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Manejo de Ácaro-rajado na Cultura do Morangueiro Mário Eidi Sato Pesquisador Científico Instituto Biológico

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Manejo de Ácaro-rajado na

Cultura do Morangueiro

Mário Eidi Sato

Pesquisador Científico

Instituto Biológico

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• O ácaro rajado é considerado um dos ácaros de maior

importância econômica em todo o mundo e pode causar

consideráveis prejuízos em diversas culturas no Brasil,

incluindo algodão, berinjela, feijão, maçã, morango, pêssego,

pimentão, soja, tomate, ornamentais, etc. (MORAES &

FLECHTMANN 2008).

Ácaro-rajado

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Ácaro-rajado

• O ácaro insere os estiletes várias vezes no tecido foliar,

destruindo um grande número de células. O alimento

destes ácaros fitófagos é o conteúdo celular ou

citoplasma.

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• O ácaro rajado, Tetranychus urticae é considerado uma

das pragas mais importantes em morangueiro.

• Altas infestações podem causar descoloração de folhas,

perda da capacidade fotossintética e eventualmente a

morte das folhas.

Ácaro-rajado

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Características biológicas do ácaro-rajado

• Desenvolvimento de ovo a adulto:

- 12,7 dias a 21°C (Herbert 1981)

- 6,2 dias a 29,4 °C (Carey & Bradley 1982)

• Número de ovos por fêmea: 40 a 70 ovos (até 140 ovos)

• Reprodução: Sexuada (53% a 81% de

fêmeas)/Partenogênese arrenotoca

• Ro (taxa líquida de reprodução) = 57

• T (período de uma geração) = 18 dias (25ºC) (Nicastro

et al. (2011)

- Longevidade do adulto: 10 a 40 dias (20 dias)

• Mobilidade/Migração relativamente baixa no campo

Ácaro-rajado

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CONTROLE DE ÁCARO-RAJADO

• O controle do ácaro-rajado vem sendo realizado quase

que exclusivamente através de acaricidas

• Problemas:

- Populações de ácaros coincidem com o período de

frutificação (risco de resíduos em frutos)

- Eliminação de inimigos naturais

- Poucos produtos eficientes registrados

- Resistência a acaricidas

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• O fracasso no controle de uma praga com

um determinado produto químico:

• Trata-se de um caso de resistência?

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• Qualidade de aplicação (Regulagem de equipamento, atingir a praga alvo)

• Produto (formulação e dosagem)

• Densidade populacional da praga

• Condições climáticas (chuvas após a aplicação)

• Resistência

Possíveis explicações para o insucesso no controle:

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Resistência de ácaro-rajado a acaricidas

O que é resistência a acaricidas?

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Evolução da resistência

SS

S

S S

S

S

SS

S

S

S

S SS

S

S

S

SS

S

SS

S

S

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S

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S

S

S

S

SR R

RR

R

RR

R

R

R

R

R

R

RR

R R

R

R

R R

R

Produto do Grupo AProduto do Grupo A

Produto do Grupo AProduto do Grupo A

Produto do Grupo AProduto do Grupo A

Após aApós a

PulverizaçãoPulverização

Após aApós a

PulverizaçãoPulverização

Após aApós a

PulverizaçãoPulverização

S = Indivíduo Susceptível

R = Indivíduo Resistente a Produtos do Grupo ARBCARI -

COMIT Ê BRASILEIRO DE AÇÃO A RES IS TÊNCI A A INSETICID AS

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Seleções Artificiais com Acaricidas

Seleções artificiais com acaricidas - Para os acaricidas abamectin (Vertimec), fenpyroximate (Ortus), propargite (Omite), chlorfenapyr (Pirate) foram realizadas seleções artificiais para aumento da resistência a estes produtos. - Utilizou-se uma população diferente de ácaro rajado para cada produto estudado.

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SELEÇÃO PARA RESISTÊNCIA

50 fêmeas adultas de ácaro rajado

Arena de folha de feijão

Aplicou-se suspensão de acaricida

com torre de pulverização (mortalidade de 50 a 70%)

Sobreviventes após 48 ou 72 h

foram utilizados para a formação de novas colônias

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Seleções para Resistência a Acaricidas

CL50 = Concentração Letal 50% (g ou mL de i.a./1000L)

Vertimec Ortus Omite Pirate

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Seleções para Resistência a Acaricidas

Intensidade de Resistência

• Fenpyroximate (Ortus®) RR = 2.912

CL50 R = 10.893 mg i.a./L 218 vezes a concentração recomendada

• Abamectin (Vertimec®) RR = 183

CL50 R = 55,8 mg i.a./L 4,1 vezes a concentração recomendada

• Propargite (Omite®) RR = 72,5

CL50 R = 222 mg i.a./L 1,13 vez a concentração recomendada

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Mecanismo de Resistência

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

GSS UK-99 NL-00

pm

ol/

30m

in/m

g p

rote

in

Atividade de enzimas oxidases (monooxigenases dependentes de citocromo P450) em populações de ácaro-rajado resistentes e suscetíveis a abamectin (Vertimec®)

Stumpf & Nauen (2002)

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0

20

40

60

80

100

0 1 2 3 4 5 6 7

Período (meses)

Fre

ên

cia

de

re

sist

ên

cia

(%

)

75% R

50% R

25% R

Variação da freqüência de resistência de Tetranychus urticae a abamectin (Vertimec®)

(Sato et al. 2005)

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Estabilidade da Resistência

y = 100,9e-0,248x

R² = 0,9937

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fre

qu

ên

cia

de r

esis

tên

cia

(%

)

Período (meses)

Milbemectin

y = 80,847e-0,262x

R² = 0,9785

0

10

20

30

40

50

60

70

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fre

qu

ên

cia

de r

esis

tên

cia

(%

)

Período (meses)

Abamectin

Variação nas freqüências de resistência (porcentagem de ácaros resistentes) de Tetranychus urticae a milbemectin (MilbekNock®) e abamectin (Vertimec®), em condições de laboratório (25 ± 1°C, 70 ± 5% UR e fotofase de 14 h).

Nicastro, Sato, Silva, 2011

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Duração média ± erro padrão da média (em dias) dos estágios embrionário e pós-embrionário das linhagens de Tetranychus urticae suscetível e resistente a milbemectin (MilbekNock®), à temperatura de 25 ± 1ºC e fotofase de 14 horas

Linhagens Estágio de

desenvolvimento n Suscetível n Resistente

Ovo 133 3,51 ± 0,018 a 128 3,74 ± 0,033 b

Larva 133 1,00 ± 0,021 a 128 1,05 ± 0,021 a

Larva Quiescente 133 0,76 ± 0,023 a 127 0,86 ± 0,028 a

Protoninfa 133 0,79 ± 0,024 a 125 0,84 ± 0,024 a

Protoninfa Quiescente 133 0,78 ± 0,023 a 124 0,77 ± 0,023 a

Deutoninfa 132 0,88 ± 0,022 a 124 0,97 ± 0,024 b

Deutoninfa Quiescente 132 1,03 ± 0,027 a 123 1,07 ± 0,023 b

Ovo-adulto (Fêmea) 116 9,25 ± 0,044 a 94 9,60 ± 0,059 b

Ovo-adulto (Macho) 19 9,34 ± 0,10 a 23 9,50 ± 0,13 a

Resistência a milbemectin

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Resistência a milbemectin

Duração média ± erro padrão da média (em dias) dos períodos de pre-oviposição, oviposição e pós-oviposição; e número médio de ovos por fêmea das linhagens de Tetranychus urticae suscetível e resistente a milbemectin, à temperatura de 25 ± 1ºC e fotofase de 14 horas.

Linhagens

N Suscetível N Resistente

Pré-oviposição 116 0,94 ± 0,026 a 94 1,03 ± 0,032 a

Oviposição 98 18,16 ± 0,71 a 92 14,92 ± 0,69 a

Pós-oviposição 98 1,24 ± 0,23 a 92 1,31 ± 0,34 a

Nº ovos/fêmea 98 149,88 ± 7,02 a 92 117,69 ± 6,35 b

Nicastro, Sato, Silva, 2011

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0

20

40

60

80

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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Period (Months)

Fre

qu

en

cy

of

resis

tan

ce (

%)

a

b

c

Estabilidade da Resistência

Variação da frequência de resistência de Tetranychus urticae a fenpyroximate (Ortus®) (Sato et al. 2004)

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3

4

5

6

7

0.01 0.1 1 10 100 1000

Concentração (mg/L)

Mo

rta

lid

ad

e (

%)

RS

Concentrações

Discriminatórias

0,01 0,1

0

25

50

75

100

Monitoramento de resistência a acaricidas

Concentração discriminatória de abamectin (Vertimec® 18 CE) para ácaro Tetranychus urticae a acaricidas).: 4,79 mg de i.a./L

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Monitoramento de resistência a acaricidas

• Foram avaliadas as freqüência de resistência de ácaro-rajado (Tetranychus urticae) a acaricidas em diferentes populações coletadas de diversas culturas. • Concentrações discriminatórias:

4,79 mg de i.a./L para abamectin; 46,3 mg de i.a./L para fenpyroximate Os acaricidas foram pulverizados diretamente sobre fêmeas adultas (disco de folha de feijão). • Avaliações de mortalidade: 48 ou 72 h após a aplicação

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Monitoramento de resistência a acaricidas

Monitoramento da resistência de Tetranychus urticae a abamectin (Vertimec®) e

fenpyroximate (Ortus®)

População Abamectin Fenpyroximate

Cultura Local n* %

Sobreviventes

n %

Sobreviventes

S (Testemunha) - 320 0,00 0,00 a** 320 0,00 0,00 a

Morango Atibaia I 240 47,9 2,48 gh 240 22,9 3,43 de

Morango Atibaia II 240 2,50 1,08 ab 240 14,2 2,60 cd

Morango Atibaia III 240 4,17 1,08 bc 240 2,50 1,44 ab

Morango Louveira I 240 0,42 0,42 ab 240 0,83 0,48 a

Morango Louveira II 320 2,19 1,48 ab 320 2,81 1,07 ab

Morango Jarinu I 200 0,00 0,00 a 200 6,68 2,64 abc

Morango Jarinu II 240 16,3 2,48 de 240 41,2 6,14 ef

Morango Jundiaí 240 0,42 0,42 ab 240 2,92 1,42 ab

Morango Monte Alegre do Sul I 240 0,00 0,00 a 240 4,58 1,42 abc

Morango Monte Alegre do Sul II 320 0,62 0,62 ab 320 0,31 0,31 a

Morango Piedade I 240 0,00 0,00 a 240 4,17 1,59 abc

Morango Piedade II 240 0,00 0,00 a 240 9,98 2,03 bcd

Morango Serra Negra 240 6,66 0,68 bc 240 0,00 0,00 a

Morango Socorro I 240 19,2 1,98 de 240 3,75 0,79 abc

Morango Socorro II 240 68,7 3,99 hi 240 4,17 0,48 abc

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0

10

20

30

40

50

60

70

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100

Frequência d

e resistência (%

)

Sobrevivência média (%) de ácaros Tetranychus urticae tratados com abamectin (Vertimec®), em sua concentração discriminatória (4,79 mg de i.a./L). As populações foram coletadas em 2009 e 2010 de culturas comerciais de Algodão (Primavera do Leste, MT; Cristalina, GO; Barreiras, BA), Crisântemo (Campinas, SP; Holambra, SP; Santo Antonio de Posse, SP), Feijão (Jales, SP), Framboesa (Campos do Jordão, SP), Gérbera (Holambra, SP), Mamão (Mucuri, BA; Nova Viçosa, BA; Indaiatuba, SP), Morango (Monte Alegre do Sul, SP; Atibaia, SP; Socorro, SP); Rosa (Atibaia, SP); Uva (Jales, SP).a

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0

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120

Fre

ên

cia

de r

esis

tên

cia

(%

)

Sobrevivência média (%) de ácaros Tetranychus urticae tratados com milbemectin (Milbeknock®), em sua concentração discriminatória (5,5 mg de i.a./L). As populações foram coletadas em 2009 e 2010 de culturas comerciais de Algodão (Primavera do Leste, MT; Cristalina, GO; Barreiras, BA), Crisântemo (Campinas, SP; Holambra, SP; Santo Antonio de Posse, SP), Feijão (Jales, SP), Framboesa (Campos do Jordão, SP), Gérbera (Holambra, SP), Mamão (Mucuri, BA; Nova Viçosa, BA; Indaiatuba, SP), Morango (Monte Alegre do Sul, SP; Atibaia, SP; Socorro, SP); Rosa (Atibaia, SP); Uva (Jales, SP).

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Fre

qu

en

cia

de

re

sis

tên

cia

(%

)

Abamectin Milbemectin

Frequência de resistência de T. urticae a abamectin e milbemectin. Média de sobrevivência (±EP) de fêmeas adultas de populações coletadas de: framboesa (Fr), morangueiro (Mo), Gérbera (Ge) e crisântemo (Cr), de diferentes localidades: Campos do Jordão (CJ), Monte Alegre do Sul (MA), Socorro (SO), Atibaia (AT), Serra Negra (SN), Holambra (Ho) e Santo Antônio de Posse (SA), após o tratamento com abamectin (a 4,79 mg de i.a./L) e milbemectin (a 5,5 mg de i.a./L) nas suas respectivas concentrações discriminatórias.

Nicastro, Sato, Silva, 2010

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0

10

20

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40

50

60

70

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Fre

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cia

de r

esis

tên

cia

(%

)

Sobrevivência média (%) de ácaros Tetranychus urticae tratados com propargite (Omite®), em sua concentração discriminatória (40,3 mg de i.a./L). As populações foram coletadas em 2009 e 2010 de culturas comerciais de Algodão (Primavera do Leste, MT; Cristalina, GO; Barreiras, BA), Crisântemo (Campinas, SP; Holambra, SP; Santo Antonio de Posse, SP), Feijão (Jales, SP), Framboesa (Campos do Jordão, SP), Gérbera (Holambra, SP), Mamão (Mucuri, BA; Nova Viçosa, BA; Indaiatuba, SP), Morango (Monte Alegre do Sul, SP; Atibaia, SP; Socorro, SP); Rosa (Atibaia, SP); Uva (Jales, SP).

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0

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20

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Fre

ên

cia

de r

esis

tên

cia

(%

)

Sobrevivência média (%) de ácaros Tetranychus urticae tratados com fenpyroximate (Ortus®), em sua concentração discriminatória (46,3 mg de i.a./L). As populações foram coletadas em 2009 e 2010 de culturas comerciais de Algodão (Primavera do Leste, MT; Cristalina, GO; Barreiras, BA), Crisântemo (Campinas, SP; Holambra, SP; Santo Antonio de Posse, SP), Feijão (Jales, SP), Framboesa (Campos do Jordão, SP), Gérbera (Holambra, SP), Mamão (Mucuri, BA; Nova Viçosa, BA; Indaiatuba, SP), Morango (Monte Alegre do Sul, SP; Atibaia, SP; Socorro, SP); Rosa (Atibaia, SP); Uva (Jales, SP).

Page 29: Manejo de Ácaro-rajado na Cultura do Morangueiro · Arena de folha de feijão ... Deutoninfa Quiescente 132 1,03 ± 0,027 a 123 1,07 ± 0,023 b Ovo-adulto (Fêmea) 116 9,25 ± 0,044

TÁTICAS PARA O MANEJO DA RESISTÊNCIA

Redução no uso de acaricidas (aplicar produtos nas

épocas corretas, com equipamentos corretos)

Rotação de produtos (Não utilizar o mesmo produto

várias vezes em seqüência na cultura)

Favorecer a atividade dos inimigos naturais (uso de

produtos seletivos ou liberação de inimigos naturais)

Page 30: Manejo de Ácaro-rajado na Cultura do Morangueiro · Arena de folha de feijão ... Deutoninfa Quiescente 132 1,03 ± 0,027 a 123 1,07 ± 0,023 b Ovo-adulto (Fêmea) 116 9,25 ± 0,044

TÁTICAS PARA O MANEJO DA RESISTÊNCIA

Favorecer a atividade dos inimigos naturais

(uso de produtos seletivos ou liberação de

inimigos naturais)

Page 31: Manejo de Ácaro-rajado na Cultura do Morangueiro · Arena de folha de feijão ... Deutoninfa Quiescente 132 1,03 ± 0,027 a 123 1,07 ± 0,023 b Ovo-adulto (Fêmea) 116 9,25 ± 0,044

Inimigos Naturais

- Ácaros predadores da família Phytoseiidae

- Alimentam-se “indistintamente” de ácaros resistentes e

suscetíveis, reduzindo a porcentagem de ácaros

resistentes.

- Quando a população de inimigos naturais é elevada existe

menor necessidade de tratamentos químicos (menor

pressão de seleção).

TÁTICAS PARA O MANEJO DA RESISTÊNCIA

Page 32: Manejo de Ácaro-rajado na Cultura do Morangueiro · Arena de folha de feijão ... Deutoninfa Quiescente 132 1,03 ± 0,027 a 123 1,07 ± 0,023 b Ovo-adulto (Fêmea) 116 9,25 ± 0,044

Neoseiulus californicus

• Período médio de ovo a adulto: 5 a 7 dias (25°C)

• Longevidade: ~ 30 dias

• Número de ovos/fêmea do predador/dia: 2,8 a 3 ovos/dia

• Capacidade consumo: 15 a 20 ovos de ácaro-rajado por dia

(Castagnoli & Simoni, 1999)

Importância de Inimigos Naturais

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Inimigos Naturais

- Preservação de inimigos naturais (produtos

seletivos)

- Liberação de inimigos naturais (possíveis

problemas: os inimigos naturais poderiam ser

mortos devido à utilização de agroquímicos no

campo)

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Utilização de ácaros predadores para o manejo de Tetranychus urticae

Ácaro predador: Neoseiulus californicus (Acari:

Phytoseiidae)

População de N. californicus coletada de morango de

Atibaia, SP (Tolerante a diversos agroquímicos).

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Área com

Liberação de

ácaros

predadores

Área

Testemunha 2

Sem liberação

de ácaros

predadores

Área

Testemunha 1

Sem liberação

de ácaros

predadores

Experimento de liberação ácaros predadores

Local: Monte Alegre

do Sul

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Ácaro Rajado - Infestação Inicial Alta

0

50

100

150

200

250

300

7/7

14

/7

21

/7

28

/7

4/8

11

/8

18

/8

25

/8

1/9

8/9

15

/9

22

/9

29

/9

6/1

0

Data

me

ro d

e á

ca

ros

po

r fo

lío

lo

Área Liberação Predadores Testemunha 1 Testemunha 2

Ácaro Predador - Infestação Alta de Ácaro Rajado

0

1

2

3

4

5

6

7

7/7

14

/7

21

/7

28

/7

4/8

11

/8

18

/8

25

/8

1/9

8/9

15

/9

22

/9

29

/9

6/1

0

Data

me

ro d

e á

ca

ros

po

r fo

lío

lo

Área Liberação Predadores Testemunha 1 Testemunha 2

Flutuação populacional de ácaro-rajado e ácaro predador (Neoseiulus

californicus) em morangueiro nos tratamentos 1) Área com liberação de ácaros

predadores; 2) Testemunha 1 (1º Canteiro ao lado, sem liberação de predadores);

3) Testemunha 2 (2º Canteiro ao lado, sem liberação de predadores).

Experimento de liberação de

ácaros predadores

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Ácaro Rajado - Infestação Inicial Média

0

50

100

150

200

250

300

7/7

14

/7

21

/7

28

/7

4/8

11

/8

18

/8

25

/8

1/9

8/9

15

/9

22

/9

29

/9

6/1

0

Data

me

ro d

e á

ca

ros

po

r fo

lío

lo

Área Liberação Predadores Testemunha 1 Testemunha 2

Ácaro Predador - Infestação Média de Ácaro Rajado

0

2

4

6

8

10

12

7/7

14

/7

21

/7

28

/7

4/8

11

/8

18

/8

25

/8

1/9

8/9

15

/9

22

/9

29

/9

6/1

0

Data

me

ro d

e á

ca

ros

po

r fo

lío

lo

Área Liberação Predadores Testemunha 1 Testemunha 2

Flutuação populacional de ácaro-rajado e ácaro predador (Neoseiulus

californicus) em morangueiro nos tratamentos 1) Área com liberação de ácaros

predadores; 2) Testemunha 1 (1º Canteiro ao lado, sem liberação de predadores);

3) Testemunha 2 (2º Canteiro ao lado, sem liberação de predadores).

Experimento de liberação de

ácaros predadores

Page 38: Manejo de Ácaro-rajado na Cultura do Morangueiro · Arena de folha de feijão ... Deutoninfa Quiescente 132 1,03 ± 0,027 a 123 1,07 ± 0,023 b Ovo-adulto (Fêmea) 116 9,25 ± 0,044

Ácaro Rajado - Infestação Inicial Baixa

0

10

20

30

40

50

7/7

14

/7

21

/7

28

/7

4/8

11

/8

18

/8

25

/8

1/9

8/9

15

/9

22

/9

29

/9

6/1

0

Data

me

ro d

e á

ca

ros

po

r fo

lío

lo

Área Liberação Predadores Testemunha 1 Testemunha 2

Ácaro Predador - Infestação Baixa de Ácaro Rajado

0

1

2

3

4

5

7/7

14

/7

21

/7

28

/7

4/8

11

/8

18

/8

25

/8

1/9

8/9

15

/9

22

/9

29

/9

6/1

0

Data

me

ro d

e á

ca

ros

po

r fo

lío

lo

Área Liberação Predadores Testemunha 1 Testemunha 2

Flutuação populacional de ácaro-rajado e ácaro predador (Neoseiulus

californicus) em morangueiro nos tratamentos 1) Área com liberação de ácaros

predadores; 2) Testemunha 1 (1º Canteiro ao lado, sem liberação de predadores);

3) Testemunha 2 (2º Canteiro ao lado, sem liberação de predadores).

Experimento de liberação de

ácaros predadores

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Manejo de ácaros em cultura de morango

• O que fazer quando a população de ácaro rajado

já é alta no campo ?

- Uso de ácaros predadores ?

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0,1

1

10

100

1000

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Manejo de ácaros em cultura de morango (Experimento Atibaia)

Flutuação populacional de Tetranychus urticae e ácaro predador (Neoseiulus californicus) em morangueiro (propargite + N. californicus)

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Efeito residual de abamectin para Neoseiulus californicus

Abamectin

0

10

20

30

40

50

60

70

0 2 4 6 8

Porc

enta

gem

de M

ort

alid

ade

Abamectin : Vertimec 18 CE; Abamectin Nortox ; Kraft ; Potenza

Dias após a aplicação

Page 42: Manejo de Ácaro-rajado na Cultura do Morangueiro · Arena de folha de feijão ... Deutoninfa Quiescente 132 1,03 ± 0,027 a 123 1,07 ± 0,023 b Ovo-adulto (Fêmea) 116 9,25 ± 0,044

Fenpropathrin

0

10

20

30

40

50

60

70

0 2 4 6 8

Dias após a aplicação

Porc

enta

gem

de M

ort

alid

ade

Fenpropathrin: Danimen 300 CE ; Meotrin 300

Efeito residual de fenpropathrin para Neoseiulus californicus

Page 43: Manejo de Ácaro-rajado na Cultura do Morangueiro · Arena de folha de feijão ... Deutoninfa Quiescente 132 1,03 ± 0,027 a 123 1,07 ± 0,023 b Ovo-adulto (Fêmea) 116 9,25 ± 0,044

Fenpyroximate

010203040506070

0 2 4 6 8

Mort

alid

ade (

%)

Efeito residual de fenpyroximate para Neoseiulus californicus

Porc

enta

ge

m d

e M

ort

alid

ade

Fenpyroximate : Ortus 50 SC

Dias após a aplicação

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Seletividade de produtos químicos a

ácaros predadores

Neoseiulus californicus

Phytoseiulus macropilisPhytoseiulus macropilis

Phytoseiulus macropilis

Mais sensível a agroquímicos

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•Ingrediente ativo

Produto comercial Neoseiulus californicus*

Phytoseiulus macropilis

Malatol Malathion I M/N

Thiamethoxan Actara 250 WGR I/L M/N

Lambdacialotrina Karate Zeon 50 CS I/L N

Malatol Malathion 1000 CE I M/N

Fenpropatrin Danimen 300 CE Meotrin 300

I/L N

Abamectin Vertimec 18 CE Abamectin Nortox Kraft Potenza

M/N N

Clofentezina Acaristop I/L -

Propargite Omite 720 CE I M/N

Fenpiroximate Ortus 50 SC L M

Cyhexatin Cyhexatin 500 I M/N

Seletividade de produtos químicos a ácaros predadores

I = Inócuo; L = Levemente Nocivo; M = Moderadamente Nocivo;

N = Nocivo *População coletada de Atibaia

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TÁTICAS PARA O MANEJO DA RESISTÊNCIA

→ Redução no uso de acaricidas (aplicar produtos nas

épocas corretas, com equipamentos corretos)

Rotação de produtos (Não utilizar o mesmo produto

várias vezes em seqüência na cultura)

→ Favorecer a atividade dos inimigos naturais (uso de

produtos seletivos ou liberação de inimigos naturais)

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Redução no uso de acaricidas

- monitoramento das populações de pragas para

tomadas de decisão (Nível de controle: NC)

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Monitoramento como ferramenta

importante para o manejo de ácaro-

rajado na PIMo

Engª Agrª , MSc, Larissa Akemi Iwassaki

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Monitoramento

Índices de nível de controle

Tomada de decisão

Controla Não Controla

MONITORAMENTO

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Cultura do morango

Safra 2008: lupas estereoscópicas

1-5 ácaros por folíolo predadores

>10 ácaros por folíolo químico

80 folíolos por cultivar

MONITORAMENTO

Larissa Akemi Iwassaki

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0

40

80

120

160

mero

de á

caro

s r

aja

do

(f

orm

as a

tiv

as)

po

r fo

lío

lo

Data da amostragem

Nível de infestação - formas ativas de T.urticae

ácaros rajado/ folíolo OG-PIMo

ácaros rajado/ folíolo CR-PIMo

ácaros rajado/ folíolo CM-PIMo

ácaros rajado/ folíolo OG-PC

23,9

140,9

Larissa Akemi Iwassaki

59,9

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Produção Convencional Produção Integrada

Infestação natural (maio) Infestação mudas (desde plantio)

Vertimec, Ortus e Protmax

Ácaros predadores – infestação natural

Omite

Ácaro predador - introduzido e

infestação natural

12 aplicações (Vertimec + Ortus) 2 aplicações (Omite)

Semanal (jun-set) 30/07 – Oso Grande e Camino Real

18/08 – Área total

Necessidade de

quebra-vento

Não zerou até última amostra

(11/novembro)

Resultado zero a partir da

2ª quinzena de outubro

RESULTADOS – SAFRA 2008

Larissa Akemi Iwassaki

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PROPOSTA DE MONITORAMENTO DE

ÁCARO-RAJADO A PARTIR DE 2009

Material utilizado:

- estacas de madeira ou bambu

- tintas branca, amarela e vermelha

- lupa 10x de aumento

Contagem de 1 a 10 ácaros-rajado / predadores

12 mil plantas aproximadamente 2h

Amostras a cada 10m de canteiro

AVALIAÇÃO SEMANAL

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10m

5m

PONTOS DE AMOSTRAGEM

5m

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Ácaros

no

folíolo

Número de

folíolos

infestados

Cor Medida a ser tomada

1-5

ácaros 30% Branco

Comunicar técnicos

Liberação de ácaros

predadores

6-9

ácaros Amarelo

Manter sob observação

Comunicar técnicos

10 ou

mais 30% Vermelho

Comunicar técnicos

Pulverização de

acaricida seletivo

AMOSTRAGEM DE ÁCARO-RAJADO

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Foto: IWASSAKI, L.A.

Foto: IWASSAKI, L.A.

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MONITORAMENTO DE ÁCARO RAJADO UTILIZANDO AS ESTACAS

COLORIDAS

- A avaliação dos folíolos deve ser feita a cada 10 metros lineares de

canteiro.

- O número de pontos amostrados no campo varia conforme o tamanho de

cada parcela (calcular utilizando metros lineares de canteiro).

- A porcentagem das estacas no campo (para cada cor) será então definida

por:

NÃO RETIRAR AS ESTACAS DO CAMPO:

- Até comunicar responsável técnico;

- A menos que a porcentagem de estacas de qualquer cor seja menor que

a porcentagem requerida para tomada de medidas de controle

número de estacasnúmero de pontos amostrados no campo

× 100

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O USO DE QUALQUER ACARICIDA DEVE SER RECOMENDADO PELO RESPONSÁVEL

TÉCNICO, ATRAVÉS DE RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.

SELETIVIDADE DOS ACARICIDAS REGISTRADOS

1) CLOFENTEZINA (Acaristop 500SC)

2) ENXOFRE (Sulficamp)

3) PROPARGITE (Omite 720EC)

4) FENPROPATRINA (Danimen 300CE, Meothrin 300, Sumirody 300)

5) FENPIROXIMATO (Ortus 50SC)

6) ABAMECTINA* (Abamectin Prentiss, Kraft 36EC, Potenza, Abamectin Nortox, Vertimec 18EC)

Ácaros no

folíolo

Número de

folíolos infestado

s

Cor da estaca

Medida a ser tomada

1-5

ácaros 30% Branco

Comunicar Responsável Técnico Liberação de ácaros predadores

6-9

ácaros Amarelo

Manter sob observação Comunicar Responsável Técnico

10 ou mais

30% Vermelho Comunicar Responsável Técnico Pulverização de acaricida

*Caso os ácaros predadores forem observados no campo, EVITAR ao máximo o uso de produtos a base de ABAMECTINA.

Ácaro rajado – Tetranychus urticae Ácaro predador – N. californicus Ácaro predador – P. macropilis

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TABELA 4 - MONITORAMENTO DE ÁCARO RAJADO % = número de estacas

número de pontos amostrados no campo× 100

Número de pontos amostrados no campo: (em caso de dúvida nos cálculos, contate Responsável Técnico)

DATA CULTIVAR ou NÚMERO DA

PARCELA

NÚMERO DE ESTACAS NO CAMPO % de ESTACAS NO CAMPO

PREDADOR

BRANCO AMARELO VERMELHO TOTAL BRANCO AMARELO VERMELHO SIM NÃO

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TÁTICAS PARA O MANEJO DA RESISTÊNCIA

- Reduzir o número de aplicações de acaricidas

(Monitoramento)

- Rotação de produtos (Não utilizar o mesmo produto

várias vezes em seqüência na cultura)

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SS

S

S S

S

S

SS

S

S

S

S SS

S

S

S

SS

S

SS

S

S

SS

S

S S

S

SS

SS

S

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SS

S

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S

S

S

S

S

SRR RR

SRR

RR

RR

S

S

S

S

S

SRR

R

Produto doProduto do

Grupo AGrupo A

Produto doProduto do

Grupo BGrupo B

Produto Produto

do Grupo Cdo Grupo C

Após aApós a

PulverizaçãoPulverização

Após aApós a

PulverizaçãoPulverização

Após aApós a

PulverizaçãoPulverização

S = Susceptível

R = Resistente a Produtos do Grupo A

R = Resistente a Produtos do Grupo B

R = Resistente a Produtos do Grupo C

RR

RR

RR

RR

RR

RR

RR

RR

RR

RR

RR

RBCARI -COMITÊ BR ASILEIR O DE AÇÃ O A RESISTÊNC IA A IN S ETICI DAS

Rotação de ProdutosRotação de Produtos

Page 62: Manejo de Ácaro-rajado na Cultura do Morangueiro · Arena de folha de feijão ... Deutoninfa Quiescente 132 1,03 ± 0,027 a 123 1,07 ± 0,023 b Ovo-adulto (Fêmea) 116 9,25 ± 0,044

GRADE DE DEFENSIVOS QUÍMICOS

PARA CULTURA DO MORANGO

Princípio Ativo Marca Comercial

Classe Período de

Carência (DIAS) Classificação Toxicológica

Dose para 100 litros(g

ou ml) 1

Limite Máximo de

Resíduo (L.M. R.)

Abamectin

Abamectin nortox Acaricida/Inseticida 3 III 75 ml 0,02

Abamectin prentiss Acaricida/Inseticida 3 I 50-125 ml 0,02

Vertimec 18 CE Acaricida/Inseticida 3 III 50 a 75 ml 0,02

Potenza Acaricida/Inseticida 3 I 50 a 75 ml 0,02

Kraft 36 EC Acaricida/Inseticida 3 I 25 a 30 ml 0,02

Azoxystrobin

Vantigo Fungicida 2 IV 10 a 13 g 0,3

Amistar WG Fungicida 1 III 10 a 13 g 0,3

Amistar Top Fungicida

01 III 300-600 ml/ha

0,3

Azadiractina Azamax Acaricida/Inseticida Sem restrições III 200-300 ml Sem

restrições

Bacillus pumilis Sonata Fungicida Não

determinado III 8,0 mL/L

Não determinado

Clofentezina Acaristop 500 SC Acaricida 14 III 400ml 0,5

Difenoconazole Score Fungicida 7 I 40 ml 0,5

Fenpiroximate Ortus 50 SC Acaricida 5 II 100 ml 0,01

Fenpropratin

Danimen 300 EC Acaricida/Inseticida 3 I 50 a 65 ml 2,0

Meotrin 300 Acaricida/Inseticida 3 I 50 a 65 ml 2,0

SUMIRODY 300 Acaricida/Inseticida 3 I 65 ml 2,0

Fluazinam

Frowcide 500 SC Fungicida 3 II 100 ml 2,0

AGATA Acaricida/Fungicida 3 II 100 ml 2,0

ALTIMA Acaricida/Fungicida 3 II 100 ml 2,0

LEGACY Acaricida/Fungicida 3 II 100 ml 2,0

Lambda-cialotrina Karate zeon 50 Inseticida 3 III 80 ml 0,5

Imibenconazole Manage 150 Fungicida 7 II 75 a 100 ml 0,5

Iprodiona Rovral SC Fungicida 3 III 75 a 100ml 2,0

Rovral Fungicida 3 III 75 a 100g 2,0

Metam Sodium Bunema Fumigante 0,1 II 75 ml SOLO

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GRADE DE DEFENSIVOS QUÍMICOS

PARA CULTURA DO MORANGO

Princípio Ativo Marca Comercial

Classe Período de

Carência (DIAS) Classificação Toxicológica

Dose para 100 litros(g

ou ml) 1

Limite Máximo de

Resíduo (L.M. R.)

Metconazole Caramba 90 Fungicida 7 III 50 a 100ml 0,1

Milbemectin Milbeknock Acaricida/Inseticida 7 III 20-40 ml 0,05

Pyrimethanil Mythos Fungicida 3 III 200ml 1,0

Propargite Omite 720 CE Acaricida 4 I 30 ml 7,0

Procimidone Sialex 500 Fungicida 1 II 50 a 100g 3,0

Sumilex 500 WP Fungicida 1 II 50 a 100g 3,0

Triforine Sonet Fungicida 2 I 150 ml 2,0

Tebuconazole

Constant Fungicida 5 III 75 ml 0,1

Folicur 200 EC Fungicida 5 III 75 ml 0,1

Triade Fungicida 5 III 75 ml 0,1

Folicur WP Fungicida 5 III 75 ml 0,1

Thiamethoxam Actara 250 WG Inseticida 1 III 10 g 0,1

Tiofanato metílico

Cercobin 700 WP Fungicida 14 IV 70 g 0,5

Metiltiofan Fungicida 14 III 70 g 0,5

Fungiscan 700 WP Fungicida 14 IV 70 g 0,5

MOFOTIL Fungicida 14 III 100 ml 0,5

VIPER 700 Fungicida 14 IV 70g 0,5

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Muito obrigado pela atenção

Mário Eidi Sato

Pesquisador Científico

Instituto Biológico

[email protected]