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    CAPTULO IIA CMARA FOTOGRFICA

    I - Princpios Bsicos

    Toda cmera fotogrfica fundamentalmente uma cmara escura projetada segundocaractersticas especficas que envolvem sua ptica, mecnica e formato do negativo, paraapreender a energia luminosa de maneira ordenada, formando em seu interior uma imagemntida. O olho humano possui exatamente a mesma funo, formando imagens a partir da luz etransmitido-as como impulsos bio-eltricos para o crebro.

    Portanto, podemos entender as cmaras fotogrficas como extenses mecnicas do

    olho humano, que um rgo adaptado para captar essa energia radiante tanto emquantidade como em qualidade, isto , ele tem a capacidade de recepcionar oscomprimentos de onda caractersticos de cada cor e decodific-los, distinguindo assim objetosclaros de escuros e de cores diferentes. A isso chamamos viso c romtica (viso das cores). Jno c aso da fotografia, a viso cromtica depender do material sensvel utilizado.

    A ttulo de comparao, a ris do olho humano funciona como o dispositivo dediafragma da cmera, controlando a quantidade de luz. O cristalino do nosso olho tem seuparalelo na lente da cmera, pois ambos vo tornar as imagens ntidas. A diferena que ocristalino, para focalizar as imagens, muda de forma, ao passo que numa cmara, a lente dotada de um movimento para frente e para trs para cumprir a mesma funo, com exceodas cmaras chamadas de "foco fixo", que so projetadas para dar foco a partir de uma

    distnc ia mnima (geralmente em torno de 1,5m em diante).

    A retina corresponde parte de trs da cmara fotogrfica, onde colocamos a emulsosensvel luz e sobre a qual se formar a imagem.

    Comparao entre a cmera fotogrfica e o olho humano

    Existem muitos modelos e marcas disponveis, e que se diferenciam basicamente por seutamanho e qualidade, alm de cada uma oferecer alguma limitao em relao outra,razo pela qual cada tipo preenche uma determinada necessidade fotogrfica. As

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    configuraes possveis so extremamente variadas, e por isso difcil classificar todas. Mas, demaneira geral, possvel, genericamente, c lassificar as cmeras em 3 tipos bsicos. So eles:

    Simples- So cmeras compactas em que todos os ajustes de foco e exposio tm pouca ounenhuma opo de mudana; em geral j vm de fbrica com a lente embutida e todos osmecanismos automticos, inclusive (nas mais sofisticadas) flash. Por vezes o visor deenquadramento separado da lente, o chamado visor direto, implicando num problema deparalaxe quando o assunto est muito prximo, ou seja, dependendo da distncia entre acmera e o assunto principal, corremos o risco de cortar partes deste assunto ou enquadr-lomal. No permitem ajustes manuais de exposio, e, mesmo os automticos, em geral no temmuita flexibilidade. Entretanto, se a objetiva for de boa qualidade, dentro dos limites da cmera,esta capaz de produzir boas imagens.

    Dois exemplos de corpos de cmera simples: Kodak 110 e Fujica

    Semi-Profissionais- So cmeras que possuemuma gama variada de possibilidades dealterao, oferecendo ao fotgrafo a escolhados valores de foco, tempo e exposio equantidade de luz. As cmeras melhorprojetadas para este fim geralmentetrabalham com filmes 135 (comumentechamados 35mm) e permitem a mudana dasobjetivas, bem como a colocao deacessrios, como motor-drives e flashs maispoderosos. Existem modelos totalmentemecnicos, que possibilitam ao fotgrafocontrole total das funes da cmera, etambm modelos hbridos, que podemfuncionar com padres automticos tambm escolha do fotgrafo. Sobre esse ltimo tipo,sua nica desvantagem a necessidade depilhas e baterias, sem as quais ela nofunciona. A maioria delas possuem visor reflex,ou seja, visor atravs de um espelho quepermite a viso exata da imagemenquadrada, tal como o negativo ir imprimir.

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    Sua flexibilidade com acessrios, qualidade de imagem, versatilidade e mobilidade fazem dosmodelos 35mm as cmeras mais populares de todas.

    Semi - Profissionais: Canon EOS 300, Nikon FE2 e Pentax K - 1000

    Profissionais So cmeras de grande porte, pesadas e para uso em estdio, que trabalhamcom formatos maiores que 35mm, os chamados mdios formatos (filmes 120) ou filmes emchapa (4x5, 8x10, etc.). Possuem altssima preciso ptica e, no caso das cmaras de fole,permitem distoro de perspectiva, colocao de qualquer tipo de lente ou objetiva e tem seusajuste todos manuais, dando ao fotgrafo liberdade total de criao. Sua nica limitao otamanho, que dificulta ou mesmo impede totalmente o controle rpido de suas funes, nopodendo ser utilizada para fotografias instantneas, como no fotojornalismo.

    Cmeras profissionais: Rolleiflex (de filme 120), Sinar f2 4x5 pol. e uma 5x7 pol.

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    II - Como funciona uma Cmera: Corpo, Objetiva e Mecanismo de Exposio

    Desde as mais simples at as mais complexas, que permitem ajustes automticos eprogramaes de exposio eletrnicas, todas compartilham dos mesmos elementosfundamentais, que so:

    1) Corpo2) Objetiva3) Mecanismo de Exposio, atravs do dispositivo duplo obturador/ diafragma

    1) Sobre o Corpo da Cmera

    Existe uma infinidade de corpos passveis de receber a emulso e a objetiva, a fim deformar e registrar uma imagem. Mas todos eles possuem caractersticas comuns, queengendram os mecanismos que permitem o controle de suas funes. Assim, no corpo que seinstalam a objetiva e a emulso, controlando a relao entre eles pelo dispositivo obturador, emgeral disposto no corpo.

    Duas condies so primordiais no corpo: que ele seja capaz de isolar a emulso da luze que possua um sistema de enquadramento eficiente.

    Siste m a s d e Enq ua d ram en to : Cm e ras SLR, TLR e Viso r dire to

    As cmaras semi-profissionais e profissionais so chamadas SLR, ou Single lens Reflex, ousimplesmente, Reflex. Nestas cmaras a imagem do visor exatamente igual imagem dalente, no havendo problema de paralaxe.

    RolleiflexTLR

    A imagem do assunto captada pela lente que a projetanum vidro despolido atravs de um espelho. O que se v exatamente a imagem que se formar no filme, o que trazuma srie de vantagens, como facilidade na focalizao,composio, medio de luz, etc. Existe um outro tipo decmera, chamadas TLR ou Twins Lens Reflex. Neste tipo,h duas lentes, colocadas uma acima da outra, e cujafuno da lente superior fazer o foco, enquanto que a

    inferior projeta a imagem no filme quando a cmera disparada. Existe uma engrenagem que liga as duaslentes, fazendo o foco de uma coincidir com a outra. Esse o sistema mais eficiente para filmes no formato 120,normalmente na proporo 6x6cm, pois uma cmera SLRpara este formato seria muito grande e incmoda. Mas naTLR, ela vira uma pequena caixa retangular com aabertura do visor na parte superior do corpo, facilitandomuito a movimentao do fotgrafo em relao aoassunto. A famosa Rolleiflex uma cmera TLR.

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    O ltimo tipo aquela cujo visor no tem relao nenhuma com a lente, geralmenteencontrado na grande maioria das cmeras simples, as amadoras. Neste caso, h, conforme jexplicado, o problema do Paralaxe, ou seja, o assunto enquadrado no exatamente o

    fotografado. Como a maioria dessas cmeras no faz foco a curtas distncias, esse desvio nochega a ser comprometedor, mas para uma foto que exija preciso de enquadramento, elaapresenta limitaes.

    2) Objetiva

    A objetiva um conjunto de lentes que tem acapacidade de formar, atravs de leis fsicasespecficas, uma imagem ntida de um

    determinado assunto num plano qualquer, emque uma emulso disposta neste planoregistrar a luz que entra de maneiraordenada, formando uma imagem.

    Primeiramente, cabe uma distino tcnica de grande utilidade: Chamamos de LENTE aum vidro polido com caractersticas especficas capazes de, ao transmitir os raios de luz que porele passam, formar uma imagem qualquer sob determinadas condies. As lentes mais comunsso as Convexas e as Cncavas.

    Lente biconvexa e bicncava

    As primeiras refratam a luz paradentro e criam uma imagem invertida do

    outro lado dela. As segundas exercemefeito contrrio: so to divergentes queno podem formar uma imagem na parteposterior, mas os prolongamentos dosraios tendem a formar a imagem na parteanterior, isto , antes da lente. necessrio que se aproxime da lente paraque se veja o objeto. Geralmente seconfunde o termo lente com o termoOBJ ETIVA, que , na verdade, umconjunto de lentes, e assim deveria serchamada a lente fotogrfica.

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    Apesar disso, comum chamar vulgarmente uma objetiva de lente.

    Existem diferentes tipos de objetivas, que se diferenciam por diversos fatores, como construotica, luminosidade, e principalmente, seu ngulo de abrangncia, que determina aperspectiva da imagem projetada, aspectos estes determinados, por sua vez, pela distnciafocal da objetiva.

    Distnc ia Foc al

    Todas as lentes e objetivas tm distncia focal, que a DISTNC IA ENTRE A LENTE E OPLANO ONDE SE FORMA UMA IMAG EM NTIDA DE UM ASSUNTO COLOCADO NO INFINITO.

    Considera-se infinito um ponto muitodistante, como por exemplo, o Sol. Sepegarmos uma lente e a apontarmos para oSol, poderemos queimar um papel colocadologo atrs da lente, no ponto em que os raiosdo Sol, concentrados ao mximo, o queimem.Basta ento medir a espao que separa opapel da lente para encontrar a distnciafocal desta.

    Numa lente simples, mede-se a distncia focala partir do centro da lente. Numa objetiva, a medio leva em conta fatores mais complexos,embora o princpio seja o mesmo. Quase todas as objetivas, mesmo as mais baratas, trazemgravadas em seu aro externo a distncia focal, que poder estar expressa em milmetros,centmetros ou polegadas, sendo antecedida pela notao f= ou F=: , que poder estarausente em alguns casos. Ex.: f = 50mm ou F = 50mm ou 50mm simplesmente.

    Sabendo-se a distncia focal de uma determinada objetiva e o tipo de filme para o qual

    se destina, saberemos se uma objetiva normal, grande angular ou tele.

    Esta classificao diz respeito ao ngulo de abrangncia da objetiva, ou, em outraspalavras, quanto de imagem ela capta em relao objetiva normal, que a de perspectivamais prxima ao olho humano. O fator que determina este ngulo de abrangncia a medidada DIAGONAL do formato para o qual ela foi desenhada. Por exemplo, se temos uma objetivacuja distncia focal admitida pelo fabricante como 50mm, dependendo da diagonal dofotograma, ou seja, o formato do negativo, que saberemos se ela grande angular, normalou tele. No formato mais comum, que o de 35mm (tomar cuidado com a medida em mm,que pode tanto se referir distncia focal como ao formato do negativo), a diagonal tem umamedida de 43 milmetros. Portanto, uma lente normal para o formato 35 mm seria a de 43 mm,

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    mas todas as fbricas tm tendncia a adotar a lente de 50 mm como normal para esseformato, que acabou sendo consagrada pelo uso.

    J com formato 6x6 cm, a lente normal de 75 ou 80 mm, pois a diagonal deste maiore, portanto, a mesma lente 50mm neste formato seria uma grande-angular. Podemos ver, pelogrfico abaixo, que diversos formatos apresentam diferentes diagonais.

    FILME FORMATO DONEGATIVO

    DIAGONAL(mm)

    OBJ ETIVASNORMAIS (mm)

    CAMPOABRANGIDO

    110 13x17mm 21,4 20 53126 27x27mm 38,2 35 53135 24x36mm 43 50 45120 45x60mm 75 75 53120 60x60mm 85 80 57120 56x72mm 90 85 55120 60x90mm 111 105 53

    FOLHA 4x5 pol 160 150 53FOLHA 5x7 pol 222 210 55FOLHA 8x10 pol 320 300 57

    Considerando-se, portanto, um determinado formato, as objetivas com distncias focaisMAIORES que a normal so consideradas teleobjetivas ou telefotos, e as MENORES que a normalso chamadas grande-angulares. Quanto mais teleobjetiva, mais reduzido o campo abrangido,e quanto mais grande-angulares, mais amplo o campo.

    Vemos, portanto, que a distncia focal determina o ngulo de abrangncia de todas asobjetivas, justamente porque este ngulo varia conforme a rea de projeo da imagemformada. Em outras palavras, objetivas de distncia focal longa (maior que a normal, asteleobjetivas) ampliam a projeo da imagem, mas a rea de captao, que o fotograma,continua do mesmo tamanho, dando a impresso de uma aproximao. Do outro lado,objetivas de distncia focal curta (menor que a normal, as grande-angulares), projetamimagens de menor proporo, por estarem mais prximas do plano em que a imagem ir seformar, dando a impresso que afastam o assunto. Mas em termos tcnicos, o que a objetivaest fazendo AMPLIANDO ou REDUZINDO a projeo da imagem. Assim, uma objetiva dedistncia focal 80mm, normal para o formato 120 (6x6), teleobjetiva para o formato 135 egrande-angular para o formato 4x5pol.

    Temos, portanto, a seguinte subdiviso:

    TAMANHO IMPLICAOMAIOR QUE A DIAGONAL

    DO FOTOG RAMATELEOBJ ETIVA

    IGUAL DIAGONAL DOFOTOGRAMA

    NORMALDISTNC IA FOCAL

    MENOR QUE A DIAGONALDO FOTOG RAMA

    GRANDE-ANGULAR

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    A)Ob je t iva norma lProduz uma imagem com perspectiva que se aproxima da viso normal, em que a

    proporo dos assuntos enquadrados no sofre ampliao nem reduo perceptvel.

    B)Ob je t iva Grand e -angu la rEste tipo inclui mais da cena do que uma normal. Isto a faz til para fotografias de

    panoramas e interiores. As grande-angulares mais populares para mquinas 35 mm so as de 28e 35 mm de distncia focal.

    Grande-angulares com distncias focais mais curtas, como 18, 20, 21 ou 24mm (semprepara mquinas de filme no formato 135 ou 35mm) exigem maiores cuidados, pois levesdesnivelamentos da cmara provocam efeitos desproporcionados de perspectiva.

    As objetivas chamadas "olho-de-peixe" na verdade so grande-angulares ao extremo(11mm, 15mm). Existem as que cobrem todo o negativo, isto , sua imagem toma todo ofotograma, e outras que fornecem uma imagem circular do assunto, bem no centro donegativos. So objetivas que, pela sua natureza, pouco se usa, pois, alm de muito caras, dosempre o mesmo tipo de imagem distorcida. Geralmente vm com filtros embutidos no prpriocorpo. So usadas para efeitos dramticos e criativos.

    C) TeleobjetivasEssas lentes enquadram um campo mais estreito que uma lente normal. Em geral,

    ampliam de 2 a 4 vezes o assunto com relao lente normal. Por causa desta propriedade,essas lentes so usadas para fotografar assuntos de aproximao difcil.

    Objetivas telefoto de 85 a 135 mm so muito usadas para retratos, pela perspectivaagradvel do rosto que conseguem, e, se usadas com aberturas grandes, em volta de f/4,desfocam o fundo, dando realce pessoa.

    Do m esm o p onto , dua s ob jet ivas t ra duzem im ag ens mui to di ferente s, esquerda c om teleob jet iva e di re i ta, grand e - an gular .Fo to s: Filip e Sa lle s

    2.1) Classificao das objetivas

    Podemos classificar as objetivas de vrias maneiras. Aqui, optamos por dar classificaesde acordo com trs critrios:

    a. Mobilidade da Distncia Focalb. Focalizaoc. Integrao

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    As tabelas a seguir so um resumo desta classificao:

    TIPO DESCRIOFixas A distncia focal no muda

    Quanto DISTNC IA FOCAL Variveis Podem mudar a distncia focal, e porconseqncia, variam o campo abrangido e o

    tamanho da imagem. So denominadas de lentes"ZOOM"

    A )Ob je t iva s ZOO M e Ma c ro

    As objetivas zoom nada mais so que objetivas cuja distncia focal varivel, e trazemsempre gravadas as distncias focais mnima e mxima para cada modelo. Assim, por exemplo,podemos ter 70-210mm, 28-90mm, e assim por diante.

    Algumas Zoom de ltima gerao podem ser focalizadas a curtas distncias,possibilitando tomadas de objetos pequenos; a chamada posio macro, na qual pode-sechegar bem perto do assunto sem auxlio de acessrios. Devido versatilidade e convenincia,as objetivas zoom so talvez as mais populares de todas. Como uma zoom tem uma distnciafocal varivel de maneira contnua, ela pode substituir todas as lentes fixas compreendidasdentro de suas distnc ias focais mxima e mnima.

    B) Foco

    O anel de foco das objetivas permite que haja seleo da rea de nitidez, que implicatambm nas condies de profundidade de campo (ver adiante), e que podem variar a reade nitidez para a lm do foco escolhido. As objetivas de c meras semi-profissionais em geral vmcom anel de foco com marcao de distncia em ps e metros, em que se pode verificar adistncia entre o assunto e a cmera. Mas as cmeras simples no possuem essa qualidade,sendo assim classificadas:

    TIPO DESCRIO

    Quanto FOC ALIZAO

    Fixas So aquelas que no dispem de mecanismo quepermita focalizar seletivamente sobre c ada assunto,estando pr-determinadas a dar foco a partir de

    uma distncia mnima, geralmente 1,5 m at infinito

    Variveis Tm mecanismo que permite focalizarseletivamente sobre cada assunto. Em geral,

    ac ionado manualmente por movimento rotatrionum anel externo.

    As cmaras mais modernas tm dispositivo para focalizao automtica, que consistenum micro motor a bateria que faz girar o anel de foco de acordo com a distncia do assunto,

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    a qual calculada por um sensor infravermelho. Esse tipo de dispositivo traz vantagens no quediz respeito velocidade de focalizao em situaes como as tpicas do fotojornalismo, emque muitas vezes o fotgrafo no tem tempo de focalizar com segurana um assunto.

    Entretanto, pode trazer desvantagens na fotografia esttica, j que a leitura do sensor de foconem sempre ser feita no assunto de maior interesse do fotgrafo, como por exemplo, umsegundo plano. Focaliza o correta um fator determinante para se obter nitidez de imagem.

    C) Integ rao d a s O b jetiva s

    Cmeras semi-profissionais de mesma marca permitem a troca de objetivas fabricadasespecificamente para elas, no podendo ser trocadas por objetivas de outras marcas. Isso se dpor causa dos sistema de encaixe, que por razes comerciais, feito especificamente paracada marca e no com um encaixe universal. Existem adaptadores, mas muitas vezes implicamem mudanas mnimas de distncia focal, e por isso a marcao de foco no condiz mais coma distncia real entre o assunto e a cmera. As cmeras simples no possuem essa

    caracterstica e as cmeras profissionais j permitem uso de qualquer marca de lente.

    TIPO DESCRIONo Cambiveis Aquelas que vm integradas ao corpo da

    cmara, no podendo ser destacadas deste.

    Quanto INTEGRAO Intercambiveis So as que podem ser destacadas, possibilitandoao fotgrafo o uso de diferentes objetivas nummesmo corpo. O encaixe feito por rosca ou

    baioneta, sendo este ltimo o sistema preferido,devido rapidez que proporciona na hora da

    troca.

    2.2) Complementos ticos

    Chamam-se complementos ticos aqueles que adicionamos s objetivas, com o fito deadapt-las a outras necessidades, diferentes daquelas para que foram desenhadasoriginalmente.

    Estudaremos alguns:

    A) Mult ip lic a d ores d e d istncia foc a l

    So os chamados tele-conversores (em ingls te le-converters), vendidos separadamente;devem ser colocados entre o corpo da cmara e a objetiva, embora existam modelos que secoloquem na frente desta.

    Eles duplicam ou triplicam a distncia focal de qualquer objetiva. Assim, se temos umalente de 50mm de distncia focal, ela se tornar equivalente a uma tele de 100 ou 150mm,conforme adicionemos a ela um multiplicador de duas ou trs vezes. Isto se d s custas de doisfatores:

    1) Perda de luminosidade da objetiva - Geralmente esta perda est na razo direta doquanto se multiplica. Por exemplo, com um multiplicador de duas vezes, uma objetiva comabertura mxima de f/1.4 ter sua luminosidade reduzida de dois pontos de diafragma, querdizer, ficar f/2.8, assim acontecendo c om todas as outras aberturas.

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    2) Perda de qualidade tica - Sempre haver um sacrifcio da qualidade tica, poisqualquer acessrio tico implica numa modificao no desenho original da lente. Para reduzirao mximo tal perda, procure adquirir acessrios do fabricante da prpria objetiva.

    B)Out ros c om p lemen tos

    Em contraste com os multiplicadores examinadosac ima, h os acessrios que, colocados na frenteda objetiva, transformam-na em equivalente agrande-angular (wide converters). So menosusados, e tambm implicam em perda dequalidade, e em alguns casos, esta chega a serintolervel. H tambm os filtros e as lentes deaproximao.

    3) Mecanismo de Exposio: Diafragma / Obturador

    A)Dia f rag m a (ab er tu ra )

    Entende-se por aberturao dimetro til da lente. pela abertura que vai entrar a luz queimpressionar o filme. Atravs dela podemos dizer se uma objetiva mais ou menos luminosaque outra. Para se achar o valor da luminosidade de uma objetiva, basta dividirmos a distnciafocal pelo dimetro desta, e assim obteremos o valor da abertura mxima. Por exemplo, umalente com distncia focal de 100 mm e dimetro de 50 mm tem uma luminosidade igual a 2,pois 100 : 50 = 2.

    Costuma-se escrever a luminosidade de uma lente com o sinal "f/" ou "1:" antes donmero. Portanto, no exemplo acima, temos uma lente 100 mm f/2 ou 100 mm 1:2.Para designar quaisquer nmeros de diafragma, tambm se utiliza a indicao f/ com o nmeroa seguir.

    A grande maioria das lentes traz gravada, alm da distncia focal, sua luminosidademxima na parte frontal. A abertura mxima de uma lente indica o quo luminosa ela , ouseja, o quanto de luz ela consegue captar. Quanto maior a abertura mxima, isto , quantomenor o valor numrico do nmero-f, mais luminosa ela , mais apta est para trabalhar emcondies de pouca luz. Uma lente diafragmada em f/1.4 admite oito vezes mais luz que em f/4

    e pode facilmente ser usada com um mnimo de luz.

    Essa luminosidade pode ser regulada, namaioria das cmaras, por meio de um dispositivochamado DIAFRAGMA, conforme j vimos naanalogia que fizemos com o olho. O mecanismo dodiafragma controla o dimetro da abertura da lente,permitindo assim variar vontade a luminosidade.Esse controle padronizado pelos nmeros-f, outambm chamados f/stops, que esto gravados notubo das lentes. Assim, os nmeros 22, 16, 11, 8, etc .,na verdade representam fraes, pois so,respectivamente, 1/22, 1/16, 1/11, etc., da distncia

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    focal. O diafragma, portanto, permite dosar a quantidade de luz que o filme recebe. Outrafinalidade desse mecanismo, tambm muito importante, o controle da profundidade decampo, assunto do qual falaremos mais tarde.

    A seqncia normal de nmeros-f que encontramos nas lentes modernas assim escrita,indo progressivamente do mais aberto ao mais fechado:

    ... -1 1.4 2 2.8 4 5.6 8 11 16 22 32 45 64 90 etc...

    Importante saber que esses valores dediafragmas estabelecem uma relao de dobro oumetade da luz, conforme o abrimos ou fechamos,considerando valores vizinhos, qualquer que seja onmero-f escolhido.

    Assim, se estivermos usando f/ 8,observaremos que no tubo da lente, de um ladodeste nmero temos outro, que f/5.6 e do outrolado outro nmero, que f/11. Como sabemos quetais nmeros na realidade so fraes, estaremosAUMENTANDO o tamanho do orifcio casomudemos para f/5.6, e DIMINUINDO se passarmospara f/11. No primeiro caso, estaremos DOBRANDOa quantidade de luz com relao a f/8 e nosegundo caso estaremos CORTANDO PELA METADE,com relao a f/8.

    Os diafragmas mecnicos possuem essespontos por significarem padres de exposio na

    razo 2:1, mas possvel estabelecer diafragmasintermedirios, que se encontram entre os nmeros-f padro. Em cmeras eletrnicas modernas, algunsdesses valores esto presentes na seqncia dediafragmas controlados eletronicamente, e em

    cmeras convencionais, o ajuste deve ser feito posicionando a abertura manualmente entre osnmeros-f padro.

    O anel do diafragma, com os diferentes dimetros de abertura da lente.

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    Esses nmeros so diafragmas que correspondem a 1/3 e 2/3de luz em relao ao seupredecessor ou sucessor. Assim, se mudarmos de f/5.6 para f/8, estamos cortando metade daluz, mas h entre ambos os nmeros-f/6.3 e f/7. O ajuste do mecanismo de diafragma nestes

    valores implica em diminuir respectivamente 1/3 e 2/3 da luz que entraria em f/5.6.A tbua completa dos diafragmas, incluindo os teros, :

    1 1.1 1.3 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.5 2.8 3.2 3.6 4 4.5 5 5.6 6.3 7 8 9 10 11 12.7 14.3 16 18 20 22 25 28 32 36 40 45 etc...

    H autores que estabelecem, para facilidade de raciocnio, a nomenclatura baseadanos valores padres, acrescidos dos teros, ou seja, ao invs de 6.3, dir-se-ia 5.6 mais 1/3. Ou, aoinvs de 14.3, poder-se-ia dizer 16 menos 1/3, ou ainda 11 e 2/3.

    H tambm quem aproxime os valores, no caso de certas lentes cuja escala entre osnmeros muito prxima, em meios pontos. Assim, um diafragma poderia ser dito 5.6 e meio, jque de 1/3 para meio, a correo irrelevante.

    B)O b t u r a d o r ( v e l o c id a d e )

    O obturador da cmara, tambmchamado mecanismo de velocidade, ousimplesmente velocidade, aquele que regulao TEMPO de durao em que a luz incidirsobre o filme. J unto com o diafragma, compeo sistema de exposio da cmara, o qual,conforme o nome indica, expe o filme luzdurante certo tempo e com certa intensidade,produzindo uma imagem fotogrfica que setornar visvel aps seu processamento.

    Os tempos de exposio vm marcadostambm em fraes de segundos. Assim, temos125, 250, 500, etc., no boto das velocidades,que na realidade significam 1/125, 1/250 desegundo, e assim por diante.

    Escala de veloc idades presente emalgumas cmaras modernas:8000, 4000, 2000, 1000, 500, 250, 125, 60, 30, 15,8, 4, 2, 1, 2s, 4s, 8s, 15s,...

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    Nem todas as cmaras possuem esta gama de velocidades; alm disso, os nmerosseguidos da letra "s" significam segundos inteiros. Assim, 2s significa dois segundos, e da pordiante. Algumas cmaras, em vez de colocarem a letra "s", escrevem tais nmeros com cores

    diferentes para no confundi-los com as fraes.Tal como no mecanismo do diafragma, os nmerosso organizados de maneira que passando-se de umnmero qualquer da escala para outroimediatamente superior estaremos reduzindo o tempo deexposio pela metade, e, procedendo inversamente,estaremos dobrando. Assim, ao passar de 1/30 para 1/60,cortamos metade da luz que antes incidia, e invertendo,dobramos a quantidade de luz.

    anel de controle do obturador

    A velocidade do obturador utilizada sempre em conjunto com o diafragma. Se

    quisermos congelar uma imagem em movimento, a tendncia ser utilizarmos uma velocidadealta, acima de 1/250. Neste caso, o diafragma ter que regular a quantidade correta de luznesta situao para a velocidade escolhida.

    Exemp lo de longa expo sio e m fo tos noturnas, t irada s po r volta d as 21:30, a p rimeira c om 4 seg und os e a segund a c om 1 minuto d e

    e xp o sio . Am b a s se u tiliza ram d e t rip, disp a ra d o r e ob tu rad o r na p o sio B . Fo to s: Filip e Salle s

    A posio B (bulb) indica que o obturador permanecer aberto enquanto durar apresso exercida sobre ele. Algumas cmaras possuem a posio T. Esta indica que o obturadorse abrir ao exercemos presso e ficar aberto at ser exercida nova presso sobre ele. Emambos os casos, um trip ou apoio firme indispensvel, sendo recomendvel o uso de um

    disparador de cabo.Em cmeras eletrnicas, encontra-se ainda velocidades intermedirias, ou seja, que

    representam metade dos valores de luz entre um ponto de obturador para outro, como no casodos diafragmas, mas aqui representados por meios e no teros. Assim, ao invs da razo 1/30 1/60 1/125, por exemplo, encontramos entre eles, 1/45 e 1/90.

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    III) Profundidade de Campo

    Este um assunto da mais alta importncia na arte fotogrfica. Considerando um

    determinado enquadramento feito pela objetiva da cmara, como por exemplo umapaisagem, a imagem formada dentro da cmara tem necessariamente uma rea de nitidez, ouseja, uma rea em que determinados elementos esto perfeitamente focados. Ora, essa rea varivel, podendo estar ntido apenas um elemento, ou dois, ou ainda toda a paisagem.Quando toda a paisagem est em foco, dizemos que se trata de uma grande profundidade decampo, e quando apenas alguns elementos selecionados esto em foco, dizemos que aimagem tem pouca profundidade de campo. Ento, a profundidade de campo regula a reade nitidez de uma imagem fotogrfica, podendo ser assim definida:

    A rea de nitidez entre dois planos determinados que aparecem ntidos chamadaPROFUNDIDADE DE CAMPO.

    Dissemos que numa paisagem, podemos escolher entre deixar todos os elementos emfoco (ntidos) ou selecionar alguns. Como isso pode ser controlado? que a profundidade decampo determinada por dois fatores bsicos, que so:

    1. A abertura do Diafragma2. O Tamanho da Imagem formada

    O segundo fator, tamanho da imagem formada, depende de dois outros fatores, queso:

    a) A Distncia Focalb) Distncia entre a cmara e o assunto

    Assim, temos que, selecionando o diafragma, a

    objetiva e a distncia entre a cmara e o assunto,podemos controlar a profundidade de campo. A razodentro de cada um desses fatores a seguinte:

    Quanto ao diafragma, quanto mais fechado, maiorprofundidade de campo, e quanto mais aberto, menor.

    Quanto objetiva, quanto mais grande-angular,maior a profundidade de campo, e quanto mais tele,menor.

    Quanto distncia cmara-assunto, quanto maisprximos estamos de um assunto, menor a profundidade,e quanto mais afastados, maior. Mas, sobre o tamanho daImagem, cumpre dizer que tanto a distncia cmara-

    assunto quanto a distncia focal so faces de umamesma moeda, e que se traduzem no ngulo abrangido(tamanho do assunto) pela objetiva.

    A ilustrao ao lado nos d alguns exemplos deprofundidade de campo.

    Uma abertura grande d menos profundidade ou rea de nitidez do que uma pequena.Com uma lente de 50 mm focalizada a 3 metros do assunto, uma abertura f/2 fornece umaprofundidade de 30 centmetros; isto quer dizer que qualquer assunto dentro dessa rea sairntido. Entretanto, uma abertura de f/16, na mesma situao, dar uma profundidade de 2,7metros, criando uma rea grande de nitidez na frente e atrs do assunto.

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    medida que aumenta o tamanho da imagem para um dado assunto a profundidadediminui. Ento se pode reduzi-la, chegando mais perto daquele ou mudando para uma lente dedistncia foc al mais longa, que tambm tem o efeito de aumentar o tamanho da imagem.

    O inverso verdadeiro: diminuindo o tamanho da imagem do assunto afastando-sedeste ou mudando para uma lente de distncia focal mais curta aumenta a profundidade,dada a mesma abertura.

    A razo pela qual uma pequena abertura implica em grande profundidade de campoest nos chamados "Crculos de Confuso", que so os minsculos raios de luz que passam pelaslentes da objetiva e formam uma imagem no fundo da cmara. Se o tamanho dos crculos forpequeno, ser grande a profundidade de campo, e vice-versa. O tamanho destes crculos determinado pela abertura do diafragma, j que os raios de luz so condicionados a passarpelo centro da lente, concentrando-os.

    A profundidade de campo tambm tem implicaes estticas, ou seja, a escolha demaior ou menor rea de nitidez numa foto pode ser muito relevante para um determinadoassunto.

    Isso se d porque o ato defotografar implicar na transformaode uma perspectiva tridimensionalnoutra bidimensional, que justamenteo fotograma. No obstante, umapaisagem ainda assim ser tridimensionalsegundo nossa percepo, e os vriosplanos de cada elemento da paisagemaparecero diferenciados de forma a

    nos dar uma perspectiva de distnciaentre cada um destes elementos, comorvores, pessoas, etc...

    A profundidade de campo ,alm de uma conseqncia fsica diretada tica das lentes, tambm um recursoque simula esta distncia entreelementos num plano bidimensional,deixando determinadas reas ntidas eoutras no, gerando assim pontos deinteresse maior que outros, ouequilibrando diversos pontos com maior

    rea de nitidez.Foto t i rad a c om um a g rand e a ng ular : alm d a p erspe c t iva, quepe rmi te enq ua drar objetos prximos e distan tes ao me sm o tem po ,

    t emo s tam bm uma grande pro fund ida de de ca mp o. Foto : Filipe

    Sa lles

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    A nitidez geral pode influenciargrandemente a percepo fotogrfica

    dos assuntos includos na cena. Se fordemasiada, poder criar um caos visualque afogar o assunto numa avalanchede detalhes irrelevantes. Se for demenos, deixar partes importantes doassunto mal definidas e atirreconhecveis. A medida exata variamuito, dependendo do assunto, e deveser escolhida segundo a sensibilidadepessoal do fotgrafo.

    Em op osio a o p rime iro e xem plo, este, t irad o c om um a ob jet iva

    norma l, no p ermi te o enq ua dram ento d e m uitos elem ento s

    distante s, send o q ue e stes e os ma is prximo s f ic am de sfoc ad os, emv irt ude da po uca pro fund ida de de ca mp o. Foto : Filipe Sa l les

    IV) Distncia Hiperfocal

    Se temos um assunto focalizado a grande distncia, podemos ganhar profundidade decampo utilizando a distncia Hiperfocal de uma lente. Consiste numa relao de profundidadecuja referncia o foco no infinito. Desta maneira, se o assunto est pouco antes do infinito,podemos mover o foco final deste para o limite do assunto, ganhando maior profundidadeantes do assunto, ou vice-versa, estender o foco tendo como limite o assunto e indo at oinfinito.

    Como exemplo, imagine uma lente 50mm com foco a dez metros e diafragma f/22.Como a profundidade natural desta abertura grande, temos tambm, em conseqncia,maior mobilidade da hiperfocal. Se quisermos, ao invs de ter foco na regio completa daprofundidade, selecionar o foco para que este no acabe no infinito, podemos consultar umatabela da hiperfocal no diafragma e na distncia focal vigentes e focalizar a objetiva muitoantes de dez metros, at que o infinito saia de foco, mas o assunto no.