Manual Basico Batista Nacional

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MANUAL BSICO BATISTA NACIONAL

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Conveno Batista Nacional Home Page: www.cbn.org.br / E-mail: [email protected] Ordem dos Ministros Batistas Nacionais Home Page: www.cbn.org.br/ormiban / E-mail: [email protected] Tel.: (61) 3321-8557 / Fax.: (61) 3321-0119 SDS Ed. Venncio Jnior, Bloco M, Entrada 14 Braslia - DF / 70394-900 Diagramao e Editorao: Rejane Siqueira Campos de Bittencourt Correo Ortogrfica: Helena Gomes de Moraes

Direitos autorais reservados. proibida a reproduo deste manual por qualquer meio ou processo, sem a permisso por escrito da CBN e/ou ORMIBAN. No caso de pequenas citaes, favor mencionar a fonte.

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NDICE1. CONVENO BATISTA NACIONAL ................APRESENTAO ............................................................................................. OBJETIVO ........................................................................................................ PARTE I - OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA NOSSA F ....................... PARTE II ECLESIOLOGIA ............................................................................ PARTE III - OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA NOSSA PRAGMTICA .... PARTE IV - USOS E COSTUMES ..................................................................... PARTE V - FUNCIONAMENTO - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............... CONSIDERAES FINAIS ............................................................................... ESTATUTO DA CBN ........................................................................................ .................................................................... REGIMENTO INTERNO DA CBN

57 8 9 27 35 46 48 52 53 59

2. ANEXOS CBN ......................................................NOVO PACTO BATISTA NACIONAL APLICAO DA LOGOMARCA ............................................................... .....................................................................

6970 80 84

PARECER SOBRE IGREJAS EM CLULAS NO GOVERNO DOS 12 .............

3.ORDEM DOS MINISTROS BATISTAS NACIONAIS 87APRESENTAO ............................................................................................. ESTATUTO DA ORMIBAN ............................................................................... .......................................................... REGIMENTO INTERNO DA ORMIBAN 89 90 96

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CDIGO DE TICA ......................................................................................... PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES ............................................................. .......................... MODELO DE PROCESSO DE ADMISSO DE MEMBROS

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PROCEDIMENTOS PARA PROCESSOS DISCIPLINARES ............................. MODELO DE ESTATUTO E REGIMENTO INTERNO ESTADUAL .................

4. ANEXOS ORMIBAN............................................. 149SUGESTO DE PROGRAMA PARA SESSO DE NEGCIOS ...................... 150 151 152 154 CARTA DO CONGRESSO DE RECIFE ............................................................ CARTA DO CONGRESSO DE CUIAB ............................................................ REGIMENTO INTERNO DA ANEM ..................................................................

5. ANEXOS DE INTERESSE GERAL IBN ............. 159REGRAS PARLAMENTARES ............................................................................ MODELOS DE ATAS ......................................................................................... MODELO DE ESTATUTO PARA IGREJA ......................................................... MODELOS DE DOCUMENTOS PARA SECRETARIA DA IGREJA ................... ANOTAES ................................................................................................... 160 164 166 172 175

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APRESENTAONa reunio extraordinria do CONPLEX Conselho Nacional de Planejamento, Superviso, Execuo e Fiscalizao, ocorrida dias 18 a 20 de abril de 2001, foi firmado o Novo Pacto das Igrejas Batistas Nacionais, que contempla, em seu item 11, a criao de uma comisso para repensar as diretrizes da CBN Conveno Batista Nacional, exaradas em seu Manual Bsico. A comisso eleita no se interessou em apresentar uma proposta que fosse fruto da perspectiva de cinco pessoas, mas antes, o desejo foi de que toda a nao batista nacional contribusse com sugestes e crticas. O trabalho foi orientado por duas aes estratgicas que as ordens regionais promovessem o debate acerca do Manual em vigor, e para isto um roteiro de trabalho foi elaborado e sugerido aos presidentes, contatados por telefone e correspondncia, e, numa segunda ao, foi produzido um questionrio de avaliao pessoal do Manual Bsico, com expectativa de que, pelo menos, dez pastores de cada Ordem o respondessem. Pensamos que, assim, abriramos um canal de comunicao com a liderana pastoral de todo o pas. Foi elaborada uma proposta inicial, por parte da comisso, com o material enviado, e apresentada no dia 25 de outubro de 2001, na reunio anual do CONPLEX, tendo sido deliberado que seria necessrio gastar mais tempo discutindo a proposta, buscando ouvir as bases. Foi solicitado ainda que o captulo 7, referente estrutura, fosse redigido de forma menos tcnica e divulgado em todo o pas para discusso, o que foi feito. Finalmente, nos dias 24 e 25 de outubro de 2002, em Belo Horizonte, o CONPLEX discutiu a proposta final da Comisso e homologou este trabalho, fruto da vontade do povo batista nacional. Esperamos que este instrumento de trabalho e ensino possa contribuir para o avano da obra destinada aos batistas nacionais no Brasil e no mundo. Agradecemos a todos quantos nos ajudaram, enviando contribuies, crticas e sugestes, no af de participar deste importante momento da CBN. Que o Senhor abenoe a cada um de ns, segundo a sua infinita graa. A comisso revisora foi composta pelos pastores: Orlando Silva Filho (relator), Adriano Augusto de Castro Magalhes, Disney Naftali Ferreira Leite Macedo, Jos Carlos da Silva, Samuel Dietrich Espndola e Vilmar dos Santos, aos quais a CBN presta sua gratido em reconhecimento ao esforo abnegado e sincero.

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OBJETIVOEste compndio tem por finalidade apresentar nao batista nacional, igrejas, pastores, membros e organizaes, as diretrizes norteadoras do trabalho confiado nossa denominao, a partir do conceito da Misso Integral da Igreja.

EXPLICANDO O NOMEA Conveno Batista Nacional uma conveno cujo esprito o da fraternidade e da cooperao, desenvolvido por igrejas filiadas, a partir da convergncia de doutrinas bsicas, finalidades e organizao. A CBN batista porque as igrejas, ela filiadas, professam as doutrinas esposadas historicamente pelos batistas, e igualmente se orientam pelos seus princpios. A CBN tambm integra a fraternidade batista congregada na Aliana Batista Mundial. A CBN Nacional porque foi constituda sem a contribuio formal de missionrios ou obreiros estrangeiros, ou ainda, sem quaisquer recursos financeiros ou outros subsdios de instituies internacionais; nasceu como movimento de igrejas brasileiras, sob a orientao de brasileiros, 100% nacional. Eis o motivo da escolha do termo que a distingue das demais instituies batistas do Brasil.

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PARTE I OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA NOSSA FA- PRINCPIOS BATISTASInformao A Comisso responsvel pelo presente Manual, manteve na ntegra o texto da primeira edio, recomendando o excelente trabalho intitulado Princpios Batistas (o qual publicamos mediante autorizao da JUERP), cuja abordagem reflete o pensamento dos Batistas de um modo geral e , por isso mesmo, um patrimnio cultural comum a todos ns nesta questo axiomtica de nossa F. Esta exposio sobre Princpios Batistas l foi preparada por uma comisso especial de dezenove lderes da Conveno Batista do Sul dos Estados Unidos, em 1964, por ocasio das comemoraes do terceiro jubileu da organizao da primeira conveno batista de mbito nacional, na Amrica do Norte Triennial Convention, 1814 (Traduo de Cathryn Smith). Publicao do Departamento de Escolas Dominicais da Conveno Batista Brasileira, Cx. Postal 320 ZC 00, Rio de Janeiro, GB. I - A AUTORIDADE 1. Cristo Como Senhor A fonte suprema da autoridade crist o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana de

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eterna divindade e poder como o unignito Filho do Deus Supremo de Sua redeno vicria e ressurreio vitoriosa. Sua autoridade a expresso de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica totalidade da vida. Dela procede a integridade do propsito cristo, o poder da dedicao crist, a motivao da lealdade crist. Ela exige a obedincia aos mandamentos de Cristo, dedicao ao Seu servio, fidelidade ao Seu reino e a mxima devoo Sua Pessoa, como o Senhor vivo. A suprema fonte de autoridade o Senhor Jesus Cristo, e toda esfera da vida est sujeita Sua Soberania. 2. As Escrituras A Bblia fala com autoridade porque a Palavra de Deus. a suprema regra de f e prtica, porque testemunha fidedigna e inspirada dos atos maravilhosos de Deus, atravs da revelao de Si mesmo e da redeno, sendo tudo patenteado na vida, nos ensina-mentos e na obra Salvadora de Jesus Cristo. As Escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de Seu domnio. Na sua singular e una revelao da vontade divina para a humanidade, a Bblia a autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questes de f crist e dever moral. O indivduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem, atravs de pesquisa e orao, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instruo. A Bblia como revelao Inspirada da vontade divina, cumprida e completada na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo, nossa regra autorizada de f e prtica. 3. O Esprito Santo O Esprito Santo a presena ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experincia humana. Deus revelando Sua Pessoa e vontade ao homem. O Esprito, portanto, a voz da autoridade divina. o Esprito de Cristo e Sua autoridade a vontade de Cristo. Visto que as Escrituras so o produto de homens que, inspirados pelo Esprito, falaram por Deus, a verdade da Bblia expressa a vontade do Esprito, compreendida pela iluminao do Mesmo. Ele convence aos homens do pecado, da justia e do juzo, tornando, assim, efetiva a salvao individual, atravs da obra salvadora de Cristo. Ele habita no corao do crente, como advoga-do perante Deus e intrprete para o homem. Ele atrai o fiel para a f e a obedincia e, assim, produz na sua vida os frutos da santidade e do amor. O Esprito procura alcanar a vontade e propsito divino entre os homens. Ele d aos cristos poder e autoridade para o trabalho do reino, santifica e preserva os redimidos, para o louvor de Cristo; exige uma submisso livre e dinmica autoridade de Cristo, e uma obedincia criativa e fiel Palavra de Deus. O Esprito Santo o prprio Deus revelando Sua Pessoa e vontade aos homens. Ele, portanto, interpreta e confirma a voz da autoridade divina.

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II O INDIVDUO 1. Seu Valor A Bblia revela que cada ser humano criado imagem de Deus, nico, precioso e insubstituvel. Criado ser racional, cada pessoa moralmente responsvel perante Deus e o prximo. O homem como indivduo distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele unido aos outros no fluxo da vida, pois ningum vive nem morre por si mesmo. A Bblia revela que Cristo morreu por todos os homens. O fato de ser o homem criado imagem de Deus, e de Cristo morrer para salv-lo, a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direito, outorgado por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivduo sem distino de raa, cor, credo ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcanar o seu potencial. Cada indivduo foi criado imagem de Deus e, portanto, merece respeito e considerao como uma pessoa de valor e dignidade infinita. 2. Sua Competncia O indivduo, porque criado imagem de Deus, torna-se responsvel por suas decises morais e religiosas. Ele competente, sob a orientao do Esprito Santo, para formular a prpria resposta chamada divina ao evangelho de Cristo, para a comunho com Deus, para crescer na graa e conhecimento de nosso Senhor. Estreitamente ligada a essa competncia est a responsabilidade de procurar a verdade e, encontrando-a, agir conforme essa descoberta e de partilhar a verdade com outros. Embora no se admita coao no terreno religioso, o cristo no tem a liberdade de ser neutro em questes de conscincia e convico. Cada pessoa competente e responsvel perante Deus, nas prprias decises e questes morais e religiosas. 3. Sua Liberdade Os batistas consideram como inalienvel a liberdade de conscincia, a plena liberdade de religio de todas as pessoas. O homem livre para aceitar ou rejeitar a religio; escolher ou mudar sua crena; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando direitos e convices alheios; cultuar a Deus tanto a ss quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua religio; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessrios propagao de sua f. Tal liberdade no privilgio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso um direito outorgado por Deus. Cada pessoa livre perante Deus em todas as questes de cons-cincia e tem o direito de abraar ou rejeitar a religio, bem como de testemunhar sua f religiosa, respeitando os direitos dos outros.

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III A VIDA CRIST 1. A Salvao Pela Graa A graa a proviso misericordiosa de Deus para a condio do homem perdido. O homem no seu estado natural egosta e orgulhoso, est na escravido de Satans e espiritualmente morto em transgresses e pecados. Devido sua natureza pecaminosa, o homem no pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente em relao a todos, apesar da corrupo moral e da rebelio. A salvao no o resultado dos mritos humanos, antes emana de propsito e iniciativa divina. No vem atravs de mediao sacramental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericrdia e poder divinos. A salvao do pecado a ddiva de Deus atravs de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pelo arrependimento em relao a Deus, pela f em Jesus Cristo e pela entrega incondicional a Ele como Senhor. A salvao, que vem atravs da graa, pela f, coloca o indivduo em unio vital e transformadora com Cristo, e se caracteriza por uma vida de santidade e boas obras. A mesma graa, por meio da qual a pessoa alcana a salvao, d a certeza e a segurana do perdo contnuo de Deus e de Seu auxlio na vida crist. A salvao ddiva de Deus atravs de Jesus Cristo, condiciona-da, apenas, pela f em Cristo e rendio soberania divina. 2. As Exigncias do Discipulado O aprendizado cristo inicia-se com a entrega a Cristo, como Senhor. Desenvolve-se proporo que a pessoa tem comunho com Cristo e obedece aos Seus mandamentos. O discpulo aprende a verdade em Cristo somente por obedec-la. Essa obedincia exige a entrega das ambies e dos propsitos pessoais e a obedincia vontade do Pai. A obedincia levou Cristo cruz e exige de cada discpulo que tome a prpria cruz e siga a Cristo. O levar a cruz ou negar-se a si mesmo, expressa-se de muitas maneiras na vida do discpulo. Este procurar, primeiro, o reino de Deus. Sua lealdade suprema ser a Cristo. Ele ser fiel em cumprir o mandamento cristo. Sua vida pessoal manifestar autodisciplina, pureza, integridade e amor cristo em todas as relaes que tem com os outros. O discipulado completo. As exigncias do discipulado cristo, baseadas no reconhecimento da soberania de Cristo, relacionam-se com a vida em um todo e exigem obedincia e devoo completas. 3. O Sacerdcio do Crente Cada homem pode ir diretamente a Deus em busca do perdo, atravs do arrependimento e da f. Ele no necessita, para isso, de nenhum outro indivduo, nem mesmo da Igreja. H s um mediador entre Deus e os homens, Jesus. Depois de tornar-se crente, a pessoa tem acesso direto a Deus, atravs de Cristo. Ela entra no sacerdcio real que lhe outorga o privilgio de servir humanidade em nome de Cristo. Dever partilhar com os homens a f

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que acalenta e servi-los em nome e no esprito de Cristo. O sacerdcio do crente, portanto, significa que todos os cristos so iguais perante Deus e na fraternidade da igreja local. Cada cristo, tendo acesso direto a Deus, atravs de Cristo, seu prprio sacerdote e tem a obrigao de servir de sacerdote de Cristo em beneficio de outras pessoas. 4. O Cristo e Seu Lar O lar foi constitudo por Deus como unidade bsica da sociedade. A formao de lares, verdadeiramente cristos, deve merecer o interesse particular de todos. Devem ser constitudos da unio de dois seres cristos, dotados de maturidade emocional, espiritual e fsica, e unidos por um amor profundo e puro. O casal deve partilhar ideais e ambies semelhantes e ser dedicado criao dos filhos na instruo e disciplinas divinas. Isso exige o estudo regular da Bblia e a prtica do culto domstico. Nesses lares, o esprito de Cristo est presente em todas as relaes da famlia. As igrejas tm a obrigao de preparar jovens para o casamento, treinar e auxiliar os pais nas suas responsabilidades, orientar pais e filhos nas provaes e crises da vida, assistir queles que sofrem em lares desajustados, e ajudar os enlutados e encanecidos a encontrarem, sempre, um significado na vida. O lar bsico, no propsito de Deus para o bem-estar da humanidade, e o desenvolvimento da famlia deve ser de supre-mo interesse para todos os cristos. 5. O Cristo Como Cidado O cristo cidado de dois mundos o reino de Deus e o estado poltico e deve obedecer lei de sua ptria terrena, tanto quanto lei suprema. No caso de ser necessria uma escolha, o cristo deve obedecer a Deus, antes que ao homem. Deve mostrar respeito para com aqueles que interpretam a lei, e a pem em vigor, e participar ativamente na vida de sua comunidade, procurando conciliar a vida social, econmica e poltica com o esprito e princpios cristos. A mordomia crist da vida inclui tais responsabilidades como o voto, o pagamento de impostos e o apoio legislao digna. O cristo deve orar pelas autoridades e incentivar outros cristos a aceitarem a responsabilidade cvica, como um servio a Deus e humanidade. O cristo cidado de dois mundos o reino de Deus e o Estado e deve ser obediente lei de seu pas, tanto quanto lei suprema de Deus. IV A IGREJA 1. Sua Natureza No Novo Testamento, o termo igreja usado para designar o povo de Deus na sua totalidade ou s uma assemblia local. A igreja uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por

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Cristo Jesus, divinamente chamadas, divinamente criadas e feitas uma s, debaixo do governo soberano de Deus. A igreja como uma entidade local um organismo presidido pelo Esprito Santo uma fraternidade de crentes em Jesus Cristo, que se batizaram e voluntariamente se uniram para o culto, o estudo, a disciplina mtua, o servio e a propagao do Evangelho, no local da igreja e at aos confins da terra. A igreja, no sentido lato, a comunidade fraterna de pessoas redimidas por Cristo e tornadas uma s na famlia de Deus. A igreja, no sentido local, a companhia fraterna de crentes balizados, voluntariamente unidos para o culto, desenvolvimento espiritual e servio. 2. Seus Membros A igreja, como uma entidade, uma companhia de crentes regenerados e batizados que se associam num conceito de f e fraternidade do Evangelho. Propriamente, a pessoa qualificase, para ser membro de igreja, por ser nascida de Deus e aceitar voluntariamente o batismo. Ser membro de uma igreja local, para tal pessoa, um privilgio santo e um dever sagrado. O simples fato de arrolar-se na lista de membros de uma igreja no torna a pessoa membro do corpo de Cristo. Cuidado extremo deve ser exercido, a fim de que sejam aceitas como membros da igreja, somente as pessoas que dem evidncias positivas de regenerao verdadeira. Submisso a Cristo. Ser membro de igreja um privilgio, dado exclusivamente a pessoas regeneradas que voluntariamente aceitam o batismo e se entregam ao discipulado fiel, segundo o preceito cristo. 3. Suas Ordenanas O Batismo e a Ceia do Senhor so as duas ordenanas da igreja. So smbolos, mas sua observncia envolve f, exame de conscincia, discernimento, confisso, gratido, comunho e culto. O batismo administrado pela igreja, sob a autoridade do Deus trino, e sua forma a imerso daquele que, pela f, j recebeu a Jesus como Salvador e Senhor. Por esse ato, o crente retraa a morte ao pecado e a ressurreio para uma vida nova. A Ceia do Senhor, observada atravs dos smbolos do po e do vinho, um profundo esquadrinhar do corao, uma grata lembrana de Cristo e Sua morte vicria na cruz, uma abenoada segurana de Sua volta e uma jubilosa comunho com o Cristo vivo e Seu povo. O Batismo e a Ceia do Senhor, as duas ordenanas da igreja, so smbolos da redeno, mas sua observncia envolve realidades espirituais na experincia crist. 4. Seu Governo O princpio governante para uma igreja local a soberania de Jesus Cristo. A autonomia da igreja tem, como fundamento, o fato de que Cristo est sempre presente e o cabea da congregao do Seu povo. A igreja, portanto, no pode sujeitar-se autoridade de qualquer

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outra entidade religiosa. Sua autonomia, ento, vlida somente quando exercida sob o domnio de Cristo. A democracia, ou governo pela congregao, forma certa somente na medida em que, orientada pelo Esprito Santo, providencia e exige a participao consciente de cada um dos membros nas deliberaes e trabalho da igreja. Nem a maioria, nem a minoria, nem tampouco a unanimidade refletem necessariamente a vontade divina. Uma igreja um corpo autnomo, sujeito unicamente a Cristo, sua cabea. Seu governo democrtico, no sentido prprio, reflete a igualdade e responsabilidade de todos os crentes, sob a autoridade de Cristo. 5. Sua Relao Para com o Estado Tanto a igreja como o Estado so ordenados por Deus e responsveis perante Ele. Cada um distinto; cada um tem um propsito divino; nenhum deve transgredir os direitos do outro. Devem permanecer separados, mas igualmente manter a devida relao entre si e para com Deus. Cabe ao Estado o exerccio da autoridade civil, a manuteno da ordem e a promoo do bem-estar pblico. A igreja uma comunho voluntria de cristos, unidos, sob o domnio de Cristo, para o culto e servio em Seu nome. O Estado no pode ignorar a soberania de Deus nem rejeitar Suas leis como a base da ordem moral e da justia social. Os cristos devem aceitar suas responsabilidades de sustentar o Estado e obedecer ao poder civil, de acordo com os princpios cristos. O Estado deve igreja a proteo da lei e a liberdade plena, no exerccio do seu ministrio espiritual. A igreja deve ao Estado o reforo moral e espiritual para a lei e a ordem, bem como, a proclamao clara das verdades que fundamentam a justia e a paz. A igreja tem a responsabilidade, tanto de orar pelo Estado, quanto de declarar o juzo divino em relao ao governo, s responsabilidades de uma cidadania autntica e consciente, e aos direitos de todas as pessoas. A igreja deve praticar coerentemente os princpios que sustenta e que devem governar a relao entre ela e o Estado. A igreja e o Estado so constitudos por Deus e perante Ele responsveis. Devem permanecer distintos, mas tm a obrigao de reconhecimento e reforos mtuos, no propsito de cumprir-se a funo divina. 6. Sua Relao Para com o Mundo Jesus Cristo veio ao mundo, mas no era do mundo. Ele orou no para que Seu povo fosse tirado do mundo, mas liberto do mal. Sua igreja, portanto, tem a responsabilidade de permanecer no mundo, sem ser do mundo. A igreja e o cristo, individualmente, tm a obrigao de opor-se ao mal e trabalhar para a eliminao de tudo que corrompa e degrade a vida humana. A igreja deve tomar posio definida em relao justia e trabalhar fervorosamente pelo

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respeito mtuo, fraternidade, retido, paz, em todas as relaes entre os homens, raas e naes. Ela trabalha confiante no cumpri-mento final do propsito divino no mundo. Esses ideais, que tm focalizado o testemunho distinto dos batistas, chocam-se com o momento atual do mundo e em crucial significao. As foras do mundo os desafiam. Certas tendncias em nossas igrejas e denominaes pem-nos em perigo. Se esses ideais servirem para inspirar os batistas, com o senso da misso digna da hora presente, devero ser relacionados com a realidade dinmica de todo o aspecto de nossa tarefa contnua. A igreja tem uma posio de responsabilidade no mundo; sua misso para com o mundo, mas seu carter de ministrios espiritual. V NOSSA TAREFA CONTNUA 1. A Centralidade do Indivduo Os batistas, historicamente, tm exaltado o valor do indivduo, dando-lhe um lugar central no trabalho das igrejas e da denomina-o. Essa distino, entretanto, est em perigo nestes dias de automatismo e presses para o conformismo. Alertados para esses perigos, dentro das prprias fileiras, tanto quanto no mundo, os batistas devem preservar a integridade do indivduo. O alto valor do indivduo deve refletir-se nos servios do culto, no trabalho evangelstico, nas obras missionrias, no ensino e treina-mento da mordomia, em todo o programa de educao crist. Os programas so justificados pelo que fazem pelos indivduos, por eles influenciados. Isso significa, entre outras coisas, que o indivduo nunca deve ser usado como um meio, nunca deve ser manobrado, nem tratado como mera estatstica. Esse ideal exige, antes, que seja dada primordial considerao ao indivduo na sua liberdade moral, nas suas necessidades urgentes e no seu valor perante Cristo. Mediante isto, a considerao primordial na vida e trabalho de nossas igrejas o indivduo com seu valor, suas necessidades, sua liberdade moral, seu potencial perante Cristo. 2. Culto O culto divino, pessoal ou coletivo, a expresso mais elevada da f e devoo crist. supremo, tanto em privilgio, quanto em dever. Os batistas enfrentam a necessidade urgente de melhorar a qualidade de seu culto, a fim de experimentarem coletivamente uma renovao de f, esperana e amor, como resultado da comunho com um Deus supremo. O culto deve ser coerente com a natureza de Deus na Sua santidade: uma experincia, portanto, de adorao e confisso que se expressa com temor e humildade. O culto no mera forma e ritual, mas uma experincia do Deus vivo, atravs da meditao santa e da entrega pessoal. No simplesmente um servio religioso, mas, comunho com Deus na realidade do louvor, na sinceridade do amor e na beleza da santidade.

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O culto torna-se significativo quando se combinam, com reverncia e ordem, a inspirao da presena de Deus, a proclamao do Evangelho, a liberdade e atuao do Esprito. O resultado de tal culto ser uma conscincia mais profunda da santidade, majestade e graa de Deus, maior devoo e mais completa dedicao vontade divina. O culto que envolve uma experincia de comunho com o Deus vivo e santo exige uma apreciao maior sobre a reverncia e a ordem no culto, a confisso e a humildade, a conscincia da santidade, majestade, graa e propsito de Deus. 3. O Ministrio Cristo A igreja e todos os seus membros esto no mundo a fim de servir. Em certo sentido, cada filho de Deus chamado como cristo. H, entretanto, uma falta generalizada no sentido de negar o valor devido natureza singular da chamada, como vocao ao servio de Cristo. Maior ateno, neste ponto, especialmente necessria, em face da presso que recebem os jovens competentes para a escolha de algum ramo das cincias, e, ainda mais, devido ao nmero decrescente daqueles que esto atendendo chamada divina para o servio de Cristo. Os que so chamados pelo Senhor para o ministrio cristo devem reconhecer que o fim da chamada servir. So, num sentido especial, escravos de Cristo e seus ministros nas igrejas e junto ao povo. Devem exaltar suas responsabilidades em vez de privilgios especiais. Suas funes distintas no visam vanglria, antes so meios de servir a Deus, igreja e ao prximo. As igrejas so responsveis, perante Deus, por aqueles que elas consagram ao Seu ministrio. Devem manter padres elevados para aqueles que aspiram a consagrao, quanto experincia e ao carter cristos. Devem incentivar os chamados a procurar o preparo adequado ao seu ministrio. Cada cristo tem o dever de ministrar ou servir com abnegao completa; Deus, porm, na Sua sabedoria, chama vrias pessoas de um modo singular para dedicarem a sua vida, de tempo integral, ao ministrio relacionado com a obra da igreja. 4. Evangelismo O evangelismo a proclamao do juzo divino sobre o pecado e das boas-novas da graa divina em Jesus Cristo. a resposta dos cristos s pessoas na incidncia do pecado, ordem de Cristo aos Seus seguidores a fim de que sejam Suas testemunhas frente a todos os homens. O evangelismo declara que o Evangelho, e unicamente o Evangelho, o poder de Deus para a salvao. A obra de evangelismo bsica na misso da igreja e no mister de cada cristo.

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O evangelismo, assim concebido, exige um fundamento teolgico firme e uma nfase perene nas doutrinas bsicas da salvao. O evangelismo neotestamentrio a salvao por meio do Evangelho e pelo poder do Esprito. Visa salvao do homem todo; confronta os perdidos com o preo do discipulado e as exigncias da soberania de Cristo; exalta a graa divina, a f voluntria e a realidade da experincia da converso. Convites feitos a pessoas no salvas, nunca devem desvalorizar essa realidade imperativa. O uso de truques de psicologia das massas, os substitutivos da convico e todos os esquemas vaidosos so pecados contra Deus e contra o indivduo. O amor cristo, o destino dos pecadores e a fora do pecado constituem uma urgncia obrigatria. A norma de evangelismo, exigida pelos tempos crticos dos nossos dias, o evangelismo pessoal e coletivo, o uso de mtodos sos e dignos, o testemunho de piedade pessoal e de um esprito semelhante ao de Cristo, a intercesso agonizante pela misericrdia e poder de Deus e a dependncia completa do Esprito Santo. O evangelismo, que bsico no ministrio da igreja e na vocao do crente, a proclamao do juzo e da graa de Deus em Jesus Cristo e a chamada para aceit-lo como Salvador e segui-lo como Senhor. 5. Misso Misso, como usamos o termo, a extenso do propsito redentor de Deus atravs do evangelismo, da educao e do servio cristo, alm das fronteiras da igreja local. As massas perdidas do mundo constituem um desafio comovedor para as igrejas crists. Uma vez que os batistas acreditam na liberdade e competncia de cada um para as prprias decises, nas questes religiosas, temos a responsabilidade, perante Deus, de assegurar a cada indivduo o conhecimento e a oportunidade de fazer a deciso certa. Estamos sob a determinao divina, no sentido de proclamar o Evangelho a toda criatura. A urgncia da situao atual do mundo, o apelo agressivo de crenas e ideologias exticas, e nosso interesse pelos transviados, exigem de ns dedicao mxima em pessoal e dinheiro, a fim de proclamar-se redeno em Cristo, para o mundo todo. A cooperao na misso mundial imperativa. Devemos utilizar os meios nossa disposio, inclusive os de comunicao em massa, para dar o Evangelho de Cristo ao mundo. No devemos depender exclusivamente de um grupo pequeno de missionrios especialmente treinados e dedicados. Cada batista um missionrio, no importa o local onde mora ou a posio que ocupa. Os atos pessoais ou de grupos, as atitudes em relao a outras naes, raas e religies fazem parte do nosso testemunho favorvel ou contrrio a Cristo, o qual, em cada esfera e relao da vida, deve fortalecer nossa proclamao de que Jesus o Senhor de todos. As misses procuram a extenso do propsito redentor de Deus em toda parte, atravs do evangelismo, da educao e do servio cristo e exige de ns dedicao mxima.

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6. Mordomia A mordomia crist o uso, sob a orientao divina, da vida, dos talentos, do tempo e dos bens materiais, na proclamao do Evangelho e na prtica respectiva. No partilhar o Evangelho, a mordomia encontra seu significado mais elevado: ela baseada no reconhecimento de que tudo o que temos e somos vem de Deus, como uma responsabilidade sagrada. Os bens materiais, em si, no so maus, nem bons. O amor ao dinheiro e no o dinheiro, em si, a raiz de todas as espcies de males. Na mordomia crist, o dinheiro torna-se o meio para alcanar bens espirituais, tanto para a pessoa que d, quanto para a que recebe. Aceito como um encargo sagrado, o dinheiro torna-se, no uma ameaa e sim uma oportunidade. Jesus preocupou-se em que o homem fosse liberto da tirania dos bens materiais e os empregasse para suprir tanto as necessidades prprias como as alheias. A responsabilidade da mordomia aplica-se, no somente ao cristo como indivduo, mas, tambm, a cada igreja local, cada conveno, cada agncia da denominao. Aquilo que confiado ao indivduo ou instituio no deve ser guardado nem gasto egoisticamente, mas empregado no servio da humanidade e para a glria de Deus. A mordomia crist concebe toda a vida como um encargo sagrado, confiado por Deus, e exige o emprego responsvel de vida, tempo, talentos e bens pessoal ou coletivamente no servio de Cristo. 7. O Ensino e Treinamento O ensino e treinamento so bsicos na comisso de Cristo para os Seus seguidores, constituindo um imperativo divino pela natureza da f e experincia crists. Eles so necessrios ao desenvolvimento de atitudes crists, demonstrao de virtudes crists, ao gozo de privilgios cristos, ao cumprimento de responsabilidades crists, realizao da certeza crist. Devem comear com o nascimento do homem e continuar atravs de toda sua vida. So funes do lar e da igreja, divinamente ordenadas, e constituem o caminho da maturidade crist. Desde que a f h de ser pessoal, e voluntria cada resposta soberania de Cristo, o ensino e treinamento so necessrios antecipadamente ao discipulado cristo e a um testemunho vital. Este fato significa que a tarefa educacional da igreja deve ser o centro do seu programa. A prova do ministrio do ensino e treinamento est no carter semelhante ao de Cristo e na capacidade de enfrentar e resolver suficientemente os problemas sociais, morais e espirituais do mundo hodierno. Devemos treinar os indivduos, a fim de que possam conhecer a verdade que os liberta, experimentar o amor que os transforma em servos da humanidade e alcanar a f que lhes concede a esperana no reino de Deus. A natureza da f e experincia crists, a natureza e necessidade das pessoas, fazem do ensino e treinamento um imperativo.

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8. Educao Crist A f e a razo aliam-se no conhecimento verdadeiro. A f genuna procura compreenso e expresso inteligente. As escolas crists devem conservar a f e a razo no equilbrio prprio. Isto significa que no ficaro satisfeitas, seno com os padres acadmicos elevados. Ao mesmo tempo, devem proporcionar um tipo distinto de educao a educao infundida pelo esprito cristo, com a perspectiva crist e dedicada aos valores cristos. Nossas escolas crists tm a responsabilidade de treinar e inspirar homens e mulheres para a liderana eficiente, leiga e vocacional, em nossas igrejas e no mundo. As igrejas, por sua vez, tm a responsabilidade de sustentar condignamente todas as suas instituies educacionais. Os membros de igrejas devem ter interesse naqueles que ensinam em suas instituies, bem como, naquilo que estes transmitem. H limites para a liberdade acadmica; deve ser admitido, entretanto, que os professores das nossas instituies tenham liberdade para a erudio criadora, com o equilbrio de um senso profundo de responsabilidade pessoal para com Deus, a verdade, a denominao e as pessoas a quem servem. A educao crist emerge da relao da f e da razo, e exige excelncia e liberdade acadmicas que so tanto reais, quanto responsveis. 9. A Autocrtica Tanto a igreja local, quanto a denominao, a fim de permanecerem sadias e florescentes, tem que aceitar a responsabilidade da autocrtica. Seria prejudicial s igrejas e denominao, se fosse negado ao indivduo o direito de discordar, ou se fossem considera-dos nossos mtodos ou tcnicas como finais ou perfeitos. O trabalho de nossas igrejas e de nossa denominao precisa de freqente avaliao, a fim de evitar a esterilidade do tradicionalismo. Isso especialmente se torna necessrio na rea dos mtodos, mas tambm, se aplica aos princpios e prticas histricas em sua relao vida contempornea. Isso significa que nossas igrejas, instituies e agncias devem defender e proteger o direito de o povo perguntar e criticar construtivamente. A autocrtica construtiva deve ser centralizada em problemas bsicos e, assim, evitar os efeitos desintegrantes de acusaes e recriminaes. Criticar no significa deslealdade, a crtica pode resultar de um interesse profundo no bem-estar da denominao. Tal crtica visar ao desenvolvimento maturidade crist, tanto para o indivduo, quanto para a denominao. Todo grupo de cristos, para conservar sua produtividade, ter que aceitar a responsabilidade da autocrtica construtiva. Como batistas, revendo o progresso realizado no decorrer dos anos, temos todos inteira razo de desvanecimento ante as evidncias do favor de Deus sobre ns. Os batistas podem bem cantar com alegria, Glria a Deus, grandes coisas Ele fez! Podem eles tambm lembrar que queles a quem foi dado o privilgio de gozar de to alta herana, reconhecidos ao toque da graa, devem engrandec-la com os seus prprios sacrifcios.

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B- DECLARAO DE FDeclarao de F das Igrejas Batistas da Conveno Batista Nacional Votada na Sua l.a Assemblia A Comisso de Reforma do Manual Bsico optou por manter totalmente o texto adotado na 1 edio, uma vez que se trata de parte integrante da Confisso de F dos Batistas do Sul dos Estados Unidos. I DAS ESCRITURAS Cremos que a Bblia Sagrada foi escrita por homens divinamente inspirados; que um tesouro perfeito de instruo celestial, tendo Deus por seu verdadeiro autor; que tem por objetivo a salvao dos homens; que o seu contedo a verdade sem qualquer mescla de erro; que revela os princpios pelos quais Deus nos julgar e por isso , e continuar sendo, at ao fim do mundo, o verdadeiro centro da unio crist e padro supremo pelo qual toda a conduta, credos e opinies dos homens devem ser julgados (2Tm 3.16, 17; 2Pe 1:21; 2Sm 23.2; At 1.16; 3.21; Jo 10.35; Rm 3.1, 2; Lc 16.29-31; SI 119.111; 2Tm 3.15; 1Pe 1.10, 12; At 11.14; Rm 1.16; Mc 16.16; Jo 5.38, 39; Pv 30.5, 6; Jo 17.17; Ap 22.18,19; Rm 3.4; Rm 2.12; Jo 12.47,48; 1Co. 4.3,4; Lc 10.10-16; 12.47,48; Fl 3.16; Ef 4.3-6; Fl 2.1, 2; 1Co 1.10; 1Pe 4.11; 1Jo 4.1; Is 8.20; 1Ts 5.21; 1Co 13.5; At 17.11; 1Jo 4.6; Jd 1.3; Ef 3.17; SI 119.59,60; Fl 1.9-11). II DO VERDADEIRO DEUS Cremos que h um e somente um Deus vivo e verdadeiro, Esprito infinito e inteligente, cujo nome Jeov, Criador e Senhor Supremo dos cus e da terra, indizivelmente glorioso em santidade e digno de toda honra, confiana e amor; que na Unidade Divina h trs pessoas, o Pai, o Filho e o Esprito Santo, iguais em todas as perfeies divinas e que executam ofcios distintos mas harmnicos na grande obra da Redeno (Jo 4.24; SI 147.5; SI 83.18; Hb 3.4; Rm 1.20; Jr 10.10; x 15.11; Is 6.3; 1Pe 1.15, 16; Ap 4.6-8; Mc 12.30; Ap 4.11; Mt 10.37; Jr 12.2; Mt 28.19; Jo 15.26; 1Co 12.4-6; 1Jo 10.30; Jo 5.17; 14.23; 17.5,10; At 5.3,4; 1Co 2.10,11; Fl 2.5, 6; Ef 2.18; 1Co 13.13; Ap 1.4,5). III DO ESPRITO SANTO Cremos que o Esprito Santo o Esprito de Deus. Ele inspirou homens santos da antiguidade para escrever as Escrituras. Capacita homens atravs de iluminao a compreender a verdade. Exalta a Cristo. Convence do pecado, da justia e do juzo. Atrai homens ao Salvador e efetua regenerao. Cultiva o carter cristo, conforta os crentes e concede os dons

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espirituais pelos quais eles servem a Deus atravs de Sua Igreja. Sela o salvo para o dia da redeno final. A presena dEle no cristo a segurana de Deus para trazer o salvo plenitude da estatura de Cristo. Ele ilumina e reveste de poder (Batismo no Esprito Santo) o crente e a Igreja para a adorao, evangelismo e servio (Gn 1.2; Jz 14.6; Jo 26.13; SI 51.11; 139.7; Is 61.1-3; Jl 2.28-32; Mt 1.18; 3.16; 4.1; 12.28-32; 28.19; Mc 1.10,12; Lc 1.35; 4.1,18, 19; 11.13; 12.2; 24.49; Jo 4:24; 14.16, 17,26; 16.7-14; At 1.8; 2.1-4, 38; 4.31; 5.3; 6.3; 7.55; 8.17, 39; 10.44; 13:2; 15.28; 16.6; 19.1-6; Rm 8.9-11; 14.16, 26, 27; I Co 2.10-14; 3.16; 12.311; Gl 4.6; Ef 1.13,14; 4.30; 5.18; 1Ts 5.19; 1Tm 3.16; 4.1; 2Tm 1.14; 3.16; Hb 9.8, 14; 2Pe 1.21; 1Jo 4.13; 5.6, 7; Ap 1.10; 22.17). IV DA QUEDA DO HOMEM Cremos que o homem foi criado em santidade, sob a lei do seu Criador, mas caiu desse estado santo e feliz, por transgresso voluntria, em conseqncia da qual toda a humanidade tornou-se pecadora, no por constrangimento, mas por livre escolha, sendo por natureza destituda completamente daquela santidade que a Lei de Deus requer, e positivamente inclinada prtica do mal, estando, sem defesa nem excusa, condenada com justia runa eterna (Gn 1.27, 31; Ec 7.29; At 17.26; Gn 2.16; Gn 3.6-24; Rm 5.12; Rm 5.19; Jo 3.6; SI 51.5; Rm 5.15-19; 8.7; Is 53.6; Gn 6.12; Rm 3.9-18; Rm 1.18,32; 2.1-16; Gl 3.10; Mt 20.15; Ez 18.20; 3.19; Gl 3.22). V DO MEIO DA SALVAO Cremos que a salvao dos pecadores inteiramente de graa pela mediao do Filho de Deus, o qual, segundo desgnio do Pai, assumiu livremente nossa natureza mas sem pecado, honrou a lei divina pela Sua obedincia pessoal, e por Sua morte realizou completa expiao dos nossos pecados; que, tendo ressurgido dos mortos, est agora entronizado nos cus e que, unindo em sua maravilhosa pessoa a mais terna simpatia com a perfeio divina, est completamente capacitado para ser o Salvador adequado, compassivo e todo-suficiente dos homens (Ef 2.5, 8, 9; Mt 18.11; l Jo 4.10; 1Co 3.5,7; At 15.11; Jo 3.16; Jo 1.1-14; Hb 4.14; 12:24; Fl 2.6,7; Hb 2.9, 14; 2Co 5.21; Is 42.21; Fl 2.8; Gl 4.4, 5; Rm 3.21; Is 53.4, 5; Mt 20.28; Rm 3.21; 3.24, 25; 1Jo 4.10; 2.2; 1Co 15.1-3; Hb 9.13-15; Hb 1.3, 8; 8.1; Cl 3.1-4; Hb 7.25; Cl 2.9; Hb 2.18; 7.26; SI 89.19; SI 34). VI DA JUSTIFICAO Cremos que a grande bno do Evangelho, que Cristo assegura aos que nEle crem, a Justificao; que esta inclui o perdo dos pecados e a promessa da vida eterna, baseada nos princpios da justia; que conferida, no em considerao de quaisquer obras justas que tenhamos feito. Mas exclusivamente pela f no sangue do Redentor que, em virtude dessa f, a perfeita justia de Cristo livremente imputada por Deus; que ela nos leva ao estado da mais abenoada paz e favor com Deus e nos assegura todas as outras bnos necessrias

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para o tempo e a eternidade (Jo 1.16; Ef 3.8; At 13.39; Is 53.11, 12; Rm 8.1; Rm 5.9; Zc 13.1; Mt 9.6; At 10.43; Rm 5:17; Tt. 3.5,6; 1Jo 2.25; Rm 5.21; Rm 4.4, 5; 5.22; 6.23; Fl 3.8,9; Rm 5.19; 3.24-26; 4.23-25; 1Jo 2.12; Rm 5.1-3,11; 1Co 1.30,31; Mt 6.23; 1Tm 4.8). VII DA GRATUIDADE DA SALVAO Cremos que as bnos da salvao cabem gratuitamente a todos por meio do Evangelho; que dever imediato de todos aceit-las com f obediente, cordial e penitente, e que nada impede a salvao, ainda mesmo do maior pecador da terra, seno sua perversidade inerente voluntria rejeio do Evangelho, a qual agrava a sua condenao (Is 55.1; Ap 22.17; Lc 14.17; Rm 16.26; Mc 1.15; Rm 1.15,17; Jo 5.40; Mt 23.27; Rm 9.32; Pv 1.24; At 13.46; Jo 3.19; Mt 11.20; Lc 19.27; 2Ts 1.8). VIII DA GRAA DA REGENERAO Cremos que os pecadores para serem salvos precisam ser regenerados, isto , nascer de novo; que a regenerao consiste na outorga de uma santa disposio mente, e que isso se efetua pelo poder do Esprito Santo de um modo que transcende a nossa compreenso, em conexidade com a verdade divina, de maneira a assegurar-nos nossa obedincia voluntria ao Evangelho; que a evidncia da regenerao transparece nos frutos santos do arrependimento e da f e em novidade de vida (Jo 3.3, 6, 7.1 Co 2.14; Ap 21.27; 2Co 5.17; Ez 36.26; Dt 30.6; Rm 2.28,29; Rm 5.5; 1Jo 4.7; Jo 3.8; Jo 1.13; Tg 1.16-18; 1Co 1.30; Fp 2.13; 1Pe 1.20,25; 1Jo 5.1; 1Co 12.3; Ef 4.20-24; Cl 3.9-11; Ef 5.9; Rm 8.9; Gl 5.16-23; Ef 2.14-21; Mt 3.8-10; 7.20; 1Jo 5.4). IX DO ARREPENDIMENTO E DA F Cremos que o arrependimento e a f so deveres sagrados e tambm graas inseparveis, originadas em nossas almas pelo Esprito regenerador de Deus; que, sendo por essas graas convencidos profundamente de nossa culpa, perigo e incapacidade, bem como do caminho da salvao por Cristo, voltamo-nos para Deus com sincera contrio, confisso e splica por misericrdia, recebendo ao mesmo tempo de corao o Senhor Jesus Cristo como nosso Profeta, Sacerdote e Rei, e confiando somente nEle como o nico e auto-suficiente Salvador (Mc 1.15; At 11.18; Ef 2.8; 1Jo 16.8; At 2.37,38; At 16.30,31; Lc 18.13; 15.18-21; Tg 4.7-10; 2Co 7.11; Rm 10.12-13; SI 51; Rm 10.9-11; At 3.22-23; Hb 4.14; SI 2.6; Hb 1.8; 7.25; 2Tm 1.12). X DO PROPSITO DA GRAA DE DEUS Cremos que a Eleio o eterno propsito de Deus, segundo o qual Ele gratuitamente regenera, santifica e salva pecadores; que esse propsito, sendo perfeitamente consentneo com o livre arbtrio do homem, compreende todos os meios que concorrem para esse fim. Que

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gloriosa a manifestao da soberana vontade de Deus, que infinitamente livre, sbia, santa e imutvel; que exclui inteiramente a jactncia e promove a humildade, o amor, a orao, o louvor, a confiana em Deus, bem como a imitao ativa de sua livre misericrdia; que encoraja o uso dos meios de santificao no grau mais elevado e pode ser verificada por seus efeitos em todos aqueles que realmente crem no Evangelho; que o fundamento de segurana crist e que verific-la, a respeito de ns mesmos, exige e merece a nossa maior diligncia (2Tm 1.8,9; Ef 1.3-14; 1Pe 1.1,2; Rm 11.5,6; Jo 15.16; 1Jo 4.19; 2Ts 2.13,14; At 13.48; Jo 10.16; Mt 20.16; At 15.14; x 33.18,19; Mt 20.13; Ef 1.11; Rm 9.23, 24; Jr 31.3; Rm 11.28,29; Tg 1.17,18; 2Tm. 1.9; Rm 11.32-36; 1Co 4.7; 1.26,31; Rm 3.27; 4.16; Cl 3.12; 1Co 3.3,7; 15.10; 1Pe 5.10; At 1.24; 2Ts 2.13; 1Pe 2.9; Lc 18.7; Jo 15.16; Ef 1.16; 1Ts 2.12; 2Tm 2.10; 1Co 9.22; Rm 8.28, 30; Jo 6.37-40; 2Pe 1.10; 2Ts 1.4-10; Tg 2.18; Jo 14.23; Rm 8.2830; Is 42.16; Rm 11.29; Fl 3.12; Hb 6.11). XI DA SANTIFICAO Cremos que a Santificao o processo pelo qual, de acordo com a vontade de Deus, somos feitos participantes de Sua santidade; que uma obra progressiva que se inicia na regenerao; que continua-da nos coraes dos crentes pela presena do Esprito Santo, o Confirmador e Confortador, no uso contnuo dos meios indicados, espe-cialmente a Palavra de Deus, o exame prprio, a renncia, a vigilncia e a orao (1Ts 4.3; 5.23; 2Co 7.1; 13.9; Ef 1,4; Pv 4.18; Hb 6.1; 2Pe 1.5-8; 1Jo 2.29; Rm 8.5; Jo 3.6; Fl 1.9-11; Ef 1.13,14; Fl 2.12,13; Ef 4.11,12; 1Pe 2.2; 2Pe 3.18; 2Co 13.5; Lc 11.35; 9.23; Mt 26.41; Ef 6.18; 4.3). XII DA PERSEVERANA DOS SANTOS Cremos que s so crentes verdadeiros aqueles que perseveram at o fim; que a sua ligao perseverante com Cristo o grande sinal que os distingue dos que professam superficialmente; que uma Providncia especial vela pelo seu bem-estar e que so guardados pelo poder de Deus mediante a f para a salvao (Jo 8.31; 1Jo 2.27, 28; 3.9; 5.18; Mt 13.20, 21; Jo 6.66-69; Rm 8.28; Mt 6.30-33; Jr 32.40; SI 19.11,12; 121.3; Fl 1.6; 2.12,13; Jd 24; Hb 1.14; 13.5; 1Pe 1.5; Ef 4.30). XIII DA HARMONIA ENTRE A LEI E O EVANGELHO Cremos que a Lei de Deus a regra eterna e imutvel de seu governo moral; que santa, justa e boa, e que a incapacidade atribuda pelas Escrituras ao homem decado para cumprir os seus preceitos, deriva inteiramente do amor que ele tem pelo pecado; que um dos grandes objetivos do Evangelho e dos meios da graa relacionados com o estabelecimento da igreja visvel, o de libertar os homens do pecado e restaur-los, atravs de um Mediador, obedincia sincera santa lei (Rm 3.31; Mt 5.17; Lc 16.17; Rm 3.20; 4.15; Rm 7.12; 7.7, 14, 22; Gl 3.21; SI 19.7-11; Rm 8.2-4; 10.4; 1Tm 1.15; Hb 8.10; Jd 20.21; Mt 16.17,18; 1Co 12.28).

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XIV DA IGREJA EVANGLICA Cremos que uma igreja visvel de Cristo uma congregao de crentes batizados, que se associam por um pacto na f e comunho do Evangelho; que observam as ordenanas de Cristo e so governa-dos por Suas leis; que usam os dons, direitos e privilgios a eles concedidos pela Palavra; que seus nicos oficiais, segundo as Escrituras, so os bispos ou pastores e os diconos, cujas qualificaes, direitos e deveres esto definidos nas Epstolas a Timteo e a Tito (Mt 18.17; 1Co 1.1-13; At 5.11; 8.11; At 11.21; 1Co 4.17; 14.23; 3Jo 9; 1Tm 3.5; At 2.41,42; 2Co 8.5; At 2.47; 1Co 5.12,13; 1Co 11.2; 2Ts 3.6; Rm 16.17-20; 1Co 11.23; Mt 18.15-20; 1Co 5.5; 2Co 2.17; 1Co 4.17; Mt 28.20; Jo 14.15; Jo 15.11; 1Jo 4.21; 1Ts 4.2; 2Jo 6; Gl 6.2; Ef 4.7; 1Co 14.12; Fl 1.27; 1Co 12, 14; Fl 1.1; At 14.23; 1Tm 3; Tt 1). XV DO SBADO CRISTO Cremos que o primeiro dia da semana o Dia do Senhor ou sbado cristo e que deve ser consagrado a propsitos religiosos, com absteno de todo trabalho secular e recreaes mundanas e pela observncia piedosa de todos os meios de graa, quer privados quer pblicos, e tambm pela preparao para aquele repouso que resta para o povo de Deus (At 20.7; Gn 2.3; Cl 2.16,17; Mc 2.27; Jo 20.19; 1Co 16.1,2; x 20.8; 31.14-18; Ap 1.10; SI 118.24; Is 58.13; Gn 46.2-8; SI 118.15; Hb 10.24,26; At 17.2,3; SI 25.8; 86.3; Hb 4.3-11). XVI DO GOVERNO CIVIL Cremos que o governo civil de ordenao divina para os interesses e a boa ordem da sociedade humana, e que os magistrados devem ser objeto de nossas oraes, bem como devem ser conscientemente honrados e obedecidos, exceto, exclusivamente, nas coisas que se opem vontade de nosso Senhor Jesus Cristo, que o nico Senhor da conscincia e o Prncipe dos reis da terra (Rm 13.1-7; Dt 18.18; 2Sm 23.3; x 18.23; 1Tm 2.1-3; At 5.29; Mt 10.28; Dn 3.15-18; 6.7-10; At 4.18-20; Mt 23.10; Rm 14.4; Ap 19.16; SI 71.11; Rm 14.9-13; SI caps. 2 e 9). XVII DOS JUSTOS E DOS MPIOS Cremos que h uma diferena radical e essencial entre os justos e os mpios; que somente aqueles que pela f so justificados em o nome do Senhor Jesus e santificados pelo Esprito de nosso Deus so verdadeiramente justos face de Deus, enquanto que todos aqueles que continuam na impenitncia e na incredulidade so mpios aos Seus olhos e se encontram sob a maldio; que essa distino permanece entre os homens, quer na morte, quer aps a morte (Mt 3.18; Pv 12.26; Is 5.20; Gn 18.23; Jr 18.24; Jr 15.19; At 10.34,35; Rm 6.15; Rm 1.17; 7.6; 1Jo 2.29; 3.7; Rm 8.18,22; 1Co 11.32; Pv 11.31; 1Pe 4.17,18; 1Jo 5.19; Gl 3.10; Jo 3.36; Is 57.21; SI 10.4; Is 55.6,7; Pv 14.32; Lc 16.25; Jo 8.21-24; Pv 10.24; Lc 12.4,5; 9.23-26; Jo 12.15,16; x 3.17; Mt. 7.13,14).

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XVIII DO MUNDO VINDOURO Cremos que se aproxima o fim do mundo; que no ltimo dia, Cristo descer dos cus e levantar os mortos do tmulo para a recompensa final; que ocorrer ento uma solene separao; que os mpios sero entregues punio sem fim e os justos bem-aventurana para sempre; e que esse julgamento, baseado nos princpios da justia, determinar o estado final dos homens no cu ou no inferno (1Pe 4.7; 1Co 7.29,31; Hb 1.10-12; Mt 25.31; 1Jo. 2.17; Mt 28.20; 13.39-40; 2Pe 3.3-13; At 1.11; Ap 1.7; Hb 9.28; At 3.21; 1Ts 4.13-17; 5.1-11; At 24.15; 1Co 15.12,58; Lc 14.14; Dn 12.2; Jo 5.28-29; 6.40; 11.25-26; 2Tm 1.10; At 10.42; Mt 13.37-43; 24.30; Ap 22.11; 1Co 6.9,10; Mc 9.43-48; 2Pe 2.9; Fl 3.19; Rm 3.5; 6.22; 2Co 4.18; 5.10,11; Jo 4.36; 2Ts 1.6-12; Hb 6.1-2; 1Co 4.5; At 17.31; Rm 2.2-16; Ap 20.11-12; 1Jo 2.28; 4.17).

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PARTE II ECLESIOLOGIAA - CONCEITUAOI - NOSSA COMPREENSO ACERCA DA IGREJA Definio de Igreja no sentido universal: a totalidade dos alcanados pela graa de Deus em todos os tempos e em todo lugar, salvos por Jesus Cristo, segundo o propsito de Deus. Definio de igreja local: reunio de pessoas regeneradas pelo Esprito Santo, salvas pela graa de Deus mediante a f em Jesus Cristo, batizadas, que congregam num determinado lugar para o cumprimento da misso integral da igreja. II A MISSO INTEGRAL DA IGREJA O pecado cometido pelo homem quebrou o relacionamento com Deus em dois nveis: criador / criatura e criatura / criatura. Ento Deus tomou a iniciativa de reatar este relacionamento e definiu a estrutura, o modelo, e a forma de como isto seria realizado. A este trabalho denominamos de MISSIO DEI, ou seja, A MISSO DE DEUS. O prprio Deus est trabalhando para libertar o homem, escravo de si mesmo, do pecado e de Satans, trazendo-o de volta verdadeira comunho com Deus e com o prximo. Deus, ainda, capacita o homem para, em seu nome, executar o trabalho de levar a mensagem da boa nova de redeno. O Deus eterno no trabalha sozinho. Quando da criao do homem, Ele usa o verbo fazer no plural faamos, mostrando que Ele age em grupo, o que podemos denominar de famlia celestial. Disposto a abenoar todas as famlias da terra, ele chamou a Abrao, fez com ele uma aliana, e enviou-o com esta tarefa especfica. Mais adiante, o prprio Deus manifestou-se aos homens na pessoa do Senhor Jesus Cristo, para consumar a obra do restabelecimento da comunho entre o homem e Deus. Quando de sua volta aos cus, o Senhor Jesus Cristo ordenou aos seus discpulos que fossem a todos

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os cantos da terra, a todas as naes, a todos os povos, para fazer dentre eles novos discpulos. A Missio Eclesiae, ou Misso da Igreja, como enviada que , se refere a levar a denncia do estado de degradao (moral, espiritual, social e fsico) do homem, por causa do pecado, que provocou a interrupo do relacionamento com Deus e com outro homem. A misso integral da Igreja atua na perspectiva da adorao a Deus, do discipulado, da ao missionria e da responsabilidade social. O Evangelho todo para todo homem e o homem todo! Portanto, a misso da igreja uma s: ir por todo o mundo e fazer discpulos de todas as raas, tribos, povos e naes e lnguas tornando-os maduros, responsveis e produtivos no reino de Deus. III COMO PERCEBEMOS A RELAO ENTRE A IGREJA E O REINO DE DEUS? Entendemos que no momento presente o Reino de Deus uma realidade espiritual invisvel e em fase de expanso interiorizada nos coraes dos homens a Igreja, por outro lado, o meio devidamente organizado pelo qual desenvolvido o seu programa no mundo. IV COMO SURGIU A IGREJA? Do ponto de vista do plano de Deus, a existncia da Igreja remonta eternidade. Do ponto de vista da histria, ela surgiu ou nasceu como autntica obra da autoria de Nosso Senhor Jesus Cristo. V QUAL O FUNDAMENTO DA IGREJA? De acordo com o Evangelho de Mateus 16.3-19, e a 1 Carta de Paulo aos Corntios 3.10-17, o fundamento da Igreja Cristo Jesus, Filho do Deus Vivo. VI QUEM A CABEA DA IGREJA? A cabea da Igreja o Senhor Jesus Cristo o qual foi constitudo legitimamente soberano do mundo e lder mximo do Seu corpo que a igreja e isso como resultado de Sua obra de redeno realizada na cruz do calvrio At 2.14-35; Ef 5.22-33; Cl 1.13-20. VII - ORDENANAS DADAS A IGREJA Compreendemos que so ordenanas e no sacramentos, tanto o batismo nas guas como a Ceia do Senhor.

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1. Batismo aqueles que esto decididos a serem discpulos de Jesus, aps pblica profisso de f, so batizados por imerso, conforme prtica neotestamentria, sem nenhuma distino de sexo, cor, grau de instruo, raa e nacionalidade. O principal requisito ter o candidato aceito o Senhor Jesus Cristo como Salvador pessoal. 2. Ceia do Senhor constitui-se num memorial prescrito pela Palavra de Deus (1Co 11:23) que deve ser praticado pela congregao, no ocorrendo nenhum efeito mstico (consubstanciao ou transubstanciao). Os batistas nacionais favorecem a ceia livre, entendendo que questo de conscincia prpria do cristo, conquanto que membro de uma igreja notadamente evanglica com a qual esteja em comunho.

B A IGREJA COMO ORGANIZAOVIII - O QUE UMA IGREJA BATISTA NACIONAL? uma igreja que se identifica com as demais igrejas batistas naquilo que seu patrimnio comum: seus princpios, sua declarao de f e suas prticas, e pelo fato de ser filiada Conveno Batista Nacional, cujas caractersticas distintivas so: No campo teolgico-doutrinrio: a crena de que o batismo no Esprito Santo e os dons espirituais so realidades bblicas vigentes para a igreja de Cristo hoje. IX REQUISITOS E DEVERES DE UMA IGREJA BATISTA NACIONAL Ter a Bblia Sagrada como nica regra de f e prtica; Subscrever a declarao de f e o pacto das igrejas batistas nacionais; Ser organizada juridicamente, observando o fiel cumprimento das leis do pas; Fazer constar em seu nome Igreja Batista Nacional, ou fazer constar em seu estatuto que filiada CBN; Ter condies de honrar seus compromissos jurdicos, sociais, financeiros e ministeriais; Adotar modelo administrativo democrtico; Ser pastoreada por um ministro credenciado pela ORMIBAN, observadas eventuais excees temporrias durante processos de arrolamento de igrejas ou pastores; Participar dos programas da CBN e contribuir com o plano cooperativo. X A IGREJA LOCAL E SEUS MEMBROS 1 - Direitos dos membros de uma igreja batista nacional: Participao nas atividades espirituais como cultos e reunies;

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Participao nas atividades discipuladoras; Participao nos ministrios e realizaes da igreja; Voz e voto nas reunies deliberativas; Acesso s informaes administrativas e planejamento financeiro da igreja; Receber assistncia pastoral; Transferir-se ou desligar-se a pedido. 2 - Deveres dos membros de uma igreja batista nacional: Cultivar sua vida devocional e a comunho com os irmos; Zelar pelo bom testemunho como cristo e pelo bom nome da igreja; Envolver-se nas atividades ministeriais da igreja; Submeter-se s autoridades reconhecidas pela igreja; Acatar com humildade e respeito decises das assemblias da igreja, mesmo quando tenha sido voto vencido; Contribuir financeiramente com o dzimo, participando ainda das campanhas e ofertas aladas com liberalidade e gratido. XII SISTEMA DE GOVERNO DE UMA IGREJA BATISTA NACIONAL Entendemos que o sistema de governo democrtico se caracteriza pela liberdade de expresso e participao dos membros da igreja em suas decises, podendo ser: - Modelo congregacional: toda e qualquer deciso tomada em assemblia deliberativa. Neste caso, recomenda-se que as reunies de negcios ocorram conforme previsto no estatuto e regimento interno da igreja, com prestao de contas. - Modelo congregacional de administrao representativa: a igreja, em assemblia, homologa seu planejamento e elege um conselho administrativo, com poderes para, juntamente com o pastor, gerir os recursos humanos e financeiros, com prestao de contas. A igreja Batista Nacional delibera em assemblia questes de: 1. Governo; 2. Administrao; 3. Disciplina. XIII - CUIDADOS DA IGREJA PARA COM OS SEUS MINISTROS As igrejas batistas nacionais devem tratar seus ministros considerando os seguintes critrios:

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1. Reconhec-los como ministros do Senhor, por Ele vocacionados, portanto investidos de responsabilidade e autoridade da parte de Deus; 2. Orar perseverantemente por eles para que o Senhor os assista sempre com a sua graa; 3. Cooperar com eles, contribuindo na consecuo de projetos e ministrios, participando efetivamente nas atividades e programaes da igreja; 4. Proporcionar sustento digno, evitando pecar ao impor dificuldades financeiras com baixos salrios, atrasos de pagamento ou restrio ao trabalho secular, quando isto for necessrio.

C A IGREJA COMO ORGANISMOXIV - Liderana da igreja local 1. Entendemos que a igreja local exerce suas funes na esfera de culto, governo, doutrina, e misso integral atravs de liderana reconhecida, sob a coordenao do pastor titular. 2. Os ministros so pessoas genuinamente vocacionados por Deus para O servirem, de acordo com o que estabelece as Sagradas Escrituras e as deliberaes da Ordem de Ministros Batistas Nacionais. 3. A igreja pode funcionar numa estrutura baseada em departamentos, procurando envolver toda a membresia, nos propsitos da igreja; 4. A igreja pode, tambm, funcionar a partir da perspectiva de ministrios, orientados por um planejamento estratgico, objetivando o cumprimento da misso integral e o atendimento das necessidades detectadas; Visando o aperfeioamento dos santos para o desempenho do ministrio, para a edificao do corpo de Cristo, entendemos que a liderana deve proporcionar as condies para que todos os membros sejam capacitados a tomar decises e assumir responsabilidades no servio do Reino de Deus. Os diconos e as diaconisas, so escolhidos e experimentados, sendo eleitos ou consagrados pela igreja, a fim de desenvolverem tarefas relacionadas responsabilidade social, e para desempenharem outros servios de carter eventual ou no, conforme deciso da igreja local, em atendimento s demandas surgidas, e solicitao de seu pastor, e so considerados seus auxiliares diretos. XV - CRESCIMENTO DA IGREJA LOCAL 1. O crescimento da igreja local d-se:

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Quantitativamente atravs das converses e batismo de pessoas, e tambm dos recebidos por transferncia; Qualitativamente atravs do desenvolvimento dos seus membros, tanto na graa quanto no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo; Materialmente atravs da aquisio de patrimnio para uso exclusivo no seu prprio trabalho e misso; Organicamente atravs da funcionalidade da igreja como corpo de Cristo, onde cada membro pode encontrar seu lugar e desenvolver seu ministrio, segundo o dom da graa multiforme, na unidade e mutualidade crist, interferindo na sociedade onde se insira; Geograficamente atravs da abertura de frentes missionrias e implantao de novas igrejas. 2. A igreja local tem liberdade de utilizar o mtodo de crescimento que melhor adaptar-se sua realidade. 3. O crescimento da igreja uma conseqncia de sua obra missionria. A realizao de obra missionria direta ou associada, deve estar entre as prioridades do programa de trabalho de uma Igreja Batista Nacional. XVI PROGRAMA MISSIONRIO DAS IGREJAS BATISTAS NACIONAIS 1. Entende-se por Programa Missionrio das Igrejas Batistas Nacionais o seu plano de expanso do Reino de Deus, atravs da evangelizao, conscientizao, treinamento e envio, quer seja em aes locais, quer seja em novas frentes. 2. As frentes de trabalho iniciadas devem receber o nome de Misso Batista Nacional, condio em que permanecem at serem organizadas formal e oficialmente em Igrejas. 3. Quanto ao seu processo, esses programas missionrios podem ser realizados sob a nica responsabilidade da igreja local ou base de convnios ou cooperao entre a igreja local e as organizaes batistas nacionais. XVII SUSTENTO DA IGREJA LOCAL O sustento de uma igreja batista nacional provm das contribuies regulares e voluntrias de seus membros, atravs de dzimos e ofertas aladas, ou de gratido e campanhas especiais. A igreja recebe tambm contribuies de pessoas simpatizantes, que no pertencem ao rol de membros, desde que a origem da oferta no fira a conscincia da igreja. Toda e qualquer contribuio auferida do Estado no dever ferir o princpio de separao entre a igreja e o Estado, cabendo a igreja eventualmente beneficiada preservar sua autonomia e liberdade.

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XVIII - RELACIONAMENTO COM OUTRAS IGREJAS 1. Nosso relacionamento deve pautar pela sinceridade e humildade; 2. Devemos receber e tratar com apreo os membros dessas igrejas, quando de sua visita s igrejas batistas nacionais; 3. Quando visitarmos outra igreja evanglica, devemos demonstrar atitude de respeito aos seus costumes, doutrinas, sistema de culto e outros aspectos que lhes so peculiares; 4. Devemos cooperar para que haja unidade entre as denominaes, notadamente no mbito da cidade, participando de conselhos, esforos evangelsticos etc. XIX - A DISCIPLINA NA IGREJA LOCAL A igreja tem o direito e o dever de exercer a disciplina de seus membros, atravs de medidas biblicamente recomendadas Mateus 18.15-22; Glatas 6.1,2; Hebreus 12.13; Tiago 5.19. Cremos que o Esprito Santo de Deus exerce Sua disciplina diretamente sobre os membros de uma igreja ou, at mesmo, sobre uma igreja como tal. As medidas disciplinares aplicadas pela igreja, devem tomar por base as Escrituras e podem acontecer na seguinte ordem: conselho, admoestao ou exortao, suspenso de cargos e finalmente excluso do rol de membros. A igreja deve desenvolver um programa de acompanhamento e restaurao de membros excludos, visando sua reintegrao igreja, agindo sempre com misericrdia e compreenso, pois o objetivo da aplicao da disciplina a formao de um carter cristo, e a correo de faltas danosas ao testemunho e igreja. XX - PACTO DAS IGREJAS BATISTAS NACIONAIS Havendo sido levados, como cremos, pelo Esprito de Deus a confessar a Jesus Cristo como nosso nico e suficiente Senhor e Salvador, e tendo sido batizados sob a nossa f, em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo, agora, na presena de Deus, dos anjos e da sociedade, livre e solenemente, entramos no seguinte pacto como parte do corpo em Cristo: Nos comprometemos a: Fazer das Sagradas Escrituras a nossa nica regra de f e prtica, observando tudo quanto nela est escrito para nosso ensino, exortao, advertncia e norma de vida; aceitando a Declarao de F das Igrejas Batistas Nacionais como fiel Bblia, destacando o batismo com o Esprito Santo e dons carismticos como realidades bblicas experimentais para a igreja at consumao dos sculos; Render, em esprito e em verdade, culto de adorao, louvor e ao de graas a Deus Pai, a Deus Filho e a Deus Esprito Santo;

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Demonstrar, no viver cotidiano, o fruto que nos identifica como verdadeiros discpulos de Cristo, fluindo o amor, a paz, a alegria, a fidelidade, a justia, a abnegao prpria, o esprito de perdo, a mansido, a temperana, a humildade, a consagrao santa causa do Evangelho; Promover nosso aperfeioamento individual e coletivo atravs da prtica devocional da orao fervorosa, da leitura e estudo assduo da Bblia e da participao nas reunies de culto pblico e familiar; Ser fiis e obedientes s ordenanas e preceitos do Novo Testamento, diligentes no servio do Senhor, zelosos na propagao da f, criteriosos no uso do tempo, liberais e alegres na entrega dos dzimos e ofertas casa do Senhor, intransigentes na condenao dos vcios, leais na cooperao com as demais igrejas batistas nacionais, solidrios e fraternos com todo o povo de Deus na Terra; Comprometemo-nos, ainda, ter cuidado uns com os outros, interceder uns pelos outros nas oraes, ajudar uns aos outros nas enfermidades e necessidades, cultivar as relaes francas e a delicadeza no trato, educar religiosamente os nossos filhos, procurar a salvao de todos, especialmente de nossos parentes, amigos e conhecidos, ser corretos em nossas transaes comerciais, fiis em nossos compromissos e exemplares em nossa conduta, procurar sermos competentes e responsveis nas atividades seculares, a evitar difamao e a ira; Finalmente, nos comprometemos a, quando mudarmos de um lugar para outro, procurar unirmos a outra igreja da mesma f e ordem, na qual possamos observar os princpios da Palavra de Deus e o esprito deste pacto. O Senhor nos abenoe e proteja para que possamos ser fiis e sinceros at a morte. Amm.

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PARTE III OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE NOSSA PRAGMTICAINTRODUOEntendemos por pragmtica o conjunto de regras que orientam nossos atos religiosos, nossa forma de fazer. Embora o Novo Testamento no registre detalhadamente como se processavam os cultos, as assemblias, ele nos d orientaes e princpios suficientes para definirmos uma pragmtica que possa ser apresentada como bblica e coerente com os ensinos de Cristo. Pela natureza e carter das igrejas do Novo Testamento e, por extenso, das Igrejas Batistas Nacionais, entendemos que uma pragmtica inflexvel ou excessivamente formal no recomendvel. Apresentamos, na verdade, regras gerais que devem ser aplicadas em cada situao, acompanhadas da orientao do Esprito Santo aos responsveis pelos atos realizados em o Nome do Senhor. A observncia de uma linha de conduta uniforme torna-se impraticvel num universo to diverso de igrejas, situaes regionais e at locais. Todavia, devem ser preservados alguns pontos fundamentais, pelo bem da unidade, da identidade batista nacional e pela necessidade de mtuo reconhecimento dos atos realizados no mbito da CBN.

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I. COMO SE ORGANIZA UMA IGREJA BATISTA NACIONAL?Quando uma misso entender que preenche as condies mnimas estabelecidas pelo Regimento Interno da CBN para ser uma igreja batista nacional, ela dever formalizar o pedido sua sede que tomar as providncias para sua emancipao. , porm, de senso comum, que a auto-suficincia ministerial e material sejam confirmadas para que se possa preservar o princpio de autonomia da igreja local. O que segue a orientao de como se d o processo. Das providncias para organizao: a) A Igreja Organizadora decidir sobre a aceitao do pedido de sua misso e deliberar, no mesmo ato, encaminhar CBN regional, requerimento solicitando a convocao e constituio do Conclio Organizador. necessrio que, anexo ao requerimento, siga um relatrio do qual constem as informaes sobre a misso. b) De posse do requerimento e do relatrio, a diretoria da CBN regional, atravs do seu secretrio executivo, visitar a misso para prestar seu apoio, orientar sobre as responsabilidades de uma igreja batista nacional junto a CBN, e colher mais informaes, certificando-se da condio de autonomia da nova igreja. c) Caso a diretoria da CBN regional recomende a solicitao, em comum acordo, a misso e a sede definiro uma data para o trabalho do Conclio Examinador, constitudo por, no mnimo, trs pastores membros da ORMIBAN regional, o pastor da igreja organizadora e o representante da CBN regional. O Conclio Examinador dever se reunir e desenvolver o seu trabalho na sede da prpria misso. d) O Conclio Examinador ouvir os membros e os orientar quanto aos direitos e deveres de uma igreja batista nacional. Apresentar o Pacto das igrejas, a Profisso de F e demais documentos da CBN, tais como estatuto, regimento interno e o presente manual, principalmente nas questes referentes s igrejas locais, prestando-lhes todos os esclarecimentos necessrios. O Conclio dever apreciar tambm a proposta ministerial da nova igreja, a escolha do nome, do pastor e o anteprojeto do estatuto a ser adotado, apresentando as sugestes que julgar conveniente. e) O Conclio Examinador apresentar relatrio igreja sede e CBN regional recomendando ou no a organizao da nova igreja. Em caso afirmativo, caber a igreja sede, em acordo com a misso e a CBN regional, agendar a data para o culto solene de Organizao em igreja. f) O Culto Solene de organizao da nova igreja ter seu programa definido pela misso e pela igreja sede. Aps o perodo devocional e da apresentao dos convidados e representantes da CBN e ORMIBAN, presidido do pastor da sede, o ato organizatrio ser procedido como segue:

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- Abertura da Sesso Solene de Organizao da Igreja; - Pedido de transferncia por carta dos membros da sede que integrarem a membresia da nova igreja; - Recepo de membros em outra situao que desejarem se ligar nova igreja; - Aprovao (simblica) do estatuto (elaborado e discutido antecipadamente); - Formalizao da eleio do pastor e da diretoria da nova igreja; - Leitura do Pacto das Igrejas e ratificao da Declarao de F das Igrejas Batistas Nacionais; - Orao organizatria da nova igreja; - Orao de posse do pastor e da diretoria; - Apresentao do Orador e entrega da mensagem - Encerramento da Sesso Solene de Organizao da Igreja... OBS: A Igreja sede dever determinar que o seu Secretrio lavre a Ata da Solenidade de Organizao de sua Misso em igreja a qual constar, inclusive, do livro de Atas da Igreja. Igualmente a ata ser registrada no livro da nova igreja como Ata de Fundao. Ser ainda remetida cpia para CBN regional, que constar do arquivo relativo nova igreja.

II. COMO SE PROCEDE A ORDENAO DOS MINISTROS DA PALAVRA NO MBITO DA CBN?O processo de ordenao dos Ministros da Palavra de Deus no mbito da CBN simples, porm, deve ser observado com bastante seriedade, pois nele, esto envolvidos aspectos que exigem um grau elevadssimo de responsabilidade de todos que dele participam (1Timteo 5.22). O candidato ao ministrio pastoral precisa ser, antes de tudo, legitimamente vocacionado, chamado por Deus, para essa importante tarefa dentro do corpo de Cristo. A igreja, por sua vez, dever reconhecer a vocao e outorgar-lhe a autoridade inerente ao ofcio pastoral, conforme os princpios bblicos. Para ser um ministro reconhecido, no mbito da CBN, o candidato dever atender o que prescreve o Regimento Interno da ORMIBAN e: a) Ter uma experincia genuna de converso a Cristo Jesus; b) Ser membro de uma Igreja Batista filiada CBN; c) Ter uma experincia pessoal genuna de chamada divina para o ministrio da Palavra de Deus; d) Ter formao teolgica nos termos dos Estatutos da Ordem dos Ministros da CBN;

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e) Ter sua ordenao solicitada por uma igreja filiada CBN. f) Receber conceito favorvel dos de fora; g) Ser aprovado nos exames de teologia, doutrina e tica da ORMIBAN. Dos procedimentos prvios: a) A igreja interessada - que ser sempre a igreja da qual o aspirante ao ministrio membro - decidir, em assemblia, solicitar Ordem dos Ministros Batistas Nacionais - Seo Regional de sua jurisdio, em formulrio prprio, o exame do seu candidato. indispensvel que o motivo dessa deciso conste do texto do requerimento. b) De posse do pedido, o presidente deve encaminhar a matria, conforme consta do Regimento Interno da ORMIBAN. c) A ORMIBAN oficiar igreja o seu parecer, recomendando ou no a ordenao do candidato; d) Em caso de aprovao, a igreja solicitante, em acordo com a diretoria da ORMIBAN, marcar a data para o Ato Solene de Consagrao ao Ministrio da Palavra. Quanto Solenidade de Ordenao do Aspirante ao Ministrio da Palavra de Deus: a) A igreja organizar o programa adequado solenidade; b) O Conclio Ordenatrio ser formado por ministros batistas nacionais e de outras denominaes reconhecidamente evanglicas. A composio do Conclio ser determinada pela igreja em acordo com a diretoria da ORMIBAN regional; c) O candidato dever ter oportunidade para, em breve discurso, se dirigir igreja destacando, sobretudo, os aspectos fundamentais envolvidos em sua experincia de converso e chamada; d) O Conclio proceder ao ato ordenatrio, atravs da Imposio das Mos sobre o candidato, pelos ministros presentes; e) A pessoa escolhida far a orao consagratria, durante o ato da Imposio das Mos; f) Dar-se- a entrega da Bblia; g) O orador oficial far a exposio da mensagem; h) Dissoluo do Conclio e bno apostlica pelo novo pastor. OBSERVAES: 1) Caso o candidato esteja sendo ordenado com vista ao pastorado da igreja requerente, sua posse poder ocorrer aps o item f; 2) A sesso solene dever ser registrada no livro de Atas da igreja solicitante e cpia ser remetida a ORMIBAN regional.

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III - COMO SE PROCEDE A ELEIO DE DICONOS?Os diconos, conforme lemos em Atos 6.1-7, foram escolhidos dentre os cristos de Jerusalm para auxiliar os apstolos, ocupando-se da beneficncia e das questes administrativas. Nas igrejas batistas, so eles os oficiais que assistem o pastor, liberando-o para ocupar-se primeiramente da palavra e da orao. So escolhidos pela igreja, observando-se as recomendaes do apstolo Paulo a Timteo (1Tm 3.8-10). A eleio de diconos e diaconisas um ato da igreja local, cabendo a esta determinar a quantidade de oficiais e o perodo para o exerccio da funo, podendo submet-los a um perodo probatrio. O diaconato pode ser entendido como uma funo com prazo determinado ou enquanto bem servir. Deve-se observar que, quando um dicono se transfere de igreja, automaticamente est abrindo mo de sua funo na igreja de origem, devendo ser recebido apenas como membro. A igreja responsvel pelo exame do testemunho, do conhecimento doutrinrio e da aptido para o diaconato. A celebrao ou no de um culto solene facultativa.

IV - QUAL O PROCESSO DE ENTRADA E SADA DOS MEMBROS DE UMA IGREJA BATISTA NACIONAL?Modelo de governo congregacional: todo caso de movimentao de membros dever ocorrer atravs das assemblias deliberativas; Modelo de governo congregacional de administrao representativa: o estatuto da igreja dever prever a existncia de comisses que atuem nessa rea comisso consultiva ou de diconos. Formas de Recepo Batismo nas guas importante observar os seguintes aspectos: 1 - O ato do batismo poder ser dissociado do arrolamento na membresia, quando no forem satisfeitas outras exigncias estabelecidas pela igreja. 2 Menores de idade podero ser batizados e tornarem-se membros. Para tanto, a igreja local definir, em seu estatuto e regimento, a idade mnima para o exerccio dos direitos de membro. Carta de Transferncia eventualmente, quer por motivos de proximidade geogrfica, quer por motivos de preferncia pessoal, um membro poder transferir-se de uma para outra igreja notadamente evanglica, as quais trocaro Carta de Transferncia; Reconciliao o membro disciplinado que houver sido desligado ou excludo do rol de membros, poder pedir reconciliao igreja;

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Reconciliao com transferncia o membro disciplinado que houver sido desligado ou excludo do rol de membros, poder pedir reconciliao igreja e imediata transferncia; Aclamao nos demais casos, tais como membros transferidos de igrejas que no respondem ao pedido de transferncia, a congregao poder acolher ao pedido de membresia, observando o testemunho do interessado. Formas de Desligamento Carta de Transferncia quando o membro, por sua convenincia e vontade solicita sua transferncia para outra igreja notadamente evanglica; Carta Compulsria liberao do membro para que escolha outra igreja de sua preferncia. Excluso quando por falta disciplinar grave ou persistncia no erro, aps esgotados os procedimentos bblicos recomendveis; Desligamento quando o membro transferir-se para igreja de outra denominao que no solicitar a Carta de Transferncia; Falecimento automaticamente.

V - COMO SE REALIZA O BATISMO NAS GUAS?O batismo nas guas uma das ordenanas de Jesus para a igreja. Pelo batismo, o convertido est publicamente assumindo sua f em Jesus e confirmando sua deciso de ser discpulo dele. , portanto, uma representao de sua morte para o mundo e para o pecado e um ressurgir para Deus e para a justia. Assim sendo, a forma bblica e adequada, ante o simbolismo da morte e ressurreio, a imerso. Alguns procedimentos recomendveis: 1. Preparar o candidato ao batismo com ensino especfico, conscientizando-o do valor e significado do ato; 2. tambm de fundamental importncia que o candidato ao batismo tenha oportunidade de dar provas igreja quanto sua transformao, ou seja, quanto aos frutos ou resultados concretos de sua converso; 3. Quanto profisso de f, ela deve ser simples, objetiva, pblica, tanto quanto possvel, baseada num questionrio elaborado pelo ministro ou uma comisso de membros. 4. Quanto ao local, pode ser no batistrio, no rio, na lagoa ou na praia do mar. Todavia, deve ser num local adequado, em todos os sentidos, desde o higinico at ao aspecto do culto; 5. Quanto frmula invocatria - em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo. No momento da imerso, o ministro oficiante indaga ao candidato sobre sua f em Cristo, como nico e suficiente Salvador, pronuncia o nome da Santssima Trindade e, a seguir, imerge o candidato; 6. Quanto idade do candidato - desde que possa expressar, livre e conscientemente a sua

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f em Cristo Jesus como seu Salvador pessoal; 7. O oficiante deve ser o ministro da igreja ou misso ou algum por ele convidado. No caso das igrejas sem pastor, deve ser convidado um ministro, preferencialmente da CBN, para realizar os batismos;

VI - COMO DEVE SER CELEBRADA A CEIA DO SENHOR?A ceia do Senhor um memorial de sua morte, conforme disse o Senhor Jesus. portanto um ato permeado de f e espiritualidade. No h uma determinao bblica quanto sua periodicidade, sendo costumeira a ceia mensal, havendo, porm, liberdade para que a igreja defina o perodo conforme sua convenincia. importante observar: a) Quanto ao local: geralmente no prprio templo ou salo, onde funciona ou se rene a igreja; b) Quanto ao oficiante: geralmente o prprio ministro da igreja (ou pastor por ele convidado) quem oficia o ato. No caso das igrejas sem pastor, elas devem convidar um ministro, preferencialmente da CBN, para dirigir e oficiar esse culto; c) Quanto aos participantes: a posio j assumida pelas Igrejas Batistas Nacionais no favorece ceia restrita e nem ultra-restrita; pelo contrrio, favorece ceia livre. A explicao para a prtica da ceia livre, esta: oferecemos aos membros de igrejas evanglicas presentes a oportunidade de participarem da ceia conosco, tomando por base o argumento da responsabilidade pessoal do crente, conforme exposto em I Corntios 11.23-34; d) Quanto ao clice: individual; e) Quanto ordem de ingesto dos elementos po e vinho: segue-se a mesma que Jesus estabeleceu - primeiro, o po; depois; o vinho. O momento da ingesto dos elementos anunciado pelo oficiante do culto; f) A celebrao da ceia do Senhor um ato congregacional.

VII - COMO DEVE SER A APRESENTAO DE UMA CRIANA?O Evangelho de Lucas 2.22-24 registra a apresentao de Jesus no templo de Jerusalm. O prprio evangelista esclarece que, por ser o primognito de Maria, Jesus precisava ser resgatado com um sacrifcio. Era, portanto, um ato previsto na Lei de Moiss, sobre o qual no h qualquer referncia no Novo Testamento para sua perpetuao pela igreja crist. Todavia, devido o ensino romanista que considera as crianas no batizadas como pags, mesmo entre os evanglicos criou-se uma falsa necessidade de um ato em favor das crian-

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as. Reiteramos que no prtica ensinada para a igreja crist, mas, havendo a possibilidade de abenoar, no h impedimento para que a igreja o faa, todavia evitando-se atribuir qualquer valor sacramental ao ato. A apresentao da criana feita pelos pais, numa atitude de ao de graas pela criana e pela famlia, e igualmente, um compromisso pblico pela educao e formao espiritual dela. O ato deve ser oficiado pelo ministro com singeleza, consistindo basicamente em ao de graas e ao mesmo tempo numa orao intercessria em favor dos pais e da criana. interessante convidar os familiares para se unirem aos pais, proporcionando um ambiente acolhedor para a famlia e propiciando uma oportunidade de pastoreio e evangelizao.

VIII- EM QUE CIRCUNSTNCIAS E COMO DEVEMOS OBSERVAR A PRTICA DO JEJUM?O jejum consiste na abstinncia voluntria de alimentos, slidos e/ou lquidos, recomendvel como um exerccio espiritual, onde a vontade da carne submetida vontade do esprito. No Antigo Testamento est sempre associado ao arrependimento dos pecados e ao pesar (2 Sm 1.12; 12.16-23; 1Cr 10.12). No Novo Testamento, mencionado como uma maneira da igreja buscar orientao clara de Deus e capacitao para a obra (At 13.2,3; 14.23). Sendo o jejum uma disciplina espiritual, recomendvel que ele tenha algum carter sacrificial. Embora no se possa determinar um tempo mnimo para que o jejum tenha realmente valor, recomenda-se o exerccio, at que o corpo se habitue a jejuns de pelo menos 24 horas. Jejuns, por perodo mais prolongado, deve ser acompanhado de retiro espiritual, observando-se a possvel necessidade de ingesto de pequenas quantidades de gua. O jejum pode tambm ter valor intercessrio, quando se convenciona interceder por algum pas, tendo em vista a salvao de seu povo e/ou a soluo de seus problemas; Como devemos observar o jejum: a) H jejuns coletivos com tempo combinado, previamente, pela igreja quanto ao perodo; b) H jejuns individuais ou familiares, cuja durao combinada pelo indivduo ou pela prpria famlia; c) fundamental que se associe leitura e meditao na Palavra de Deus, bem como o perodo de orao, prtica do jejum; d) indispensvel que os alvos ou objetivos do jejum sejam bem definidos; e) necessrio que se esclarea o valor do jejum e sua funo, como um meio e no um fim em si mesmo, e que se evite qualquer tendncia fantica ou extremada, nesta rea da vida crist.

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IX - EM QUE CIRCUNSTNCIAS E COMO DEVEMOS OBSERVAR A PRTICA DA UNO COM LEO?A prtica da uno com leo no Novo Testamento, associada orao e cura de enfermos, ocorreu durante o ministrio de Jesus (Marcos 6.13), sendo observada pelos apstolos, e recomendada em Tiago 5.14. Biblicamente, devem ser ungidos os enfermos de um modo geral, de acordo com Marcos 6:13, ou os enfermos acamados, de acordo com Tiago 5.14-15. Tomando por base alguns textos bblicos (Salmo 25.5, Salmo 133.2, Eclesiastes 9.8), entendemos que a uno deve ser aplicada na cabea do enfermo. De acordo com os dois textos acima citados, uno com leo prerrogativa dos ministros do Senhor, pois, em Marcos, so os apstolos que ungem e em Tiago so os presbteros. A uno poder ser aplicada por membros da igreja, desde que por delegao do pastor. No associamos uno com leo nenhum sentido medicinal e/ou sacramental, entendemos, porm, que a uno com leo em Nome do Senhor, no momento da orao da f em favor do enfermo, um ato de obedincia Palavra de Deus e pode significar um ponto de contato, visando despertar a f do enfermo.

X - COMO A IGREJA DEVE PROCEDER QUANTO AO LEVANTAMENTO DOS DZIMOS E OFERTAS?Uma forma bblica e justa de sustento de uma igreja o dzimo. Como as igrejas batistas nacionais tm rol de membros organizado, esse o melhor sistema de contribuio, visto que pode ser estabelecido um controle administrativo eficiente, e igualmente incentivada a fidelidade dos membros. Recomenda-se a utilizao de envelopes que permitam a identificao dos membros e o uso do gazofilcio para que as contribuies possam ser feitas em qualquer reunio da igreja. Quanto ao local e momento, o importante que haja praticidade e segurana, conforme o hbito de cada igreja. As ofertas so levantadas, geralmente, tendo em vista alguns fins especficos. bom que sejam bem conhecidos da congregao e que haja criteriosa motivao, antes e durante o seu levantamento e posterior prestao de contas. A igreja, tambm, pode prover-se de envelopes especficos para cada tipo de contribuio, como os que seguem: a. Ofertas Missionrias - recomenda-se a adoo de Compromissos Missionrios de F, ofertas mensais destinadas especificamente para os missionrios sustentados pela igreja, para a obra missionria da CBN, ou para obreiros conveniados. A igreja deve ser constantemente motivada a ofertar para o trabalho missionrio, principalmente nas campanhas das CBNs regionais e da CBN/JAMI;

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b. Ofertas Assistenciais - eventualmente a igreja pode conclamar seus membros a contriburem para atender a um necessitado, exercendo a misericrdia e a liberalidade com amor; c. Ofertas especiais para a igreja - igrejas envolvidas em construo ou aquisio de qualquer bem patrimonial podem eventualmente levantar ofertas para tais fins.

XI - QUAIS SO OS MTODOS DE TRABALHO EVANGELSTICO MAIS RECOMENDADOS PARA AS NOSSAS IGREJAS? fundamental que cada cristo compreenda que todos esto envolvidos na tarefa da evangelizao, dentro da perspectiva da misso integral da igreja. Quanto a mtodos de trabalho evangelstico, recomendam-se: a) O evangelismo pessoal; b) O evangelismo pelo rdio, pela televiso e por o