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Manual de Exames Abril 2012 CARIÓTIPO, Líquido Amniótico Mnemônico: CG005LA Sinônímia: Cariótipo de âmnio, Cariótipo de amniocentese, Cariótipo de LA, Citogenética de líquido amniótico, Análise cromossômica de líquido amniótico Prazo: 20 dias corridos Informações de uso clínico Aplicação clínica: Alterações morfológicas ao ultrassom, antecedentes familiares de cromossomopatias, idade materna avançada (> 35 anos), abortos de repetição, risco aumentado para de anomalia cromossômica na triagem bioquímica Informação adicional: No diagnóstico pré-natal é possível detectar mais de 1000 doenças hereditárias. A maioria delas são herdadas de forma autossômica recessiva. O diagnóstico pré-natal utilizando sondas genéticas tornou-se disponível para fibrose cística, distrofia muscular, anemia falciforme, hemofilia e muitas outras anomalias genéticas.Isto pode ser realizado tanto em células de cultura do líquido amniótico como em amostragem de vilo corial. O exame de FISH também pode ser aplicado ao diagnóstico pré-natal como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas para os cromossomos 21, 13, 18, X e Y. Valores de referência: 46,XX (sexo feminino) 46,XY (sexo masculino) Interpretação: Os estudos citogenéticos de líquido amniótico são considerados com 99% de acurácia na detecção de grandes anomalias cromossômicas fetais. Alterações envolvendo microalterações podem ser detectadas por técnicas de citogenética molecular, como FISH, MLPA, CGH array. Aproximadamente 3% das amostras de líquido amniótico analisadas apresentam anomalias cromossômicas. Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais

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Manual de Exames Abril 2012

CARIÓTIPO, Líquido Amniótico

Mnemônico: CG005LA

Sinônímia: Cariótipo de âmnio, Cariótipo de amniocentese, Cariótipo de LA, Citogenética de líquido amniótico, Análise cromossômica de líquido amniótico

Prazo: 20 dias corridos

Informações de uso clínico

Aplicação clínica: Alterações morfológicas ao ultrassom, antecedentes familiares de cromossomopatias, idade materna avançada (> 35 anos), abortos de repetição, risco aumentado para de anomalia cromossômica na triagem bioquímica

Informação adicional:

No diagnóstico pré-natal é possível detectar mais de 1000 doenças hereditárias. A maioria delas são herdadas de forma autossômica recessiva. O diagnóstico pré-natal utilizando sondas genéticas tornou-se disponível para fibrose cística, distrofia muscular, anemia falciforme, hemofilia e muitas outras anomalias genéticas.Isto pode ser realizado tanto em células de cultura do líquido amniótico como em amostragem de vilo corial.

O exame de FISH também pode ser aplicado ao diagnóstico pré-natal como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas para os cromossomos 21, 13, 18, X e Y.

Valores de referência:

46,XX (sexo feminino)

46,XY (sexo masculino)

Interpretação: Os estudos citogenéticos de líquido amniótico são considerados com 99% de acurácia na detecção de grandes anomalias cromossômicas fetais. Alterações envolvendo microalterações podem ser detectadas por técnicas de citogenética molecular, como FISH, MLPA, CGH array.

Aproximadamente 3% das amostras de líquido amniótico analisadas apresentam anomalias cromossômicas.

Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais

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como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame.

Informações sobre Amostras

Amostra: Líquido amniótico, Líquido do higroma cístico, Líquido pleural

Volume: 15 a 20ml

Transporte: Na própria seringa de coleta, não passar para tubos não estéreis.

Recebimento da amostra

2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as 12:00hs

Instruções de armazenamento:

Manter a amostra refrigerada (8ºC) na própria seringa, NÃO CONGELAR

Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada

Causas de rejeição da amostra:

Alta contaminação do líquido amniótico com células sanguíneas; amostra congelada; amostra transportada em recipiente com tampa de borracha (borracha é tóxica para amniócitos)

Informações sobre o método laboratorial

Procedimento: Análise do cariótipo fetal, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas

Metodologia: Cultura de células de amniócitos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais

Limitações: Embora a taxa de sucesso seja de 99%, as causas para as limitações são: insucesso de cultura devido a coleta de amostras de células em degeneração, amostra inadequada, contaminação do líquido com células sanguíneas, bactérias, leveduras. Não detecção de microalterações cromossômicas.

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Referências:

1. Nicolaides K, Brizot M de L, Patel F, et al, “Comparison of Chorionic Villus Sampling and Amniocentesis for Fetal Karyotyping at 10-13 Weeks' Gestation,” Lancet, 1994, 334(8920):435-9 [published erratum: Lancet, 1994, 344(8925):830]. PubMed 7914564

2. Ledbetter DH, Zachary JM, Simpson JL, et al, “Cytogenetic Results From the U.S. Collaborative Study on CVS,” Prenat Diagn, 1992, 12(5):317-45. PubMed 1523201

3. Desnick RJ, Schuette JL, Golbus MS, et al, “First-Trimester Biochemical and Molecular Diagnoses Using Chorionic Villi: High Accuracy in the U.S. Collaborative Study,” Prenat Diagn, 1992, 12(5):357-72. PubMed 1523203

4. DiLiberti JH, Greenstein MA, Rosengren SS, “Prenatal Diagnosis,” Pediatr Rev, 1992, 13(9):334-42. PubMed 1409163

5. Chueh J, Golbus MS, “Prenatal Diagnosis Using Fetal Cells in the Maternal Circulation,” Semin Perinatol, 1990, 14(6):471-82.PubMed 2077667

6. Moraes AC. Aplicação dos métodos de hibridização in situ fluorescente e reação de cadeia em polimerase como auxílio à citogenética em matéria fetal e de perda gestacional: correlação com os achados anatomopatológicos [Tese de Doutorado], UNIFESP, 2003

7. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora

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CARIÓTIPO, Vilo Corial

Mnemônico: CG008VC

Sinônímia: Cariótipo de vilosidade coriônica, Cariótipo de biópsia de vilo corial (BVC), Cariótipo de placenta

Prazo: 10 dias corridos

Informações de uso clínico

Aplicação clínica: Translucência nucal alterada, marcadores ultrassonográficos, antecedentes familiares de cromossomopatias, idade materna avançada (>35 anos), abortos de repetição

Informação adicional:

No diagnóstico pré-natal é possível detectar mais de 1000 doenças hereditárias. A maioria delas são herdadas de forma autossômica recessiva. O diagnóstico pré-natal utilizando sondas genéticas tornou-se disponível para fibrose cística, distrofia muscular, anemia falciforme, hemofilia e muitas outras anomalias genéticas. Isto pode ser realizado tanto em células de cultura do líquido amniótico como em amostragem de vilo corial.

O exame de FISH também pode ser aplicado ao diagnóstico pré-natal como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas para os cromossomos 21, 13, 18, X e Y.

Valores de referência:

46,XX (sexo feminino)

46,XY (sexo masculino)

Interpretação: Os estudos citogenéticos de vilo corial são considerados com 99% de acurácia na detecção da maioria das anomalias cromossômicas fetais. Alterações envolvendo microdeleções podem ser detectadas por técnicas de citogenética molecular, como FISH, MLPA, CGH array.

Aproximadamente 3% das amostras de líquido amniótico analisadas apresentam anomalias cromossômicas.

Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas,

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mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame.

Informações sobre Amostras

Amostra: Vilo corial – solicitar ao laboratório meio de transporte

Volume: 10 a 30 mg

Transporte: Na própria seringa de coleta, não passar para tubos não estéreis.

Recebimento da amostra

2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00h e aos sábados das 08:00 as 12:00h

Instruções de armazenamento:

Manter a amostra refrigerada (8ºC) na própria seringa, NÃO CONGELAR

Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada

Causas de rejeição da amostra:

Quantidade inadequada da amostra, interferências de temperatura no trasnporte, embalagens inadequadas que podem resultar em contaminações durante o transporte

Informações sobre o método laboratorial

Procedimento: Análise do cariótipo fetal, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas

Metodologia: Cultura de células de vilosidade coriônica para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais

Limitações: Embora a taxa de sucesso seja de 99%, as causas para as limitações são: insucesso de cultura devido a coleta de amostras de células em degeneração, amostra inadequada, contaminação com células maternas. Falso-mosaicismo cromossômico pode ocorrer devido a artefato da cultura e presença de anormalidades cromossômicas em células da placenta que não ocorrem nas células do feto (mosaicismo confinado à placenta). Não detecção de microalterações cromossômicas.

Manual de Exames Abril 2012

Referências:

1. Breed AS, Mantingh A, Beekhuis JR, et al: The predictive value of cytogenetic diagnosis after CVS: 1,500 cases. Prenat Diagn 1990;10:101-110

2. Canadian Collaborative CVS-Amniocentesis Clinical Trial Group: Multicentre randomized clinical trial of chorionic villus sampling and amniocentesis. Lancet 1989;1:1-6

3. Ledbetter DH, Martin AO, Verlinsky Y, et al: Cytogenetic results of chorionic villus sampling: high success rate and diagnostic accuracy in the United States collaborative study. Am J Obstet Gynecol 1990;162:495-501

4. Moraes AC. Aplicação dos métodos de hibridização in situ fluorescente e reação de cadeia em polimerase como auxílio à citogenética em matéria fetal e de perda gestacional: correlação com os achados anatomopatológicos [Tese de Doutorado], UNIFESP, 2003

5. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora

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CARIÓTIPO, Produto de Concepção

Mnemônico: CG006PC

Sinônímia: Cariótipo de material de placenta, Cariótipo de material fetal, Cariótipo de aborto, Cariótipo placentário

Prazo: 30 dias corridos

Informações de uso clínico

Aplicação clínica: Abortos de repetição ou habitual (acima da 2ª perda gestacional), antecedentes familiares de cromossomopatias, FIV, gestação anembrionada, mola hidatiforme

Informação adicional:

Dentre as anomalias cromossomopatias encontradas (cerca de 50% dos casos) as trissomias dos cromossomos 16, 22, 15, 21, 13 e 18 são as mais frequentes, além da monossomia do cromossomo X e as triploidias.

15 a 40% dos abortamentos retidos ou óbito fetal podem não haver crescimento celular devido à degeneração da vilosidade coriônica ou autólise da pele fetal. Para estes casos o exame de FISH pode ser aplicado como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas para os cromossomos 21, 13, 18, X e Y e as sondas dos cromossomos 16, 22, 15.

Valores de referência:

46,XX (sexo feminino)

46,XY (sexo masculino)

Interpretação: O achado de uma anomalia cromossômica pode explicar a causa de um aborto ou natimorto, particularmente quando os resultados mostram aneuploidia do cromossomo ou um rearranjo estrutural desequilibrada. Para rearranjos cromossômicos equilibrados, às vezes é difícil determinar se a anormalidade cromossômica é a causa direta de um aborto ou natimorto. Nestas situações, o estudo do cariótipo de sangue periférico dos pais pode ser útil para determinar se uma anormalidade é familiar ou de novo. Outra situação para solicitar o cariótipo dos pais é quando não há crescimento celular em um 2º ou mais abortamento retido.

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Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame.

Informações sobre Amostras

Amostra: Vilo corial, pele fetal – solicitar ao laboratório meio de transporte

Volume: 30 a 50 mg ou 2 a 4 mm3

Transporte: No próprio frasco fornecido pelo laboratório, não passar para tubos não estéreis.

Recebimento da amostra

2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00h e aos sábados das 08:00 as 12:00h

Instruções de armazenamento:

Manter a amostra refrigerada (8ºC) no próprio frasco, NÃO CONGELAR

Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada

Causas de rejeição da amostra:

Amostra inadequada (coágulos, decídua), interferências de temperatura no trasnporte, embalagens inadequadas que podem resultar em contaminações durante o transporte, amostras em álcool ou formol

Informações sobre o método laboratorial

Procedimento: Análise do cariótipo fetal, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas

Metodologia: Cultura de células de vilosidade coriônica ou de fibroblastos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais

Limitações: Contaminação com células maternas, abortamento retido por mais de 7 a 10 dias e entrega da amostra com mais de 48 horas da coleta possuem 15 a 40% de chance de não haver crescimento das células fetais para a análise do cariótipo. Presença de anormalidades cromossômicas em

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células da placenta que não ocorrem nas células do feto (mosaicismo confinado à placenta). Não detecção de microalterações cromossômicas.

Referências:

1. Breed AS, Mantingh A, Beekhuis JR, et al: The predictive value of cytogenetic diagnosis after CVS: 1,500 cases. Prenat Diagn 1990;10:101-110

2. Kalousek DK. Clinical significance of morphologic and genetic examination of spontaneously aborted embryos. Am J Reprod Immunol. 1998;39(2):108-19

3. Kalousek DK. Anatomic and chromosome anomalies in specimens of early spontaneous abortions: seven-year experience. Birth Defects Orig Artic Ser. 1987;23(1):153-68

4. Kalousek DK, Dimmick JE. Pathology of spontaneous abortions and chromosomal abnormalities in stillbirth and neonatal death. In: Dimmick JE, Kalousek DK, editors. Developmental pathology of the embryo and fetus. Philadelphia: JB Lippincott; 1992. p. 55-110

5. Moraes AC. Aplicação dos métodos de hibridização in situ fluorescente e reação de cadeia em polimerase como auxílio à citogenética em matéria fetal e de perda gestacional: correlação com os achados anatomopatológicos [Tese de Doutorado], UNIFESP, 2003

6. Moraes AC, Hashimoto EM. Estudo cromossômico de restos ovulares. In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003a. p.117-122

7. Moraes AC et al. Abordagem citogenética e molecular em material de abortos espontâneos. Ver Brás Ginecol Obstet. 2005;27(9):554-60

8. Ledbetter DH, Martin AO, Verlinsky Y, et al: Cytogenetic results of chorionic villus sampling: high success rate and diagnostic accuracy in the United States collaborative study. Am J Obstet Gynecol 1990;162:495-501

9. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora

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CARIÓTIPO, Cordocentese

Mnemônico: CG004SF

Sinônímia: Cariótipo de sangue fetal, Cariótipo de sangue de cordão umbilical, Cariótipo de cordão

Prazo: 10 dias corridos

Informações de uso clínico

Aplicação clínica: Malformações ao ultrassom de segundo ou terceiro trimestre, confirmação de resultados de mosaicismo cromossômico no líquido amniótico, infecção fetal, entre outras.

Informação adicional:

Em geral, realizada em gestantes com anomalias fetais detectadas ao ultrassom no segundo ou terceiro trimestre da gestação.

Valores de referência:

46,XX (sexo feminino)

46,XY (sexo masculino)

Interpretação: O resultado citogenético de cordocentese depende da avaliação conjunta com os dados da paciente, uma vez que pode haver a contaminação de células sanguíneas maternas na amostra coletada. Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame.

Informações sobre Amostras

Amostra: Sangue fetal – Heparina sódica

Volume: 1 a 3

Transporte: Na própria seringa de coleta, não passar para tubos não estéreis.

Manual de Exames Abril 2012

Recebimento da amostra

2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as 12:00hs

Instruções de armazenamento:

Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR

Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada

Causas de rejeição da amostra:

Amostra hemolisada, coagulada, exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica

Informações sobre o método laboratorial

Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas

Metodologia: Cultura temporária de linfócitos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais

Limitações: Amostras com contaminação de sangue materno, linfócitos T que não respondem ao mitógeno utilizado para estimular as células em mitose e a não detecção de microalterações cromossômicas.

Referências:

1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29

2. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997

3. Moorehead PS, Nowell PC, Mellman WJ, Battips DM, Hungerford DA. Chromosome preparations of leukocytes cultured from human peripheral blood. Exp Cell Res 1960;20: 613-6

4. Moraes AC, Hashimoto EM, Dovigo JRD. Princípios básicos de citogenética e biologia molecular. In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003b. p.75-82

5. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora

Manual de Exames Abril 2012

CARIÓTIPO, Sangue Periférico - Constitucional

Mnemônico: CG007SP

Sinônímia: Cariótipo de sangue, Cariótipo Banda G, Cariótipo constitucional

Prazo: 20 dias corridos

Informações de uso clínico

Aplicação clínica: Casais com aborto de repetição, infertilidade, atraso de desenvolvimento, retardo mental, recém-nascidos com genitália ambígua, anomalias cromossômicas, baixa estatura, Síndrome de Down

Informação adicional:

Anomalias cromossômicas causam uma vasta gama de distúrbios relacionados com doenças congênitas e defeitos de nascimento. O estudo do cariótipo é realizado no sangue para uma variedade de indicações incluindo retardo mental, possível síndrome de Down, baixa estatura ou amenorréia primária (síndrome de Turner), abortos de repetição, infertilidade, várias anomalias congênitas, determinação do sexo e muitos outros

Valores de referência:

46,XX (sexo feminino)

46,XY (sexo masculino)

Interpretação: Ao interpretar os resultados, os seguintes fatores devem ser considerados: algumas anomalias cromossômicas são equilibradas (sem aparente ganho ou perda de material genético) e não pode estar associadas com defeitos de nascimento. No entanto, anormalidades equilibradas muitas vezes causam infertilidade e, quando herdado de forma desequilibrada, podem resultar em defeitos de nascimento na sua descendência.

Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes

Manual de Exames Abril 2012

sobre as limitações técnicas do exame.

Informações sobre Amostras

Amostra: Sangue periférico – Heparina sódica

Volume: 5 a 10ml (adulto), 2 a 5ml (recém-nascido)

Transporte: Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta heparinizada, não passar para tubos não estéreis.

Recebimento da amostra

2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as 12:00hs

Instruções de armazenamento:

Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR

Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada

Causas de rejeição da amostra:

Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor (roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica

Informações sobre o método laboratorial

Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas

Metodologia: Cultura temporária de linfócitos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais

Limitações: Linfócitos T que não respondem ao mitógeno utilizado para estimular as células em mitose, mosaicismo cromossômico pode ser perdido devido a um erro de amostragem estatística (raro) e na não detecção de microalterações cromossômicas.

Manual de Exames Abril 2012

Referências:

1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29

2. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997

3. Moorehead PS, Nowell PC, Mellman WJ, Battips DM, Hungerford DA. Chromosome preparations of leukocytes cultured from human peripheral blood. Exp Cell Res 1960;20: 613-6

4. Moraes AC, Hashimoto EM, Dovigo JRD. Princípios básicos de citogenética e biologia molecular. In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003b. p.75-82

Manual de Exames Abril 2012

CARIÓTIPO, Sangue Periférico – Contagem ampliada

Mnemônico: CG010SP

Sinônímia: Cariótipo de sangue para mosaicismo, Cariótipo de mosaico de Turner

Prazo: 30 dias corridos

Informações de uso clínico

Aplicação clínica: Realizado para confirmação ou exclusão de mosaicismo

Informação adicional:

A presença de duas linhagens ou mais de células cromossomicamente diferentes em um mesmo indivíduo é considerada um mosaicismo cromossômico. Para identificar estes mosaicismos é necessário a análise do cariótipo de 50 a 100 células.

Valores de referência:

46,XX (sexo feminino)

46,XY (sexo masculino)

Interpretação: Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame.

Informações sobre Amostras

Amostra: Sangue periférico – Heparina sódica

Volume: 5 a 10ml (adulto), 2 a 5ml (recém-nascido)

Transporte: Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta heparinizada, não passar para tubos não estéreis.

Recebimento da amostra

2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as 12:00hs

Manual de Exames Abril 2012

Instruções de armazenamento:

Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR

Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada

Causas de rejeição da amostra:

Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor (roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica

Informações sobre o método laboratorial

Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas

Metodologia: Cultura temporária de linfócitos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais

Limitações: Linfócitos T que não respondem ao mitógeno utilizado para estimular as células em mitose, mosaicismo cromossômico pode ser perdido devido a um erro de amostragem estatística (raro) e na não detecção de microalterações cromossômicas.

Referências:

1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29

2. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997

3. Moorehead PS, Nowell PC, Mellman WJ, Battips DM, Hungerford DA. Chromosome preparations of leukocytes cultured from human peripheral blood. Exp Cell Res 1960;20: 613-6

4. Moraes AC, Hashimoto EM, Dovigo JRD. Princípios básicos de citogenética e biologia molecular. In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003b. p.75-82

Manual de Exames Abril 2012

CARIÓTIPO, Sangue Periférico - Hematológico

Mnemônico: CG002SP

Sinônímia: Cariótipo de sangue hematológico, Cariótipo de sangue oncohemato, Cariótipo com banda G para leucemia, Cariótipo para cromossomo Philadelphia

Prazo: 20 dias corridos

Informações de uso clínico

Aplicação clínica: Suspeita de LMC e demais leucemias, ou outras disordens hematológicas malignas. É indicado quando não é possível coletar a medula óssea e o paciente apresenta alta porcentagem de células blásticas em divisão na corrente circulatótia

Informação adicional:

As anomalias cromossômicas desempenham um papel fundamental na patogênese, diagnóstico e acompanhamento do tratamento de muitas doenças hematológicas. Sempre que possível, é importante realizar o cariótipo para detectar possíveis desordens hematológicas neoplásicas na medula óssea. Estudos de medula óssea são mais sensíveis e as possibilidades de encontrar células em metafase são cerca de 95%, em comparação com apenas uma chance de 60% para estudos de sangue. Quando não é possível coletar a medula óssea, o cariótipo de sangue podem ser útil. Quando células do sangue são cultivadas em meio de cultura sem mitógenos, a observação de qualquer clone cromossomicamente anormal pode ser compatível com um processo neoplásico

Valores de referência:

46,XX (sexo feminino)

46,XY (sexo masculino)

Interpretação: A presença de um clone anormal geralmente indica um processo neoplásico maligno. A ausência de um clone anormal aparente no sangue pode resultar de uma falta de circulação de células anormais e não de uma ausência de doença. Em raras ocasiões, a presença de uma anormalidade pode associada com uma anomalia congênita e, assim, não relacionada a um processo maligno.

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Informações sobre Amostras

Amostra: Sangue periférico – Heparina sódica

Volume: 5 a 10ml

Transporte: Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta heparinizada, não passar para tubos não estéreis.

Recebimento da amostra

2ª a 4ª no horário das 08:00 as 17:00hs e as 5ª das 08:00 as 14:00hs (devido aos tempos de cultura)

Instruções de armazenamento:

Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR

Estabilidade: 24 horas após a coleta mantida refrigerada

Causas de rejeição da amostra:

Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor (roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica

Informações sobre o método laboratorial

Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas

Metodologia: Cultura temporária de linfócitos sem estimulação de mitógenos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais

Limitações: Células tumorais não dividindo ou não circulante na corrente sanguínea

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Referências:

1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29

2. Dewald GW, Ketterling RP, Wyatt WA, Stupca PJ: Cytogenetic studies in neoplastic hematologic

disorders. In Clinical Laboratory Medicine, 2nd edition. Edited by KD McClatchey. Baltimore,

Williams & Wilkens, 2002, pp 658-685

3. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997

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CARIÓTIPO, Medula Óssea

Mnemônico: CG001MO

Sinônímia: Cariótipo de medula, Cariótipo de aspirado de medula óssea, Cariótipo oncohemato, Cariótipo para cromossomo Philadelphia

Prazo: 15 dias corridos

Informações de uso clínico

Aplicação clínica: Suspeita de LMC, LMA, LLC, LLA, Mielodisplasia, Pancitopenia, Anemia aplásica, Plaquetopenia, Mieloma múltiplo.

Informação adicional:

As anomalias cromossômicas desempenham um papel fundamental na patogênese, diagnóstico e acompanhamento do tratamento de muitas doenças hematológicas. Sempre que possível, é importante realizar o cariótipo para detectar possíveis desordens hematológicas neoplásicas na medula óssea. Certas anomalias cromossômicas podem ajudar na classificação de uma malignidade. Como exemplos, o cromossomo Philadelphia (Ph), também conhecido como t(9;22)(q34;q11.2), é geralmente indicativo de leucemia mielóide crônica (LMC) ou leucemia aguda; t(8;21)(q22;q22) define um subconjunto dos pacientes com leucemia mielóide aguda, M2; e t(8;14)(q24.1;q32) está associado a Leucemia/linfoma de Burkitt. O cariótipo de aspirado de medula óssea, também auxilia no monitoramento do tratamento de pacientes, e pode identificar a progressão da doença, tais como o início da crise blástica na LMC, que muitas vezes é caracterizado por Trissomia 8, isocromossomo 17q e vários cromossomos de Ph.

Valores de referência:

46,XX (sexo feminino)

46,XY (sexo masculino)

Interpretação: Para garantir a interpretação, é importante fornecer ao laboratório as informações clínicas do paciente para realizar o cariótipo. Os seguintes fatores são importantes na interpretação dos resultados: embora a presença de um clone anormal geralmente indique um processo neoplásico maligno, em situações raras, o clone pode refletir uma condição benigna. A ausência de um clone anormal pode ser o resultado

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de uma coleta da amostra de um local que não está envolvido na neoplasia ou pode indicar que a desordem é causada por anormalidades submicroscópicas que não podem ser identificadas pela análise do cromossomo. Em raras ocasiões, a presença de uma anormalidade pode estar associada com uma anomalia congênita e, assim, não relacionada à um processo maligno.

Informações sobre Amostras

Amostra: Aspirado de medula óssea – Heparina sódica

Volume: 3 a 5ml

Transporte: Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta heparinizada, não passar para tubos não estéreis.

Recebimento da amostra

2ª a 4ª no horário das 08:00 as 17:00hs e as 5ª das 08:00 as 14:00hs (devido aos tempos de cultura)

Instruções de armazenamento:

Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR

Estabilidade: 24 horas após a coleta mantida refrigerada

Causas de rejeição da amostra:

Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor (roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica

Informações sobre o método laboratorial

Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas

Metodologia: Cultura temporária de linfócitos sem estimulação de mitógenos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais

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Referências:

1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29

2. Dewald GW, Ketterling RP, Wyatt WA, Stupca PJ: Cytogenetic studies in neoplastic hematologic

disorders. In Clinical Laboratory Medicine, 2nd edition. Edited by KD McClatchey. Baltimore,

Williams & Wilkens, 2002, pp 658-685

3. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997