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EU NÃO CONSIGO RESPIRAR MANTENDO A FAMÍLIA PASTORAL VIVA

DR JEFFREY BROWN

pastor.adventistas.org/pt

EU NÃO CONSIGO RESPIRAR - MANTENDO A FAMÍLIA PASTORAL VIVA

D R J E F F R E Y B R O W N

Eu e minha esposa temos escrito um guia para casais o “Matrimônio Total”, outro para solteiros intitulado “Solteiros e talentosos” e um outro “As estações do amor”. EGW tem uma citação muito interessante na qual declara: “Quero falar com vocês sobre a importância de trabalho a ser feito com os pais da Igreja… A obra dos pais é a base de toda e qualquer outra… Ela é a mais importante obra diante de nós como povo, e somente tocamos com a ponta dos dedos nisso”.

Nos meus estudos universitários tive como chefe, líder e professor o Dr. Youngberg, quem escreveu o livro “Heart Tuning”, no qual

declara: “A mensagem de Elias para hoje é voltar os cora-ções dos membros da família uns aos outros, e mudar

os corações para que a família possa se relacionar em harmoniosa beleza. Alguns pais têm entregado

a outros mestres a função deles, os quais têm to-cado suas próprias notas dissonantes, causan-do confusão. Alguns estão tentando fazer com que Deus toque algumas notas, e Satanás ou-tras. Para estes, a mensagem de Elias diz: “Até quando vocês coxearão entre duas opiniões? Se Jeová é Deus, servi-o, ou se Baal é sua esco-lha, louvem-no. Dois maestros competem pelo controle de suas cordas. Um mundo e um uni-verso esperam com respiração presa para ver

quem tocará as notas”. Em outras palavras, o universo e os anjos têm

a respiração presa esperando para ver de que for-ma o povo de Deus vai atuar. Vão conseguir ou vão

perder? O universo está declarando: “Não posso res-pirar”. Mantendo a família pastoral viva. Minha esposa

estava no hospital para o parto de nossa filha com somente seis meses de gravidez. E o doutor nos disse que teria que reti-

rar o bebê. Eu dizia que não poderiam tirá-lo com apenas 27 semanas! E o doutor replicou dizendo a mim que não tinha intenção de salvar o bebê, senão que a vida de minha esposa. Ela está sofrendo de pré-eclâmpsia.

O que temos de fazer, disse ele, é retirar o bebê que, nesse caso, é um corpo estranho em sua esposa, para tratar de salvar a vida dela. Então, eles retiraram o bebê e colocaram minha esposa em um coma induzido. E disseram: venha e veja seu bebê. O que eu vi, em realidade, foram vários doutores, enfermeiras, luzes e

DEPARTAMENTO: ASSOCIAÇÃO MINISTERIAL

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tubos ao redor de meu bebê. O que eu vi, em nada se parecia ao meu bebê. A en-fermeira me olhou e me perguntou se eu queria meu bebê batizado. Ele somente pesa 840g. Mr. Brown, seu bebê está tratando de dizer que não pode respirar. Esta-mos tratando de mantê-lo vivo. O sr. gostaria que seu bebê fosse batizado?

Eu disse, não. Não necessito que meu bebê seja batizado. Eu disse que era pas-tores, e que tinha amigos pastores. Então, chamei um deles. E quando ele chegou, não trouxe nenhum tipo de água mágica ou coisa do gênero, apenas abriu a Bíblia chamando os doutores e enfermeiras e lhes leu João 10.10: Jesus veio para que te-nham vida, e vida em abundância. Meu bebê, irmãos e irmãs, esteve quieto por ho-ras. Disseram-me que voltasse para casa e que seria chamado em caso de algum problema. Com minha esposa ainda no hospital eu não podia dormir, então, cha-mei um pastor e sua esposa em minha casa. E quando tocou o telefone eu deixei que eles atendessem e tinha medo de que se aproximassem de mim pelas escadas, para dizer que meu bebê havia morrido.

Mas dia após dia, semana após semana, e o bebê permanecia ali deitado. Depois de dois meses, o doutor me chamou. Sr. Brown, já podes levar seu bebê para casa, ainda que ela seja, todavia muito pequena, está viva! Então, levamos nosso bebê para casa e uma das enfermeiras nos escreveu uma carta na qual dizia que ne-cessitava falar a colegas e precisava de uma fotografia de nossa filhinha, de como estava naqueles dias no hospital. E outra de como está hoje, porque seu bebê era um caso severo de enfisema pulmonar.

Nós, dizia a enfermeira, nunca vimos um caso desses com recuperação. Aleluia, dizia! Quando o povo de Deus se junta e ora, os milagres acontecem. Alguns anos atrás, nossa filha Crystal se graduou mestra em Aconselhamento em Saúde Mental. Vejam o que significa enfisema pulmonar. É quando o ar fica dentro dos pulmões. E afeta especialmente a bebês que estão em cuidados intensivos neonatais. E o tra-tamento é feito para que se assegure que a criança tenha oxigênio suficiente. Por isso, esse cuidado médico se dá nas unidades de tratamento intensivo.

❝ Irmãos e irmãs, ao nosso redor, existem pessoas dizendo que não podem respirar!

Estes são nosso membros de igreja, nossos familiares, nossos pastores, que en-

quanto ministram estão lutando para poder respirar… Inclusive, os líderes, sim, os líderes. Uma enfermeira, quem com 35 anos, adquiriu o coronavírus, e que cuida-va de tantos pacientes, foi posta em uma cama de hospital declarando: não me deixem morrer! E a manchete de jornal dizia: “Mas, enquanto eles estão salvando vidas, quem está lá para ajudá-los?” Quem está lá, para ajudar aos pastores, en-quanto o pastor está lá tentando salvar a vida dos membros?

George Floyd disse, pouco antes de morrer: “Por favor, eu não consigo respirar. Meu estômago dói. Meu pescoço dói. Tudo dói. Eles estão me matando”. Inclusive o trabalho nos está matando, o trabalho ministerial. Jamais imaginei ter de aprender



a lidar com todos esses equipamentos digitais para poder atender a meus mem-bros, já que não posso visitá-los no hospital. Muitos estão morrendo, inclusive nas famílias. Como posso cuidar dessa gente, quando eu mesmo estou com tanta dor? Irmãos e irmãs, creio que todos nós necessitamos respirar, precisamos de uma unidade de cuidados intensivos, e esse hospital é a Igreja!

Ainda que sejamos trabalhadores da Igreja e a vida nos traga tanta pressão, a Bíblia nos diz: A menos que o Senhor construa a casa, em vão trabalham os que a edificam, diz o Salmo 127.1. “Enferma e defeituosa como possa parecer, a Igreja é o único objeto sobre o qual Deus outorga, em sentido especial, sua suprema consideração”, declara EGW. Então, embora não sen-do perfeita, Simão Pedro respondeu: “Senhor a quem iremos? Aonde mais podemos ir, mas a Igreja, só tu tens as palavras de vida eterna. O Senhor é nossa única esperança.

Então nesse tempo de tanta pressão, temos que ir a Cristo, nossa única esperança. Gn 8.22: Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite não cessarão. Qua-tro estações: primavera, verão, outono e inverno. Quatro estágios do ciclo de vida produtiva. Quan-do lhe entregam o novo IPhone, você tem a eta-pa introdutória onde ele é promovido. Então, você tem o crescimento, aonde todos vão e o compram. Então, temos a etapa da maturidade quando, por causa do marketing, as vendas alcançam o nível mais alto, mas a menos que a companhia faça algo novo, as vendas vão começar a declinar. Ou eles fa-zem alguma mudança no telefone ou um novo apa-relho é feito, ou ambas as coisas. Mas as companhias se recusam a adaptar quando o mundo se transforma e, nesse caso, elas morrerão.

Então, muitas companhias, especialmente na América, estão morrendo porque se recusaram a se adaptar quan-do pressões e mudanças vêm à sociedade. E então existem quatro estágios de uma pirâmide de liderança, onde para se alcançar bons resultados, deve-se prestar atenção nesses quatro estágios anteriores. Necessitamos prestar atenção no alcance de con-fiança, no lidar com conflitos, na necessidade de compromisso e, finalmente, prestar atenção na necessidade de ser responsável. Portanto, vamos resumir até aqui:

Falamos de primavera, verão, outono e inverno. Estamos juntos até aqui? A se-guir falamos sobre a introdução de um produto, seu crescimento, maturidade e declínio. E finalmente, falamos sobre a necessidade de construir confiança, de li-dar com conflitos, de assumir compromissos e sobre a importância da responsa-bilidade. Vamos a primavera: a necessidade de construir confiança. Vou usar aqui



a palavra “suitor” em inglês, que significa pretendente, aquele homem que tenta cortejar uma mulher. Você sabe, inclusive, ele usa flores para isso. Esta é a primei-ra estação, primavera, ele tenta construir a confiança. Então a Bíblia diz que ele é como árvore solidamente plantada, Salmo 1:1, junto a correntes de águas que no devido tempo dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha, e tudo quanto ele faz será bem-sucedido. A chave aqui é “frutificar na sua estação”. Então, a Bíblia fala de ser plantada e o hebraico fala de um “transplante”. Em outras palavras, a árvo-

re não aparece ao lado do rio, você não começou onde está, Deus o trouxe para onde você está. Às vezes, alguém diz: Senhor, o que estou fazen-

do aqui? A resposta é: Deus o colocou ali! Você deve confiar no jardineiro, e você não somente deve perceber onde está plantado, mas deve ser produtivo. Não

se entristeçam por algo futuro, tampouco se desanimem por algo que passou. Preocupem-se por produzir frutos

no presente, na devida estação. E serão prósperos, e essa é a vontade de Deus para vocês. Então aqui, na primavera, se vamos ao campus da Universidade do Prata, ou alguma de nossas universidades de nos-sa DSA, na primavera, encontramos vistas, sons e cheiros de primavera e tudo isso leva ao romance, flores, tempo de romance, quando, às vezes, os jo-vens se animam a falar com as senhoritas. Nessa época, em especial, têm lugar umas substâncias químicas chamadas dopamina. E essas substâncias, atuando em nosso cérebro,

fazem com que nos sintamos mais fortes do que somos e quando escaneiam o cérebro, essas ima-

gens vindas dos scanners mostram que se parecem com o cérebro dos que são viciados em alguma dro-

ga. E isso dá lugar a um termo chamado “drogados de amor”. E essa até é uma história da Bíblia, entre Jacó e

Raquel, cujo drama se prolongou por sete anos que pare-ceram como poucos dias. Isso porque havia dopamina em

seu cérebro. Então, a Bíblia diz em Cantares 5.8: “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis?

Que desfaleço de amor”. Isso é a dopamina no seu cérebro. Enferma de amor. É algo maravilhoso

que os jovens sentem quando se apaixonam. Mas saibam que Jon Weece diz que “quando leio a Bíblia, ela é como uma carta de um pai desfalecido de amor para seus filhos em um lar enfermo de amor. Podemos ter pastores enfermos de amor por seus filhos, apaixonados por eles, por sua esposa e por seus membros de igre-ja. Necessitamos esse tipo de pastores em nossas igrejas. Alguém disse que cada criança precisa ao menos um adulto que é irracionalmente louco por ele ou ela. Nossas crianças precisam saber que as amamos e que estamos loucos por eles.



Como disse Lincoln: “A melhor coisa que um homem pode fazer pelos seus filhos é amar a mãe deles”. Construir confiança nas crianças, nas esposas, porque esta confiança está dobrando a esquina e está entrando na família pastoral. Vinte por cento dos pastores concordam que sua família tem se ressentido das demandas do ministério pastoral. 33% concordam que as demandas ministeriais os impedem de gastar tempo com suas famílias. 48% dos pastores concordam que eles fre-quentemente sentem que as demandas ministeriais são demasiado grandes para ser administradas.

Irmãos e irmãs, 50% dos pastores concordam que eles frequentemente estão preocupados com a segurança financeira de suas famílias. E 54% deles concordam que o papel do pastor frequentemente é opressivo. Então, pastores, quando esse for o caso na primavera, voltem aos fundamentos de onde foram plantadas suas raízes. No ministério existem três ângulos principais: pregar, ensinar e administrar, segundo Eugene Peterson, quem escreveu, inclusive, a Bíblia A Mensagem, coloca a oração, a Escritura e a direção espiritual como parte desses ângulos interiores.

E ele escreveu: as linhas visíveis da obra pastoral são pregação, ensino e ad-ministração. Os ângulos pequenos deste ministério são oração, Escritura e dire-ção espiritual. Se temos os ângulos corretos, se torna simples traçar as linhas. Em outras palavras: se oramos, estudamos a Bíblia e ouvimos a direção espiritual de Deus, nossa pregação será boa, nosso ensino e administração também. Prestem atenção nas bases. Mas como a maioria das vezes ninguém nota se fazemos algo certo ou não, e somente ocasionalmente alguém pregunta o que estamos fazendo sobre eles, estas três áreas do ministério acabam sofrendo ampla negligência.

Então, vamos ao verão, tempo de conflitos. O atirador que tenta acertar o alvo. Em Jeremias 17:7-8, lemos que

❝ “bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor”.

Veem, estamos falando do verão, “mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequi-dão, não se perturba, nem deixa de dar fruto”. Quando chega o verão somos em-purrados de um lado a outro e parece que não temos tempo para Deus e a família. Nosso trabalho sofre na tentativa de equilibrar todas as demandas.

O calor está no máximo, e estamos tentando com que nossas folhas permane-çam verdes. 80% dos pastores concordam que sentem que devem estar disponí-veis 24hs por dia. Bem, aqui temos o plano estratégico “Eu irei” para o qual todas as instâncias administrativas da Igreja estão de acordo, e aqui está o pastor tendo que dizer como Isaías. Aqui está o prazer do pastor, mas também seu dilema. O pri-vilégio do pastor, mas também seu problema. A coroa do pastor, mas também sua cruz. A bênção do pastor, mas também sua carga. Sua manutenção, mas também sua queda. Este é o problema: “os pastores sentem uma grande pressão interna por cuidar dos outros sem parar”. Este é o problema do pastor.



Um psicólogo disse que “os pastores são o grupo mais ocupadamente frustrado na América”. Mas creio que os pastores na América do Sul estão se desempenhando bem. “Pastores estão em perigo ocupacional! Nós talvez sejamos o trabalho profis-sional mais estressado e frustrado, mais do que médicos, advogados ou políticos”. EGW disse que o “pastor ocupa uma posição semelhante a de um capataz de um grupo de trabalhadores ou capitão da tripulação de um navio. Se espera que velem pelo trabalho que aos homens ao seu encargo foi determinado realizar correta e prontamente”.

Uma das evidências do regulamento eclesiástico é que os pastores e professo-res se sintam apoiados pelos membros da Igreja e pelos administradores de cam-po. Por isso, o apreço pelo pastor é importante. Eles devem se sentir apreciados e apoiados. Como posso ser bom aos olhos das instâncias administrativas? H. B. London declarou ser importante que a família do pastor saiba que a liderança ora por ele, que eles o afirmam, o encorajam, e reconhecem o trabalho que está sendo feito – coisas que dão esperança ao pastor ou sentido de ser querido.

Um jornal declarou em suas páginas: “Depressão é a doença mais comum entre líderes do que eles admitem. Um estudo encontrou que a taxa de depressão den-tro do clero é de 11,1% - o dobro da média nacional que é de 5,5%”. É preciso reco-nhecer os sintomas, tais como: mudança nos níveis de energia e padrões de sono, falta de interesse em atividades prazerosas, frequentes pensamentos de suicídio. Compreendam que quaisquer delas podem indicar o quadro da doença. Mas quan-do o quadro é de depressão severa, é preciso que esses sintomas se agudizem por um período de mais de duas semanas.

Nesse caso, o conselho é que busquem uma ajuda profissional. A oração é im-portante, mas é muito importante conseguir ajuda profissional quando estamos



clinicamente deprimidos. Sabemos que a Covid-19 fez as coisas ainda piores. Pas-tores trabalhando desde suas casas estão lutando para reconhecer seus limites. O trabalho e as coisas da casa estão se misturando e não há um alívio para o pastor. Então, foram feitas algumas pesquisas sobre a Covid-19.

E os pastores disseram que manter a unidade e administrar conflitos e queixas seguem sendo seus maiores problemas. O cuidado pastoral à distância. E estão pessoalmente exaustos e estressados. Os maiores problemas são o de sentir-se

desconectados das pessoas. E nem sequer podem tirar férias quan-do preciso. Frustração, estresse, síndrome de Burnout, fadiga,

ansiedade, depressão, covid-19 e racismo, sim, o racismo porque o Dr. David Williams disse que: “A covid-19 fez

tudo que já era ruim ficar ainda 100 vezes pior. Porque a pandemia está atacando comunidades negras e

hispânicas tão duramente. Pessoas nestas comunidades estavam lutan-do. O estresse é parte da vida. Mas quando ele é persistente, uma experiência diária, ele excede nossa capacidade de lidar com ele”. Então, a Igreja fez uma declaração sobre ra-cismo que estou seguro podem encontrar nas páginas de internet, que foi feita há um mês durante o Concílio anual da AG. Den-tre as diretrizes eclesiásticas consta que os membros da Igreja mostrem uma com-preensão transcultural capaz de respeitar todas as pessoas. É por isso que Isaías 58 diz que há que que-

brar as cadeias da maldade, cargas demasia-do pesadas, e deixar o opresso livre. EGW de-

clara que esse capítulo deve ser considerado integralmente e sua mensagem, entregue uma e

outra vez. Também se diz “não tenho temor dos obreiros engajados na causa representada em Isaías

58”. A terceira mensagem angélica não pode ser posta em segundo plano. Ela afirma que se estamos engajados

na obra de amor e misericórdia o trabalho provado será de-masiado pesado para nós? Cairemos esmagados ante as cargas, e

nossa família seria desprovida de assistência e influência? Oh, não.. Então sua luz brilhará como a alva, e a tua cura brotará sem detença”. Somente crê que é fiel Aquele que prometeu e que Ele pode renovar a tua força física.

No outono estamos chegando ao compromisso. Fala de uma pessoa que olha com amplitude os cenários ao redor. Isaías declarou que “meu amado tem uma vi-nha em um outeiro produtivo. Ele a limpou das pedras e… esperava que desse fru-tos bons, mas deu uvas más”. Nos EUA, outono é queda. As cores das folhas mudam.



Não há mais verde como antes. As folhas caem e isso significa deixar algo para trás. Como no tempo em que nossos filhos estão preparados para deixar a casa. Temos de estar prontos para isso. Quando eles se vão para o trabalho, universidade e o melhor que podemos fazer é orar por eles. Pastores orem como loucos por seus filhos! Esposas de pastores, orem como loucas por seus filhos e esposos.

O que estou fazendo na terra? Lições de liderança para esposas de pastores. Porque no outono, não somente as coisas normais da vida se vão, inclusive filhos, mas também os pastores saem de casa. Às vezes, a esposa do pastor vai em-bora de casa no outono da vida. Um em cada 10 homens e uma em cada quatro mulheres experimentarão a depressão em algum ponto de suas vidas. Um psicólogo escreveu “ser esposa de pastor é a mais perigosa ocupação que uma mulher pode ter”. Há 20 coisas que não vou me ocupar ago-ra pelas quais esposas e filhos de pastores são ví-timas de vulnerabilidade e dano colaterais.

EGW declarou que nada é tão frutífero para causar uma doença como depressão, melan-colia e tristeza. A depressão mental é terrível, disse ela. Vou deixar disponível esse mate-rial, mas entre essas 20, perda de apetite, disfunção sexual… Mas suas folhas estão caindo da árvore. E você, com sua esposa têm que olhar esse diagrama e encontrar onde estão e de onde estão caindo. Estou de pé firme com minha família ou já estou me agarrando aos galhos a ponto de cair. Eu gostaria que os casais se colocassem ao redor uns dos outros e falassem de suas fa-lências. Inclusive, com os filhos. Falem disso como família.

Estamos lutando para respirar, inclusive as famílias pastorais. Às vezes as indiscrições se-xuais aparecem. Cristãos foram entrevistados e as revelaram. Número um: compartilhar interesses co-muns. Tínhamos tanta coisa em comum. Ambos com-partilhavam as cargas da Igreja. Em outras palavras, era inocente ao princípio, mas logo as coisas começaram a mudar. Número 2: começamos a conversar sobre coisas pessoais. Eram coi-sas aparentemente inocentes, mas a serpente estava a ponto de atacar, fazendo com que alguém morda a maçã. Número 3: estar juntos. O ensaio do coral era es-perado, porque sabia que ia estar lá. Novamente, não pensamos nada de mal, mas o diabo estava se aproximando…

Então, logo começamos a nos abraçar e beijar. Ela era magra e atrativa, se vestia de forma elegante, bastante diferente de minha esposa. Eu me sentia tão bem em



ser abraçado e beijado por alguém que realmente se preocupava por mim. E, en-tão, o intercurso sexual. Uma coisa levou a outra e, finalmente, terminamos sendo levados à cama. Completei minha jornada de infidelidade ao meu marido – fiz sexo com esse homem. A Bíblia diz que, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me! Tu podes ser salvo, inclusive no outono da vida, se nos agarramos a Cristo.

E, então, chegamos ao final, o inverno. Aqui encontramos um trabalhador que é confiável e tem experiência. Não de-

sistam, porque na verdade quando chega o inverno, Deus ainda espera que deem frutos, como na his-

tória de Abraão e Sara. Você pode ser produti-vo. Você pode ser um mentor, um coach. Aju-

dar a liderar a outros. Mas você tem que ter parceiros a quem prestar contas. Magic

Johnson tinha a A.C. Green, um parceira a quem prestar contas. Isso é impor-tante.

EGW declara que os que têm ex-periência devem ensinar os que não têm. Deixem que orem e investiguem a Palavra de Deus juntos, disse ela. Je-sus tinha a Pedro, Tiago e João. Paulo tinha a Timóteo. Alguém que diga a verdade sobre vocês. Algo do tipo, Je-

ffrey, você é um bom pastor, mas pre-cisa ser mais humilde. Alguém que se

esteja discipulando. Alguém com quem você esteja passando algo. Então, finalizo

com essa ilustração. Quando era presiden-te em Bermudas, havia um homem aposen-

tado que dia após dia se colocava em um cru-zamento saudando e atirando beijos simpáticos,

dizendo “eu te amo” para as pessoas. As pessoas diziam: quem é esse homem louco? Mas, sa-

bem, um dia Johnny não estava mais lá. E, agora, as pessoas sen-tiam falta dele. Até que um jornal colocou de manchete: Onde está Johnny? Quan-do as pessoas souberam que Johnny estava internado em um hospital, tratando de um resfriado, aquele hospital se encheu de flores e cartões dirigidos a ele. Todos desejavam que ele se restabelecesse porque a saúde mental deles era ajudada por aquela velho homem aposentado. E quero que saibam que Johnny era um adven-tista do sétimo dia.

Visitantes de diferentes partes iam a Bermudas com a intenção de ver aquele homem. Até uma estátua em tamanho real foi construída para que quando ele não estiver mais lá, seja possível vê-lo. Personagens como G.T. Ng, secretário da AG, Gary Krause, Mark Finley também quiseram vê-lo. Até um filme intitulado “Senhor Feliz”



foi filmado. Então, a história registra que uma mulher indo a um hospital para dar à luz pediu ao esposo para que encontrasse Johnny em seu lugar de costume para que somente pudesse receber a sua saudação. E Johnny não estava ali porque cos-tumava chegar pelas 5hs, e a mulher chegara antes e pedia insistentemente que o esposo desse voltas pela cidade em busca do homem feliz. Isso é o que acontece na primavera, verão, outono e inverno da vida.

Deus quer que demos volta ao redor dessas estações em busca dEle, até que Ele venha. Algumas experiências Deus te dá mais de uma vez na vida. Minha filha me chamou ao telefone e me disse: Pai, não posso respirar! Ela estava em Bermudas e disse crer que tinha se contaminado com a Covid-19. Uma ambulância a levou ao hospital. Ela dizia: Não posso respirar. Estou falando de algo que eu passei. Livros foram escritos na tentativa de manter vivas as famílias pastorais. Senhor, salva meus filhos, essa é a oração de um administrador. Há 30 anos diziam que minha fi-lha não podia respirar. Trinta anos depois ela mesma dizia: não posso respirar. Mas Deus aconselha que sejamos vigilantes e afirmemos as coisas que estão por mor-rer. Não desista, não se dê por vencido porque é inverno. A primavera vem. Sabem, minha filha superou da Covid e pôde dar uma palestra intitulada “Atrás da másca-ra”. Uma história de sobrevivência da Covid-19 em que as pessoas podiam prestar atenção à parte da saúde mental que não davam importância. Então, perguntei por que estava passando por isso. E Deus me respondeu.

Para que, de acordo ao texto de 2 Cor. 1:3,4: “Bendito seja por Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdias e Deus de consolação, quem nos consola em todos os nossos problemas, para que possamos consolar aqueles com qual-quer problema com a mesma consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus”. Enquanto a terra permanecer, inverno e verão, dia e noite não cessarão de acontecer. Em outras palavras: passem pelas estações outra vez!

Este artigo foi transcrito pelo Pr Carlos Henrique Nunes - USBDiagramação: Marcos Castro



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