Manual Básico de Nós e Amarras

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MANUAL BÁSICO DE NÓS E AMARRAS AR-38 1. DEFINIÇÕES . : Enlaçamento de uma ou mais cordas formando uma massa uniforme. Quanto mais apertado o nó, mais peso ele poderá suportar. Cabo ou Corda: consiste em um conjunto de fibras torcidas ou trançadas entre si. Ela é usada principalmente para acampamentos, navegação construção e muitas outras atividades. 2. TIPOS DE CORDA . As cordas podem ser classificadas por sua origem ou por seu modo de tecelagem (trama). 2.1 Quanto à origem A corda recebe o nome da espécie da fibra empregada na sua fabricação, podendo ser de origem animal, vegetal ou sintética. Fibras de Origem Animal: seda, crina e couro. Fibras de Origem Vegetal: sisal, cânhamo, coco, algodão e juta. Fibras de Origem Sintética: náilon, polipropileno e polietileno 2.2 Quanto à Trama (Tecelagem) Torcida: Cordas Estáticas e sem elasticidade Trançadas: Cordas Dinâmicas e com bom nível de Elasticidade Manual Básico de Nós e Amarras – Dalmo Dion Costa – Instrutor Clube de Desbravadores Américas - 7ª Região/AB 1

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MANUAL BSICO DE NS E AMARRAS AR-381. DEFINIES.

N: Enlaamento de uma ou mais cordas formando uma massa uniforme. Quanto mais apertado o n, mais peso ele poder suportar. Cabo ou Corda: consiste em um conjunto de fibras torcidas ou tranadas entre si. Ela usada principalmente para acampamentos, navegao construo e muitas outras atividades. 2. TIPOS DE CORDA As cordas podem ser classificadas por sua origem ou por seu modo de tecelagem (trama). 2.1 Quanto origem.

A corda recebe o nome da espcie da fibra empregada na sua fabricao, podendo ser de origem animal, vegetal ou sinttica. Fibras de Origem Animal: seda, crina e couro. Fibras de Origem Vegetal: sisal, cnhamo, coco, algodo e juta. Fibras de Origem Sinttica: nilon, polipropileno e polietileno 2.2 Quanto Trama (Tecelagem)

Torcida: Cordas Estticas e sem elasticidade Tranadas: Cordas Dinmicas e com bom nvel de Elasticidade 3. CARACTERISTICAS DAS CORDAS Origem Animal: raras e de uso limitado Origem Vegetal: comum e muito utilizadas. As melhores cordas so feitas de cnhamo. Quando molhadas, incham, dificultando o desate do n, alm da tendncia de ficarem muito quebradias, apodrecerem com facilidade, bem como sofrerem a ao da gua do mar, sol forte e produtos qumicos que tambm desgastam esse tipo de corda. Sisal spera. Usada em construo civil e, pelos desbravadores, para fazer pioneirias. Origem Sinttica: tem alta resistncia a trao e boa capacidade de carga; absorvem choques, so resistentes a Manual Bsico de Ns e Amarras Dalmo Dion Costa Instrutor 1 Clube de Desbravadores Amricas - 7 Regio/AB.

danos qumicos e corroso provocada por leos, petrleo e pela maioria dos solventes. Alm disso, por absorverem menos gua que as de fibras naturais, sua resistncia tende a ser constante quando molhadas. As principais desvantagens das cordas sintticas, porm, o fato de ser to lisas que alguns ns se desfazem. Assim, preciso firm-los com uma meiavolta ou dobras adicionais. Polister grande resistncia e excelente compatibilidade com outras fibras. Corda esttica. Nylon corda resistente e malevel, com filamentos longos; se degrada em contato com o sol. Polipropileno resistente a agentes qumicos, elasticidade, no retm gua e algumas podem flutuar. Torcidas: Os fios so lisos dando a elasticidade natural do Nylon (1 a 2 % quando submetido ao peso mdio de uma pessoa). O grande problema quanto sua resistncia ao atrito que se desgastam facilmente provocando o seu rompimento Tranadas: os fios so um conjunto de cordinhas torcidas ou tranadas, e este o segredo para a absoro de choques, com a elasticidade de cerca de 5% a 10% ao peso de uma pessoa normal. Por serem vrias cordinhas tranadas seu rompimento mais demorado percebendo-se antes que ocorra algum problema com a mesma.

Lembre-se: No use cordas de fibras diferentes juntas, pois somente a mais resistente funcionar sob tenso 4. ARTES DE UMA CORDA E NOMES BASTANTES UTILIZADOS

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Chicote, extremidade de trabalho ou apndice - as pontas livres de um cabo ou corda, utilizada no manuseio para fazer o n Manual Bsico de Ns e Amarras Dalmo Dion Costa Instrutor 2 Clube de Desbravadores Amricas - 7 Regio/AB

Seio: a parte central de uma corda. Ala - uma volta ou curva em forma de U, resultante da unio dos chicotes de uma corda. Lao ou volta - o cruzamento de duas partes da corda. Encapeladura - corresponde a dar-se uma nova volta ao lao. Cote: uma volta simples em que uma das partes do cabo morde a outra. Aduxamento: Ato de enrolar uma corda, para que facilite o manuseio e quando guard-la. Ajustar um n: Apertar um n. Anel: a volta em que as partes de uma corda se cruzam. Bitola: Dimetro de um cabo, corda. Cabo solteiro: uma corda de 3 a 6m de comprimento, geralmente de 6 a 9mm de dimetro, usado para assentos de escaladas, segurana individual, tracionamento de cordas, conduo de material de escalada, em acampamentos, em embarcaes, etc. Cocar: Gastar a corda pelo atrito contra uma superfcie spera. Falcaa: a unio dos cordes dos chicotes de uma corda por meio de barbante ou fogo no caso de fibras sintticas. Impede que os chicotes desmanchem e facilita o manuseio das cordas. Morder: Prender uma corda por presso, seja com outra corda ou qualquer superfcie rgida. Laada o n corredio o que representa melhor a laada. Sua principal caracterstica o fato de que, quando a extremidade puxada, o n se desfar, desde que no haja objeto dentro do lao. Ponta corredia ou vivo a ponta com a qual formamos o n. Corda restante ou ponta fixa parte do cabo que no usada como ponta de trabalho. N superior n principal dado no momento em que se realiza a amarra. Ala de azelha ou laada com n n simples que forma uma ala Curva ou dobra formao paralela da corda, aplicada a qualquer parte dela. Amarra utilizada para fazer mveis de acampamento com madeiras e cordas. Unio de cordas juno de cordas atravs de dobras, e no das pontas (fixa ou vivo). 5. CUIDADOS COM A CORDA.

Poeira, terra e areia, todas essas partculas penetram pela capa e provocam desgastes internos, dificilmente vistos se olhados por fora. Sentar, pisar ou mesmo se apoiar sobre a corda pode forar a entrada destas partculas e aumentar o desgaste interno, alm de Manual Bsico de Ns e Amarras Dalmo Dion Costa Instrutor 3 Clube de Desbravadores Amricas - 7 Regio/AB

maltratar a corda por presso em possveis quinas de rocha ou cantos de botas. Uma pequena lona de plstico pode ser uma alternativa barata, evitando do mesmo jeito o seu contato direto com o cho. Lavar de vez em quando a corda tambm ajuda, mas ateno, nada de usar produtos de limpeza, no mximo um sabo neutro. Depois a deixe secar solta num lugar ventilado e a sombra e nunca exponha em demasia a sua corda ao sol, o nylon se degrada com os raios ultravioletas. Esquec-la ao sol, na janela traseira do carro um crime. Os cuidados com os produtos qumicos, tambm so muito importantes, principalmente destes dois grupos, relativamente comuns: os cidos de qualquer espcie (mas comumente o de bateria de carro) e os hidrocarburetos (derivados do petrleo). impressionante e assustador saber que uma boa parte desse tipo de contaminao ocorre dentro dos carros na hora de transportar os equipamentos, por isso tome cuidado onde vai colocar a sua corda. Os hidrocarburetos (leo, querosene, gasolina, diesel, etc.) podem ainda ser detectveis pelo cheiro ou cor. Entretanto os cidos muitas vezes degradam a corda sem que se perceba, pois o seu estado visual pode parecer perfeito, quando j consideravelmente atingido. A qualquer contaminao ou suspeita de tal, deve-se descartar a corda. Outro ponto importante a se ter ateno com a abraso causada por quinas e arestas durante uma escalada, um rapel ou simplesmente quando guardadas. preciso saber que as cordas so constitudas de fibras txteis, suscetveis a um desgaste. Ficar atento e conseguir visualizar possveis pontos de abraso evitando-os e quando necessrio protegendo-os a melhor forma de prolongar a vida da sua corda. Alguns cuidados importantes: Periodicamente as cordas devem ser inspecionadas. Deve-se destorcer ligeiramente os cordes para examinar o interior da corda. Caso esses cordes estejam escurecidos, a corda no poder ser usada em situaes nas quais se exija segurana. As fibras interiores devem apresentar-se brilhantes e novas em sua aparncia. Os prprios ns danificam a corda. Quanto mais apertado e forte, maior ser a chance de romper a corda. Se a corda esteve na gua do mar preciso enxagu-la com gua doce antes de ser guardada, para se remover todo o sal das fibras e lav-las como aqui j citado. No guarde cordas midas ou molhadas, a umidade as deteriora. melhor sec-la a sombra ou um pequeno perodo no sol, nunca em fornos. Evite arrastar uma corda sobre superfcie cortante ou deix-la enroscar-se em cantos speros, pois poder danificar-se e romper as fibras. Manual Bsico de Ns e Amarras Dalmo Dion Costa Instrutor 4 Clube de Desbravadores Amricas - 7 Regio/AB

No a dobre, nem pise sobre ela, pois poder deform-la, faa uma capa para guardar sua corda (lona uma boa opo). Sempre evitar contato com os hidrocarbonetos e cidos. Uma corda bem guardada, manuseada e cuidada tem uma tima durao. 6. ADUXAMENTO.

7. Ns 7.1 Caractersticas

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Para ser considerado bom um n deve apresentar as seguintes caractersticas: Ser simples de fazer e desfazer Apresentar o Mximo de segurana. Apertar proporo que aumentar a presso sobre o mesmo. Que nunca se desfaz sozinho.

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N Simples: Este n a base para outros ns, e por se tratar apenas de uma volta o n mais fcil e rpido de ser feito. Outros nomes: Azelha Simples Meia Volta - Laada N Direito: Serve para unir dois cabos de dimetros iguais. Usado para unir dois cabos de dimetros bem diferentes. til para terminar amarras Outro nome: N Quadrado Serve para unir dois cabos de dimetros diferentes. Pode ser usado para colocar a bandeira no mastro.

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