manual animação e lazer V.V.Ficalho

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 Vila Verde De Ficalho Carga horária: 50 Horas  2012 Animação e Lazer Manual Formadora: Ana Lúcia Palma

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    V i l a V e r d e D e F i c a l h o

    Carga horria: 50 Horas

    2012

    Animao e LazerManual

    Formadora: Ana Lcia Palma

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    ndice

    Introduo

    Objectivos UFCD

    Contedos UFCC

    1. A Animao e o lazer -------------------------------------------------------------------------6

    1.1. Tipos de animao ----------------------------------------------------------7

    1.1.1. Animao cultural ----------------------------------------------7

    1.1.2. Animao social ------------------------------------------------7

    1.1.3. Animao educativa --------------------------------------------71.1.4. Animao individual --------------------------------------------8

    1.1.5. Animao de grupo --------------------------------------------8

    1.1.6. Outros exemplos de animao -------------------------------8

    1.2. Tipos de animao quanto faixa etria

    1.2.1. Animao Infantil-----------------------------------------------------9

    1.2.2. Animao Juvenil-----------------------------------------------------9

    1.2.3. Animao Infanto-Juvenil-------------------------------------------9

    1.2.4. Animao para Adultos----------------------------------------------9

    1.2.5. Animao Snior/Idosos---------------------------------------------9

    1.2.6. Animao para Todos------------------------------------------------9

    2. Categorias de animao

    2.1. De difuso cultural ---------------------------------------------------------10

    2.2. De actividades ldicas------------------------------------------------------10

    2.3. De actividades artsticas no profissionais------------------------------10

    2.4. De actividades sociais------------------------------------------------------103. Comunicao e Animao de Grupos------------------------------------------------------11

    4. O Animador -----------------------------------------------------------------------------------13

    4.1. Funes do Animador------------------------------------------------------13

    4.2. Perfil do animador----------------------------------------------------------14

    4.2.1. A nvel pessoal ------------------------------------------------------14

    4.2.2. A nvel profissional--------------------------------------------------14

    4.2.3.Perante o trabalho---------------------------------------------------15

    4.2.4. Perante o grupo-----------------------------------------------------15

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    5. Recursos da Comunidade-------------------------------------------------------------------16

    6. A actividade Ldica---------------------------------------------------------------------------17

    6.1. A importncia do ldico----------------------------------------------------176.2. Exemplos de actividades ldicos------------------------------------------18

    7. Critrios para a seleco das tcnicas-----------------------------------------------------19

    7.1. Segundo os objectivos-----------------------------------------------------19

    7.2. Segundo a maturidade do grupo-----------------------------------------19

    7.3. Segundo o tamanho do grupo--------------------------------------------19

    7.4. Segundo as caractersticas dos membros do grupo-------------------19

    7.5.

    Segundo a capacidade do animador-------------------------------------198. Actividade fsica-------------------------------------------------------------------------------20

    9. Metodologias e tcnicas de animao-----------------------------------------------------21

    Expresso plstica---------------------------------------------------------------21

    Expresso Musical---------------------------------------------------------------24

    Expresso dramtica------------------------------------------------------------26

    Expresso Psicomotora---------------------------------------------------------29

    Literatura-------------------------------------------------------------------------31

    10.Planificao de actividades------------------------------------------------------------------32

    11.Bem-aventuranas do animador-----------------------------------------------------------35

    Concluso

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    Introduo

    A animao , e sempre foi, uma forma de espairecer, de lazer e de divertimento.

    Para alm disso, a animao tambm uma actividade muito complexa, pois ela vai

    interferir com diferentes tipos de pessoas, diferentes hbitos e diferentes

    comunidades. Cada um destes pontos deve de ser estudado com ateno antes de

    aplicar qualquer tipo de actividade. Por esse motivo, no qualquer pessoa que pode

    desempenhar o papel de animador.

    O animador centra-se, acima de tudo, em quem tem de animar: a pessoa concreta, deuma determinada idade, numa situao existencial especfica, com as suas

    experincias e os interesses. S depois se deve concentrar no que fazer e como fazer.

    O jogo como actividade ldica ter um papel primordial ao longo de todas as sesses,

    vamos trabalhar e explorar os mais variados tipos de jogos e perceber os critrios a ter

    em conta para a sua escolha.

    Neste mdulo vamos ainda aprender diferentes tcnicas de animao ligadas as

    diferentes reas de expresso (plstica, msica, literatura e arte dramtica), para isso

    sero disponibilizadas vrias sesses prticas onde o grupo ir activamente dinamizar

    as tcnicas de animao.

    O presente manual pretende constituir uma ferramenta de trabalho para os formandos

    do mdulo e, ainda, um instrumento de consulta durante a actividade profissional dos

    mesmos. O manual de apoio pretende ser utilizado como um complemento para as

    sesses e tem como principais objectivos:

    Proporcionar ao/ formando/a uma sistematizao terica sobre as

    temticas abordadas durante as sesses;

    Facultar ao/ formando/a instrumentos de pesquisa e aprofundamento para

    a compreenso da UFCD;

    Orientar o processo formativo do/a formando/a.

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    Objectivos UFCD

    Objectivos Gerais:

    Aplicar tcnicas de animao tendo em conta as necessidades e interesses dos

    clientes/utilizadores.

    Colaborar na organizao e realizao de actividades no exterior.

    Objectivos Especficos:

    Seleccionar e adaptar os recursos existentes na comunidade

    Adequar as tcnicas de animao especificidade de cada cliente/utilizador.

    Adequar as tcnicas de animao segundo o grupo etrio

    Conhecer diversos jogos de interior e exterior

    Saber estimular a actividade fsica dos clientes/utilizadores

    Aplicar tcnicas de artes plsticas

    Aplicar tcnicas de arte dramtica

    Utilizar a msica e a literatura como meios de expresso

    Utilizar meios audiovisuais na animao Aplicar tcnicas de observao

    Elaborar e conduzir uma entrevista

    Dinamizar o trabalho em grupo

    Preparar uma excurso

    Planificar uma colnia de frias

    Organizar espectculos e exposies

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    Contedos UFCD

    1- Tcnicas de animao e lazer

    Recursos da comunidade

    A actividade ldica

    Tcnicas de animao adequadas especificidade de cada cliente/utilizador

    Jogos de interior /Jogos de exterior

    Actividade fsica

    Meios de expresso

    Arte plstica

    Arte dramtica

    Msica

    Literatura

    Meios audiovisuais

    Televiso

    Cinema

    Vdeo

    Tcnicas de observao

    Entrevista Trabalho de grupo

    2 - Actividades no exterior

    Excurses

    Colnias de frias

    Espectculos

    Exposies

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    1. A Animao e lazer

    A animao uma rea de actuao composta por um conjunto de actividades que

    permitem s pessoas usufrurem de forma mais plena uma determinada experincia.

    Segundo Lobrot (1977), animar implica, como o prprio sentido etimolgico regista,

    uma aco dinmica, exercida de forma directa, que produz movimento, vida,

    actividade, induzindo a propostas e sugestes que orientem, seduzam, solicitem,

    despertem e influenciem a imaginao, sem qualquer coercitividade.

    Cit in Lana Rui (2004, pp 15), Animao Desportiva e Tempos Livres

    Lazer,por sua vez, significa vagar, descanso, passatempo, no contexto da animao

    podemos dizer que o lazer a ocupao desses tempos de descanso atravs de

    estmulos agradveis de emoes combinados com um elevado grau de escolha

    individual.

    Lana Rui (2004, pp 119), Animao Desportiva e Tempos Livres

    A animao mune-se de metodologias participativas e activas para promover a

    implicao responsvel e livre dos indivduos na comunidade onde se inserem,

    tornando-os protagonistas do seu prprio desenvolvimento.

    Por ser algo de to complexo, houve necessidade de distribuir a animao por tipos e

    categorias.

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    1.1. Tipos de animao

    Relativamente aos tipos de animao, existem:

    1.1.1. A animao cultural Orientada para o desenvolvimento da

    criatividade, expresso e criao cultural ou artstica.

    Espaos de interveno: Casas e centros culturais, Ateli de expresses, Escolas

    artsticas, Museus, Bibliotecas, ateli de cozinha, etc.

    O que que faz um animador cultural?

    Organiza, coordena e desenvolve actividades de animao de grupo e comunidades,

    tais como atelis, visitas a diversos locais (museus, exposies, etc.)

    Programa um conjunto de actividades de carcter educativo, cultural, desportivo e

    social.

    Rene os recursos necessrios, tais como equipamentos, meios financeiros e humanos,

    transportes e outros.

    Concebe e executa individualmente ou em colaborao com grupos, suportes materiais

    para o desenvolvimento das aces.

    Avalia os programas e efectua os respectivos relatrios

    1.1.2. A animao Social: Tem como propsito resolver os problemas

    colectivos do grupo ou comunidade.

    Tem uma vertente comunitria, em prol do desenvolvimento da participao e do

    associativismo, promovendo as relaes humanas e o desenvolvimento local.

    1.1.3. Educativa -Orientada para o desenvolvimento da motivao, para a

    aprendizagem e formao permanente.

    Permite uma dinamizao e optimizao dos recursos pessoais para a insero social.

    A interveno centra-se na pessoa e suas especificidades.

    Espaos de interveno: Universidades, Centros de frias, Diversos equipamentos de

    ocupao e tempos livres

    As suas caractersticas potenciam e desenvolvem atitudes de formao

    pessoal e grupais adaptadas s contnuas mudanas.

    Este tipo de animao um meio para a alterao do comportamento e de

    mentalidades que persistem, designadamente quando promove valores de

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    solidariedade, de entreajuda e auto-estima entre as pessoas, quando estimula a

    capacidade dos participantes para transformar ideias em projectos.

    1.1.4. Animao Individual - Conceito de Individual que Relativo a umanica pessoa; Que possui caractersticas prprias de um indivduo

    distintas do restante grupo.

    Estratgias: Encontrar mtodos de trabalho especficos, para situaes de

    necessidades educativa especial, marginalizao, excluso social, faixas etrias

    diferentes.

    1.1.5.

    Animao de GrupoConceito de Grupo

    Um grupo constitudo por um conjunto de indivduos. No entanto, nem todos os

    conjuntos de indivduos se podem considerar um grupo. Para que tal acontea

    necessrio que um conjunto de indivduos esteja em interaco durante um perodo de

    tempo considervel e que consiga desenvolver uma actuao colectiva com vista ao

    seguimento de objectivos partilhados.

    Os grupos distinguem-se uns dos outros pelos mais variados critrios.

    Papel do Grupo

    O grupo desempenha papis decisivos na vida humana j que nele que se processa a

    socializao do indivduo imprescindvel sua formao enquanto pessoa. Assim, ao

    longo da vida do indivduo, uma adequada integrao em grupos indispensvel para

    a formao de um ser humano completo e equilibrado emocional e socialmente.

    amplamente reconhecido que o grupo pode exercer uma forte influncia no

    comportamento individual dos seus membros. Este efeito pode revestir aspectos

    positivos, mas tambm negativos. Um grupo pode facilitar mudanas comportamentaisdesejveis nos seus membros, mas pode, tambm, facilitar a manifestao pelos seus

    membros de comportamentos socialmente indesejveis e/ou desadequados.

    1.1.6. Outros exemplos de tipos de animao:

    Animao infantil

    Animao Juvenil

    Animao para Terceira Idade Animao para pessoas portadoras dos mais variados tipos de deficincias

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    Animao de Instituies

    Animao de rua

    Animao de bares

    Animao Turstica

    1.2. Tipos de Animao quanto faixa etria

    As actividades e as animaes devem ser adequadas, orientadas e vocacionadas

    idade e escalo etrio a que se destinam. Surgem, assim, os seguintes tipos de

    animao:

    1.2.1. Animao Infantil: a animao destinada a bebs, crianas e pr-

    adolescentes. concebida tendo em conta as caractersticas, competncias,

    capacidades e aptides prprias destas idades. a animao que acontece em

    creches, jardim-de-infncia e O.T.Ls.

    1.2.2. Animao Juvenil: a animao destinada a adolescentes e jovens.

    Temos como ex. as aces realizadas pelo Instituto Portugus da Juventude. A

    animao feita tendo em conta as expectativas, os gostos, interesses e

    necessidades dos jovens.1.2.3. Animao Infanto-Juvenil: a juno entre a animao infantil e a

    juvenil. H, por assim dizer, um alargamento em termos de faixa etria.

    1.2.4. Animao para Adultos: uma animao destinada a adultos, mais

    generalizada e de maior alcance em termos de difuso. No implica cuidados

    especiais em termos de metodologias e de aprendizagem porque virada para

    o divertimento e entretenimento.

    1.2.5. Animao Snior/Idosos:vocacionada para os mais idosos (pessoas

    que atingiram a terceira idade e so reformadas. uma animao

    especializada, pois tem de ir ao encontro das possibilidades e disponibilidade

    dos idosos.

    1.2.6. Animao para Todos: uma animao que engloba todas as faixas

    etrias, como por exemplo a animao feita numa festa de aniversrio. Tem a

    vantagem de aproximar todas as idades, promovendo o relacionamento e o

    convvio.

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    2. Categorias da animao

    2.1. De difuso culturalconsiste em incentivar o gosto pela cultura, cincia

    e pelo conhecimento

    2.2. De actividades ldicas consiste na animao por divertimento, lazer,

    desporto ou convvio

    2.3. De actividades artsticas no profissionaisconsiste em desenvolver

    capacidades artsticas e criativas das pessoas atravs da prtica

    2.4. De actividades sociais consiste em promover a participao das

    pessoas nos movimentos cvicos, sociais, polticos ou econmicos.

    No fundo, a animao um processo que visa a participao e que desenvolve a

    criatividade das pessoas. Destina-se a estimular as pessoas e os grupos para que se

    autodesenvolvam, mobilizando todas as suas faculdades, no sentido da resoluo dos

    seus problemas reais e colectivos.

    O papel desempenhado pela animao extremamente importante porque, para alm

    de entreter e animar a pessoa, tambm lhe permite um despertar para a descoberta e

    desenvolvimento das suas potencialidade e capacidades.

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    3. Comunicao e Animao de grupos

    A comunicao a base da animao. Qualquer contacto

    com outra ou outras pessoas exige comunicao.

    A comunicao a transmisso de pensamentos, opinies

    ou informaes pela fala, escrita ou sinais. o processo

    de transferncia de informaes de uma fonte para outra, e pode ser entendida como

    um processo de duas vias, onde h uma troca de pensamentos, para um objectivo

    mutuamente aceite.

    Para se comunicar, existe todo um esquema, pois so necessrios vrios elementos.

    Tem de haver um emissor, de quem parte a mensagem; tem de haver uma

    mensagem, isto , aquilo que se quer comunicar, e por sua vez, tem de haver um

    canal de mensagem. Este canal de mensagem, significa a forma como a mensagem

    ser transmitida. De seguida, tem de haver um receptor, isto , a pessoa a quem a

    mensagem entregue. Por fim, para que a comunicao seja concluda, tem de haverfeedback por parte do receptor para com o emissor. Sem feedback no existe

    comunicao, pois significa que o receptor no entendeu, ou no apreendeu a

    mensagem.

    A comunicao divide-se em dois tipos: a verbal e a no-verbal.

    A comunicao verbal, como o nome indica, composta por palavras orais e escritas.

    Por seu lado, a comunicao no-verbal, principalmente composto por movimentos e

    expresses corporais, como por exemplo: o ritmo e o tom da voz; os silncios; o

    contacto ocular; as expresses faciais; comunicao gestual, etc.

    Quando um animador est a comunicar com o seu grupo, tem de ter em ateno que a

    sua mensagem seja bem recebida e que no haja deturpao da mensagem.

    http://www.google.com/imgres?um=1&hl=pt-PT&sa=N&rlz=1G1GGLQ_PT-PTPT346&biw=1366&bih=618&tbm=isch&tbnid=KOm5BT0NKqyHTM:&imgrefurl=http://aprodaz-glmg.blogspot.com/2011/04/comunicacao-e-animacao-de-grupos.html&docid=Dce37LvS1RjV4M&imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-crM1XBUxRbs/TatXr_4ppcI/AAAAAAAAAAU/hxxkRKSV0KA/s1600/formacao~s600x600[1].jpg&w=371&h=323&ei=0juDUOPKO8Ww0QWL44HABA&zoom=1&iact=hc&vpx=523&vpy=147&dur=974&hovh=209&hovw=241&tx=135&ty=108&sig=108746292018092635934&page=1&tbnh=149&tbnw=180&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:2,s:0,i:75
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    A deturpao da mensagem a diferena entre o que se quer transmitir e o que se

    transmite, pois nem sempre o que transmitimos exactamente o que o receptor

    recebe.

    Verdadeiro no o que A disse, mas sim o que B entende

    Essas deturpaes acontecem de cada vez que existem barreiras comunicao,

    sendo elas:

    Complexidade da mensagem;

    Canal utilizado;

    Desconhecimento do cdigo utilizado;

    Desconhecimento do contexto;

    Estado de sade ou de fadiga;

    Falta de motivao;

    Deficincias visuais ou auditivas;

    Rudo;

    Preocupao somente em fazer-se ouvir.

    Para que a comunicao ocorra sem qualquer dificuldade, deve-se desenvolver a

    escuta activa. Isto , deve-se saber ouvir e escutar; deve-se agir com empatia; no

    se deve interromper a outra pessoa quando est a comunicar, pois demonstra falta de

    interesse e ateno; deve-se controlar as emoes pessoais pois num grupo tem que

    se agir com todos por igual; deve-se reformular a mensagem caso o receptor tenha

    alguma dvida, etc.

    Aquando da comunicao, nunca nos devemos esquecer que comportamento gera

    comportamento. Isto , se eu comunicar com agressividade, vou ter uma resposta

    agressiva; se comunicar com ansiedade, vou ter uma resposta ansiosa; se eu

    comunicar com simpatia, vou ter uma resposta simptica, assim sucessivamente.

    Dentro da animao, a comunicao tem a sua importncia porque permite estabelecer

    e dar a conhecer objectivos ao grupo com que o animador trabalha. Ajuda- o a

    coordenar, a dar apoio ao grupo e a controlar as actividades que desenvolve. Para

    alm, a comunicao, quando bem-feita, tambm permite ao animador influenciar,

    atravs da compreenso e aumentar a motivao das pessoas.

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    4. O Animador

    aquele que realiza tarefas e actividades de animao, estimulando o pblico-alvo

    para uma determinada aco.

    um mediador, um intermedirio, um companheiro e um elo de ligao entre um

    objectivo e um grupo alvo.

    4.1. Funes do animador

    Facultar apoio tcnico de forma que o utente satisfaa as suas necessidades e se

    capacite para organizar e conduzir as suas prprias actividades

    Contribuir para que as pessoas envolvidas nas actividades de animao sistematizem e

    implementem as prticas de animao

    Animar, vitalizar e impulsionar as potencialidades inerentes s pessoas e grupos

    Animadores

    Profissionais

    De passagem

    Eventuais

    Voluntrios

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    4.2. Perfil do animador:

    4.2.1. A nvel pessoal

    Simplicidade: livre de preconceitos;

    Confiante: Firmeza e entusiasmo;

    Alegre: Alegria de viver contagiante;

    Corajoso: Enfrentar os desafios;

    Sensato

    Humilde: No detentor de todo o saber;

    Paz de Esprito: Harmonia;

    Simpatia: Sentido de humor; Exemplar: tico de se comportar na sociedade;

    Solidrio: Compartilhar e valor pelo humano;

    Dignidade, razo, afecto;

    Equilbrio pessoal: intelectual, afectivo, social;

    Realista;

    gil: Habilidade para executar alguma actividade com rapidez e destreza;

    Ordem e mtodo;

    Paciente e compreensivo.

    4.2.2. A nvel profissional

    Dialogante: clareza nos propsitos;

    Interactivo;

    Flexvel: Adaptar-se a qualquer situao;

    Mediador e catalisador: Deve ter a capacidade de intervir; antecipar, tomariniciativa, improvisar, inventar, evoluir, estimular as foras colectivas;

    Negociador: Empatia relacional;

    Lder Democrtico: grupos ou comunidades;

    Interventor social e cultural: Agente de Desenvolvimento inicial

    Inter-relao entre saber, saber-ser e saber-estar;

    Dinmico: Sempre em movimento e com variedade nas intervenes;

    Socivel, Responsvel, Cumpridor e Empenhado;

    Formao ao longo da vida;

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    Saber trabalhar em equipa;

    Crente e motivado: Trabalhar em projectos nos que se acredita;

    Abertura: Inovao e criatividade;

    4.2.3.Perante o trabalho

    Persistente: No deve recuar ao primeiro problema;

    Prudente: Evitar atitudes precipitadas;

    Facilitador: Mobilizador e optimizador de recursos, potencialidades e iniciador

    de processos sociais;

    Formao Adequada: Deve dominar as tcnicas necessrias a todas as fasesque compem o projecto: diagnstico, planificao, execuo e avaliao.

    Atento: Bom observador da realidade, saber diagnosticar as situaes

    individuais, familiares, grupais, sociais, comunitrias e institucionais.

    Perspectiva comunitria;

    Funo de relaes pblicas dentro e fora do grupo;

    Gerir colectivamente os conflitos;

    Capacidade de organizar e gerir;

    Imparcial: Boa capacidade de abstraco;

    4.2.4.Perante o grupo

    Promover a participao activa cvica e democrtica de pessoas e grupos;

    Conhecer os sujeitos e a sua realidade;

    Criar e descobrir valores nos sujeitos;

    Estimulador do grupo que conduza sua autonomia e maturidade; O seu estilo

    deve basear-se na cooperao e na igualdade, em que o animador e os

    membros do grupo decidem em conjunto o que pretendem empreender;

    Respeitar o grupo;

    Ser tolerante com as formas de pensar sentir e agir;

    Impulsionar criatividade e curiosidade;

    Levar o grupo autoformao;

    Estar prximo das pessoas e integra-las;

    Consciencializar o grupo de seu valor e potencialidades Tornar o grupo: lcido, criativo, objectivo, crtico, tolerante, activo, aberto.

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    5. Recursos da comunidade

    Aquando a realizao de uma actividade de animao devemos ter em conta osrecursos que a comunidade nos oferece, nomeadamente os locais disponveis para

    utilizar em actividades de animao, considerando o objectivo da actividade e os

    eventuais condicionalismos do pblico-alvo.

    Utilizveis: Descrever quais as actividades possveis de realizar e verificar a

    necessidade de proceder a alguma adaptao ou alterao

    Pouco utilizveis:Mencionar os motivos e indicar as alteraes a realizar por forma

    a tornar o espao mais utilizvel

    No utilizveis:Deve-se especificar as razes

    Animadores

    Profissionais

    Pavilhes

    Eventuais

    Jardins

    Escolas

    Clubes

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    6.A actividade ldica

    So vrios os significados desta expresso mas todos eles se referem a brincar: Formade desenvolver a criatividade, os conhecimentos, atravs de jogos, msica e dana. O

    intuito educar, ensinar, divertindo e interagindo com os outros. Que faz referncia a

    jogo ou brinquedos: brincadeiras ldicas. Que tem o divertimento acima de qualquer

    outro propsito. Que faz alguma coisa simplesmente pelo prazer em faz-la. O ldico

    est em todas as actividades que despertam o prazer.

    6.1. A importncia do ldico

    As actividades ldicas possibilitam fomentar a "resilincia", pois permitem a

    formao do autoconceito positivo;

    As actividades ldicas possibilitam o desenvolvimento integral da criana, j

    que atravs destas actividades a criana se desenvolve afectivamente, convive

    socialmente e opera mentalmente.

    Brincar uma necessidade bsica assim como a nutrio, a sade, a

    habitao e a educao; Brincar ajuda a criana no seu desenvolvimento fsico, afectivo, intelectual e

    social, pois, atravs das actividades ldicas, a criana forma conceitos,

    relaciona ideias, estabelece relaes lgicas, desenvolve a expresso oral e

    corporal, refora habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na

    sociedade e constri seu prprio conhecimento.

    Brincando a criana desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia,

    mede, associa, calcula, classifica, compe, conceitua e cria. O brinquedo e a

    brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil, possibilitando a criana

    a desenvolver a sua inteligncia, sua sensibilidade, habilidades e criatividade,

    alm de aprender a socializar-se com outras crianas e com os adultos.

    Brincar representa um momento de satisfao e liberdade, no qual a criana

    descobre o mundo, desenvolve a sua inteligncia e a sua prpria imaginao;

    O brinquedo e o jogo so produtos de cultura e seus usos permitem a insero

    da criana na sociedade;

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    O brinquedo ajuda a estimular o desenvolvimento fsico, intelectual e social da

    criana;

    D oportunidade criana para se expressar, usar a sua criatividade e exercitar

    as suas capacidades;

    importante, no entanto, proporcionar criana brinquedos que para alm de

    a divertirem, lhe ofeream as melhores oportunidades de aprendizagem,

    adequadas a cada fase do seu desenvolvimento.

    6.2. Exemplos de actividades ldicas

    Desenhar, escrever

    Contar histrias Brincadeiras

    Jogos

    Construir colectivamente

    Danar

    Dramatizaes

    Cantar

    Teatro de fantoches, etc.

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    7. Critrios Para a Seleco das Tcnicas

    7.1.SEGUNDO OS OBJETIVOS

    Existem tcnicas para: Promover a participao; Estimular as atitudes positivas;

    Desenvolver a criatividade; Tomada de decises; Facilitar a compreenso vivencial

    de uma situao;

    7.2.SEGUNDO A MATURIDADE DO GRUPO

    Quanto menos maturidade tiver o grupo, ser necessrio utilizar tcnicas que

    exijam menor ateno e implicao pessoal.

    7.3.SEGUNDO O TAMANHO DO GRUPOExistem actividades mais adequadas para grupos pequenos e outras para grupos

    maiores.

    7.4 SEGUNDO AS CARACTERISTICAS DOS MEMBROS DO GRUPO

    Sexo, Idade, Interesses, Necessidades

    7.5.SEGUNDO A CAPACIDADE DO ANIMADOR

    As tcnicas exigem conhecimento terico e experincia. - Personalidade, Qualidades

    Humanas, Criatividade, Adaptao ao grupo

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    8. A actividade fsica

    A actividade fsica uma ptima alternativa a ter em conta, como meio de socializao

    e de actividade, j que melhora a condio fsica e sade e oferece momentos

    descontrados e ldicos com o grupo. Os benefcios da actividade fsica so muitos e a

    variados nveis ou domnios:

    Ajuda a regular os nveis de glucose;

    Melhora o sono, tanto em qualidade como em quantidade;

    Melhora a resistncia cardiovascular/aerbia;

    Provoca aumentos de fora;

    Ajuda a preservar e a readquirir flexibilidade; Melhora no equilbrio e coordenao;

    Melhor controlo sobre a velocidade de movimento;

    Favorece o relaxamento;

    Reduz ou evita o estado de depresso;

    Melhora o estado de humor;

    Melhora o bem-estar geral;

    Melhora a sade mental;

    Melhora a funo cognitiva;

    Melhora o controlo motor;

    Melhora a confiana e satisfao pela vida;

    Proporciona novas aprendizagens.

    Fomenta a integrao social e cultural;

    Fomenta a integrao e participao na comunidade;

    Fomenta novas amizades;

    Fomenta as relaes sociais e culturais; Fomenta o desempenho de novos papis sociais;

    Fomenta a actividade entre diferentes geraes;

    Melhora a qualidade de vida, integrando o indivduo com a natureza;

    Assim, sabemos que a prtica de exerccio fsico de forma regular, produz uma srie de

    melhorias ao nvel da sade, tanto na preveno como no controlo de doenas,

    trazendo benefcio nossa sade

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    9. Metodologias e Tcnicas de Animao

    9.1. Expresso Plstica

    A expresso plstica um dos modos mais caractersticos que a criana/jovem tem,

    no s de observar e manipular a matria, de forma criativa, como, tambm, de

    comunicar ao exterior a sua particular viso do meio, sua aquisio permanente de

    noes e a necessidade de compartilhar com os outros o seu estado emocional.

    A criatividade, e a expresso na criana/jovem, implicam amadurecimento, capacidade

    de comunicao, nvel perceptivo e motor, grau de motivao e, desde logo,

    conhecimentos da aplicabilidade de certas tcnicas no seu trabalho criativo.

    Tambm se revela importante para os grupos de idosos porque atravs dela podem

    ser criativos e ajuda na coordenao fina.

    Expresso Plsticaunidades de trabalho

    Desenho;

    Pintura e estampagem;

    Colagem, mosaico e vitrais;

    Modelagem;

    Construes.

    Desenho

    Expressar livremente, atravs de imagem espontnea, as prprias vivncias;

    Adquirir hbitos de observao visual;

    Criar imagens partindo das diferentes estimulaes ambientais;

    Alcanar uma progressiva habilidade e agilidade manual;

    Conhecer e aplicar as possibilidades plsticas dos instrumentos.

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    Desenhoinstrumentos

    Lpis de Grafite; Carvo; Lpis de cor; Pastel de leo; Pastel seco; Marcadores, etc.

    Pintura e estampagem

    Experimentao com cor;

    Combinaes de cores, para obteno de outras novas;

    Pintura sobre diferentes texturas, pintura salpicada, pintura por imerso;

    Pintura facial;

    Estampagem com marcas de dedos, mos, ps, com carimbos, com rolo.

    Pintura e estampagem - instrumentos

    Lpis de cor; pastel de leo; pastel, marcadores; tmpera/guache; aguarela; carimbos

    cortia, esponja, vegetais, corda ; moldes.

    Colagem, mosaico e vitrais

    Destrezas para cortar, rasgar e pegar;

    Composies;

    Utilizao de diversos tipos de material (papel de jornal, revista, papel

    transparentes, seda, crepe, ;

    Representaes figurativas.

    Colagem, mosaico e vitrais - instrumentos

    Diversidade de papis; diversidade de tecidos; reciclagem.

    Modelagem

    Sentido de tacto;

    Domnio de espao;

    Conceitos de tridimensionalidade;

    Expresso plstica mediante domnio da forma e do volume dos corpos.

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    Modelagem - instrumentos

    Pasta de papel (papel mach); plasticina; barro; etc.

    Construes

    Expressar plasticamente no espao tridimensional;

    Transformao da matria;

    Criatividade de utilizao dos materiais;

    Composies.

    Construes - instrumentos

    Papel grosso/cartolina;

    Caixas de carto;

    Cortia;

    Madeira;

    Esferovite/Poliestireno;

    Materiais de reciclagem;

    Pastas de modelar.

    Expresso plstica, crianas e idosos

    http://www.google.com/imgres?um=1&hl=pt-PT&rlz=1G1GGLQ_PT-PTPT346&biw=1366&bih=618&tbm=isch&tbnid=Pm7gWCFHP3nBCM:&imgrefurl=http://www.mun-aljustrel.pt/agenda/1054/biblioteca-ao-largo.aspx&docid=XwBvDNtgxYEv7M&imgurl=http://www.mun-aljustrel.pt/util/imgLoader.ashx?w=298&img=/upload_files/client_id_2/website_id_2/Agenda/Outubro_2011/idosos.JPG&w=298&h=432&ei=dUGDULXPO8PA0QWd7IGwBA&zoom=1&iact=hc&vpx=331&vpy=234&dur=1136&hovh=270&hovw=186&tx=86&ty=146&sig=108746292018092635934&page=1&tbnh=141&tbnw=108&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:7,s:0,i:87
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    9.2. Expresso Musical

    A expresso musical adquire importncia nas crianas/jovens, na medida em que

    valoriza a organizao de percepes auditivas. Contribui para cultivar a sensibilidade e

    a imaginao da criana/jovem, e possibilita o desenvolvimento da expresso e

    criatividade.

    Para os idosos importante uma vez que estimula a alegria e a audio.

    Expresso Musicalunidades de trabalho

    Ritmo;

    Educao auditiva;

    Voz;

    Instrumentos musicais;

    Audio musical.

    Ritmo

    Organizao das percepes auditivas;

    Reconhecimento de ritmos;

    Produo de ritmos com o corpo, com objectos e instrumentos musicais;

    Coordenao dos movimentos corporais a ritmos.

    Educao auditiva

    Sons e rudos;

    Identificao de sons do ambiente;

    Qualidade dos sons;

    Produo de sons utilizando objectos, instrumentos musicais e o prprio corpo.

    Voz

    A msica como expresso de ideias, sentimentos, desejos, relaxamento;

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    Canto.

    Instrumentos musicais

    Instrumentos: viola, piano, flauta, bateria

    Audio musical

    Reconhecimento de timbres e instrumentos em gravaes;

    Audio de canes;

    Audio de contos e poemas;

    Expresso musical, crianas e idosos

    http://www.google.com/imgres?um=1&hl=pt-PT&rlz=1G1GGLQ_PT-PTPT346&biw=1366&bih=618&tbm=isch&tbnid=AuiSdG-rdxyJKM:&imgrefurl=http://aurpim.blogspot.com/&docid=ZAAov0KvMqE9sM&imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-kFmD7tTgv54/UDeCdzRtucI/AAAAAAAAAPc/ttOsJm5_au4/s1600/Grupo+Coral.jpg&w=1600&h=1064&ei=SkKDUIaFOMqJ0AXB8oCoBA&zoom=1&iact=hc&vpx=861&vpy=155&dur=399&hovh=183&hovw=275&tx=184&ty=109&sig=108746292018092635934&page=1&tbnh=139&tbnw=209&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:4,s:0,i:78
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    9.3. Expresso Dramtica

    A expresso mais primitiva comea no jogo livre e chega atravs de sucessivas etapas

    a um jogo elaborado, imaginativo e criador que o jogo dramtico.

    Nesta rea de expresso integram-se todos os recursos expressivos do homem e, por

    isso, tambm o eixo de confluncia de todas as reas predominantemente

    expressivas.

    Divide-se em expresso corporal, que demonstra na liberdade de movimentos

    corporais, e expresso dramtica, de representao, de expressividade e criatividade.

    Expresso Dramticaunidades de trabalho

    Expresso corporal;

    Processo dramtico;

    Modalidades de representao.

    Expresso Dramtica

    Expresso corporal

    a atitude especificamente humana que, partindo da vivencia do prprio

    corpo, permite ao indivduo conectar-se consigo prprio e, consequentemente,

    exprimir-se e comunicar com os outros.

    Linguagem que serve do gesto, do rosto e da posio do corpo e dos seus

    vrios membros.

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    Uma das suas caractersticas fundamentais a espontaneidade, o que a

    diferencia claramente da mmica.

    Processo Dramtico

    Processo estruturado ao longo do amadurecimento da criana/jovem, que

    permitir pr em marcha todas as modalidades expressivas e que constitui um

    grau de desenvolvimento intelectual.

    Potencia a imaginao e a prpria criatividade;

    Aumentar a capacidade de vivenciar e assumir os principais papis sociais.

    Modalidades de Representao

    Constituem as diversas tcnicas de representao dramtica, seja de argumentos

    prprios ou baseados em obras literrias, como podem ser o conto, a fbula, a poesia

    ou mesmo a pea de teatro de crianas. Todas requerem:

    Contedo: personagens e argumento.

    Montagem: texto, decorao, efeitos especiais, construes, etc.

    Tcnica de representao aprendida por parte da criana/jovem.

    Representao frente a um pblico espectador.

    Entre estas modalidades representativas, as mais difundidas so:

    Mmica- Representao que utiliza s o gesto corporal, nunca a palavra. Pode

    realizar-se juntamente com outros recursos expressivos, como a msica, os efeitos

    sonoros e a iluminao.

    Fantoches e marionetas-So representaes de bonecos ou de figurinhas, vestidas

    e adornadas, que imitam a figura e os movimentos humanos; podem ser movidos

    usando uma ou as duas mos, varetas (marionetas), e inclusivamente a prpria cabea

    como suporte do corpo do boneco.

    Teatro de sombras- Representao com silhuetas de animais, de objetos ou

    humanas, que fortemente iluminadas por detrs com um foco luminoso, so

    projectadas sobre a parede ou sobre um ecr.

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    Teatro infantil/juvenil/snior- a teatro planeado, organizado e interpretado

    pelas mesmas crianas/jovens/adultos que ao mesmo tempo se tornam espectadores

    do seu prprio espectculo.

    Marionetas sombras chinesas

    Fantoches

    http://www.google.pt/imgres?q=fantoches&hl=pt-PT&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=G-gCDI5W-8RtdM:&imgrefurl=http://www.artesanatopassoapassoja.com.br/fantoches-como-fazer-passo-a-passo/&docid=ieUNoMHKB89DQM&imgurl=http://www.artesanatopassoapassoja.com.br/wp-content/uploads/2010/12/fantoches.jpg&w=490&h=244&ei=cvqLUJigCsOYhQfTiYAQ&zoom=1&iact=hc&vpx=406&vpy=201&dur=234&hovh=158&hovw=318&tx=97&ty=57&sig=113309392521618119645&page=1&tbnh=134&tbnw=270&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:1,s:0,i:134http://www.google.pt/imgres?q=sombras+chinesas&hl=pt-PT&sa=X&biw=1366&bih=673&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=-edEy1P30lM9iM:&imgrefurl=http://wwwcgavanessasilva.blogspot.com/2010/12/da-arte-rupestre-as-sombras-chinesas-as.html&docid=KDvtVhbisXlj9M&imgurl=http://3.bp.blogspot.com/_UyEShzqBer4/TQJLeSEkR2I/AAAAAAAAAAg/b40Zg_sw1TM/s1600/Z7EeSmLlOY9wZBocf5OO.jpg&w=340&h=255&ei=8fmLUPGDEY6IhQfipYDICA&zoom=1&iact=hc&vpx=914&vpy=189&dur=580&hovh=194&hovw=259&tx=131&ty=125&sig=113309392521618119645&page=1&tbnh=145&tbnw=214&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:4,s:0,i:94
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    9.4. Expresso Psicomotora

    A expresso psicomotora estabelece a influncia que o movimento tem na organizao

    psicolgica geral, j que assegura a passagem da vertente corporal vertente

    cognitiva-afectiva. Portanto, a actividade psicomotora, para que assim o seja, no pode

    ser um movimento reflexo e espontneo; deve levar associado uma vontade e uma

    inteno.

    Esta expresso promove:

    Reconhecimento do esquema corporal;

    Desenvolvimento da capacidade, disponibilidade e utilizao do prprio corpocomo elemento expressivo;

    Orientao no espao;

    Aquisio das noes de equilbrio, respirao adequada, ritmo, nvel de tenso,

    velocidade, etc.

    Expresso Psicomotoraunidades de trabalho

    Esquema corporal;

    Organizao espacial;

    Organizao temporal;

    Esquema corporal

    Desenvolver uma imagem ajustada e positiva de si prprio, progredindo no

    conhecimento do prprio esquema corporal.

    Descobrir e utilizar as prprias possibilidades motoras, sensitivas e expressivas.

    Adquirir a coordenao e o controle dinmico geral do prprio corpo para a

    execuo de tarefas da vida quotidiana e de actividades recreativas.

    Organizao espacial

    Iniciar e desenvolver a aquisio das destrezas prprias da organizao

    espacial.

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    Progredir na segurana e preciso das deslocaes atravs do espao prprio.

    Estruturar o espao exterior e localizar nele o prprio corpo e os objectos.

    Organizao temporal

    Perceber as cadncias e manifestaes rtmicas presentes no que sucede

    volta.

    Adequar o prprio comportamento s exigncias das sequncias temporais dos

    outros.

    Sequenciar adequadamente acontecimentos vividos ou narrados.

    Aplicar, nas aces quotidianas e nos jogos, clculos de tempo de velocidade,

    durao, simultaneidade e sucesso.

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    9.5.Literatura

    A literatura desenvolve a imaginao e a criatividade;

    Desenvolve capacidades lingusticas;

    Ajuda a criar valores e a ter atitudes positivas;

    Literatura - Unidades de trabalho

    Histrias;

    Lengalengas;

    Poesia;

    Trava-lnguas;

    Sugestes de actividades, para trabalhar a literatura

    Audio de histrias, poesia, lengalengas, trava-lnguas;

    Histrias inacabadas

    Leituras em grupo

    Dramatizao

    Trabalhos manuais

    Expresso corporal

    Criar outros finais para a histria

    Criar novas histrias com os mesmos personagens

    Criar novas ilustraes

    Seleccionar palavras da histria e criar outras histrias

    http://www.google.pt/imgres?q=literatura&um=1&hl=pt-PT&sa=N&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=iePcyQkW2YiEtM:&imgrefurl=http://becre-esct.blogspot.com/2011/04/literatura-infanto-juvenil-o-conceito-o.html&docid=qndk9xPm1ZcJ8M&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/-JAZtmK8B3pM/TaSOYFMP2WI/AAAAAAAAIBo/mYOlNv6K-vo/s1600/LIJ1.jpg&w=470&h=275&ei=B6qKUIz8KYTChAeu9YCICw&zoom=1&iact=hc&vpx=696&vpy=389&dur=1908&hovh=172&hovw=294&tx=162&ty=102&sig=113309392521618119645&page=1&tbnh=144&tbnw=275&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:15,s:0,i:140
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    10.Planificao de Actividades

    As prticas de animao exigem para a sua plena eficcia o recurso a um processo

    organizado e sistemtico de actuao (metodologia de interveno), que compreende

    as seguintes etapas ou fases bsicas: o estudo e diagnstico da realidade, o

    planeamento da aco, a execuo do plano e a avaliao. Dizendo de outro modo, o

    animador precisa conhecer a realidade onde pretende intervir, definir objectivos e as

    aces a realizar tendo em conta os recursos disponveis, executar com rigor o plano

    de aco concebido e proceder avaliao dos resultados alcanados e dos processos

    desenvolvidos.

    Uma vez que a Animao procura gerar processos de participao individual e

    colectiva, esta metodologia deve ser entendida como uma metodologia participativa, o

    que implica que, nas suas diferentes fases, o animador tem como preocupao

    envolver as pessoas e os grupos da comunidade e as organizaes do meio em todo o

    processo.

    1 FaseEstudo e diagnstico da realidade

    Para a realizao de programas de animao sociocultural e/ou educativa, hnecessidade de estudar a realidade sobre a qual se vai actuar. essencial identificar

    necessidade, carncias e centros de interesse relacionados com os grupos ou

    populaes implicadas. a partir deste levantamento que se definiro os problemas

    (diagnstico) e as estratgias de aco e actividades a desenvolver.

    2FasePlano de Aco

    Realizada a fase de estudo e diagnstico, deve-se proceder elaborao do plano de

    aco de modo a garantir um maior rigor e organizao do conjunto das actividades a

    desenvolver.

    A elaborao do Plano de Aco inclui a definio dos objectivos que se pretendem

    alcanar, a programao das aces a desenvolver, a identificao dos recursos a

    utilizar, no sentido da resposta aos principais problemas e necessidades detectadas na

    fase de estudo e diagnstico e face s prioridades estabelecidas.

    Os objectivos traduzem os resultados esperados ou propsitos que se desejamalcanar no perodo de tempo de durao do projecto e devemos procurar enunci-los

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    de uma forma precisa e clara. Devemos igualmente ter em conta se os objectivos

    definidos so possveis face aos meios (humanos, materiais, financeiros, ) de que se

    dispe.

    A programao das aces consiste em escolher as actividades mais adequadas para

    atingir os objectivos definidos. Deve-se igualmente prever o tempo e o ritmo de

    realizao das diferentes actividades e tarefas, definir quem so os responsveis pela

    preparao e acompanhamento, prever os recursos necessrios.

    Em resumo, elaborar um plano de aco significa responder s seguintes questes:

    Fazer Para qu? Objectivos

    Como? Actividades/Metodologia

    Quando? Calendarizao

    Com quem? Recursos Humanos

    Com qu? Recursos Materiais e Financeiros

    3FaseExecuo do Plano

    Ao executar um plano de aco deve-se ter em conta a metodologia especfica da

    animao, ou seja, privilegiar no desenvolvimento das actividades, os meios,

    instrumentos e tcnicas que favoream a participao dos grupos implicados e a sua

    auto-organizao.

    Deve-se ter em conta, entre outros, os seguintes aspectos:

    A necessidade da sensibilizao e motivaoA informao, divulgao e visibilidade

    dos projectos so aspectos fundamentais para criar condies e despertar o gosto e a

    necessidade da participao.

    No decurso das actividades deve-se, sempre que possvel, utilizar meios e instrumentos

    que facilitem a expresso individual e colectiva, por forma a gerar processos de

    participao, envolvimento e comunicao entre os grupos. Mais do que procurar ter

    um pblico-espectador, importante ter um pblico-actorque progressivamente

    v sendo capaz de se organizar e tomar nas suas mos o desenvolvimento de iniciativa

    e decises.

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    A execuo do plano, obedecendo ao cumprimento de actividades e objectivos

    planeados, no invalida uma atitude flexvel e reflexiva sobre os mesmos. importante

    uma observao permanente sobre os processos e os resultados alcanados, por forma

    a ir alterando e reajustando as metodologias utilizadas.

    4FaseAvaliao

    Em termos formais e de acordo com as etapas da metodologia, a avaliao aparece

    como um momento final aps a execuo do plano de aco.

    Com esta avaliao pretende-se:

    Analisar os resultados quantitativos (ex.: nmero de pessoas que participaramnuma dada actividade);

    Analisar os resultados qualitativos (ex.: modificao do nvel de autoconfiana);

    Analisar os recursos utilizados (se foram os mais adequados, se foram

    suficientes, );

    Aprofundar o diagnstico da realidade, tendo em vista futuras aces, significa

    reflectir sobre o feito para descortinar o que fazer

    Exemplo de um plano de actividades

    Objectivos

    (para qu?)

    Actividades/Metodologia

    (Como?)

    Calendarizao

    (Quando?)

    Recursos

    Humanos

    (Com quem?)

    Recursos

    Materiais e

    Financeiros

    (Com o qu?)

    Avaliao da actividade:

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    11.Bem-aventuranas da animao

    1. Feliz de ti criana, adolescente, jovem, adulto e idoso que tens quem te anime,

    porque dars vida aos teus dias.

    2. Feliz de ti que fazes parte de um grupo, porque ters sempre algum com quem

    partilhar as tuas riquezas e pobrezas.

    3. Feliz de ti que comunicas com profundidade, porque criars laos de amizade

    indestrutveis pela azfama do teu dia-a-dia.

    4. Feliz de ti que dedicas parte do teu tempo ao encontro com os outros, porque ters

    oportunidade de pensar no essencial da tua existncia.

    5. Feliz de ti que te projectas a tua vida para alm do presente, porque descobrirs osmeios para realizares os teus sonhos.

    6. Feliz de ti que te deixas dinamizar pela alegria de viver, porque descobrirs os meios

    para realizares os teus sonhos.

    7. Feliz de ti que escutas histrias de vida, porque descobrirs o sentido da tua

    existncia de agora e para sempre.

    8. Feliz de ti que animas os outros, porque deixars uma marca perene na vida

    daqueles que contigo caminham.

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    Concluso

    A animao, tendo como principal preocupao os interesses e aspiraes dos

    indivduos, leva a cabo um conjunto de aces que potenciam o seu prprio

    desenvolvimento e contribuem para a sua autonomia a vrios nveis (cultural,

    psicolgico, social, afectivo e poltico), estando presente uma atitude antiautoritria, no

    sentido de provocar a participao activa.

    Aqui, o animador assume uma importante funo de mediador e facilitador das

    prticas culturais nos tempos livres, de forma a contribuir para o desenvolvimento

    cultural de um colectivo, grupo ou comunidade.

    Para isso, a animao mune-se de metodologias participativas e activas para promover

    a implicao responsvel e livre dos indivduos na comunidade onde se inserem,

    tornando-os protagonistas do seu prprio desenvolvimento.

    Em suma, a animao uma estratgia de interveno que, trabalhando por um

    determinado modelo de desenvolvimento comunitrio, tem como finalidades ultimas

    promover a participao e dinamizao social a partir dos processos deresponsabilizao dos indivduos na gesto e direco dos seus prprios recursos.

    Durante o mdulo de Animao e Lazer os formandos tiveram oportunidade de

    elaborar, realizar, participar e avaliar as mais variadas tcnicas de animao. Muitas

    das sesses foram prticas para que no terreno fosse mais fcil compreender o papel

    do animador.

    Estas sesses prticas foram a meu ver as mais gratificantes e motivantes pois foi aqui

    que a criatividade e imaginao necessrias ao animador se revelaram.