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    MANUAL DO ALUNO

    1.oCiclo do Ensino Bsico

    MANUAL DO ALUNO

    Apoio na internet www.educris.com

    Educao Moral e Religiosa Catlica

    4.ano4.ano

    1.oCiclo do Ensino BsicoEducao Moral e Religiosa Catlica

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    A Luz da VidaMANUAL DO ALUNO - EMRC - 4. ANO DO ENSINO BSICO

    SUPERVISO E APROVAOCOMISSO EPISCOPAL DA EDUCAO CRIST

    D. Tomaz Pedro Barbosa Silva Nunes (Presidente)D. Antnio Francisco dos SantosD. Anacleto Cordeiro Gonalves OliveiraD. Antnio Baltasar MarcelinoMons. Augusto Manuel Arruda Cabral (Secretrio)

    COORDENAO E REVISO GERALJorge Augusto Paulo Pereira

    EQUIPA DE REDAOAna Maria Landeiro (Coordenao de ciclo)Dimas Oliveira Pedrinho

    Maria do Sameiro de Oliveira Morais da CruzRicardo Lus Martins Pereira Homem

    REVISO GRFICAMaria Helena Calado Pereira

    GESTO EXECUTIVA DO PROJETO E DIREO DE ARTEID Books I-Zone Interactive MediaAna Ribeiro

    PAGINAOCludia Alves

    ILUSTRAOPedro Alves

    CAPAPedro Alves

    TIRAGEM1. edio - 15 000

    ISBN978-972-8690-53-3

    DEPSITO LEGAL315457/10

    EDIO E PROPRIEDADEFundao Secretariado Nacional da Educao Crist - Lisboa, 2010Quinta do Cabeo, Porta D 1885-076 MoscavideTel.: 218 851 285; Fax: 218 851 355; E-mail: [email protected] os direitos reservados FSNEC

    IMPRESSO

    Grca Almondina

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    APRESENTAOA LUZ DA VIDAAos alunos e s alunas de Educao

    Moral e Religiosa Catlica

    Um livro o resultado de muito trabalho

    de quem o produziu: um ou mais autores.

    Por isso, deve ser acolhido com respeito

    e tratado com cuidado. Qualquer que

    seja o seu estilo, contm uma mensagem,interpela o leitor e desperta a sua

    imaginao.

    Um livro escolar um instrumento para a aprendizagem dos alunos. sempre educativo.

    Transmite informaes ligadas aos contedos dos programas de ensino, contm interrogaes

    e propostas de trabalho, e convida ao estudo. para se usar na aula e fora dela. um

    companheiro de viagem para o percurso anual de cada um na escola. S assim, tornando-

    -se um objeto familiar, que se utiliza com frequncia, o livro escolar facilita o progresso na

    aquisio e desenvolvimento de competncias.

    Os manuais de Educao Moral e Religiosa Catlica, quer se revistam da forma de umvolume por ano de escolaridade quer se apresentem como conjuntos de fascculos, tm

    todas estas caratersticas.

    Convido os alunos e as alunas a receberem-nos com interesse e entusiasmo, mas, sobretudo,

    a utilizarem-nos para proveito do seu crescimento humano e espiritual. Deste modo, e com

    a ajuda indispensvel dos vossos professores ou professoras de Educao Moral e Religiosa

    Catlica, podeis melhor fazer as vossas opes e elaborar um projeto de vida slido e com

    sentido.

    Que Deus vos ilumine e ajude na caminhada de ano escolar que ides iniciar.

    Bom trabalho!

    D. Tomaz Pedro Barbosa Silva NunesBispo Auxiliar de Lisboa

    Presidente da Comisso Episcopal da Educao Crist

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    Unidade Letiva 1 Ser verdadeiro

    S a verdade interessaVerdade, precisa-se!

    A mentira

    Porqu a mentira?

    Vale a pena dizer a verdade

    Deus conhece-te, de verdade

    Omitir a verdade

    sim ou no?

    A verdade com simplicidade

    A verdade um valor

    A lealdade caminha junto da verdade

    Assumir os erros

    Unidade Letiva 2 Um homem corajosoA comunicar que a gente se entende

    Deus comunica com o seu povo

    Sinais de um verdadeiro profeta

    Profetas de ontem profetas de hoje

    Gestos profticos

    descoberta de um grande profeta

    Uma misso arriscada

    Um reconhecimento eterno

    Profeta at ao m!

    Ser profeta um desao para cada cristo

    Profetas de palmo e meio

    Sementinhas de Deus

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    Unidade Letiva 3 Crescer na diversidade

    Um mundo variadoDiversidade de animais e plantas

    A diversidade humana

    As pessoas so mesmo diferentes!

    Diversidade em Portugal

    Diferenas entre as pessoas

    Na diversidade est a riqueza da sociedade

    Diversidade: a riqueza de um grupo

    Aceito as minhas diferenas!

    Amar os outros, diferentes de mim

    Nem tudo o que diferente bom

    A inaceitvel discriminao

    Grupos discriminados

    Jesus acolhe os que so discriminadosSeguindo o exemplo de Jesus

    Ser justo e solidrio

    Aes de incluso social

    Unidade Letiva 4 A Pscoa e o perdo

    Vou preparar a minha festa!

    Preparando a festa das festas em comunidade

    Do julgamento ao Calvrio

    Na cruz, uma atitude surpreendente!

    Pscoa: a grande festa do perdo

    Perdoar sempre!

    Pedir perdo: o desao de cada dia

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    Vale a pena recomear!

    No perdo, testemunhas da ressurreio!Grozinhos de trigo

    Unidade Letiva 5 A dignidade das crianas

    O valor e a dignidade das crianas

    Jesus gosta das crianas

    A dignidade das crianas na Bblia

    tempo de crescer!

    Crescer no corpo e no esprito

    De que precisas para crescer?

    A criana: um frgil tesouro

    Problemas reais

    Os direitos das crianas

    Os deveres das crianasO padre Amrico e as crianas

    O padre Amrico: um pouco de histria

    As Casas do Gaiato

    As crianas ajudam-se entre si

    Curiosidades

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    E se agora, de repente, desaparecesse

    como por magia a luz que te ilumina? E

    se agora, sem pedir autorizao a ningum,

    o Sol deixasse de brilhar no firmamento dos

    cus e tudo tua volta se tornasse escuro,

    to escuro que nem te permitisse sair de

    onde ests?

    Seria um caso muito srio! Alis, tornar-se-

    -ia impossvel a vida na Terra, porque ns, tal

    como todos os seres vivos, necessitamos da

    luz do Sol para viver.

    Foi por esse motivo que escolhemos este

    ttulo para o teu manual de EMRC A Luz da

    Vida.

    Ao longo dos trs anos de escolaridade

    anteriores, cresceste muito. Nesta disciplina,

    cada unidade letiva foi uma prolaque te permitiu amealhar o fabuloso tesouroque guardasno teu corao e contribuiu para seres, hoje, a pessoa linda e preciosa que s.

    Em cada palavra de amor alegremente partilhada pequeninos gros de trigocapazes

    de saciar a tua fome de compreenso da realidade que te cerca , a vida, os amigos, a

    escola, a natureza e tudo o mais que faz parte do teu mundo de interesses foram adquirindo

    cada vez mais valor, um sentido sempre novo, mais autntico e profundo.

    Ests preparada para o desafio seguinte?

    Deixa brilhar essa Luz to intensa que conservas no teu corao!Que ela inunde todos

    os espaos e que em tua casa, na escola, na tua rua, na cidade onde moras, ela encha de

    sentido a vida de todas as pessoas!

    Mas sempre numa atitude permanente de respeito por aqueles que pensam e so diferentes

    de ti.

    Sabendo tirar partido da extraordinria riqueza que existe no teu jeito simples e belo de ser

    criana, constri um mundo novo, com cheiro a Pscoa: um mundo onde todos tenham lugar

    e se sintam felizes!

    INTRODUOA LUZ DA VIDA

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    Sei que posso confiar em ti!

    Unidade Letiva 1

    Ser verdadeiro

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    Unidade Letiva 1

    S a verdade interessaNo nosso dia a dia tudo corre bem quando todos nos entendemos. Mas nem

    sempre assim . E isto porque nem tudo o que se diz mesmo verdadeiro. H situa-es em que j no sabemos bem onde acaba a verdade e comea a mentira.

    E existem mentiras to bem inventadas!

    L esta histria com ateno.

    A mentira do sapo

    Era uma vez um sapo.Verde, como todos os sapos.

    Feio, como todos os sapos.

    A coaxar, como todos os sapos.

    Vocs so uns bichos horrendos coaxou ele uma noite para osoutros habitantes do sapal. S de vos ver at co verde

    Mas verde j tu s coaxaram os outros.

    S aos vossos olhos! Eu no sou um sapo como vocs, ser que ainda

    no entenderam?Os outros olharam para ele e, se

    os sapos tivessem ombros, teriamtodos encolhido os ombros. Assim,limitaram-se a abrir muito os olhose a coaxar ainda com mais fora.

    O que, em linguagem de sapo,queria dizer:

    S podes estar maluco!Ento o sapo contou-lhes uma

    histria de pasmar:

    Um dia, quando menos espe-rarem, h de passar por aqui uma

    princesa, que me vai dar um beijo

    Ui que horror que deve ser beijar uma princesa! coaxou o sapomais velho, mas ele nem o ouviu e continuou:

    S podes estar

    maluco!

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    Unidade Letiva 1

    vai estar uma bela noite de lua cheia, e vou transformar-me emprncipe!

    Prncipe? coaxaram todos em coro.

    Claro! No se v logo que sou um prncipe encantado?Os outros olharam para ele muito bem e disseram:

    Por acaso para falar verdade no no se v logo.

    E o sapo mais velho at murmurou:

    Cheira-me a aldrabice

    O outro ouviu e irritou-se a valer.

    Aldrabice? Na prxima noite de lua cheia ela vai chegar e depoisdigam-me se aldrabice.

    E deu mais um mergulho no charco.

    Ainda tentou obrigar os outros a chamarem-lhe alteza, mas a risotafoi tanta que acabou por desistir.

    E vieram muitas noites de lua cheia mas de princesa nem rasto.

    E em cada noite de lua cheia o sapo mais velho perguntava:

    Que da princesa?

    E, para cada noite, o sapo arranjava nova mentira:

    Por cada aldrabice que

    inventava ia engordando...

    Est com gripe. O despertador no tocou.

    H greve de transportes.

    O pai no a deixou sair de ca-sa.

    E, por cada aldrabice que in-ventava, o sapo ia engordando,engordando, engordando

    E ia cando de um verde cadavez mais escuro, mais escuro, maisescuro.

    At que chegou um dia em quese quis mexer e no conseguiu.Parecia uma bola, muito verde,muito viscosa, muito feia.

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    Unidade Letiva 1

    E, ao tentar dar um mergulho no charco, rebolou, rebolou, rebolou eacabou por rebentar, com grande estoiro, depois de ter batido numapedra.

    o que acontece a todos os sapos aldrabes murmuraram emcoro os habitantes do sapal. Que teriam encolhido os ombros, se os sa-pos tivessem ombros

    *****************************

    (Conta o sapo velho que, muitas noites de lua cheia depois, uma lindamenina desceu de uma carruagem perto do sapal e cou muito tempo

    a olhar para o charco.E para a lua.

    Depois deu um grande suspiro e foi-se embora.

    Se era princesa ou no, isso o sapo no pode garantir: mesmo emnoites de lua cheia, as meninas so todas iguais.

    Tal como os sapos.)

    Alice Vieira Texto indito

    A mentira torna-nos menos dignos de conana.

    Procura atividades no caderno do aluno:chas 1 e 2.

    Parece que as mentiras nodo l muito bom resultado!

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    Unidade Letiva 1

    Verdade, precisa-se!A histria do sapo mentiroso est cheia de coisas que no batem certo. Ora

    vejamos:

    O sapo armava que s cava verde por achar que os outros sapos eram feios.No sero iguais todos os sapos?

    Este sapo estaria mesmo conven-cido de que era um prncipe encan-tado?

    Seria verdade que uma princesaveio mais tarde suspirar para junto do

    charco, como dizia o sapo velho?Esta linda histria mostra como uma

    mentira d origem a mais mentiras.

    S uma coisa pode esclarecertudo: a verdade. Ela como uma luzque ilumina a noite e deixa tudo maisclaro.

    Estes provrbiosmostram a sua im-

    portncia na vida das pessoas.A verdade mostra as coisas como elas so.

    Quem diz a verdade, no merece castigo.

    A verdade como o azeite, vem sempre tona.

    A verdade dispensa enfeites.

    Calar a verdade como enterrar o ouro.

    A verdade contenta-se com poucas palavras. A verdade existe, s se inventa a mentira.

    Provrbios populares

    A verdade como uma luz que nos mostra as coisas exatamente como elas so.

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    Unidade Letiva 1

    A mentiraPara os outros sapos, o sapo vaidoso

    era mesmo um sapo. Ao declarar-se umprncipe, mentia descaradamente.

    E mentia porque o que ele dizia nocorrespondia realidade. O que eleprometia no se realizava.

    Estes so alguns provrbiosque nos ajudam a entender o que a mentira:

    Verdade e mentira so mesmo o oposto. A verdade corresponde quilo queexiste, ou que acontece realmente. A mentira exprime o que falso, aquilo queno existee que no acontece nem nunca aconteceu na realidade.

    A mentira tem pernas curtas.

    Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo.

    A mentira d ores, mas no frutos.

    A mentira s dura enquanto a verdade no chega.

    Atrs da mentira, mentira vem.

    Provrbios populares

    A mentira como um espelho que distorce a realidade.

    Procura atividades no caderno do aluno:chas 3 e 4.

    O sapo orgulhoso s era um prncipe na sua

    imaginao.

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    Unidade Letiva 1

    Porqu a mentira?Toda a gente diz que mentir feio. Mas, ento, porque se mente?

    Repara no que escreveu um dia a Carlota no seu dirio:

    Repara ainda no que se passou numa outra ocasio.

    Querido dirio,

    Hoje tive uma m notcia: a professora disse-me queno fui escolhida para atuar na festa da escola, porquebriguei com a Rute durante o ltimo ensaio.

    O problema que quando a me me perguntouse correu tudo bem na escola eu disse que sim. Sei

    que lhe menti. Mas que sabes? Tenho medode que no me oferea o telemvel novo que meprometeu

    Na segunda-feira de ma-

    nh as colegas da Carlotano falavam de outra coisa:o concerto das Five Stars,na inaugurao do novopavilho da cidade, fora umespanto!

    Foi um espetculo! dizia a Sara. O que dizesCarlota?

    Ah! Adorei! disfar-ou a Carlota, que no pdeassistir, por ter estado decastigo.

    Os motivos das mentiras da Carlota parecem ter sido os seguintes:

    Recearque a me no lhe oferecesse o telemvel novo;

    Querer que as amigas tivessem uma boa imagemdela.

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    Unidade Letiva 1

    Desejar o mal dos outros

    O medo e o orgulho pessoal no so asnicas razes pelas quais se mente. Tambmse dizem mentiras para prejudicaralgum dequem no se gosta. A esse tipo de mentiraschama-se:

    Boatos*;

    Difamaes*;

    Falsos testemunhos*.

    Boatos So informaes

    no confirmadas, que correm

    publicamente, sem que se saiba

    quem as espalhou.

    Difamaes So afirmaes

    falsas que se enunciam a respeito de

    algum, para que fique com m fama.

    Falsos testemunhos So

    declaraes falsas que se enunciam

    a respeito de alguma pessoa, para

    que seja injustamente condenada.

    Palavras difceisAbc??

    A propsito do boato, presta ateno

    histria que se segue:

    O teste de Scrates

    Scrates (469-399 a.C.) viveu na Grciaantiga. Era um mestre reconhecido pela suagrande sabedoria. Certo dia, ao encontrar--se com algum conhecido, foi por ele

    interpelado: Scrates, sabes o que acabo de ouvir

    sobre um dos teus alunos?

    Um momento respondeu Scrates. Antes de mo dizeres, gostaria que passassespor um pequeno teste.

    Um teste?

    Sim continuou Scrates. Diz-me: ests completamente seguro

    de que o que me vais dizer verdade? Bem, no. Ouvi dizer

    Vamos segunda pergunta: o que me vais contar alguma coisaboa sobre o meu aluno?

    No, bem pelo contrrio.

    Ento, interrompeu Scrates queres-me contar uma coisam a seu respeito, que nem sequer sabes se verdade? Mas h ainda

    Busto de Scrates

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    Unidade Letiva 1

    uma ltima pergunta que gostaria de te fazer: o que me queres contarpoder ser til para mim?

    Bem Acho que no.

    Portanto, concluiu Scrates se o que me queres contar podeno ser verdade, no bom e pode no ser til, para que mo querescontar?

    Observa a imagem seguinte.

    Os boatos, as difamaese os falsos testemunhos le-vam as pessoas a julgar

    mal de algum sem razesverdadeiras. Por isso, deve-mos ter cuidado para noalimentar conversas que sservem para tornar negativaa imagem de algum aosolhos dos outros.

    As pessoas que espalhama mentira acabam por per-

    der a conana dos queconvivem com elas.

    Procura atividades no caderno do aluno:chas 5 e 6.

    Podem ser vrios os motivos da mentira, mas nenhum mais forte do que a verdade.

    Os boatos correm depressa, de boca em boca.

    Sabes o que

    me disseram da

    Mindas?

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    Unidade Letiva 1

    Vale a pena dizer a verdadeToda a gente gosta de estar bem informada acerca do que acontece, do que

    se diz enm, acerca do mundo que a rodeia. Ser sincero e verdadeiro com osoutros tem, por isso, um imenso valor.

    Estas so algumas das razes pelas quais vale a pena dizer a verdade.

    Conscincia Capa-

    cidade de reconhecer

    o bem e o mal numa

    determinada situao,

    com vista a tomar

    decises corretas e a agir

    de acordo com as decises

    tomadas.

    Palavras difceisAbc??

    Sentir-se bem no segre-do da sua conscincia

    Se uma pessoa tiver asua conscincia bem for-mada, quando pratica omal sente-se interiormen-

    te triste, pois, mesmo queningum o saiba, ela reco-nhece que o que fez noest certo.

    o que acontece quan-do dizemos mentiras. Pode-mos enganar os outros, masno nos podemos enganara ns mesmos.

    Ser capaz de distinguir o bem do mal

    Existem muitos aspetos que diferenciam o serhumano dos restantes animais. Um deles a capa-cidade de distinguir o bem do mal. Enquanto osrestantes animais agem apenas com vista suasobrevivncia, as pessoas fazem-no para cumprir obem e evitar o mal.

    a nossa conscincia*que nos diz se agimos bemou se agimos mal.

    Foste muito

    corajosa em contar

    toda a verdade.Sinto-me mesmo

    bem por ter

    contado tudo...

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    19/16019

    Unidade Letiva 1

    Porque mentiste

    Porque me mentiste, fui injusto com o meu amigo.

    Porque me mentiste, cheguei atrasado, quando podia ter chegado a horas.

    Porque no foste verdadeiro?

    Porque mentiste a meu respeito, todos me puseram de parte.

    Porque mentiste a meu respeito, fui castigado sem razo.

    Porque no foste verdadeiro?

    Porque me mentiste, decidi fazer o que era errado.Porque me mentiste, quei triste sem motivo.

    No sei se posso conar em ti.

    Procura atividades no caderno do aluno:chas 7 e 8.

    Dizer mentiras uma falta de respeito para com os outros, mas tambm paraconnosco. No segredo da nossa conscincia, sentimo-nos mal por sabermos quefomos mentirosos. Ser verdadeiro, pelo contrrio, pacica a nossa conscincia.

    Respeitar os outros

    Todas as pessoas tm amesma dignidade, portantotodas merecem o nossorespeito. Evitar que algumseja tratado injustamente uma forma de reconhecer asua dignidade.

    Dizer a verdade respeitaros outros; dizer mentiras faltar-lhes ao respeito, poisningum gosta nem mereceser enganado.

    Vamos dizer quele

    mido que proibido

    trazer bicicletas para

    este parque.

    Vamos.Vai ser engraadov-lo voltar para

    casa.

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    Unidade Letiva 1

    Merecer a conana dos outros

    muito bom poder conar em algum.

    Quem so as pessoas que merecem a tua conana?So aquelas que te falam verdade, no assim? Ningumcona nas pessoas que mentem. L a histria que se segue.

    A ponte da verdade

    Era uma vez um homem que era dono de uma loja onde se vendiaum pouco de tudo.

    Um dia, pediu ao seu empregado de conana que o acompanhas-

    se na compra de novas mercadorias. Sabe, patro? referiu o empregado, pelo caminho. Na minha

    terra as raposas so do tamanho das rvores!

    A srio?! Pasmou o patro.

    verdade! jurava ele, enquanto argumentava com outrasraridades da sua terra.

    Quando, ao longe, avistaram uma ponte, o patro disse:

    Sabes? Aquela ponte no igual s outras quando l passa um

    mentiroso, ela abre-se ao meio e ele cai ao rio.O empregado, que no sabia nadar, ouviu e cou mudo durante

    algum tempo. Quando j estavam prximos da ponte, disse:

    Bem pensando melhor, tal-vez as raposas sejam apenas daaltura das pessoas.

    E quanto mais se aproxima-vam da ponte, mais as rapo-sas diminuam de tamanho:

    Talvez as raposas nocheguem altura do om-bro de uma pessoa e aponte cada vez mais perto talvez cheguem s cintura no, s chegamao joelho.

    Na minha terraas raposas so

    do tamanho dasrvores!

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    Unidade Letiva 1

    Ao chegarem junto ponte, o patro fez meno de a atravessar,mas o empregado cou parado, entrada.

    Porque no atravessas? indagava o patro.

    que nem sei se existem raposas na minha terra confessou,cabisbaixo.

    O patro sentou-se numa pedra e esperou. Finalmente, o empregadodecidiu prosseguir. A ponte no se mexia, mas os joelhos do rapaztremiam que nem varas verdes.

    Ao regressar a casa, o patro recomendou sua mulher que vigiasseaquele empregado e lhe no conasse assuntos importantes.

    Conto annimo adaptado

    A no esquecer

    S a verdade tem valor, porque

    quem diz a verdade, sente-se bem consigo mesmo;

    as mentiras prejudicam os outros;

    s quem diz a verdade merece a conana dos outros.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 9.

    Dizendo a verdade, estamos em paz com os outros e connosco mesmos.

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    22/16022

    Unidade Letiva 1

    Deus conhece-te,

    de verdadeJ falmos na conscincia. l que nos encontramos connosco prprios. Nanossa conscincia no existem mentiras. Sabes porqu? Porque no ntimo da nos-sa conscincia tambm habita Deus. o que diz esta orao, escrita na Bblia:

    Senhor, tu observas-me e conheces-me.Sabes quando me sento e quando me levanto.

    Conheces distncia o meu pensamento

    Sl 139 (138), 1-2

    Texto bblico

    Mesmo que consigamos enganar os outros,nunca conseguiremos enganar a Deus. PorqueEle tudo conhece.

    Mas Deus no deixa de gostar de ns, mesmoquando praticamos o mal. Quando mentimos,fala nossa conscincia e pede-nos que volte-mos a ser sinceros, como seus lhos verdadeiros.

    Se pedirmos perdoa Deus e queles a quemtivermos mentido, haveremos de sentir umagrande paz no fundo do nosso corao, porquenos reconciliamos connosco prprios, com osoutros e com Deus que nos ama sem limites.

    Deus conhece o nosso corao e d-nos coragem para sermos verdadeiros.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 10.

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    23/16023

    Unidade Letiva 1

    Omitir a verdadePor vezes, difcil dizer a verdade.

    Perante determinadas situaes, aspessoas preferem car caladas, omitin-do* a verdade. Mas quem corajoso,no se cala perante as injustias. Repa-ra:

    Omitir No dizer

    o que era esperado que

    fosse dito.

    Palavras difceisAbc??

    difcil ganhar coragem

    Todos os dias era o mesmo. Um grupo de meninos mais velhos divertia--se a insultar o Lus, cada vez que o via passar pelo ptio da escola.

    No sei porqu S sei que o Lus quase chorava. Passava sem olharpara nenhum lado e os outros a troar dele e a rir que nem uns doidos.

    Toda a gente via, mas ningum falava do assunto. Nem eu Nemmesmo quando a professora perguntava ao Lus porque estava to triste.

    Mas um dia, enquantoesperava pelo meu paijunto ao porto da escola,vi o pai dele. Tive vontadede lhe contar tudo. Mas,e se aqueles malandroso soubessem? Durantedias no tive coragem delhe dizer nada.

    Mas a verdade tinha deser dita! J no conseguia

    car calado.No falei com o pai

    do Lus, mas falei com omeu. E, no sei como,mas o facto que o Lusno voltou a ser insultado,para grande admiraode toda a turma.

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    24/16024

    Unidade Letiva 1

    Uma pessoa destemida

    O Raul era o mais forte da turma. Ningum se atrevia a enfrent-lo.Um dia, durante o jogo da apanhada, partiu um vaso enquanto fugia

    do Joaquim.

    No recomeo das aulas a professora repreendeu-o, mas ele argu-mentou:

    Foi o Joaquim que me empurrou eu at ia partindo a cabea! um bruto!

    Por vezes temos medo de dizer a verdade, por causa das consequnciasnegativas que resultam do mau carter dos outros. Em algumas situaes atnos querem convencer a car calados. nessas ocasies que preciso coragempara enfrentar as diculdades.

    A verdade no pode car escondida perante a injustia e o sofrimento.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 11.

    O Joaquim cou indignado:

    Tu que quiseste fugirpara junto dos vasos, eu nem

    me aproximei de ti!

    s um mentiroso! gritouo Raul, enquanto ngia quechorava.

    Joaquim! ralhou a pro-fessora. No nal da aula va-mos ter uma conversa!

    O Joaquim cou to irritado

    que nem conseguiu dizer mais nada. Mas a Sandra, ganhou coragem efalou:

    Professora! Foi o Raul quem partiu o vaso. Eu vi tudo! Alis, todos vi-ram, s que ningum diz nada, porque ele est sempre a ameaar-nos.

    Os colegas olharam-na, cheios de vergonha e profundamenteadmirados com a coragem dela.

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    25/16025

    Unidade Letiva 1

    sim ou no?Nem tudo o que os outros nos dizem nos deixa esclarecidos. Por vezes, ainda

    camos mais confusos. No m de contas, no sabemos se o que nos dizem umsim ou um no e camos sem saber o que fazer.

    Estas so algumas das frases que escutamos, vezes sem conta:

    No, no o vi. Ou vi? Vi, vi. Bem, talvez no fosse ele

    No acreditas?! Juro que verdade!

    Vou, sim. Quer dizer, no sei

    Se me apetecer Vou pensar. Gostava muito, mas no sei se vai dar.

    Sabes que podes contar comigo se eu no tiver nada para fazer.

    Qualquer dia dou-te a resposta.

    No sei se posso; estou com muitos problemas!

    No esqueas que dizer a verdade manifestar aos outros o que realmentepensas e sentes. falar-lhes com a mente e com o corao. estar disposto acumprirtudo aquilo que lhes prometes.

    Falar verdade transmitir aos outros o que realmente pensamos e sentimos.

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    26/16026

    Unidade Letiva 1

    A verdade com simplicidadeJesusensina-nos a ser verdadeiros. Para ele, a verdade uma coisa muito sim-

    ples, que sai pura e transparente dos nossos lbios e do nosso corao.Ele reparava que muitas pessoas do seu tempo exageravam em juramentos,

    por vezes falsos.Um dia, subiu a um monte com os seus discpulos e muitas outras pessoas e

    falou-lhes assim:

    Os seus amigos perceberam bemo que ele queria dizer a respeito daverdade. Mais tarde, um deles escreviaassim, numa carta que enviou a algunscristos:

    Dizer sim e dizer no

    No jurem, de maneira nenhuma!

    No jurem pelo Cu, porque o

    trono de Deus; nem pela Terra,

    porque onde ele pe os ps; nem

    por Jerusalm, porque a cidade

    do grande Rei.

    Nem mesmo pela tua cabeadeves jurar, porque no s capaz de

    tornar branco ou preto um s dos

    teus cabelos.

    Basta que digas sim, quando

    for sim, e no, quando for no.

    Mt 5, 34-37

    Texto bblico

    Pregao de Jesus Cristo aos discpulos,

    por William Hole

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    27/16027

    Unidade Letiva 1

    Como Jesus ensinou

    Sobretudo, irmos, no faam juramentos,nem pelo Cu, nem pela Terra, nem por coisa

    nenhuma. Digam sim, quando for sim, e

    no, quando for no.

    Tg 5, 12

    Texto bblico

    Tambm hoje, como sempre,o que Jesus nos pede quesejamos transparentes comoa gua. Essa a vontade deDeus, nosso Pai, que conheceo nosso ntimo e sabe quandomentimos ou quando somosverdadeiros.

    A lei judaica proibia jurar falsamente em nome de Deus. Para contornar essa proibio,

    muitos judeus substituam o nome de Deus pelo Cu, pela Terra, por Jerusalm, ou at pela sua

    prpria cabea e outras partes do seu corpo.

    Jesus critica este modo de agir, porque revela hipocrisia para com os outros, para com Deus

    e para com a prpria Lei, pois muitas vezes no havia sinceridade nesses juramentos.

    Quero saber mais

    Procura atividades no caderno do aluno:chas 12 e 13.

    Jesus ensina-nos a ser verdadeiros, porque Deus conhece o nosso ntimo.

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    28/16028

    Unidade Letiva 1

    A verdade um valorA verdade , de facto, um valor. que, sem ela, a nossa vida seria muito mais

    pobre e at desumana. Sem ela, os outros nunca nos chegariam a conhecer,nem ns os conheceramos. Na realidade, no chegaramos sequer a conhecer--nos a ns mesmos! E como poderamos viver em sociedade sem conarmos nosoutros?

    S a verdade...

    S dizendo a verdade, poderei construir a paz minha volta.

    S dizendo a verdade, poderei defender os inocentes.

    S dizendo a verdade, poderei fazer grandes amigos.

    S dizendo a verdade, conseguirei que me compreendam.

    S com a verdade, carei informado e esclarecido.

    S com a verdade, aprenderei a conhecer-me.

    Sendo verdadeiro, encontro Deus no meu corao.

    A verdade como uma bssola:serve para nos indicar o percurso afazer. Sem ela, caminhamos derivasem saber bem onde nos encontramose para onde nos dirigimos. Sem elaestaramos perdidos, tanto ns comoaqueles que vivem connosco.

    A verdade indica-nos o caminho a percorrer.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 14.

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    29/16029

    Unidade Letiva 1

    A lealdade caminha junto

    da verdadeOs amigos leaisvalem mais do que um tesouro. Ser leal ser sincero, dedicadoe el a si mesmo e aos outros.

    Antes de pensarmos em ser leais com os outros, temos o dever de ser leaisconnosco mesmos, isto , devemos agir segundo o que, no nosso ntimo, achamosque est certo, independentemente do que os outros possam dizer.

    Ser leal com os outros ser verdadeiro com eles, dando-lhes provas de quepodem conar em ns.

    Nem sempre fcil ser leal. Por vezes preciso coragempara conti-nuar a estar ao lado de algum que est em diculdades, que desprezado, etc. Recordas-te de como Pedro negouser amigo de Jesus,quando o prenderam? Mas Jesus, o mais leal dos amigos, perdoou-lhe.E Pedro chorou de arrependimento. Mais tarde foi capaz de dar a suavida por Jesus.

    nos momentos difceis que mostramos a nossa lealdade, noabandonando aqueles que conam em ns.

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    30/16030

    Unidade Letiva 1

    Quem leal, no mente, nem a si prprio nem aos outros.

    Quando Jesus foi preso, Pedro seguiu-o, embora com medo. Algumas pessoas repararam

    nele e por trs vezes lhe perguntaram se ele era um dos seus amigos. Ele negou sempre porque

    tinha medo de ser preso e condenado como Jesus. Mas terceira negao, ouviu-se um galo

    cantar e Jesus olhou para Pedro Este saiu dali e foi chorar, a ss, arrependido e cheio de

    vergonha, lembrando-se do aviso que Jesus lhe tinha feito: antes de um galo cantar, vais negar-

    -me trs vezes (cf. Lc 22, 54-62).

    Quero saber mais

    Devemos ser leais para connosco, para com os outros e para com Deus.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 15.

    Negao de So Pedro,por Ferdinand Graf von Harrach

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    31/16031

    Unidade Letiva 1

    Assumir os errosH um ditado antigo que diz o seguinte: errar humano. Pois . Todos come-

    temos erros. Mas ser fcil admiti-lo? Repara na histria que se segue. Talvez j aconheas.

    A corda perdida

    Conta-se que, em certa ocasio, um homem foi acusado de tercometido um crime. Por isso, foi levado a tribunal.

    Acusam-no de ter roubado um cavalo armou o juiz. O quetem a dizer a este respeito?

    Sabe, senhor juiz? Ao passar perto de uns arbustos avistei uma cordaperdida no cho e levei-a comigo. Mas s quando cheguei a casa que reparei que ela estava presa a um cavalo!

    Anedota popular adaptada

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    32/16032

    Unidade Letiva 1

    Hum os argumentos deste homem parecem apenas desculpas. Ter o juizcado esclarecido? Que ter acontecido, na verdade?

    Bem diferente deste caso o arrependimento de Pedro, depois de terreconhecido que agiu mal quando negou ser amigo de Jesus.

    Como aconteceu com Pedro, Jesus no deixa de gostar de ns, mesmoquando cometemos erros. O que nos pede que sejamos sinceros e que, semdesculpas nem omisses, reconheamosque errmos, procuremos repararo malque cometemos e fazer melhorna prxima ocasio.

    Ser verdadeiro tambm reconhecer os prprios erros, com humildade.

    Procura atividades no caderno do aluno:chas 16 e 17.

    A culpa foi

    toda minha.

    Desculpa.

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    33/160

    Joo Batista, o profeta

    Unidade Letiva 2

    Um homem corajoso

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    34/16034

    Unidade Letiva 2

    A comunicar que a gente

    se entende to bom comunicar, partilhar alguma coisa com algum! a comunicaoque nos permite conhecer os outros e darmo-nos a conhecer. Nos gestos, nasatitudes mais inesperadas, nas palavras que aprendemos ou simplesmente numatroca de olhares, somos capazes de expressar os mais profundos sentimentos e derevelarmos a nossa personalidade. dessa troca de mensagens que se constroemas relaes humanas e se consolidam* as verdadeiras amizades.

    Desde muito cedo, aprendemos a utilizar as mais variadas formas de comunicarcom os outros, mesmo distncia.

    A forma mais simples e a que exige menos esforo da nossa parte osimples recado. Apresentado oralmente ou escrito numa folha de papel, depoisencaminhado por uma pessoa da nossa conana ao seu destinatrio*.

    Aceder Chegar; ter acesso.

    Consolidar Fortalecer.

    Destinatrio Pessoa a quem se

    dirige a mensagem.

    Hbil Capaz.

    Palavras difceisAbc??

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    35/16035

    Unidade Letiva 2

    medida que crescemos vamo-nos tornando cada vez mais hbeis* na artede comunicar. Com muita facilidade, acedemos* aos mais modernos meios decomunicaoe, distncia de um clic, enviamos e recebemos mensagens nomomento, vindas de qualquer canto do planeta.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 18.

    Sem comunicao, falha qualquer relao.

    Gosto muito de

    ti, Afonso!Ento, Afonso,

    boas notcias, h?

    J vais, Sara? Faz-me um favor: diz

    Rita que eu no vou poder ir ao

    cinema. Ainda tenho tanto que estudar!

    Ok, no te

    preocupes, eu

    digo-lhe j.

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    36/16036

    Unidade Letiva 2

    Deus comunica com o seu

    povoDeus no silencioso. Como um pai, ele intervm de uma maneira muito ativana vida dos seus lhos, orientando-os e amparando-os.

    Por no ter uma aparncia fsica que nos permita v-lo ou ouvi-lo diretamente,Deus escolhe pessoas concretas que nos transmitem os seus recados so osprofetas.

    Estes homens desempenharam um papel muito importante no crescimentoreligioso do povo de Israel. No s o mantiveram el adorao do Deus nico

    como tambm o guiaram no conhecimento e no cumprimento da sua vontade.Por seu intermdio, Deus manifestou a Israel o seu poder amoroso, a sua bondadee ternura innitas, bem como as atitudes que haveriam de conduzir o povo comunho com Deus e com os outros. E quando o povo passava por grandesaies, tambm lhe prometia a salvao.

    O rei David e o profeta Natan, por Mathias Scheits

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    37/16037

    Unidade Letiva 2

    Ainda hoje, os profetas sustentam e

    animam a vida da Igreja. Eles so a vozde Deus, anunciando a sua mensagemlibertadora.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 19.

    Deus fala pela boca dos profetas.

    Infelizmente, o povo de Israelnem sempre conava nos seusprofetas, porque no tinha a cer-teza se eram mesmo enviadosde Deus e porque nem sempre amensagem que eles anunciavamera do seu agrado. Alguns forammesmo perseguidos e maltratados.

    Os que conavam nos profetasconsultavam-nos e procuravampr em prtica os seus ensina-mentos e conselhos, j que deles

    provinham palavras cheias dasabedoria de Deus.

    Sempre atentos vontade deDeus, os profetas pronunciavam--se sobre a realidade do mundoe dos seres humanos, criticandoo que estava errado e dandoorientaes sobre como se deveriaagir para agradar a Deus.

    No eram, portanto, adivinhos nem bruxos. Cada um, mediante osseus dons, de formas variadas, comunicava a mensagem recebida.

    Atravs deles, Deus mantinha-se presente na vida dos crentes emanifestava permanentemente, nos acontecimentos do quotidiano, oseu amor e a sua misericrdia.

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    38/16038

    Unidade Letiva 2

    Sinais de um verdadeiro

    profetaJ sabes que o profeta fala em nome de Deus. Este dom no se adquire pormrito prprio mas por vontade de Deus que o escolhe e sobre ele derrama o seuEsprito e a sua luz. Da em diante, o profeta a voz de Deus no meio do mundo.

    Mas houve quem se aproveitasse da inuncia que estas pessoas exerciamsobre o povo para se fazerem passar por profetas, enganando-o com falsasprofecias.

    Como poderiam os seus ouvintes reconhecer que se tratava de um profeta

    autntico e no de um falso profeta? Quer no Antigo Testamento quer no NovoTestamento, houve sempre quem advertisse o povo de Deus para ter cuidado.O prprio Jesus disse isso com muita clareza.

    Cuidado com os falsos profetas!

    Vm ter convosco como se fossem

    ovelhas, mas por dentro so lobos

    ferozes. Pelos seus frutos que os

    ho de conhecer. (Mt 7,15-16)

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    39/16039

    Unidade Letiva 2

    O cumprimento da profeciaera o sinal mais visvel de que se tratava de umverdadeiro profeta. Conrmada nos acontecimentos que o povo vivia, a profeciaaumentava a conana no nico Deus.

    Deus est aqui,

    To certo como o ar que respiro,To certo como a manh que se levanta,

    To certo como este canto que podes ouvir.

    Tu o podes sentir, movendo-se por entre os ramos,

    Tu o podes ouvir, cantando connosco aqui,

    Tu o podes levar, quando por esta porta sares,

    Tu o podes guardar para sempre no teu corao.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 20.

    Atravs dos profetas, Deus atua na histria humana.

    Mas o sinal que Jesus prope o me-

    lhor de todos. Se um profeta der bonsfrutos, porque Deus est com ele. Se,pelo contrrio, for como uma rvorecujos frutos so amargos ou venenosos, porque no um verdadeiro profeta.O que Jesus quer dizer que um pro-feta de Deus se reconhece pelas obrasque pratica. Se o seu comportamentofor mau porque um falso profeta:

    um lobo disfarado de ovelha.No meio de um povo rebelde e tantas vezes ingrato apesar dos sinais abun-

    dantes da presena de Deus e do seu amor os profetas brilhavam como astrosfortalecendo os irmos na f, recordando-lhes o amor misericordioso de Deus, de-nunciando as injustias e os comportamentos errados e anunciando a libertao.

    Profetas bblicos Isaias, Jeremias, Ezequiel

    e Daniel

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    40/16040

    Unidade Letiva 2

    Profetas de ontem profetas

    de hojeA companhia de Deusfaz-se sentir de muitas ma-neiras. Uma delas atravsdos profetas. E ainda hoje assim. Decerto j ouvistefalar de alguns profetas.

    Palavras difceisAbc??

    Elias alimentado pelos corvos,

    por James Tissot

    O profeta Eliasviveu nosculo IX a.C. No seu tem-po, o povo de Israel tinha--se distanciado de Deuspara venerar dolos pa-gos*. Elias sentiu o apelo

    de Deus e foi ter com orei para lhe anunciar onico e verdadeiro Deus.Mas o rei no lhe deuouvidos. Ento, o profetaanunciou que, durantetrs anos, Israel iria sentiro peso da seca e dafome. E assim aconteceu.Fugindo perseguio,

    Elias isolou-se* num lugar afastado, onde foi alimentado por um corvo.Passado algum tempo, dirigiu-se a Sarepta e ali cou, na casa de umapobre viva que lhe preparou uma refeio com o resto da sua farinhae do seu azeite. Contudo, graas orao de Elias, nunca mais faltoualimento naquela casa.

    Culto Orao a Deus.

    Isolar-se Afastar-se de todas as pessoas.

    Venerar dolos pagos Adorar esttuas

    de madeira ou de pedra.

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    41/16041

    Unidade Letiva 2

    Isaas nasceu por volta de765 a.C. Deus apareceu-lhe notemplo de Jerusalm, mudandocompletamente a sua vida. A par-tir desse momento passou a serprofeta, anunciando a destruiode Israel por causa das suas muitasmaldades. Mas depois da runa,Deus haveria de enviar um Messiaspara o libertar.

    Durante cerca de quarenta anosexerceu a sua ao denuncian-

    do a maldade do povo e asvrias alianas dos reis de Israelcom o Imprio Assrio e o ImprioEgpcio. Para Isaas, Israel tinha deconar apenas em Deus e no nascoligaes polticas.

    Anunciou tambm que Deus exi-ge a justia nas relaes entre aspessoas, a sinceridade no culto* e

    uma entrega total sua vontade.

    Com o apoio do teu professor, l o relato extraordinrio da vocao de Isaas (Is 6, 1-8).

    Quero saber mais

    Esttua de Isaas, Roma

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    42/16042

    Unidade Letiva 2

    O profeta Jeremias nasceu por volta de650 a.C., perto de Jerusalm. Ainda jovem,foi chamado por Deus para ser profeta.

    Viveu num dos perodos mais difceis dahistria de Israel: o do m do reino de Jud,com a destruio de Jerusalm e do temploe a deportao* para a Babilnia. Tal comoIsaas, tambm Jeremias profetizou a runa dopovo de Israel e criticou os poderosos do seutempo por no saberem agir de acordo coma vontade de Deus. Por isso, foi perseguido eencarcerado*.

    Anunciou tambm que Deus conhece ontimo do corao humano. Quando praticao mal, o ser humano rejeita a amizade queDeus lhe oferece. E sem a amizade de Deusnada somos!

    Mas Jeremias anunciou igualmente a es-perana de uma nova aliana entre Deus eIsrael na qual os mandamentos no estaroescritos em livros, mas no prprio corao doser humano, para que ele os possa cumprirtodos os dias.

    Profeta Jeremias,

    por Frederick James Sheilds

    Jeremias a pregar,

    por autor annimo

    Deportar Obrigar algum a sair da sua terra para ir habitar uma terra desconhecida.Difundir Espalhar.Encarcerar Aprisionar; pr na cadeia.Evangelho Mensagem de Jesus Cristo.Incentivar Promover; impulsionar.

    Palavras difceisAbc??

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    43/16043

    Unidade Letiva 2

    Tal como no passado, Deus continua a chamar homens e mulheres para anun-ciar a sua mensagem. Por toda a parte, ele vai suscitando profetas que chamam aateno das pessoas para aquilo que mais importante: o amor e a fraternidade.Chiara Lubich foi uma dessas pessoas.

    Fundadora e presidente do Movimentodos Focolares, Chiara Lubich nasceu emTrento, Itlia. Com 23 anos, durante a Se-gunda Guerra Mundial, juntamente comalgumas companheiras, comeou a suaexperincia de redescoberta do Evan-gelho*. Decidiu escolher o amor de Deus

    como nico ideal para a sua vida.Realava a urgncia da unidade: uni-

    dade entre as pessoas, entre as geraes,entre as raas e os povos, entre os cristosde vrias consses e entre as religies.

    Difundiu* o amor e incentivou* a suaprtica em todas as circunstncias da vida.

    Chiara Lubich (1920-2008)

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 21.

    Em todos os tempos e lugares, Deus inspira profetas para falar com os seus lhos.

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    44/16044

    Unidade Letiva 2

    A Bblia narra muitos episdios maravilhosos de feitos

    grandiosos realizados por Deus, atravs dos seus profetas,junto do seu povo.

    fora das palavras cheias de sabedoria, Deusacrescentava ao profeta a capacidade de realizargestosque podiam ser grandiosos ou simples. Os gestos

    No episdio da travessia doMar Vermelho, depois de mui-tas tentativas para convencero Fara a libertar o seu povo,Deus realiza, atravs de Moiss,o maior de todos os prodgios*:abre o mar em duas frentes edeixa passar o povo de Israel, a

    p enxuto, at outra margem,salvando o povo da persegui-o dos egpcios. Cumpriu-se,assim, a profecia tantas vezesproferida* por Moiss: Deus haveria de libertar o seu povo da escravidodo Egito!

    Neste feito extraordinrio, o povo de Israel reconheceu a mopoderosa de Deus e, em seu louvor, entoou este belssimo canto.

    Deslumbramento Encanto.

    Linhagem Srie de geraes.

    Prodgios Aes grandiosas.

    Proferir Dizer; anunciar.

    Palavras difceisAbc??

    grandiosos causavam o deslumbramento* de todos. Os gestos simples eram muitasvezes simblicos. Todas as aes pretendiam reforar a mensagem dos profetas eprovocar nas pessoas uma maior adeso a Deus.

    Moissaparece no incio da linhagem* dosprofetas. Para o povo judeu, ele o maiorde todos os profetas do Antigo Testamento,porque falou pessoalmente com Deus etransmitiu a sua Lei ao povo, depois de a terrecebido no monte Sinai.

    Gestos profticos

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    45/16045

    Unidade Letiva 2

    Deus libertador

    Cantarei em honra do Senhor,que obteve um triunfo maravilhoso.Deus a minha fora e o meu defensor,foi ele quem me salvou.Ele o meu Deus, por isso o louvarei; o Deus de meu pai, cantarei as suas glrias.

    Senhor, que deus como tu?Quem grande e santo como tu?

    Fazes coisas maravilhosas!Pela tua bondade, libertaste e guiaste o teu povo;

    pela tua fora, o conduziste tua terra santa.Tu s rei e senhor para toda a eternidade!

    Ex 15, 1-2; 11.13.18

    Texto bblico

    Para anunciar a chegada de Jesus,o Filho de Deus, surge Joo Batista, umgrande profeta do Novo Testamento.

    Tal como Moiss e os restantes profetasque o antecederam, Joo anuncia amensagem com toda a valentia e colocaa prpria vida em perigo ao denunciar asfaltas dos seus irmos, comeando pelosmais poderosos e inuentes.

    Joo recebeu o nome de Batistaporque batizava as pessoas nas guas dorio Jordo. Em todas as suas pregaespedia que as pessoas se arrependessemdas suas ms aes e se voltassem paraDeus. O batismoera um gesto simblico,um sinal de arrependimento, de ruturadenitiva com o mal e de incio de umavida nova, baseada no amor de Deus.

    Joo Batista, mosaico da Baslica

    de S. Marcos, Veneza

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    Unidade Letiva 2

    Com as palavras e os gestos, o profeta revela aquilo que Deus nos quer dizer.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 22.

    No tempo de Jesus, o batismo era realizado nas margens dos rios. A pessoa era totalmente

    submersa nas guas para simbolizar a lavagem da sua vida, ou seja, a purificao do pecado e o

    incio de uma vida nova, limpa de toda a espcie de maldade.

    Quero saber mais

    A sua pregao alegrou tanto as pessoas, que alguns at pensaram que eraele o prprio Messias que iria salvar o povo de Israel. Mas Joo que era umverdadeiro profeta rejeitou sempre esse ttulo at ao dia em que, vendo Jesusque se aproximava para ser batizado por ele, disse a todo o povo:

    A vem o Messias.

    Ele ir salvar

    o povo de Israel.

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    Unidade Letiva 2

    descoberta de um grande

    profetaTodos os evangelistas Mateus, Mar-cos, Lucas e Joo falam dele commuita venerao e carinho. Joo foi umprofeta muito especial porque recebeua misso de preparar o povo de Israelpara a vinda do Filho de Deus: Jesus deNazar. Por isso mesmo se diz que Joo

    Batista foi o precursordo Salvador.O texto de Lucas conta, pormenori-

    zadamente, as suas origens.

    As origens de Joo Batista

    No tempo de Herodes, rei da Judeia, havia um sacerdote chamado Zacariascuja esposa se chamava Isabel. Ambos levavam uma vida que agradava a Deus.Mas no tinham lhos, porque Isabel no os podia ter e nessa altura j os doiseram bastante idosos.

    Um dia, estava Zacarias no templo a queimar incenso, cumprindo as suas

    obrigaes como sacerdote, quando lhe apareceu um anjo de Deus. Ao v-lo,Zacarias assustou-se. Mas o anjo disse-lhe: No tenhas medo, Zacarias! Deus ouviu as tuas oraes: Isabel, tua

    mulher, vai dar-te um lho e tu vais chamar-lhe Joo. Ters uma grande alegriae muitos se ho de alegrar com o seu nascimento. Ele ser grande diante deDeus. No beber vinho nem bebida alcolica e nascer cheio do EspritoSanto. Far com que muitos israelitas voltem para o Senhor, seu Deus. Terum esprito forte como o do profeta Elias, para preparar o povo para receber oSenhor.

    Texto bblico

    Joo Batista, por Guercino

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    Unidade Letiva 2

    Zacarias perguntou ao anjo: Como posso eu ter a certeza disso, se estou velho e a minha mulher

    tambm?O anjo respondeu-lhe: Eu sou Gabriel e fui enviado para te anunciar esta boa notcia. Mas como

    no acreditaste no que te disse, vais car sem poder falar at ao dia em quetudo isto acontecer.

    O povo, entretanto, estava c fora espera de Zacarias e admirava-sepor ele se demorar no santurio. Quando saiu, no lhes podia falar e elescompreenderam que tinha tido uma viso.

    Algum tempo depois, Isabel cou grvida e dizia: Deus foi bom para mim.

    Quando acabou o tempo, Isabelteve um menino. Os seus vizinhos eparentes foram dar-lhe os parabns.

    Quando a criana tinha oitodias, foram circuncid-la e que-riam dar-lhe o nome do pai,Zacarias. Mas a me disse:

    De maneira nenhuma!H de chamar-se Joo.

    Responderam-lhe: No h ningum

    na tua famlia quetenha esse nome!

    Ento, por sinais, per-guntaram ao pai comoqueria que ele se cha-masse. Zacarias pe-

    diu uma tabuinha eescreveu: O nomedele Joo. E todos seadmiraram.

    Nesse momento, Zacarias voltou a poder falar e ps-se a louvar a Deus.A notcia espalhou-se por todo o lado e muitos perguntavam: Quem vir a

    ser este menino? Na verdade, o poder de Deus estava com ele.

    Texto bblico

    Chamar-lhe-emos

    Zacarias.

    De maneira

    nenhuma! H de

    chamar-se Joo.

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    Unidade Letiva 2

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 23.

    Deus atribuiu a Joo Batista a misso de profeta, logo desde o nascimento.

    A circunciso o corte do prepcio pequena membrana que cobre a glande do pnis.

    um ritual seguido pelos israelitas. Simboliza a aliana com Deus que distingue os judeus

    dos outros povos. Todos os meninos so sujeitos a esta interveno, passados oito dias do seu

    nascimento.

    O nome Joosignifica Jahweh [Deus] favorvel.

    O povo de Israel viveu quarenta anos no deserto. A, apren-

    deu a relacionar-se com Deus e a ter confiana nele, apesar

    de ter sido tentado a abandon-lo. Por isso, muitos profetas

    foram para o deserto, o lugar onde podiam encontrar-secom Deus, o espao de silncio onde se preparavam para a

    sua misso.

    Quero saber mais

    Texto bblico

    Entretanto, o menino crescia fsica e espiritualmente. E viveu no deserto atao dia em que se apresentou ao povo de Israel.

    Cf. Lc 1, 5-25.57-66.68.76-77.80

    Bendito o Senhor, Deus de Israel,

    que visitou o seu povo.

    E tu, menino, sers chamado profeta de Deus,

    porque irs sua frente a preparar os seus caminhos,

    para dar a conhecer ao seu povo a salvao.

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    Unidade Letiva 2

    Uma misso arriscadaJoo Batista, primo de Jesus (Maria era prima de

    Isabel), era um homem muito especial. Tinha depreparar o povo para acolher Jesus, que estavaprestes a chegar para iluminar a todos e dirigir osseus passos no caminho da paz.

    Como profeta, sentia a responsabilidade de

    Determinao Fir-

    meza, segurana.

    Palavras difceisAbc??

    Texto bblico

    chamar as pessoas verdade e de lhes anunciar o que Deus lhe inspirava.As suas palavras eram muito duras, denunciavam as maldades que muitosqueriam esconder. Por isso, Joo corria muitos riscos, mas isso no o desanimava.

    Desempenhava a sua misso com corageme determinao*.

    A pregao de Joo Batista

    No dcimo quinto ano do reinado do imperador Tibrio, quando PncioPilatos era governador da Judeia e Herodes, governador da Galileia, e Ans eCaifs eram os chefes dos sacerdotes, Deus falou, no deserto, a Joo.

    Comeou, ento, a percorrer toda a regio do Jordo e pregava assim aopovo:

    Pregao de Joo Batista, por James Tissot

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    Unidade Letiva 2

    Arrependam-se do mal e recebam o batismo para Deus vos perdoar ospecados.

    Joo dizia s multides queacorriam para serem batizadas porele:

    Raa de vboras! Quem vosdisse que podiam escapar ao castigode Deus que se aproxima? Mostrem

    pelas aes que esto verdadeiramentearrependidos. O machado j est

    pronto para cortar as rvores pelaraiz; por isso, toda a rvore que noder bons frutos ser abatida e lanadaao fogo.

    E as multides perguntavam-lhe: Que devemos, ento, fazer?Respondia-lhes: Quem tem duas tnicas reparta

    com quem no tem nenhuma e quem

    tem mantimentos faa o mesmo.Vieram tambm alguns cobradoresde impostos para serem batizados e

    perguntaram-lhe: Mestre, que havemos de fazer?Respondeu-lhes: No cobrem mais do que vos

    mandaram.Por sua vez, os soldados pergunta-

    vam-lhe: E ns, que devemos fazer?Respondeu-lhes: No sejam violentos com

    ningum, no denunciem injustamentee contentem-se com o vosso ordenado.

    Texto bblico

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    Unidade Letiva 2

    O povo pensava intimamente se ele no seria o Messias. Mas Joo explicoua todos:

    Eu batizo-vos com gua, mas vai chegar quem tem mais autoridade doque eu, a quem no sou digno de desatar a correia das sandlias. Ele h debatizar-vos com o Esprito Santo. Tem na mo a p de joeirar para separar o

    trigo da palha. Guardar o trigo no seu celeiro, mas queimar a palha numafogueira que no se apaga.

    Tambm repreendia o governador Herodes, por viver com Herodias, mulherdo seu irmo, e por todas as ms aes que tinha praticado. Ento, Herodesacrescentou a todas as maldades, mais esta: encerrou Joo numa priso.

    Lc 3, 1-3.7-20

    Texto bblico

    Joo abraou o projeto de Deus com todo o seu corao. Sentia uma grandealegria ao ver a mudana de vida de todos os que se arrependiam do malque tinham praticado e se deixavam batizar. Tambm se entristecia com asincompreenses e perseguies. Mas ele sabia que no estava sozinho, por issono desanimava.

    Joo Batista na priso, por autor annimo

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    53/16053

    Unidade Letiva 2

    Eu estou tua porta a bater,

    Se me abrires, entrarei para car.

    Eu preciso de ti para valer,

    Eu preciso de ti para enviar.

    Tu sers feliz, se me procurares,

    Se me abrires a porta do teu corao,

    Se no esqueceres o meu mandamento,

    O amor total feito de perdo.

    Tu sers feliz, se sentires que s

    Chamado a servir um imenso PovoQue sofre e que luta para ver o dia

    Em que a terra tenha um rosto novo.

    Tu sers feliz, se te abandonares,

    Decidires mesmo em mim conar.

    Tenho-te gravado na palma da mo,

    Eu sou o teu abrigo, eu sou o teu lar.

    Tu sers feliz, se souberes guardar

    A minha Palavra como a criana

    Que junto do Pai sabe conar

    E pela sua mo, sem medo, avana.

    Ir. Maria Amlia Costa

    Procura atividades no caderno do aluno:

    cha 24.

    A urgncia de levar Deus aos homens era a foraque movia Joo nas situaes de risco.

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    Unidade Letiva 2

    Um reconhecimento eternoJoo preparou a vinda do Messias. Recusou todo o tipo de louvores e de

    honrarias e encaminhou todas as pessoas para Jesus, o verdadeiro lho de Deus.Essa humildade valeu-lhe o maior elogio da parte de Jesus.

    Jesus, o Messias, elogia Joo Batista

    Enquanto Joo estava preso, os seus discpulos

    informaram-no de todas as palavras e aes de Jesus.Chamando dois deles, Joo mandou-os ir ter com Jesus.

    Ao chegarem junto dele, disseram-lhe: Joo mandou-nos ter contigo para te perguntar se tu s o Messias ou se

    devemos esperar outro.Naquele momento, Jesus estava a curar muitos doentes e a dar a vista a

    muitos cegos. Tomando a palavra, respondeu aos enviados: Vo contar a Joo isto que agora viram: que os cegos veem, os coxos

    andam, os leprosos cam limpos, os surdos ouvem, os mortos so ressuscitados

    e aos pobres anunciada a Boa Nova.Depois de os mensageiros de Joo se terem ido embora, Jesus ps-se a falar

    dele ao povo: Que que foram ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Que

    que l foram ver? Um homem vestido com roupas nas? Bem sabem que oshomens bem vestidos e que vivem no luxo esto nos palcios dos reis. Digaml, ento, que que foram ver? Um profeta? Sim, e digo-vos ainda: ele maisdo que um profeta. aquele de quem as Escrituras dizem: Vou mandar

    tua frente o meu mensageiro, para te preparar o caminho. E quem sabendoisto: entre os homens no h ningum maior do que Joo. No entanto, o mais

    pequeno do Reino de Deus maior do que ele.

    Lc 3, 1-3.7-20

    Texto bblico

    Ainda hoje, a Igreja reconhece em Joo Batista um modelo a seguir. Com muitafrequncia, medita nas suas profecias e louva a Deus pela f que este homemcontinua a despertar nas pessoas de todo o mundo que se deixam interpelar peloseu apelo converso.

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    55/16055

    Unidade Letiva 2

    No dia 24 de junho, a Igreja Catlica celebra o

    nascimento de Joo Batista. Em algumas cidades, como,

    por exemplo, no Porto e em Braga, esta festividade

    tem incio na vspera, com um grandioso arraial cheio

    de divertimentos, com comes e bebes e muita msica

    mistura.

    No dia 29 de agosto, a Igreja celebra o martrio de

    Joo Batista.

    Quero saber mais

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 25.

    Com o exemplo humilde de Joo, Jesus manifestaa preferncia de Deus pelos mais simples.

    No h ningum entre as

    pessoas que seja maior

    do que Joo.

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    56/16056

    Unidade Letiva 2

    Profeta at ao fim!Os profetas no so sempre bem aceites por todas as pessoas. A obedincia

    Palavra de Deus e sua vontade levam-nos, muitas vezes, a denunciarfaltasmuito graves que colocam as pessoas que as cometem numa posio muitodifcil perante a sua prpria conscincia e perante os outros. Tambm Joo Batistapassou por algumas situaes dessas. A mais difcil de todas levou sua morte.

    Morte de Joo Batista

    Herodes tomou por mulher Herodias, que era casada com seu irmo Filipe.Por causa disso, Joo repreendia-o:

    No tens o direito de viver com a mulher do teu irmo.Ento, Herodes mandou prender Joo.Herodias odiava Joo e desejava mat-lo, mas no podia, porque Herodes

    tinha medo dele, pois sabia que era um homem bom e santo e, por isso, protegia-o.Sempre que falava com ele, cava perturbado, mas mesmo assim escutava-ocom agrado.

    Texto bblico

    Pede-me o que quiseres

    que eu to darei.

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    57/16057

    Unidade Letiva 2

    Quando Herodes fez anos, deu uma festa e convidou para o banquete os seusministros, os chefes militares e as pessoas mais importantes da Galileia. A certa

    altura, a lha de Herodias entrou na sala e danou. Agradou de tal maneira aHerodes e aos convidados que lhe disse:

    Pede-me o que quiseres que eu to darei.E acrescentou, jurando: Dar-te-ei tudo o que me

    pedires, nem que seja metade domeu reino.

    Ela saiu e perguntou me: Que hei de pedir?

    A me respondeu: Pede a cabea de Joo Ba-

    tista.Voltando a entrar apres-

    sadamente, fez o seu pedido aHerodes.

    Herodes cou bastante triste,mas como tinha jurado diante

    dos convidados, no pde re-cusar o pedido. Sem demora,mandou um dos seus soldados

    trazer-lhe a cabea de Joo.O soldado foi cadeia, decapi-

    tou-o e trouxe a cabea num pra-to. A lha de Herodias recebeu--a e foi entreg-la me.

    Quando os discpulos de Joo souberam disto, foram buscar o seu corpo e

    sepultaram-no.Mc 6, 17-29

    Texto bblico

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 26.

    O dever de anunciar a Palavra de Deus superior defesa da prpria vida.

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    58/16058

    Unidade Letiva 2

    Ser profeta um desafio

    para cada cristoTodos os cristos so convidados a exercer a fun-o dos profetas no lugar onde vivem. Nas palavrase nas obras que realizam, transmitem a vontade deDeus e a alegria de se saberem seus lhos muitoamados.

    grande a responsabilidadedos cristos! Deles seespera a mesma coragemdos profetas do passado,

    a mesma determinaopela verdade e pela justia

    Alcunha Nome

    depreciativo.

    Bisav O pai do av

    ou da av.

    Palavras difceisAbc??

    mas, sobretudo, o anncio permanente da vontade de Deus, mesmo quandoincomoda ou pe prova a f.

    Repara na experincia de vida deste bisav* velhinho e compara-a com ostestemunhos dos profetas antigos.

    O meu bisav

    O meu bisav fez 90 anos.Eu nem fao ideia do que sente

    uma pessoa quando faz 90 anos.

    Para dizer a verdade, eu nemsei o que seja ter 90 anos: o meupai tem 35 e eu j acho que ele velho.

    Claro que houve festa!

    Vieram lhos, netos, bisnetos, namo-rados e namoradas dos bisnetos,amigos, vizinhos.

    A casa encheu-se.

    Ouviu-se msica no daquela que eu e os meus pais costumamos ouvir,e da qual o meu av diz que msica s pode ser alcunha!*, mas msicadaquela que se tocava muito devagarinho, no tempo em que os meusbisavs danavam (tambm muito devagarinho).

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    Unidade Letiva 2

    A seguir msica, vieram os brindes.

    E todos falaram do meu bisav.

    Sempre me lembro de o ver defender toda a gente, mesmo que

    soubesse que isso lhe podia custar o emprego disse um dos amigos,to velho como ele.

    Uma vez disse o meu av, olhando para ele a sorrir eu estavaconsigo num caf e lembro-me de o comear a ouvir dizer para os ami-gos que no compreendia como uns tinham demais e tantos tinham demenos, e explicava o que todosdevamos fazer, e a sua voz eraextraordinria, e as pessoas dasoutras mesas estavam todas a

    ouvi-lo Mas depois apareceuo dono que lhe disse que eramelhor acabar de falar, porqueainda podia ir preso

    O meu av fez uma pausa:

    Lembra-se, pai?

    O meu bisav sorriu:

    Lembro-me sobretudo do

    teu olhar espantado Eu era mido e nunca o tinha

    ouvido falar daquela maneiraParecia

    um profeta! exclamou outro velho amigo Era como ns lhechamvamos Onde quer que fosse, aproveitava sempre para cha-

    mar a ateno para o que estava mal E diziaque o futuro tinha de ser diferente

    Vinha longe o 25 de abril e j ele falava deliberdade e de justia

    E toda a gente o entendia Um profeta,era como lhe chamvamos recordou outroamigo Um profeta

    Depois caram todos em silncio, olhandopara o meu bisav.

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    60/16060

    Unidade Letiva 2

    O bisav era um verdadeiro profeta! Apesar de colocar

    o seu emprego em perigo, nunca desistiu de chamar aateno para o que estava mal. O seu desejo era quea justia se cumprisse e que o futuro fosse melhor paratodos.

    A verdadee a justia estavam acima de qualquer inte-resse, mesmo dos seus interesses pessoais o seu prprioemprego donde lhe vinha o salrio para sustentar a famlia.

    O profeta no escolhe a hora nem o dia que mais lhe djeito para anunciar a mensagem. Entrega-se simplesmente

    vontade de Deus e deixa que ele o inspire para falar, naaltura certa, as palavras mais adequadas aos ouvintes queo escutam.

    Ser profeta ser sempre verdadeiro e lutar pela justia.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 27.

    Tambm eu olhei para ele, e pareceu-me que ele ia comear a cho-rar, mas de repente endireitou-se na cadeira, tossiu levemente e excla-mou:

    Vamos mas apagar as velas!A minha av foi buscar o bolo, enquanto a minha bisav*, que j

    ouve muito mal, lhe perguntava:

    O que que eles te estavam a chamar?

    O meu bisav sorriu, fez-lhe

    uma festa na cara e respondeu:

    Nada, nada Podescontinuar a chamar-me

    Antnio

    Alice Vieira Texto indito

    Esttua da Justia,

    Frankfurt, Alemanha

    Bisav A me do

    av ou da av.

    Palavras difceisAbc??

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    61/16061

    Unidade Letiva 2

    Profetas de palmo e meioDepois de ter ressuscitado, Jesus apareceu aos seus amigos e convidou-os a

    ser profetas. Eles deixaram tudo e foram anunciar a todas as pessoas aquilo quetinham visto e ouvido de Jesus, enquanto tinham vivido com ele.

    A cano que vais cantar lembra esse convite.

    Os frutosso os sinais que identicamtodos os cristos. So as palavrase asatitudes que fazem lembrar o mestree que todos os profetas realizam,inspirados por Deus.

    Em seu nome, do esperana aosque esto desanimados e tristes, aco-lhem os que se sentem abandonados,esclarecem os que esto confusos,corrigem os que erram e defendem averdade mesmo quando ela incomodaou lhes menos favorvel. Denunciamo mal com muita determinao mas so compassivos e nunca fazem justiapelas prprias mos.

    So pessoas felizes porque se sentem sempre acompanhadas pelo Pai. Emcada pessoa, veem um irmo a respeitar e tudo sua volta benecia do corao

    bondoso que orienta todas as suas aes.

    Como o Pai me enviou

    Eu vos envio a vs.

    Transformai em vidaO que anuncia a vossa voz. (bis)

    Pelos frutos iro conhecer,

    Pelos frutos vero que sois meus,

    Pelos frutos vo acreditar

    Quem o vosso Deus.

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    62/16062

    Unidade Letiva 2

    Tambm tu podes ser profeta. Deus pode mostrar-se muito claramente nas tuasatitudes do dia a dia. Sozinho ou acompanhado, dentro ou fora de casa, na es-cola e em todos os espaos por onde andas, tu podes marcar toda a diferena.

    Eu irei cantar pelo mundo,

    falar de ti, meu Salvador.

    Eu irei dar a Boa Nova,

    dizer aos homens: Jesus Amor.

    1. Eu irei, falarei a todos

    que esperam receber teu fogo;

    eu irei levar essa chama

    que iluminar o mundo.

    2. Eu irei, anunciarei a paz

    e o amor eterno do Senhor;

    eu irei e serei feliz

    de trazer os homens ao Senhor.

    Quero ser um profeta de Deus e seguir o exemplo de Jesus na minha vida!

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 28.

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    63/16063

    Unidade Letiva 2

    Sementinhas de DeusO profeta de Deus

    O Senhor Deus

    ensinou-me o que devo dizer,

    para levar uma palavra de alento

    aos desanimados.

    Manh aps manh,

    ele desperta o meu ouvido

    para que o possa escutarcomo um bom discpulo.

    O Senhor Deus

    abriu os meus ouvidos

    e eu no lhe resisti.

    Ofereci a minha face

    aos que me puxavam a barba.

    No escondi o rosto

    a todos os que me insultavam.

    Porque eu j sabia

    que tu havias de ajudar-me,

    por isso, tornei o meu rosto

    resistente como uma pedra.

    E sabia

    que no caria envergonhado,

    porque ests to perto de mim!

    Se tu me salvas,

    quem poder condenar-me?

    Todos os que amam a Deus

    escutem a voz do seu profeta.

    Se algum se encontra perdido,

    tenha conana em Deus!

    Is 50,4-10 (adaptado)

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    64/16064

    Unidade Letiva 2

    Neste texto, Isaas faz aluso ao maior profetade toda a histria da humani-dade. Foi por seu intermdio que Deus transmitiu a sua vontade a todas as pessoas.Consegues descobrir de quem se trata?

    Vou anunciar a Palavra de Deus, sem medo!

    Procura atividades no caderno do aluno:chas 29 e 30.

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    65/160

    Amar a diferena, torna-nos mais solidrios.

    Crescer na diversidade

    Unidade Letiva 3

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    66/16066

    Unidade Letiva 3

    Um mundo variadoVisto do espao, o planeta Terra parece uma linda bola redonda, onde predo-

    mina uma cor: o azul. Mas na verdade, dela fazem parte paisagenscom aspetosmuito distintos.

    Observa as imagens.

    Como vs, o nosso mundo, que a casade todos os seres vivos, oferece aos seushabitantes lugares com aspetos muito variados. a maravilha da diversidade*.

    Diversidade Variedade;

    diferena.

    Palavras difceisAbc??

    A diversidade carateriza o planeta Terra.

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    67/16067

    Unidade Letiva 3

    Diversidade de animais

    e plantas

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 31.

    A diversidade de animais e plantas faz da Terra um planeta maravilhoso.

    Se as paisagens do planeta no so todas iguais, tambm os seus habitantesno o so. Com efeito, ele composto por seres vivosde todas as cores, tamanhose feitios.

    Uma casa com aspetos to diferentes, abriga seres vivos tambm eles diferen-tes. Cada um escolhe o melhor cantinho para habitar. H lugar para todos e cadaser vivo precisa dos outros. A existncia de tantos e to variados seres faz da Terraum planeta cheio de beleza e equilbrio.

    Biodiversidade: Com esta palavra designamos a grande variedade de seres vivos que

    habitam a Terra.

    Quero saber mais

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    68/16068

    Unidade Letiva 3

    A diversidade humanaEntre todos os seres da Terra sobressai o ser humano, criado por Deus para cuidar

    de todos os outros, com respeito e amor. Mas tambm na humanidade existemdiferenas.

    Um sonho quase real

    Decorriam os Jogos Olmpicos. O ambiente era de festa.

    Para a entrada daquele imponente pavilho desportivo dirigiam-sepessoas vindas um pouco de todos os pontos do globo: asiticos, africa-nos, europeus, americanos

    E a Nicole olhava-as, pasmada. Tantas pessoas! E to diferentes! pensava.

    Dentro de momentos tem incio a grande nal de ginstica acro-

    btica dizia uma voz l de dentro. Participam atletas dos seguintespases: Rssia, Japo, Argentina

    A Nicole nem ouviu mais nada:

    Vamos! Vamos depressa! dizia, puxando a mo ao pai e me.

    Vamos! Acorda! era a voz da me Hoje o dia do teu tor-neio de ginstica!

    A Nicole estava to entusiasmada com o seu primeiro torneio deginstica acrobtica que at sonhou com os Jogos Olmpicos!

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    69/16069

    Unidade Letiva 3

    real o sonho da Nicole: no nosso planeta vivem pessoas muito diferentes.Umas de pele clara, outras morenas; umas novas, outras idosas; umas altas, outrasbaixas

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 32.

    O mundo habitado por pessoas diferentes.

    Jogos Olmpicos: Acontecimento desportivo que rene pessoas de todas os povos do

    mundo. Realizam-se de quatro em quatro anos, sempre em pases diferentes.

    Quero saber mais

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    70/16070

    Unidade Letiva 3

    As pessoas so mesmo

    diferentes!O que dizes aos outros logo pelamanh? Bom dia! a forma comotodos nos saudamos, no verdade?

    Mas se estivesses noutro pas?Em Espanha dirias Buenos dias!; naAlemanha, Guten tag!; na Sucia,Hlsningar!; em Frana, Bonjour!; em

    Itlia, Buongiorno!.So muito diversos os modos como

    nos expressamos.

    Mas no apenas a lnguaque nostorna diferentes. Tambm a maneira depensare de vivermuda de povo parapovo.

    Um costume indgena

    Num certo povo indgena do Brasil s uma pessoa pode receber asvisitas: o chefe da aldeia. Se ele estiver ausente, ser um seu represen-tante a faz-lo. As visitas no so acolhidas em qualquer casa; s podemser recebidas na casa do chefe ou de quem o substituir.

    Bom dia! Hlsningar!

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    71/16071

    Unidade Letiva 3

    muito importante conhecermos os costumes de outros pases e de outrospovos, at porque convivemos, por vezes, com pessoas vindas de l, ou vamosns aos seus pases.

    Um prato tpico de Cabo Verde

    As pessoas de Cabo Verde confecionam com muita frequncia um pratoonde juntam uma grande variedade de carnes e vegetais. O nome desse

    prato cachupa. Os cabo-verdianos tambm preparam esse alimento nospases para onde emigram, como, por exemplo, Portugal.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 33.

    O modo de pensar, falar e agir muito diferente de povo para povo,

    de pas para pas.

    Povo indgena:So povos que continuam a viver no lugar onde tiveram origem, h muito

    tempo atrs, mantendo os costumes e as tradies dos seus antepassados.

    Quero saber mais

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    72/16072

    Unidade Letiva 3

    Diversidade em PortugalNo necessrio ir a pases distantes para encontrar usos e costumes variados.

    Na maneira de falar muito fcil encontrar diferenas entre as pessoas de regiesdistintas de Portugal. Observa como se utilizam determinadas expresses no Norte,no Centro ou no Sul.

    Observa tambm dois exemplos de trajesregionais.

    Muitos poderiam ser os exemplos dos diferentes usos e costumes de Portugal.Apresentamos-te apenas mais um: a msica. Tambm esta varia de regio pararegio. Eis uma cano popular dos Aores e outra de uma terra chamadaMiranda do Douro bem no norte de Portugal. To diferentes!

    Um traje da regio do Alentejo Um traje da regio do Minho

    NORTE CENTRO

    minha beira Ao p de mim

    Bica

    CabideCadeado

    Frigideira

    Tampa (de panela)

    Cimbalino

    CruzetaAloquete

    Sert

    Testo

    CENTRO SUL

    Mido Gaiato

    Bogalho

    ChaparroAbondar

    Adiafa

    Almece

    Berlinde

    SobreiroBastar

    Refeio/Gratificao

    Soro

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    73/16073

    Unidade Letiva 3

    A senhora Chamarrita

    ()

    A senhora Chamarrita

    uma santa mulher.

    Sai de manh para a missa

    Volta a casa quando quer.

    D voltas Chamarrita

    Quem manda voltar sou eu.

    Chamarrita foi ao Pico

    A cavalo dum burrico.

    O burrico tropeou

    Chamarrita l cou.

    ()

    Cano tradicional dos Aores

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    74/16074

    Unidade Letiva 3

    Mirandum se fui a la guerra

    Mirandum se fui a l guerra (bis)

    Mirandum, Mirandum, Mirandela

    Num sei quando bener.

    Se bener por l Pasqua (bis)

    Mirandum, Mirandum, Mirandela

    Ou se por la Trnidade.

    La Trnidade se passa (bis)

    Mirandum, Mirandum, Mirandela

    Mirandum num bene i.Chubira-se a ha torre (bis)

    Mirandum, Mirandum, Mirandela

    Para ber se lo abistaba.

    ()

    Cano tradicional de Miranda do Douro,

    em mirands

    Mirands* foi para a guerra

    Mirands foi para a guerra (bis)

    Mirands, Mirands, Mirandela

    No sei quando vir.

    Se vir pela Pscoa (bis)

    Mirands, Mirands, Mirandela

    Ou se pela Trindade.

    Passa a Trindade (bis)

    Mirands, Mirands, Mirandela

    Mirands j no vem.Algum subiu a uma torre (bis)

    Mirands, Mirands, Mirandela

    Para ver se o avistava.

    ()

    Cano tradicional de Miranda do Douro,

    em portugus

    Se tiveres oportunidade no deixes de conhecer as tradies portuguesas,visitando as regies a que pertencem.

    Mirands Prprio de

    Miranda do Douro, cidade no

    norte de Portugal; lngua desta

    regio, reconhecida, desde

    1998, como segunda lngua de

    Portugal.

    Palavras difceisAbc??

    Em Portugal existem diferentes tipos de costumes e tradies.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 34.

  • 8/11/2019 Manual Aluno 4.pdf

    75/16075

    Unidade Letiva 3

    Diferenas entre as pessoasAs pessoas no diferem apenas nos costumes. Presta ateno:

    Conhece o teu colega do lado

    No primeiro dia de aulas, a professo-ra da Sara distribuiu uma cha para ser

    preenchida a pares, devendo cadaum dialogar com o seu colega dolado a m de melhor se conhecerem.

    A Sara conversou com o seu colegade mesa, que era novo na turma.

    Repara como cou preenchida a

    cha, no nal da atividade:

    Muitas podem ser as diferenas entre as pessoas: a situao familiar, os gostos,os costumes, as idades, as prosses, as religies, os idiomas, os sonhos, etc. Por

    sermos diferentes, a nossa vida est cheia de surpresas e novidades.

    Procura atividades no caderno do aluno:

    cha 35.

    Cada pessoa diferente das outras em gostos, opinies, desejos

    Miguel

    Comerciante

    Domstica

    O vero

    Sport Unio Sintrense

    No tem

    Futebol

    Cientista

    Verde

    Pizza

    Prosso do pai

    Prosso da me

    Estao do ano favorita

    Clube preferido

    Cantor preferido

    Atividade favorita

    Futura prosso

    Cor preferida

    Prato favorito

    Sara

    Contabilista

    Cabeleireira

    A primavera

    No tem

    Britney Spears

    Hip-hop

    Estilista

    Azul

    Hamburger

  • 8/11/2019 Manual Aluno 4.pdf

    76/16076

    Unidade Letiva 3

    Na diversidade est a

    riqueza da sociedadeImagina que toda a gente tinha os mesmos gostos e as mesmas aptides*.Imagina que todos queriam ter a mesma prosso. Como seria o mundo? Poderiam

    ser todos polcias, mecnicos, mdicos, professores ou agricultores?

    Se pensares bem, hs de reparar que os adultos tm prossesmuito diversas.E isto porque uns tm jeito para uma determinada prosso, outros para outra. Uns

    interessam-se por aprender umas coisas, outros preferem aprender outras.

    Graas s aptidesde cada um, est ao alcance de todos conseguir aquilo de

    que precisam.

    E tu? J pensaste em que podes ser til quan-do cresceres? J sabes qual a tua prosso

    preferida? Tens muito por onde escolher, masantes de tudo, deves aprender a conhecer-te ea desenvolver as tuas capacidades.

    Aptido Capacidade para

    fazer alguma coisa; habilidade.

    Palavras difceisAbc??

    A sociedade composta por pessoas com diversos tipos de aptides e qualidades.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 36.

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    77/16077

    Unidade Letiva 3

    Diversidade: a riqueza

    de um grupoAs diferenas, longe de serem causa de conito e mal-estar, devem ser formasde nos sentirmos mais valorizados. O episdio que se segue um exemplo dissomesmo.

    O dia do concurso

    Na colnia de frias era dia de concurso. O Joaquim apressou-se:

    O Alex, o Rafa, o Miguel, o Xavier e o Tiago so da minha equipa! eram os que melhor jogavam futebol e quiseram chamar-se Os in-vencveis.

    Na outra equipa caram o Dany, que era muito alto, a Elisa, que tinha

    fama de intelectual, o Filipe, que para alm de alto, tambm era bemgordinho, a Djany, que tinha vindo da Austrlia e falava bem ingls, aMatilde, que estudava msica e o William, que era mais velho e tinhavindo h pouco de Moambique. Esta equipa escolheu o nome de Oscorajosos.

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    78/16078

    Unidade Letiva 3

    Os Invencveis

    6

    3

    0

    10

    2

    0

    21

    Encestar a bola

    Inventar o hino da equipa

    Jogo de puxar a corda

    Meter golo a 20 metros

    Adivinha o nome do autor

    Como se diz em Ingls?

    TOTAL

    Os Corajosos

    PONTOS

    PROVAS

    8

    10

    10

    3

    8

    10

    49

    O valor de um grupo est na diversidade dos seus elementos.

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 37.

    A equipa de Os Invencveis estava convencida de que iria sair vitoriosa. Masas provas eram variadas e eles s eram bons em futebol. Na equipa de Os Co-rajosos havia um pouco de tudo. Cada um contribuiu para a vitria com as suascaratersticas pessoais.

    Neste quadro podes ver a pontuao obtida em cada uma dasprovas:

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    79/16079

    Unidade Letiva 3

    Aceito as minhas diferenas!A histria anterior mostra como cada um, tal como , tem um valor especial.

    Cada qual deve aprender a aceitar as suas caratersticas pessoais e a percebercomo isso pode ser valioso.

    L com ateno a histria seguinte.

    Co co, gato gato

    O que eu mais gostava era de ser gato murmurouJoli, um co de pelo to negro e luzidio que, s vezes, o

    dono at exclamava: Se no fosses co, eras corvo!

    Mas Joli no queria ser corvo.

    Ele nunca tinha visto um corvo, mas sabia que era umaave, e ser ave devia dar uma grande trabalheira, a voar de um ladopara o outro, e com um bico em vez de boca, o que devia complicar

    imenso as refeies.

    Gato?! admirou-se Bab,

    uma cadelinha que tinha chega-do no ltimo Natal, e por quemJoli estava um bocadinho apai-xonado Que horror! Comerratos deve ser nojento!

    No tem nada a ver comratos E os gatos comem outrascoisas

    Joli ladrou ligeiramente, para

    aclarar a voz, e depois disse:

    J viste alguma vez o nossodono dizer ao Bigodes

    Que nome horrvel murmurou Bab.

    E eu, achas que gosto de me chamar Joli?

    Melhor que Bigodes E j agora, como que gostavas de techamar?

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    80/16080

    Unidade Letiva 3

    Tejo Mondego Nilo Todos os ces da minha famlia tm nomesde rios

    (Joli sabia imenso de geograa!)

    E continuou: Mas dizia eu que nunca viste o nosso dono mandar o Bigodes fazer

    aquelas palermices que nos manda a ns: d a patinha!, deita!, vaibuscar o chinelo!, de p!

    Bab suspirou. Os donos s vezes no entendem que umco tambm tem a sua dignidade.

    V l se o Bigodes faz isso! continuava o Joli. Claroque no Passeia-se pela casa com um desprezo olmpi-

    co(Bab no sabia o que era um desprezo olmpico, masno disse nada. Joli passava os dias enado no quarto do T

    quando ele estava a estudar, e por isso sabia tudo.)

    enrosca-se no sof, pe-se a dormir ao sol da varanda e no faznada. Por isso que eu queria ser gato. Nasci para ser gato. Acho quedava um excelente gato. E o nosso dono havia de gostar muito mais demim se eu fosse gato.

    Bab sorriu.

    Cada um como cada qual, l dizia a minha av, que uma vezme contou a histria de uma r que queria ser boi e olha que acaboumuito mal!

    Cada um como

    cada qual!

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    81/16081

    Unidade Letiva 3

    Estou farto de ser palhao, pronto!

    Bab passou-lhe a patinha pelo pelo e disse:

    Mas diz l, no gostas de ouvir o riso das pessoas quando fazes

    essas coisas? No gostas que elas te faam festas e que quem um bo -cadinho mais felizes quando olham para ti?

    L isso

    E um co faz outras coisas No prdio em frente h um primo meuque ajuda um cego a andar na rua! E no ouviste a histria que o nossodono contou de um co que se atirou s pernas de um gatuno e no odeixou roubar a casa?

    Joli parecia mais conformado com o destino.

    Para alm de ser uma beleza, Bab era a inteligncia em cadela. E no era por cares diferente que o nosso dono ia gostar mais de

    ti! Co co, gato gato. Ser diferente no uma qualidade!

    Pronto, convenceste-me! disse ele, olhando-a.

    Quando tiver coragem, h de perguntar-lhe se quer casar com ele.

    Alice Vieira Texto indito

    Procura atividades no caderno do aluno:cha 38.

    O valor de cada um est em reconhecer e valorizar o que tem de diferente.

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    82/16082

    Unidade Letiva 3

    Amar os outros, diferentes

    de mimAmar os outros, tal como soNo basta conhecermo-nos e acei-

    tarmo-nos tal como somos. necessriotambm olhar para os outros ereconhecer as caratersticas de cadaum, no s por fora, mas tambm pordentro.

    No vale a pena querer que elespensem, sintam ou faam como ns.Eles tm o direito a ser como so. Comotu tens direito a ser como s.

    muito fcil ser amigodaqueles queso exatamente como ns gostamos.E os outros? Como os olhamos?

    Assim como tu desejas que os outros

    sejam teus amigos, tal como s, tam-bm eles esperam que tu sejas amigodeles, tal como so.

    Tolerar* bom. Cooperar melhor!

    Perante as diferenas que existem entre aspessoas, somos muitas vezes convidados a sertolerantesuns com os outros, para conviver de

    forma pacca e harmoniosa.

    Tolerar Permitir; aceitar;

    suportar.

    Palavras difceisAbc??

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    83/16083

    Unidade Letiva 3

    J bom. Mas no podemos fazer mais do que tolerar-nos apenas?

    Se o mundo a casa que a todos acolhe, porque no aproveitar as nossas di-ferenaspara o tornar melhor?

    Uma vez que cada um tem algum dom ou algum talento que os outros no tm,

    podemos cooperar* uns com os outros paratornar este mundo mais humano e acolhedor.Decerto que sozinhos no chegaramos muitolonge. Mas se todos remarmos para o mesmom, poderemos melhorar bastante o mundo em

    que vivemos.

    Cooperar Trabalhar em

    conjunto; colaborar.

    Palavras difceisAbc??

    Amar os outros aceitar que sejam diferentes de ns e cooperar com eles.

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    84/16084

    Unidade Letiva 3

    Nem tudo o que diferente

    bomSer sempre bom ser-se diferente? Devemos aceitar sempre as diferenas dosoutros? Observa as seguintes situaes:

    H pessoas que formam grupos fechados e isolados, sem se misturar com mais ningum.

    Por vezes, h pessoas que querem impor as suas ideias.

    Aqui s se pode

    jogar futebol! E se

    querem!

    Ns somos diferentes,

    no nos misturamos

    com ningum.

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    85/16085

    Unidade Letiva 3

    No bom ser diferente

    quando, por se ser diferente, se prejudica algum.

    quando, por ser diferente, algum impe aos outros a sua prpria vontade.

    quando quem se acha diferente se isola e despreza os outros.

    Antes de aceitar pertencer a um grupo ou aceitar um convite de amigos conveniente reetir:

    O grupo a que vou pertencer ajuda-me a ser uma pessoa melhor? Respeita as outras pessoas?

    O melhor mesmo conversar com os pais sobre o assunto.

    Procura atividades no caderno do aluno:chas 39 e 40.

    Sou diferente, mas estou atento ao bem dos outros e ao meu prprio bem.

    Por vezes, quem se julga diferente no respeita as outras pessoas.

    Di-me a cabea.

    No podem baixar

    o volume?

    Queremos ouvir a

    nossa msica como

    nos apetecer!

  • 8/11/2019 Manual Aluno 4.pdf

    86/16086

    Unidade Letiva 3

    A inaceitvel discriminaoSomos todos iguais em dignidade

    Apesar das muitas diferenas que podemexistir entre as pessoas, somos todos iguais nocorao, porque

    em todos ns existe o desejo de ser feliz.

    em todos existe a alegria e a tristeza.

    em t