MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS E REABILITAÇÃO DE … · Profª Gláucia Nolasco de Almeida Mello...
Transcript of MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS E REABILITAÇÃO DE … · Profª Gláucia Nolasco de Almeida Mello...
Profª Gláucia Nolasco de Almeida Mello
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS E REABILITAÇÃO DE ESTRUTURAS
MANIFESTAÇÕES OU SINTOMAS
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
MANIFESTAÇÕES OU SINTOMAS
1. Armaduras Expostas2. Fissuras3. Eflorescências e Manchas4. Desagregação do Concreto5. Ninhos de concretagem (segregação)6. Deformações Excessivas
2
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
ARMADURAS EXPOSTAS
3
(a)
(b)
Fig. 1: Armaduras expostas com corrosão (a) vigas do Píer de Atracação de Tambaú; (b) vigas da Cortina Atirantada na orla em Natal. Fonte: CAVALCANTI e CAVALCANTI, 2010; PEREIRA, 2010.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
ARMADURAS EXPOSTAS
4
Fig. 2: Armaduras expostas com corrosão (a) pilares de uma edificação em São Paulo; (b) pilares de uma edificação na zona portuária do Recife.
Fonte: OLIVEIRA et al., 2013; MORAES FILHO, MONTEIRO e HELENE, 2014.
(a)
(b)
Rompimento de estribo
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURAS
Dano de ocorrência mais comum.Chama a atenção dos leigos, proprietários e usuários, para o fato de que algo de anormal está acontecendo.Sua classificação como deficiência estrutural dependerá sempre da origem, intensidade e magnitude do quadro de fissuração existente.Conseqüência da atuação das mais diversas causas, intrínsecas ou extrínsecas.
5
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURAS
Aberturas Aberturas (mm)Fissura ≤ 0,5Trinca > 0,5 e ≤ 1,5
Rachadura > 1,5 e ≤ 5,0Fenda > 5,0 e ≤ 10,0Brecha > 10,0
6
Tab. 1: Classificação das aberturas em edificações.
(NBR 9575: 2010)
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURAS
7
(a)(b)
Fig. 3: (a) Rachadura em viga de uma edificação de 14 pavimentos; (b) fissuras nas vigas e lajes do Píer de Atracação de Tambaú.
Fonte: PILZ et al., 2010; CAVALCANTI e CAVALCANTI, 2010.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURAS
MapeamentoDeve-se marcá-la com um traço comínuo, com tinta duradoura ou lápis dc cera, paralelamente a ela e a uma distância dc cerca de 10 mm, com uma clara identificação de suas extremidades e da data da observação;Sempre que possível, deve-se marcar um traço perpendicular à fissura no seu ponto de maior abertura, assinalando-se a medida desta abertura, em décimos de mm.
8
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURAS
ClassificaçãoAtivas: quando a causa responsável por sua geração ainda atua sobre a estrutura.Estáveis: sempre que sua causa se tenha feito sentir durante um certo tempo e, a partir de então, deixado de existir.
9
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURAS
ObservarCofiguraçãoPosição na peçaVariação de abertura
Na maioria dos casos com as observações acima é possível identificar as causas das fissuras.
10
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURAS
CausasRelacionadas ao projetoContração plástica do concreto Retração do concretoMovimentação térmicaReações expansivasRecalques diferenciaisAções aplicadas
11
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASCAUSAS RELACIONADAS AO PROJETO
12
Fig. 4: Algumas configurações genéricas de fissuras em função do tipo de solicitação predominante. Fonte: SOUZA e RIPPER, 2009.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASCAUSAS RELACIONADAS AO PROJETO
13
Fig. 5: (a) Fissuração em viga submetida a flexocompressão; (b) Fissuras por compressão, sem e com confinamento.
Fonte: SOUZA e RIPPER, 2009.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASCAUSAS RELACIONADAS AO PROJETO
14
Fig. 6: (a) Fissuração por flexão, como conseqüência da insuficiente seção de aço diante do momento negativo; (b) fissuração por flexão, como conseqüência da insuficiente seção de aço diante do momento positivo; (c) fissuração por cisalhamento por insuficiência de armaduras
para combate ao cortante. Fonte: SOUZA e RIPPER, 2009.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASCAUSAS RELACIONADAS AO PROJETO
15
Fig. 7: Fissuração por esmagamento do concreto, por reduzida espessura dalaje. (a) As fissuras surgem na face inferior, por deficiência diante dos momentos negativos; (b)
As fissuras surgem na face superior, por deficiência diante dos momentos positivos. Fonte: SOUZA e RIPPER, 2009.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASCAUSAS RELACIONADAS AO PROJETO
16
Fig. 8: (a) Fissuração de flexão devida à insuficiência de armadura para osmomentos negativos. As fissuras surgem na face superior.positivos. (b) Fissuração por flexão devida à insuficiência de armadura para os momentos positivos. As fissuras surgem na face
inferior. Fonte: SOUZA e RIPPER, 2009.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASCAUSAS RELACIONADAS AO PROJETO
17
Fig. 9: (a) Fissuração por deficiência de armaduras para combate aos momentosvolventes, na face superior da laje. (b) Fissuração por deficiência de armaduras para combate
aos momentos volventes, na face inferior da laje. Fonte: SOUZA e RIPPER, 2009.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASCONTRAÇÃO PLÁSTICA DO CONCRETO
18
Fig. 10: Fissuração devido ao assentamento do concreto em lajes armadas. Fonte: Azevedo, 2011.
Fissuras sobre as armaduras
superiores
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASCONTRAÇÃO PLÁSTICA DO CONCRETO
19
Fig. 11: Formação de fissuras por assentamento plástico do concreto. Fonte: SOUZA e RIPPER, 2009.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASCONTRAÇÃO PLÁSTICA DO CONCRETO
20
Fig. 12: Fissuração derivada do movimento de fôrmas e escoramentos. Fonte: SOUZA e RIPPER, 2009.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRETRAÇÃO DO CONCRETO
Deformações em pasta de cimento, argamassas e concretos, sem que haja qualquer tipo de carregamento, reações químicas deletérias e expansivas ou variações térmicas.
Retração plásticaRetração devida à contração química ou deformação autógenaRetração por secagem ou hidráulicaRetração por carbonatação
21
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRETRAÇÃO DO CONCRETO
22
Fig. 13: (a) Fissuras de retração em vigas, as fissuras situam-se em todo o contorno da alma das mesmas, paralelas entre si, a intervalos quase regulares, podendo ocorrer em qualquer ponto do vão; (b) Fissuras de retração em lajes, formam uma figura de aspecto de mosaico,
podendo ocorrer em ambas as faces da peça.Fonte: SOUZA e RIPPER, 2009.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRETRAÇÃO DO CONCRETO
23
Fig. 14: Sapata corrida de grandes dimensões com fissuras térmicas.Fonte: SANTOS, BITTENCOURT e GRAÇA, 2011.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRETRAÇÃO DO CONCRETO
24Fig. 15: Fissura típica do problema térmico.
Fonte: SANTOS, BITTENCOURT e GRAÇA, 2011.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
25
Variação de temperatura → variação dimensional dos materiais da construção (contração ou dilatação). Os movimentos de dilatação e contração são restringidos pelos diversos vínculos desenvolvendo tensões. Quando as tensões são superiores à capacidade resistente ou de deformação das peças → aparecimento de fissuras.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
26
As movimentações térmicas de um material estão relacionadas com
as propriedades físicas do mesmo;a intensidade da variação da temperatura.
A magnitude das tensões desenvolvidas é função:da intensidade da movimentaçãodo grau de restrição imposto pelos vínculos a esta movimentação;das propriedades elásticas do material.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
Movimentações diferenciadas ocorrem em função de:
Junção de materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica, sujeitos à mesma variação de temperatura (por exemplo, movimentações diferenciadas entre argamassa de assentamento e componentes de alvenaria).Exposição de elementos a diferentes solicitações térmicas naturais (por exemplo, cobertura com relação às paredes de uma edificação).Variação de temperatura ao longo de um mesmo componente (por exemplo entre a face exposta e a face protegida de uma laje de cobertura).
27
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
28
Fig. 16: Incidência do sol sobre a laje da cobertura provoca
fissuras nas paredes.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
29
Fig. 17: Movimentações que ocorrem na laje de cobertura sob a ação da
elevação de temperatura.Fonte: Thomaz, 2001.
(a) (b)
(c)
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
30
Fig. 18: Distorção das paredes internas causada pelo aumento de comprimento das paredes externas.Fonte: Thomaz, 2003.
A distorção é nula junto à fundação e máxima junto à cobertura. A fissuração tem a mesma variação que a distorção.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
31
Para uma dada variação de temperatura, a intensidade da variação dimensional é diferente para os diversos materiais de construção.
MaterialCoef. de
dilatação térmica linear (°C x 10-6)
Roch
as
naturais Granito 8-10
Calcário 3-4Arenito 7-12
Compo
s-tos a
base d
e ge
sso Gesso estuque 16-18
Placas de gesso 18-21
Compo
stos a b
ase
de c
imen
to
Argamassa 10-13Concreto (seixo rolado) 12-14Concreto (brita) 10-13Concreto celular 8Cimento com fibra de vidro 7-12Cimento amianto 8-12
MaterialCoef. de
dilatação térmica linear (°C x 10-6)
Tijolos ou
bloc
os
vaza
dos Concreto 6-12
Concreto celular 8Sílico-calcário 8-14Barro cozido 5-8
Mad
ei-
ras leve
s
Direção das fibras 4-6
Transversalmente às fibras 30-70
Mad
ei-
ras
dens
as Direção das fibras 4-6
Transversalmente às fibras 30-70
Vidros Plano 9-11
Alveolado 8,5
Tab. 2: Coeficiente de dilatação térmica linear de alguns materiais empregados na construção.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
32
Tab. 3: Temperaturas de serviço em função da posição, da cor e da natureza do componente, válidas para países do Reino Unido.
Fonte: Thomaz, 2001.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
33
A temperatura superficial da face externa de lajes e paredes pode ser estimada em função da temperatura do ar (tA) e do coeficiente de absorção solar (a).Tab. 4: Estimativa da temperatura superficial de lajes e paredes expostas ̀a radiação,
em ºF.Fonte: Thomaz, 2001.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
34
Tipo de Material Cor da superfície Coeficiente (a)
Não Metálicos
Preta 0,95
Escura 0,80
Cinza claro 0,65
Branca 0,45
Metálicos
Cobre oxidado 0,80
Cobre polido 0,65
Alumínio 0,60
Ferro galvanizado 0,90
Tab. 5: Coeficiente de absorção solar.Fonte: Thomaz, 2001.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASMOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
35
Exemplo:
Determinar a temperatura superficial de uma laje de concreto, sem isolamento térmico exposta ao sol, em um local onde temperatura ambiente e 35ºC.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASREAÇÕES EXPANSIVAS
RAA – Reação Álcalis-AgregadoOcorre a formação de um gel expansivo dentro da massa do concreto;Desenvolve-se lentamente, não costuma se manifestar antes de 1 ano após a concretagem;Sintoma mais comum é a fissuração desordenada nas superfícies expostas.
36
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASREAÇÕES EXPANSIVAS
37
Fig. 19: Quadro de fissuração interno em blocos de fundação de edificação na Região Metropolitana do Recife.
Fonte: Andrade, 2006.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASREAÇÕES EXPANSIVAS
38Fig. 20: Fissuras mapeadas na Tomada d’água da UHE Paulo Afonso III.
Fonte: Andrade, 2006.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
39Fig. 21: Tipos de fundações: (a) rasas ou superficiais e, (b) profundas.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
40Fig. 22: Edificação no litoral de São Paulo.
Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015
Mau desempenho das fundações de obras de pequeno e médio porte →em mais de 80% dos casos a ausência de investigação é o motivo da adoção de solução inadequada.
Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
41
Fig. 23: Rachadura em viga de uma edificação em São Paulo em função do
recalque da fundação.Fonte: PILZ et al., 2010.
Consequência de incorreções na interação solo-estrutura, que podem ocorrer tanto nas fases de projeto e de execução, como na de utilização.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
42
Fig. 24: Fissuras típicas causadas por recalques de pilares internos.Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
43
Fig. 25: Fissuras provocadas por deslocamento nos cantos da edificação: (a) recalque de fundação de pilar de canto e, (b) recalque na extremidade provocando fissuras na parede
portante.Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
44
Fig. 26: Superposição de tensões em fundações superficiais.Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015
Quando uma fundação transfere carga ao solo e esta transferência é considerada de forma isolada, a existência de outra solicitação altera as tensões na massa de solo.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
45
Fig. 27: Superposição de tensões em fundações profundas (simulação com o método dos elementos
finitos.Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
46
Fig. 28: Grupo de estacas apoiado em camada competente sobre solo mole: (a) ruptura; (b) problemas de recalque.Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
47
Fig. 29: Estimativa de tensões admissíveis com base em resultados de placa extrapoladas para grandes áreas carregas, nos quais o bulbo de tensões (a) atinge camadas de comportamento distinto (solo heterogêneo) em profundidade; (b) atinge camadas mais profundas e maiores tensões de confinamento.Fonte: (Bjerrum e Eggestad (1963) e Burland e Burbidge (1984) apudMILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
48
Fig. 30: Fundação direta submetida a esforços horizontais, adjacente a escavação.Fonte: (Socotec (1999) apudMILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
49
Fig. 31: Fundações em estacas próximas (de diferentes pilares) sem considerar efeitos de sobreposição.Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
50Fig. 32: Uso do modelo do cone de arrancamento em fundações profundas tracionadas.
Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
51Fig. 33: Tração em grupo de estacas.Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
52
Fig. 34: Comprimento de flambagemreal do pilar sobre estaca isolada sem travamento nas duas direções, diferente do cálculo.Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASRECALQUES DIFERENCIAIS
53
Fig. 35: Flambagem de estacas esbeltas em solos moles.Fonte: MILITITSKY, CONSOLI e SCHNAID, 2015.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
FISSURASAÇÕES APLICADAS
54
Fig. 36: Fissuração microestrutural do concreto quando submetido a um esforço de tração (a) e de compressão (b).
Fonte: HANAI, 2005 apud ANDRADE e TUTIKIAN, 2011.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
EFLORESCÊNCIAS E MANCHAS
55
Fig. 37: Manchas e eflorescências em
lajes com infiltração de água.
Fonte: AZEVEDO, 2011.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
EFLORESCÊNCIAS E MANCHAS
56
Fig. 38: Manchas e eflorescências em lajes devida a
impermeabilização incorreta.Fonte: Disponível em
http://www.cimentoitambe.com.br/combate-as-patologias-comeca-na-impermeabilizacao/.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
EFLORESCÊNCIAS E MANCHAS
57
Fig. 39: Manchas esbranquiçadas de carbono de cálcio provocadas
pela lixiviação.Fonte: Disponível em
http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-lixiviacao.html.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO
Geralmente ocorre em conjunto com a fissuração.Há perda, localizada ou global, da capacidade de resistir aos esforços.
58
“...separação física de placas ou fatias de concreto, com perda de monolitismo e, na maioria das vezes, perda também da capacidade de engrenamento entre os agregados e da função ligante do cimento.” (SOUZA e RIPPER, 2009)
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO
59
CausasFissuraçãoMovimentação das fôrmasCorrosão do concretoCalcinação do concretoAtaques biológicos
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO
60
Fig. 40: Perda da camada de cobrimento
das armaduras..Fonte: Disponível em
http://diegomallof.blogspot.com.br/.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO
61
Corrosão do concreto → “Em oposição ao processo de corrosão do aço das armaduras, que é predominantemente eletroquímico, a do concreto é puramente química e ocorre por causa da reação da pasta de cimento com determinados elementos químicos, causando em alguns casos a dissolução do ligante ou a formação de compostos expansivos, que são fatores deteriorantes do concreto.”
(SOUZA e RIPPER, 2009)
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO
Classificação dependendo das ações químicas que lhe dão origem:
corrosão por lixiviação; corrosão química por reação iônica; corrosão por expansão.
62
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO
63
Calcinação do concreto → “Ação do fogo sobre o concreto, que, caracteriza-se, basicamente, pela alteração da cor e pela perda de resistência, sendo este quadro anômalo função direta da temperatura a que o incêndio atinge.”
(SOUZA e RIPPER, 2009)
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO
64
Fig. 41: Processo físico-químico do
concreto em situação de incêndio .
Fonte: BRITEZ e COSTA, 2001.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DESAGREGAÇÃO DO CONCRETO
65
Fig. 42: Exemplo de spalling explosivo ocorrido em pilar de concreto de alta
resistência fck = 83 MPa .Fonte: KODUR, 2005 apud BRITEZ e COSTA, 2001.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
NINHOS DE CONCRETAGEM (SEGREGAÇÃO)
Espaços não preenchidos (vazios na massa) formados em função de falhas ocorridas durante o adensamento do concreto.
66
Fig. 43: Falha de concretagem em extremidade inferior de viga de concreto .
Fonte: Azevedo, 2011.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
NINHOS DE CONCRETAGEM (SEGREGAÇÃO)
CausasVedação da fôrmaLançamento do concretoTraço do concreto.Detalhamento da armaduraAdensamento do concreto
67
Fig. 44: Falha de concretagem em pilar de concreto .
Fonte: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/corrosao-do-concreto-e-causada-por-umidade-e-gases-nocivos_6412_0_1.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DEFORMAÇÕES EXCESSIVAS
68
Fig. 45: Configuração de trincas em paredes devida a deformação de viga de apoio.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DEFORMAÇÕES EXCESSIVAS
69
Fig. 46: Trinca na região do
balanço devida à deformação das
vigas e cisalhamento do
painel de alvenaria.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
DEFORMAÇÕES EXCESSIVAS
70Fig. 47: Trinca na alvenaria devida à deformação da laje.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
BIBLIOGRAFIA
71
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT Editora, 2014.______. NBR 9575: Impermeabilização – Seleção e Projeto. 2 ed. Rio de Janeiro: ABNT Editora, 2010.ANDRADE, T. Histórico de casos de RAA ocorridos recentemente em fundações de edifícios na região metropolitana do Recife. In: Simpósio sobre Reação Álcali-Agregado em Estruturas de Concreto, 2006. Anais... São Paulo: IBRACON, Kuperman, S. C.; Hasparyk, N. P. (Ed.), 2006. ANDRADE, J. J. De O.; TUTIKIAN, B. F. Resistência Mecânica do Concreto. In: ISAIA, Geraldo Cechella. (Ed.). Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo: IBRACON, 2011. pp. 615-651.AZEVEDO, Minos Trocoli. Patologia das Estruturas de Concreto. In: ISAIA, Geraldo Cechella. (Ed.). Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo: IBRACON, 2011. pp. 1095-1128.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
BIBLIOGRAFIA
72
BRITEZ, C. A.; COSTA, C. N. Ações do Fogo nas Estruturas de Concreto. In: ISAIA, Geraldo Cechella. (Ed.). Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo: IBRACON, vol. 2, cap. 29, 2011.CAVALCANTI, A. N. & CAVALCANTI, G. A. A. Inspeção técnica do píer de atracação de Tambaú. Revista Concreto e Construções, vol. 57 pp. 45-55. 2010.FIGUEIREDO, E. J. P.; MEIRA G. R. Corrosão das Armaduras das Estruturas de Concreto. In: ISAIA, Geraldo Cechella. (Ed.). Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo: IBRACON, vol. 1, cap. 26, 2011.HASPARYK, N. P.; KUPERMAN, S. C.; TORRES, J. R. Ataque combinado da RAA e DEF em concreto de fundação de edificação. Revista Concreto e Construções, vol. 74 pp. 100-108. 2014.MILITITSKY, J.; CONSOLI, N. C.; SCHNAID, F. Patologia das fundações. 2ª ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2015.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
BIBLIOGRAFIA
73
MORAES FILHO, J. E.; MONTEIRO, E. C. B.; HELENE, P. Análise da degradação do concreto em uma estrutura no porto do Recife. Revista Concreto e Construções, vol. 73 pp. 96-101. 2014.OLIVEIRA, K. C. DE; HELENE, P.; CARROMEU, C. C.; COUTO, D. DE A.; BILESKY, P. Extensão da vida útil de uma estrutura de concreto armado dos anos 60. Revista Concreto e Construções, vol. 70 pp. 70-75. 2013.PEREIRA, F. S. C. Análise Estrutural de cortina atirantada em iminência de colapso devido à corrosão de armaduras. Revista Concreto e Construções, vol. 57 pp. 40-44. 2010.PILZ, S. E.; COSTELLA, M. F.; JACOSKI, C. A.; MENEGOTTO, M. L.; PAVAN, R. C.; FAKHYE, R. J. M. Recuperação de problemas estruturais gerados no projeto de fundações em um edifício de 14 pavimentos. Revista Concreto e Construções, vol. 57 pp. 71-79. 2010.
Prof
ªG
láuc
ia N
olas
co d
e Al
mei
da M
ello
BIBLIOGRAFIA
74
SANTOS, S. B. DOS; BITTENCOURT, R. M.; GRAÇA, N. G. Efeitos da Temperatura sobre o Concreto. In: ISAIA, Geraldo Cechella. (Ed.). Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo: IBRACON, vol. 1, cap. 20, 2011. pp. 705-731.SOUZA, Vicente Custódio de; RIPPER, Thomaz. Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. 1. ed. São Paulo: Editora PINI Ltda., 2009. 257 p. ISBN 85-7266-096-8.THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação. 6a tiragem. São Paulo: Editora Pini/EPUSP/Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2001. 193p.THOMAZ, Eduardo C. S. Fissuração - 168 Casos Reais. 2003. Disponível em: http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/ethomaz/fissuracao/Coletanea_Fissuracao_Eduardo_Thomaz.pdf Acesso em: 07/12/2017