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Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO OBJETIVO Mantida UNIVERSIDADE PAULISTA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO Vol. I São Paulo – SP

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Mantenedora

ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO OBJETIVO

Mantida

UNIVERSIDADE PAULISTA

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO

Vol. I

São Paulo – SP

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Sumário

1.1 Denominação do curso ..................................................................... 5

1.2 Modalidade ....................................................................................... 5

1.3 Local da oferta .................................................................................. 5

1.4 Regime de matrícula ........................................................................ 5

1.5 Turnos de funcionamento ................................................................. 5

1.6 Duração do curso ............................................................................. 5

1.7 Carga horária do curso ..................................................................... 5

1.8 Base legal ......................................................................................... 5

2 DADOS INSTITUCIONAIS ..................................................................... 5

2.1 Da Instituição de Ensino e da Entidade Mantenedora ..................... 5

2.1.1 Histórico da IES .......................................................................... 6

2.1.2 A missão institucional ................................................................. 7

2.1.3 Vocação da Universidade ........................................................... 7

2.1.4 A educação a distância na Universidade Paulista ..................... 8

2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem ..................................... 11

3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA .................................................... 13

3.1 Instalações dos campi .................................................................... 13

3.2 Os polos de apoio presencial ......................................................... 13

3.3 Sede da UNIP Interativa ................................................................. 14

3.4 Da tecnologia .................................................................................. 15

3.5 Ambiente virtual de aprendizagem – AVA ...................................... 17

3.5.1 Blackboard ................................................................................ 17

3.5.2 Moodle ...................................................................................... 18

4 Concepção de educação e currículo do processo de ensino-aprendizagem .............................................................................. 18

4.1 Sistema de comunicação ............................................................... 21

4.1.1 Sobre os meios ......................................................................... 21

4.1.2 Material didático ....................................................................... 22

4.1.3 Concepção de avaliação .......................................................... 27

4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa ............................................ 29

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4.1.5 Biblioteca .................................................................................. 30

5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA ......................................................... 32

5.1 Coordenação de curso ................................................................... 32

5.1.1 Estrutura organizacional ........................................................... 32

5.2 Coordenador do curso .................................................................... 33

5.3 Composição e funcionamento do colegiado de curso .................... 33

5.4 Atenção ao discente ....................................................................... 35

5.4.1 Apoio aos discentes ................................................................ 37

6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ......................... 37

6.1 Formação acadêmica e profissional ............................................... 37

6.2 Regime de trabalho ........................................................................ 38

6.3 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa .................................. 40

6.4 Apoio didático-pedagógico aos docentes ....................................... 41

6.4.1 Apoio didático-pedagógico ....................................................... 41

6.4.2 Capacitação .............................................................................. 41

6.5 Núcleo Docente Estruturante (NDE) .............................................. 41

6.5.1 Corpo técnico-administrativo .................................................... 42

6.6 Atividades acadêmicas articuladas com a formação, pesquisa e extensão ............................................................................................... 43

Pesquisa ............................................................................................ 44

7 ORGANIZAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO ..................................................................................... 45

7.1 Projeto Pedagógico do Curso ......................................................... 45

7.1.1 Relevância social do curso ....................................................... 45

7.1.1.1 Metas do Plano Nacional de Educação – PNE ..................... 47

7.1.1.2 Demanda do curso ................................................................ 48

7.1.2 Concepção de educação .......................................................... 51

7.1.3 Concepção do curso ................................................................. 52

7.1.4 Objetivo do curso ...................................................................... 53

7.1.5 Perfil do egresso ....................................................................... 54

7.1.6 Estrutura curricular ................................................................... 56

7.1.7 Atividades complementares ..................................................... 60

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7.1.8 Interdisciplinaridade: PIM – Projeto Integrado Multidisciplinar . 63

7.1.9 Estudos disciplinares ................................................................ 67

7.2 Matriz .............................................................................................. 69

7.3 Disciplinas optativas ....................................................................... 71

7.4 Disciplinas de nivelamento ............................................................. 71

8 REFERÊNCIAS .................................................................................... 72

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1 APRESENTAÇÃO

1.1 Denominação do curso Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio.

1.2 Modalidade Educação a distância (EaD).

1.3 Local da oferta O Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio da modalidade EaD é

oferecido nos polos de apoio presencial distribuídos em todo o território nacional.

1.4 Regime de matrícula

Seriado semestral.

1.5 Turnos de funcionamento Noturno.

1.6 Duração do curso O curso tem duração de 3 (três) anos.

1.7 Carga horária do curso Carga horária do curso: mínimo de 2.400 horas.

1.8 Base legal O Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio foi autorizado pela

Resolução CONSUNI n.º 20130919 de 19 de setembro de 2013 da UNIP, cujas cópias encontram-se anexadas ao Sistema e-MEC, no ícone correspondente à documentação.

2 DADOS INSTITUCIONAIS

2.1 Da Instituição de Ensino e da Entidade Mantenedora A Universidade Paulista (UNIP) é atualmente mantida pela ASSUPERO,

Associação Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo, CNPJ n.º

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06.099.229/0001-01, associação civil sem fins lucrativos e com fins educacionais, com sede e foro na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, situada na Avenida Paulista, 900, 1º andar, no Bairro da Bela Vista, CEP 01310-100. A ASSUPERO é pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com estatuto registrado e protocolado em microfilme no Quarto Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, em 04/02/2004, sob o número 477740. A UNIP possuía como mantenedora anterior a SUPERO, Sociedade Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo, tendo sua transferência de mantença analisada e aprovada pelo Ministério da Educação.

2.1.1 Histórico da IES

A iniciação da UNIP no Ensino Superior ocorreu em 1972, por meio do

IUP, Instituto Unificado Paulista, com a oferta dos cursos de Letras, Pedagogia, Comunicação Social e Psicologia, reconhecidos pelo Decreto Federal n.º 77.546/76. Posteriormente, foi autorizado a funcionar, como habilitação do curso de Letras, o curso de Tradutor e Intérprete, também reconhecido pelo Decreto n.º 77.546/76.

A partir do IUP, a organização, em permanente processo de crescimento,

solicitou e obteve do Conselho Federal de Educação, em 1975, a autorização para o funcionamento do IEEP, Instituto de Ensino de Engenharia Paulista, nas habilitações Civil, Mecânica e de Produção Mecânica, todas reconhecidas pela Portaria n.º 26/82, publicada em 12/01/1982.

O curso de Ciência da Computação foi criado por meio do Decreto n.º

95.005 de 05/10/87, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial n.º 1.201/92. O curso de Tecnologia em Processamento de Dados foi criado por meio do Decreto n.º 95.484, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial n.º 2.023/91.

O curso de Odontologia, afeito ao IOP, Instituto de Odontologia Paulista,

foi autorizado a funcionar pelo Decreto Federal n.º 85791, de 9 de março de 1981, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial n.º 456/84. Vinculado ao IOP, foi solicitado o funcionamento do curso de Farmácia, autorizado a funcionar pelo Decreto Federal n.º 95.239, de 13/11/87, reconhecido pela Portaria n.º 984/93 publicada em 08/07/93.

Em 9 de novembro de 1988, por meio da Portaria Ministerial n.º 550, foi

autorizado pela via do reconhecimento o funcionamento da Universidade Paulista – UNIP, integrada, inicialmente, pelos cursos até então vinculados aos três institutos mencionados e pelos cursos de Estudos Sociais, com habilitação em História, Geografia e Ciências, com habilitação em Matemática, recebidos por transferência de mantença da Universidade São Francisco.

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2.1.2 A missão institucional Conforme citado no Projeto de Desenvolvimento Institucional (PDI)

atualmente em vigor na UNIP, a missão de uma universidade está intrinsecamente relacionada a um compromisso permanente com princípios e propósitos que lhe imprimam um caráter, diferenciando-a de outras instituições congêneres.

A Universidade Paulista – UNIP tem como missão promover o ensino, a

pesquisa e a extensão, aplicando-os a serviço do progresso da comunidade que vive em sua área de abrangência e influência, contribuindo para o fortalecimento da solidariedade entre os homens e para o esforço de desenvolvimento do país.

Na busca por seus objetivos, a instituição obedece estritamente aos

princípios de respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos fundamentais, prescrevendo quaisquer formas de discriminação.

2.1.3 Vocação da Universidade

Conforme descrito no Projeto Pedagógico Institucional (PPI), a vocação

da Universidade é “preparar profissionais competentes, com sólida formação humanística e técnico-científica, conscientes do seu papel social e do compromisso com a cidadania”. Assim, a UNIP trilha seu caminho como Instituição de Ensino Superior, “contribuindo para o desenvolvimento sustentável não apenas dos estados em que atua, mas também de todo o país”. O mesmo documento traça o perfil das ações e padrões de conduta pelos profissionais envolvidos direta e indiretamente no cotidiano da Universidade.

Valendo-se dos preceitos do PPI, documento que fixa os propósitos e

metas a serem alcançados durante a formação dos alunos, os critérios norteadores para a definição do perfil do egresso pautam-se por uma visão humanista, que internaliza valores como responsabilidade social, justiça e ética profissional. O intuito da seleção de tais valores reside na maneira de integrar produtivamente conhecimentos, competências, habilidades e talentos na formação do futuro profissional.

A consagrada articulação entre ensino, pesquisa e extensão é fundamental para a sustentação da instituição. A qualidade do ensino vincula-se fortemente à competência em pesquisa, enquanto as atividades de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino.

A participação de alunos em atividades de extensão, entre outras,

constitui situação essencial do conhecimento acadêmico e profissional. A

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participação discente nos projetos e atividades de pesquisa e extensão completa a formação integral do aluno.

A Universidade Paulista é uma universidade multicampi, que atende à

demanda educacional de 130 mil estudantes. Os campi da UNIP encontram-se localizados em 11 unidades na cidade de São Paulo e em 13 cidades do Estado de São Paulo. A UNIP também está presente nos municípios de Manaus, Brasília e Goiânia, oferecendo cursos na modalidade presencial.

No que diz respeito à modalidade EaD – Educação a Distância –, a UNIP

conta, hoje, com 598 polos, em todos os estados da Federação, distribuídos pelas regiões Norte, com 38 polos; Nordeste, com 94 unidades; Sul, com 68 polos; Sudeste, com 328 unidades e Centro-Oeste, com 70 polos, além de um estabelecimento de ensino localizado no Japão, na cidade de Hamamatsu.

2.1.4 A educação a distância na Universidade Paulista

A modalidade EaD, como um sistema específico de ensino-aprendizagem,

necessita de uma gestão acadêmico-administrativa distinta daquela que atende à modalidade presencial, visto que a modalidade, as ferramentas e os processos são outros, devido a distância física entre atores. Por essa razão, a UNIP instituiu o Centro de Educação a Distância – UNIP Interativa, órgão suplementar da Universidade, responsável pela coordenação, supervisão, assessoramento e prestação de suporte técnico à execução de atividades pedagógicas e da formação na educação a distância pelos institutos que compõem a Universidade Paulista.

No intuito de atender às demandas específicas das diversas regiões, a

UNIP Interativa oferece os seguintes formatos na modalidade EaD: o Sistema de Ensino Interativo (SEI), o Sistema de Ensino Presencial Interativo I (SEPI I) e o Sistema de Ensino Presencial Interativo II (SEPI II). Embora os formatos apresentem características diferentes, todos mantêm a qualidade exigida pela UNIP para os seus cursos.

Os formatos encontram-se assim configurados: a) Sistema de Ensino Interativo (SEI): esse formato privilegia o ensino no

Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). No AVA, o aluno acessa todo o conteúdo disponibilizado, a qualquer momento, pela internet. Isso possibilita ao estudante a organização do seu ritmo de estudo. O SEI prevê, ainda, momentos presenciais que perfazem 20% (vinte por cento) da carga horária total do curso.

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A interação com o professor ocorre por meio do fórum, que acontece durante a disciplina. Esse espaço é utilizado para debates entre alunos, professores, tutores a distância que atuam na mediação das ações pedagógicas, por e-mails, telefone, pelo feedback postado no AVA, bem como o acompanhamento dos trabalhos realizados e das avaliações dos alunos. Para o PIM há contato entre professores e alunos também via telefone e chat.

Nesse formato é disponibilizado o plantão tutorial presencial, realizado por

profissional habilitado na área específica de atuação. Ele orienta os alunos com relação ao AVA, auxilia na organização dos estudos, na realização dos estágios, nas atividades complementares e facilita a interação dos alunos com o polo, onde o aluno deve realizar suas avaliações, atividades e participar dos encontros programados.

Cada disciplina está dividida em unidades, sendo que, para cada uma, o

aluno deve assistir a teleaula sem a obrigatoriedade de data e horário, devendo estudar o conteúdo referente a cada unidade, realizar as atividades propostas pelo professor e responder aos questionários no AVA, respeitando o período preestabelecido em calendário acadêmico.

Os slides utilizados pelos professores nas teleaulas, contendo os

principais tópicos da unidade, também ficam disponíveis no AVA. O aluno deve desenvolver todas as atividades previamente descritas antes de passar para a unidade subsequente.

Os momentos presenciais que o aluno deve cumprir constam do

calendário acadêmico e da plataforma acadêmica. São eles: • módulo de introdução à EaD; • aula inaugural com o coordenador do curso; • palestras sobre temas pertinentes ao curso; • atendimento pedagógico ao Projeto Integrado Multidisciplinar; • avaliações; • entrega de documentos, trabalhos, atividades complementares.] b) Sistema de Ensino Presencial Interativo I (SEPI I): esse formato prevê

tanto momentos de atividades no AVA como encontros presenciais semanais no polo de apoio presencial. Nesse formato, o aluno deve comparecer ao polo para acompanhar de forma síncrona a exibição das

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teleaulas e interagir com o professor no decorrer das aulas. Também são propostas atividades presenciais, que o aluno deverá desenvolver com os colegas, além de encaminhar via chat às soluções ou dúvidas sobre o tema sugerido. Essas atividades são acompanhadas por tutores presenciais. O aluno participa ainda do plantão tutorial presencial semanal.

O estudante deve realizar suas avaliações, atividades e encontros

programados pela legislação no polo de apoio presencial no decorrer do curso. Deve participar também do módulo de Introdução à EaD, da aula inaugural, atendimento pedagógico ao projeto integrado multidisciplinar e das palestras.

Cada disciplina está dividida em unidades. Em cada unidade, o aluno

deve: assistir à teleaula no polo no qual está matriculado, seguindo o calendário escolar; ler os conteúdos oferecidos e responder aos questionários; participar dos encontros com os tutores no polo, bem como dos chats e realizar as demais atividades previstas para a unidade. Os slides utilizados pelos professores na teleaula permanecem disponíveis no AVA. Para o projeto integrado multidisciplinar há contato professor aluno via chat e telefone, além dos meios já citados.

c) Sistema de Ensino Presencial Interativo II (SEPI II): esse formato

privilegia dinâmicas acadêmicas presenciais com o aluno, com o objetivo de promover a flexibilidade, interdisciplinaridade e articulação entre a teoria e a prática. O planejamento é feito pelos docentes das disciplinas e coordenadores. A orientação fica a cargo dos tutores presenciais e/ou professores consultores. Além dos encontros presenciais, existem atividades acadêmicas a serem realizadas no AVA.

O AVA do SEPI II é um sistema formado por soluções integradas de

gerenciamento de aprendizagem, conhecimento e conteúdos on-line, que proporcionam a interação entre alunos e tutores. No AVA são disponibilizados aos alunos textos e questionários, que deverão ser desenvolvidos no decorrer do semestre. Por meio dos questionários, os alunos acompanham e avaliam o seu progresso no processo de ensino-aprendizagem.

O aluno conta com o apoio da equipe da tutoria a distância, que o orienta

no desenvolvimento de seus estudos no decorrer do semestre letivo. A ferramenta utilizada no AVA é o fórum de discussão, que promove a comunicação, a aprendizagem colaborativa e a interação entre alunos e tutores. Os fóruns são acompanhados diariamente pela tutoria a distância e as dúvidas são respondidas em, no máximo, 48 horas.

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Todo material relativo ao conteúdo ministrado está disponível nos

seguintes formatos de arquivo: interativo (Flash e Silverlight), documento do Word, documento PDF e slides em Powerpoint, entregues aos alunos por meio de CDs e também disponibilizados no AVA.

2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem

Os princípios metodológicos são estabelecidos em consonância com as

Diretrizes Curriculares Nacionais, observados os critérios que favorecem o desenvolvimento do eixo de recursos naturais. Não obstante, em congruência com essa orientação, esse método articula os espectros dos valores humanísticos, difundindo a inserção teórica na realidade e promovendo a interação do homem com o mundo. Inspirados nessa filosofia, os cursos superiores de tecnologia desenvolvem seus conceitos educacionais pautados na abordagem sociointeracionista, que concebe a aprendizagem como um fenômeno que realiza a interação com o outro, portanto, a aprendizagem possui dimensão coletiva. Segundo Vygotsky (apud OLIVEIRA, 1988, pp. 51-81), a aprendizagem deflagra vários processos internos de desenvolvimento mental, que tomam corpo somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento. Assim, um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal.

Como metodologia de ensino-aprendizagem, o curso superior de

tecnologia adota atividades como: aulas expositivas, aulas dialogadas, dinâmicas de grupo, leituras comentadas, visitas técnicas, palestras, pesquisa bibliográfica e outras atividades acadêmico-científico-tecnológicas, visando à oferta de experiências diversificadas aos discentes. O curso busca o desenvolvimento de programas que privilegiem o enlace entre a teoria e a prática, enfocando o uso e a adequação de recursos audiovisuais, tecnológicos, de novos métodos e técnicas de ensino, procurando o aperfeiçoamento do trabalho acadêmico e sua aplicação mercadológica. A integração entre estudos teóricos, aulas e atividades práticas é exercida por meio de atividades complementares, trabalhos individuais e em grupo, projetos integrados multidisciplinares e atividades de extensão.

A educação a distância (EaD) é uma modalidade educacional cuja

característica principal é a forma de interação, tendo como instrumento facilitador a comunicação baseada em recursos diversificados. Nessa perspectiva, a UNIP Interativa oferece o contato visual, auditivo e verbal direto e frequente por meio de suas aulas, recursos didáticos e dialógicos, que promovam a interatividade e estimulem a aprendizagem dos estudantes.

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Levando em consideração as demandas específicas, motivadas pelo processo de ação e reflexão, confluentes e divergentes, de pessoas oriundas de diversas regiões, a UNIP Interativa utiliza teleaulas, materiais impressos, chats, fóruns, textos complementares, slides de teleaula, atividades complementares, projetos integrados multidisciplinares, questionários e atividades teleaulas, para efetivar uma interação de qualidade, a fim de proporcionar a dialogicidade necessária, tendo em vista contribuir para a construção do conhecimento entre os agentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

A seguir, por meio dessa representação gráfica, pode-se observar o

detalhamento da dinâmica de um semestre padrão, de acordo com as atividades gerais e suas respectivas cargas horárias, nos diversos formatos da Educação a Distância oferecidos pela UNIP Interativa.

Semestre padrão com equivalência horária para os cursos superiores de tecnologia

Formato SEI - Sistema de Ensino Interativo

Componentes Curriculares Atividades Presenciais Atividades no Ambeinte Virtual de

Aprendizagem Atividades de Auto Estudo com Tutoria

Horas % do semestre % do semestre % do semestre

Disciplina 1 60 • Avaliação Presencial 1,5 a 2,0 • Teleaula 4,0 • Atividades de autoestudos com disponibilidade de tutoria presencial e à distância

47,0 a 52,0

Disciplina 2 60 • Aula Instrucional e Palestras

1,5 a 2,0 • Avaliação AVA 1,0

Disciplina 3 60 • Orientação de PIM 12,0 a 13,0 • Questionários 10,0 a 11,0

Disciplina 4 60 • Atividades de Encerramento de semestre

1,0 a 2,0 • Atividades programadas 10,0 a 11,0

Disciplina 5 30 • Fórum 5,0 a 6,0

Disciplina 6 30 • Aulas Institucionais 1,0

Projeto Integrado Multidisciplinar 1 50

Projeto Integrado Multidisciplinar 2 50

400 % do semestre % do semestre % do semestre

Atividades Complementares 120 7,0

Estudos Disciplinares 120

Totais % do curso 19,0 a 21,0 % do curso 29,0 a 31,0 % do curso 48,0 a 52,0

Semestre padrão com equivalência horária para os cursos superiores de tecnologia

Formato SEPI - Sistema de Ensino Interativo

Componentes Curriculares Atividades Presenciais Atividades no Ambeinte Virtual de

Aprendizagem Atividades de Auto Estudo com Tutoria

Horas % do semestre % do semestre % do semestre

Disciplina 1 60 • Avaliação Presencial 1,5 a 2,0 • Teleaula 4,0 • Atividades de autoestudos com disponibilidade de tutoria presencial e à distância

47,0 a 52,0

Disciplina 2 60 • Aula Instrucional e Palestras

1,5 a 2,0 • Avaliação AVA 1,0

Disciplina 3 60 • Orientação de PIM 12,0 a 13,0 • Questionários 10,0 a 11,0

Disciplina 4 60 • Atividades de Encerramento de semestre

1,0 a 2,0 • Atividades programadas 10,0 a 11,0

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Disciplina 5 30 • Fórum 5,0 a 6,0

Disciplina 6 30 • Aulas Institucionais 1,0

Projeto Integrado Multidisciplinar 1 50

Projeto Integrado Multidisciplinar 2 50

400 % do semestre % do semestre % do semestre

Atividades Complementares 120 7,0

Estudos Disciplinares 120

Totais % do curso 40,0 a 60,0 % do curso 10,0 a 20,0 % do curso 30,0 a 40,0

3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA

3.1 Instalações dos campi

A Universidade conta, em cada campus, com uma estrutura

organizacional própria para cuidar do planejamento, execução e controle necessários para o adequado funcionamento dos cursos da unidade e para o desenvolvimento das atividades propostas em seus respectivos projetos pedagógicos. Para tanto, destacam-se:

• salas de aulas amplas, iluminadas e ergonômicas; • bibliotecas com acervos atualizados, salas de estudos anexas que

oferecem condições de pesquisa e acesso aos bancos de dados diretamente pelo site da UNIP;

• laboratórios de informática que oferecem, além das máquinas, o apoio

técnico especializado para os alunos, tanto em horários de aula como em horários livres. Todas as máquinas estão interligadas em rede, com acesso à internet;

• teatros e auditórios, na maioria dos campi, utilizados tanto para

apresentações artísticas como para ciclos de palestras e seminários; • amplos espaços de convivência dos alunos como: livrarias,

lanchonetes, reprografias e caixas eletrônicos. 3.2 Os polos de apoio presencial

Os polos de apoio presencial da UNIP Interativa, distribuídos em todo o

território nacional, são os espaços físicos nos quais acontecem os encontros presenciais, as orientações de estudos e as atividades. Esses locais fornecem a estrutura material e contam com equipes qualificadas para atender ao aluno.

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A infraestrutura de apoio necessária para o atendimento ao aluno nos polos de apoio presencial é composta por uma equipe administrativa (monitor de informática, secretária, manutenção e zeladoria) e uma equipe pedagógica (coordenador e tutor presencial na área específica dos cursos). O espaço dos polos de apoio presencial atende aos requisitos de dimensão, limpeza, iluminação, acústica, segurança, conservação e comodidade necessárias nas instalações administrativas, salas de aula, salas de coordenação, tutoria, instalações sanitárias, área de convivência, sala de estudo, laboratório de informática e biblioteca.

Todos os espaços devem estar devidamente identificados e em

conformidade com o Decreto N.º 5.296/2004, que trata da acessibilidade. O polo apresenta equipamentos de suporte local que incluem:

• projetor multimídia data show, com a resolução adequada; • acesso à internet; • instalação elétrica apropriada e suficiente para as necessidades dos

equipamentos de suporte instalados com proteção; • microcomputadores com sistemas operacionais e aplicativos

devidamente licenciados. No caso de utilização de satélite, o conjunto de recepção é composto por: • antena parabólica VSAT; • servidores adequados e compatíveis com ambiente operacional

institucional; • transmissor tipo Rádio Anúbis Banda KU; • amplificador de sinal. No caso de não utilização de satélite, a comunicação é feita por meio de

internet banda larga provida pelo polo de apoio presencial para os respectivos equipamentos de suporte. 3.3 Sede da UNIP Interativa

Na sede, o espaço destinado aos coordenadores, professores e tutores é

amplo, permitindo sua integração. Todos os setores encontram-se devidamente equipados e possuem espaço adequado ao seu funcionamento.

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A UNIP Interativa possui sala de coordenação, sala para os tutores e professores, sala multimídia para professores e tutores a distância equipadas com projetores, computadores para acompanhamento das aulas ministradas na sede e para a interação com os alunos via chat. Há espaços específicos dimensionados para toda a equipe de apoio técnico-administrativo, com toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento das suas funções.

A sede dispõe de espaço para arquivamento de toda a documentação

pessoal e acadêmica dos alunos. Possui, ainda, 5 (cinco) estúdios com toda tecnologia adaptada ao modelo pedagógico.

3.4 Da tecnologia

A partir dos três formatos ofertados, nota-se que os componentes

tecnológicos empregados pela UNIP Interativa e que podem ser adotados são: internet, satélite, CD-ROM, DVD e webcast. As teleaulas são produzidas na sede da UNIP em São Paulo. A transmissão é feita via satélite e o polo de apoio presencial pode recebê-la via satélite ou via internet.

Toda a infraestrutura tecnológica desenvolvida pelo NUTEC – Núcleo de

Tecnologia da UNIP – está consolidada em conceitos de comunicação baseada em bancos de conteúdos distribuídos por dispositivos multimídia, conectados ou não. A fundamentação técnico-teórica para isso está nos conceitos de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC1 –, em que todos os recursos tecnológicos estão organizados em estruturas computacionais gerenciadas por bancos de dados, assegurando que os conteúdos programáticos dos cursos sejam distribuídos de forma sistêmica e controlada. Com base nisso, é necessária a organização desses conteúdos, informações e dados dentro de uma base informatizada que garanta a produção e distribuição do conhecimento em um ambiente monitorado e acompanhado por professores e tutores de forma interativa. Tradicionalmente, o banco de dados era o repositório de informações, tendo atualmente evoluído para o controle das mídias textuais e audiovisuais, transformando-se de fato em um banco de conteúdos multimídias. As modernas técnicas de BI2 asseguram que esse sistema de base de conteúdos possa ser acompanhado, medido e controlado, possibilitando à instituição o monitoramento dos processos de interatividade e dialogicidade

1 TIC:Tecnologias de Informação e Comunicação. As tecnologias e métodos para

comunicar surgidas no contexto da Revolução Informacional. A comunicação de informações organizadas em bases de conteúdos mediadas por computador.

2 BI (Business Intelligence ou inteligência em negócios). Conceitos e métodos para

melhorar a capacidade de tomada de decisões, utilizando sistemas baseados em regras de negócio.

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do corpo docente e discente no interior do modelo pedagógico proposto para cada um dos formatos – SEI e SEPI.

Para sustentar essa proposta, a UNIP mantém uma estrutura de

servidores e uma equipe de desenvolvedores que avalia as ferramentas existentes no mercado, utilizando as que melhor se adaptam ao projeto pedagógico da instituição, desenvolvendo novas ferramentas e aplicativos que integrem todos os softwares próprios e de terceiros.

Como Ambiente Virtual de Aprendizagem, utilizamos o Conteúdo On-line

– COL3 –, uma ferramenta própria que gerencia informações textuais e produtos multimídia que, associados a exercícios, ajudam na aquisição do conhecimento proposto. Para controlar toda entrega de trabalhos dos alunos, atividades complementares, documentos, relatórios de estágio e trabalhos de curso, disponibilizamos para os alunos o ATOL4 (Atividades On-line) que armazena no banco de dados todo o gerenciamento dos locais onde estão guardados os trabalhos dos alunos. O Blackboard e o Moodle são utilizados como plataformas de distribuição de conteúdos em diferentes suportes, tais como: textos, teleaulas, vídeos (entre os principais), integrando recursos de interação entre professores, tutores e alunos.

Para o controle da produção gráfica dos materiais impressos, a

instituição utiliza o Metrics5. O BIE6 é uma ferramenta própria que, por meio de ferramentas de BI, relaciona todas as bases de dados de todas as etapas de produção, distribuição e controle dos conteúdos em um único ambiente. Para o controle acadêmico, a UNIP Interativa utiliza o Lyceum7 e para a modalidade presencial, o SISUN8.

Para distribuição dos conteúdos, a UNIP conta com sólida estrutura de

Telecom baseada no tripé acessibilidade, segurança e redundância, requisitos primordiais para que os alunos recebam os conteúdos com acesso adequado ao AVA.

A UNIP possui um conjunto de tecnologias composto por:

3 COL NUTEC-UNIP: Conteúdo On-line. Ferramenta que gerencia informações

textuais e produtos multimídia. 4 ATOL NUTEC-UNIP: Atividades on-line. Controla e acompanha a entrega de

trabalhos dos alunos. 5 Software de controle da produção gráfica. 6 BIE NUTEC-UNIP. Adaptação dos procedimentos de BI (Business Intelligence ou

inteligência em negócios) aplicados ao controle dos alunos. 7 Software de controle acadêmico da Techen Sistemas. 8 Software de controle acadêmico.

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• satélites com cobertura nacional – Panasat, em operação conjunta com

o Multicast HUGHES; • internet – com link de alto desempenho de acesso ao backbone9

nacional e internacional; • redundância em cinco data centers: dois locais (Cidade Universitária e

Paulista) e três externos de grande porte (o TIC da Telefônica, o da Embratel e o do Terremark) – todos ligados via conexão óptica.

Essa composição de recursos tecnológicos viabiliza aos alunos de todo o

Brasil acesso ao conteúdo educacional da forma prevista no projeto pedagógico.

3.5 Ambiente virtual de aprendizagem – AVA

O suporte tecnológico distribui-se em três dimensões: uma dimensão

ampla (que congrega os meios necessários para o desenvolvimento pedagógico dos cursos), uma dimensão de recursos de interação para o acompanhamento dos alunos e uma de avaliação.

Nesse projeto pedagógico, elucidam-se as especificidades da EaD, que

originam demandas de interação entre os implicados no processo. Para tanto, detalham-se abaixo os sistemas de informação utilizados na veiculação dos conteúdos pertinentes.

3.5.1 Blackboard

A plataforma utilizada pela UNIP Interativa como espaço de publicação de

conteúdos e de centralização das demais plataformas desenvolvidas é a Blackboard. Essa plataforma dispõe de ferramentas que permitem a interação do alunado com todo o corpo docente, bem como a publicação dos conteúdos pedagógicos de forma clara e acessível.

Além das ferramentas oferecidas pela própria plataforma, a instituição a

utiliza para integrar o acesso às demais plataformas desenvolvidas, a fim de centralizar o acesso em um único login, o que viabiliza a auditoria completa da vida acadêmica do aluno e do corpo docente.

Ao acessar a plataforma, o aluno terá disponível o conteúdo necessário para a realização de seu curso. Além das disciplinas, estão disponibilizados avisos gerais, avisos da disciplina, guia do aluno, vídeos instrucionais, manuais explicativos, brinquedoteca, calendário acadêmico, secretaria virtual (Lyceum) e demais ferramentas personalizáveis pelo aluno, como calendário

9 Backbone conjunto da rede de internet.

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de tarefas e até o próprio layout da plataforma. Ao visualizar o Guia do Aluno, é possível entender a funcionalidade de cada ferramenta, bem como o roteiro de estudo a ser seguido.

O material pedagógico é disponibilizado por disciplina e por turma. Nas

disciplinas, são propostos fóruns de discussão, que permitem o debate entre os alunos – e entre os alunos e o corpo docente – sobre temas específicos. Para tratar de assuntos gerais, o aluno utiliza a ferramenta “mensagens”, que permite o envio de mensagens a um ou a todos os usuários matriculados na disciplina. Os prazos e a ordem das disciplinas seguem o calendário acadêmico.

3.5.2 Moodle

A plataforma utilizada para a publicação de conteúdo no SEPI II é o

Moodle. Ele conta com as principais funcionalidades disponíveis nos ambientes virtuais de aprendizagem e é composto por ferramentas de avaliação, comunicação, disponibilização de conteúdo, administração e organização. Por meio dessas funcionalidades, é possível dispor de recursos que permitem a interação e comunicação entre o alunado, professores e tutoria, a publicação do material de estudo em diversos formatos de documentos, a administração de acessos e a geração de relatórios.

No Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, o aluno tem acesso ao

material pedagógico, disponibilizado por disciplina, além dos recursos de interação que permitem o diálogo entre os alunos, professores e a equipe de tutoria.

O material de cada disciplina é publicado pelo professor responsável por

ela no Moodle, seguindo a proposta do calendário acadêmico de realização dos encontros presenciais. A publicação de material, módulo a módulo, pelo professor, facilita o acompanhamento do aluno no AVA. 4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Conforme consta no PDI: A “educação ao longo de toda a vida” organiza-se em torno de quatro

aprendizagens fundamentais, que constituem os pilares do conhecimento: 1) Aprender a conhecer significa, antes de tudo, o aprendizado dos

métodos que nos ajudam a distinguir o que é real do que é ilusório e ter, assim, acesso aos saberes de nossa época. A iniciação precoce na ciência é salutar, pois ela dá acesso, desde o início da vida humana, a

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não aceitação de qualquer resposta sem fundamentação racional e/ou de qualquer certeza que esteja em contradição com os fatos.

2) Aprender a fazer é um aprendizado da criatividade. “Fazer” também

significa criar algo novo, trazer à luz as próprias potencialidades criativas, para que venha a exercer uma profissão em conformidade com suas predisposições interiores.

3) Aprender a viver junto significa, em primeiro lugar, respeitar as normas

que regulamentam as relações entre os seres que compõem uma coletividade. Porém, essas normas devem ser verdadeiramente compreendidas, admitidas interiormente por cada ser e não sofridas como imposições exteriores. “Viver junto” não quer dizer simplesmente tolerar o outro com suas diferenças, embora permanecendo convencido da justeza absoluta das próprias posições.

4) Aprender a ser implica em aprender que a palavra “existir” significa

descobrir os próprios condicionamentos, descobrir a harmonia ou a desarmonia entre a vida individual e social.

Focada nessas premissas norteadoras, a UNIP incorpora aos seus cursos

abordagens que busquem: • A construção coletiva expressa na intenção e prática de cada segmento

institucional, levando em conta a articulação dialética, diferenciação e integração, globalidade e especificidade.

• A interação recíproca com a sociedade, caracterizada pela educação e

desenvolvimento econômico-social sustentáveis, reafirmando o seu compromisso como potencializadora da formação humana e profissional.

• A construção permanente da qualidade de ensino, entendida e

incorporada como processual e cotidiana da graduação e da pós-graduação, indagando continuamente sobre o tipo de sociedade que temos e queremos, a função dos cursos superiores frente às novas relações sociais e de produção e sobre o perfil do profissional a formar frente às exigências do mercado de trabalho.

• A integração entre ensino, pesquisa e extensão, buscando a construção

de um processo educacional fundado na elaboração e reelaboração de conhecimentos, objetivando a apreensão e intervenção em uma realidade dinâmica e contraditória.

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• A extensão voltada para seus aspectos fundamentais, quais sejam, tornar a coletividade beneficiária direta e imediata das conquistas do ensino e da pesquisa, socializando o saber e a coleta do saber não científico elaborado pela comunidade para, estruturando-o em bases científicas, restituí-lo a sua origem.

• O desenvolvimento curricular contextualizado e circunstanciado,

expressão da concepção de conhecimento como atividade humana processualmente construída na produção da vida material.

• A unidade entre teoria e prática, por meio do desenvolvimento, por

parte de professores e alunos, de atividades de pesquisa e iniciação científica.

A Universidade Paulista, ao longo de seu percurso histórico como

entidade educacional, sempre empregou ferramentas tecnológicas de comunicação em seu processo de construção e disseminação do conhecimento. Isso propiciou um conjunto de experiências individuais e coletivas para o corpo discente e docente e para com a própria instituição.

Ao iniciar o desenvolvimento de atividades acadêmicas em Educação a

Distância, a IES apoiou-se na experiência adquirida nos últimos 20 (vinte) anos. Os desafios presentes no contexto socioeducacional e tecnológico atual possibilitaram aprimorar algumas das práticas pedagógicas que a Universidade desenvolveu ao longo do tempo.

Um dos motivos que levou a UNIP a propor cursos em EaD foi a

compreensão de que a construção do conhecimento se dá a partir da interação entre todos os elementos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, em uma dimensão conjunta. Nessa interação, estimula-se a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno.

As estratégias pedagógicas selecionadas visam proporcionar a

construção do conhecimento individual e coletivo, por meio da elaboração de projetos e de discussões pautadas e mediadas que desafiam o aluno, levando-o a refletir sobre os conceitos apresentados e sua aplicabilidade em diferentes contextos.

O processo de ensino-aprendizagem se baseia na construção de relações

intra e interpessoal. Em outras palavras: aluno e material didático; alunos entre si; alunos e professores; alunos e tutores; alunos e instituição, professores e tutores. Estimulando-se essa interação, valoriza-se o conhecimento já adquirido pelos alunos ao longo de suas vidas, estreitando o vínculo afetivo e acadêmico necessário para o cotidiano da educação a distância.

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Essa interação é viabilizada pelo uso de estratégias dialógicas como os chats, fóruns e orientação de trabalhos interdisciplinares. Esse processo desenvolve-se continuamente, mantendo um enfoque pedagógico consistente e coerente com as diretrizes curriculares e as propostas dos cursos, de suas metas e critérios de avaliação.

A aprendizagem é cooperativa e a sala de aula é vista como um AVA,

criativo e incentivador. O professor desempenha o papel de orientador de um processo de ensino-aprendizagem proativo e investigativo, no qual há autonomia quanto aos métodos pedagógicos por parte dos lados envolvidos na execução das tarefas, com mais ênfase no processo do que no resultado. Consequentemente, a aprendizagem acontece em grupo, proporcionando transformações significativas nas pessoas envolvidas.

Na evolução da EaD, a UNIP, em coerência com a sua missão e sua

vocação, tem aprimorado seus modelos, estratégias, materiais e atividades, visando a participação ativa dos alunos e professores no processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, fomenta a democratização da educação no país, possibilitando o acesso a uma metodologia de ensino inovadora e utilizando tecnologia avançada.

Os serviços de apoio relacionados à modalidade estão congregados na

UNIP Interativa, de maneira que cada uma das equipes esteja integrada em suas ações. Sendo assim, a UNIP Interativa, entendida como sistema de EaD, organiza-se por meio de sistemas interdependentes entre si: comunicação, acompanhamento e avaliação.

4.1 Sistema de comunicação

4.1.1 Sobre os meios

O sistema de comunicação da UNIP Interativa tem base em serviço de

tecnologia da informação e comunicação, responsável por prover e dotar recursos de interação por meio de AVA, para que professores, alunos e tutores mantenham relação no processo da formação. Organiza e dispõe informação fundamentada nos conteúdos afins aos programas, cursos e projetos desenvolvidos na modalidade a distância. Os projetos pedagógicos dos cursos oferecidos nas modalidades presenciais e a distância são os mesmos, no entanto, há especificidades da modalidade EaD que tornaram necessária a criação de serviços que suportem as demandas por interação entre os implicados no processo ensino-aprendizagem. O sistema de comunicação atende, prioritariamente, a essa interação.

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4.1.2 Material didático O material didático utilizado na UNIP Interativa é desenvolvido em sintonia

com os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos explicitados no PDI da Instituição, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e nos Projetos Pedagógicos dos Cursos. Seu uso é precedido de avaliação por especialistas externos, que sugerem e orientam a adoção de medidas visando ao seu aperfeiçoamento.

O conjunto de mídias, selecionado para desenvolver as competências

específicas propostas para cada curso, respeita as características socioeconômicas dos diferentes grupos de alunos.

A produção do material impresso e disponibilizado no AVA atende às

lógicas distintas de concepção, produção, linguagem e tempo. A convergência e a integração entre as diversas mídias são garantidas pelas equipes multidisciplinares constituídas por especialistas em conteúdos, em desenvolvimento de páginas web, em desenho instrucional, em ilustração, em diagramação, em revisão do material produzido, dentre outros, determina o artigo 1°, do Decreto n. 5622/2005.

a) Livro-texto Os livros-texto produzidos observam os seguintes critérios: • exercem a função de um mediador privilegiado, atuando como roteiro

de estudos; • contêm sugestões de atividades que fomentam reflexões, pesquisas e a

sistematização de ideias; • ensejam relações com o campo de conhecimento, além de outros

“olhares” e possíveis saberes que esse campo incita; • compõem “trilhas” com várias possibilidades de acesso, instigando o

aluno a procurar outros tipos de fontes para estudo; • inserem-se em uma rede de diferentes tipos de materiais – livros,

filmes, artigos etc. – cuja composição permite atingir os objetivos propostos para a formação dos alunos;

• utilizam ícones padronizados; • inserem imagens e gráficos;

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• apresentam ao menos dois exercícios por módulo, que estimulam a reflexão, a aplicação e a ampliação do conhecimento, oferecendo a resposta de um exercício no livro e de outro na plataforma.

A elaboração do livro-texto é realizada de forma dialógica, ancorada no

tripé educador-educando-objeto do conhecimento, permitindo ao aluno agir, refletir e interagir no desenrolar da ação pedagógica. O livro-texto deve fomentar a reflexão do aluno, levando-o a buscar informações em outras fontes, realizar novas leituras, descobrir novos caminhos e apropriar-se dos conhecimentos gerados e adquiridos. Esse processo contínuo considera o aluno como um agente ativo e capaz de autoavaliar o seu progresso no decorrer do curso.

O texto dialógico estabelece uma conversa amigável entre o autor e o

leitor, desenvolvendo o senso crítico do aluno e levando-o a compreender a relevância do conteúdo do texto para seu cotidiano e prática profissional. O conteúdo deve contemplar a ementa da disciplina e compor um todo coeso, integrando, de forma contínua e complementar, as suas diferentes partes: unidades, tópicos, reflexões, atividades, bibliografia, gráficos e imagens.

O docente conteudista é o profissional especialista que redige o material

didático da disciplina e/ou produz material para o Ambiente Virtual de Aprendizagem e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo (quando for o caso). Ele recebe orientações sobre a utilização das diversas mídias e participa de treinamentos e workshops.

A Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos – CQA, composta

por professores especialistas, submete o livro-texto a uma criteriosa análise de seu conteúdo. Dessa análise, resulta um parecer que é enviado ao coordenador do curso para retroalimentar as partes envolvidas no processo de produção, até que o livro-texto seja aprovado.

No Departamento de Revisão são verificadas a originalidade,

padronização do texto, a coesão, coerência, clareza, “vícios de linguagem”, uso incorreto da língua portuguesa, ortografia e adequação aos padrões estruturais adotados pela UNIP Interativa.

O Departamento de Educação Digital reúne profissionais com

conhecimentos técnicos de produção e configuração de possibilidades de estruturação visual e é responsável pela diagramação do texto. Uma vez diagramado, o livro-texto passa por uma última revisão e é enviado ao coordenador do curso que, juntamente com o docente conteudista, verifica o material finalizado, liberando-o para impressão e envio ao Departamento de Planejamento – Controle de Materiais, que o disponibilizará ao docente que

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produzirá os materiais didáticos da disciplina e ao departamento responsável pela inserção dos materiais no AVA.

b) Materiais didáticos da disciplina: todos os materiais utilizados numa

determinada disciplina, tais como slides, questionários, exercícios, textos complementares, fóruns, Estudos Disciplinares (ED), dentre outros.

O Departamento de Planejamento é responsável pelo planejamento e

coordenação das gravações dos cursos no formato SEI, pela produção de livros-textos e calendários acadêmicos, pela publicação de informações referentes às atividades complementares, além da produção dos materiais das aulas.

São suas atribuições: liberar os materiais para a transmissão de aulas ao

vivo no formato SEPI, para a tutoria a distância, para inserir os conteúdos no Ambiente Virtual Acadêmico – AVA e controlar as atividades, avaliações e informações na disciplina Atividade do tutor de sala.

O material recebido é submetido às seguintes etapas: • recebimento e controle dos materiais recebidos; • revisão ortográfica e uso correto da língua portuguesa; • diagramação; • liberação para inserção no AVA; • geração de imagens; • liberação para gravação das teleaulas; • liberação para a Tutoria. O Departamento de Planejamento possui profissionais qualificados para

realizar todas as etapas do processo.

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c) Teleaulas As teleaulas contêm a ementa e o programa da disciplina e seu conteúdo

é elaborado por um professor escolhido pelo coordenador do curso em conjunto com o líder da disciplina.

O professor distribui o conteúdo da disciplina nas unidades, respeitando a

carga horária definida na matriz curricular e organiza a sua apresentação aos alunos. As teleaulas são gravadas de acordo com a organização elaborada pelo professor.

As teleaulas, com duração de uma hora, são divididas em quatro blocos

de quinze minutos cada, sendo que, ao final de cada bloco, o professor propõe uma questão referente ao tema abordado. O bloco seguinte inicia-se com um comentário do professor referente à atividade proposta no bloco anterior. A separação em blocos tem o objetivo de tornar a aula mais dinâmica e interativa.

É importante ressaltar que todas as teleaulas possuem intérprete de

libras, o que permite aos alunos portadores de necessidades especiais acompanharem o conteúdo ministrado pelo professor.

As teleaulas são gravadas em estúdio e editadas pelos profissionais da

TV Web. Após a edição, as teleaulas são enviadas ao departamento de Educação Digital, que prepara o link e realiza a sua inserção no AVA. O docente da teleaula é acompanhado no estúdio por um tutor da área da disciplina, tanto nas teleaulas gravadas como nas teleaulas transmitidas ao vivo.

d) Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA Foi possível compreender que o aluno necessita de orientações claras

quanto ao entendimento e possibilidades da educação a distância, do funcionamento do curso, dos mecanismos de interações e comunicação disponíveis para uma aprendizagem colaborativa. Para introduzir o aluno ao universo da EaD, produz-se teleaulas, diversos vídeos, normas e calendários acompanhados de manuais e guias digitalizados no AVA que:

• abordam a plataforma utilizada (AVA); • apresentam as abas e ferramentas disponíveis; • orientam a navegação dos fóruns e do sistema de mensagem

(tecnológicos de comunicação);

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• disponibilizam o calendário acadêmico; • disponibilizam as disciplinas e conteúdos programáticos, bem como as

atividades e exercícios propostos. Os docentes coordenadores de cada curso elaboram as aulas inaugurais

e instrucionais nas quais os alunos, além de conhecerem as particularidades do seu curso, interagem com o coordenador e com os docentes de apoio. Nessas aulas, realizadas com a presença do aluno no polo de apoio presencial, os coordenadores:

• explicitam o processo de ensino-aprendizagem a ser desenvolvido no

semestre; • apresentam as disciplinas; • informam como a equipe de docentes acompanhará o processo

pedagógico; • informam como interagir com a equipe multidisciplinar; • transmitem informações sobre o calendário, atividades, critérios e

mecanismos de avaliação; • explicam as funções das pessoas que acompanharão os alunos no

polo, a equipe presencial, tutoria a distância, docentes e coordenadores.

Alinhada à sua missão e vocação, a UNIP Interativa contribui para a

inclusão digital do aluno, inserindo-o no contexto educacional, social e cultural do Ensino Superior do país. O esforço de inclusão norteia a equipe da EaD no desenvolvimento e planejamento das ações pedagógicas utilizadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Da mesma forma, o desenvolvimento do material didático busca ultrapassar barreiras geográficas e regionais. Em suma, a perspectiva interacionista é vista como essencial para a modalidade de educação a distância.

A equipe de docentes desenvolve os materiais didáticos do AVA,

atendendo às necessidades específicas de cada disciplina e respeitando os referenciais de qualidade propostos para a educação de Ensino Superior a Distância.

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Fluxograma do Desenvolvimento do Material Didático

4.1.3 Concepção de avaliação

A avaliação do aluno deve servir não só para medir seu rendimento

acadêmico, mas, principalmente, estimulá-lo a sustentar um desempenho positivo. O crescimento intelectual do aluno ao longo do processo de sua formação deve ser valorizado, considerando-se os objetivos do curso e as qualidades desenvolvidas, apontando-se as insuficiências observadas e os caminhos para superá-las.

O sistema de avaliação é concebido na perspectiva de garantir o

desenvolvimento de competências no processo de formação. Nesse sentido, a avaliação destina-se induzir a aprendizagem dos alunos, de modo a favorecer seu percurso e regular as ações que orientam e incentivam sua formação. Desse modo, a avaliação não se destina a punir os que não alcançam o que se pretende, mas a ajudar cada aluno a identificar melhor as suas necessidades de formação e empreender o esforço necessário para realizar sua parcela de investimento no próprio desenvolvimento profissional.

O sistema de avaliação não deve incidir sobre elementos a serem

memorizados, mas na verificação da capacidade de refletir sobre o conhecimento, de questioná-lo e de (re)construí-lo, dos pontos de vista científico, metodológico e político.

O que se pretende avaliar não é só o conhecimento adquirido, mas a

capacidade de acioná-lo e de buscar outros para realizar o que é proposto. Avaliar significa verificar não apenas se os alunos adquiriram os conhecimentos necessários, mas também se, quanto e como fazem uso deles para resolver situações-problema (reais ou simuladas) relacionadas, de alguma forma, com o exercício da profissão.

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Dessa forma, a avaliação é realizada mediante critérios explícitos e que são compartilhados com os alunos, uma vez que o que é objeto de avaliação representa uma referência importante para quem é avaliado, tanto para a orientação dos estudos como para a identificação dos aspectos considerados mais relevantes para a formação em cada momento dos cursos.

A avaliação é entendida como um processo a ser desenvolvido durante o

período letivo. Apresenta determinadas especificidades que são regulamentadas pela Instituição. As formas de avaliação no curso seguem os Critérios de Avaliação e Promoção da UNIP e são adequadas às particularidades da formação do futuro profissional.

Para isso, são utilizados instrumentos variados, tais como: prova escrita

individual presencial, produção e apresentação de textos, pesquisa bibliográfica e de campo, relatórios e fichas de leitura de textos, comentários escritos de livros lidos, resolução de exercícios, desenvolvimento de projetos e atividades que relacionam a teoria e a prática contempladas nos planos de ensino das disciplinas do curso.

A avaliação da aprendizagem no AVA leva em conta todo o percurso

acadêmico do aluno e permite o acompanhamento de frequência e nota, a partir do desenvolvimento de questionários, atividades, entre outros, possibilitando, ainda, a oportunidade de evolução e melhoria contínua por meio da revisão e feedback.

Estimula-se a autoavaliação, possibilitando a autocorreção dos exercícios,

questionários e atividades, de modo que o aluno possa acompanhar a sua evolução e rendimento escolar. Para tanto, o sistema oferece as respostas comentadas das atividades propostas, assim que o aluno as desenvolve e as salva no sistema no qual, automaticamente, abre-se a oportunidade de verificação e de proficiência. Incentiva-se, também, o aluno a buscar esclarecimentos e avançar em seu conhecimento, revendo os materiais disponíveis e recorrendo aos tutores a distância, tutores presenciais e docentes sempre que necessário. O acesso ao AVA permite ao professor acompanhar o aluno e ao aluno avaliar o seu progresso nas disciplinas, atividades, exercícios e trabalhos.

As ferramentas de interação e comunicação com o corpo docente são

compostas por e-mails, chats, fóruns de discussão, utilização do contato telefônico ou ainda, presencialmente (no polo de apoio presencial), por meio dos professores consultores e/ou tutores presenciais. A partir desses instrumentos, é possível traçar um perfil das dificuldades vividas pelo aluno e promover orientações individualizadas, materializadas formalmente pelos docentes e tutores, acompanhando o desenvolvimento do aluno em seu curso.

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Uma vez detectadas dificuldades específicas, promovem-se aulas de apoio com a disponibilização de material complementar, podendo ser tanto teleaula quanto texto complementar, assim como um acompanhamento mais individualizado por parte dos tutores e professores.

A avaliação presencial complementa o processo. Ela é feita

bimestralmente no polo presencial de apoio no qual o aluno está matriculado, seguindo o calendário acadêmico de cada curso. No formato SEPI II, a avaliação presencial é semestral.

Para garantir a segurança das avaliações presenciais, a equipe de TI da

UNIP desenvolveu um sistema que permite a randomização das questões de prova no ato de sua impressão, o que possibilita a confecção de provas com diferentes questões para cada aluno de um mesmo grupo. Na sede, as questões de prova são elaboradas por professores, revisadas em seu conteúdo por uma equipe de professores de apoio e encaminhadas a um departamento específico que recepciona, organiza e insere as questões no sistema. A prova é disponibilizada ao polo de apoio presencial apenas nas datas preestabelecidas pela sede, conforme o calendário acadêmico.

As avaliações presenciais, depois de realizadas, são digitalizadas pelo

polo de apoio presencial e encaminhadas para a sede da Instituição para serem corrigidas pelos docentes.

O sistema e a logística do processo de avaliação foram verificados por

meio de um projeto-piloto desenvolvido no segundo semestre de 2010 e, em 2011, foram introduzidos, de forma gradativa, nos diferentes cursos.

O detalhamento dos mecanismos do processo avaliativo consta do

Regimento Geral (disponível em: <www.unip.br> ou no Apêndice I).

4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa A secretaria acompanha a vida escolar dos alunos desde o seu ingresso

na IES, orientando os procedimentos relacionados às matrículas e renovações de matrículas, a verificação da documentação e dos pedidos de emissão de serviços solicitados pela secretaria virtual. A secretaria controla também os documentos referentes à conclusão do curso, o encaminhamento para execução e registro de diplomas, assim como a sua retirada.

Para o bom funcionamento da secretaria, foram padronizados alguns

procedimentos. Após a aprovação no processo seletivo, o próprio candidato deve realizar sua matrícula. Nesse ato, ele recebe o contrato e, ao aceitá-lo, torna-se responsável pelo acesso ao sistema e pela impressão do boleto. A matrícula somente é efetivada após o pagamento da primeira parcela do

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curso, a entrega do contrato de prestação de serviço educacional devidamente assinado, a entrega dos documentos pessoais e de escolaridade.

A UNIP Interativa utiliza, para gerenciamento do sistema de controle

acadêmico, o Lyceum.

4.1.5 Biblioteca As bibliotecas da UNIP (central, setoriais e dos polos de EaD)

desempenham um importante papel na execução da missão organizacional da instituição. O desenvolvimento das coleções das bibliotecas UNIP vem acompanhando as novas tecnologias da informação, adquirindo acervos impressos e digitais em vários suportes, como livros, plataformas de leitura de livro na web, periódicos, DVDs e CD-ROMs, bases de dados nacionais e internacionais, atendendo às necessidades geradas pelas atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade.

As bibliotecas setoriais são controladas por uma unidade central de

informações via intranet (rede privada que utiliza os mesmo recursos da internet).

Todas as bibliotecas da instituição são interligadas on-line pela internet,

possibilitando assim o uso pleno dos serviços e recursos por um universo maior de usuários, durante 24 horas por dia, e respeitando a descentralização de acervos, necessária devido às diferentes localizações dos campi.

Para manter o acervo qualitativo e quantitativo bem dimensionado, as

bibliotecas da UNIP têm investido maciçamente na aquisição de livros, periódicos e material multimídia.

a) Gestão das bibliotecas e do acervo dos polos EaD: a biblioteca sede da

EaD encontra-se na Avenida Torres de Oliveira, 330, no bairro Jaguaré, cidade de São Paulo, dentro do campus da UNIP denominado Cidade Universitária. Por meio dela são tomadas as decisões sobre tratamento técnico, expansão de acervo e serviços oferecidos para os alunos EaD nos campi UNIP, nas bibliotecas setoriais e polos de apoio presencial. As bibliotecas setoriais estão localizadas em polos distribuídos nas capitais dos estados de todo o Brasil. As bibliotecas setoriais dão suporte de catalogação, classificação e de referência para os polos próximos, além de integrar o seu acervo ao serviço de intercâmbio de materiais.

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b) Serviço de processamento técnico: todo o acervo da UNIP é registrado em conformidade com os seguintes padrões internacionais:

• Classificação Decimal Universal (CDU); • TableCutter-Sanborn; • código de catalogação anglo-americano (AACR-2); • Machine-ReadableCataloging (MARC-21).

c) Informatização do acervo e serviços: o sistema de gestão utilizado é o

Pergamum, que permite o controle do acervo e da circulação em ambiente on-line, dispensando a necessidade de instalação de softwares nos polos e possibilitando que a consulta ao catálogo seja feita a partir de qualquer micro conectado à internet. O sistema Pergamum integra-se ao Sistema Sisun de Biblioteca, da Biblioteca Central da UNIP, que foi desenvolvido pela Universidade e deposita os registros de todos os livros da instituição, desde os mais antigos até as coleções raras. O catálogo on-line dos sistemas Pergamum e Sisun permite consulta por filtros de assunto, autor, título e biblioteca e está disponível no site acadêmico 24 horas por dia, por meio da internet. Além de permitir a consulta multicampi, a comunidade da UNIP presencial e de EaD pode utilizar todos os recursos disponíveis em qualquer biblioteca da própria mantenedora e instituições coligadas. Tendo como suporte os sistemas Pergamum e Sisun, o serviço de referência das bibliotecas UNIP disponibiliza para o corpo discente e docente presencial e de EaD os seguintes serviços:

• pesquisa bibliográfica; • orientação e normalização de trabalhos acadêmicos seguindo as

normas da ABNT. Visando o melhor atendimento à demanda desse serviço, foi elaborado o “Guia de Normalização para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos”, que está disponibilizado na página da internet da instituição: <http://www.unip.br/servicos/biblioteca/guia.aspx>;

• empréstimo domiciliar; • renovação on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet); • reserva on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet); • intercâmbio de material entre bibliotecas (EaD e presencial);

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• consulta local; • elaboração de referências bibliográficas (ABNT); • COMUT – Programa de comutação bibliográfica, que visa facilitar a

obtenção de cópias de documentos independentemente de sua localização (no Brasil ou no exterior), provendo o acesso aos documentos exclusivamente para fins acadêmicos e de pesquisa;

• treinamento de usuários.

d) Acervo:

• material impresso: atualmente o acervo dos campi da UNIP conta com mais de 1.000.000 itens. Além desses, os polos de apoio possuem cerca de 400.000 itens, podendo o aluno de EaD fazer uso de material de qualquer um desses, realizando o empréstimo presencial ou solicitando o intercâmbio de títulos;

• material on-line: no ambiente on-line, todos os alunos da UNIP

podem acessar os bancos de dados de periódicos, inclusive da CAPES e EBSCO. Recentemente, foram incorporados ao acervo materiais virtuais de várias editoras, tendo como destaque a Biblioteca Virtual da Pearson (BV), com cerca de 1.600 títulos, que podem ser lidos pelos alunos por computador, celular, tablet etc. A BV permite também a impressão de partes dos livros.

5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA

5.1 Coordenação de curso

5.1.1 Estrutura organizacional

A coordenação do curso é exercida pelo coordenador geral, que conta

com o apoio de coordenadores que se encarregam da supervisão acadêmica da realização dos cursos. Compete a cada coordenador, entre outras funções, o papel de definir e gerenciar a equipe docente do curso sob sua responsabilidade.

Na educação a distância, há um coordenador que realiza seus plantões

na sede da Unip Interativa. A coordenação de curso conta ainda com o apoio de líderes de disciplina, competindo a eles, entre outras funções, a responsabilidade de definir e manter atualizados os planejamentos didáticos de suas respectivas disciplinas (objetivos, planos de ensino, conteúdos programáticos, bibliografia etc.).

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Os planos de ensino e os planejamentos didáticos completos elaborados pelos líderes de disciplinas constituem o padrão que é adotado pelo Curso, cabendo às equipes docentes fazer as devidas adequações necessárias. Em resumo, a coordenação do curso é exercida pela estrutura matricial, por meio da qual os docentes respondem hierarquicamente para seus respectivos coordenadores e, em termos funcionais, obedecem às orientações dos líderes de disciplina. Tanto os coordenadores como os líderes de disciplina respondem ao coordenador geral do curso.

5.2 Coordenador do curso

A coordenação do curso é exercida por um coordenador designado pelo

Reitor e homologado pela Mantenedora (Regimento Geral da Universidade, artigo 23).

Para exercício do cargo de coordenador do curso são exigidos os

seguintes requisitos: • titulação acadêmica compatível com a sua missão de liderar

educadores do Ensino Superior; • experiência profissional; • experiência acadêmica suficiente para permitir uma visão adequada da

realidade do Ensino Superior; • acompanhamento continuado e abrangente da evolução do mundo,

tanto no que diz respeito às carências das organizações como no que trata dos avanços nas práticas de gestão;

• capacidade de liderar equipes.

5.3 Composição e funcionamento do colegiado de curso Dadas as características de atuação multicampi da Universidade, o

colegiado do curso é formado por dois tipos de colegiados complementares entre si: o colegiado geral e os colegiados locais. O colegiado geral é composto pelo coordenador do curso e pelos coordenadores, enquanto cada colegiado local é composto pelo coordenador e sua respectiva equipe de docentes. Ambos os tipos de colegiado contam com uma representação discente. Os colegiados locais atuam simultaneamente como alimentadores e disseminadores/multiplicadores das decisões e orientações do colegiado geral.

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Ao colegiado de curso, na forma como ele está instituído e de acordo com o Regimento Geral da Universidade (art. 29), compete o seguinte:

• propor e executar atividades e promover a articulação interna e das

relações entre os cursos da mesma área localizados em outros campi; • aprovar o plano de atividades de curso; • promover a articulação e a integração das atividades docentes; • propor providências de ordem didática, científica e administrativa aos

órgãos da administração superior; • opinar sobre a realização de programas de ensino, pesquisa e

extensão; • responsabilizar-se pela elaboração de projetos de pesquisa de

extensão na área de competência e coordenar e supervisionar sua execução;

• desenvolver e aperfeiçoar metodologias próprias para o ensino das

disciplinas de sua competência; • distribuir encargos de ensino, pesquisa e extensão aos membros do

corpo docente; • responsabilizar-se pelo oferecimento das disciplinas relacionadas ao

setor específico do saber que define o âmbito de sua competência; • elaborar as ementas, os programas e os planos de ensino para as

disciplinas de sua competência; • avaliar o desempenho individual de cada docente; • participar de programa ou projetos de pesquisa e extensão de natureza

interdisciplinar; • promover e coordenar seminários, grupos de estudos e outros

programas para o aperfeiçoamento docente; • ao final do semestre, avaliar os programas relativos ao curso; • constituir comissões especiais para assuntos específicos; • acompanhar a expansão do conhecimento nas áreas de sua

competência, por meio de intercâmbio com centros de pesquisadores

35

que desenvolvam trabalhos inovadores e, também, por meio do incentivo à participação dos docentes em eventos científicos e culturais nas respectivas áreas de especialização;

• exercer as demais atribuições que se incluam, de maneira expressa ou

implícita, no âmbito de sua competência; • fazer indicação para admissão do pessoal docente. Presidido pelo coordenador de curso, o colegiado geral reúne-se

ordinariamente, no mínimo, uma vez por semestre. Cada colegiado local, presidido pelo respectivo coordenador, também se reúne ordinariamente, no mínimo, uma vez por semestre. As normas para funcionamento desses colegiados são as que estão estabelecidas no art. 31 do Regimento Geral da Universidade.

5.4 Atenção ao discente

Os polos possuem profissionais com formação universitária específica

para cada área do conhecimento, considerando os cursos ofertados pela UNIP Interativa. Eles orientam, conduzem e facilitam o processo de ensino-aprendizagem junto aos alunos. A equipe de apoio é formada por:

a) Coordenador do polo: responsável pelo funcionamento dos processos

administrativos e pedagógicos que se desenvolvem na unidade. O coordenador deve conhecer os projetos pedagógicos dos cursos oferecidos no polo de apoio presencial, estar atento às ações previstas nos calendários, especialmente aquelas que tratam das atividades de tutoria presencial. Deve, também, zelar pela disponibilidade de equipamentos e atualização da infraestrutura, viabilizando o acontecimento das atividades. O coordenador deve ter, no mínimo, titulação de graduação e formação específica em EaD.

b) Secretaria do polo – responsável pelo atendimento aos alunos do polo

de apoio presencial quanto ao recebimento, conferência e envio de documentos à secretaria acadêmica da Universidade. É responsável, também, pela recepção e entrega de documentos solicitados pelo aluno por meio da secretaria virtual.

c) Tutor presencial – o papel do tutor na modalidade EaD é fundamental

para o desenvolvimento dos alunos. Ele deve acompanhá-los quanto ao entendimento dos conteúdos propostos, desenvolvimento de atividades e outros aspectos pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem.

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Os principais meios e mecanismos de interatividade, atendimento, orientação e suporte da UNIP Interativa são:

• Ambiente Virtual de Aprendizagem: são disponibilizados manuais, aulas

instrucionais, guia do aluno, manuais explicativos, calendário acadêmico, secretaria virtual, material pedagógico, conteúdos para nivelamento, fórum e chat;

• secretaria virtual: ferramenta disponibilizada exclusivamente aos

alunos, permite acesso às informações acadêmicas e financeiras, além de proporcionar permissão para solicitação de serviços e consulta desses. Dentro da secretaria virtual, é disponibilizado o Manual de Informações Acadêmicas;

• material didático impresso: o livro-texto atua como roteiro de estudo e

fomenta reflexões, pesquisas e a sistematização de ideias, incentivando a continuidade do processo de ensino-aprendizagem no AVA por meio da realização de exercícios, participação em fóruns de discussão e chats;

• polo de apoio presencial: são os espaços físicos onde acontecem os

encontros presenciais, orientações de estudos e atividades. Possui equipe de apoio capacitada para atender às demandas do alunado;

• central de atendimento ao aluno: orienta os alunos sobre os

procedimentos acadêmicos e financeiros, esclarece dúvidas sobre as atividades a serem desenvolvidas pelos alunos e dá orientação quanto aos calendários escolares;

• tutoria a distância: acompanha as teleaulas, medeia a interação com os

alunos, auxilia o professor e o coordenador do curso no desenvolvimento das atividades didáticas e participa dos chats e fóruns;

• participação dos discentes da EaD nas atividades de iniciação

científica; • parcerias ou convênios da UNIP com prefeituras de vários estados para

a realização de estágios (opcionais) para os cursos superiores de tecnologia;

• disponibilização de palestras on-line à comunidade acadêmica da EaD

e à comunidade em geral; • disponibilização de softwares gratuitos aos discentes da EaD;

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• sistema próprio de postagem de trabalhos acadêmicos e de atividades complementares;

• acordo de cooperação da UNIP com empresas para a atribuição de

descontos aos alunos.

5.4.1 Apoio aos discentes O coordenador do polo de apoio presencial realiza o atendimento pessoal

ao aluno e o observa e procura descobrir os obstáculos que o impedem de ter um resultado favorável no processo de aprendizado.

Se o problema for exclusivamente de aprendizado, o coordenador do polo

de apoio presencial se apoia no coordenador do curso do aluno para um “programa personalizado de avaliação do estudante”.

Caso o problema seja de ordem psicológica, o coordenador do polo de

apoio presencial atua como um “mediador” junto ao estudante e, muitas vezes, com os pais do aluno, o encaminha para as clínicas do curso de Psicologia da UNIP ou mesmo para clínicas específicas, a fim de obter alguns tipos de tratamentos fora IES, dentro do maior sigilo profissional possível.

6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

6.1 Formação acadêmica e profissional

O corpo docente é constituído por profissionais cujas trajetórias de

formação e experiências são coerentes com as disciplinas ministradas e com o projeto do curso.

Os professores são estimulados à educação continuada, tanto pelo

oferecimento, pela UNIP, de cursos de extensão e pós-graduação (com descontos), como pelo subsídio em participações em eventos e apresentações e publicações de trabalhos em geral.

A UNIP também oferece programas de apoio à pesquisa como o

Programa Individual de Pesquisa Docente, que tem por objetivo promover o desenvolvimento de investigações científicas e destina-se aos professores dos programas de mestrado e/ou integrantes dos grupos de pesquisa da UNIP que possuam o título de doutor.

No entanto, a atuação do docente ultrapassa os limites dos conteúdos das

disciplinas, pois esse deve estar atento ao cumprimento da missão da UNIP,

38

com atitudes de “respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos fundamentais, proscrevendo quaisquer formas de discriminação”.

O corpo docente participa ativamente dos eventos de extensão da

Universidade, tanto em sua concepção como em sua realização, envolvendo toda a comunidade acadêmica em programas sociais e culturais.

Para ingresso na Universidade, os professores são selecionados

localmente pelos coordenadores, sendo suas indicações submetidas às instâncias superiores para aprovação. Os requisitos exigidos para a docência são:

• titulação acadêmica: privilegiam-se os candidatos com melhor titulação,

compatível com as disciplinas a serem ministradas. A titulação mínima aceitável é a de especialista;

• formação não acadêmica: privilegiam-se os candidatos com maior

formação, ainda que não acadêmica (treinamentos empresariais, cursos de extensão, cursos de atualização, entre outros);

• experiência acadêmica: privilegiam-se candidatos com maior e melhor

experiência acadêmica; • experiência profissional: para disciplinas mais específicas, o requisito

experiência é fundamental. Já para as disciplinas de formação geral, a experiência não é um requisito eliminatório, porém, mesmo assim é desejado.

6.2 Regime de trabalho

Todos os professores são contratados no regime de Consolidação das

Leis do Trabalho. Conforme constante no PDI da Universidade, o regime de trabalho do corpo docente está previsto nas seguintes modalidades:

• regime integral: com exigência de 40 horas semanais de trabalho; • regime em tempo parcial: com exigência de 20 horas de trabalho

efetivo; • regime de horas-aula. A Universidade Paulista – UNIP possui plano de carreira docente

instituído em regulamento aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – Consepe – e homologado pelo Conselho Universitário – Consuni.

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No mencionado Regulamento do Magistério Superior, encontram-se as atividades atribuídas aos seus integrantes, o regime de trabalho, o quadro de carreira, as categorias funcionais, as formas de ingresso e promoção e a remuneração.

O Regulamento do Magistério Superior da Universidade Paulista (UNIP)

discrimina a carreira docente nas categorias funcionais: professor auxiliar, professor assistente, professor adjunto e professor titular e apresenta os requisitos para ingressos ou promoção.

No PDI da Universidade Paulista estão relacionados os requisitos

necessários para o ingresso em cada categoria: • profissionalizante I: o candidato deve possuir escolaridade

correspondente ao Ensino Superior completo (bacharelado ou equivalente) e experiência mínima de um ano de efetivo exercício de atividade profissional;

• profissionalizante II: o candidato a essa categoria deve possuir

escolaridade correspondente ao Ensino Superior completo (bacharelado ou equivalente) e pós-graduação lato sensu (especialização) completa com o mínimo de 360 horas, conforme Resolução CNE n.° 01/2001, de 03 de abril de 2001, e experiência mínima de dois anos de efetivo exercício do magistério;

• profissionalizante III: o ingresso nessa categoria deve possuir

escolaridade correspondente ao Ensino Superior (bacharelado ou equivalente) e pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado) concluídos e aprovados em universidade de reconhecida capacidade técnica ou possuir, pelo menos, cinco anos de experiência profissional ou de coordenação em sua área de atuação e experiência mínima de três anos de efetivo exercício do magistério superior ou no ensino de formação profissional;

• profissionalizante IV: o ingresso nessa categoria deve possuir

escolaridade correspondente ao Ensino Superior (bacharelado ou equivalente) e pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado) concluídos e aprovados em universidade de reconhecida capacidade técnica ou possuir, pelo menos, cinco anos de experiência profissional ou de coordenação em sua área de atuação e experiência mínima de cinco anos de efetivo exercício do magistério superior.

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6.3 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa é responsável pela

organização dos cursos. Ela é composta por: a) Docente conteudista: profissional especialista que redige o material

didático da disciplina e/ou produz o material para o Ambiente Virtual de Aprendizagem e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo (quando for o caso).

b) Docente da disciplina: profissional que faz o planejamento da ação

pedagógica, interage e orienta os alunos nos momentos programados, com os tutores a distância e presenciais, se necessário; elabora os instrumentos de avaliação do aluno; efetua a correção das questões discursivas com a equipe de tutores a distância; organiza e participa de fóruns e chats.

c) Docente de apoio: profissional que executa diferentes atividades para

complementar o trabalho do docente da disciplina e contribui para o bom desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.

d) Docente supervisor: profissional capacitado em EaD que supervisiona

as atividades acadêmicas que permeiam o processo ensino-aprendizagem junto aos polos.

e) Professor consultor: profissional que acompanha e orienta

presencialmente os alunos nos polos de apoio presencial. f) Docente coordenador de curso: profissional responsável pela

coordenação de toda a equipe de docentes da área. Conduz, direciona e orienta os profissionais envolvidos no processo de EaD. Trabalha de forma integrada com o grupo, estimulando a reflexão crítica sobre os conteúdos e as demais ações.

g) Docente coordenador do polo: profissional responsável por todas as

ocorrências que envolvem o processo acadêmico-administrativo no polo.

h) Tutor a distância: profissional especializado na área de atuação, que

trabalha diretamente ligado à coordenação do curso e aos docentes. Auxilia os alunos no processo de ensino-aprendizagem e no uso das diversas tecnologias como e-mail, telefonia, material didático, Ambiente Virtual de Aprendizagem etc. Em suma, o tutor atua como facilitador do contato entre o aluno, a instituição e o conteúdo, podendo mediar

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discussões com os docentes das disciplinas e com os alunos devidamente matriculados em tais espaços.

i) Tutor presencial: profissional habilitado na área específica de atuação

e com conhecimento tecnológico. Orienta os alunos com relação ao Ambiente Virtual de Aprendizagem, de forma síncrona ou não, e os auxilia na organização dos estudos; facilita a interação dos alunos no polo; auxilia a realização dos estágios e das atividades complementares e esclarece os alunos quanto aos procedimentos acadêmicos.

6.4 Apoio didático-pedagógico aos docentes

6.4.1 Apoio didático-pedagógico

A UNIP Interativa dispõe de departamentos que oferecem apoio direto ao

docente, tais como: setor de revisão (conteúdo e ortografia), setor de planejamento (agendamento de teleaulas, treinamento audiovisual aos novos professores e diagramação do material eletrônico) e tutoria a distância (acompanhamento em estúdio das teleaulas e chat-atividade).

6.4.2 Capacitação

A UNIP proporciona aos docentes e ao corpo técnico administrativo a

oportunidade de aprimoramento profissional contínuo, oferecendo desde curso de capacitação até pós-graduação lato sensu, na modalidade presencial e a distância e stricto sensu na modalidade presencial.

A UNIP Interativa dispõe, além do curso de formação em Educação a

Distância (EaD), cursos de capacitação e aperfeiçoamento, ofertados exclusivamente aos professores, aos tutores e aos funcionários da UNIP e dos polos de apoio presencial, com o objetivo de ampliar o conhecimento da modalidade, bem como de garantir a normatização das informações e procedimentos utilizados.

6.5 Núcleo Docente Estruturante (NDE)

O Núcleo Docente Estruturante (NDE) é um órgão consultivo de

coordenação didática, que é responsável pela concepção do projeto pedagógico dos cursos. O NDE tem por finalidade propor, elaborar, implantar, implementar, atualizar e complementar a política de ensino e sua execução. São atribuições do Núcleo Docente Estruturante:

• tomar conhecimento dos Planos Pedagógicos Curriculares e Planos de

Ensino já existentes;

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• elaborar o Projeto Pedagógico do Curso, definindo sua concepção e fundamentos;

• atualizar periodicamente o Projeto Pedagógico do Curso; • conduzir os trabalhos de reestruturação curricular, sempre que

necessário; • promover a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os

eixos estabelecidos pelo Projeto Pedagógico; • acompanhar as atividades do corpo docente; • coordenar a elaboração e recomendar a aquisição de lista de títulos

bibliográficos e outros materiais necessários ao curso; • sugerir providências de ordem didática, científica e administrativa que

se entendam necessárias ao desenvolvimento das atividades do curso; • zelar pela regularidade e qualidade do ensino ministrado pelo curso. Os coordenadores de curso também participarão do Núcleo Docente

Estruturante sempre que houver necessidade. O Núcleo Docente Estruturante reunir-se-á, ordinariamente, pelo menos duas vezes por semestre e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo coordenador geral. A UNIP, em conformidade com a Resolução CONAES n.° 1, de 17/06/2012, por meio do seu órgão colegiado superior, normatizou o funcionamento do NDE.

O Regulamento do Núcleo Docente Estruturante (NDE) encontra-se no

apêndice II.

6.5.1 Corpo técnico-administrativo O corpo técnico-administrativo é constituído por profissionais qualificados

para as funções exercidas. São selecionados pelo Departamento de Recursos Humanos da entidade

mantenedora, atendendo à solicitação dos numerosos setores de atividades da Instituição.

Na modalidade EaD a equipe técnico-administrativa da sede é a seguinte: • secretaria – secretária setorial e auxiliares;

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• tesouraria – tesoureira setorial e auxiliares; • setores de apoio – auxiliares; • revisores; • técnicos responsáveis pela inserção do material no Ambiente Virtual de

Aprendizagem (AVA); • pessoal administrativo responsável pelo agendamento de estúdio,

recebimento de materiais, controle do calendário acadêmico; • equipe técnica responsável pelo estúdio de gravação e transmissão das

teleaulas, palestras, videoconferências etc.; • equipe de TI; • central de atendimento – responsável pelo processo seletivo, secretaria,

tesouraria e informações gerais; • marketing – responsável pela elaboração e divulgação de material

publicitário nas diversas mídias, bem como participação em feiras e eventos;

• assessoria – responsável pelo polo de apoio presencial,

supervisionando as atividades acadêmicas e administrativas; • setor de regulação, avaliação e supervisão; • central Lyceum – responsável pelo suporte ao sistema de controle

acadêmico; • gráfica e expedição – responsável pela impressão do material didático

impresso e pelo envio do material para o polo de apoio presencial; • recursos humanos – responsável pela seleção e realocação de

empregados. 6.6 Atividades acadêmicas articuladas com a formação, pesquisa e extensão

Dadas às características do mundo atual, no que diz respeito à evolução

do conhecimento, é obrigação da Universidade orientar e estimular seus alunos à continuidade dos estudos.

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Às atividades de pesquisa e pós-graduação da UNIP, deve caber o papel de propiciar condições para esse aprendizado continuado, não só focalizando o aprender conhecimentos existentes, mas estimulando, também, a produção de novos conhecimentos.

Programa de Iniciação Científica A Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UNIP promove

anualmente um concurso que prevê a atribuição de bolsas de Iniciação Científica UNIP e bolsas de Iniciação Científica PIBIC – CNPq para alunos da graduação e para cursos superiores de tecnologia.

Para participar, o aluno deve procurar um professor da Universidade,

portador de, no mínimo, o título de mestre, que possua conhecimentos na área em que pretende desenvolver o projeto e solicitar a sua orientação. Após a aceitação do orientador, o aluno deve apresentar formulário próprio devidamente preenchido, anexando seu projeto de pesquisa, histórico escolar da graduação e encaminhá-lo ao setor de pesquisa da Universidade. As solicitações são julgadas e classificadas por uma comissão, indicada pela Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIP.

Pesquisa

A UNIP incentiva continuadamente a investigação científica pelos seus grupos de pesquisa e pelos programas UNIP de apoio à pesquisa.

A Universidade Paulista conta, atualmente, com 49 (quarenta e nove)

grupos de pesquisa cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil do CNPq, sendo 11 (onze) em Ciências Exatas e Tecnologia, 08 (oito) em Ciências Humanas, 18 (dezoito) em Ciências da Saúde e 12 (doze) em Ciências Sociais e Comunicação (incluindo-se aqui os grupos específicos da área de Administração), com vasta produção científica atestada por publicações em livros e periódicos indexados. Os temas desenvolvidos estão relacionados com cidadania, meio ambiente, aplicações tecnológicas e outros. Os grupos de pesquisas com foco específico em Administração podem ser identificados, a qualquer momento, no site <http://www.unip.br>.

Pós-graduação stricto-sensu A Instituição conta com cinco programas de mestrado, nas áreas de

Administração, Comunicação, Engenharia da Produção, Patologia Ambiental e Experimental e Odontologia e três programas de doutorado, nas áreas de Comunicação, Engenharia da Produção e Patologia Ambiental e Experimental, recomendados pela Capes e reconhecidos pelo CNE/CES.

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Pós-graduação lato-sensu A UNIP oferece, de forma presencial ou a distância, um conjunto de

cursos de especialização – lato sensu – cuja finalidade é permitir aos graduados um aprofundamento de conhecimentos em áreas específicas. Assim, os cursos de pós-graduação – lato sensu – podem ser consultados a qualquer tempo, no site <http://www.unip.br>.

Projeto de Extensão A Universidade Paulista, por meio da Vice-Reitoria de Extensão

Comunitária, realiza atividades com o objetivo de colaborar com o desenvolvimento local, regional e nacional. Assim, a Instituição abre suas portas para a comunidade, no intuito de efetivar seu compromisso com a melhoria das condições de vida das pessoas, por meio de um saber ligado aos seus interesses e necessidades.

Para contribuir com essa filosofia, os cursos desenvolvem eventos de

extensão, envolvendo a comunidade nos campi e polos. Escolhe-se um tema central que abrange as diversas áreas de conhecimento, elaborado pela coordenação, colocado em prática pelos professores e alunos. Esses são documentados e posteriormente avaliados quanto ao seu impacto na comunidade.

O Regulamento de Extensão se encontra no Apêndice II.

7 ORGANIZAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO

7.1 Projeto Pedagógico do Curso

7.1.1 Relevância social do curso

O curso foi concebido para atender a uma demanda por profissionais

experientes na área de gestão e preparados para atuar em um contexto em constante mudança, seja em organizações próprias, por meio da criação e do desenvolvimento de novos negócios ou em organizações de terceiros, como colaboradores na área gerencial. Assim, o Projeto do CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO se constitui em um documento concebido por reflexões e propostas realizadas pelo Núcleo Docente Estruturante que buscam inserir o gestor de maneira proficiente no mercado de trabalho, nos setores produtivo, comercial e de serviços, propiciando à sociedade um profissional ético e com habilidades gerenciais.

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A implantação do CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO deve contribuir para a busca da competitividade, associada aos desafios impostos pela modernidade, em que as pessoas/colaboradores tendem a se adaptar de maneira impulsiva e intensa nas principais transformações sofridas pelo mercado.

Desde o descobrimento até a primeira metade do século XX, o Brasil foi

um país que dependeu quase que exclusivamente da produção e exportação de alguns produtos oriundos da agricultura e pecuária. O país passou por diversas fases, os conhecidos ciclos do pau brasil, da borracha, da cana de açúcar e do café. Até mesmo quando o Brasil iniciou sua fase de industrialização – período conhecido como processo de substituição de importações (1930 a 1960) – a agropecuária teve um papel importante, pois transferiu renda, liberou mão de obra, produziu alimento à emergente massa urbana e trouxe divisas para o país.

Já no final da década de 1950, surge a importância de se enxergar a

atividade agropecuária de maneira interligada ao setor industrial e, portanto, cunharam o termo agronegócio, que diz respeito à soma de todas as operações relacionadas à produção, processamento, armazenamento e distribuição de tudo que envolve a atividade agropecuária antes, dentro e depois da porteira. Para se ter ideia da importância de todas as etapas, apenas 30% do produto gerado pelo agronegócio é fruto da atividade primária, ou seja, 70% dizem respeito à parte de insumos, processamento e distribuição.

De acordo com dados da CNA (Confederação Nacional da Indústria) o

agronegócio é responsável por 35% dos empregos no país. Além disso, o agronegócio é responsável por aproximadamente 23% do PIB do Brasil e por 37% das exportações brasileiras. Segundo o estudo do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - Assessoria de Gestão Estratégica, sobre as “Projeções do Agronegócio Brasil 2010/11 a 2020/21” os produtos mais dinâmicos do agronegócio brasileiro deverão ser o algodão, soja, carne bovina, carne de frango e açúcar. Esses produtos são os que indicam maior potencial de crescimento da produção e das exportações nos próximos anos.

Há algum tempo, os profissionais ligados à esta atividade eram apenas Engenheiros Agrônomos, Técnicos Agrícolas, Médicos Veterinários e Zootecnistas, ou seja, aqueles ligados apenas à produ- ção que faziam o papel de gestor devido a falta de mão de obra especializada na gestão do agronegócio. Porém, com o avanço da globalização, o fim das fronteiras comerciais entre os países forçou a profissionalização dos agentes no que diz respeito também às técnicas de gestão. Existe uma necessidade muito grande de aumentar cada vez mais a produtividade nas pequenas, médias e grandes propriedades do Brasil, através da utilização eficiente dos recursos, desde a compra dos insumos até à comercialização dos produtos ao

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consumidor final. É neste contexto que se faz necessário um CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO, para ofertar e construir conhecimentos científicos, técnicos e práticos de casos reais aos quais o país está exposto.

Portanto, é evidente a necessidade de investimento na educação formal do profissional para atuar nessa área, uma vez que predomina na atualidade a experiência baseada praticamente na vivência. Vivência esta que deve ser amplamente aproveitada, contribuindo para a comprovação de teorias, além de promover no meio acadêmico a interação entre as diversas disciplinas e a troca de conhecimentos entre os acadêmicos.

O Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio oferecido pela UNIP, foi autorizado pela Resolução CONSUNI n.º 20130919 de 19 de setembro de 2013 da UNIP, cujas cópias encontram-se anexadas ao Sistema e-MEC, no ícone correspondente à documentação.

Com o pensar voltado à formação prospectiva, antecipando os desafios que aguardam os egressos, busca-se uma aprendizagem ativa, voltada à autonomia intelectual, apoiada em formas criativas e estimulantes para o processo de ensino, formando um profissional comprometido com a curiosidade epistemológica e com a resolução de problemas da realidade cotidiana.

Considerando a demanda da sociedade, toda a infraestrutura e os

recursos humanos de que dispõe e também a experiência no uso de tecnologia de informação e comunicação, a UNIP colocou à disposição da sociedade o Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio, nas modalidades presencial e de educação a distância.

7.1.1.1 Metas do Plano Nacional de Educação – PNE

A participação do segmento de ensino privado no nível superior

aumentou, sobretudo, a partir da década de 1970. Nos últimos vinte anos, esse segmento responde por quase dois terços da oferta das vagas na educação superior.

Entre outros, são objetivos do Plano Nacional de Educação – PNE

(Projeto de Lei n.º 8035/2010): a promoção humanística, científica e tecnológica do país, a melhoria da qualidade do ensino e a superação das desigualdades educacionais. Uma das metas do PNE é elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta. A população de universitários no Brasil ainda é incipiente quando comparada a países como a Argentina ou o Chile. Por essa razão, é preciso expandir a rede de

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universidades e qualificar progressivamente a oferta da educação superior privada.

A taxa de escolarização bruta na faixa etária de 18 a 24 anos na

educação superior, que mede, percentualmente, o total de matrículas no Ensino Superior em relação à população na faixa etária teoricamente adequada para frequentar esse nível de ensino, passou de 16,6 em 2002 para 26,7 em 2009 e a taxa de escolarização líquida na faixa etária de 18 a 24 anos na educação superior, que passou de 9,8 em 2002 para 14,4 em 2009 (Fonte: IBGE/Pnad; Elaborado por Inep/DTDIE).

Entretanto, não se pode desconsiderar que o Ensino Superior privado

atende a outras faixas etárias, notadamente dos 25 aos 39 anos, constituídas por indivíduos que trabalham e procuram, por meio da educação, novas oportunidades de inserção no mercado de trabalho.

Os dados indicam, desse modo, que a taxa de escolarização líquida desse

grupo etário está bastante abaixo do desejável. Estudos indicam que há uma parte considerável dos jovens de 18 a 24 anos ainda cursando o Ensino Médio ou a educação de jovens adultos e a taxa de abandono desse grupo etário em 2009 foi de 32,8% (Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1999/2009). Dessa forma, pode-se dizer que, para se conseguir a meta de 33%, se faz necessário uma ação conjunta para atingir vários problemas.

Além de aumentar a taxa de alunos cursando a educação superior sobre

a população na faixa etária entre 18 e 24 anos, o Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio está alinhado com a meta de garantir qualidade da oferta de matrículas e com os objetivos e metas do Plano Nacional de Educação no que tange aos seguintes aspectos:

• proporcionar o aumento da oferta de vagas no Ensino Superior para

estudantes na faixa etária de 18 a 24 anos; • aumentar a qualidade da educação superior pelo acréscimo da atuação

de mestres e doutores nas instituições de educação superior; • melhorar a articulação entre formação, currículo e mundo do trabalho,

considerando as necessidades econômicas, sociais e culturais do País. 7.1.1.2 Demanda do curso

O setor agrícola conta com características bastante particulares, dificilmente encontradas em outros setores econômicos e que condicionam a forma como o agronegócio relaciona-se com o restante da economia. Entre estas características específicas, merecem destaque:

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• Os produtos tendem a ser mais homogêneos do que os produtos

industriais. Com isso, é mais difícil criar algum tipo de diferenciação que possa agregar valor via algum atributo especial ou marca. Produtos orgânicos, verdes ou transgênicos podem ser considerados exceções, porém é necessário reconhecer que a diferenciação dentro de cada um desses grupos também é limitada.

• Dado que os produtos, geralmente, são mais homogêneos, que o número de produtores é grande e que não se concentram em uma única e pequena região, os mercados agrícolas tendem a ser mais competitivos do que os mercados dos demais setores da economia. Com isso, os produtores tendem a ser tomadores de preços, ou seja, possuem capacidade muito limitada para influenciar o preço final do seu produto.

• Uma vez que os mercados agrícolas tendem a ser mais competitivos,

os preços agrícolas, por sua vez, tendem a ser mais flexíveis, mais voláteis. Isto é, respondem mais rapidamente a variações de oferta ou de demanda, no mercado doméstico ou em mercados estrangeiros.

• Os produtos agrícolas mais tradicionais, geralmente, contam com um

mercado internacional bem desenvolvido. Ou seja, o preço no mercado doméstico sofre forte influência dos preços praticados em outros países com produção relevante.

• Os preços agrícolas tendem a ser mais voláteis também porque a

produção agrícola é mais sensível a oscilações sazonais e a mudanças climáticas.

Por fim, é importante destacar que a produção agrícola depende de um

fator de produção que é praticamente irreprodutível: a terra. O estoque de terra de uma região está dado. No máximo, pode-se mudar seu uso (por exemplo, transformando pastos em cultivos) ou aumentar sua produtividade. Tudo isso demonstra que para participar desse Mercado é necessário muito conhecimento.

Além dos fatrores descrito, vivemos em um mundo globalizado e como

mostra o gráfico a seguir o Brasil tem grande vantagem competitiva pois sua exportação tem crescido:

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Em face do cenário apresentado, o Curso Superior de Tecnologia em

Agronegócio pauta sua perspectiva de levar ao aluno conhecimento para participar desse novo horizonte e atender a grande vantagem competitiva Brasileira.

O Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio da UNIP vem atender a essas inúmeras demandas que se apresentam na contemporaneidade e proporcionar um ensino de qualidade, ético e diferenciado, por meio de critérios de planejamento e organização, que se dinamizam e inovam em sua aplicação na correlação dos núcleos de ensino aprendizagem: Gestão estratégica, Negócios e Processos produtivos, como ilustra a figura a seguir:

Com o intuito de estimular e contribuir para a preparação de mão de obra

especializada e indispensável à política de desenvolvimento nacional, o tecnólogo em Agronegócio tem, na modalidade a distância, por finalidade assegurar que o acadêmico possa ter:

I. conhecimento teórico dos processos do ambiente; II. visão crítica e ampla da realidade econômica, política e cultural da

região onde vai atuar profissionalmente, identificando os sistemas de operação e gestão utilizados;

III. conhecimento acerca das ferramentas tecnológicas, conceituais e

sociais disponíveis para aplicação no processo de gestão do agronegócio; e;

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IV. conhecimentos, habilidades, competências e atitudes que levem a uma administração eficaz do agronegócio de diferentes organizações/ou cadeias produtivas, em face das demandas e exigências dos seus pares e dos agentes do mercado.

7.1.1.3 Histórico do curso Os cursos de tecnologia tiveram sua origem na década de 1970, com a

abertura dada pelo art. 18, da Lei n.º 5.540, de 28/11/1968. Esse artigo permitia a abertura de cursos correspondentes a profissões não regulamentadas em lei à época, organizados com a finalidade de atender às exigências de sua programação específica e fazer face às peculiaridades do mercado de trabalho regional.

Em 1970, deu-se a criação, em São Paulo, da Faculdade de Tecnologia

(Fatec), ganhando seus cursos expressão nacional, mormente o advento do Curso de Tecnologia em Processamento de Dados.

Até a década de 1980, a formação profissional se limitava ao treinamento

à produção em série e padronizada. As organizações produtivas têm sofrido impactos provocados pelo frequente emprego de novas tecnologias, que alteraram hábitos, valores e tradições que pareciam imutáveis. Os grandes avanços de produtividade são impulsionados pela melhoria da gestão empresarial, assim como pelo progresso científico.

O oferecimento dos cursos superiores de tecnologia ganhou um impulso

após a prolação do parecer CNE/CES n.º 436/2001, de 02/04/2001, que disciplinou a educação para o trabalho.

7.1.2 Concepção de educação

A realidade conceitual assumida coloca a Universidade Paulista no papel

de estimuladora do processo educacional e essa inclui, em sua missão, objetivos e, em seus projetos pedagógicos, os elementos que confirmam a sua vocação de agente disseminadora de conhecimentos, multiplicadora de processos e incentivadora de pesquisas, em busca de avanços que possibilitam progresso e evolução da sociedade, em um mundo cheio de necessidades imediatas, vitais para a sua própria sobrevivência, com as preocupações de inclusão social, redução da miséria e consideração da diversidade social, como força capaz de edificar mais segurança e mais justiça social.

Como integrantes da sociedade, os alunos devem ser estimulados e

conscientizados da importância e da necessidade de assumir ativamente o processo de apropriação do conhecimento e da inserção no mercado de

52

trabalho, na condição de agentes transformadores e formadores de novas gerações, por intermédio da aquisição de competências.

7.1.3 Concepção do curso

O Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio da Universidade

Paulista caracteriza-se pelo exaustivo desenvolvimento da atividade empreendedora e intraempreendedora, pela visão sistêmica estabelecida pelo enlace das disciplinas e pela indissociabilidade entre a teoria e a prática.

Outro diferencial a ser destacado é que o programa do curso é provocativo em relação ao exercício do pensamento sistêmico. Ele é uma abordagem da realidade que contrapõe o reducionismo mecanicista proposto anteriormente pelos filósofos da Revolução Científica do séc. XVII, como Descartes, Bacon e Newton. O pensamento sistêmico em hipótese alguma nega a racionalidade científica, porém, defende que deve ser desenvolvido concomitantemente a conceitos subjetivos, que não podem ser simplesmente descartados e desconsiderados, ele inclui per se a interdisciplinaridade.

Segundo Peter Senge (1995), o raciocínio sistêmico se dá pela organização

que aprende. O desenrolar da visão sistêmica acontece pelo domínio pessoal, da elaboração de modelos mentais, do estabelecimento claro de objetivos comuns (ou seja, visão compartilhada) e do aprendizado em grupo. Embasado nesse conceito, o curso contempla o intitulado “Projeto Integrado Multidisciplinar”, que propicia a instigação à pesquisa, a evidenciação dos enlaces disciplinas e sua aplicação como objeto de estudo uma empresa real.

Para Feuerbach (apud MARX & ENGELS, 1986), práxis é a atitude

(teórico-prática) humana de transformação da natureza e da sociedade. Não basta conhecer e interpretar o mundo (teórico), é preciso transformá-lo (práxis). Em completude à distinção do curso, a indissociabilidade entre a teoria e a prática se dispõe na escolha de empresas reais como objeto de estudo e na aplicação das atividades complementares vinculadas ao cotidiano.

Considerando as características específicas do Curso Superior de

Tecnologia em Agronegócio, ele tem seu currículo elaborado de modo a contemplar as competências profissionais gerais definidas para a área profissional. A carga horária e a infraestrutura propostas estão em sintonia com o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, respaldado no Decreto n.º 5.733, de maio de 2006 e na Portaria n.º 1.024, de maio de 2006. Ele está inserido no eixo tecnológico “Recursos Naturais” e foi concebido observando-se as características socioeconômicas da realidade nacional, atendendo às necessidades educacionais e profissionais, além de se orientar pelo Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia,

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nas especificidades da área, conforme pode ser visto nos objetivos do curso e nos Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância, publicados pela SEED/MEC.

7.1.4 Objetivo do curso

O Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio tem por objetivo

viabilizar soluções tecnológica competitivas para o desenvolvimento de negócios na agropecuária a partir do domínio dos processos de gestão e das cadeias produtivas do setor, prospecção de novos mercados, análise de viabilidade econômica, identificação de alternativas de captação de recursos, beneficiamento, logística e comercialização são atividades gerenciadas por este profissional. O profissional do agronegócio está atento às novas tecnologias do setor rural, à qualidade e produtividade do negócio, definindo investimentos, insumos e serviços, visando à otimização da produção e o uso racional dos recursos.

Como objetivos específicos: I. Demonstrar e desenvolver habilidades na gestão de atividades

empresariais, comerciais, de exportação, de preservação ambiental, de gestão de projetos nos setores agrícola, pecuário e agroindustrial, de forma a maximizar os resultados e a qualidade permitindo o crescimento e o desenvolvimento econômico do agronegócio;

II. Desenvolver a competência quanto à análise de processos produtivos,

de gestão, logística e comercialização, visando sua otimização e o uso racional de recursos, considerando a sustentabilidade social e econômica dos empreendimentos rurais, urbanos e peri-urbanos;

III. Estimular o empreendedorismo e a inovação como foco da atuação

profissional; IV. Preparar gestores que possam identificar a importância do

agronegócio brasileiro não só para as grandes propriedades, associado às culturas de milho, soja e trigo, mas enfatizando as reais possibilidades de fixação do homem do campo no campo, em micros, pequenas e médias propriedades, através da diversificação de culturas e modelos de exploração susten- tável;

V. Propiciar a integração do ensino com as práticas de extensão

universitária, através da par- ticipação/elaboração e disseminação de projetos de extensão desenvolvidos a partir de conhecimentos teóricos-práticos desenvolvidos pelo corpo docente e acadêmicos do curso.

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VI. Proporcionar conhecimentos teóricos e estimular a prática acerca da elaboração, viabilização e monitoramento de soluções tecnológicas competitivas para o desenvolvimento de negócios a partir do domínio dos processos de gestão das empresas rurais;

VII. Qualificar profissionais nas atividades inerentes ao agronegócio,

através do conhecimento de novos conceitos técnico-científicos, pela simulação de situações e por estudo de casos;

VIII. Relacionar a capacidade analítica e empreendedora do

profissional com a forma de melhor identificar oportunidades de negócios nas diversas áreas de abrangência do meio.

7.1.5 Perfil do egresso

Os termos competências essenciais introduzidos no ambiente educacional

a partir da LDB de 1996 referem-se àquilo que o aluno deverá aprender e incorporar ao seu perfil profissional, a fim de que possa se integrar ao mercado de trabalho, devidamente capacitado para assumir as funções que lhe forem confiadas.

Como integrantes da sociedade, os alunos devem ser estimulados e

conscientizados da importância e da necessidade de assumir ativamente o processo de aplicação do conhecimento e da inserção no mercado de trabalho, na condição de agentes transformadores e formadores de novas gerações, por intermédio da aquisição das competências.

O Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio pretende formar

profissionais com habilidades e atitudes empreendedoras, atuando em diferentes setores das cadeias produtivas que compõem o agronegócio nacional, por meio da gestão dos recursos disponíveis e aplicando as funções de planejamento, organização, direção e controle para alcançar resultados positivos. Segundo o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (2010, p.106), o Tecnólogo em Agronegócio é aquele que:

(..) viabiliza soluções tecnológicas competitivas para o desenvolvimento

de negócios na agropecuária a partir do domínio dos processos de gestão e das cadeias produtivas do setor. Prospecção de novos mer- cados, análise de viabilidade econômica, identificação de alternativas de captação de recursos, benefi- ciamento, logística e comercialização são atividades gerenciadas por este profissional. O profissional do agronegócio está atento às novas tecnologias do setor rural, à qualidade e produtividade do negócio, definindo investimentos, insumos e serviços, visando à otimização da produção e o uso racional dos recursos.

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Pode-se destacar que o Tecnólogo em Agronegócio atua nas diferentes elos das cadeias produtivas com conhecimento teórico-prático a respeito de (i) Planejamento, implementação e gestão de empresas vinculadas ao agronegócio, praticando os conceitos de desenvolvimento sustentável, (ii) Na análise sistêmica das diversas cadeias produtivas ligadas ao agronegócio, considerando o aproveitamento de oportunidades de mercado e a ampliação da eficiência econômica/produtiva dos sistemas assistidos, (iii) No desenvolvimento de estudos de viabilidade técnico-financeira de projetos em agricultura, pecuária, agroindústria e logística, (iv) Como empreendedor, desenvolvendo e aplicando soluções em gestão, consultoria, projetos ou representação de produtos, (v) Como gestor de equipes, conciliando os diferentes saberes e perfis no sentido de estabelecer metas e desafios, além de solucionar os possíveis conflitos nos diferentes cenários de trabalho, e (v) ética, responsabilidade social e sustentabilidade nos negócios.

O egresso da UNIP deverá possuir comportamento ético, que supõe

respeito, compromisso com o outro, sigilo nas relações profissionais, honestidade e sociabilidade com relação ao público envolvido na sua atividade profissional, empenhando-se na construção da cidadania. Quanto às áreas de atuação profissional, estará apto a atuar em decorrência da sua formação humanística e visão global que o habilita a compreender o meio social em seus aspectos político, econômico e cultural em que está inserido e a tomar decisões.

Ao egresso do curso caberá o compromisso de se manter atualizado,

compartilhando e disseminando conhecimentos sobre Agronegócio nas organizações; iniciativa e responsabilidade com relação à atividade profissional fazem parte desse perfil e ainda, ser capaz de empreender e desenvolver competências para a inovação e a criação de alternativas para toda e qualquer situação na área.

Para que o egresso alcance o perfil esperado, o Curso Superior de

Tecnologia em Agronegócio proporcionará meios para o desenvolvimento das seguintes competências:

I. Analisar cenários, identificar nichos mercadológicos e alternativas de

captação de recursos para viabilização do negócio agrícola e promover o associativismo;

II. Analisar e discernir a conjuntura econômica bem como dimensionar o

impacto social do agronegócio com vistas a atuar proativamente no processo de tomada de decisões pertinen- tes ao setor;

III. Aplicar conhecimentos para solucionar problemas relacionados com os

“gargalos” tecnoló- gicos;

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IV. Compreender os princípios, conceitos, importância e a visão sistêmica do agronegócio;

V. Compreender os processos produtivos dos produtos de origem animal e

vegetal, bem como gerir a operação de processos produtivos do agronegócio empresarial e familiar;

VI. Desenvolver padrões de qualidade e gerenciar custos nos processos

produtivos do setor agropecuário, atendendo a legislação vigente; VII. Elaborar e implementar planos de negócios, utilizando métodos e

técnicas de gestão nos processos de produção, transformação, comercialização e logística do setor agropecuário;

VIII. Elaborar projetos viáveis e sustentáveis do ponto de vista

econômico, ambiental e social em empresas do setor agropecuário; IX. Formular estratégias competitivas e viabilizar soluções tecnológicas

para o desenvolvimen to de negócios na agropecuária, por meio do domínio de conhecimento das cadeias produ- tivas do setor;

X. Identificar as diferentes etapas de cadeias de produção agropecuária,

bem como entender a sua dinâmica; XI. Planejar, gerenciar e executar ações que contribuam para a

otimização da produção agroin- dustrial; matérias-primas e insumos nas cadeias de produção Agroindustrial;

XII. Utilizar métodos de análises para avaliação técnica e econômica de

empreendimentos agroindustriais; XIII. Atuar com ética e responsabilidade sócio ambiental.

7.1.6 Estrutura curricular A estrutura curricular do Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio

da UNIP observa a determinação legal presente na Resolução CNE/CP n.º 03/2002, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Organização e o Funcionamento dos Cursos Superiores de Tecnologia, nos pareceres CNE/CES n.º 436/2001 e CNE/CP n.º 29/2002, homologados pelo Ministro da Educação, em 12 de dezembro de 2002.

Os princípios filosóficos, legais e pedagógicos que orientam a concepção

e organização dos cursos superiores de tecnologia derivados do eixo

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tecnológico “Recursos Naturais” estão presentes na estrutura curricular do Curso Superior de Tecnologia da UNIP.

Pautado nesse eixo, definiram-se três núcleos norteadores para a

estrutura curricular, considerando a ausência de pré-requisito em função da escolha em manter uma estrutura com base nos princípio de flexibilidade, interdisciplinaridade, contextualização, atualização com o mundo do trabalho e articulação da teoria com a prática, possibilitando a aquisição de competências profissionais, a compreensão do processo tecnológico e incentivando o desenvolvimento da capacidade empreendedora. Os núcleos norteadores são:

Eixo Tecnológico: Recursos Naturais

Os núcleos são trabalhados de forma inter-relacionada e estruturada, assim, proporcionam o estabelecimento de disciplinas que contemplem a área de Recursos Naturais, considerando os elementos necessários para subsidiar as competências estabelecidas como propósito desse planejamento pedagógico.

O núcleo de gestão estratégica conceitua a fundamentação da

administração como fator determinante para a sobrevivência e crescimento empresarial. Alicerçando o sincronismo das engrenagens, o núcleo de processos produtivos subsidia o conjunto de procedimentos técnicos, sequenciais e peculiares das ações específicas que objetivam a realização material das metas. Consolidando esse enlace com a identidade do curso, o núcleo de Negócios aborda os aspectos das negociações, conhecimento do core business do agronegócio. As tabelas a seguir, esclarecem as competências específicas trabalhadas no exercício constante de relacionar a teoria e a prática administrativa:

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NÚCLEO: Gestão estratégica

CONJUNTO DE DISCIPLINAS COMPETÊNCIAS

Comunicação Empresarial. Contabilidade. Desenvolvimento Sustentável. Tecnologia da Informação Aplicada à Área Financeira. Estatística Aplicada. Economia e Mercado. Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial. Fundamentos de Administração. Matemática Aplicada. Centro de Distribuição: Estratégias e Localização. Técnicas de Informática. Introdução ao Agronegócio. Agricultura Sustentável. Energia na Agricultura.

Agricultura Internacional e o Meio Ambiente. Novas Tecnologias no Agronegócios. Introdução à Educação a Distância

• Desenvolver os conceitos de administração estratégica no agronegócio.

• Analisar cenários, vantagens e desvantagens competitivas.

• Observar valores organizacionais, incluindo ética e responsabilidade social.

• Construir destrezas comunicativas nos padrões organizacionais.

• Refletir sobre as dimensões micro e macroeconômicas e o cresci9mento e desenvolvimento econômico.

• Gerenciar recursos humanos, financeiros, produtivos, tecnológicos e de informação.

• Analisar demonstrativos contábeis como apoio para tomada de decisão.

• Avaliar riscos através da visão analítica e interpretação de dados estatísticos.

• Praticar a consciência de minimização dos problemas socioambientais.

• Elaborar prognósticos e diagnósticos da situação empresarial.

• Implantar a visão sistêmica como elemento central de ação e reação nas tomadas de decisão e avaliar seus impactos intrínsecos e extrínsecos.

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NÚCLEO: Negócios

CONJUNTO DE DISCIPLINAS COMPETÊNCIAS

Empreendedorismo. Dinâmica das Relações Interpessoais.

Mercado de Capitais

Matemática Financeira. Planejamento Estratégico. Gestão e planejamento de propriedades rurais.

Análise de Investimentos. Administração de propriedades Rurais. Linhas de Financiamento e Crédito. Mercado Futuro – I Mercado Futuro - II

• Unificar estudos que busquem a precisão, a lógica, o empreendedorismo, para desenvolver competências pautadas em planejamento, implantação, controle, avaliação, ação corretiva, conhecimento e comercialização.

• Possibilitar o entendimento e a mensuração de subsídios que auxiliem nas tomadas de decisões e no estabelecimento de estratégias necessárias à evolução das organizações.

• Proporcionar o aprendizado para a construção de diagnósticos, análise de cenários, visão empreendedora, criatividade, transparência, negociação e gerenciamento.

• Identificar oportunidades, negócios, angariar e administrar linhas de financiamentos. Além de criar e executar planos de negócios e planejamentos estratégicos.

• Gerenciar fatores críticos de sucesso e fracasso dos empreendimentos.

• Gerenciar recursos para prestação de serviços, fidelização dos clientes, sistemas da qualidade, promoção, vendas e pós-vendas.

• Intensificar a complexidade e utilização das redes de contatos, tornando-as producentes.

• Observar a relação de valores, estratégias de preços, canais de distribuição e comunicação integrada.

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NÚCLEO: Processos produtivos

CONJUNTO DE DISCIPLINAS COMPETÊNCIAS

Fundamentos e Importância da Logística.

Movimentação e Armazenagem.

Redes no Agronegócio / Cooperativa.

Logística Aplicada no Agronegócio

Cadeias Produtivas – I

Cadeias Produtivas – II

Cadeias Produtivas - III

Comercialização de Produtos Agrícolas.

Macanização Agrícola.

• Melhorar o entendimento da administração de produção, das operações e dos sistemas. Aplicá-los nas áreas: comercial, industrial, produção, logística etc.

• Buscar a eficiência dos processos por meio da inteligência logística, das boas aplicações da importação e da exportação.

• Gerenciar os sistemas de informação. Fundamentar-se na gestão financeira para tomada de decisão eficaz, compreendendo as peculiaridades das operações corporativas no âmbito interno e externo.

• Fundamentar a aplicação de estratégias logísticas e de supply chain, Utilizar as possibilidades das redes das operações produtivas, planejar e controlar a produção.

• Capacitar quanto a contextualização para a seleção do filtro de informação.

• Adquirir conhecimentos sobre os processos de importação e exportação, conhecer as documentações e legislações características das negociações internacionais e os incoterms.

• Observar as vantagens dos incentivos fiscais, composição de preços e modalidades de pagamentos no comércio exterior. Usar metodologias de pesquisas econômicas para otimizar o planejamento financeiro.

7.1.7 Atividades complementares

As atividades complementares estão contempladas na organização/matriz

curricular de todos os cursos superiores de tecnologia da Universidade Paulista. As atividades complementares são componentes obrigatórios, constituídos por toda e qualquer atividade não prevista no desenvolvimento dos currículos dos cursos superiores de tecnologia da UNIP Interativa, desde que adequada à formação acadêmica e ao aprimoramento pessoal e profissional do aluno, vinculadas ao ensino, à pesquisa ou à extensão.

Devem possibilitar o reconhecimento, por avaliação, de habilidades e

competências fora do ambiente escolar, estimulando a prática de estudos transversais, opcionais, interdisciplinares, de constante atualização

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profissional, relacionadas, sobretudo, nas relações de trabalho estabelecidas durante os cursos e integradas principalmente com as especificidades e singularidades regionais e locais em que a instituição está inserida.

Os alunos do Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio devem

integralizar, ao longo do curso, 120 horas de atividades complementares conforme estabelecido no projeto pedagógico.

Objetivos O objetivo é desenvolver nos estudantes a oportunidade de realizar, em

prolongamento às demais atividades do currículo, uma parte de sua trajetória de forma autônoma e particular, trabalhando conteúdos diversos que lhe permitam enriquecer o conhecimento propiciado pelo curso superior de tecnologia.

Constituem objetivos gerais a serem alcançados com o desenvolvimento

das atividades complementares nos projetos pedagógicos dos cursos: • Domínio da gestão e cadeias produtivas • Prospecção de novos mercados • Viabilidade econômica • Captação de recursos • Beneficiamento • Logística • Comercizlização • Avaliaçào técnica e econômica • Planejamento • Extração, cultivo e producação • Complementar a formação profissional, cultural e cívica do aluno pela

realização de atividades extracurriculares obrigatórias, presenciais ou a distância.

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• Contribuir para que a formação do futuro egresso seja generalista, humanista, crítica e reflexiva.

• Despertar o interesse dos alunos para temas sociais, ambientais e

culturais. • Estimular a capacidade analítica do aluno no estudo e na avaliação de

situações novas. • Auxiliar o aluno na identificação e resolução de problemas, com uma

visão ética e humanista. • Integrar alunos de cursos distintos e ampliar seu escopo de interesses. • Incentivar o aluno na participação de projetos e ações sociais. • Promover situações que exijam posturas de tomadas de iniciativas e

revelem o espírito empreendedor dos alunos. • Compartilhar o conhecimento e a vivência acadêmica com as

comunidades externa e interna. • Incentivar procedimentos de investigação científica. Essas atividades abrangem um leque de alternativas, incluindo palestras,

leituras, atividades culturais (filmes, peças teatrais, coral), cursos de extensão, exposições, feiras, eventos cinematográficos, competições esportivas, fóruns de discussão, conferências, workshops, visitas ligadas à área de abrangência do curso ou quaisquer outras atividades de cunho pedagógico que sejam de interesse do aluno. Essas atividades serão realizadas em dias e horários convenientes aos alunos e poderão ter relação direta ou indireta com o curso.

Segue a listagem das atividades oferecidas nos cursos superiores de

tecnologia: • Visitas técnicas (empresas e museus – parte administrativa – visão de

empresa/estrutura). • Atividades científicas (participação em congressos, seminários,

palestras, defesas de dissertação e tese). • Atividades culturais (filmes – acervo próprio e/ou cinema, teatro, teatro

infantil, shows, feiras, exposições, patrimônios culturais, cidades históricas, museus, memoriais etc.).

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• Atividades assistenciais (voluntariado). • Palestras TV WEB (para acessar as palestras da TV WEB, acesse o

site www.unip.br, clique no link TV WEB e escolha as palestras). • Palestras ao vivo no polo de apoio presencial. • Atividades esportivas (torneios, jogos, cursos de dança etc.). • Produção acadêmica (artigos publicados em jornais e/ou revistas –

trabalho feito pelo aluno e publicado). • Cursos extracurriculares (cursos extracurriculares – línguas, extensão,

treinamento, disciplinas optativas). • Visitas a instituições (incluindo escola-modelo, creches, berçários,

SESI, SESC, SENAC, SENAI, ONGs com assistência educacional, laboratórios de pedagogia (microensino e multimeios), hospitais e clubes com brinquedoteca).

• Participação em fóruns (participação em fóruns de discussão). • Leituras (livros, materiais publicados em jornais, revistas ou periódicos

e artigos referentes ao curso ou disciplina). • Estágios (remunerados ou não remunerados) apenas para os cursos de

gestão. O regulamento das atividades complementares está disponível no

apêndice II.

7.1.8 Interdisciplinaridade: PIM – Projeto Integrado Multidisciplinar O PIM assume o objetivo geral de reforçar a proposta da Universidade

Paulista na formação de profissionais com visão gerencial sobre negócios e que estejam aptos à realidade do mercado de trabalho, desenvolvendo a potencialidade e a expressão do aluno, bem como seu conhecimento técnico específico. As características dos conteúdos que serão utilizadas para a realização do PIM seguem as especificidades de cada curso.

O Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio prevê na matriz

curricular o desenvolvimento de Projetos Integrados Multidisciplinares (PIM’s), a serem realizados em 100 horas a cada período letivo, perfazendo ao final do curso um total de 400 horas.

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O projeto integrado multidisciplinar é uma concepção de ensino e aprendizagem que pressupõe uma postura metodológica interdisciplinar a ser adotada pela instituição, envolvendo professores e alunos. Tem como objetivo proporcionar uma articulação entre os componentes curriculares que integram os diversos períodos, na perspectiva de contribuir para o exercício da interdisciplinaridade e para a construção da autonomia intelectual dos estudantes, por meio da associação do ensino com a pesquisa, assim como da teoria com a prática.

Dessa forma, a implantação de projetos integrados multidisciplinares em

todos os períodos do Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio visa, sobretudo, à inter-relação dos saberes desenvolvidos no contexto dos componentes curriculares em cada período letivo, contribuindo para a construção da autonomia intelectual dos alunos mediante a construção da unidade ensino-pesquisa, assim como desenvolver e/ou aprofundar o sentido da responsabilidade social e profissional, uma vez que os projetos estarão vinculados à busca de soluções para as questões locais, regionais, nacionais, potencializando o uso social das tecnologias.

A realização do projeto integrado multidisciplinar se encaminha para a

construção de uma postura condizente com a realidade contemporânea, que tende a ver nos conteúdos os instrumentos necessários para responder a questões formuladas pelos alunos e professores, diante de situações problemáticas surgidas no decorrer dos processos de ensinar e de aprender. Nesse sentido, não são os conteúdos que devem gerar os projetos de estudo, mas são os projetos que darão significado e importância à eleição dos conteúdos curriculares. Com o desenvolvimento do projeto integrado multidisciplinar, a forma de aprender e de ensinar mostrar-se-á tão importante quanto os componentes curriculares, porque se aproxima da forma como os alunos e os professores deverão atuar no mundo real, agindo positivamente na solução de problemas técnicos, sociais, políticos e econômicos.

O desenvolvimento de projetos objetiva, também, tornar os processos de

ensino e aprendizagem mais dinâmicos, interessantes, significativos, reais e atrativos para os alunos e professores, englobando conteúdos e conceitos essenciais à compreensão da realidade social em geral e, em particular, do mundo do trabalho, assim como suas inter-relações, sem a imposição de conteúdos e conceitos de forma fragmentada e autoritária. Assim, alunos e professores saberão construir juntos os seus próprios conhecimentos, superando os saberes cotidianos em razão de novos conhecimentos científicos, construídos com autonomia intelectual.

A execução coletiva de projetos visa contribuir para que o futuro tecnólogo

em Agronegócio exerça sua profissão de forma complexa, competente e

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inovadora, pois os conhecimentos deixarão de ser vistos de maneira disciplinar e isolada, passando a serem considerados numa perspectiva inter e multidisciplinar.

Para a realização de cada projeto integrado, são fundamentais que se

cumpram as fases especificadas a seguir: Intenção: essa fase é fundamental, pois dela depende todo o

desenvolvimento e organização do projeto integrado multidisciplinar. Inicialmente, os professores de cada período, juntamente com o coordenador do curso, com base na reflexão sobre os objetivos e finalidades das disciplinas e nas necessidades de aprendizagem, definem os componentes curriculares que deverão compor o projeto integrado multidisciplinar. Com isso, os professores instrumentalizar-se-ão para problematizar o conteúdo e direcionar as curiosidades e os interesses dos alunos para a concepção do(s) projeto(s) e, conjuntamente, como primeiro passo, escolher os temas significativos a serem problematizados e questionados.

Preparação e planejamento: após a definição do(s) tema(s), é feito o

planejamento estabelecendo as etapas de execução. Alunos e professores identificam as estratégias possíveis para atingir os objetivos propostos; coletam materiais bibliográficos necessários ao desenvolvimento da temática escolhida; organizam os grupos e/ou duplas de trabalho por suas indagações afins e suas respectivas competências, podendo ser organizados grupos com tarefas específicas; buscam informações em livros, internet e outras fontes. A partir desse ponto, selecionam uma instituição para o contexto da pesquisa; organizam instrumentos de investigação; programam a coleta de dados; analisam resultados, escrevem relatórios; definem a duração das pesquisas; buscam outros meios necessários para a solução das questões e/ou hipóteses levantadas na fase anterior; aprofundam e/ou sistematizam os conteúdos necessários ao bom desempenho do projeto. Em conjunto, alunos e professores planejam a divulgação do projeto, bem como a apresentação dos resultados da pesquisa.

Execução ou desenvolvimento: nessa fase, ocorrem as atividades

programadas na busca de respostas às questões e/ou hipóteses definidas anteriormente. Os alunos e os professores criam um espaço de confronto científico e de discussão de pontos de vista diferentes, pois são condições fundamentais para a construção do conhecimento. O aluno, com a participação ativa do professor-orientador da turma, precisa se sentir desafiado a cada atividade planejada.

Resultados: após a associação entre ensino e pesquisa, espera-se que o

professor contribua para a construção da autonomia intelectual dos futuros graduados, avaliando os conteúdos ou saberes que foram desenvolvidos de

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maneira integrada por meio de projetos de ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno a verbalização de seus sentimentos sobre o projeto e o surgimento de interesses que podem proporcionar novos temas e, por conseguinte, novos projetos a serem desenvolvidos nos períodos subsequentes.

Os projetos integrados multidisciplinares devem ser pensados e

elaborados conjuntamente entre alunos e professores de cada período, considerando os princípios que norteiam o perfil profissional específico do Curso Superior de Tecnologia Agronegócio.

O desenvolvimento dos projetos integrados multidisciplinares é

supervisionado pelo coordenador do curso, observando as seguintes diretrizes:

Os projetos integrados multidisciplinares se constituem em uma

concepção e postura metodológica assumida pela UNIP, voltadas ao envolvimento de professores e alunos na busca da interdisciplinaridade.

Constituem-se fases distintas para a realização de um projeto integrado

multidisciplinar: a intenção, a definição do tema, a execução, o acompanhamento e a avaliação.

Para os projetos integrados multidisciplinares será designado um

professor orientador e um tutor do polo na EaD, que destinarão carga horária para a discussão, o acompanhamento e a orientação dos respectivos projetos.

Os projetos integrados multidisciplinares serão desenvolvidos em todos os

períodos do curso, devendo ser iniciados e concluídos dentro de um mesmo período letivo, cabendo ao colegiado de curso a definição do número de componentes curriculares envolvidos em cada um, no qual três é a quantidade mínima.

Cada projeto integrado será concebido em forma de um trabalho que o

aluno deve entregar no final do período. Esse trabalho envolverá os conteúdos desenvolvidos em disciplinas preestabelecidas e que formam a base sustentável do curso, componentes curriculares da área de Agronegócio.

O elenco de componentes curriculares envolvidos nas atividades

relacionadas ao projeto integrado multidisciplinar poderá ser alterado pelo colegiado de curso, por sugestão discente, docente ou da coordenação de curso; assim sendo, tais projetos a serem realizados não serão, necessariamente, sempre os mesmos para as novas turmas que

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ingressarem, imprimindo um caráter inovador às mudanças da área profissional.

O cronograma do projeto integrado multidisciplinar, com datas de

interesse, prazos e normas operacionais, deverá ser disponibilizado aos alunos no início do período letivo e em calendário acadêmico e manuais disponíveis no AVA.

Os projetos integrados multidisciplinares são articulados de forma

horizontal e vertical, de modo que possam contribuir para a prática profissional.

Para a avaliação do trabalho, os professores avaliadores adotam alguns

critérios, tais como: qualidade do trabalho, funcionalidade, praticidade, soluções encontradas, aplicação das normas ABNT, desenvolvimento dos elementos textuais, aderência da teoria e da prática, abordagem das disciplinas em vigor, conteúdos sobre o aspecto da educação ambiental e realização de pesquisas consistentes.

Cada trabalho é avaliado pela apresentação submetida ao

professor-orientador e sua nota pode variar de 0 a 10. O padrão de desenvolvimento dos projetos integrados deverá ser

sugerido pelo colegiado de curso e aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UNIP.

O Regulamento do PIM e o Manual Geral de Orientações estão

disponíveis respectivamente no apêndice II.

7.1.9 Estudos disciplinares Tomando-se como base a história da humanidade, vê-se que as

necessidades humanas acompanham as mudanças promovidas pela sociedade a qual está inserida, aliás, cumprindo de forma ímpar o papel da ciência.

Diante dessa premissa, entre outras medidas, emergiu dessa reflexão a

necessidade de introduzir, no currículo dos cursos superiores tecnológicos, unidades de estudos diferenciadas que contribuam para o desenvolvimento de competências interdisciplinares, na busca da formação de um profissional que possa responder a tais necessidades, ou ao menos a maioria delas. Nesse contexto estão inseridos os Estudos Disciplinares (ED) fundamentados no inciso II, do art. 53 da Lei n.º 9.494/96.

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Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições: I – criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o caso, do respectivo sistema de ensino; II – fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes;

E nos princípios norteadores das Diretrizes Curriculares Nacionais para os

cursos superiores tecnológicos postulados nos Pareceres CNE/CES n.º 776/97, 583/2001 e 67/2003:

(...) 1. Assegurar às instituições de Ensino Superior ampla liberdade na composição da carga horária a ser cumprida para a integralização dos currículos, assim como na especificação das unidades de estudos a serem ministradas; 2. Indicar os tópicos ou campos de estudos e demais experiências de ensino-aprendizagem que comporão os currículos, evitando ao máximo a fixação de conteúdos específicos com cargas horárias predeterminadas, os quais não poderão exceder 50% da carga horária total dos cursos; (...) 4. Incentivar uma sólida formação geral, necessária para que o futuro graduado possa vir a superar os desafios de renovadas condições de exercício profissional e de produção do conhecimento, permitindo variados tipos de formação e habilitações diferenciadas em um mesmo programa;

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5. Estimular prática de estudo independente, visando a uma progressiva autonomia profissional e intelectual do aluno.

Assim, a UNIP elabora conteúdos e questões e os disponibiliza aos

alunos. Os alunos respondem às questões por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA, recebendo no ato da postagem a resposta correta.

O Plano de Ensino dos Estudos Disciplinares está disponível no Apêndice

III.

7.2 Matriz A seguir, apresenta-se a matriz curricular do Curso Superior Tecnológico

em Agronegócio. Nela discrimina-se:

Composição das disciplinas obrigatórias por semestre e a classificação de seus respectivos núcleos, atividades complementares e disciplinas optativas

Matriz Curricular

SERIE Disciplinas Carga Horária

1 Introdução à Educação a Distância 20 1 Comunicaçao Empresarial 60 1 Economia e Mercado 60 1 Fundamentos da Administraçao 60 1 Matemática Aplicada 30 1 Técnicas de Informática 30 1 Ética e Legislaçao: Trabalhista e Empresarial 60 1 Projeto Integrado Multidisciplinar - I 60 1 Estudos Disciplinares 30 1 Total 410 2 Contabilidade 60 2 Estatística Aplicada 30 2 Mercado de Capitais 60 2 Dinâmica das Relaçoes Interpessoais 30 2 Fundamentos e Importância da Logística 60 2 Introdução ao Agronegócio 60 2 Projeto Integrado Multidisciplinar - II 60 2 Estudos Disciplinares 30 2 Total 390 3 Gestão e planejamento de propriedades rurais 60 3 Matemática Financeira 30

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3 Movimentaçao e Armazenagem 60 3 Logistica Aplicada no Agronegócio 30 3 Cadeias Produtivas - I 60 3 Comercialização de Produtos Agrícolas 60 3 Projeto Integrado Multidisciplinar - III 60 3 Estudos Disciplinares 30 3 Total 390 4 Planejamento Estratégico 60 4 Desenvolvimento Sustentável 30 4 Redes no Agronegócio / Cooperativa 60 4 Análise de Investimentos 60 4 Agricultura Sustentável 30 4 Cadeias Produtivas - II 60 4 Projeto Integrado Multidisciplinar - IV 60 4 Estudos Disciplinares 30 4 Disciplina Optativa 20 4 Total 410 5 Centro de Distribuiçao: Estratégias e Localizaçao 60 5 Administração de propriedades Rurais 30 5 Cadeias Produtivas - III 60 5 Linhas de Financimentos e Créditos 30 5 Energia na Agricultura 60 5 Mercado Futuro - I 60 5 Projeto Integrado Multidisciplinar - V 60 5 Estudos Disciplinares 30 5 Total 390

6 Tecnologia da Informaçao Aplicada à Area Financeira 30

6 Empreendedorismo 60 6 Mercado Futuro - II 60 6 Agricultura Internacional e o Meio Ambiente 60 6 Novas Tecnologias no Agronegócios 60 6 Mecanização Agrícola 30 6 Projeto Integrado Multidisciplinar - VI 60 6 Estudos Disciplinares 30 6 Total 390

Total Disciplinas 2380

Atividades Complementares 120

Carga horária total 2500

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7.3 Disciplinas optativas Como forma de enriquecer o currículo, ampliar a formação geral dos

alunos e com o objetivo de formar um profissional com alguns diferenciais, a UNIP oferece as disciplinas optativas: Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência, Marketing Pessoal, Educação Ambiental, Atuação junto ao Idoso e Libras (esta somente para os bacharelados e tecnológos) para que o estudante exerça a sua livre escolha. As disciplinas optativas são gratuitas e ofertadas no 4º semestre do curso.

A oferta de disciplina Libras atende ao Decreto n.º 5.626 de 22 de

dezembro de 2005, que regulamentou a Lei n.º10.436, de 24 de abril de 2002. 7.4 Disciplinas de nivelamento

A Universidade Paulista oferece um programa de revisão de conteúdos de

diversas disciplinas ministradas no Ensino Médio. Ele abrange os principais conteúdos nos quais boa parte dos universitários – recém-ingressantes ou veteranos – apresenta dificuldades para acompanhar durante os cursos superiores.

O discente com necessidades de nivelamento de conteúdos básicos

poderá acessar pelo AVA as disciplinas: • Língua Portuguesa; • Matemática; • Estatística; • Língua Inglesa; • Língua Espanhola. Em cada disciplina cursada, é feita uma autoavaliação pelo interessado

para verificar o nível de conhecimento adquirido. O serviço é gratuito e o aluno escolhe as disciplinas que pretende cursar.

Dessa maneira, ele poderá recorrer ao “Sistema de Conteúdo Online” durante o semestre, ou até o final de seu curso.

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8 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Massilon J. – Fundamentos de agronegócios. São Paulo: Atlas, 2003.

BRUM, Argemiro Luiz (organizador). Perfil Agropecuário do Corede do Médio Alto Uruguai. 2. ed. Frederico Westphalen: URI, 2000.

CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MENDES, J. T. G.; PADILHA J.R., J. B. Agronegócio: uma abordagem economica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/animal/exportacao> Acesso em: 1 fev. 2014.

NEVES, Marcos Fava; ZYLBERSZTAJN, Decio e NEVES, Evaristo Marzabal. Agronegócio do Brasil. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2005

GEPAI. – Gestão agroindustrial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

SANTOS, Gilberto José dos, et. al. – Administração de custos na agropecuária. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

STÉDILE, João Pedro. – A questão agrária no Brasil. São Paulo: Atual, 1997.

ZYLBERSZTAJU, Decio & Neves, Marcos Fava (orgs). – Economia e gestão dos negócios agroalimentares: indústria de insumos, produção agropecuária, distribuição. São Paulo, 2000.