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    NDICE

    Sade mental na 3 Idade

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    DESENVOLVIMENTO....................................................................................................... 3

    Sade mental e recursos...........................................................................................3

    1.1.A SADE MENTAL NA 3. IDADE............................................................................ 3

    1.1.Defnio............................................................................................................3

    1.2.PROMOO........................................................................................................... 5

    1.3.SADE MENTAL E COMUNIDADE..........................................................................1

    2.Psicopatologia da pessoa idosa..........................................................................1!

    2.1.O no"#$% e o &$'o%()i*o.........................................................................................1!

    2.1.1.Con*ei'o +e +oen$ #en'$%...........................................................................1!

    2.2.EN,EL-ECIMENTO NORMAL E PATOL/ICO........................................................2

    2.3.DEPRESSO NA PESSOA IDOSA...........................................................................21

    3.Recursos comunitrios de apoio.........................................................................2!

    3.1.RESPOSTAS SOCIAIS 0 ,EL-ICE.......................................................................... 2!

    3.1.1.S$+e e *o#ni+$+e.....................................................................................2!

    3.1.2.O o4&i'$% e o 4e &$&e% $*e 6 &e44o$ i+o4$................................................27

    3.1.3.O'"o4 "e*"4o4.............................................................................................28

    BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................33

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    DESENVOLVIMENTO

    Sade mental e recursos

    1.1.A SADE MENTAL NA 3. IDADE

    1.1.Defnio

    O conceito de sade e de doena, tal como todos os outros conceitos, so produzidos pela sociedade,

    sendo, consequentemente, conceitos relativos e dependentes dos padres dominantes nas sociedades.

    Segundo a Organizao Mundial de Sade, sade um estado positivo de completo bemestar

    !"sico, mental e social e espiritual#. $sta de!inio contraria a do modelo mdico que associa a sade %

    aus&ncia de doena# ou de qualquer tipo de distrbio biol'gico.

    ( doena tem repercusses em todas as dimenses do indiv"duo )!"sica, psicol'gica e social*

    despoletando desequil"brio. +esta !orma, o conteto !amiliar, laboral e outros aos quais o indiv"duo pertence

    a!ectado, da" decorre o !acto do tratamento da doena no se poder circunscrever ao indiv"duo.

    (pesar de a sade mental ser um dos aspectos mais importantes da vida do ser -umano, ela ainda

    um conceito impreciso, di!"cil de de!inir e em torno do qual no eiste um verdadeiro consenso.

    ode ser de!inida como/ ( sade mental um equil"brio da vida ps"quica que se caracteriza por

    uma autoavaliao realista e uma boa capacidade de controlar as tenses normais a que uma pessoa tem de

    !azer !ace.#

    0 um estado que permite ao indiv"duo desenvolverse de maneira 'ptima no plano !"sico, intelectual

    e emocional, desde que a sua evoluo se1a compat"vel com a dos outros. $m geral as de!inies de sade

    mental giram em torno de dois conceitos/ a sade mental uma maneira de ser2 a sade mental uma soma

    de virtualidades.

    $ntre os critrios que permitem de!inir a sade mental, encontramos/ O con-ecimento e a aceitao de si pr'prio )sentido cr"tico* e dos outros2 ( percepo 1usta do ambiente e da realidade )bom senso*2 ( capacidade de se manter sereno e de se interessar pela vida2 (s aptides para a integrao )acesso % maturidade*.

    ( eplicao das causas associadas % doena mental estruturase em tr&s perspectivas predominantes/

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    ( da causalidade org3nica, que eplica a perturbao mental como alteraes, quanti!ic4veis e

    observ4veis, do pr'prio organismo. $sta teoria valoriza os !actores biol'gicos, incluindo os

    -eredit4rios

    ( da causalidade psicol'gica, que !ocaliza a eplicao em !actores pessoais e nos sentimentos,emoes, pensamentos e comportamentos. $n!atiza os aspectos psicol'gicos de casa indiv"duo

    relacionandoos com a sua -ist'ria de vida ( da causalidade social, que perspectiva a perturbao mental enquanto elemento insepar4vel do

    conteto em que surge. Os !actores sociais, segundo esta corrente, so determinantes na eplicao

    do surgimento e evoluo da doena. +esta !orma, propenos uma abordagem sistmica que inclui a

    dimenso laboral, !amiliar, a!ectiva, escolar, entre outras.

    ( an4lise da doena mental atendendo apenas a uma destas perspectivas insu!iciente e no permite

    uma abordagem -ol"stica. +aqui decorre a necessidade de se adoptar uma perspectiva psicossocial queeplica a doena mental com a interaco dos !actores acima mencionados.

    (s perturbaes mentais caracterizamse por alteraes do modo de pensar e do -umor ou por

    comportamentos associados % angustia pessoal e5ou deteriorao do !uncionamento.6ma incid&ncia de comportamento anormal ou um curto per"odo do estado de anormalidade no

    determinam por si s' a presena de uma perturbao mental, necess4rio que essa anormalidade se1a

    sustentada e que resultem em certa deteriorao ou perturbao do !uncionamento pessoal.

    $stes !actores no aparecem num per"odo determinado da eist&ncia, mas esto sempre presentes e

    persistem ao longo de toda a vida. O envel-ecimento mental no parece ligado % idade, mas antes a uma

    baia de percepo de si.

    1.2.PROMOO

    ( promoo da sade mental uma estratgia global e um con1unto de actividades positivas que t&m

    como ob1ectivo/a* (umentar o valor e a visibilidade da sade mental, nos di!erentes n"veis de sociedades, dos

    grupos comunit4rios e nos indiv"duos2b* roteger, manter e promover a sade mental.

    6ma e!icaz promoo de sade mental dever4 resultar na promoo do bemestar, menos so!rimento

    -umano, uma menor incid&ncia e preval&ncia dos distrbios mentais e de comportamento, uma mel-or

    utilizao dos servios, uma mel-or qualidade de vida, uma mel-oria do !uncionamento social, uma

    integrao social re!orada, e outros resultados relacionados.

    !

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    Os objectivos da promoo de sade mental esto concentrados em torno de tr&s grandes temas

    que abordam quer os componentes de sade mental do indiv"duo, mas tambm, os componentes sociais da

    sade mental, e ainda, os componentes da pr'pria sociedade/

    (s questes que dizem respeito % capacidade de cada pessoa em lidar com o seu mundo interior 7resili&ncia emocional 7 em pensar e sentir, em gerir a sua vida e em en!rentar riscos2

    (s questes que se relacionam com a capacidade de cada pessoa em lidar com o seu mundo social 7

    cidadania 7 um sentimento de pertena, a participao, o recon-ecimento da diversidade e a

    responsabilidade mtua2 (s questes que se relacionam com as comunidades saud4veis 7 que liga o emocional e o social

    atravs de um sentimento de interligao e do desenvolvimento de estruturas saud4veis.

    Neste sentido, a promoo da sade mental: 0 um es!oro interdisciplinar e s'cio cultural orientado para a realizao de condies que

    promovam o bemestar psicol'gico dos indiv"duos, dos grupos e das comunidades2 0 um longo processo desde a gestao passando pelo parto, pela primeira in!3ncia, pela segunda

    in!3ncia e pela adolesc&ncia at % idade adulta e % vel-ice2 8oca !undamentalmente as compet&ncias, tais como sentirse seguro, a autonomia, a adaptabilidade,

    a capacidade em lidar com stressores#, criando relaes "ntimas sustent4veis, a auto consci&ncia, a

    autoestima, a preocupao com os outros, a auto con!iana, as compet&ncias sociais, a

    responsabilidade social e a toler3ncia2 9mplica a criao de condies no conteto individual, social e ambiental que permitam um 'ptimo

    desenvolvimento psicol'gico e psicossocial2 ode, como um dos seus resultados, prevenir os distrbios mentais e de comportamento dos

    transtornos mentais.

    (s pessoas mais vel-as en!rentam riscos espec"!icos em relao % sade mental. (ssim, meios

    concretos para promover a sade mental deste grupo et4rio devem estar dispon"veis. +evem incluir/

    Promover a participao social:

    ossibilitar o envolvimento nas actividades sociais da comunidade uma medida importante para

    apoiar a sade mental das pessoas idosas. roporcionar oportunidades de participao na tomada de deciso pol"tica, econ'mica e cultural da

    comunidade e a aprendizagem ao longo da vida so meios que garantem a participao social.

    Prevenir a solido e o isolamento social:

    Muitos idosos vivem sozin-os e podem sentirse s's, especialmente se tiverem di!iculdades em sair

    da sua casa. ortanto, programas que procuram a1udar a pessoa mais vel-a na sua vida quotidiana )numa !iloso!ia

    be!riending* devem ser organizados pela comunidade, num recurso aos meios pblicos, %s

    instituies religiosas ou ao voluntariado.

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    +i!erentes tipos de clubes, centros recreativos e outras redes sociais podem evitar a solido e o

    isolamento.

    Proporcionar oportunidades para uma vida independente: Os sentimentos de independ&ncia e autonomia so tambm importantes para as pessoas mais vel-as. $stes podem ser re!orados, por eemplo, atravs do apoio % criao das c-amadas solues casa

    inteligentes#, pelo !ornecimento de equipamento para !acilitar a comunicao e a mobilidade, e,

    ainda em muitos casos, proporcionando oportunidades de emprego na vel-ice e incentivando os

    trabal-adores mais vel-os a permanecer no mercado de trabal-o.

    Proporcionar servios sociais e de sade adequados:

    ( sade mental e a sade em geral esto !ortemente interligadas, especialmente na idade mais

    avanada. 6ma m4 sade !"sica um claro !actor de risco para problemas de sade mental. ortanto, importante estabelecer um sistema de cuidados sociais e de sade para !ornecer a todos

    os idosos servios de sade prim4rios e de especialidade com elevada qualidade dos, incluindo um

    acesso !4cil a servios psiqui4tricos, assim como todos os necess4rios servios e bene!"cios sociais.

    Combater o agismo:

    (s atitudes negativas e depreciativas em relao % vel-ice, em geral, e %s pessoas mais vel-as, em

    particular, continuam a prevalecer na nossa sociedade. ortanto, os pol"ticos devem assegurar que os direitos -umanos so respeitados no que diz respeito

    %s pessoas idosas. :en-um tipo de discriminao deve ser tolerado. ; importante

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    Mesmo nas doenas mais graves poss"vel controlar e reduzir os sintomas e, atravs de medidas de

    reabilitao, desenvolver capacidades e mel-orar a qualidade de vida.(o longo da vida, todos n's podemos ser a!ectados por problemas de sade mental, de maior ou

    menor gravidade.

    (lgumas !ases, como a entrada na escola, a adolesc&ncia, a menopausa e o envel-ecimento, ou

    acontecimentos e di!iculdades, tais como a perda de !amiliar pr'imo, o div'rcio, o desemprego, a re!orma e

    a pobreza podem ser causa de perturbaes da sade mental.

    8actores genticos, in!ecciosos ou traum4ticos podem tambm estar na origem de doenas mentais

    graves.

    C!"!C#$"%'C!& ($ )M! P$"&*N!+'(!($ M$N#!+M$N#$ &!)(-$+:

    ./ $0ic1cia e compet2ncia 0uncional>evar a termo os seus pro1ectos, ser aut'nomo e conservar a independ&ncia psicol'gica no trabal-o, ter uma

    percepo a1ustada da realidade e comprometerse em outros pro1ectos alm dos seus.

    3/ Criatividade e capacidade de apreciar as e4peri2ncias novas?er o esp"rito aberto e ser capaz de criar para si pr'prio um novo estilo de vida.

    5/ 6armonia interior@ostar de si e aceitarse, gostar dos outros e apreciar a natureza, querer ter uma vida pessoal e desligarse das

    coisas menos importantes.

    7/ Compai4o nas rela8es com os outros9denti!icarse com os outros e ser capaz de intimidade, de autenticidade, de transpar&ncia, de pertena e de

    disponibilidade.

    9/ #rans0er2ncia$star em comun-o com o meio, estabelecer uma relao com outra pessoa, e viver eperi&ncias m"sticas

    com +eus ou a natureza.

    odemos acrescentar a estas caracter"sticas valores como a originalidade do 1ulgamento, riqueza das

    emoes, !acilidade de aceitao dos outros e no imutabilidade do sistema de valores.

    Os idosos mentalmente saud4veis respondem por vezes de maneira muito di!erente aos critrios de

    maturidade. Ae1amos como que as caracter"sticas da personalidade, se podem aplicar a pessoas de idade

    mentalmente saud4veis.

    ./ !ceitar os seus limites e 0oras pessoais e possuir uma identidade slida/O idoso !az questo das suas crenas e no se deia persuadir com !acilidade a modi!icar o seu

    comportamento ou a empreender novas eperi&ncias.

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    ?em -abitualmente a capacidade de decidir por si as escol-as a !azer, o que bom para si. Sei que a min-a

    escol-a parece rid"cula, mas a que mais me convm#.

    3/ !tingir o mais alto n;vel de potencial poss;vel e actuali

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    ( sade mental do idoso , ento, tribut4ria da -ereditariedade e do meio, da interdepend&ncia entre

    a maturao !"sica e psicol'gica, da conservao das -abilidades psicol'gicas e da sua capacidade de

    resolver con!litos.

    ( imagem mais simples do idoso mentalmente saud4vel a de uma pessoa que mantm com os

    outros laos a!ectivos satis!at'rios, no reage %s situaes de maneira autom4tica, suporta bastante bem o

    stress e no constitui um !ardo para si pr'prio e para os outros.

    1.3.SADE MENTAL E COMUNIDADE

    O modelo de Sade Mental

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    9ntensidade/ nmero de !unes ou servios rec"procos prestados pelas interaces entre os

    componentes da rede/ +urabilidade/ grau de durabilidade dos laos2 Multidimensionalidade/ nmero de !unes di!erentes contida em cada interaco2 Ceciprocidade/ a1uda recebida e prestada2 +ensidade/ nmero de !unes realizadas em cada interaco em relao ao nmero total de !unes

    da rede2 +isperso/ !acilidade do indiv"duo em estabelecer interaces com os v4rios membros da rede2 8requ&ncia/ !requ&ncia do estabelecimento de interaces com os elementos da rede2 Domogeneidade/ partil-a de a!inidades sociais pelos elementos da rede.

    6ma rede pessoal activa e respons4vel desempen-a uma !uno protectora )doena*, !acilitadora

    )procura de recursos* e aceleradora )no processo de cura*. or outro lado, no caso de doenas de evoluo

    prolongada, como as psicoses, pode ocorrer a deteriorao na qualidade da interaco social e a diminuioda etenso da rede social pessoal.

    (s redes sociais desempen-am um papel !undamental na sade dos indiv"duos. ( presena de

    !amiliares ou amigos pr'imos reduz as situaes potenciadoras de tenso2 as relaes sociais contribuem

    para dar um sentido mais consistente % vida dos indiv"duos o que estimula a preveno e a manuteno da

    sade e !avorece comportamentos correctivos em relao % sade e actividades saud4veis.

    0 evidente que quase todos os sectores da sociedade t&m conees com ou in!luenciam a sade

    mental da populao. +este modo, a sade mental da populao , em muitos aspectos, a!ectada pela !ormacomo as pol"ticas sociais, em geral, so organizadas e conduzidas.

    ara alm de sade e da segurana social, os seguintes sectores so de especial import3ncia/ a

    educao, o emprego, a -abitao, o ambiente, a cultura e o desporto, a 1ustia e o sistema prisional, os meios

    de comunicao e a economia. :uma pol"tica de sade mental abrangente as tare!as e responsabilidades de

    todos estes sectores devem ser consideradas.

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    2.Psicopatologia da pessoa idosa

    2.1.O no"#$% e o &$'o%()i*o

    2.1.1.Con*ei'o +e +oen$ #en'$%

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    +i!iculdade em iniciar ou movimento cont"nuo, por eemplo, comear a andar ou sair de uma

    cadeira +iminuio do equil"brio e passos pequenos 8alta de epresso no rosto +ores musculares e nas articulaes )mialgia* Msculos r"gidos ou duros )geralmente nas pernas* (gitao, tremores Aoz baia e arrastada osio inclinada

    :o -4 cura con-ecida para a doena de arFinson. O ob1ectivo do tratamento controlar os

    sintomas.

    Mudanas no estilo de vida podem ser teis para a doena de ParDinson:

    N =oa nutrio e sade geralN $erc"cios !"sicosN er"odos de descansoN ?ratamento de !isioterapia, !onoaudiologia e terapia ocupacional

    ( doena de arFinson progressiva, vai piorando com o tempo, que pode perdurar por dcadas,

    levando o idoso numa !ase mais avanada a !icar imobilizado, restrito ao leito e % poltrona, causando todas as

    mazelas que uma imobilidade pode a!ectar num idoso.

    #ranstornos depressivos

    ( idade avanada no um !actor de risco para o desenvolvimento de depresso, mas ser vivo ouviva e ter uma doena cr'nica esto associados com vulnerabilidade aos transtornos depressivos. (

    depresso que inicia nessa !aia et4ria caracterizada por v4rios epis'dios repetidos.

    Os sintomas incluem reduo da energia e concentrao, problemas com o sono especialmente

    despertar precoce pela man- e mltiplos despertares, diminuio do apetite, perda de peso e queias

    som4ticas )como dores pelo corpo*. 6m aspecto importante no quadro de pessoas idosas a &n!ase

    aumentada sobre as queias som4ticas.

    ode -aver di!iculdades de mem'ria em idosos deprimidos que c-amado de s"ndrome demencialda depresso que pode ser con!undida com a verdadeira dem&ncia. (lm disso, a depresso pode estar

    associada com uma doena !"sica e com uso de medicamentos.

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    2.2.EN,EL-ECIMENTO NORMAL E PATOL/ICO

    (tingir a vel-ice signi!ica que !oi poss"vel sobreviver e adaptarse com mais ou menos sade mental

    e consequentemente maior ou menor bemestar a desa!ios espec"!icos de outras !ases da vida. ( vel-ice pode

    ser um per"odo de mltiplas perdas e transio de papis, requerendo adaptao a mudanas do

    !uncionamento !"sico, morte do cn1uge, !am"lia e amigos.

    O processo de envel-ecimento ao longo da vel-ice, traz ele pr'prio desa!ios adaptativos que l-e so

    peculiares. ?ais desa!ios reportamse a aspectos de ordem !"sica, psicol'gica e social. +evido a isto, esta !ase

    de vida postulase como um momento de risco para o equil"brio e bemestar !"sico e psicol'gico.

    O organismo -umano, desde a sua concepo at % morte, passa por di!erentes !ases. O

    envel-ecimento mani!estase por decl"nio das !unes dos diversos 'rgos, linear ao longo do tempo e com aimpossibilidade de de!inio de um ponto eacto de transio.

    Se !4cil recon-ecer algumas mani!estaes comuns em idosos, como as mani!estaes !"sicas,

    imposs"vel a!irmar se estas so eclusivamente dependentes do envel-ecimento, tendo em conta que !actores

    genticos e ambientais podem estar presentes, o que 1usti!ica o !acto de duas pessoas no envel-ecerem do

    mesmo modo.

    Os geront'logos acentuam que a vel-ice vivese primeiro que tudo no corpo, no signi!icando que o

    indiv"duo este1a atento imediatamente aos seus sinais e a estes rea1a.

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    Sintomas !"sicos no devidos a outra doena )e. dores de cabea, perturbaes digestivas, dor

    cr'nica, malestar geral*2 9deias de morte e tentativas de suic"dio.

    ( depresso considerada -o1e em dia, um problema de sade importante que a!ecta pessoas de

    todas as idades, levando a sentimentos de tristeza e isolamento social que muitas vezes t&m como des!ec-o o

    suic"dio.

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    ?anto entre o seo !eminino como masculino, na populao idosa, as taas de depresso e outros

    distrbios psiqui4tricos so mais altos em pacientes institucionalizados do que em idosos em comunidade.

    6m dos principais instrumentos de medida da depresso a @eriatric +epression Scale )@+S*, uma

    escala de autoavaliao criada para colmatar algumas das lacunas de outras escalas, de !4cil aplicao, que

    eige poucos es!oros da pessoa idosa e livre de itens som4ticos.

    ( depresso tem sido identi!icada como uma das causas do acrscimo de risco de mortalidade nos

    idosos. $st4 associada a condies de comorbidade psiqui4trica, d!ice cognitivo e de!ici&ncia !"sica nas

    mul-eres, sendo a sua deteco e tratamento imperativas na populao idosa !eminina.

    9nvestigaes demonstram que as intervenes tradicionais que incluem medicao antidepressiva,

    din3micas psicol'gicas cognitivas, breves, comportamentais, bem como psicoterapias interpessoais so bem

    sucedidas no al"vio de sintomas depressivos e tratamento de outros diagn'sticos psiqui4tricos nos idosos.

    3.Recursos comunitrios de apoio

    3.1.RESPOSTAS SOCIAIS 0 ,EL-ICE

    3.1.1.S$+e e *o#ni+$+e

    (pesar da maioria dos idosos poder viver de modo saud4vel e independente, uma minoria

    substancial necessitar4 de cuidados continuados devido a d!ices cognitivos associados % idade. (

    institucionalizao surge, muitas vezes, como !orma de con-ecer e preenc-er as necessidades desta minoria.

    ( institucionalizao engloba um con1unto de servios que eistem num cuidado continuado de vinte

    e quatro -oras, como no caso de indiv"duos que se encontram incapazes de desempen-ar at as tare!as mais

    b4sicas de cuidados pessoais e que necessitam de acompan-amento mdico permanente para lidar com a

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    progresso da doena e outros problemas de sade. Ou se1a, muito improv4vel que um idoso com este tipo

    de necessidades consiga viver autonomamente sem este tipo de cuidados.

    Os indiv"duos que necessitam deste tipo de cuidados so identi!icados como idosos !r4geis, e

    possuem tr&s caracter"sticas que os distinguem da restante populao idosa capaz de viver autonomamente/

    idade avanada, incapacidade, e poucos recursos para viver de modo independente.

    Cesumindo, a incapacidade !"sica e cognitiva um importante determinante da necessidade de

    institucionalizao. ?ambm os recursos in!luenciam a deciso da institucionalizao.

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    decl"nio, enquanto in!raestruturas -ospitalares so mais apropriadas para os que apresentam necessidades

    mdicas severas.

    ?omadas de decises relativas % institucionalizao ou a um viver aut'nomo so !requentes na

    presena de leses, decl"nio e necessidade de assist&ncia. Muitas vezes o idoso decide por sua vontade

    institucionalizarse para uma maior assist&ncia das suas necessidades. :outros casos, a deciso encora1ada

    ou persistida pela !am"lia e amigos.

    ( qualidade de vida em instituio , em geral, mais baia do que em comunidade, provocando

    mudanas r4pidas no equil"brio psico!"sico do idoso.

    3.1.2.O o4&i'$% e o 4e &$&e% $*e 6 &e44o$ i+o4$O -ospital inclui uma grande variedade de unidades5servios que apresentam caracter"sticas muito

    di!erentes, apesar de interrelacionados, tornandoa uma organizao -eterognea e complea.

    O contacto dos utentes com o -ospital, sobretudo quando em situao de internamento, uma

    eperi&ncia signi!icativa acompan-ada por um con1unto de sentimentos, quase sempre marcantes, pois o

    -ospital um mundo % parte.

    ( -ospitalizao por sua vez, constitui quase sempre um trauma para o utente e sua !am"lia,

    provocando com !requ&ncia desde a admisso, medos, angstias, !antasmas, que cada indiv"duo eprime de

    acordo com a sua personalidade.

    +urante o internamento ocorrem procedimentos )simples e rotineiros para o pro!issional* que

    promovem o sentimento de despersonalizao no doente, em particular, pela di!iculdade em manter a

    privacidade e individualidade.

    O seu tempo de!inese pelas rotinas do conteto e a comunicao com o eterior limitada. $stes

    procedimentos podem ser vivenciados como ameaadores, geradores de ansiedade, trazendo descon!orto,

    insegurana e stress.

    O utente geralmente est4 apreensivo e, a atitude da equipa de sade envolvida na admisso pode !az&lo

    sentirse mais con!ort4vel. 6ma recepo acol-edora, com demonstrao de verdadeiro interesse, !4lo

    sentirse como um indiv"duo nico com valor e dignidade.

    8ornecer in!ormao aos doentes e suas !am"lias, envolv&los, comunicar com eles, satis!az v4rias

    necessidades a di!erentes n"veis, tendo repercusses positivas para os utentes e !am"lias, para as instituies

    de sade a n"vel !inanceiro e para a -umanizao dos cuidados/ ( n"vel mdicolegal, permite o consentimento in!ormado2

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    ( n"vel psicol'gico, a1uda a lidar com a doena, reduz os estados depressivos, o stress e a ansiedade,

    preserva a dignidade e o respeito, promove o sentimento de segurana, aumenta a adeso e o

    compromisso, a aceitao dos procedimentos terap&uticos e a responsabilidade do utente5doente#2

    ( n"vel mdicoinstitucional 7 reduz o nmero de dias de internamento, o nmero de medicamentosingeridos e !acilita a recuperao do doente#.

    ara que a !am"lia possa desempen-ar na totalidade a sua !uno de prestadora de cuidados, os

    pro!issionais de sade devem procurar compreender e avaliar as necessidades sentidas pelos !amiliares e

    criar condies para que a !am"lia e o utente possam verbalizar os seus sentimentos, receios e angstias. $ste

    um tempo oportuno para o ensino do !amiliar cuidador, em especial se estiver previsto o regresso a casa do

    utente.

    articularmente no 3mbito da sade mental, de modo a poderem garantir a continuidade dos

    cuidados no domic"lio ap's a alta -ospitalar do idoso dependente, importante que o cuidador in!ormal se1a

    considerado como parceiro, e su1eito de cuidados, sendol-e disponibilizada in!ormao e acompan-amento.

    3.1.3.O'"o4 "e*"4o4

    3..3..!am"lia

    $mbora alguns dos cuidados prestados aos idosos se1am provenientes do sistema !ormal, ou se1a das

    instituies, atravs do sistema in!ormal que poss"vel manter o idoso no seu meio ambiente com a

    satis!ao das suas necessidades K -oras por dia.

    Os representantes do sistema in!ormal so aqueles que proporcionam a maior parte dos cuidados e

    apoio a quem padece de uma doena ou requer a1uda para actividades de vida di4ria, sem receber

    remunerao, podendo ou no manter um lao !amiliar

    :este sentido, as redes de apoio in!ormal visam a a1uda concreta %s pessoas idosas, sendo

    normalmente constitu"das pelo cn1uge, !amiliares )!il-os, netos, primos, sobrin-os T*, amigos e vizin-os,

    que tendem a possibilitar a perman&ncia do idoso na sua casa ou em ambiente !amiliar.

    ( !am"lia a primeira unidade social onde o indiv"duo se insere, que contribui para o seu

    desenvolvimento, socializao e !ormao da personalidade. ara alm da !am"lia ser vista como a natural

    cuidadora dos idosos, por vezes, esta acaba por ocupar, de modo involunt4rio, o papel de principal cuidador

    dos seus idosos, devido % insu!iciente eist&ncia de estruturas e equipamentos de apoio % populao.

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    (s pessoas com redes mais alargadas obt&m mais apoio nos momentos de doena, da" que o taman-o

    da rede deva ser alimentado ao longo da vida. :o entanto, o taman-o das redes sociais e das trocas de apoio

    social diminuem com a idade.

    :este conteto, grande parte dos idosos a !am"lia representa a rede social, sendo esses v"nculos

    principalmente estabelecidos por !amiliares multigeracionais, que constituem os prestadores de cuidados.

    $istem ainda idosos cu1a rede social mais diversi!icada, onde os !amiliares coeistem com outro tipo de

    v"nculo.

    Os cuidados prestados pelas !am"lias cobrem o con1unto de necessidades que contribuem para a

    sade e o bemestar das pessoas idosas, proporcionandol-es suporte psicol'gico, emocional, !inanceiro e

    cuidados e assist&ncia nas actividades b4sicas e instrumentais de vida di4ria.

    ( prestao de cuidados a pessoas idosas varia com uma srie de !actores ligados % pessoa idosa

    )tipo e grau de depend&ncia*, ao prestador de cuidados )idade, disponibilidade*, % -ist'ria passada e actual do

    relacionamento mtuo, entre outros.

    (s pol"ticas sociais e as pol"ticas comunit4rias devem ser aproimadas, no sentido de promover

    es!eras de solidariedade directa e redes de apoio, dado que os cuidados %s pessoas idosas e aos !amiliares que

    cuidam eigem, sobretudo, uma solidariedade de base e uma a1uda e!icaz, combinada e adaptada.

    ara que a a1uda se1a e!icaz, dever4 ser precoce e girar % volta dos eios como se1am a in!ormao,

    !ormao, suporte, al"vio e interveno psicoterap&utica, indo de encontro %s reais necessidades do cuidadorprincipal.

    Sem uma rede de apoios, cuidar em casa uma tare!a imposs"vel, 14 que o &ito dos cuidados

    domicili4rios no depende apenas da disponibilidade das !am"lias ainda que ela se1a importante, mas tambm

    dos servios de apoio necess4rios para realizar essa prestao sem criar novas discriminaes.

    :a realidade, o dese14vel ser4 que, desde que este1am asseguradas as condies necess4rias !ormais e

    in!ormais, a pessoa idosa permanea no seu domic"lio, preservando, o car4cter de intimidade que caracteriza

    o autocuidado da sade.

    3..3.2.#poio domicilirio

    2!

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    (ctualmente, para muitas pessoas idosas, as redes de apoio in!ormal so incapazes de preenc-er as

    necessidades eistentes, quer devido % inadequao da rede, quer porque as suas necessidades ultrapassam a

    capacidade de apoio proveniente desse sistema.

    ( resposta social de S(+ consiste na prestao de cuidados individualizados e personalizados no

    domic"lio, a indiv"duos e !am"lias quando, por motivo de doena, de!ici&ncia ou outro impedimento, no

    possam assegurar tempor4ria ou permanentemente, a satis!ao das necessidades b4sicas e5ou as actividades

    de vida di4rias.

    $sta resposta social tem como objectivos gerais:

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    Cecon-ecer que todos os clientes necessitam de se sentir inclu"dos, de ter um sentimento de

    pertena, de se sentir valorizados e importantes para aderir ao processo de cuidados. $ste sentimento

    poss"vel de ser constru"do atravs do respeito mtuo e atravs de relaes a!ectivas calorosas e

    rec"procas entre o cliente, colaborador de re!er&ncia e os cuidadores.

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