, com os maiores danos ocorrendologo após o plantio, quando as mudas,ainda tenras, ficam suscetíveis aos seus ata-ques (Figura 10). O controle deve ser efetu-ado antes do plantio, usando-se iscas gra-nuladas, formicidas em pó ou líquidostermonebulizáveis (Tabela 2).

Figura 10.Figura 10. Sintoma de ataque de formi-gas-cortadeiras a mudas de mamoeiros.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade3636

LALAGARTGARTA-ROSCAA-ROSCAAgrotis ipsilon Agrotis ipsilon Hufnagel, 1776 Hufnagel, 1776

Apesar de a lagarta-rosca Agrotis ipsilon(Lepidoptera; Noctuidae) não ocorrer commuita freqüência na cultura do mamoeiro,ela pode atacar as plântulas no viveiro,seccionando-as rente ao colo. Possui hábitonoturno e, durante o dia, abriga-se, enrolada,sob o solo. Assim que se observe a presençada lagarta na planta, deve-se efetuar o con-trole, da mesma forma que para o mandarová,com Bacillus thuringiensis (Tabela 3).

COCHONILHACOCHONILHAMorganella longispina Morganella longispina Morgan,Morgan,18891889

A cochonilha Morganella longispina(Hemiptera: Diaspididae) pode ser encon-trada em grandes colônias no caule domamoeiro, sugando a seiva.

Possui uma escama de coloração ne-gra, circular, acentuadamente convexa, com

Tabela 3.Tabela 3. Informações adicionais sobre os acaricidas e inseticidas citados nessa publicação.

I = Altamente tóxico; II = Medianamente tóxico; III = Pouco tóxico; IV = Praticamente atóxico.

uma aba voltada para cima. Mede de 1mma 1,5 mm de diâmetro.

Quando observada a presença dacochonilha deve-se raspar o caule, paradeixá-la exposta e, então, pulverizá-la comóleos emulsionáveis a 0,1% - 0,2%.

PERCEVEJO-VERDEPERCEVEJO-VERDENezara viridulaNezara viridula L., 1758 L., 1758

As formas jovens do percevejo-verde,Nezara viridula (Hemiptera: Pentatomidae)são escuras com manchas vermelhas e osadultos (13-17 mm de comprimento) sãoverdes, e às vezes escuros, com a faceventral verde-clara. Os ovos são amarela-dos, porém, próximos da eclosão tornam-se rosados. A postura dos ovos é feitaagrupada em placas.

No mamoeiro, as ninfas e os adultossuccionam a seiva das folhas e, principal-mente, dos frutos, acarretando prejuízosdevido às manchas que aparecem no localda picada.

Grupo químico Nome técnicoClasse

toxicológicaCarência

(dias)

Derivado do Pyrazol (Fenoxypirazole) Fenpyroximate II 3

Origem inorgânica Enxofre IV 15

Origem biológicaBacillus

thuringiensisIV 5

Origem biológica Abamectin III 7 (citros)

Carbamato Quinometionato III 14

Clorofosforado Triclorfom III 7

Fosforado sistêmico Vamidotion II 30

Carbamato Carbaril II 7 a 30

Organoclordo + cloro fenil sulfona Dicofol + tetradifon II 14

Fosforado sistêmico Dimetoato I 30

Organoestânico Azocyclotin I 21 (citros)

Éster ácido sulfuroso + clorodifenilsulfonaEndosulfam +

tetradifonI / IV / 14

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3737Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

6DOENÇASAntonio Alberto Rocha Oliveira

Antônio Souza do NascimentoCristiane de Jesus Barbosa

Hermes Peixoto Santos FilhoPaulo Ernesto Meissner Filho

O mamoeiro sofre o ataque de diferentes agentes etiológicos, alémdos distúrbios e anomalias de

causas desconhecidas e não parasitárias. Asdoenças podem afetar as folhas, ramos,raízes, flores e frutos do mamoeiro emdiferentes etapas do seu desenvolvimento.De maneira geral, as de maior importância,nas áreas produtoras do Brasil, são causa-das por fungos e vírus, destacando-se aspodridões fúngicas, que podem ocasionar aperda total da produção ou mesmo a mortegeneralizada das plantas no pomar, e o vírusda mancha anelar, que vem constituindo-seno principal problema da cultura,inviabilizando o uso de variedades comer-ciais e tornando impróprias extensas áreas.

ANTRAANTRACNOSE -CNOSE -((Colletotrichum Colletotrichum gloeosporioidesgloeosporioides))

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A antracnose é considerada a principaldoença dos frutos do mamoeiro na maioriadas regiões tropicais e subtropicais. Osfrutos atacados tornam-se imprestáveis paraa comercialização e o consumo e, mesmoque os sintomas não se evidenciem nascondições de campo, eles podem aparecerna fase de amadurecimento, transporte,embalagem e comercialização.

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃOÉ encontrada em todas as áreas produ-

toras de mamão do mundo, variando a gra-vidade de sua infestação com os níveis deumidade do ambiente. Há menção de gran-des prejuízos causados por esta doença noHavaí, Filipinas, Malásia, México e Brasil.

ORGANISMO CAUSADOR EORGANISMO CAUSADOR ESINTOMASSINTOMAS

A doença é causada pelo fungo

Colletrotrichum gloeosporioides Penz, da classeDeuteromycetes, ordem Melanconiales,família Melanconiaceae. Recentementeforam relatadas outras espécies desse gêne-ro que causam podridões em frutos: C.acutatum, C. dematium e C. circinans. O fungocoloniza os tecidos e forma acérvulossubepidérmicos com setas escuras,conidióforos cilíndricos com conídioshialinos, unicelulares, numerosos eaglutinados por uma substância gelatinosade coloração rósea, visível facilmente nassuperfícies apodrecidas. A forma perfeita éGlomerella cingulata (Ston) Spaul & Schr. daclasse Ascomycetes, ordem Sphaeriales,Família Sphaeriaceae. Nesse caso, osperitécios são marrons, ostiolados, isoladosou em grupos, incrustados em estromapreto, sem paráfises. As ascas são oblongas,quase claviformes e contêm no seu interior8 ascórporos, hialinos, unicelulares, cilín-dricos e dispostos em tamanho crescente.

Os frutos jovens, quando atacados,cessam o seu desenvolvimento, mumifi-cam-se e caem. Com o aumento da preci-pitação e da umidade relativa, aparecem nacasca dos frutos pequenos pontos pretos,os quais aumentam de tamanho formandomanchas deprimidas, que podem medir até5 cm de diâmetro. Em torno das manchasforma-se um halo de tecido aquoso, comcoloração diferente da parte central. Quan-do em grande quantidade as manchas po-dem coalescer; espalham-se pela superfí-cie do fruto, penetram e aprofundam-sena polpa, ocasionando a podridão-mole(Figura 11). A frutificação do fungo con-centra-se na parte central da lesão, quetoma um aspecto gelatinoso de coloraçãorósea. Nos pecíolos, formam-se manchasdeprimidas escuras onde se desenvolvemperitécios da forma perfeita do fungo. Nas

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade3838

rização pré-colheita, seguido de cuidadosessenciais e preventivos, na pós-colheita.

Medidas preventivas, recomendadaspara regiões com umidade relativa superiora 80%, incluem a utilização de espaçamentomaior, permitindo um melhor arejamentoda copa, a retirada e queima de folhasvelhas, pulverizando imediatamente asescaras foliares com um fungicida cúpricoou mancozeb (Tabela 4). Durante o perío-do de florescimento e frutificação, princi-palmente se houver umidade superior a90%, torna-se necessário um tratamentofitossanitário para assegurar uma produçãode frutos sadios. O armazenamento deveser feito em locais ventilados com tempera-tura nunca superior a 20oC e umidade abai-xo de 70%. Como o fungo dificilmentepenetra pela epiderme, evitar ferimentospassa a ser um ótimo meio de prevenção.

O controle com benomyl pode serespaçado de 15 a 21 dias, dependendo dascondições climáticas e, na época da colheitacom os frutos ainda verdoengos, imergi-losnuma suspensão aquecida a 48oC comthiabendazol durante 20 minutos. Reco-menda-se alternar aplicações de cúpricosao tratamento com fungicidas sistêmicosem face da resistência adquirida pelo fungopelo uso constante de benomil, tiofanato-metílico e carbendazim.

VVARÍOLAARÍOLA((Asperisporium caricaeAsperisporium caricae))

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A varíola é uma doença muito comumtanto em pomares comerciais como empomares domésticos. Ainda que não causeprejuízos tão grandes como outras podri-dões, pelo fato de as manchas se limitaremà superfície dos frutos, o grande número delesões causa mau aspecto e grande desvalo-rização comercial.

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Além do Brasil, a doença se distribuipelos Estados Unidos, Cuba, Bermudas,Colômbia, Argentina, Venezuela, Equa-

Figura 11.Figura 11. Sintomas de antracnose em fruto de mamão.

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folhas, as lesões são circulares, de bordosirregulares com o centro acinzentado epontuações negras que são frutificações dofungo. A infecção nas folhas novas começacom lesões quase imperceptíveis, circula-res, isoladas, translúcidas que evoluem,coalescem, tornam-se marrons, causandodeformações nos tecidos do limbo com oamadurecimento das folhas.

DDANOS E EFEITANOS E EFEITOS ECONÔMICOSOS ECONÔMICOSA nocividade para a economia é muito

grande, pois os frutos atacados pelaantracnose tornam-se imprestáveis para acomercialização e o consumo. O fungosobrevive de um ano para outro nas lesõesvelhas da cultura, principalmente nas fo-lhas. Os ferimentos causados nos frutos,por insetos ou por via mecânica, favorecema penetração do fungo.

Ainda que frutos colhidos não apre-sentem sintomas da doença, ela se manifes-ta na fase de embalagem, transporte, ama-durecimento e comercialização, causandogrande percentagem de perdas. Nos poma-res de mamão orientados para o mercadoexterno, a antracnose requer tratamentopós-colheita, para que os frutos cheguemaos mercados importadores em boas con-dições de comercialização.

CONTROLECONTROLEComo o maior prejuízo é causado nos

frutos maduros nas fases de colheita e pós-colheita, o meio mais eficiente de controle daantracnose deve ser um programa de pulve-

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3939Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

dor, El Salvador, Bolívia, Índia, Quênia eSri Lanka.

ORGANISMO CAORGANISMO CAUSADOR EUSADOR ESINTSINTOMASOMAS

O agente causal da varíola é o fungoimperfeito Asperisporium caricae (Speg)Maubl., da classe Deuteromycetes, ordemMoniliales, família Dematiaceae, que apre-senta estroma subepidérmico, erumpentes,produzindo conidióforos curtos, em feixesonde se inserem conídios equinulados ebicelulares.

A infecção se dá, comumente, na parteinferior das folhas mais velhas (Figura 12).Aí o fungo desenvolve frutificaçõespulverulentas que formam manchas peque-nas, em geral menores do que 4 mm dediâmetro, circulares, ligeiramente angulo-sas de coloração escura. Correspondente àlesão, na página superior, localizam-se le-sões semelhantes de coloração pardo-clara,envolvidas por uma pequena depressão ehalo amarelo (Figura 13). Nas áreas secasda folha, a lesão circular torna-se branca,diferenciando-se assim das lesões deantracnose. Em época de chuvas e altaumidade, as lesões podem aparecer nasfolhas jovens e nos frutos.

Os primeiros sintomas nos frutos ve-rificam-se quando estes ainda estão verdes,na forma de manchas circulares, arrodeadaspor um encharcamento, escuras e com pon-tos esbranquiçados no centro. O tamanhodas manchas acompanha o desenvolvimen-to dos frutos, tornando-se, então, pretas,salientes, ásperas ao tato, porém limitando-se à camada superficial do fruto (Figura 14).

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOS

Os sintomas nas folhas, quando muitoseveros, reduzem a capacidade fotossintéticacomprometendo o metabolismo da plantae resultando em diminuição na produção.O intenso ataque da doença provoca quedaprematura das folhas, retardando o cresci-mento e diminuindo a vitalidade das plan-tas. A queda de grande quantidade de folhas Figura 14.Figura 14. Sintomas de varíola em fruto de mamão.

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Figura 12.Figura 12. Sintomas de varíola na página inferior dafolha do mamoeiro.

Figura 13.Figura 13. Sintomas de varíola na página superiorda folha do mamoeiro.

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pode provocar queimaduras nos frutos,devido ao contato direto com o sol.

CONTROLECONTROLE

Apesar de o fungo ser de fácil controlecom a utilização de fungicidas, é necessárioque os produtos sejam aplicados na épocacorreta. Como a doença aparece inicial-mente nas folhas mais velhas, deve-semonitorar o pomar localizando as lesõesque aparecerem neste tipo de folha. Aspulverizações devem começar quando alesão ainda está com a coloração pardacenta,vez que os estromas, que são subepi-dérmicos, ainda não romperam os tecidosda folha para formar as lesões pretas quan-do são liberados os esporos. Como a lesãoprogride rapidamente, os frutos são atingi-dos e, ainda que o fungicida não permita aformação das pintas pretas, manchas aquo-sas e pardacentas se formam comprome-tendo o aspecto externo do fruto. As folhasmais velhas devem ser retiradas e destruídasno local, não devendo serem arrastadaspelo pomar, evitando-se a dispersão deesporos. Realizando-se um efetivo contro-le das lesões nas folhas, não é necessáriopulverizar os frutos.

PODRIDÃO PRETPODRIDÃO PRETAA((Phoma caricae-papayaePhoma caricae-papayae))

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Antigamente descrita comoascoquitose, esta é uma doença importantepara as regiões tropicais, causandosintomatologia variada em folhas, frutos,pedúnculo (pós-colheita) e tronco. O agen-te etiológico coloniza folhas velhas epecíolos, produzindo abundantes corposde frutificação que servem de fonte deinóculo primário, no campo.

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

A doença já foi constatada em váriospaíses produtores de mamão no mundo,tais como a Índia, Estados Unidos (Havaí)e Brasil.

ORGANISMO CAORGANISMO CAUSADOR EUSADOR ESINTSINTOMASOMAS

O agente causal da doença é o fungoPhoma caricae papayae (Tarr) Punith, perten-cente à classe Deuteromycetes, ordemSphaeropsidales e família Sphaeropsidaceae.O seu teleomorfo é Mycosphaerella sp. Ante-riormente esta doença era atribuída ao fun-go Ascochyta caricae Pat (Hire) e M. caricae-papayae Terr.

Os sintomas podem ser observadosnos frutos, nas folhas e nos troncos domamoeiro. Nos frutos, a podridão apareceem forma de manchas pequenas, circularese aquosas que se juntam formando áreasescuras com pontuações negras que sãonumerosos picnídios. Com o desenvolvi-mento da doença, a lesão torna-se deprimi-da e dura, podendo ser extraída facilmente,(Figura l5). Nas folhas, observa-se umalesão necrótica pardacenta, com visualizaçãode pontos negros rodeando as suas mar-gens que são picnídios do fungo, embebi-dos no tecido. Com o envelhecimento dalesão, aparece na sua superfície um micélioesponjoso acinzentado. O fungo pode serencontrado no ápice do mamoeiro, con-

Figura 15.Figura 15. Fruto atacado pelo fungo P.caricae-papayae, com manchascoalescidas, escuras e com pontuaçõesnegras.

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4141Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

tribuindo com outros agentes para a quedadas folhas e até a morte da planta.

A disseminação dos esporos se dá naforma de ascoroso, que se multiplicam ecolonizam os tecidos mais rapidamentequando existem condições de alta umidadee temperaturas amenas. Na fase de pós-colheita, as manchas são maiores e seaprofundam no pericarpo e mesocarpo dofruto, chegando até as sementes.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOS

A doença ocorre com mais severidadeem regiões tropicais com baixa umidaderelativa seguida de chuvas, proporcionan-do maior facilidade de penetração do fun-go. O ataque intenso pode até mesmo cau-sar a morte de plantas.

CONTROLECONTROLEComo a doença pode afetar diferentes

partes da planta, algumas medidas de con-trole têm que ser feitas de modo integrado.

Devem-se evitar ferimentos por oca-sião da colheita, embalagem e armaze-namento. Os frutos devem ser colhidosantes de amadurecer e submetidos, cincodias antes da colheita, a uma aplicação debenomyl a 0,1%. Antes do armazenamentomergulhar os frutos em solução dethiabendazol a 5g/litro, mantendo-os a umatemperatura de 25oC.

Há resistência da espécie Caricagaudotiana a quatro isolados do fungo, en-quanto C. cauliflora e C. papaya mostraramdiferentes graus de suscetibilidade.

OÍDIO - (OÍDIO - (Oidium caricaeOidium caricae))((Ovulariopsis papayeOvulariopsis papaye))

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

O oídio do mamoeiro foi descrito pelaprimeira vez no Brasil e depois reconhecidoem diferentes regiões tropicais esubtropicais. É uma doença que causapequenos prejuízos, a não ser quando oataque ocorre em plantas jovens no viveiro,ou sob condições de temperaturas amenase clima seco.

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

A doença também já foi constatadaem outras regiões produtoras, incluindoAustrália, Bermudas, Flórida, Havaí, Índia,Nova Zelândia e Taiwan.

ORGANISMO CAORGANISMO CAUSADOR EUSADOR ESINTSINTOMASOMAS

A doença é causada por O. caricae Noackda classe Deuteromycetes, ordem Monilialesfamília Moniliaceae. Nenhum telemorfo éconhecido para essa espécie. O micélio éhialino, septado, desenvolvendo haustóriosno interior das células epidérmicas dohospedeiro. O conídio mede 14µ a 19µ x28µ a 18µ), é hialino e granular, em forma debarril e se forma em cadeias de três a cincoou mais esporos. As hifas medem 4,5µ a6,5µ de diâmetro produzindo conidióforosalongados de 100µ x 10µ.

Com esta mesma denominação a do-ença também é relatada como sendo causa-da por Ovulariospsis papayae, um fungo declasse Deuteromycetes, ordem Moniliales,família Moniliaceae que corresponde aoestado conidial de Phyllactnia.

Ovulariospsis papayae apresentaconidióforos eretos, originários de hifascilíndricas plurisseptados medindo 144µ(110µ a 190µ) de comprimento por 6,9µ(5,7µ a 7,8µ) de largura. Conídios gran-des, isolados no ápice dos conidióforos,subclavados, comprimento médio de65,1µ (60µ a 73µ) e largura média de17,6µ (16µ a 19µ).

Massas difusas de micélio branco deO. caricae se desenvolvem na face inferiordas folhas, notadamente nas áreas adjacen-tes das nervuras e, ocasionalmente, na facesuperior (Figura 16). Inicialmente as áreasafetadas tornam-se cloróticas e as lesõesapresentam margens de uma coloração ver-de-escura. A presença dos conídios nosmicélios dá um aspecto de pó branco querecobre a área das lesões. Caules, flores,pedicelos e frutos podem ser afetados.Ainda que todas as folhas possam sofrer o

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade4242

ataque do fungo, as folhas mais velhas são asmais suscetíveis. Em plantas de viveiro podeocorrer uma queda total das folhas e mortedas plantas, caso o ataque seja severo e ascondições edafoclimáticas sejam favoráveis.

A sintomatologia do ataque de O.papayae difere em parte da descrita para O.caricae. A página superior da folha mostraáreas cloróticas que evoluem para manchasamareladas delimitadas pelas nervuras prin-cipais, arredondadas, com bordas irregula-res medindo 0,5 cm de diâmetro e se juntamatingindo grande área foliar. Corres-pondendo a essas manchas, na face inferiorda folha, observam-se pequenas tumefaçõesonde se desenvolve um micélio acinzentado,tênue, único ponto de semelhança com ossintomas de O. caricae. Não se observa ne-nhum sinal do fungo na face superior da folha.

DDANOS E EFEITANOS E EFEITOS ECONÔMICOSOS ECONÔMICOS

As condições climáticas são impor-tantes para o desenvolvimento da doença.Temperaturas amenas e umidade relativaalta são favoráveis ao seu desenvolvimentosobre a folhagem. Em regiões de altitudemédia, em que a temperatura é amena e aumidade é alta, em caso de formação defolhas novas, nesta ocasião, a doença serámais intensa e os sintomas só aparecerãonas folhas mais velhas.

CONTROLECONTROLE

Os métodos de controle utilizadospara Oidium também são recomendadospara Ovulariopsis. Como a doença se mostrapouco importante em plantas adultas, so-mente em casos de alta incidência recomen-dam-se aplicações de produtos químicos,principalmente à base de enxofre, na dosa-gem de 600 a 700 g/100 ml de água, tendo-se o cuidado de aplicar com temperaturasinferiores a 21oC. Quinomethionato 0,05%,pirazophos a 0,025% e outros fungicidas quecontrolam oídios de outras culturas, comocarbendazim, tiofanato-metilíco, triadimefonsão também bastante eficientes.

PODRIDÃO DE PHYTPODRIDÃO DE PHYTOPHTHORAOPHTHORA((Phytophthora Phytophthora sp.)sp.)

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Esta doença foi descrita por diversosautores como podridão das raízes, do caule,dos frutos, gomose ou podridão dePhytophthora, devido aos sintomas encon-trados serem causados pelo mesmo agenteetiológico.

Perdas enormes em frutos sãoregistradas freqüentemente durante perío-dos de chuvas intensas. As chuvas e altastemperaturas também podem resultar emsevero declínio da planta e conseqüentemorte devido a podridão de raízes em solospesados e pouco drenados.

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Essa doença encontra-se distribuídaem todas as regiões cultivadas com o ma-moeiro. Registrada pela primeira vez nasFilipinas como P. faberi Maubl, dispersou-se para o Sri Lanka, Malásia, Havaí, Filipi-nas, Austrália, Brasil, Espanha e Taiwan.

ORGANISMO CAORGANISMO CAUSADOR EUSADOR ESINTSINTOMASOMAS

Descrita no início como Phytophthorafaberi Maubl. e em seguida como P. parasiticaDast. Recentemente, a maioria dos autoresconsidera P. palmivora Butl. o principal agente

Figura 16.Figura 16. Cobertura esbranquiçada do micélio de O.caricae sobre folhas do mamoeiro.

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4343Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

causal da doença. Phytophthora é um fungoda classe Oomycetes, ordem Peronos-porales, família Pythiaceae.

Em cultura pura, essa espécie produzoósporos de 26,6µ de diâmetro e hifasmedindo 3µ a 7µ de diâmetro, nas quais sãoproduzidos esporângios laterais, terminaisou intercalares. Estes últimos são normal-mente ovais, às vezes pontudos nas duasextremidades e medem 42µ x 47µ. Nomomento da germinação, os esporângiosliberam 16 a 20 zoósporos de 12 x 16µ dediâmetro. Os clamidósporos são esféricos,pequenos, medindo 15,5µ x 23,4µ. Nacultura do mamão não se conseguiuvisualizar as formas sexuais de reprodução.

Na porção superior do mamoeiro ofungo penetra no fruto, nas cicatrizes dasfolhas ou em ferimentos do caule causadospor ferramentas durante as operações cul-turais. O fruto verde é mais resistente,porém pode ser infectado caso a infecção sedê no caule, próximo ao pedúnculo adja-cente. Neste caso o fruto fica enrugado e caino solo, liberando novos zoósporos. Nosfrutos maduros observa-se uma podridãocujos tecidos ficam consistentes e recobertospor um micélio aéreo branco e cotonoso(Figura 17). No caule, os tecidos maistenros e superficiais são destruídos apare-cendo feixes de tecidos mais internos. Ocomprometimento de grandes áreas dotronco interfere no livre fluxo de seiva,acontecendo sintomas reflexos de mur-cha, amarelecimento e queda de folhas(Figura 18). Quando o caule está com-pletamente envolvido pela doença, o topoda planta fica murcho e seco e, caso a plantaesteja com frutos, estes são derrubadas pelovento, ficando o tronco sem folhas. Naregião do colo as lesões são escuras, deli-mitadas por uma área aquosa, destruindoinicialmente os tecidos externos, internose as raízes apresentam uma podridão moleque destrói inteiramente os seus tecidos(Figura 19).

DDANOS E EFEITANOS E EFEITOS ECONÔMICOSOS ECONÔMICOSUm dos mais sérios problemas da cul-

tura do mamoeiro está relacionado com as

Figura 17.Figura 17. Phytophthora em frutos de mamão. Nota-sea cobertura micelial branca do fungo causador dadoença.

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Figura 18.Figura 18. Sintomas reflexos de murcha e queda dasfolhas devido ao fungo P. palmivora.

podridões causadas por P. palmivora, resul-tando em grandes prejuízos nas áreas ondeocorrem. Na Austrália, em dois anos, cercade 8.000 plantas foram destruídas pela do-

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ença. No Havaí, a enfermidade atingiumilhares de plantas, reduzindo a produçãoe forçando o abandono de terras cultivadascom mamão. No Brasil, a doença estádisseminada por quase todas as regiõesprodutoras e com o agravante de que asculturas utilizadas comercialmente não apre-sentam resistência a essa enfermidade. Oproblema é ainda mais sério pelo fato de oseu agente etiológico também utilizar 80espécies como hospedeiras, entre as quaisos citros, cacau, coqueiro e abacaxi.

CONTROLECONTROLE

A podridão dos frutos pode ser con-trolada com pulverizações preventivas, uti-lizando-se fungicidas cúpricos alternadoscom mancozeb ou etilfosfito de alumínio,respeitando-se um período de carência de20 dias. Em regiões com histórico dadoença e em solos cultivados sucessiva-mente, recomenda-se a substituição nacova de plantio do solo retirado por solo

virgem onde nunca foi plantada a cultura domamão. Também são recomendações depráticas culturais: evitar o uso de solosexcessivamente argilosos em regiões comalta pluviosidade; evitar ferimentos do cau-le e nos frutos; fazer plantios mais altos,incluir um sistema de drenagem para plan-tios em solos encharcados; erradicar e quei-mar no local plantas em adiantado estadode infecção. Para a podridão do colo e dotronco, no início da formação da lesão,raspar a área afetada e aplicar uma pastacúprica 0,5% ou uma pasta com etil-fosfito-de-alumínio na dosagem de 4,8 g do ingre-diente ativo por litro de água. Procurandoresistência ou altos níveis de tolerância àpodridão da raízes, conseguiram separarplantas resistentes (Waimanalo 23,Waimanalo), moderadamente resistentes(Kapoho Solo) e suscetíveis (Higgins). Osresultados foram obtidos a partir de plantasnovas em condições de casa de vegetação ede campo. Também foi encontrado altograu de tolerância em frutos inoculados dacultivar Waimanalo. No caso da podridãode raízes, plantas jovens de Waimanalo eKapoho Solo se mostraram como possíveisfontes de resistência.

ESTIOLAMENTESTIOLAMENTO OUO OUTTOMBAMENTOMBAMENTO DE MUDO DE MUDAS -AS -(Phytophthora sp., Pythium sp.,Rhizoctonia solani e Fusarium sp.)

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

O estiolamento de mudas é uma doen-ça que ocorre, normalmente, em viveiros eé causada por fungos de solo cuja etiologiavaria de região para região, porém apresen-tam o mesmo quadro sintomatológico. Emviveiros muito adensados, as plantas po-dem morrer em poucos dias, chegando amais de 80% a quantidade de perdas.

Os fungos envolvidos no processoexigem métodos de controle diferentes, oque dificulta a escolha daquele mais ade-quado em função da semelhança dos seussintomas.

Figura 19.Figura 19. Lesão de Phytophthora no colo da planta.

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4545Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

A doença é encontrada em todas asáreas produtoras de mamão do mundo,variando a gravidade de sua infestação comos níveis de umidade do ambiente.

ORGANISMO CAORGANISMO CAUSADOR EUSADOR ESINTSINTOMASOMAS

O estiolamento ou tombamento demudas é causado por fungos dos gênerosPhytophthora, Pythium, Fusarium e Rhizoctoniasolani.

Os gêneros Phytophthora e Pythium per-tencem à classe Oomycetes, ordemPeronosporales, família Pythiaceae.

Pythium possui um esporângio liso quedá origem a um esporângio secundário quese projeta para fora, formando uma vesícula,onde se diferenciam zoosporos, ovóides oureniformes, uni ou biciliados. O gêneroPhytophthora apresenta a diferenciação doszoosporos dentro do esporângio. Ambospossuem micélio hialino não septado. Emmamoeiro, ainda não está definida a espéciede gênero de Fusarium, que pertence à classeDeuteromycetes, ordem Moniliales, famíliaTuberculariaceae. Rhizoctonia solani pertenceà classe Deuteromycetes, ordem MiceliaSterília. Não possui corpos frutíferos nemproduz esporos. O micélio é formado porhifas grossas com células grandes, septadascom ramificações dispostas em ângulo reto,com constrições na sua base.

O conhecimento da etiologia dessadoença é importante para o estabelecimen-to da metodologia de controle.

No início, os sintomas caracterizam-se por uma mancha de aspecto aquoso nostecidos da região do colo que aumenta detamanho, seguida de uma constrição eapodrecimento úmido, amarelecimento,tombamento e morte das mudas afetadas(Figura 20). Iniciada a podridão no colo daplântula torna-se difícil controlá-la. As plan-tinhas jovens são muito suscetíveis, tornan-do-se resistentes quando mais velhas.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOS

Esta doença é muito comum em dife-rentes culturas tais como: amendoim,batatinha, café, fumo, feijão, seringueira,citros, mangueira, maracujazeiro e hortaliçasem geral. O ataque dos fungos é facilitado,em função das condições de umidade eleva-da em face do adensamento das plantas.

A doença também pode ocorrer nafase inicial de crescimento dos mamoeirosno local definitivo, em geral em terrenosencharcados ou de difícil drenagem. Nestecaso, quando os plantios são efetivadosseguidamente na mesma área, o replantiotorna-se fator limitante se os campos nãotiverem pelo menos três anos sem seremcultivados com mamoeiros. Em áreas comterrenos muito rochosos o problema seagrava ainda mais. Ao invés de se fixaremno solo, as plantinhas apresentam declíniotípico como resultante do apodrecimentodas raízes causado por um complexo defungos.

Figura 20.Figura 20. Planta joven de mamoeiro com sintoma detombamento, observando-se necrose do colo e sinto-mas de murcha das folhas.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade4646

CONTROLECONTROLE

O viveiro deve ser implantado emlocal ensolarado de modo que as mudasrecebam 50% de intensidade luminosa,longe de plantações que possam transmitirdoenças ao viveiro e com menor densida-de de plantas. Nos recipientes utilizadospara produção de mudas, utilizar solos nosquais não se tenha cultivado mamoeiropor 5 anos. O solo deve ser tratado porfumigação ou por esterilização via calor a82oC/ 2 horas.

As sementes devem ser tratadas comprodutos químicos à base de captan, nadosagem de 450 ml/100 kg de sementes.

No aparecimento dos primeiros sinto-mas de Rhizoctonia, aplicar produtos à base dePCNB (300g/100 L/água) sob a forma derega no solo. Para o controle de Fusariumaplicar em pulverização, no colo da planta,chlorotalonil na dosagem de 300g/100 lágua. Os fungos Phytophthora e Phytium po-dem ser controlados com metalaxil na dosa-gem de 250g/ml sob a forma de pulverização.

Tabela 4Tabela 4. Informações adicionais sobre os fungicidas citados nessa publicação.

I = Altamente tóxico; II = Medianamente tóxico; III = Pouco tóxico; IV = Praticamente atóxico.

DOENÇAS CADOENÇAS CAUSADUSADAS PORAS PORVÍRUSVÍRUS

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃONo Brasil, a cultura do mamoeiro é

infectada por três doenças que são atribuí-das a viroses, à mancha anelar, à meleira e aoamarelo letal. O grande problema da infeçãode uma planta por uma virose é que não hámétodos curativos rápidos e baratos paraeliminar uma virose de uma planta, assimcomo é difícil evitar que ela infecte umaplantação. Na literatura há pouca informa-ção disponível quanto aos danos causadospelas viroses.

VÍRUS DVÍRUS DA MANCHA ANELARA MANCHA ANELAR

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Esta virose é cosmopolita, ocorrendoem todos os locais nos quais o mamoeiro éplantado.

ORGANISMO CAORGANISMO CAUSADOR EUSADOR ESINTSINTOMASOMAS

A mancha anelar é causada pelo vírus

Grupo químico Nome técnicoClasse

toxicológicaCarência

(dias)

Cúprico Oxicloreto de cobre IV não há

Cúprico Hidróxido de cobre IV -

Orig. inorgânico Enxofre IV 15

Carbamato Mancozeb III 0 a 30

Aromático PCNB III 21

Monoetil fosfito Fosetil Al III 30

Alaninato Metalaxil III 30

Benomil Benzimidazol III 14

Carbamato Maneb II 0 a 30

Tiadiazinas Dazomet II 90

Ftalnitrila Chlorotalonil I 21

Brometo de metila Brometo de metila I 05

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4747Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

da mancha anelar (Papaya ringspot virus,PRSV), que pertence à família Potyviridae,gênero Potyvirus. No Brasil, entre os produ-tores e os técnicos, essa virose é mais co-nhecida como o mosaico-do-mamoeiro.Isso acarreta confusões, uma vez que ocor-re em mamoeiro em outras países umaoutra virose que recebe este nome, que écausada por um vírus do gênero Potexvirus.O Comitê Internacional de Taxonomia deVírus (ICTV) adota o nome de manchaanelar para a doença causada pelo PRSV.

No Brasil, só foi relatado até o mo-mento o PRSV, que é disseminado de umaplanta de mamoeiro para outra pelos pul-gões. Várias espécies de pulgões já foramrelatadas como vetores desse vírus. Sendo

assim, a mancha anelar é transmitida deforma não persistente por Myzus persicaeSulzer, Aphis gossypii Glover, A. fabae Scop.,A. coreopsidis (Thos.), Toxoptera citricidus Kirk.

O vírus possui duas estirpes: a estirpeP, que infecta mamoeiro, chenopodiáceas ecucurbitáceas, e a estirpe W, que infectaapenas chenopodiáceas e cucurbitáceas.

As plantas infectadas apresentamamarelecimento das folhas superiores, háprodução de mosaico, as folhas apresentamáreas com diferentes tonalidades de verde(Figura 21-A), são formadas estrias oleosasnos pecíolos e na haste (Figura 21-B). Nosfrutos são produzidos anéis esverdeadosque, com o passar do tempo, tornam-senecróticos (Figura 21-C). As folhas podem

Figura 21.Figura 21. Sintomas de mancha anelar do mamoeiro. A - Amarelecimento do topo da planta emosaico. B - Estrias oleosas nos pecíolos. C - Fruto com manchas anelares.

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ficar deformadas e apresentar a lâmina foliarreduzida (fio de sapato). Geralmente as plan-tas infectadas apresentam porte reduzido.

O PRSV é disseminado por pulgõesde plantas de mamoeiro para plantas demamoeiro, ele possui um círculo de hospe-deiras restrito infectando apenas mamoei-ro, cucurbitáceas e chenopodiáceas. Ovírus não é transmitido pelas sementes deplantas infectadas.

DDANOS E EFEITANOS E EFEITOS ECONÔMICOSOS ECONÔMICOS

Esta virose tem sido fator limitantepara a produção de mamão e provoca amudança constante das regiões produtorasde mamoeiro no Brasil.

O PRSV produz danos qualitativos equantitativos. Verificou-se redução de pro-dução de até 72,1% e de 61,5% no tamanhodos frutos. Quando a infeção ocorre preco-cemente, as plantas infectadas não apresen-tam produção. Em menos de sete meses,todo o plantio pode tornar-se infectado senão forem adotadas medidas adequadas decontrole. As lesões produzidas pelo vírusna casca dos frutos reduzem o seu valorcomercial. Além do mais, ocorre umaredução do teor de açúcar em frutos produ-zidos em plantas infectadas.

CONTROLECONTROLE

O controle é realizado pela adoção deum conjunto de medidas.

Resistência varietal

A variedade Cariflora, que produz fru-tos arredondados e polpa amarelada, foidesenvolvida nos Estados Unidos e apre-senta tolerância ao PRSV.

Práticas culturais

Uma série de medidas, quando utiliza-da em conjunto, permite reduzir a dissemi-nação dessa virose. A primeira delas consis-te em produzir as mudas em locais distan-tes de plantas de mamoeiro infectadas como PRSV e instalar os plantios novos distan-tes de plantios velhos. No Espírito Santo,tem-se conseguido manter a incidência da

mancha anelar em baixos níveis, por meiode uma rigorosa campanha de erradicaçãodo PRSV. É importante a erradicaçãoprecoce das plantas que apresentarem sin-tomas do vírus. O controle do mato dentroe próximo do plantio é importante paraevitar a criação de pulgões vetores. O plan-tio consorciado de mamoeiro com milhoou Hibiscus spp. tem ajudado a reduzir aincidência dessa virose.

Plantas transgênicas

Recentemente foram produzidos einiciados testes com plantas de mamoeirotransgênicas com resistência a mancha ane-lar nos Estados Unidos.

MELEIRAMELEIRA

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Foi constatada inicialmente nos anos80, em Teixeira de Freitas, no extremo sulda Bahia e hoje já está presente em plantioscomerciais no Nordeste da Bahia e nosestados de Pernambuco, Espírito Santo eCeará. Essa doença parece estar restrita aoBrasil.

ORGANISMO CAORGANISMO CAUSADOR EUSADOR ESINTSINTOMASOMAS

Os sintomas da meleira caracterizam-se pela exsudação de látex mais fluido dosfrutos, que apresenta um aspecto aquoso.O látex exsudado escurece devido à suaoxidação, dando um aspecto melado aofruto, do qual deriva o nome da doença(Figura 22). Os frutos afetados tambémpodem apresentar manchas claras na cascae na polpa. Sintomas da doença tambémpodem aparecer em folhas de plantas jo-vens, antes da frutificação. Neste caso, asmargens das folhas tornam-se necróticas,após a exsudação de látex.

A etiologia da meleira foi associada aum agente infeccioso, após verificar-se quea doença apresentava inicialmente uma dis-tribuição ao acaso e, depois em agregados,como em geral ocorre com doenças decausa biótica. Mais tarde, a meleira foi

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4949Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

transmitida mecanicamente, ao injetar-selátex de plantas doentes em plantas sadias.A seguir foram encontradas partículasisométricas com cerca de 50 nm, em sus-pensões de látex ou no lúmen dos vasoslactíferos de amostras obtidas de plantasafetadas pela doença. Também foi isoladoRNA de fita dupla com Ca.6 x 10 6 de folhase frutos de plantas doentes.

A possibilidade da transmissão dameleira pelas sementes de plantas infectadastambém deve ser considerada, já que elatem sido detectada em pomares formados apartir de sementes obtidas de plantios afeta-dos, em regiões onde não havia o relato dessadoença. Existe a possibilidade da existênciade um inseto vetor para meleira, provavel-mente cigarrinhas e/ou mosca branca.

DDANOS E EFEITANOS E EFEITOS ECONÔMICOSOS ECONÔMICOS

A meleira é, atualmente, a doença maisgrave para a cultura do mamoeiro nos prin-cipais pólos produtores de mamoeiro, ten-do causado no Espírito Santo a erradicação

de até 30% das plantas nos pomares afeta-dos. Também provoca a perda do valorcomercial de frutos afetados e a alteraçãodo seu sabor.

CONTROLECONTROLE

Monitoramento

Uma vez que a doença ainda não foidetectada em todo o Brasil, é importante autilização de medidas de quarentena paraevitar a disseminação da meleira para regi-ões isentas.

Práticas culturais

Utilizar sementes obtidas de plantassadias para formação de mudas, de prefe-rência oriundas de pomares onde a doençaainda não tenha sido observada. Utilizarmudas sadias na implantação do pomar.Instalar pomares novos distantes de outrosque apresentem essa doença. Treinar pes-soal para reconhecimento das plantas comsintomas de meleira, no início da sua ocor-rência, erradicando periodicamente as plan-tas com sintomas. Manter o pomar livre deplantas daninhas para evitar a formação decolônias de possíveis vetores. Limpar osinstrumentos de corte utilizados nos tratosculturais e colheita, de planta para planta,com desinfetante ou hipoclorito de sódio.

AMARELAMARELO LETO LETAL DOAL DOMAMOEIRO SOLMAMOEIRO SOLOO

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Este vírus está restrito a alguns estadosdo Nordeste do Brasil (PE, CE, BA, RN ePB) e, até o momento, não foi relatado emoutros países.

ORGANISMO CAUSADOR EORGANISMO CAUSADOR ESINTOMASSINTOMAS

O amarelo letal é causado por um vírusisométrico, que foi denominado vírus doamarelo letal do mamoeiro ‘Solo’ (papayalethal yellowing virus, PLYV). O vírus possuipartículas com 29 a 32 nm, que é transmiti-do mecanicamente em condições experi-mentais, infectando apenas o mamoeiro,

Figura 22.Figura 22. Sintomas de exsudação eoxidação do látex observado em frutosde plantas de mamoeiro com meleira.

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possuindo dispersão pouco eficiente. Emmamoeiro Solo provoca o amarelecimentodas folhas do terço superior da planta eretorcimento do ponteiro (Figura 23). Como passar do tempo as folhas murcham emorrem, causando a morte da planta. Nospecíolos ocorrem depressões longitudinais,e as nervuras apresentam lesões necróticasna face inferior. Em outras variedades, ossintomas são semelhantes sem ocorrer oretorcimento do ponteiro e morte das plan-tas infectadas. Os frutos apresentam man-chas circulares verde-claras que amarelecemcom o passar do tempo, sendo que a polpafica empedrada e com maturação retardada(Figura 24). Até o momento não foi encon-trado nenhum vetor para essa virose. Ovírus pode sobreviver por algum tempo nosolo, em volta das plantas infectadas, e nasuperfícies de sementes obtidas de frutosinfectados. Não há, porém nenhuma evi-dência de que este vírus seja transmitidopelas sementes.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOS

O PLYV chegou a ocorrer com inci-dência de 40% em algums pomares. O vírus

provoca a morte das plantas de mamoeiroSolo, manchas nos frutos de algumas vari-edades, retardando a sua maturação e qua-lidade dos frutos produzidos, uma vez queeles apresentam a polpa empedrada.

CONTROLECONTROLE

Monitoramento

Uma vez que o PLYV ainda não foidetectado em todo o Brasil é importante autilização de medidas de quarentena paraevitar a sua disseminação para regiões isen-tas. Deve-se, portanto, evitar levar mudase sementes produzidas em regiões que apre-sentam o vírus para outras regiões.

Práticas culturais

Utilizar sementes obtidas de plantassadias para a formação de mudas oriundasde pomares onde a doença ainda não tenhasido observada. Utilizar mudas sadias naimplantação do pomar. Instalar pomaresnovos distantes de outros que apresentema doença. Treinar pessoal para reconheci-mento das plantas com sintomas de amare-lo letal, no início da ocorrência, erradicandoperiodicamente as plantas com sintomas.

Figura 24.Figura 24. Sintomas do vírus do amare-lo letal do mamoeiro: frutos com man-chas circulares amareladas na casca.

Figura 23.Figura 23. Sintomas do vírus do amarelo letal domamoeiro: amarelecimento das folhas

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5151Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Os nematóides que atacam as plantascultivadas são denominados fitonematóides,possuindo na cavidade bucal um estilete, oqual é utilizado para perfurar as células dasplantas para alimentação. Não possuemórgãos para locomoção; entretanto, seu des-locamento, no solo, torna-se possível devi-do à movimentação muscular ventro-dorsal,a qual é bastante limitada em solos, nãoultrapassando alguns centímetros. Apesardas limitações para sua locomoção, têmsido largamente disseminados nos solos,por meio das águas de irrigação e das chu-vas, além de mudas contaminadas.

A maioria dos fitonematóides com-pleta seu ciclo de vida no solo. Do ovo aoestádio adulto, passam por diversas meta-morfoses, as quais diferenciam-se damorfologia adulta e podem ser isoladasmediante diversas técnicas, em amostragemde solo e raízes.

Em geral, possuem pequeno porte,variando de 300 a 1000 µm de comprimen-to e de 15 a 35 µm de diâmetro; não sãovistos a olho nu, mas podem ser facilmenteobservados em microscópio ótico. O cor-po dos fitonematóides é mais ou menostransparente, sendo que as marcas ou estri-as presentes na cutícula ou epiderme, bemcomo a presença de forma e tamanho dosórgãos sexuais, facilitam sua identificação.A cutícula que cobre o corpo dos nematóidestem permeabilidade variável a produtosquímicos.

Observa-se que os sintomas causadospelos fitonematóides podem ser facilmentemascarados por deficiências nutricionais,associações com doenças de origensbacteriana, virótica, fúngica e/ou estressehídrico, pois estão relacionados com a

7NEMATÓIDESCecília Helena Silvino Prata Ritzinger

destruição de raízes absorventes. Outrosfatores que podem mascarar a importânciados fitonematóides dizem respeito àsinterações ou variações na sua população,como a profundidade dos solos, tipo defertilização utilizada, estádio da planta, épocade amostragem de solo, teor de umidade ematéria orgânica dos solos, pH, salinidade,compactação das camadas dos solos, textu-ra, condições de aeração dos solos.

Na cultura do mamão há diversas as-sociações no sistema radicular de gêneros eespécies de nematóides como Pratylenchussp., P. brachyurus (Godfrey, 1929) Filipjev &Schuurmans Stekhoven, 1941, P. coffeae(Zimmermann) Filipjev & SchuurmansStekhoven, P. zeae Graham, Peltamigratusnigeriensis Sher, Helicotylenchus spp.,Hemicriconemoides mangiferae Siddiqi, 1961,Hemicycliophora belemis Germani & Luc, H.typica, Hemicycliophora spp., Criconemellasphaerocephala, Hoplolaimus pararobustus,Longidorus sp., Macroposthonia curvatum (Raski)de Grissi & Loof, Tylenchorhynchus martiniFielding, Scutellonema spp., Tylenchus sp. eXiphinema spp. Pouco se conhece sobre apatogenicidade e níveis de danos dessesnematóides, contudo há citações de que omamoeiro é um bom hospedeiro paraHoplolaimus pararobustus, Scutellonemaclathricaudatum e Peltamigratus nigeriensis. Osnematóides reniformes, Rotylenchulusreniformis Linford & Oliveira, 1940, R. parvus(Williams) Sher, Rotylenchulus spp. e osnematóides-das-galhas, Meloidogyne arenaria(Neal) Chitwood, M. hapla Chitwood, M.incognita (Kofoid & White) Chitwood, M.incognita acrita, M. javanica (Treub) Chitwood,Meloidogyne spp. são os mais comuns emcultivos de mamão em todo o mundo.Com relação aos nematóides das galhas e onematóide reniforme, já foram relatadas2.814 e 1.883 espécies, respectivamente.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade5252

Contudo, a maioria das espécies quecausam danos econômicos tendem a serespecíficas de uma determinada região,podendo estar relacionadas com a impor-tância econômica da cultura naquele local.Algumas vezes, os problemas podem seragravados devido à falta de conhecimentopor parte dos agricultores e pela falta deassistência técnica.

NEMANEMATÓIDESTÓIDES-D-DASAS--GALHASGALHAS((MeloidogyneMeloidogyne sp.) sp.)

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

O nematóide-das-galhas é descrito emtodo o território brasileiro e possui inúme-ros hospedeiros, desde plantas cultivadas aplantas invasoras.

ORGANISMO CAUSADOR,ORGANISMO CAUSADOR,SINTOMAS E CICLO DE VIDASINTOMAS E CICLO DE VIDA

A infecção é causada pelo gêneroMeloidogyne, com ocorrências atribuídas,principalmente, às espécies mais agressivas,M. incognita e M. javanica.

A penetração do nematóide nas raízesocorre no estádio juvenil (J2). Meloydogyne éum parasito obrigatório, sendo que após oseu estabelecimento não se locomove mais.

A presença desse nematóide pode serobservada e diferenciada do nematóidereniforme devido à formação de nodulações,entumescimentos ou engrossamento nasraízes, formando estruturas denominadas“galhas”. Muitas vezes, quando a infeção ésevera, as galhas podem coalescer e for-mar verdadeiras bolas, presas às raízes(Figura 25). Após três estádios de cresci-mento, ecdises, a fêmea começa a se ali-mentar na região do cilindro central dasraízes, resultando na formação de célulasgigantes, geralmente em número de 3 a 6.As células vizinhas começam a aumentarem número e tamanho, resultando numdistorcido crescimento, o qual dá origem àsgalhas. A fêmea adulta, com corpo globoso(Figura 26), deposita seus ovos no exteriordas raízes. Cada fêmea pode depositar emtorno de 350 ovos e, em boas condições, podedesenvolver de 14 a 17 gerações por ano.

Figura 25.Figura 25. Sintomas de galhas em raízes de mamoeiro, causados por Meloidogyneincognita.

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Figura 26.Figura 26. Fêmea de Meloidogyne, artificialmente exposta (A – 1) , massa de ovos (B - 1) deMeloidogyne incognita aderidas às galhas (B – 2).

O crescimento da raiz principal podeser paralisado e pode ocorrer proliferação deraízes laterais. Há uma alteração na fisiologiada planta que se manifesta principalmenteno menor tamanho e número das folhas,resultando no menor peso da parte aérea. Asplantas infestadas permanecem menores, e,em áreas mais infestadas, as folhas podemapresentar sintomas de clorose.

Observa-se que o fator de reprodução(FR= população final/população inicial)pode alterar-se em função da concentraçãode inóculos no solo. Estudos têm compro-vado que populações maiores podem retar-dar o crescimento da população final devi-do à competição por espaço e alimento.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOS

Embora os fitonematóides sejam gran-de problema para a cultura do mamoeiro, asperdas não têm sido devidamentequantificadas para cada espécie. De manei-ra geral, no campo, as perdas são basica-mente devidas à redução da vida útil daplanta e à queda brusca na produção. En-tretanto, recentes estudos com M. incognitatêm demonstrado que a redução no núme-ro de frutos, no peso médio de frutos e deprodução por planta tem sido da ordem de17.6, 15.9, e 36.6 %, respectivamente.

Estima-se, através de análise de regressão,que o aumento de um nematóide por cada5 gramas de raiz provoca uma perda de0,35% na produção de frutos, quecorresponde a 0,811 g por planta.

Em viveiros, as mudas perdem o vigore o seu crescimento é retardado. Onematóide–das-galhas possui inúmeroshospedeiros em plantas cultivadas e plan-tas invasoras, exibindo variabilidade emtermos de agressividade e raças, o que,muitas vezes, torna difícil a precisa previsãode perdas, principalmente porque podemocorrer no campo mais de uma espécie ouraças do mesmo nematóide.

NEMANEMATÓIDE RENIFORMETÓIDE RENIFORME((Rotylenchulus reniformisRotylenchulus reniformis))

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

O nematóide reniforme é descrito emtodo o território brasileiro e possui inúme-ros hospedeiros: de plantas cultivadas aplantas invasoras.

ORGANISMO CAUSADOR,ORGANISMO CAUSADOR,SINTOMAS E CICLO DE VIDASINTOMAS E CICLO DE VIDA

Nas raízes parasitadas por R. reniformispode ser observada, com auxílio de umalupa manual (10X), a presença de solo aderi-

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do que permanece preso ao córtex, conferin-do um aspecto sujo às raízes (Figura 27 D).Contudo, após cuidadosa lavagem, verifica-se que os pequenos grãos correspondem àsmassas de ovos aderidas ao corpo das fême-as de R. reniformis. Cada fêmea pode depo-sitar em torno de 100 ovos, completandoseu ciclo em 25 dias. Na região terminal docorpo da fêmea observa-se umaprotuberância pontiaguda (Figura 27 C). ORotylenchulus reniformis é um parasita obriga-tório, e o estádio infectivo é a fêmea jovem(Figura 27 A). A parte anterior da fêmeajovem é introduzida no córtex das raízes e, apartir da alimentação, a porção posterior docorpo engorda, lembrando o formato de umrim que resultou na denominação dessenematóide (Figura 27 B). Os nematóidesalimentam-se nas células do floema e indu-zem a formação de células gigantes, compe-tindo por nutrientes e alimento da planta(Figura 28). Podem também se alimentarnas células do córtex, ocasionando eventu-ais danos mecânicos. Essa espécie é adapta-da para um modo sedentário de vida, não semovimentando após estabelecimento nosítio de infecção.

Rotylenchulus reniformis é associado coma redução e deformações do sistemaradicular e, ocasionalmente, em estádio maisavançado, pode causar a morte da planta.Contudo, muitas vezes, os danos têm sidoassociados à presença de Phytophthora spp.Em determinadas ocasiões, nas horas maisquentes do dia, em períodos de intensatranspiração, as plantas podem apresentarmurcha. Entretanto, essas observações po-dem passar desapercebidas, se um acompa-nhamento não for feito.

DANOS E EFEITOS ECONÔMICOSDANOS E EFEITOS ECONÔMICOS

Foram registradas severas perdas naprodução de mamão em diversos paísesprodutores como Porto Rico e Trinidad eTobago. Sua ocorrência em viveiros tam-bém tem sido relatada nas ilhas Fidji. Essenematóide pode ser patogênico a váriasespécies de plantas tropicais e subtropicais,sendo largamente disseminado nas áreas deplantio, por meio de mudas contaminadas eda água de irrigação. A falta de conheci-mento da importância desse nematóide nacultura pode trazer sérias perdas na produ-ção, visto que após a sua instalação e dis-

Figura 27.Figura 27. Diferentes estádios de Rotylenchulus reniformis. A) Fêmea imatura inclusana cutícula do estádio juvenil. B) Fêmeas de formato reniforme, artificialmentedestacadas do tecido de raiz alimentícia. C) Porção posterior do corpo da fêmeaindicando a parte pontiaguda na região terminal. D) Massa de ovos aderidas àsraízes alimentícias de algodão. Escalas: 32 µm (A), 110 µm (B e D), e 8 µm (C).

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Figura 28.Figura 28. Alterações anatômicas causadas por Rotylenchulus reniformis em raízesde Washingtonia robusta. Hipertrofia das células do periciclo. A) Raiz infectada pelafêmea de corpo volumoso (N). B) Sincítio (S) induzido pela atividade alimentar donematóide e expansão do endoderme (en) no periciclo (p) e parênquima vascular. C)Seção transversal de uma raiz não infectada. D) Representação esquemática dohábito de parasitismo de R. reniformis indicando a fêmea de corpo volumoso (N) coma porção anterior do corpo penetrada no parênquima cortical (co) e alimentando-seno sincítio (S), o qual compõe o endoderme (en), o periciclo e o parênquima vascular.Escala= 50 µm nas figuras A e D, 5 µm em B, e 25 µm em C.

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seminação no pomar é difícil efetuar umcontrole eficiente e econômico. Quando ainfecção é severa, o sistema radicular apo-drece facilmente e as plantas não absorvemadequadamente água e nutrientes.

CONTROLECONTROLE

Preventivo

Em áreas novas, deve-se conhecer ohistórico do local, e realizar uma amos-tragem de solo, a diferentes profundida-des, levando-se em consideração cultivosanteriores, tipo de solo e topografia doterreno. Recomenda-se a utilização demudas sadias no plantio.

Práticas culturais

A eliminação de restos culturais e autilização do sistema de rotação com cultu-ras não suscetíveis ou hospedeiras poderãocontribuir sensivelmente para a redução dapopulação de nematóides. Uma araçãoprofunda do solo poderá trazer à superfícierestos de raízes infectadas. Portanto, deixaro solo revolvido e exposto, efetuando essaoperação periodicamente, poderá dessecaras raízes, dificultando o desenvolvimentodos fitonematóides. Essa prática, associadaà eliminação de plantas invasoras hospedei-ras por período de no mínimo seis meses eplantio de mudas sadias, pode reduzir sen-sivelmente a população de nematóides.

O uso de matéria orgânica, de plantasnão-hospedeiras, de plantas antagônicas ousupressivas são técnicas que têm sido utili-zadas em todo o mundo como alternativaspara o controle de fitonematóides, não sópelos efeitos benéficos na melhoria físico-química dos solos, na fertilidade, no au-mento do teor de matéria orgânica, mastambém como efeito nematicida associadoà redução do número de indivíduos, ou nadiminuição ou atraso na eclosão dos ovos.

Algumas espécies de gramíneas,leguminosas e compostas têm sido relata-das como sendo antagônicas a Meloidogyne eRotylenchulus. Todavia, o efeito nematicida

tem sido relacionado com a presença desubstâncias que são liberadas através dadecomposição dessas plantas que, por suavez, são altamente dependentes da relaçãocarbono/nitrogênio (C/N). A eficiênciatambém pode ser afetada devido à flutuaçãoque pode ocorrer na fertilidade do solo, noteor de umidade, no teor de matéria orgâni-ca e na densidade populacional dosnematóides. Assim sendo, a relação C/N ea produção de massa fresca e seca da espé-cie, trocas de pH do solo decorrente do usodessas espécies como cobertura, bem comoteor de matéria orgânica necessitam serconhecidas para promover o manejo dosfitonematóides.

A utilização de diversas práticas cultu-rais combinadas com pousio e cultivos pordois anos consecutivos, utilizando-se feijão(P. aureus), sesbania (Sesbania sp.), cravo(Tagetes sp.), trigo e cevada mostrou serefetiva na diminuição da população de R.reniformis sem aumentar a população deMeloidogyne sp. e Tylenchorhynchus brassicae.Em outra pesquisa, o plantio de Pearl Milletem áreas com plantio de mamão, infestadaspor Meloidogyne e Rotylenchulus, promoveu aredução da população desses nematóides.Entretanto, deve-se considerar a possibili-dade de haver variação na eficiência decontrole, pois pode haver diferenças nomodo de ação entre cultivares da mesmaespécie (Tagetes patula x T. ereta). Outrosresultados se diferenciam quanto à eficiên-cia porque dependem da quantidade ou dotipo de aplicação do material utilizado.Contudo, há necessidade de ummonitoramento da população devido àpossibilidade de as plantas invasoras susce-tíveis elevarem a população dosfitonematóides.

Práticas de adubação nitrogenada,fosfatada e potássica têm demonstrado res-postas na redução da população deMeloidogyne, com menor número de galhas,bem como aumento no crescimento daplanta. Por outro lado, a aplicação de cálciotem sido menos efetiva.

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5757Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

Tabela 5Tabela 5. Índice de reação de cultivares de mamão a M. incognita e a F. solani.

Fonte: Khan et al., 1995. Altamente resistentes (AR), resistentes (R), moderadamente resistentes (MR),tolerantes (T), suscetíveis (S), e altamente suscetíveis (AS).

Resistência varietal

A avaliação do comportamento varietaltem sido muito estudada pela sua significa-tiva economia e aplicabilidade para a redu-ção da população de nematóides. Entre-tanto, relata-se grande variabilidade nas res-postas, principalmente quando há outrasdoenças envolvidas. Vários trabalhos rela-cionados com a resistência varietal têmdemonstrado que as espécies Carica quercifoliaSolms e C. candamarcensis Hook são suscep-tíveis. Utilizando-se, ao mesmo tempo,uma escala de avaliação para número degalhas, causadas por Meloidogyne incognita, e apercentagem de podridão, por Fusariumsolani, foram definidas cultivares altamenteresistentes (AR), resistentes (R), moderada-mente resistentes (MR), tolerantes (T), sus-cetíveis (S), e altamente suscetíveis (AS).Dentre as cultivares testadas sobressaemCeylon, C.S.C Dwarf, Hybrid Dwarf,Peradeneya e Singapore como altamenteresistentes (Tabela 5).

Trabalhos desenvolvidos em testes deresistência varietal ou com a utilização defumigação têm sugerido também haver di-ferenças entre isolados devido à diversida-de nos resultados alcançados. Têm sidoobservados níveis de alta variabilidade nosacessos de mamão avaliados, havendo ne-cessidade de informações sobre as espéciesde fitonematóides e seus respectivos níveisde danos. A população de R. reniformis podeaumentar consideravelmente num curtoperíodo, entretanto, torna-se necessárioconhecer qual é de fato o nível populacionalde dano ou risco para a cultura. Além destesfatores que dificultam a estimativa da popu-lação de fitonematóides, a ocorrência deoutras doenças como varíola, meleira, eoutras viroses pode comprometer as avali-ações para nematóides, seja com produtosquímicos seja com plantas resistentes.

No caso de R. reniformis, utilizando-seo critério de contagem de número de fême-as por planta, classificaram-se as variedades

Cultivar Reação a M. incognita

Reação a F.solani

Reação a F. solanie M. incognita

Bangalore AS* T ASCeylon S AR TCoorg Honey Dew AS S AS

Co-1 R S SC.S.C. Dwarf-1 T AR S

Hawaiian AS T ASHoney Dew S T AS

Hybrid Dwarf S AR AS

Improved Sunrise AS AR ASMammoth T MR S

Peradeneya MR AR ARPhillipines S MR AS

Poona Long AS S ASPoona Round AS T ASRanchi AS MR S

Selection no.7 MR S S

Singapore AS AR ASWashington MR T S-

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade5858

como altamente resistentes a altamente sus-cetíveis. Somente as variedades SunriseSolo e Washington foram consideradas re-sistentes (Tabela 6).

O desenvolvimento de plantas de ma-mão transgênicas resistentes a vírus e fun-gos a partir de técnicas de engenharia gené-tica e biologia molecular, surge como umanova opção para o controle baseado naresistência da planta a esses organismos. Aengenharia genética poderia também cons-tituir-se em alternativa de controle no casodos principais fitonematóides da cultura.Entretanto, não seria de aplicação imediata,pois há necessidade de estudos sobre aaplicabilidade e economicidade de sua utili-zação em larga escala.

Controle químico

É reconhecido o beneficio da fumiga-ção do solo antes do plantio em função daredução da população de nematóides e doaumento da produção, entretanto sua efici-ência é dependente também da populaçãoinicial e do período que a cultura é mantidaem campo.

De acordo com pesquisas conduzidasna Flórida com fumigação de solo, foramobtidos resultados de redução na popula-ção de nematóides, mas sem alcançar dife-renças significativas na produtividade, quan-do a população inicial de R. reniformis era de78 indivíduos/100 cm3 de solo. Por outrolado, trabalhos desenvolvidos no Havaí re-velam aumento significativo da produtivi-dade após fumigação do solo, quando apopulação de R. reniformis era de 1.294 in-

Fonte: Patel et al., 1989. Altamente resistentes (AR), resistentes (R), moderadamente resistentes (MR),tolerantes (T), suscetíveis (S), e altamente suscetíveis (AS).

Tabela 6Tabela 6. Reação de cultivares de mamão a R. reniformis.

divíduos/100 cm3 de solo. Em outro expe-rimento, quando comparou-se solo fumi-gado com solo não fumigado, observou-se,depois de 2 e 4 meses, redução na popula-ção de R. reniformis. Entretanto, após 6meses, parcelas tratadas apresentaram omesmo ou maior número de R. reniformisem relação à testemunha, do que o solo nãotratado. Vale ressaltar que, até o momentonão se estabeleceu, do ponto de vista prá-tico, um método de controle econômico eeficaz para fitonematóides.

A utilização de Carbofuran antes doplantio e floração tem aumentado o núme-ro e peso de frutos. Aplicações foliares defenamifós e oxamil, avaliadas no Havaí,resultaram em diminuição da população denematóides mas, indicaram fitotoxicidade.Portanto, são necessários estudos maisaprofundados na utilização de agroquímicospara controle dos fitonematóides.

Controle biológico

O controle biológico, com a utilizaçãode fungos ou bactérias específicas, tambémse revela uma alternativa promissora. To-davia, tem-se observado muitaespecificidade no antagonismo, indicandoa necessidade de maiores conhecimentossobre caracterização de fitonematóides, tam-bém em termos de raça.

Para viabilizar a utilização desses mi-crorganismos no controle biológico, tam-bém são necessários estudos de multiplica-ção e distribuição desses microrganismoscom o agricultor e principalmente obten-ção de registros para sua comercialização.

Variedade Fêmeas/planta Reação da planta

Coorg Honeydew 6-13 MR

Solo 3-8 R

Washington 2-6 R

Carica cauliflora 15-24 S

Tomate 'Rutgers' (padrão) 26-38 AS

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5959Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

8 PROBLEMAS DECAUSA ABIÓTICA

Arlene Maria Gomes OliveiraJoão Roberto Pereira Oliveira

Eugênio Ferreira CoelhoJorge Luiz Loyola Dantas

As enfermidades causadas por orga-nismos vivos, tais como insetos, ácaros,percevejos, pulgões, cochonilhas, tripes,nematóides, fungos, bactérias, vírus sãodenominadas doenças de origem biótica.Os problemas causados por queima de sol,raios, deficiências nutricionais, são deno-minados doenças abióticas. Essas doençastambém podem causar grande perdas nacultura do mamoeiro, bem como prejudi-car sua exportação. É fundamental saberdiferenciar as doenças de causa biótica eabiótica para evitar o uso desnecessário deagrotóxicos bem como desperdícios naadubação.

MANCHA FISIOLÓGICA DOMANCHA FISIOLÓGICA DOMAMOEIROMAMOEIRO

A mancha fisiológica do mamoeiro ca-racteriza-se por uma queima da superfíciedos frutos devido à sua exposição direta aosraios solares, depreciando-os comercialmen-te, em razão do aparecimento de manchas decoloração acinzentada (Figura 29). Essasqueimaduras afetam 20% a 40% da superfí-cie exposta dos frutos à radiação solar sem,contudo, prejudicar a sua qualidade físico-química. Os frutos mais afetados são aque-les próximos à fase de colheita(entremaduros ou de vez), principalmenteos localizados na parte inferior do troncoonde a incidência de raios solares é maisacentuada. As perdas, em situações de mai-or gravidade, podem chegar a 40% da pro-dução total do pomar.

SINTOMAS E AGENTE CAUSALSINTOMAS E AGENTE CAUSAL

Durante o período chuvoso, o mamo-eiro encontra condições adequadas de de-senvolvimento vegetativo, tanto pelainexistência de déficits hídricos como pela

associação de temperaturas amenas (emtorno de 25oC) com uma baixa incidênciade raios solares, devido à presença de nu-vens, comuns nesse período. Após a épocadas chuvas, as reservas de água do solocomeçam a se reduzir, implicando estressehídrico crescente. Paralelamente, o mamo-eiro passa a ser submetido a períodos demaior incidência de raios solares, sendoestas alterações climáticas muitas vezes brus-cas, estressando a planta que responde comuma desfolhação expressiva.

Figura 29.Figura 29. Manchas de coloração acinzentada, relaci-onadas com a exposição dos frutos aos raios solares.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade6060

A ocorrência de déficits hídricos causauma desfolhação no mamoeiro, implican-do em maior exposição dos frutos à inci-dência direta dos raios solares, trazendocomo conseqüência a manifestação da man-cha fisiológica. Além disso, a exposição dasplantas de mamão à temperaturas relativa-mente elevadas (acima de 30oC), ou relati-vamente baixas (inferiores a 10oC), bemcomo a ocorrência de ventos, associados àfalta d’água, favorece a desfolhação, agra-vando o problema.

MANEJOMANEJO

A prática da irrigação nos períodos dedéficit hídrico evita a queda das folhas e,conseqüentemente, a mancha fisiológica.Caso o produtor não disponha de um siste-ma de irrigação, o problema pode ser ame-nizado mediante a proteção dos frutos con-tra os raios solares. Essa proteção pode serfeita com o emprego de telas sintéticas oude algodão, sacos ou folhas de papel, entreoutros anteparos disponíveis, desde quenão prejudiciais ao fruto, tomando-se ocuidado de evitar danos mecânicos.

DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAISDEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A falta ou o excesso de um nutrientesão expressos pela planta por sintomasvisuais que, normalmente, se traduzem pordeformações nas folhas e frutos, reduçãodo crescimento de órgãos vegetais e mu-danças na coloração, sobretudo das folhas.

Uma das ferramentas utilizadas paraidentificar uma deficiência é a diagnosevisual que se baseia no fato de que cadaelemento desempenha um papel específiconas funções fisiológicas das plantas que, emcondições de desequilíbrios, excessos e defi-ciências apresentam sintomas, muitas vezes,característicos e que permitem a identifica-ção do (s) elemento (s) em desordem.

MACRONUTRIENTESMACRONUTRIENTES

Nitrogênio

O nitrogênio é o segundo nutriente

mais absorvido pelo mamoeiro, sendo res-ponsável pelo crescimento vegetativo, nãopodendo faltar no período inicial, de 5 a 6meses após o plantio.

Na deficiência de nitrogênio, as folhasmaduras se tornam amarelas de forma pre-coce, desprendendo-se. Com a continuida-de dessa carência, toda a folhagem torna-secompletamente amarela. As plantas se apre-sentam atrofiadas, com tronco fino einternódios curtos.

FósforoApresenta maior importância na fase

inicial do desenvolvimento radicular; con-tudo, exerce também efeito sobre a fixaçãodo fruto.

Na deficiência de fósforo, observa-seum mosqueado amarelo nas margens dasfolhas velhas. Com o seu prosseguimento,essas áreas mosqueadas necrosam e enro-lam-se para cima; posteriormente, essasfolhas amarelecem completamente e caem.As folhas mais jovens ficam pequenas e decor verde mais escura.

PotássioO potássio é o elemento requerido em

maior quantidade pelo mamoeiro, apresen-tando grande importância após o estádio deflorescimento. Proporciona frutos maio-res, com teores mais elevados de açúcares esólidos totais (melhor qualidade).

Uma das relações de grande importân-cia para o mamoeiro é a N/K2O, que afetaa qualidade do fruto. Tem-se observadoque uma relação alta (maior que 1,0) pro-porciona casca fina, frutos moles, saboralterado, crescimento excessivo da planta efrutos muito distanciados. Já em uma rela-ção equilibrada, igual a 1,0 na formação emenor que 1,0 na produção, os frutos seapresentam doces e mais consistentes.

Na deficiência de potássio, as plantasapresentam clorose das margem das folhasmais velhas e bronzeamento do tecidointernerval. Em casos severos, a maiorparte da folha fica bronzeada e amarela. Ossintomas nas folhas são mais evidentes

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6161Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

durante o verão. O número de folhas efrutos é reduzido drasticamente e a plantaapresenta menor diâmetro do tronco.

Cálcio

O cálcio é o terceiro nutriente maisabsorvido pelo mamoeiro, promovendo ocrescimento e a multiplicação das raízes.

As folhas das plantas com deficiênciade cálcio apresentam-se cloróticas. Somen-te as folhas recém-maduras são afetadas noinício; porém, mais tarde, as folhas maisnovas tornam-se também cloróticas. Teci-dos internervais do limbo ficam verde-claros no início da carência e tornam-seamarelos com o avanço dos sintomas.Observa-se, ainda, pequenos pontosnecróticos dispersados no limbo cloróticoe queda prematura das folhas. Os pecíolosdas folhas afetadas inserem-se no troncoformando um ângulo maior, como se esti-vessem caídos, e apresentam-se colapsadosna porção mediana.

MagnésioÉ componente indispensável da molé-

cula de clorofila, participando portanto dosprocessos de fotossíntese, além de auxiliarna absorção e translocação de fósforo.

Na deficiência de magnésio, as folhasvelhas apresentam cor amarela intensa, en-quanto as áreas próximas às nervuras per-manecem verde-claro. As folhas novasdemonstram pequenas áreas cloróticasinternervais e bordos curvados para cima.Ocorre pouco desfolhamento da parte in-ferior da copa.

EnxofreParticipa da composição química da

papaína (enzima proteolítica) e, em termosgerais, desempenha na planta funções quedeterminam aumentos na produção e qua-lidade do fruto.

São encontradas poucas informaçõessobre sintomas de deficiência e influênciasobre a cultura, relacionando-se folhas le-vemente amareladas como expressão desua deficiência. Porém, o íon SO4

= é impor-

tante na competição com o íon Cl-,comumente adicionado ao solo pelo uso deadubos como cloreto de potássio. O íonSO4

= favorece a atividade de enzimasanabólicas com conseqüente acúmulo decarboidratos polimerizados (amido) e ou-tros componentes nitrogenadospolimerizados (proteínas). O íon Cl- emaltas concentrações reduz a clorofila, alteraa relação açúcares solúveis/amido e atrasao crescimento e a floração.

MICRONUTRIENTESMICRONUTRIENTESBoro

O boro (B) é o micronutriente maisimportante para o mamoeiro, pois, além deser absorvido em maiores quantidades, afe-ta a qualidade e a produção de frutos. Sãocitadas como causas de deficiência a calagemou acidez excessiva, deficiência hídrica, altaluminosidade, baixo teor de matéria orgâni-ca e do nutriente no solo.

Na deficiência de boro, os frutos apre-sentam o aspecto encaroçado (Figura 30) emal-formados, com exsudação de látex pelacasca em 3 a 5 pontos bem distintos. Ocor-

Figura 30.Figura 30. Deformações nos frutos pela deficiênciade boro.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade6262

re ainda abortamento de flores em períodosde estiagem, produção de frutos de formaalternada no tronco; folhas amareladas compecíolos curtos e o sistema vascular podeou não se apresentar escurecido.

FerroOs sintomas da deficiência de ferro

aparecem nas folhas mais jovens, que apre-sentam a cor amarelo-esbranquiçada, quasebrancas; com o agravamento dessa defici-ência, a porção apical do caule quebra etorna-se necrótica.

ManganêsA deficiência de manganês se expressa

por uma leve clorose das folhas, acompa-nhada por um mosqueamento ao longo dasáreas internervais. Em um estádio maisavançado, as folhas tornam-se amarelas.

ANÁLISE FOLIARANÁLISE FOLIAROs sintomas visuais descritos anteri-

ormente não são suficientes para se afirmarque uma anomalia seja fruto da desordemprovocada por um nutriente específico.Vários fatores podem atuar nesse processo,suscitando muitas dúvidas para a emissãode um diagnóstico baseado apenas nasintomatologia nutricional, como por exem-plo: alguns elementos podem apresentarsintomas carenciais idênticos; a planta podejá expressar danos em termos de produçãoe qualidade do produto final, enquanto ossintomas visuais não se expressaram clara-mente; a deficiência de vários elementospode ocorrer ao mesmo tempo, dificultan-do a diagnose; e alguns fatores comoencharcamentos ou déficit hídrico, inci-dência de pragas e doenças podem apresen-tar sintomas idênticos ao de uma desordemnutricional. Portanto, deve-se aliar ao diag-nóstico de campo, a análise foliar e de solo,para se confirmar o(s) nutriente(s) em ca-rência ou excesso e, desta forma, poder-se-á julgar e orientar uma correção da aduba-ção ou das condições de fertilidade do soloa que uma cultura esteja sendo submetida.

AMOSTRAGEM DE FOLHASAMOSTRAGEM DE FOLHAS

Para coleta das folhas, quando se

pretende fazer um acompanhamento doestado nutricional da plantação, deve-seproceder da seguinte forma: para formaruma amostra, coletar somente folhas sadi-as, num total de doze; as folhas devem seramostradas de uma mesma cultivar, de plan-tas com a mesma idade e que representema média da plantação; deve-se retirar apenasas folhas que apresentarem em sua axilauma flor prestes a se abrir ou recentementeaberta; limbo ou pecíolo devem ser analisa-dos separadamente; áreas com plantascloróticas, solo, cultivares e idades diferen-tes devem ser amostradas isoladamente;colocar as folhas num saco de papel co-mum, encaminhando-as para os laboratóri-os de análise o mais rápido possível; se nãochegarem ao laboratório antes de dois dias,as amostras deverão ser lavadas e secas aosol, dentro dos próprios sacos, até se torna-rem quebradiças; e identificar a amostra, deforma que se possa posteriormentecorrelacionar com a área amostrada.

TEORES DE MACRO ETEORES DE MACRO EMICRONUTRIENTES FOLIARESMICRONUTRIENTES FOLIARES

A maior parte das indicações dos ní-veis de nutrientes nas folhas do mamoeiroe dos sintomas de deficiências na planta éapresentada com base em resultados depesquisa em meio artificial. No campo,nem sempre se encontram todas as defici-ências nutricionais observadas artificialmen-te. Tanto o limbo como o pecíolo das folhasdo mamoeiro podem ser utilizados para aanálise foliar; porém, o pecíolo representamelhor o estado nutricional do mamoeiro.As variações nos resultados podem ser de-vidas às diferentes variedades de mamoeiroe decorrentes da metodologia de avaliação.Estes índices podem ser utilizados paraadequar o esquema de adubação e corrigirdeficiências principalmente para osmacronutrientes, nos quais as diferençasnos resultados das análises são menores.

Os teores de macronutrientes emicronutrientes no limbo e no pecíolo domamoeiro são indicados, por alguns auto-res, para comparação (Tabelas 7 e 8).

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6363Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

Tabela 7.Tabela 7. Teores de macronutrientes e micronutrientes no limbo de folhas do mamoeiro.

Tabela 8.Tabela 8. Teores de macronutrientes e micronutrientes nos pecíolos do mamoeiro.

*Experimentos conduzidos em solução nutritiva; Completa = solução nutritiva com todos os nutrientes; Deficiente =solução nutritiva sem o nutriente em estudo; Adequado = níveis de nutrientes considerados adequados para odesenvolvimento de planta. Dag/kg %.

Completa = Solução nutritiva com todos os nutrientes; Deficiente = solução nutritiva sem o nutriente em estudo. Dag/kg %.

ElementosCunha e Haag*

(1980 a, b)Nautiyal et al. (1986)*

Agarwala et al. (1986)*Cibes & Gaztambide*

(1978)Prezotti(1992)

Completa Deficiente Completa Deficiente Completa Deficiente Adequado

N (dag/kg) 4,24 3,61 - - 2,25 1,96 4,5 - 5,0

P (dag/kg) 0,52 0,14 - - 0,82 0,14 0,5 - 0,7

K (dag/kg) 3,81 1,36 - - 1,58 0,40 2,5 - 3,0

Ca (dag/kg) 1,29 0,28 - - 3,61 1,48 2,0 - 2,2

Mg (dag/kg) 0,65 0,17 - - 1,21 0,30 1,0

S (dag/kg) 0,31 0,34 - - 1,21 0,54 0,4 - 0,6

B (mg/kg) 136,00 20,00 17,30 6,70 109,00 26,00 15

Fe (mg/kg) - - 140,00 85,00 252,00 140,00 291

Mn (mg/kg) - - 62,70 4,50 88,00 16,00 -

Zn (mg/kg) - - 22,40 13,00 - - 43

Cu (mg/kg) - - 11,80 6,40 - - 11

Mo (mg/kg) - - 1,85 0,14 - - -

ElementosCibes & Gaztambide

(1978)(experimento em soluçãonutritiva)

Awada (1969, 1976, 1977)Awada & Long (1969, 1971a ,b, 1978)

Awada & Suehisa (1975, 1984)

Completa Deficiente Adequado

N (dag/kg) 1,33 0,65 1,25 - 1,45

P (dag/kg) 0,98 0,07 0,16 - 0,25

K (dag/kg) 2,22 0,22 3,61

Ca (dag/kg) 1,43 0,51 0,73 - 0,93

Mg (dag/kg) 0,97 0,14 -

S (dag/kg) 0,92 0,33 -

B (mg/kg) 25,00 16,00 -

Fe (mg/kg) 90,00 69,00 -

Mn (mg/kg) 24,00 1,00 -

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade6464

9USO DEAGROTÓXICOS EMMAMOEIRO

Nilton Fritzons SanchesAntonio Alberto Rocha Oliveira

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A tendência atual de crescimento dasexportações brasileiras de mamão exigeatenção redobrada dos fruticultores no usocorreto dos agrotóxicos, em virtude danecessidade de monitoramento constantedos limites máximos de resíduos aceitáveis,bem como da proibição do uso de determi-nados princípios ativos feita pelos paísesimportadores.

A escalada no emprego de pesticidas eo desrespeito à legislação fitossanitária po-dem não só motivar restrições ao consumodo mamão brasileiro, como causar danosao meio ambiente, pôr em risco a saúde dosaplicadores e consumidores, e causar pre-juízos aos produtores. Em 1978 foi feitopelo Instituto Biológico de São Paulo, emcooperação com a CEAGESP e o CATI,um monitoramento de resíduos deagrotóxicos nos produtos hortícolas. Otrabalho indicou, na época, que 7% dasfrutas e 13% das hortaliças apresentavamresíduos acima do permitido. Outro estudofeito em 1985 mostrou que o teor de resí-duos tinha aumentado para 13% nas frutas.Nos Estados Unidos, no período de 1995 a1998, a FDA (Food and DrugAdministration) fez uma pesquisa sobre acontaminação de produtos agrícolas im-portados de diversos países, e os resultadosmostraram que o mamão procedente daRepública Dominicana, da Jamaica e doMéxico continha resíduos dos agrotóxicosmethamidophos, methomyl, acephate,endosulfan, dicofol e captan.

A conscientização por parte dos usu-ários e as decisões a respeito da utilizaçãode agrotóxicos são provavelmente as mais

complexas em termos de tecnologia agríco-la. Exigem conhecimento especializado nahora de escolher os produtos, assim comoresponsabilidade técnica na sua indicação.É por isso que o instrumento mais eficientepara se evitar problemas dessa ordem é oreceituário agronômico, ou seja, a venda e aaplicação de agrotóxicos feitas exclusiva-mente por indicação de um agrônomo, queemite a receita, um fato que freqüentementenão se verifica.

As recomendações contidas neste ca-pítulo visam:

1 - A correção de práticas tecnicamen-te erradas, com o esclarecimento de dúvi-das acerca do uso de agrotóxicos que pos-sam gerar algum tipo de restrição ao consu-mo de mamão, tanto no mercado internocomo no externo.

2 - O fornecimento de informaçõesnecessárias à indicação e prescrição dosagrotóxicos recomendados para mamão.

3 - Aumentar a eficiência no controlequímico, pelo fornecimento de informa-ções práticas sobre a tecnologia de aplica-ção de agrotóxicos em mamoeiro.

A FRUTICULA FRUTICULTURA E OSTURA E OSAAGROGROTÓXICOSTÓXICOS

O uso indiscriminado dos agrotóxicoslevou a sérias conseqüências ambientais,gerando opiniões contrárias a essatecnologia, chegando alguns a propor o seubanimento completo. O bom senso predo-minante direciona as preocupações reinan-tes no sentido de tornar as aplicações depesticidas mais seguras, e precisas e maiseconômicas.

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6565Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

Os agrotóxicos não constituem osúnicos recursos no controle de pragas edoenças. A recomendação que se faz é nosentido do manejo da cultura, mediante aadoção de um conjunto de medidas queincluem determinadas práticas de cultivo,monitoramento do pomar, uso de varieda-des resistentes, controle biológico em de-terminados casos, uso de métodos físicos,inclusive o controle químico. A esse con-junto de medidas dá-se o nome de manejointegrado de pragas e doenças. O ManejoIntegrado é um sistema de apoio à tomadade decisões para seleção e uso de táticas decontrole de doenças e pragas, harmoni-camente coordenadas em estratégias demanejo, baseadas em análises de custo ebenefício, que levam em consideração osinteresses dos produtores, da sociedade edo meio ambiente. No mundo moderno,qualquer medida de controle a ser adotadanunca deverá ser recomendada isoladamen-te, e sempre terão que ser levados emconsideração os aspectos econômicos, eco-lógicos e sociológicos.

O uso exclusivo de agrotóxicos nocombate às pragas e doenças resulta no seucontrole deficiente e às vezes improduti-vo, visto que a maioria das pragas e doen-ças requer outras medidas, além do con-trole químico. Este causa, então, prejuízoeconômico por não produzir os efeitosesperados do investimento feito na aquisi-ção dos produtos.

O abuso da aplicação de agrotóxicos,seja pela má escolha do produto, seja pordosagens excessivamente elevadas ou pelouso de misturas (coquetéis), resulta na ine-ficiência do tratamento químico e no au-mento desnecessário dos riscos de intoxi-cação de produtores e consumidores. Pro-voca, ainda, fitotoxicidade nas plantas, pelaaplicação de produtos incompatíveis, assimcomo a destruição dos inimigos naturais e odesenvolvimento de resistência aosagrotóxicos por parte dos microrganismospatogênicos.

OS AOS AGROGROTÓXICOSTÓXICOS

Os agrotóxicos são, normalmente,misturas de um produto concentrado, cha-mado produto técnico, e que ontém per-centagem definida de ingrediente ativo, comoutras substâncias, com o fim de possibili-tar sua aplicação. Apesar de serem vendi-dos sob nomes comerciais diferentes, osprodutos podem apresentar o mesmo prin-cípio ativo.

Os agrotóxicos podem ser: pesticidas(ou praguicidas), fungicidas e herbicidas.Os pesticidas, mais especificamente, subdi-videm-se em:

1- Quanto à finalidade: aficida, ovicida,larvicida, acaricida, fungicida, nematicidaetc.

2- Quanto à maneira de agir: deingestão, de contato, microbiano, fumigante.

3- Quanto à origem: inorgânicos eorgânicos.

Os ingredientes ativos, que podemvariar quanto à sua estrutura química, sãoclassificados em grupos químicos (clorados,carbamatos, piretróides etc.). Como pro-duzem efeitos diferenciados sobre algunsorganismos ou grupo de organismos, oconhecimento dessa especificidade dos gru-pos químicos é importante na escolha doproduto a ser utilizado.

A concentração de um agrotóxicorepresenta a quantidade de ingrediente ati-vo nele presente.

Os agrotóxicos podem sercomercializados sob diversas formas. Asformulações mais comuns e seus códigosou abreviações são as seguintes:

PM - pó molhávelSC - suspensão concentradaCE - concentrado emulsionávelEC - emulsão concentradaTS - pó seco (tratamento de semente)P - pó secoGR - granulado

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade6666

Os produtos comercializados são en-contrados, na maioria das vezes, sob aforma líquida ou em pó. Aqueles apresenta-dos na forma líquida são geralmente maisfáceis de manipular, promovem melhordispersão e proporcionam controle maiseficiente com o mesmo princípio ativo.

A ação dos agrotóxicos pode sersistêmica e de contato. A característica maisimportante dos produtos sistêmicos é a suamovimentação dentro das plantas, o quelhes permite agir em locais dificilmentealcançáveis pelos produtos de contato.Outra vantagem é a rápida absorção dosprodutos pela planta, fato que dificulta asua lavagem (pela chuva ou pelas regas).Por outro lado, a alta especificidade dosagrotóxicos sistêmicos pode constituir-senuma desvantagem, quando o seu uso forcontínuo, já que facilita o aparecimento deinsetos e patógenos resistentes a esses pro-dutos. No que diz respeito à aplicação dosprodutos de contato, para que sejam efici-entes, é fundamental uma cobertura unifor-me das partes da planta afetadas pela pragaou doença.

Por se tratar de produtos tóxicos aohomem e animais, como seu próprio nomeindica, os agrotóxicos são agrupados emclasses de diferentes níveis de toxicidade. Adistinção do seu grau de periculosidade éfeita pela cor da faixa colocada na base dorótulo dos produtos:

• Classe I - Faixa vermelha - Extrema-mente tóxico

• Classe II - Faixa Amarela - Altamentetóxico

• Classe III - Faixa Azul - Mediamentetóxico

• Classe IV - Faixa Verde - Poucotóxico.

Os resíduos de um agrotóxicocorrespondem à quantidade de ingredienteativo remanescente na fruta. É expresso empartes (em peso) do ingrediente ativo porum milhão de partes (em peso) da fruta

(ppm). A Agência de Proteção Ambientaldos Estados Unidos estabelece o nível detolerância para os produtos agrícolas, re-vendo constantemente esses índices. NaTabela 9 são apresentados os limites máxi-mos de resíduos permitidos em mamão.

Ao se aplicar um pesticida na lavoura,deve-se verificar o período em que ficaisento de resíduos.

O intervalo de segurança ou períodode carência corresponde ao prazo entre aúltima aplicação do agrotóxico e a colheitaou comercialização da fruta, a fim de que osresíduos se reduzam ao teor tolerável aoconsumo humano.

RECEITUÁRIO ARECEITUÁRIO AGRONÔMICOGRONÔMICO

O Receituário Agronômico permite ouso adequado dos pesticidas pelo simplesfato de ser expedido por técnico competen-te, conhecedor dos grupos de produtosquímicos e das metodologias de aplicação,bem como a inter-relação com os proces-sos ecotoxicológicos.

Somente os engenheiros agrônomosou florestais, nas respectivas áreas de com-petência, estão autorizados a emitir receita.Os técnicos agrícolas podem assumir aresponsabilidade técnica da aplicação dosprodutos prescritos pelo receituário, desdeque o façam sob a supervisão de um enge-nheiro agrônomo ou florestal (ResoluçãoCONFEA Nº 344 de 27-7-90).

As receitas só podem ser emitidas paraos produtos registrados na Secretaria deDefesa Agropecuária - SDA.

Para dirimir qualquer dúvida que surjaem relação ao registro ou à recomendaçãooficial de algum produto, o agricultor devesolicitar esclarecimentos a SDA/Maara.

Os profissionais habilitados podemprovidenciar a confecção de seu talonáriode receitas, desde que respeitem a legislaçãoem vigor e que ele seja numerado e/oucontrolado pelo Conselho Regional de Ar-quitetura e Agronomia - CREA de seu

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6767Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

Tabela 9Tabela 9. Limite máximo de resíduos permitidos em mamão.

Fonte: Environmental Protection Agency (EPA), EUA., 1999.

estado. Alguns CREAs possuem talonáriopróprio que o profissional pode adquirir,conforme exemplo na Figura 31.

ELABORAÇÃO DELABORAÇÃO DA RECEITA RECEITAA

Base fundamental para receitar um pro-grama fitossanitário é o conhecimento pro-fundo dos pesticidas, toxicologia básica eresultados experimentais regionais, permitin-do, esta soma de fatores, uma grande capaci-dade profissional ao técnico especializado.

Para prescrever o uso de agrotóxico eemitir a respectiva receita, é imprescindívelque o profissional vá antes ao pomar cons-tatar, avaliar, medir e diagnosticar o proble-ma. Os capítulos 3, 4, 5 e 6 desta publicaçãopodem ajudar na diagnose.

Na Tabela 2, no capítulo 3 e na Tabela10, neste capítulo são apresentados osingredientes ativos e os respectivos pro-dutos comerciais atualmente registradospara mamão no Ministério da Agricultura edo Abastecimento. (Na Tabela 2 citadaacima, referente ao controle de insetos eácaros, alguns produtos citados não cons-tam do AGROFIT 98 embora tenham sidotestados experimentalmente).

Quanto à mistura de produtos, é bomlembrar que a legislação determina que areceita seja emitida para um único proble-ma, portanto um só produto. Não especifi-ca que ao usuário é vedado fazer a misturade produtos e tampouco diz que ela épermitida. Neste caso, a mistura passa a serda responsabilidade exclusiva do usuário.

Princípio ativo Grupo químicoLimite máximo de resíduo

permitido (ppm)

Benomyl Bezimidazólio 3,0

Chlorothalonil Aromático 15,0

Diuron Feniluréia 0,5

Fenbutatin-oxide Organoestânico 2,0

Ferbam Ditiocarbamato 7,0

Glyphosate Derivado de glicina 0,2

Magnesium phosphide Fumigante 0,01

Malathion Fosforado 1,0

Mancozeb Ditiocarbamato 10,0

Maneb Ditiocarbamato 10,0

Methyl bromide Fumigante 20,0

Metalaxyl Alaninato 0,1

Oryzalin Dinitroanilina 0,05

Oxyfluorfen Nitrofenil 0,05

Paraquat dichloride Bipiridílio 0,05

Permethrin Piretróide 1,0

Thiabendazole Benzimidazólio 5,0

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade6868

Tabela 10Tabela 10. Ingredientes ativos e produtos comerciais registrados para mamão.

O registro das recomendações comple-mentares deverá ser baseado nas condiçõesclimatológicas, oscilações e flutuaçõespopulacionais, reconhecimento das espéciesproliferantes, freqüência de insetos úteis,horários mais adequados de aplicação, análi-se cronológica do fator fitossanitário comprogramação por etapas de desenvolvimen-to através dos tempos, na área de produção.

A TECNOLA TECNOLOGIA E OSOGIA E OSCUIDCUIDADOS NA APLICAÇÃOADOS NA APLICAÇÃODE ADE AGROGROTÓXICOSTÓXICOS

O mamoeiro é uma cultura muito sen-sível à fitotoxidez dos produtos usados nocontrole químico de pragas e doenças, cujasensibilidade varia para diferentes produtose também para diferentes formulações do

Fonte: Agrofit 98*Fungicidas recém-cadastrados no Ministério da Agricultura e do Abastecimento.**Fungicidas em fase de registro.

Ingrediente ativo Marca comercial

Oxicloreto de cobre

AgrinoseCobox*

Coprantol SCCoprozeb

Floucobre FersolHokko Cupra 500*Ramexane 850 PM

ReconilRecop

Recop SCVitigran Azul B

Vitigran Verde BR

Óxido cuprosoCao Cobre

Cobre Sandoz MZCobre Sandoz SC

Hidróxido de cobreCopidrol PMCopidrol SC

Enxofre

Kumulus DF*Kumulus DF-AG*

SulficampZiram FungitoxManeb Maneb 800

Mancozeb

FrumizebManzante 800

Manzate GRDAPersist SC

Tebuconazole** Folicur 200Procloraz** SportakCarbendazim** Derosal

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6969Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

Figura 3Figura 311.. Modelo de receita agronômica - Frente (CREA/MG).

mesmo produto. Assim, para um controleeficiente torna-se necessário identificar apraga ou doença a ser controlada, observara incidência de inimigos naturais, o tipo dedefensivo a utilizar, a época e o método deaplicação.

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMAIDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMAA identificação correta do que está

causando dano ao mamoeiro é o primeiropasso para um bom controle. Os capítulos3, 4 e 5 desta publicação foram elaboradospara esta finalidade.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade7070

As plantas em geral, e o mamoeiro emparticular, estão sujeitas ao ataque de umgrande número de inimigos, divididos nosseguintes grupos: pragas, que compreen-dem os insetos e ácaros que provocamdanos nas plantas, e doenças ou moléstias,que podem ser causadas por fungos,nematóides, bactérias ou vírus. Além des-ses, destaca-se também o efeito da mato-competição exercido pela presença de er-vas daninhas.

Uma vez bem caracterizado o inimigo,deverá ser escolhido o produto mais ade-quado para se proceder ao seu combate.Assim, contra um inseto deverá ser utiliza-do um inseticida, enquanto contra os ácarose nematóides se empregam, respectivamen-te, acaricidas e nematicidas. Os fungicidas,por sua vez, são utilizados para combaterfungos, havendo alguns que conferem al-guma proteção à planta contra bactérias. Jáos vírus não possuem controle químico,sendo realizado apenas o controle de seusvetores, quando esta medida é viável. Parao controle de ervas daninhas ou plantasinvasoras são utilizados os herbicidas.

Deve ser notado, também, que a mai-or parte dos produtos é eficiente contra umdeterminado inimigo, não controlando ou-tros às vezes muito parecidos. Assim, cer-tos inseticidas controlam bem percevejos,mas não são eficientes contra lagartas, ape-sar de ambos pertencerem ao grupo dosinsetos. Por outro lado, existem defensivosque servem para mais de uma finalidade,como é o caso do enxofre, que controlatanto alguns ácaros, como também certasdoenças, como o oídio.

A tendência moderna é usar defensi-vos cada vez mais específicos, de modo acausarem o menor dano possível aos inimi-gos naturais existentes no pomar, manten-do, assim, o equilíbrio biológico.

ÉPOCA DE APLICAÇÃOÉPOCA DE APLICAÇÃO

A época de aplicação do defensivo de-verá ser a mais adequada possível, tendo emvista a biologia da praga, o ciclo da doença eo estádio em que a planta se encontra.

Cada praga ou doença tem momentosmais adequados para se realizar o seu con-trole, que são aqueles mais sensíveis aostratamentos ou quando podem causar osmaiores danos. Por outro lado, alguns de-fensivos não devem ser usados em certasfases da vida da planta, em virtude dosefeitos fitotóxicos que apresentam, quandopodem ocasionar danos às flores, frutos oumesmo às partes vegetativas.

Como regra geral, procura-se protegeras plantas contra as doenças, razão pela qualo seu controle é feito preventivamente.Com relação às pragas, porém, ele deveráser curativo, ou seja, só se deve aplicar uminseticida ou acaricida no pomar quando seconstatar a presença de um inseto ou ácarocausando danos que justifiquem essetratamento. Esse momento é, em geral,definido como sendo aquele em que a po-pulação das pragas no pomar atingiu níveisde dano econômico. Enquanto não se temuma melhor definição de quais sejam essesníveis para as pragas mais comuns nospomares de mamoeiro, deve-se recomen-dar que o controle seja feito apenas quandoo dano ocasionado pela praga seja superiorao custo do tratamento para o seu controle.

Ainda mais, no caso das pragas, sem-pre que possível, esse tratamento deverá serfeito localizadamente no pomar, pulveri-zando-se apenas as reboleiras atacadas,como forma complementar para se evitarmaiores danos ao equilíbrio biológico.

ESCOLHA DO PRODUTOESCOLHA DO PRODUTO

Alguns aspectos devem ser levadosem consideração quando se trata de esco-lher um defensivo que deverá ser aplicadono tratamento fitossanritário do pomar:

- Somente deverão ser empregadosprodutos que realmente tenham compro-vada eficiência no controle da praga oudoença em questão. A consulta a um enge-nheiro agrônomo é imprescindível para quea prescrição seja a mais correta possível.

- Dentre os produtos disponíveis eeficientes, o engenheiro agrônomo deverá

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7171Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

optar por aqueles que tenham o menorefeito sobre os inimigos naturais, levando apreservação do equilíbrio biológico exis-tente no pomar. Os produtos de largo es-pectro (que normalmente controlam umgrande número de pragas ou doenças) de-vem ser evitados, dando preferência aosmais específicos.

- Evitar os produtos que são muitopersistentes no meio ambiente, procurandosempre fazer uso daqueles que se degradammais rapidamente, portanto menos nocivos.

- Conhecer o prazo de carência dosprodutos a serem utilizados é de vital im-portância. O prazo de carência é o intervaloentre a última aplicação do defensivo e acolheita dos frutos, de forma que o resíduoexistente nesses se encontre abaixo do mí-nimo considerado satisfatório pelos pa-drões toxicológicos atuais. Esse período decarência varia de um produto para outro,mas o engenheiro agrônomo deve estarsempre ciente que ele tem que ser sempremenor que o número de dias previsto parao início da colheita.

Se houver uma necessidade prementede aplicar algum defensivo durante a co-lheita, esta deverá ser suspensa até transcor-rer o prazo de carência estabelecido para odefensivo empregado.

Com o objetivo de evitar que os ácaros,insetos e os agentes causais de doençascriem resistência aos defensivos emprega-dos, deve-se sempre procurar alternar o usodos defensivos empregados.

APLICAÇÃO DO AGROTÓXICOAPLICAÇÃO DO AGROTÓXICO

Um aspecto fundamental no combatea pragas e doenças do pomar é que a efici-ência do tratamento fitossanitário dependediretamente da colocação correta do defen-sivo na parte mais indicada da planta, a qualchama-se de alvo.

Um outro aspecto importante a serobservado pelo produtor de mamão nestafase é o tamanho das gotas que deverão serutilizadas na pulverização. As gotas peque-

nas oferecem uma boa cobertura e diminu-em as perdas por escorrimento, formandoum filme bastante fino sobre a superfície aser protegida, e por terem pouca energiacinética, elas não alcançam grandes distân-cias. Em contrapartida, além de estarembastante sujeitas à deriva, em dias quentesuma boa parte é perdida por evaporaçãoantes mesmo de atingir a planta.

Para definir o tamanho das gotas bastacombinar adequadamente a pressão dopulverizador com o tamanho do bico. Asgotas produzidas serão tanto menores quan-to mais fino for o bico utilizado; para ummesmo bico, quanto maior for a pressão detrabalho, menores serão as gotas obtidas.

As aplicações de defensivos em ma-moeiros vêm sendo feitas através de pulve-rizações a alto volume pelo uso de pulveri-zadores de pistola ou de turbo-atomizado-res (Figura 32). A pulverização em altovolume procura saturar a capacidade deretenção de líquido no alvo, molhando-oaté o ponto de escorrimento. Para este tipode aplicação o depósito de produto químicosobre a superfície tratada é proporcional à

Figura 32.Figura 32. Aplicação de defensivos em mamoeiros jovensatravés de turbo-atomizador.

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concentração da calda utilizada, indepen-dentemente do volume da calda aplicada.Deste modo, a indicação da dosagem parao uso em alto volume é dada via concen-tração (por exemplo, 250 g /100 litros deágua; 0,25%).

O volume de pulverização é impor-tante, na medida em que está relacionadocom a adequada cobertura do alvo. Pelaprópria conformação da planta do mamo-eiro, os alvos (folhas novas no ponteiro,folhas adultas, os frutos e o caule) são defácil acesso, fazendo com que a sua cober-tura seja conseguida com um menor volu-me de líquido do que uma planta como amangueira, por exemplo, que exige umvolume maior de calda quando o alvo (cer-tas cochonilhas) está mais protegido nointerior da planta.

O volume gasto também é condicio-nado pela capacidade de retenção da plantae é proporcional à área foliar da mesma.

Os pulverizadores de pistola são pro-vidos de bombas de pressão de até 500libras por polegada quadrada, portando duasou às vezes quatro mangueiras, permitindoassim, o uso de até quatro pistolas simulta-neamente.

Figura 33.Figura 33. Operadores em uma platafor-ma aplicando defensivos em mamoeirospor meio de pistolas de pulverização.

Figura 34.Figura 34. Aplicação de defensivos em mamoeiros através de turbo-atomizador comjatos direcionados para o alto.

Os turbo atomizadores são equipa-mentos que possuem um sistema de produ-ção de gotas por energia hidráulica (bom-bas de pressão e bicos de pulverização) cujanuvem é transportada até o alvo por umacorrente de ar gerada pela própria máquina,por meio de um sistema de ventilador.

Para facilitar a aplicação dos defensi-vos nos pomares mais velhos (24-28 me-ses), alguns fruticultores empregam a pisto-la usando-se normalmente, um tanque de2.000 litros sobre o qual se constrói umaplataforma (Figura 33) na qual vão os opera-dores pulverizando a copa das plantas. Ou-tros preferem utilizar o turbo-atomizadorusando apenas os bicos superiores (Figura 34)com a finalidade de atingir as copas.

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Cuidados na pulverização comCuidados na pulverização compistolas:pistolas:

- Utilizar pressão de trabalho de, nomáximo, 450 libras por polegada quadrada;

- Para a execução da pulverização, ooperador deve-se movimentar em semicír-culos em torno da árvore que está sendotratada, a uma distância que permita ao jatoalcançar toda a superfície a ser tratada,procurando sempre atingir, quando for ocaso, ambas as faces das folhas;

- A planta deve ser molhada até oponto de escorrimento no alvo; em funçãoda localização do alvo na planta - maisexterno ou interno -, o cone de pulveriza-ção da pistola deve ser mais aberto oufechado, respectivamente;

- Se o tipo de pistola em uso permitir,e a altura da planta o exigir, deve-se alterara forma do jato produzido ao longo domovimento vertical fechando o cone depulverização quando se procurar atingir ospontos mais distantes da copa;

- Como os ventos afetam substancial-mente os resultados da pulverização compistola, a sua execução deve ser suspensasempre que eles impeçam que as partesmais altas da planta sejam conveniente-mente atingidas, ou quando o operadorestiver sendo alcançado pela deriva.

Cuidados na pulverização comCuidados na pulverização comturbo-atomizadores:turbo-atomizadores:

- Recomenda-se que, na regulagem, adistribuição dos bicos permita que o volumeda calda a ser aplicada obedeça a uma certarelação com a massa foliar da árvore. Paratanto, essa massa foliar deve ser dividida emtrês partes, como mostra a Figura 35. Paracada uma dessas partes, deve corresponderum percentual da pulverização, como espe-cificado na Figura 36;

- A solução deve atingir suficiente-mente as extremidades da planta para quehaja um bom recobrimento do alvo visado;

- Os bicos superiores devem ser fecha-dos sempre que os jatos ultrapassem o topodas copas das plantas;

- Na marcha normal de pulverização(nunca superior a 4 km/h), deve ser obser-vado se o recobrimento do alvo é adequa-do. Em caso negativo, provavelmente ha-verá necessidade da aplicação de um maiorvolume de calda por planta, o que pode serconseguido de duas maneiras:

1ª - Trocando os bicos por outros queproporcionem maior vazão e que possibili-tem manter a mesma distribuição de volu-me do líquido pelas várias partes da copa,conforme mostrado na Figura 35.

Figura 35.Figura 35. Divisão percentual da massa foliar de umaárvore de porte médio, em função da distribuição dapulverização. (Baseado nas ilustrações de Christofoletti).

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Figura 36Figura 36. Distribuição percentual da calda a serpulverizada, em função da massa foliar da árvore.(Baseado nas ilustrações de Christofoletti).

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2ª - Diminuindo a velocidade dedeslocamento da máquina, o que é feitopela troca da marcha do trator, masmantendo-se a mesma rotação da toma-da de força.

- No caso de se observar que parte doalvo não está recebendo cobertura adequa-da, alterar a composição dos bicos, de ma-neira que haja produção de gotas diferenci-adas na nuvem produzida. Observar que,em geral, os bicos da porção superior damáquina devem produzir gotas de diâme-tro maior, de forma a poderem atingir aspartes mais altas da planta;

- Deve-se evitar a pulverização nashoras mais quentes do dia, quando ocor-rem perdas consideráveis de gotas porevaporação, antes de essas atingirem asplantas. Com relação ao vento, que au-menta substancialmente a deriva, deve-sesuspender a aplicação quando as partessuperiores da planta não estiverem sendoalcançadas, ou quando o operador estiversendo atingido pela calda.

CUIDCUIDADOS ANTES DADOS ANTES DAAAPLICAÇÃOAPLICAÇÃO

- Leia com atenção as instruções cons-tantes do rótulo do produto e siga-as rigo-rosamente.

- Obedeça rigorosamente o intervalode segurança dos produtos. Lembre-se queos frutos colhidos antes desse período con-têm resíduos do defensivo capazes de into-xicar os consumidores.

- Escolha um local adequado parapreparar o agrotóxico, longe de crianças eanimais, de preferência à sombra.

- Use roupas e equipamentos de pro-teção individual adequados ao risco a quevocê está se expondo (ver Figura 37).

- Nunca use dose superior à indicada,a fim de evitar que os resíduos permaneçamaltos, mesmo decorrido o intervalo de segu-rança.

- Abra as embalagens com cuidado,utilizando um abridor adequado, para evi-tar derramamento de líquidos ou pós.

Figura 37.Figura 37. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) segundo a classificação toxicológica dosprodutos

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- Ao preparar a calda, use um agitadoradequado. Não molhe as mãos com oproduto, sobretudo enquanto estiver pre-parando a calda, uma vez que ele ainda nãofoi diluído. Despeje a calda no tanque cui-dadosamente, evitando derramá-la e conta-minar o operador (pulverizador costal) e aárea de preparo.

- Concluída a formulação líquida, pro-ceda à tríplice lavagem das embalagens dosprodutos antes de descartar-se delas.

- Verifique se o equipamento de apli-cação apresenta vazamento ou defeito. Nãodesentupa os bicos de pulverização com aboca. Desmonte-os e lave-os com água.

CUIDCUIDADOS DURANTE AADOS DURANTE AAPLICAÇÃOAPLICAÇÃO

- Não aplique os produtos em dia devento ou chuva. Evite pulverizar contra ovento e ser atingido pelo produto.

- Evite aplicar os produtos durante ashoras quentes do dia; há produtos que sãofitotóxicos em altas temperaturas.

- Conserve as calças por fora das botase os punhos da camisa por fora das luvas.

- Não fume, não beba e não comaenquanto estiver trabalhando comagrotóxicos.

- Mantenha as crianças e animais do-mésticos afastados dos locais de manuseioe aplicação.

- Os agrotóxicos podem intoxicar aspessoas através da pele (via dermal, dérmicaou cutânea), da respiração (nariz e boca) eda boca (via oral ou ingestão).

- Caso sua pele seja atingida, lave ime-diatamente o local com água e sabão; seforem os olhos, lave-os imediatamente combastante água.

- Ao menor sinal de intoxicação (verFigura 38), procure imediatamente um mé-dico levando os rótulos dos produtos usa-dos no dia. Figura 38.Figura 38. Sintomas de intoxicação..

Dor de cabeça eindisposição

Dificuldaderespiratória

Tonturas Náusease vômitos

Mal-estar Diarréia

Suorexcessivo

Perturbação da visão

CUIDADOS DEPOIS DACUIDADOS DEPOIS DAAPLICAÇÃOAPLICAÇÃO

- Não lave o equipamento de aplicaçãode agrotóxicos ou de proteção individual e

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as embalagens vazias em rios, córregos,lagos, canais de irrigação, aguadas, poçosetc. Todo esse material deve ser lavadocom a água destinada à pulverização; olíquido resultante deve ficar no tanque depulverização.

- Tome banho com bastante água esabão e vista roupas limpas após cada opera-ção que envolva agrotóxicos. Lave as roupasque usou separadamente de outras peças.

- Jamais reutilize as embalagens vaziasde agrotóxicos em qualquer outro fim, pormais que as tenha lavado.

- As embalagens vazias devem serdestruídas (amassadas, quebradas ou quei-madas) e enterradas em local especial eprotegido, longe de rios, córregos, lago-as, poços etc. Onde o lençol freático foralto, deve-se procurar o local mais eleva-do da propriedade para nele enterrar asembalagens.

MANUTENÇÃO DOSMANUTENÇÃO DOSEQUIPAMENTOS DEEQUIPAMENTOS DEPULVERIZAÇÃOPULVERIZAÇÃO

Qualquer que seja o equipamento em-pregado, além das recomendações relativasà sua manutenção feitas pelo fabricante,deve ser observado:

- Se a pressão dos pneus é a correta, seos parafusos de fixação apresentam apertosadequados, se a folga das correias é conve-niente.

- Se há vazamento, na bomba, nasconexões, nas mangueiras, registros e bi-cos, regulando a pressão de trabalho para oponto desejado, utilizando-se somente aágua para isso.

- A limpeza das peneiras e filtros pelomenos uma vez em cada oito horas detrabalho, visando à prevenção de entupi-mentos. O filtro principal, localizado entreo tanque de calda e a bomba, deve ser limpoa cada reabastecimento.

- Ao final do período diário de traba-lho, a lavagem do equipamento, deixandoos bicos de pulverização desentupidos.

- O destravamento da válvula regula-dora de pressão, quando o equipamentoestiver com a bomba funcionando semestar pulverizado. O mesmo procedimentodeverá ser seguido nos períodos de inativi-dade da máquina.

- No preparo da calda, a utilizaçãosomente de água limpa, sem materiais emsuspensão, especialmente areia, pelo poderabrasivo que este possui sobre as partesativas dos equipamentos aplicadores.

- Regulagem do equipamento, sempreque o gasto de calda variar de 15% emrelação ao obtido com a calibração inicial.

- Trocar os componentes do bicosempre que a sua vazão diferir de 5% damédia dos bicos da mesma especificação,existentes

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ASSOCIAÇÕESASSOCIAÇÕES

ANDEF - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DEDEFENSÍVOS AGRÍCOLAS.Rua Capitão Antônio Rosa, 376 - 13º andarCEP. 01443 São Paulo-SPFone: (11) 881 5033 - Fax: (11) 853 2637

ASCONDIRFone: 049 246 –2686Fax: 079 344-1239Contatos Mário Barreto Alves

ASTN - Processors AssociationFone: 79- 244-1304Fax: 79 211-2877Contatos: Etélio Carvalho Prado

IBRAF - INSTITUTO BRASILEIRO DA FRUTAR. Dr. Franco da Rocha, 137, Conj. 42CEP 05015-040 São Paulo - SPFone: (11) 261-6331 - Fax: (11) 263-2921

IBF-INSTITUTO BRASILEIRO DO FRIOAl. Barão de Piracicaba, 799 - 2o andarCEP 01216 São Paulo - SPFone: (11)221-5777 - Telex: 11-31404 -Fax: (11) 222-4418

OCB-ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVASDO BRASILCentro Comercial Sul - Ed. Baracat - 4o andarCEP 70309 - Brasília - DFFone: (61) 225-0275 - Telex: 61-1879 -Fax:(61)226-8766

SBF - SOCIEDADE BRASILEIRA DEFRUTICULTURAInstituto Agronômico - Seção de ViticulturaCEP 13001 - Campinas, SP - Cx. Postal 28Fones: (192) 41-9910/(0195) 46-1399Telex: 19-1059 - Fax: (0192) 31-4943

SBF - SOCIEDADE BRASILEIRA DEFITOPATOLOGIACEP. 70919 - 970 Brasília- DFCx. Postal 04482Fone: (61) 348-2424

HOTINEXA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOSEXPORTADORES DE HORTIGRANJEIROSRua Teodoro Sampaio, 417 - 7º andar -Conj. 74CEP 05405 São Paulo - SP.Fone 883-0322 - Telex: 11-24184 -Fax: 853-3126

VALEFRUTAS – ASSOCIAÇÃO VALE DO AÇUFax: 84 317 4271Contatos: Manoel Dantas

VALEXPORT - ASSOCIAÇÃO DOSEXPORTADORES DE HORTIGRANJEIROS EDERIVADOS DO VALE DO SÃO FRANCISCO- Cx. Postal 120CEP 56300 Petrolina - PEFone: (81) 862-1611Fax: (81) 862 1612

ANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOSANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS

INSTITUTO ADOLFO LUTZAv. Dr. Arnaldo, 355 - Bairro Serqueira Cezar,PacaembuSão Paulo- SPFone: (11) 851-0111

INSTITUIÇÕES DE PESQUISA LIGADAS AOINSTITUIÇÕES DE PESQUISA LIGADAS AOMAMÃOMAMÃO

CTAA - CENTRO NACIONAL DEPESQUISA DE TECNOLOGIAAGROINDUSTRIAL DE ALIMENTOSAv. das Américas, 29501 - GuaratibaCEP 23020 Rio de Janeiro- RJFone:(21) 410-2350Telex: 21-2367, Fax: (21) 410-1090

CNPDA - CENTRO NACIONAL DEPESQUISA DE DEFESA DA AGRICULTURARod. SP 340, km 127,5 - Bairro TanquinhoVelhoCEP 13820 - Jaguariúna, SPFone: (192) 97-1721, Telex: 19-2655,EPBA-BR, Fax:(192) 97-2202

CNPMF -CENTRO NACIONAL DEPESQUISA EM MANDIOCA EFRUTICULTURA.Rua Embrapa S/N Caixa Postal 007CEP 44380 Cruz das Almas, BA. Fone:(75)721-1210 Fax:(75) 721-2420

CPAC - CENTRO DE PESQUISAAGROPECUÁRIA DOS CERRADOSBR 020 km 18 - Rod. Brasília-Fortaleza CEP 73301 Planaltina-DFFone: (61) 389-1716 Telex: 61-1621, Fax:(61) 389-2953

CPATSA - CENTRO DE PESQUISAAGROPECUÁRIA DO TRÓPICO SEMI-ÁRIDO.BR 428 km 152 - Zona Rural CEP 56300 Petrolina- PEFone: (81) 961-4411, Telex: 81-0016 Fax:(81) 992-1283

IAC - INSTITUTO AGRONÔMICO DECAMPINASAv. Barão de Itapura, 1481CEP 13020 Campinas- SPFone: (192) 31-5422 - Telex: 19-1059Fax: (192) 31-4943FACAV - UNESPRod. Carlos Tonanni, km 5 CEP 14870Jaboticabal -SP Fone:: (163) 22-4000

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA-UNESPFaculdade de Ciências Agronômicas -Campus BotucatuFazenda Experimental Lajeado, CaixaPostal 237CEP 18600 Botucatu, SPFone: (142) 22-3883 - Telex: 14-2107

UNIVERSIDADE ESTADUAL DOSUDOESTE DA BAHIACaixa postal 95 Fone (73) 421-1143 ramal24 FAX (73) 422 2352 CEP 45.100-000 –Vitória da Conquista - BA

CREACREA

CREA-ACAv. Ceará - 1146CEP 69900-460 Rio Branco-ACFone: (68) 224-5632 Fax: (68) 224-9826

CREA-ALRua Dr. Osvaldo Sarmento, 22 - FarolCEP 57021-510 Maceió - ALFone: (82) 221-0866 / 221-1037-PABXFax: (82) 221-0929

CREA-AM/RRRua Costa Azevedo, 174 - CentroCEP 69010-230 Manaus - AMFone: (92) 622-4714 / 622-4715-PABXFax: (92) 622-4716

CREA-BATravessa da Ajuda, 01 - Ed. Martins Catharino- 2o Andar CEP 40020-030 - Salvador - BAFone: (71) 243-9055 / 243-9176 / 243-9976-PABX / 243-8172-Pres. - Fax: (71)242-8214

CREA-CERua Paula Rodrigues, 304CEP 60411-270 Fortaleza - CE,Fone: (85) 272-1444 - PABXFax: (85) 272-3083

10 ENDEREÇOS ÚTEIS

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CREA-DFSGAS - Q. 901 - Lote 72CEP 70390-010 Brasília - DF,Fone: (61) 321-3001-PABX / 321-1581-Pres.Fax: (61) 321-1581

CREA-ESAv. Princesa Isabel, 54 - Ed. Caparaó - 9o

andarCEP 29010-360 Vitória - ESFone: (27) 222-2690 / 222-2374222-2444 / 222-2395 Fax: (27) 223-5560

CREA-GORua 239, no 585 - Setor Leste UniversitárioCEP 74605-070 Goiânia - GOFone: (62) 223-4405 - PABXFax: (62) 224-2793

CREA-MARua 28 de julho, 214CEP 65010-680 São Luís - MAFone: (98) 221-2094 / 221-2116 / 221-2021-PABX

CREA-MGAv. Alvares Cabral, 1600CEP 30170-001Belo Horizonte - MGFone: (31) 335-7888-PABX / 335-4540-Pres.Fax: (31) 335-7949

CREA-MSRua Antônio Maria Coelho, 221 - Vila PlanaltoCEP 79009-380 Campo Grande - MSFone: (67) 383-5916 / 383-5983 / 383-5315-Pres.Fax: (67) 721-2518

CREA-MTRua Campo Grande, 479 - CentroCEP 78005-360 Cuiabá - MTFone: (65) 321-0532 / 321-0326 /321-0236-PABX - Fax: (65) 624-4484

FABRICANTES DE EQUIPAMENTOS DEFABRICANTES DE EQUIPAMENTOS DEAPLICAÇÃO DE AGROTÓXICOSAPLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS

BERTHOUD INDÚSTRIA DE MÁQUINASAGRÍCOLAS LTDA.Rua Tenente Djalma Dutra, 888 - Caixa Postal71 - CEP 83100 São José dos Pinhais -Curitiba - PRPABX: (041) 282-1191 - Telex: 6447 BM AG

CIA YAMAR - DISTRIBUIDORA DE MÁQUINASAv. Dr. Gastão Vidigal, 2001 - VilaLeopoldina, SP - CEP 05314 - São Paulo, SPFone: (011)261-0911, Telex: (011) 24080

MÁQUINAS AGRÍCOLAS JACTO S/ARua Dr. Luiz Miranda, 1650 - CEP 17580 -Pompéia, SPFone: (0144) 52-1811 e 52-1911 -Telex:((011)79101

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BERTAGLIA & SILVA LTDAAv. Paes de Barros, 3.743 - CEP: 03114São Paulo - SPFone: (011) 494-2711 Telex: (011) 1121988BESL-BRProdutos: Equipamentos de ProteçãoIndividual

DRÄGER LUBECA - INDÚSTRIA, COMÉRCIOE IMPORTAÇÃO LTDA.Rua Cidade de Bagdá, 554 - Vila SantaCatarina - CEP 04377 - Cx. Postal 21232Fone: 275-4022 - Telex: (011) 24259 LUBEBR - São PauloProdutos: Máscaras e filtros

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MSA DO BRASIL EQUIPAMENTOS EINSTRUMENTOS DE SEGURANCA LTDA.Av. Roberto Gordon, 138CEP: 09900 Diadema - SP - Brasil CaixaPosta 376Fone: (11) 445-1499 Telex: (11) 44241MSAEBRProdutos: Equipamentos e Instrumentos deSegurança

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PROTIM - EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DEPROTECÃO LTDA.Rua Agostinho Gomes, 1537São Paulo - SP - Brasil CEP: 04206Fone: (11) 274-3244, Telex: (011) 35686 PEIPProdutos: Equipamentos de ProteçãoIndividual

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RIMPAC - ÓCULOS E EQUIPAMENTOS DESEGURANÇA RIMPAC LTDA.Rua Mogimirim, 253CEP: 03187 São Paulo - SP - BrasilFone: (11) 292.4033 Telex: (11) 36009

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DOMINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DOABASTECIMENTOABASTECIMENTO

SDA- SECRETARIA DE DEFESAAGROPECUÁRIA. Coordenação deVigilância Fitossanitária.Esplanada dos Ministérios Bl. D - Anexo - 3ºandar Ala A, Sala 343 CEP 70043-900Brasília - DF Fone: (61) 218 2258

SDA - SECRETARIA DE DEFESAAGROPECUÁRIA. Divisão de Agrotóxicos eAfinsEsplanada dos Ministérios Bl. D - Anexo - 3ºandar Ala A, Sala 350. Brasília - DF. CEP: 70043 - 900 Tel.: 218 2445

SEBRAESEBRAEAgência de Promoção de ExportaçãoFone: (61) 348-7395; 7396Fax: 061 273-9917Contatos: José Frederico Alvare

REDE NACIONAL DE CENTROS DEREDE NACIONAL DE CENTROS DEINFORMAÇÕES E ASSESSORAMENTOINFORMAÇÕES E ASSESSORAMENTOTOXICOLÓGICO.TOXICOLÓGICO.

CENTRO DE ASSISTÊNCIA TOXICOLÓGICAHospital Santa Lúcia - Av. ComendadorPereira Inácio, s/nCEP 18100 Sorocaba - SP - BrasilFone: (152) 32-5222

CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÕESHospital da Clinicas da UNICAMP - CidadeUniversitária Zeferino VazCampinas - SP - Brasil CEP 13081 CaixaPostal 6142 Fone: (0192) 39-3128

CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÕESHospital das Clinicas - FNRP, Av. Bandeirantes,s/n - Campus Univ.-USPCEP 14030 Ribeirão Preto - SP - BrasilFone: (16) 634-7020 r.190 Telex: (0166) 583

CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÕESHospital de Base - Av. Brigadeiro Faria Lima,5.544 - CEP 15090 São José do Rio Preto - SPFone: (0172) 32-9404/32-2755 r.105

CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÕESHospital Jabaquara - Av. Francisco de PaulaQuintanilha Ribeiro, 860CEP 04330 São Paulo - SPFone: (011) 275-5311/578-5111 r.215

CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÕESUniversidade de Taubaté - Av. GranadeiroGuimarães, 270 - CEP 12020 Taubaté - SPFone: (122) 33-4422 r.247

CENTRO DE CONTROLES DEINTOXICAÇÕESHospital Universitário Antônio Pedro - R.Marques de Paraná, 303 Centro - CEP: 24020Niterói - RJ - BrasilFone: (21) 717-0148/717-0521

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7979Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

CENTRO DE EPIDEMIOLOGIAFundação Caetano Munhoz da Rocha - RuaEngenheiro Rebousas, 1707CEP: 80230 Curitiba - PR - BrasilFone: (41) 222-8335/283-2917

CENTRO DE INFORMAÇÕES ANTI-VENENOHospital do Pronto Socorro Municipal - Ruageneral Vale 192 - CEP 78060 Cuiabá - MT- BrasilFone: (65) 321-1212

CENTRO DE INFORMAÇÕES ANTI-VENENOInstituto Dr. José Frota - Rua Senador Pompeu,1757 - CEP: 60025 Fortaleza - CE - BrasilFone: (85) 231-6666

CENTRO DE INFORMAÇÕES ANTI-VENENO-CIAVEHospital Central Roberto Santos - Av.Saboeiro, s/n - Cabula - CEP 40000 Salvador- BA - BrasilFone: (71) 231-4343 Telex: (071) 0155

CENTRO DE INFORMAÇÕES TÓXICO-FARMACOLÓGICASDep. Farmacologia/UNESP - Campus deBotucatu - CEP 16610 Rubião Júnior - SP -Brasil Caixa Postal 520Fone: (0149) 22-3048 Telex: 0142107

CENTRO DE INFORMAÇÕES TÓXICO-FARMACOLÓGICAS - SUDSAv. Presidente Costa e Silva, s/n - Jardim BelaVista - Goiânia - GO - Brasil CEP: 74000Fone: (062) 249-1094

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICÓLOGICASHospital de Base do Distrito Federal - SCSQ.101 - Bl. A - CEP 70335Brasília - DF - BrasilFone: (61) 224-2509 Telex: (061) 3434

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASCampus - Hospital Universitário - BairroTrindade - CEP 88040 Florianópolis - SC -Brasil Fone: (482) 33-9535/33-3111 Telex:(48) 2527

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASHospital Geral de Portão - Av. RepublicaArgentina, 4.406 - CEP 81000 Curitiba - PR- Brasil Fone: (41) 246-3434/246-1212Telex: (41) 5010

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CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASHospital Universitário de Londrina - Av.Roberto Kock, s/n - CEP 86035 Londrina - PR- BrasilFone: (432) 23-7444 r.244

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASInstituto Fernandes Figueira / IFF - Av. RuiBarbosa, 716 6 Andar - CEP 22250 Rio deJaneiro - RJ - BrasilFone: (21) 551-7697/552-0898/286-2424

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASLaboratório de Toxicologia - Rua BarãoMamoré - 749 - CEP 66000 Belém - PA - BrasilFone: (91) 229-8444

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASRua Comendador Alexandre Amorim, 330 -Aparecida - CEP 69007 Manaus - AM - BrasilFone: (92) 232-2241/232-6504

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASRua do Direito Q.04 Casa 21 Conj.COHAFUMA - CEP 65000 São Luiz - MA - BrasilFone: (98) 232-3812

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASRua Domingos Crescêncio, 132 - 8 AndarCEP 90620 Porto Alegre - RS - BrasilFone: (0512) 23-6417/23-6110Telex: (051) 2077

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASRua Sagiro Nakamura, 800 - Vila Industrial -CEP 12220 São José dos Campos - SP - BrasilFone: (0123) 29-1819/29-5400 r. 31

CENTRO DE INFORMAÇÕESTOXICOLÓGICASRua Samuel de Farias, 75/602 - Casa ForteCEP 52060 Recife - PE - Brasil

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NÚCLEO DE TOXICOLOGIA CLÍNICA - CIT- SSMSRua Filinto Muller, s/n - Bairro UniversitárioCEP 79065 Campo Grande - MS - BrasilFone: (067) 387-3031

PROGRAMA NACIONAL INTEGRADO DEINFORMAÇÕES FÁRMACO-TOXICOLÓGICASFundação Oswaldo Cruz - M. Saúde -PRONITOX Av. Brasil, 4.036 - 5ª AndarRio de Janeiro - RJ - BrasilFone: (021) 270-0295 Fax: (021) 590-3545Telex: (021) 37623

SERVICO DE TOXICOLOGIA DE MINASGERAISHospital João XXIII - Av. Alfredo Balena, 400CEP 30130 Belo Horizonte - MG - Brasil Fone:(031) 224-4000

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8787Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

12GLOSSÁRIOAbortamento - ação de não vingar, de morrer antes de

desenvolver-se.Ação sistêmica - que se movimenta internamente na planta.Ácaros - artrópodes aracnídeos da ordem acarina, de corpo

não segmentado, abdome soldado ao cefalotórax com quatropares de patas com seis a sete segmentos, cuja respiraçãose faz por traquéias ou pela pele, podendo ter vida livre ouparasitária.

Adesivo - é um adjuvante que auxilia o defensivo ou agrotóxicoa aderir na superfície tratada.

Adjuvante - qualquer substância inerte adicionada a umaformulação de defensivo, para torná-lo mais eficiente. É ocaso dos adesivos, emulsificantes, penetrantes, espalhantes,umidificantes etc.

Aeração - ato ou efeito de arejar, renovar o ar; ventilação,circulação do ar.

Agrotóxico - defensivo agrícola; substância utilizada naagricultura com a finalidade de controlar insetos, ácaros,fungos, bactérias e ervas daninhas.

Alvo (de pulverização) - é a parte da planta a ser protegidapelo defensivo, por ser, preferencialmente, atacada pelapraga ou moléstia que se visa combater, ou por ser o localpreferido pela praga ou doença para se instalar. Ele pode seencontrar mais externa ou internamente na planta, conformeo hábito da praga ou a localização dos tecidos mais sujeitosao ataque do fungo ou bactéria. Assim, em cadapulverização é necessário definir com propriedade o alvo,para que ela possa ser corretamente executada.

Ambiente - que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisaspor todos os lados.

Análise foliar - exame laboratorial das folhas com o fim dedeterminar o teor dos elementos fundamentais aodesenvolvimento da planta.

Análise de solo - exame laboratorial do solo, com a finalidadede determinar o teor dos elementos fundamentais aodesenvolvimento da cultura a ser plantada ou existente.

Anomalia - irregularidade, anormalidade.APHIS - Animal and Plant Health Inspection Service.Aração - lavrar, sulcar, revolver a terra.Área clorótica - sintoma que se revela pela coloração amarela

das partes normalmente verdes.Armadilha caça-moscas - engenho ou artifício para apanhar

moscas.Bactéria - organismo microscópico unicelular que pode

parasitar vegetais.Benzimidazólio - grupo de fungicidas sistêmicos abrangendo

os fungicidas Thiabendazol, Benomyl e Tiofanato metílico,entre outros.

Bico - é a parte final do circuito hidráulico de um pulverizador,que tem como função transformar a calda em pequenasgotas, espalhando-as no alvo e controlar a saída de caldapor unidade de tempo. No caso do combate às pragas edoenças de um pomar, só são utilizados bicos tipo coneaberto, ou seja bicos cujo jato tem formato de um cone vaziono seu centro.

Borbulha - germe ou broto de uma planta utilizada paraenxerto.

Bráctea - folha da inflorescência quase sempre de formamodificada, dimensões reduzidas e coloração viva.

Brocado - furado ou atacado por insetos adultos ou suas larvase lagartas.

Brotação - o mesmo que brotamento, isto é, saída de novosbrotos, que darão origem a ramificações, folhas e flores.

Calagem - método que consiste em adicionar substânciascálcicas (cal, calcário) à terra para corrigir a acidez.

Cálcio - elemento químico de número atômico 20, pertencenteaos metais alcalino-terrosos.

Calda - solução composta por água e agrotóxico.Calo - formação mais ou menos dura, originada dos tecidos

vegetais, sobretudo em seguida a ferimentos ou nacicatrização de enxertos.

Cancro - lesão necrótica que forma depressão nos tecidos dacasca dos caules tubérculos, raízes e frutos; a necrose dostecidos é seguida de certos fenômenos, como, por exemplo,a delimitação definida e precisa da área afetada, muitas vezescom a formação de fendas na casca e colo cicatricial aoredor da superfície morta.

Casta - conjunto de uma espécie animal ou vegetal com origemcomum e caracteres semelhantes.

Casulo - invólucro filamentoso construído pela larva deinsetos.

Cavalo - designação popular do porta-enxerto.Cochonilha - nome vulgar e genérico usado para designar

insetos da ordem homóptera pertencentes à família doscoccídeos.

Coleóptero - ordem de insetos formada pelos besouros.Comensalismo - associação entre organismos de espécies

diferentes sem prejuízo para as partes envolvidas.Compatibilidade (de agrotóxicos) - propriedade que dois ou

mais agrotóxicos apresentam ao serem misturados sem quea eficiência de cada um seja alterada ou diminuída.

CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura eAgronomia.

Controle biológico - controle de uma praga, doença ou ervadaninha pela utilização de organismos vivos.

Convexa - de saliência curva, externamente arredondada,bojuda.

Corpo reticulado - que tem linhas e nervuras entrecruzadascomo uma rede.

Cotilédone - folha embrionária encontrada nas sementes emgeral, em número de uma (monocotiledônea), duas(dicotiledônea) ou muitas (gimnosperma), podendo conterreservas.

Crescimento pulverulento - aparecimento de uma coberturade pó sobre a epiderme das plantas.

Cúprico - grupo químico de agrotóxicos derivados de produtosà base de cobre.

Cutícula - camada de material de natureza cerosa (cutina),pouco permeável à água, que reveste a parede externa decélulas epidérmicas.

Dano - estrago, deterioração, danificação, lesão.De vez - no tempo adequado de ser colhido, entremaduro.Deficiência nutricional - carência de algum elemento químico

fundamental ao desenvolvimento da planta.Definhado - enfraquecido, debilitado, consumido.Desinfetar - destruir os micróbios vivos.Deriva - é o fenômeno de arrastamento de gotas de

pulverização pelo vento.Desintegração da polpa - amolecimento da polpa.Dispersão - ato ou efeito de fazer ir para diferentes partes.Disseminar - espalhar por muitas partes; difundir, divulgar,

propagar.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade8888

Fluxo vegetativo - período de crescimento das plantas,excluída a reprodução.

Fonte de inóculo - local onde são produzidas as unidadesreprodutivas ou propágulos de microrganismos patogênicos.

Forma anamorfa - de origem assexuada.Forma assimétrica - que não se acha distribuída em volta de

um centro ou eixo.Forma imperfeita (de fungos) - fungos dos quais só

conhecemos estruturas de reprodução assexuada, ou seja, afase de produção de esporo assexuado ou conídio.

Forma alada - com asas.Fungicida - produto destinado à prevenção ou ao combate de

fungos; agrotóxico.Fungo fitopatogênico - fungo que causa doenças em plantas.Fungo - grupo de organismos que se caracterizam por serem

eucarióticos e aclorofilados; são considerados vegetaisinferiores.

Fungo oportunista - fungo que, para se desenvolver, seaproveita dos ferimentos causados à planta por outrascausas.

Galha - desenvolvimento anormal de um órgão ou parte deledevido à hiperplasia e hipertrofia simultâneas das células,por ação de um patógeno. As galhas se desenvolvem tantoem órgãos tenros e nas raízes e ramos de plantas herbáceascomo em órgãos lenhosos; são comuns as produzidas pornematóides nas raízes de várias plantas e menos freqüentesas causadas por insetos, fungos e bactérias em vários órgãos.

Gema - brotação que dá origem a ramos e folhas (gemasvegetativas) e flores (gemas florais).

Gênero - conjunto de espécies que apresentam certo númerode caracteres comuns convencionalmente estabelecidos.

Germinação - nas sementes, consiste numa série de processosque culminam na emissão da raiz; o conceito de germinaçãose estendeu a todo tipo de planta e microrganismo; fala-seem germinação de esporos e até de gemas de estacas quereproduzem vegetativamente a planta de origem.

Gradagem - método que consiste em aplainar o solo por meiode grades puxadas por trator; também pode ser utilizada nocombate às plantas daninhas.

Granizo - precipitação atmosférica na qual as gotas de águase congelam ao atravessar uma camada de ar frio, caindosob a forma de pedras de gelo.

Hemisférica - que tem a forma da metade de uma esfera.Heterocíclico nitrogenado - fungicida do grupo

triclorometílico; captan folpet, captafol e quinomethionatesão os fungicidas mais importantes deste grupo.

Himenóptera - ordem de insetos representados pelas abelhas,vespas, marimbondos e formigas.

Hipertrofia - crescimento exagerado de parte de uma plantaou de toda a planta pelo aumento do tamanho das células.

Homeostáse - Propriedade auto-reguladora de um sistemaou organismo que permite manter o estado de equilíbrio desuas variáveis essenciais ou de seu meio ambiente.

Hospedeiro - vegetal que hospeda insetos e microrganismos,patogênicos ou não.

Incidência - que ocorre, ataca, recai.Inflorescência - nome dado a um grupo ou conjunto de flores.Ingrediente ativo - é a substância química ou biológica que

dá eficiência aos defensivos agrícolas. É também referidacomo molécula ativa.

Inimigo natural - predador e parasita de uma praga ou doençaexistente em um local.

Inoculação - ato de inserir, introduzir ou implantar ummicrorganismo ou um material infectado num ser vivo.

Distúrbio hormonal - perturbação ou anomalia causada pelavariação indesejável das quantidades de hormônios naplanta.

Distúrbio fisiológico - problema ou anomalia na planta decausa abiótica.

Ditiocarbamato - grupo importante de fungicidas derivadosdo ácido ditiocarbônico; ex.: Mancozeb, Maneb, Zineb.

Dominância apical - Crescimento predominante das gemasmeristemáticas

Dorso - parte posterior, reverso.Eclosão - emergência do imago ou inseto perfeito da pupa;

ato ou processo de nascimento do ovo; saída do ovo pelalarva ou pela ninfa.

Embonecamento - sinônimo de malformação floral ouvegetativa.

Encarquilhado - cheio de rugas ou pregas, rugoso, enrugado.Entomopatogênico - capaz de produzir doenças ou parasitar

insetos.Eriofídeo - ácaro alongado pertencente à família Eriophydae.Erosão - movimentação do solo causada pela água das chuvas

e pelo vento.Escama - designação vulgar da secreção, em geral

escamiforme, dos insetos homópteros da família doscoccídeos (cochonilhas), sob o qual estes permanecemdurante toda a sua existência ou parte dela.

Espalhante adesivo - produto adicionado em pequenaproporção à solução de agrotóxicos com o fim de melhorara dispersão e adesão do produto sobre a planta.

Espécie - conjunto de indivíduos que guardam grandesemelhança entre si e com seus ancestrais, e estão aptos aproduzir descendência fértil; é a unidade biológicafundamental; várias espécies constituem um gênero.

Esporo - estrutura, geralmente unicelular, capaz de germinarsob determinadas condições, reproduzindo vegetativa ouassexuadamente o indivíduo que a formou; corpúsculoreprodutivo de fungos e algumas bactérias.

Esporulação - formação de esporos.Estágio de “chumbinho” - fruto de manga quando apresenta

aproximadamente 30 mm de comprimento.Estilete - instrumento cortante de lâmina fina.Estresse hídrico - conjunto de reações da planta à falta de

água que pode perturbar-lhe a homeostase.Euforbiáceas - grande, complexa e multiforme família de

plantas floríferas, composta de árvores, arbustos e ervas;há perto de 7.200 espécies espalhadas pelo mundo; o Brasilé rico em representantes dessas espécies, entre eles aseringueira.

Exportação in natura - ao natural.Exsudação - é a liberação de líquido da planta através de

ferimento em aberturas naturais (estômato, aqüífero ouhidatódio).

FAO - Organização para Alimentação e Agricultura; agênciadas Nações Unidas, cujo objetivo é contribuir para aeliminação da fome e a melhoria da nutrição no mundo.

Fendilhamento - separação no sentido do comprimento.Fertilização - aplicação de fertilizantes ou adubos.Fitotóxico - que é considerado tóxico, veneno para as plantas.Floema - O tecido condutor da seiva elaborada ou orgânica

nos vegetais vasculares. Compõe-se de elementos crivosos,células parenquimatosas, fibras e esclerócitos. Pode serprimário e secundário. Acha-se localizado para fora dolenho.

Florescimento - ato de produzir flores.

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8989Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11 Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade

Inseto polinizador - inseto que transporta grãos de pólen deuma flor para outra.

Internódio - intervalo entre dois nós do caule ou outras partesde uma planta.

Intoxicação - ato de intoxicar, envenenamento.Intumescido - inchado, saliente, proeminente.Irrigação por gotejamento - tipo de irrigação localizada, feita

por meio de gotejadores.Lagarta - forma larval dos lepidópteros e de alguns

himenópteros (falsa-lagarta).Larva - segundo estádio do desenvolvimento pós-embrionário

dos insetos.Lenho - o principal tecido vegetal de sustentação e condução

da seiva bruta nos caules e raízes; o mesmo que xilema.Lepidópteros - ordem de insetos representada pelas

borboletas, mariposas e traças.Limbo foliar - a parte expandida da folha (lâmina).Luminosidade - que indica o maior ou menor grau de luz.Macronutriente - nutriente que a planta requer em maior

quantidade (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio) paracrescer e desenvolver-se.

Material propagativo - parte das plantas utilizada na suamultiplicação (sementes, mudas, bulbos, estacas).

Micélio - conjunto de filamentos ramificados ou em rede(hifas) que constitui a estrutura vegetativa de um fungo.

Microaspersão - tipo de irrigação localizada de plantas, feitapor meio de pequenos aspersores.

Microimenóptero - pequeno inseto da ordem himenóptera(vespinhas).

Micronutriente - nutriente que a planta requer em menorquantidade (boro, cobre, zinco, molibdênio, cloro, ferro),embora seja também importante para o seudesenvolvimento.

Microrganismo - forma de vida de dimensões microscópicas(fungos, bactérias, vírus e micoplasmas).

Necrose - sintoma de doença de plantas caracterizado peladegeneração e morte dos tecidos vegetais.

Nematóides - vermes geralmente microscópicos, finos ealongados que podem parasitar as plantas.

Ninfa - forma intermediária entre a larva e o inseto adulto.OMS - Organização Mundial de Saúde.Organoclorado - inseticida à base de carbono, hidrogênio e

cloro que, às vezes, contém átomos de enxofre e oxigênio;considerado agrotóxico perigoso devido à sua longapermanência no meio ambiente.

Organofosforado - inseticida à base de ácido orgânico (comcarbono), ácido fosfórico ou outros derivados de fósforo;agrotóxico.

Panícula - tipo de inflorescência que corresponde a um cachocomposto; os ramos decrescem da base para o ápice e oconjunto assume a forma cônica ou piramidal, com o ápicepara cima.

Parasita - organismo que vive às custas de outro.Partenogênese - reprodução por meio de ovos que se

desenvolvem sem serem fecundados.Patógeno - organismo capaz de produzir doença.Pecíolo - parte da folha que prende o limbo (lâmina) ao caule,

diretamente ou por meio de uma bainha.Pedúnculo - pequena haste que suporta uma flor ou um fruto.Película - pele delgada, flexível ou rígida, lisa ou estriada.Pistola - barra de metal leve que tem uma das extremidades

acoplada à mangueira por meio de uma válvula e na outraum dispositivo para a colocação de bicos para a produção

da pulverização desejada. A válvula de fechamento podeser do tipo gatilho ou, mais comumente, do tipo rosca, com350º de giro, o que faz o jato variar continuamente de sólidoou com gotas grosseiras de grande alcance, a cônico fino,de pequeno alcance.

Planta daninha - o mesmo que erva invasora; mato que cresceno pomar e compete por água, luz e nutrientes com a culturaprincipal.

Poda sanitária - corte de ramos mortos ou afetados por algumapraga ou doença.

Pólen - pequenos grânulos produzidos nas flores,representando o elemento masculino da sexualidade daplanta, cuja função na reprodução é fecundar os óvulos dasflores.

Polífaga - que se nutre de vários tipos de alimento; parasitoque ataca vários hospedeiros.

Polpa - parte carnosa dos frutos.População - conjunto de indivíduos da mesma espécie.Porta-enxerto - na enxertia, o mesmo que cavalo; planta em

que vai ser aplicado um enxerto; tem a finalidade de escorare nutrir a planta, geralmente com um sistema radicular maisresistente a pragas e doenças.

Pós-colheita - período que vai da colheita ao consumo do fruto.PPQ - Plant Protection and Quarantine.Precipitação pluvial - fenômeno pelo qual a nebulosidade

atmosférica se transforma em água formando a chuva.Predador - organismo que ataca outros organismos,

geralmente menores e mais fracos, e deles se alimenta.Pulverização - aplicação de líquidos em pequenas gotas.Pulverização de pistola - são equipamentos para aplicação

de agrotóxicos sob a forma líquida, que possuem bombascapazes de comprimir a calda a grandes pressões e assimexpeli-la através da pistola, onde é fracionada em numerosasgotas de tamanho variável em função da regulagem feita.

Pupa - estádio dos insetos com metamorfose completa; estádionormalmente inativo em que ele não se alimenta; precedea fase adulta.

Quadro sintomatológico - conjunto de sintomas que as pragasou doenças causam nas plantas (murcha, seca, podridão).

Quebra-vento - cortina protetora formada por árvores,arbustos de diversos tamanhos e telas, com a finalidade dediminuir os efeitos danosos do vento sobre um pomar.

Regiões semi-áridas - regiões semidesérticas com um períodomínimo de seis meses secos e com índices pluviométricosabaixo de 800 mm anuais.

Regiões subtropicais - regiões que apresentam um invernopouco rigoroso e temperaturas médias em torno de 30°C.

Regiões superúmidas - regiões com umidade relativa nuncainferior a 70% e temperaturas superiores a 25°C.

Regiões tropicais - regiões onde não ocorre inverno e astemperaturas médias são sempre superiores a 20°C.

Regurgitar - expelir, vomitar, lançar.Rendilhado - que tem pequena renda.Resistência varietal - é a reação de defesa de uma planta,

resultante da soma dos fatores que tendem a diminuir aagressividade de uma praga ou doença; esta resistência étransmitida aos descendentes.

Rija - que não é flexível; dura, rígida, resistente.Saprófita - organismo capaz de se desenvolver sobre matéria

orgânica.Seletividade (de agrotóxicos) - é a propriedade que um

agrotóxico apresenta quando, na dosagem recomendada, émenos tóxico ao inimigo natural do que à praga ou doençacontra a qual é empregado, apesar de atingi-los igualmente.

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Frutas do Brasil, 11Frutas do Brasil, 11Mamão FitossanidadeMamão Fitossanidade9090

Semente poliembriônica - semente que apresenta dois ou maisembriões e forma plantas mais uniformes.

Subsolagem - operação de rompimento das camadascompactadas de solo abaixo de 30 cm, por meio de umimplemento chamado subsolador, tracionado por um trator.

Substrato - o que serve como suporte e fonte de alimentaçãode uma planta.

Superbrotamento - brotamento excessivo.Suscetibilidade - tendência de um organismo a ser atacado

por insetos ou a contrair doenças.Tecido corticoso - tecido da casca.Tórax - segunda região do corpo dos insetos, caracterizada

pela presença de pernas e em geral também de asas.Transmissor - organismo (inseto, nematóide, ácaro) que passa

uma doença de uma planta para outra.Trato cultural - conjunto de práticas executadas numa

plantação com o fim de produzir condições mais favoráveisao crescimento e à produção da cultura.

Tricarenda - o que apresenta três protuberâncias lineares emforma de crista ou quilha.

Tronco - caule forte, lenhoso, maciço das árvores e grandesarbustos.

Tubo polínico - expansão tubulosa do pólen que possibilita afecundação da oosfera por um de seus núcleos que funcionacomo gameta masculino.

Turboatomizador - equipamento de pulverização que produzgotas diminutas que são lançadas nas plantas através de umturbilhão, visando a atingir as partes superiores e inferioresda planta.

Turgidez - inchação, dilatação.Tutoramento - colocação de uma vara ou estaca com a

finalidade de amparar uma muda ou árvore flexível.Univoltino - que se reproduz uma só vez por ano.Urticante - que queima ou irrita; que produz a sensação de

queimadura; pêlos urticantes das taturanas.USDA - United States Department of Agriculture.Variedade - subdivisão de indivíduos da mesma espécie que

ocorrem numa localidade, segundo suas formas típicasdiferenciadas por um ou mais caracteres de menorimportância.

Ventilação - circulação de ar.Vetor - organismo capaz de transmitir uma doença de uma

planta a outra.Vírus - agente infectante de dimensões ultramicroscópicas que

necessita de uma célula hospedeira para se reproduzir e cujocomponente genético é DNA ou RNA.

Volátil - diz-se de uma substância, geralmente um líquido, queevapora à temperatura ambiente normal se exposta ao ar.

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República Federativa do Brasil

PresidenteFernando Henrique Cardoso

Ministério da Agricultura e do Abastecimento

MinistroMarcus Vinicius Pratini de Moraes

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Diretor-PresidenteAlberto Duque Portugal

Diretores-ExecutivosElza Angela Battagia Brito da CunhaDante Daniel Giacomelli ScolariJosé Roberto Rodrigues Peres

Embrapa Mandioca e Fruticultura

Chefe-GeralSizernando Luiz de Oliveira

Chefe-Adjunto de Comunicação, Negócios e ApoioJosé Eduardo Borges de Carvalho

Chefe-Adjunto de Pesquisa e DesenvolvimentoDomingo Haroldo Rudolfo Conrado Reinhardt

Chefe-Adjunto de AdministraçãoAlberto Duarte Vilarinhos

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

MinistroMartus Tavares