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MANUAL DE CULTIVO DAS HORTALIÇAS EM HORTA DOMÉSTICA, EDUCATIVA E COMUNITÁRIA Prof. MOACIR GOMES SOBREIRA FILHO Engenheiro Agrônomo RECIFE PERNAMBUCO 2012

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  • MANUAL DE CULTIVO DAS HORTALIAS EM HORTADOMSTICA, EDUCATIVA E COMUNITRIA

    Prof. MOACIR GOMES SOBREIRA FILHOEngenheiro Agrnomo

    RECIFE PERNAMBUCO

    2012

  • 2DEDICATRIA

    Ao Dr. Wilson Roberto de S, pela sua dinmica e profcua administrao frentea Presidncia do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecurios -ANFFA SINDICAL, e pelo seu apoio e incentivo para a elaborao deste manual;

    Aos colegas Fiscais Federais Agropecurios pela sua dedicao e zelo nasatividades da nossa profisso;

    A todos os Professores, Agrnomos, Tcnicos, Extensionistas, Escritores, Pesquisadorese Produtores que estudam ou labutam na olericultura;

  • 3APRESENTAO

    Este manual tem por objetivo atender aqueles que desejam cultivar hortalias em canteiro, utilizando

    alguma rea disponvel ao ar livre de sua residncia, de sua comunidade ou na horta escolar de sua

    cidade ou bairro.

    Portanto, sero abordadas apenas algumas hortalias mais utilizadas na culinria brasileira.

    Para atingir tal objetivo, adotei aqui uma linguagem simples e acessvel, que possa ser tecnicamente

    entendida por todos aqueles que pretendem iniciar a produo dessas hortalias.

    Por conseguinte, distanciei-me das tcnicas especializadas e aplicadas nas grandes produes, que se

    destinam a comercializao de hortalias.

    O Autor

  • 4CAPTULO 1 - PARTE GERAL

    1.1. HORTALIAS

    As hortalias so plantas ou parte delas tais como: folhas (alface); flores (couve-flor); fruto(tomate); caule (aspargo); bulbo (cebola); razes e tubrculos (cenoura e beterraba), que so utilizadasna alimentao humana. O ciclo de vida das hortalias (que vai do plantio at a colheita) bem mais

    curto do que as das demais culturas. A maioria das hortalias, aps o plantio vo est no ponto de

    colheita entre 3 e 4 meses.

    1.2. INTRODUO AO CULTIVO DAS HORTALIAS

    A arte de cultivar hortalias em horta domstica, educativa e comunitria, alm de proporcionar

    uma alimentao saudvel para o consumo da prpria famlia ou de sua comunidade, uma excelente

    atividade, que pode ser executada por qualquer pessoa. tambm um bom exerccio para os idosos,

    que necessitam de uma ocupao que no exija muito esforo fsico. Esta prtica utiliza apenas

    algumas horas do dia para o exerccio de to saudvel atividade.

    1.2.1. HORTA DOMSTICA, EDUCATIVA E COMUNITRIA

    Horta o local onde cultivamos hortalias e, denominada domstica e comunitria, quando a

    produo obtida em rea residencial ou comunitria, tendo como finalidade o consumo da prpriafamlia ou da comunidade.

    Ela educativa quando se destina principalmente ao ensino nas escolas de estudantes do curso

    fundamental ou mesmo de outros cursos.

    Nas residncias urbanas e suburbanas, a instalao da horta domstica feita no quintal. Para as

    hortas comunitrias, so utilizadas tambm, outras reas que estejam livres de qualquer obstculo que

    possa impedir a penetrao de luz e ventilao.

    Para a implantao de uma horta domstica, educativa ou comunitria, no necessrio

    utilizao de grandes reas, ferramentas, ou mquinas sofisticadas, mas que seja de fcil manejo eexecuo.

    Nestes tipos de hortas as reas so muito reduzidas e o plantio feito especialmente

    em canteiros.

    necessrio tambm, verificar a origem e qualidade da gua que vai ser usada na rega das

    plantas.

  • 5O ideal saber a origem da gua, se de poo artesiano, cacimba, riacho ou fonte que no

    estejam sujas ou contaminadas com substncias txicas.No utilizar gua de poo prximo fossa, esgoto, lixeira, gua de terreno pantanoso e prximo

    a terreno baldio suspeito de ter lixo de substncias qumicas txicas.

    O canteiro no deve ficar com excesso de gua, pois um dos fatores que provocam doenas nas

    plantas.

    1.3. CANTEIRO

    Canteiro o local onde so cultivadas as hortalias, quer em plantio direto, ou atravs do

    transplante de mudas vindas da sementeira.

    1.3.1. ESCOLHA DO LOCAL PARA O CANTEIRO

    necessrio que o local destinado para o canteiro seja longe de esgotos, fossa e terreno charcoso.

    O solo deve ser frtil, estar bem arejado e afastado de rvores frondosas, para que haja boa incidncia

    de sol. Ter gua disponvel prximo ao canteiro

    1.3.2. TIPOS DE CANTEIRO

    1.3.2.1. COM LATERAIS DE MADEIRA E COM LATERAIS DE ALVENARIA

    1.3.2.1.1. COM LATERAIS DE MADEIRA

    Podemos aproveitar troncos de rvore ou tbuas, que so colocados nas laterais do

    canteiro como suporte ou anteparo. Nas regies de praia, geralmente so utilizados troncos de coqueiro

    quando existem em disponibilidade. Para todos os tipos de canteiro, usamos o espaamento de 1m x5m, isto , um metro de largura, por cinco metros de comprimento, e com uma profundidade de no

    mnimo 20 a 30 cm. (Anexo IV Figuras: 3 e 4).Mesmo que a profundidade do canteiro esteja entre 20 a 30 cm, os bordos do canteiro devem ficar

    no mnimo com 10 cm de altura acima do solo, e os outros centmetros, abaixo do solo. O canteiro deveser cheio com partes iguais de terra e de um adubo orgnico bem curtido.

  • 61.3.2.1.2. COM LATERAIS DE ALVENARIA

    Este tipo de canteiro o mais adequado, pois de maior durabilidade e pode ser feito com pedras

    ou tijolos. ( Anexo IV- Figuras: 1 e 2 ).O tamanho e o nmero de canteiro variam conforme o espao disponvel e do nmero de pessoas

    existente em cada famlia.

    Entretanto, o tamanho ideal do canteiro aquele do tipo que facilite o manejo e o movimento do

    horticultor nos trabalhos destinados ao plantio e, nos tratos culturais das hortalias. A largura do

    canteiro no deve ultrapassar de 1m, para facilitar o manuseio do operador. Isto corresponde distncia at aonde o brao do horticultor pode alcanar. O comprimento no deve ultrapassar de 5 m,

    para no tornar o trabalho cansativo, fazendo o operador percorrer uma distncia maior do que o

    necessrio. A profundidade do canteiro deve ficar com 20 a 30 cm, espao suficiente para a penetrao

    das razes das hortalias. As duas fileiras de tijolos, colocadas para a formao dos bordos do canteiro,

    devem ser cimentadas uma sobre a outra e ter, no mnimo 20 cm de altura, sendo que, a partesuperior ficar com 10 cm acima do solo.

    1.3.3. CONSTRUO DO CANTEIRO E FERRAMENTAS DE TRABALHO

    1.3.3.1. CONSTRUO DO CANTEIRO

    Antes de iniciarmos a construo do canteiro, j devemos ter planejado o tamanho do canteiro,ferramentas de trabalho, material disponvel e um croqui, para facilitar na construo do mesmo.

    Para o planejamento do canteiro, devemos levar em considerao o nmero de pessoas que

    sero beneficiadas com a produo das hortalias, bem como, o espao ideal para a construo de um,

    ou vrios canteiros.

    Comeamos com a escolha do local, que deve ser adequado ao plantio das hortalias e que

    disponha de sol e ventilao suficiente. Se for necessrio a construo de mais de um canteiro,devemos manter a distncia entre eles de no mnimo 80 cm, para facilitar os trabalhos e o

    deslocamento do horticultor.

    1.3.3.2. FERRAMENTAS DE TRABALHO DO HORTICULTOR

    As ferramentas influem grandemente na eficincia e no rendimento do trabalho, uma vez que,

    para cada atividade, existe uma ferramenta especfica.

  • 7O horticultor, dedicado horta domstica, educativa e comunitria, no necessita de muitas

    ferramentas, apenas o restrito necessrio para as atividades relacionadas com o plantio em canteiro.

    As ferramentas essenciais so: enxada, para cavar, fazer capinas e misturar os adubos com a

    terra; enxado, para cavar e revolver o canteiro; ancinho ( ciscador ), para nivelar a terra docanteiro e desmanchar os torres de terra; uma pzinha,

    ( colher pequena ) arredondada de jardineiro que serve tambm para fazer o transplante de certashortalias; plantador, que pode ser feito com um pedao de cabo de vassoura, tendo 20 cm de

    comprimento e com uma das pontas pontiaguda, tendo por finalidade fazer as covas para as mudastransplantadas; sacho, para capinas no meio das plantas e afofamento da terra do canteiro; um

    regador com crivos finos, para irrigar as plantas do canteiro e da sementeira; e uma p cncavagrande, para o enchimento do canteiro e outras atividades.

    Outros utenslios complementam as ferramentas de primeira necessidade, tais como: mangueira,

    pequenos aspersores ligados a uma torneira por uma mangueira, carrinho de mo, tesoura de

    poda, peneira para peneirar a terra, trena de medio, balde, piquetes de madeira, um rolo de

    cordo, barbante ou cabinho para fazer a marcao do canteiro e seu alinhamento. ( Anexo III -Quadro 4 ).

    Quando a gua que vai ser utilizada nos canteiros fica distante, devemos ter um depositoprximo aos canteiros, que pode ser: um tambor de plstico, tanque de fibra de vidro ou mesmo de

    alvenaria.

    O horticultor deve usar roupa e utenslios adequados aos trabalhos na horta tais como: macaco,

    luvas, botas e chapu.

    1.3.3.3. MARCAO DO CANTEIRO

    Aps a escolha do tamanho do canteiro, marcar as distncias, fincando os piquetes nas quatro

    pontas do canteiro. Devemos observar que as distncias recomendadas so de 1m de largura por no

    mximo 5 m de comprimento. At 1,20 m de largura aceitvel. Cavar a parte interna do canteiro com

    um enxado, at atingir a profundidade de no mnimo 10 cm. Nivelar o fundo do canteiro, iniciar

    ento a construo das paredes laterais, de modo que, os bordos superiores do canteiro fiquem com

    10 cm acima do solo. Como j foi explicado, ele pode ser feito de alvenaria ou de outro material

    disponvel ao construtor do canteiro.

  • 81.3.3.4. ENCHIMENTO DO CANTEIRO

    O enchimento do canteiro deve ser feito com o melhor material possvel, pois, da composio daterra, misturada com os adubos, que em grande parte vai depender o sucesso da produo das

    hortalias.

    Nem todo solo se presta para o plantio; um solo totalmente argiloso ( barrento )dificulta o crescimento das razes das plantas e no tem arejamento suficiente, impedindo tambm

    a penetrao de gua.

    J o solo totalmente arenoso, no retm gua suficiente para as razes absorverem e pobre em

    nutrientes, alimento necessrio s plantas. A terra que se destina ao plantio deve ser bastante frtil, rica

    em matria orgnica e com os nutrientes necessrios ao crescimento e o desenvolvimento das plantas.

    Quando, no encontramos este tipo de solo agrcola na prpria horta, devemos adquiri-los nas

    casas comerciais credenciadas pelo Ministrio da Agricultura, que vendem sementes, mudas, adubos

    ou fertilizantes. Um solo agrcola, rico em matria orgnica e com uma proporo equilibrada de terra

    arenosa e argila seria o ideal. Hoje, com as disponibilidades que temos no mercado para esse tipo desolo, podemos construir um bom canteiro sem maiores complicaes.

    A terra que colocada no canteiro deve ser bem destorroada e at, se possvel, peneirada, afim de

    no dificultar em nada o crescimento das plantas.

    Na ocasio do enchimento do canteiro, devemos juntar a terra do canteiro, esterco de curralcurtido na quantidade de 4 a 5 kg/m, ou outro tipo de adubo orgnico. Se o adubo for o esterco degalinha, o mesmo deve ser bem curtido na quantidade de 2 kg/m e adicionar 50g/ m de cal curtido

    (cal hidratado de pintar parede). Temos uma frmula tradicional para o enchimento de um canteiro coma seguinte mistura: terra de boa qualidade 20 litros; cal hidratada 50 g; adubo orgnico 7 litros eadubo qumico na frmula 4-14-8 100 g. Para quantidades maiores ou menores, basta fazer aproporo

    O adubo deve ser bem misturado com a terra, que pode ser a do prprio canteiro, desde que este

    solo seja apropriado para o plantio. O adubo orgnico deve estar bem curtido, e por segurana, s

    devemos iniciar o plantio uma semana depois do enchimento do canteiro. Com o canteiro pronto, ediariamente aguado, podemos iniciar o plantio das hortalias escolhidas, respeitando-se as

    recomendaes tcnicas indicadas para cada cultura.

  • 91.4. SEMENTEIRA E TIPOS DE SEMENTEIRAS

    1.4.1. SENENTEIRA

    Sementeira um mini canteiro especialmente preparado para a semeadura das hortalias que

    necessitam de transplante. uma espcie de berrio das plantinhas ou mudas que vo nascer.

    1.4.1.1. TIPOS DE SEMENTEIRAS

    A sementeira pode ser feita de tijolos no cho, ou aproveitando-se uma caixa, que pode ser demadeira, ou outro tipo de material disponvel. Esta sementeira deve ficar preferencialmente, prxima

    ao canteiro definitivo.

    Atualmente so utilizados como sementeira vrios tipos de materiais tais como: bandejo de

    isopor, de zinco, de plstico e copos de plsticos em bandejo. (Anexo V Figuras: 5, 6, 7, 8, 9 e 10).

    1.4.1.1.1. SEMENTEIRA DE MADEIRA

    Para se fazer uma pequena sementeira de madeira, construmos uma caixa de madeira com 50 X

    50 cm de boca, e 20 cm de profundidade. No fundo dessa caixa, fazem-se furos para o escoamento doexcesso da gua de irrigao. Pelo lado externo debaixo da caixa, colocam-se dois sarrafos paralelosmais ou menos distanciados para facilitar o escoamento da gua pelos furos. Estes dois sarrafos evitam

    que a caixa fique em contato direto com o cho, dificultando o escoamento do excedente da gua

    irrigada.

    O enchimento desta caixa feito com a mistura peneirada de terra com adubo orgnico em partesiguais, deixando-se livre 5 cm prximo ao bordo da caixa.

    1.5. SEMENTES E MUDAS

    da boa qualidade das sementes e das mudas que vo depender em parte o sucesso da produo.

    As sementes devem ser adquiridas em casas especializadas que so credenciadas pelo Ministrio

    da Agricultura. Verificar na embalagem das sementes sua procedncia, variedade, grau de pureza,germinao, perodo de validade e se de cultivares para o plantio no inverno ou vero. Existem

    sementes de cultivares que servem para ser plantado o ano todo.

    Para adquirir mudas, devemos ter os mesmos cuidados que tivemos na aquisio das sementes.

    Procurar mudas sadias, vigorosas e de variedades que sejam adequadas a nossa regio.

  • 10

    Caso as mudas sejam retiradas de outra planta, (couve e cebolinha) verificar se a planta me estbastante desenvolvida, produtiva e sem doenas ou pragas.

    Preferencialmente as mudas so produzidas em sementeira feitas pelo prprio horticultor.

    1.6. TRANSPLANTE

    Transplante a retirada das mudas da sementeira para o canteiro definitivo.

    Na sementeira os tratos culturais com as mudinhas so mais intensos, pois requer uma maior

    ateno, desde a germinao das sementes, at a retirada das mudas para o canteiro definitivo.

    Devemos selecionar as melhores mudas e fazer o transplante preferencialmente logo pela manh

    ou no fim da tarde.

    1.7. ESPAAMENTO

    Entende-se como espaamento a distncia entre sulcos ou fileiras e a distnciacompreendida entre as plantas que esto nos sulcos ou nas fileiras.

    Para fazer o espaamento, comeamos medindo em primeiro lugar pela distncia entre sulcos ou

    fileiras ( linhas ) e em seguida a distncia entre plantas no sulco ou fileira. Exemplo: 25 x 15 cm;

    significa 25 cm entre sulcos e 15 cm entre plantas no sulco.

    convencional, que a primeira numerao esquerda, representa a distncia entre fileiras ou

    sulcos, e a segunda numerao direita a distncia entre plantas, no sulco ou na fileira.

    Os sulcos so cavidades contnuas com uma profundidade varivel de 1 a 5 cm, onde so

    colocadas as sementes para o plantio no canteiro.

    As linhas ou fileiras so riscadas no canteiro onde as covas sero feitas.

    1.7.1. ESPAAMENTOS RECOMENDADOS

    Os espaamentos variam muito em funo das variedades dos cultivares utilizados, e da finalidade

    do plantio. Em geral os espaamentos recomendados neste trabalho variam de 15 a 80 centmetros

    entre linhas e de 5 a 50 centmetros entre plantas.

    Portanto, por se tratar de um plantio em canteiro destinado ao consumo domstico , educativo e

    comunitrio, foi dado preferncia aos espaamentos mais estreitos que j so utilizados na prtica do

    plantio das hortalias. ( Anexo II - quadro 3 ).

  • 11

    1.8. ADUBO OU FERTILIZANTE

    Adubo ou fertilizante o produto natural ou industrializado, que contm um ou mais dos minerais

    necessrios para a nutrio das plantas.

    1.8.1. TIPOS DE ADUBOS

    Qumicos e Orgnicos.

    1.8.1.1. ADUBOS OU FERTILIZANTES QUMICOS

    Os adubos ou fertilizantes qumicos so minerais extrados das jazidas, e que

    posteriormente, passam por um processo de beneficiamento e concentrao.

    Nem todo solo dispe dos nutrientes que as plantas necessitam, da a necessidade de se fazer,

    tambm, uma adubao qumica complementar associada a uma adubao

    orgnica que possa atender todas as necessidades nutritivas das plantas.

    Por se tratar de uma horta domstica ou comunitria, essa adubao vem apenas assegurar e

    garantir uma boa e rpida produo.

    Os adubos qumicos so classificados principalmente dentro de trs grupos importantes:

    nitrogenados, fosfatados, e potssicos.Estes adubos aparecem com a sigla: N-P-K ( Nitrognio, Fsforo e Potssio ).Existem no comrcio vrias frmulas de adubos. No nosso caso, que voltado para a adubao

    em canteiro na horta domstica, educativa ou comunitria, dispomos de algumas frmulas tradicionais

    que sempre usamos quando no temos no momento do plantio a anlise qumica do solo ou a

    orientao de um agrnomo. Podemos citar apenas como referncia, as seguintes frmulas de um

    adubo misto de N-P-K: 10-10-10, 4-14-18, 4-16-8 e a frmula 4-12-8.

    Estamos tratando de um adubo qumico misto que formado pelos trs minerais mais importantes

    para o desenvolvimento das plantas.

    Os adubos qumicos, que so vendidos no comrcio varejista, so ofertados na forma de p ou

    granulado, e podem ser facilmente encontrados nas casas comerciais que vendem produtos agrcolas.Geralmente esses adubos so vendidos em pequenos sacos plsticos ou pacotes, que variam de 250 g

    at 5 kg. H 13 minerais, que as hortalias necessitam encontrar no solo em forma aproveitvel pelas

    suas razes.

    Estes nutrientes so os macronutrientes e os micronutrientes, que sero tratados no prximo

    captulo.

  • 12

    As frmulas dos adubos qumicos esto representadas na rotulagem das embalagens (pacote, caixa

    ou saco), por trs numeraes. Estas numeraes correspondem s quantidades em porcentagens dos

    minerais existentes naquele produto.

    Dando como exemplo a frmula de N-P-K, 4-12-18 significa que, em 100 kg desse adubo mistocontm 4 kg de Nitrognio; 12 kg de Fsforo; e 18 kg de Potssio.

    Mesmo se tratando de um plantio em horta domstica, educativa ou comunitria,

    nem sempre a terra utilizada dispe de todos os nutrientes necessrios ao desenvolvimento das

    plantas. Portanto a adubao qumica vem suprir todas as deficincias em nutrientes que possam

    existir nesse solo.

    Se o solo utilizado no canteiro for de tima qualidade, dispondo dos minerais necessrios para a

    nutrio da hortalia cultivada, podemos produzi-las complementando apenas com uma adubao

    orgnica.

    Entretanto, bom lembrar que existe uma diferena entre produo e produtividade. Produo

    quando atingimos em quantidade a mdia da produo de um produto de origem vegetal por hectare.

    Produtividade quando ultrapassamos essa mdia. Podemos tomar como exemplo o caso da cebola.

    A mdia da produo de cebola por hectare em Pernambuco est em torno de 20 t/ha, e com uma

    adubao qumica adequada poder alcanar at 40 t/ha.

    Cada planta tem as suas exigncias no que diz respeito a determinados nutrientes qumicos. As

    hortalias folhosas so mais exigentes em adubos nitrogenados; as frutferas exigem mais fsforo e

    potssio, as tuberosas e razes necessitam para o seu pleno desenvolvimento, de nitrognio, fsforo,

    potssio e clcio.

    Para cada cultura sero feitas as devidas recomendaes de como proceder na aplicao da

    adubao qumica e orgnica.

    1.8.1.1.1. ADUBOS QUMICOS E SEUS COMPONENTES

    Macronutrientes e Micronutrientes.

    1.8.1.1.1.1. MACRONUTRIENTES

    Principais e Secundrios.

    1.8.1.1.1.1.1. PRINCIPAIS

    Nitrognio ( N ), Fsforo ( P) e Potssio ( K ).

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    1.8.1.1.1.1.2. SECUNDRIOS

    Clcio ( C ), Magnsio ( Mg ) e Enxofre ( S ).

    1.8.1.1.1.2. MICRONUTRIENTES

    Boro, Cloro, Cobre, Ferro, Mangans, Molibdnio, Silcio Nquel, Vandio e Zinco.

    1.8.1.1.2. MTODOS DE ADUBAO QUMICA

    Adubao bsica, e adubao em cobertura.

    1.8.1.1.2.1. ADUBAO BSICA

    Adubao bsica feita antes ou no momento do plantio, sendo incorporada

    ao solo a quantidade de adubo qumico recomendado para cada hortalia, sendo que, para algumas

    delas, feito de uma s vez no necessitando de adubao posterior.

    A quantidade de adubo a ser utilizada vai depender de cada cultura. Seguir sempre as

    orientaes de um agrnomo ou as instrues contidas na embalagem do adubo. nesta adubao que

    colocamos a maior quantidade de adubo qumico e orgnico que a hortalia vai necessitar.

    1.8.1.1.2.2. ADUBAO EM COBERTRURA

    Trata-se de uma adubao qumica complementar, que vai reforar a adubao de

    base, garantindo o perfeito desenvolvimento das plantas, principalmente para as hortalias

    folhosas, incluindo couve-flor, repolho e brcolis.

    1.8.1.1.2.2.1. ADUBOS USADOS EM COBERTURA

    Nitrogenados e Mistos ( N-P-K ).

    1.8.1.1.2.2.1.1. NITROGENADOS

    Na adubao em cobertura, os adubos mais utilizados para as hortalias, principalmente as

    folhosas, so os adubos nitrogenados.

    Esses adubos so colocados a lano sobre o canteiro ou diludos em gua. Para este tipo de

    adubao utilizado um adubo simples, tais como o Sulfato de Amnio, Uria, Salitre do Chile,

    Nitroclcio e o Nitrato de Amnia. A concentrao mais utilizada de 10g/10 litros de gua.

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    Se o adubo nitrogenado for feito a lano (espalhando o adubo em cima do canteiro) devemos fazerlogo em seguida uma rega, facilitando a penetrao do adubo, bem como a limpeza dos minerais quese depositaram nas folhas.

    Os adubos nitrogenados mais utilizados na horta domstica so: o Sulfato de Amnio e a Uria.

    A aplicao feita preferencialmente dissolvendo um desses adubos em gua usando-se para esta

    atividade um regador.

    Para retirar o excesso de adubo que possivelmente possa ter ficado retido nas folhas, recomenda-

    se fazer logo em seguida, uma aguao. A quantidade de adubo a ser utilizado depende de cada

    cultura. Cada hortalia tem sua poca de se fazer adubao em cobertura. Algumas vezes,

    necessria a aplicao de at, trs adubaes no decorrer do ciclo vegetativo da planta.

    1.8.1.1.2.2.1.2. ADUBOS MISTOS

    Os adubos mistos so mais usados no incio do plantio na adubao bsica, entretanto, algumas

    hortalias necessitam de um reforo deste adubo durante o perodo de crescimento e desenvolvimento

    dos seus frutos, razes e tubrculos.

    Para qualquer tipo de adubao qumica devemos sempre seguir as recomendaes tcnicas,

    evitando a intoxicao das plantas.

    1.8.1.1.2.3. ADUBAO FOLIAR

    Outra modalidade de adubao a adubao foliar, pois as folhas absorvem os nutrientes com

    mais rapidez do que na adubao incorporada ao solo, que absorvida atravs das razes. Esta

    adubao vem corrigir a tempo, deficincia revelada pelo aspecto da prpria planta. Ela feita atravs

    de pulverizao sobre as folhagens das plantas. J existem vrios tipos de adubos foliar no comrcio,

    prontos para serem utilizados e com a frmula adequada para cada cultura.

    1.8.1.2. ADUBAO ORGNICA E SEUS DIVERSOS TIPOS DE ADUBOS

    A adubao orgnica uma prtica tradicional e tem comprovado o seu valor como uma boa

    fonte de alimento para as plantas. Alm dos nutrientes que o adubo orgnico oferece as plantas , facilita

    tambm a assimilao desses nutrientes atravs do melhoramento da capacidade fsica do solo.

  • 15

    O adubo orgnico torna o solo que argiloso, barrento e compacto mais poroso, facilitando o

    crescimento das razes das plantas, e, o solo que totalmente arenoso, em agregado, retendo gua por

    mais tempo o que indispensvel para as plantas.

    1.8.1.2.1. TIPOS DE ADUBO ORGNICO

    Origem animal e vegetal.

    1.8.1.2.1.1. ADUBOS DE ORIGEM ANIMAL

    So todos os estercos de curral, esterco de galinha, caldo de esterco de curral e o composto de

    esterco de curral com vegetal. Farinhas de ossos, farinha de chifres e a farinha de cascos de animais.

    1.8.1.2.1.1.1. ESTERCO DE CURRAL

    O esterco de curral de bovino, caprino e ovino so excelentes adubos orgnicos,

    que devem ser misturados ao solo agrcola, mas, somente depois de bem curtidos e na proporo

    de 2 a 5 kg /m do canteiro.

    Os estercos de animais que no so coletados no curral podem ter sementes de ervas daninhas,

    capazes de infestarem o canteiro das hortalias.

    1.8.1.2.1.1.2. ESTERCO DE GALINHA

    O esterco de galinha ou de avirio, tambm conhecido como cama de galinha, deve ser colocada

    no canteiro, pelo menos uma semana antes do plantio. A quantidade utilizada de 2 kg /m. Se esteesterco no estiver bem curtido, devemos aguar todos os dias para acelerar a decomposio do mesmo,

    evitando assim, a queima das plantas.

    A cama-de-galinha formada pela juno dos dejetos dessas aves, geralmente com p de serra,

    raspa de madeira ou casca de cereais. S devemos iniciar o plantio quando este adubo estiver bem

    curtido, pois, a decomposio da celulose lenta.

    1.8.1.2.1.1.3. FARINHA DE OSSOS, DE CHIFRES E CASCOS.

    Procedentes dos abatedouros e dos frigorficos so os restos de ossos descarnados, cascos e chifres

    de animais abatidos, triturados, desidratados e transformados em farinha, rica em fsforo, clcio e

    potssio.

    Este adubo tambm serve para controle a acidez do solo.

  • 16

    Essas farinhas so encontradas nas casas comerciais que vendem produtos agropecurios.

    Esses adubos podem ser incorporados ao solo do canteiro na adubao de base, juntamente comoutro adubo orgnico, um pouco antes do plantio.

    1.8.1.2.1.1.4. CALDO DE ESTERCO DE CURRAL

    Em um tambor podemos preparar um caldo composto apenas de gua e esterco de gado ainda no

    curtido. A quantidade a ser depositada no tambor ser em partes iguais,

    isto , metade de esterco ainda no curtido e metade de gua.

    Deve-se mexer este contedo diariamente e com o decorrer dos dias o esterco vai se diluindo.

    Aps 40 dias estar pronto para ser usado.

    Com uma concha ou um caneco, vai-se distribuindo o caldo ao redor das plantas, mas sem afetar

    as folhas, galhos ou ramos.

    A quantidade recomendada de 2 a 4 l/m do canteiro.

    Aps essa adubao, devemos aguar para facilitar sua infiltrao na terra, bem como, eliminar

    possveis gotas que possam ter salpicado nas folhas das plantas.

    1.8.1.2.1.1.5. COMPOSTO DE ESTERCO DE CURRAL COM VEGETAIS

    a mistura de esterco de curral com os restos de vegetais tais como: p de serra, raspa de

    madeira, folhas, casca de caf, sabugos triturados, palhas, e todo tipo de mato rasteiro que possa se

    decompor juntamente com o estrumo de curral.Esta mistura pode ser processada em um buraco de boca bem larga, com 2 m na base, por 1 m de

    altura.

    No caso de ser uma horta comunitria e dispondo de espao suficiente, podemos construir uma

    esterqueira simples. Para a construo dessa esterqueira podemos usar um pequeno galpo rstico,

    com 4 colunas de madeira coberto com sap, ou palha.

    1.8.1.2.1.1.6. COMPOSTAGEM

    Compostagem o processo biolgico de transformao de materiais grosseiros, como palhada,

    restos de vegetais e estrume, em materiais orgnicos chamado composto.

    Uma

  • 17

    A meda mais simples feita em forma trapezoidal com as seguintes medidas: na base inferior

    2,0 m de largura; na parte superior com 1,0 m de largura e tendo uma altura de 1, 5 m por 5,0 m decomprimento.

    Para a construo de uma meda, iniciamos com o empilhamento dos vegetais espalhados no local

    j devidamente marcado, at uma altura de 30 cm. Aplicar sobre estes vegetais uma camada de esterco

    com 5 cm de altura.

    Fazer uma rega para cada etapa de empilhamento. Aps empilhar esta primeira seqncia, inicia-

    se uma nova seqncia dos mesmos materiais, at chegar altura programada.

    Para acelerar essa fermentao, aguar regularmente de dois em dois dias.

    Devemos fazer o reviramento desse material iniciando o primeiro reviramento 10 dias aps a

    montagem desse composto, e mais 4 reviramentos espaados de 20 dias.

    Ao trmino do processo de fermentao que fica em torno de 90 a 120 dias e j com o adubo

    orgnico bem curtido, o composto passa a ter a denominao de humos.

    Humos o resultado de uma massa escura de material orgnico com composio varivel, mas

    relativamente estvel e pronto para ser utilizado como adubo.

    Se no dispomos de espao para a construo de uma meda, podemos utilizar um buraco de boca

    bem larga, com 2 m na base, por 1m de altura, onde o composto ser depositado. Tendo espao

    suficiente podemos construir uma esterqueira.

    1.8.1.2.1.2. ADUBOS DE ORIGEM VEGETAL

    Composto de vegetais com lixo caseiro e cinzas de vegetais.

    1.8.1.2.1.2.1. COMPOSTO DE VEGETAIS COM LIXO CASEIRO

    So utilizados vegetais rasteiros, partes ou restos de vegetais tais como: p de serra, xaxim,

    cavacos, folhas, sementes, flores, casca de madeira, gravetos, galhos, capim seco, bagao de cana,

    casca de arroz; casca de caf, casca de coco, casca de frutas, sabugo de milho triturado e as sobras de

    frutas que no so utilizadas para o consumo humano.

    O lixo caseiro de origem orgnico isento de materiais plsticos, metais, vidros e outros materiais

    no orgnicos, so incorporados na preparao deste composto.

    Podemos adicionar tambm, cinzas vegetais.

    Geralmente usamos um buraco de boca larga com 2 m na base por 1 m de altura, onde todo essematerial vai entrar em processo de fermentao, e posteriormente em decomposio.

  • 18

    Esse material deve ser aguado regularmente mais ou menos de dois em dois dias, para facilitar o

    processo de decomposio, cura e humificao desse composto.

    Devemos proceder o primeiro reviramento deste material 10 dias aps sua montagem. Este

    reviramento tem por objetivo, manter um controle adequado da umidade, temperatura e uniformidadena decomposio de seus componentes. Os demais reviramentos so feitos de 20 em 20 dias, num total

    de 4 reviramentos.

    Este reviramento pode ser realizado com uma enxada ou enxado e at mesmo com ajuda de umciscador e uma p.

    Entre 90 e 120 dias o composto j pode ser usado como adubo, desde que esteja bem curtido.

    1.8.1.2.1.2.2. CINZAS DE VEGETAIS

    So cinza de todos os vegetais queimados, inclusive as cinzas oriundas da queima das lenhasutilizadas nos foges, fornos e fornalhas movidas lenha. Cinzas de origem vegetal so ricas em

    potssio, cido fosfrico, magnsio e clcio.

    As cinzas novas contem cal viva a qual com o tempo se transforma em carbonato de clcio. Este

    processo acelerado quando as cinzas so aguadas, apresentando finalmente uma colorao maisescura. Seve tambm para corrigir a acidez do solo.

    CAPTULO 2 - PARTE ESPECIAL

    2.1. CULTIVO DAS HORTALIAS DO GRUPO DAS FOLHOSAS, FLORES, HASTES E

    TALOS

    2.1.1. ALFACE E CHICRIA

    Observao: so tratadas no mesmo item, por serem hortalias de cultivos iguais.

    .

    2.1.1.1. ALFACE ( Lactuca sativa )

    2.1.1.1.1. A) VARIEDADE DO GRUPO CRESPACinderela, Grand Rapids, Livine, Veneranda, Simpson Black, Brisa, Hansn, Great Lakes,

  • 19

    Vernica, Vanessa, Melissa, Mimosa Green Slad Boa, Mimosa Roxa Salad Bowl, Mirella, Monica SF31, Paola, e Elba ( A variedade Elba a mais utilizada no Nordeste, por se tratar de uma alfaceprecoce, que pode ser colhida com 65 dias ).

    2.1.1.1.2. B) VARIEDADE DO GRUPO LISAurea, Brasil 303, Boston Branca, Rainha de Maio, Regina, Stella, Bab de Vero, Elizabeth,

    Cazard, Elisa, Floresta, Francesa, Manteiga Maravilha, Arica Grande Lagos, Regina, GranndRapidstbr, Sem Rival, Maravilha de Inverno, Vitria de Santo Anto, e Maravilha do Vero.

    2.1.1.2. CHICRIA ( Chicorium endivia )

    2.1.1.2.1.(A) VARIEDADE DO GRUPO CRESPACrespa de Ruffec, Escarola Biondina, Gigante Barbarela, Crespa de Ruffec, Curled Green,

    Mimosa, Pancaliere, e a Curled Green.

    2.1.1.2.2. B) VARIEDADE DO GRUPO LISABionda Dorata, Lisa Escarola Corao Cheio, Full Heart, e Parma-Itlia.

    2.1.1.3. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE

    Iniciamos o plantio em sementeira, que feito em sulcos com 0,5 cm.

    de profundidade, e com espaamento entre linhas de 1 cm. Estes sulcos podero ser feitos com um

    transplantador pontiagudo ou mesmo com uma pequena p de transplante. As sementes devem ser de

    boa qualidade e procedncia.

    Colocar as sementes nos sulcos bem espaadas, de modo que, as mesmas no fiquem muito

    unidas. Sempre usar sementes de boa qualidade.

    Podemos fazer tambm, o semeio a lano (jogando as sementes com a mo) cobrindo-se, emseguida, com terra ou areia bem fina. A quantidade de sementes a ser utilizada de 2 g/m.

    Fazer uma aguao diria, preferencialmente pela manh, com um regador de crivo fino por

    cima do material de cobertura para no desenterrar as sementes. Cobre-se a sementeira com palha decoqueiro, capim seco ou saco de aniagem para manter o solo mido, evitando tambm que as sementes

    se desenterrem.

  • 20

    Dependendo da variedade, as sementes comeam a germinar entre 3 a 6 dias. Aps a germinao

    dessas sementes, retira-se de uma vez o material de cobertura. Devemos continuar irrigando duasvezes ao dia, pela manh e tarde.

    2.1.1.4. TRANSPLANTE

    Quando as mudas estiverem com 4 a 5 folhas, o que acontece entre 25 a 30 dias, transplantar parao canteiro definitivo com a ajuda de uma pazinha arredondada de jardineiro, cuja finalidade auxiliar

    na retirada das mudas da sementeira para plantio definitivo.

    Devemos escolher as melhores mudas, eliminando as raquticas e deformadas, bem como, a que

    estiver agregada uma na outra.

    Fazer o transplante preferencialmente logo pela manh ou no fim da tarde e o canteiro j deve

    estar devidamente preparado e aguado

    As fileiras j devem estar previamente marcadas com um riscador pontiagudo.

    As pequenas covas devem ser feitas com um transplantador.

    No enterrar as mudas acima do colo da plantinha, evitando seu apodrecimento e morte. Portanto

    as folhas das mudas devem ficar totalmente fora da terra.

    Aguar levemente com regador de crivo fino (furos pequenos).

    2.1.1.5. ESPAAMENTO

    O plantio para a alface e chicria feito no espaamento de 25 X 25 cm e, especialmente para a

    chicria no espaamento de 30 X 30 cm.

    2.1.1.6. TRATOS CULTURAIS

    A alface e a chicria devem ser regadas diariamente pela manh ou tarde, para manter a umidade

    do solo, mas sem encharcar. O excesso de gua no canteiro uma das causas que provocam doenas

    nas plantas.

    O canteiro deve ficar sempre limpo, retirando-se as ervas daninhas para no prejudicar o

    desenvolvimento da alface ou da chicria.

    No que diz respeito ao preparo do solo necessrio que o canteiro j esteja devidamente adubado

    com um adubo orgnico, na proporo de 4 a 5 Kg/m do canteiro. O adubo preferido pelos

  • 21

    horticultores o esterco de curral, mas, podemos usar outro tipo de adubo orgnico que esteja mais

    disponvel ao horticultor.

    Complementar com uma adubao bsica antes do plantio, incorporando 30 g/m de N-P-K. Se o

    horticultor no dispuser de orientao tcnica para adubao qumica dessas hortalias folhosas, pode

    utilizar as tradicionais frmulas do N-P-K, j preparadas e comercializadas em pacotes tais como: a

    4-12-8, 4-16-8 ou a 10-10-10.

    Aps os 25 dias do plantio, faz-se a primeira adubao em cobertura ( em cima da

    terra do canteiro). Podemos aplicar 20 g/m de um adubo nitrogenado. Os adubosnitrogenados mais utilizados so: Sulfato de Amnio e a Uria.

    Eles so comercializados no varejo em pequenos pacotes nas casas comerciais credenciadas, que

    vendem produtos agropecurios.

    Uma forma mais eficiente de aplicar um desses tipos de adubo nitrogenado diluindo os

    mesmos em gua, na proporo de 10 g/10 litros de gua, utilizando-se para esta adubao um

    regador. Pode ser aplicado em cobertura com 20 g/m de Sulfato de Amnio.

    Em seguida faz-se uma rega somente com gua sobre os ps de alface ou da chicria. Es ta

    adubao deve ser repetida mais duas vezes, com um espao de 20 dias uma da outra.

    2.1.1.7. COLHEITA

    A colheita da alface e chicria ocorre no intervalo de 60 a 90 dias aps o transplante.

    Proceder o incio da colheita pelas plantas mais desenvolvidas, cortando-se os ps de alface, ouchicria, ao nvel do solo.

    No devemos colher alface aps o perodo de colheita, pois passado esse tempo alface torna-se

    imprestvel para o consumo, havendo elevao de ltex, surgindo um sabor amargo e folhas

    endurecidas.

    2.1.2. CEBOLINHA ( Allium fistulosum )

    2.1.2.1. VARIEDADE

    White Spear, Branca Tempor, Comum, De Todo Ano Evergreen Nebuka, e Galega.

  • 22

    2.1.2.2. ESPAAMENTO

    Nas fileiras que j devem estar previamente marcadas, faz-se as covinhas com o auxlio de umtransplantador e com uma profundidade de 2 a 3 cm. A distncia entre fileiras e das covas nas fileiras

    de 15 X 15 cm. Ou 20 X 30 cm.

    2.1.2.3. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO E INDIRETO

    2.1.2.3.1. PLANTIO DIRETO NO CANTEIRO

    O plantio direto no canteiro o mais usado em horta caseira, prtico e mais rpido, pois feito

    atravs da separao da touceira de uma planta adulta e j bem formada.

    Cada tufo (haste) separado da touceira serve para uma muda.Antes de plantar cada muda, cortam-se as folhas da cebolinha logo acima da parte branca

    denominada de colmo, que une as razes s folhas. Plantar uma muda por cova.

    2.1.2.3.2. PLANTIO INDIRETO PELA SEMENTEIRA

    Quando o plantio da cebolinha feito atravs de sementes, estas sero semeadas nas sementeiras,em sulcos com 0,5 cm de profundidade e com espao entre fileiras de 10 cm. A quantidade de

    sementes que sero utilizadas na sementeira de 2 g/m.

    Fechar os sulcos levemente sobre as sementes, juntando-se as laterais dos sulcos entre si ou cobriros sulcos com terra fina. Verificar o grau de germinao antes de adquirir as sementes.

    Cobre-se a sementeira com palha, capim ou saco de aniagem. Aps o plantio, fazer uma rega porcima da cobertura, evitando que as sementes sejam desenterradas. Quando as sementes comearem a

    germinar, o que acontece em torno de 10 dias, retirar a cobertura.

    As cebolinhas estando com mais ou menos 15 cm de altura, o que acontece aproximadamenteaos quarenta dias aps a semeao, devemos iniciar o transplante dessas mudas da sementeira para o

    canteiro definitivo.

    As mudas devem ser retiradas da sementeira sempre com o auxlio de uma pequena p cncava

    de jardineiro. Este procedimento tem por objetivo no danificar as razes das plantinhas. As mudas so

    colocadas em covas feitas com um transplantador.

    As regas devem ser feitas diariamente. Estas regas podem ser com um aguador de crivo fino,

    mangueira com bico de controle na sada ou com pequenos aspersores.

    O espaamento o mesmo utilizado no plantio direto, que de 15 X 15 cm.

  • 23

    2.1.2.4. TRATOS CULTURAIS

    Logo aps o plantio, fazer uma rega, mantendo o canteiro diariamente irrigado e mido. Acebolinha pode se desenvolver muito bem somente com adubao orgnica.

    Mas, caso o olericultor queira garantir uma boa produo, pode perfeitamente utilizar um adubo

    qumico misto.

    adubao qumica deve ser feita antes do plantio no canteiro. Fazendo uma adubao de base

    pelo menos uma semana antes do plantio, misturando o adubo qumico com o orgnico.

    No tendo um agrnomo para administrar as orientaes tcnicas, podemos fazer uma adubao

    com N-P-K, utilizando a frmula 4-12-8 ou a 4-16-8, na quantidade de 30 g/m do canteiro.

    Para a adubao orgnica, podemos utilizar o esterco de curral na proporo de

    4 kg/m do canteiro.

    2.1.2.5. COLHEITA

    Aps 60 dias do plantio feito diretamente no canteiro, podemos iniciar a colheita

    com as plantas que estiverem bem desenvolvidas e com uma altura aproximadamente de 30 cm. Nestecaso nos interessa mais a parte folhosa do que o bulbo da cebolinha.

    A colheita pode ser feita arrancando-se todas as plantas, ou cortando cada planta na sua partebranca (colmo) um pouco acima do solo. Neste ltimo mtodo haver novo rebrotamento da planta

    (soca) sem que seja necessrio novo plantio.

    2.1.3. COENTRO ( Coriandrum sativum )

    2.1.3.1. VARIEDADES

    Comum, Verdo, Nacional Palmeira, Portugus Pacfico, e Ouro.

    2.1.3.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO

    O plantio feito atravs de sementes, sempre de boa procedncia. Alguns olericultores

    costumam quebrar as sementes. Este mtodo consiste em colocar as sementes em um saquinho de pano

    e depois, pis-las levemente com um martelo ou outro instrumento apropriado.

    A semente de coentro tem a forma de uma esfera e quando ela quebrada mecanicamente, cada

    semente se divide em quatro partes. Cada parte utilizada como uma semente. Este mtodo evita que

  • 24

    as mudas nasam muito agregadas umas s outras, dificultando a separao das mesmas no perodo do

    desbaste. A quantidade de sementes utilizada para o plantio no canteiro de 2 g/m.

    As sementes so colocadas em sulcos transversais no canteiro definitivo. Os sulcos devem ficar

    com 0,5 cm. de profundidade e com um espaamento de 15 X 10 cm. Nos sulcos, as sementes devem

    ser colocadas bem espaadas uma das outras para evitar que no perodo da germinao, as plantinhas

    no fiquem muito prximas umas das outras.

    Em seguida cobrir os sulcos com uma fina camada de terra ou fechar cada sulco juntando-se osbordos dos mesmos sobre as sementes plantadas.

    Cobrir o canteiro com palha, capim seco ou saco de aniagem. Proceder logo em seguida uma rega

    em cima da cobertura que est sobre o plantio das sementes, evitando assim, o desenterramento das

    mesmas. Aguar diariamente com regador de crivo fino.

    Dependendo da variedade, a germinao acontece entre 4 a 10 dias. Aps a germinao retira-se

    a cobertura. Quando as plantas estiverem com 4 a 5 cm de altura, iniciamos o desbaste, retirandodos sulcos as plantas fracas, com defeitos ou aderidas umas nas outras, de modo que fique um espao

    de 10 cm entre as plantas no sulco. Desde o semeio evitar o mximo possvel que as plantas fiquem

    unidas.

    2.1.3.3. ESPAAMENTO

    Plantar no espaamento de 15 X 10 cm. ou 20 X 10 cm.

    2.1.3.4. TRATOS CULTURAIS

    A adubao orgnica tais como: esterco de curral, cama-de-galinha ou outro tipo de material

    orgnico indispensvel e s vezes a nica adubao realizada.

    Esta adubao deve ser bem curtida e incorporada ao canteiro na proporo de 4 Kg/m e com

    pelo menos, uma semana antes do plantio.

    Manter o canteiro sempre limpo de ervas e sachar ( escarificar com um sacho ) para afofar a terra,mantendo assim o solo sempre arejado.

    Aguar diariamente logo pela manh ou no fim da tarde.

    No caso da necessidade de complementar com uma adubao qumica, podemos tambm

    incorporar ao solo juntamente com a matria orgnica, 10 g/m no canteiro, de N-P-K na frmula de 4-

    12-8.

    As regas devem ser feitas diariamente, sempre usando um regador de crivo fino.

  • 25

    2.1. 3. 5. COLHEITA

    A colheita ocorre entre 30 a 40 dias e vai at a fase inicial da florao. Portanto, so realizadas

    duas colheitas. Aps a florao, o coentro fica com um cheiro muito ativo e imprprio para o consumo

    como tempero.

    2.1.4. COUVE, COUVE-FLOR E REPOLHO

    Essas hortalias so tratadas no mesmo item, por serem de cultivo igual.

    2.1.4.1. COUVE ( Brassica olercea var. acephala ).

    2.1.4.1.1. VARIEDADES DA COUVE

    Caldina, Manteiga 900 Legtima P Alto, De Todo Ano, Crespa, e Manteiga da Gergia.

    2.1.4.2. COUVE FLOR ( Brassica oleracea ver. Botrytis )

    2.1.4.2.1. VARIEDADES DA COUVE - FLOR

    An de Erfurt, Bola de Neve Precoce, Terespolis Gigante, Verona, Verona AG-I 184,

    Piracicaba Precoce, Florena AG 314, Hbrido Jaragu, Lenormand Quatro Estao, TerezpolesGigante, Viena Hibrido F1, Npoles Gigante, e Shiromaru-I,

    2.1.4.3. REPOLHO ( Brassica oleracea var. capitata )

    2.1.4.3.1. VARIEDADES DO REPOLHO

    Repolho 60 dias, Aoba, Astrus, Brunswick, Caribe, Chato de Quintal, Chato de So Diniz,Corao de Boi Gigante, Kenzan, Matsukas, Louco de Vero, Das 4 Estaes, Red Rock Roxo,Thaishia Hibrido F1, Sabana, e Saturno.

    2.1.4.4. SEMEADURA PARA PLANTIO DIRETO E INDIRETO DA COUVE, COUVE-FLOR E DO REPOLHO

    Apenas a couve pode ter seu plantio feito direto ou indireto. A couve-flor e o repolho tm o seu

  • 26

    semeio feito indiretamente atravs da sementeira, para que as mudas sejam posteriormentetransplantadas definitivamente no canteiro.

    2.1.4.4.1. MTODO DE PLANTIO ESPECIALMENTE PARA A COUVE

    DIRETAMENTE NO CANTEIRO

    O plantio da couve tambm chamada de couve de folha, tanto pode ser feito atravs de

    sementeira, como tambm, diretamente no canteiro atravs de brotos.

    Os brotos so retirados de uma planta adulta, que foi cultivada propositadamente em um local fora

    do canteiro.

    As melhores mudas so provenientes dos brotos localizados na base da planta.

    Essas mudas so plantadas deixando-se apenas as folhas fora do cho.

    A variedade da couve manteiga feita preferencialmente, pelo plantio de

    brotos laterais (estacas) que so retirados do caule da planta-me.Outro mtodo utilizar o prprio p da couve como muda. Aps ter sido colhido o

    p de couve, as folhas so retiradas para o consumo e em seguida corta-se o tronco da

    couve aproximadamente 15 cm acima das razes.

    Plantar esta parte do caule com a raiz principal (estaquia) em cova com mais ou menos 4 a 5 cmde profundidade.

    A parte do caule com a raiz principal que vai servir de muda deve ficar enterrada na cova acima

    da raiz.

    Para fazer as covas utilizamos o transplantador.

    O plantio por brotos e estacas do caule com raiz so os mtodos mais simples e prticos utilizadosnas hortas domstica e comunitria.

    Aguar logo aps o plantio e manter o canteiro diariamente aguado.

    2.1.4.4.2. SEMEIO INDIRETO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE DA

    COUVE, CUVE-FLOR E REPOLHO

    No mtodo de plantio atravs de sementeira o processo igual para a couve, couve-flor e repolho.As semeaduras dessas hortalias so feitas em sementeira, com sementes selecionadas.

    O espaamento entre sulcos de 15 cm, com profundidade de 1 cm. A quantidade de

  • 27

    sementes utilizada de 2 g/m.

    As sementes devem ser colocadas nos sulcos manualmente, de modo que fiquem mais ou menosafastadas umas das outras para facilitar posteriormente o desbaste.

    Cobrir os sulcos com terra fina e em seguida colocar uma cobertura de palha, capim seco ou sacode aniagem, at a germinao das sementes.

    Aguar logo em seguida, mantendo a sementeira diariamente irrigada e mida.

    As sementes tm seu incio de germinao aps 3 a 5 dias do plantio quando devemos retirar

    definitivamente a cobertura.

    2.1.4.4.3. TRANSPLANTE

    No momento em que, a couve, couve-flor ou o repolho j estiverem com 4 a 6 folhas que

    acontece em torno de 20 a 30 dias, as mudas j podem ser transplantadas com uma pazinha para o

    canteiro definitivo que j deve est devidamente preparado e regado.

    Para o plantio das mudas em covas utilizamos o transplantador. As folhas das mudas

    transplantadas devem ficar fora da terra. Devemos usar sempre as mudas mais vigorosas, desprezando-se as raquticas e deformadas.

    2.1.4.4.4. ESPAAMENTO

    Os espaamentos no canteiro variam de conformidade com a variedade e o tamanho da hortalia

    que se deseja produzir.Tanto para a couve, couve-flor e o repolho, os espaamentos variam, sendo que os mais

    utilizados so: 50 X 50 cm; 60 X 40 cm; 60 X 60 cm; 70 X 50 cm; 80 X 40 cm; e 80 X 50 cm.

    2.1.4.4.5. TRATOS CULTURAIS

    . Os tratos culturais mais importantes so: capina, irrigao, adubao de base e adubao de

    cobertura.

    Pelo menos uma semana antes do plantio, devemos fazer uma adubao orgnica na quantidadede 4 Kg/m do canteiro, juntamente com um adubo qumico de N-P-K na frmula de 4-16-8 e naquantidade de 30 g/m. O adubo orgnico deve estar bem curtido, para evitar uma possvel queima das

    plantas. Fazer tambm algumas irrigaes no canteiro antes do plantio.

    Para o repolho e a couve flor, incluir tambm uma adubao qumica de Brax na quantidade de

    30 g/m junto com a adubao de N-P-K. Essa adubao complementar tem por objetivo ajudar na

  • 28

    formao da cabea do repolho e da couve-flor, evitando que as mesmas fiquem fofas ou ocas. Fazer

    uma rega logo aps a adubao.

    Aps o plantio, devemos fazer uma aplicao de um adubo nitrogenado em

    cobertura, na proporo de 50 g/m do canteiro. Da por diante, repetir esta adubao mais duas vezes

    de 15 em 15 dias. Pode ser diludo em gua e regar direto no solo.

    Os adubos nitrogenados mais usados so: Sulfato de Amnio e Uria. A aplicao destes adubos

    pode ser feita a lano sobre o canteiro. Proceder logo em seguida uma irrigao.

    Estas trs hortalias preferem um solo mais argiloso a um solo arenoso, mas, sempre bem

    adubado com adubo orgnico e, se possvel, complementar com uma adubao qumica.

    A couve deve ser aguada diariamente mantendo o canteiro sempre mido

    Para o repolho a partir do 2 dia do plantio, irrigar trs vezes por semana durante trinta dias e duas

    vezes por semana, a partir deste perodo.

    A couve-flor uma planta altamente exigente em gua, portanto, devemos aguar

    duas vazes ao dia principalmente no perodo de vero.

    2.1.4.4.6. COLHEITA

    No caso da couve podemos iniciar a colheita com 60 dias aps o plantio.

    Para a couve-flor e o repolho, a colheita tem seu incio 80 dias aps o plantio e vai at os 130 dias,

    dependendo da variedade cultivada.

    Uma semana antes da colheita da couve-flor, coloca-se uma folha da prpria planta sobre a cabea

    (flores) para manter uma colorao mais branca da parte comestvel.

    Ao colher o repolho e a couve-flor, devemos manter agregadas s folhas mais prximas da

    cabea para maior proteo e conservao do produto.

    2.1.5. SALSA (Petroselinum crispum )

    2.1.5.1 VARIEDADES

    Comum Lisa, Crespa Francesa, Crespa Extra, Lisa Grande Portugus, e Santa Cruz.

    2.1.5.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO

    Faz-se o plantio em sulcos com uma profundidade de 0,5 cm no canteiro definitivo. Utilizamos

  • 29

    1 g/m do canteiro, de semente.

    Devemos adquirir sementes de boa qualidade. Colocar as sementes nos sulcos espaadas umas dasoutras, para evitar que as plantinhas ao nascerem, fiquem agregadas umas nas outras. Em seguida ao

    plantio, cobrem-se os sulcos com terra fina.

    Proteger as sementes com uma cobertura de palha, capim seco ou saco de aniagem fazendo logo

    em seguida uma rega.

    Quando as sementes comearem a germinar, o que acontece entre 10 a 15 dias aps o semeio,

    retirar definitivamente a cobertura que foi colocada sobre o canteiro.

    2.1.5.3. ESPAAMENTO

    Plantar no espaamento de 20 X 10 cm ou no de 30 X 10 cm.

    2.1.5.4. TRATROS CULTURAIS

    Fazer irrigao diria para manter a umidade do solo

    O canteiro j deve estar previamente adubado com esterco de curral ou outro adubo orgnico na

    quantidade de 2 kg/m do canteiro.

    Para garantir uma boa produo podemos complementar com uma adubao qumica de base. O

    adubo a ser incorporado ao solo o N-P-K, na frmula 10-10-10 e na quantidade de 30 g/m do

    canteiro. Fazer em seguida uma rega.

    Quando as plantas estiverem com 3 a 4 centmetros de altura e com duas folhas definitivas,

    devemos fazer o desbaste, deixando as mais vigorosas com espao de 10 cm umas das outras no sulco.

    .1.5.5. COLHEITA

    Dependendo da variedade, a colheita ocorre entre 50 a 90 dias aps a semeadura, quando as

    plantas atingem cerca de 10 cm de altura.

    Colher as folhas maiores da salsa cortando os pecolos ( cabos ) das folhas logo acima da

    superfcie do solo. As folhas menores devem ser preservadas para que as plantas continuem a produzir,

    assim haver renovao na brotao e o perodo de colheita se prolongar por 2 a 3 meses.

  • 30

    2.2. CULTIVO DAS HORTALIAS DO GRUPO DOS FRUTOS

    2.2.1. BERINJELA (Solanum melongena )

    2.2.1.1. VARIEDADES

    Alana, Cia Hibrida F1, Comprida Roxa, Beleza Negra, Embu, Flrida da Mata Alta, Nova York,

    e Florida Market.

    2.2.1.2. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE

    As sementes devem ser de boa qualidade. Proceder o semeio na sementeira em sulcos com

    profundidade de 0,5 cm ( meio centmetro ).

    Colocar as sementes mais ou menos distanciadas uma das outras evitando que, ao germinar, asplantinhas fiquem agregadas. O espaamento usado entre os sulcos e as plantas aps o desbaste na

    sementeira de 12 X 12 cm, usando-se 3 g/m de sementes.

    Cobrir os sulcos com areia fina e em seguida colocar uma cobertura que pode ser de palha, capim

    seco ou saco de aniagem. As sementes ficam protegidas at a sua germinao, que tem incio de 7 a 12dias.

    Manter a sementeira sempre irrigada sem encharcar a terra. Logo que as plantinhas estiveremcom 2 a 3 cm de altura, damos incio ao desbaste, mantendo uma distncia de 12 cm entre plantas nos

    sulcos.

    2.2.1.3. TRANSPLANTE

    Quando as mudas estiverem com 3 a 4 folhas, o que acontece de 25 a 30 dias faz-se o transplantepara o canteiro definitivo. Retirar as mudas da sementeira sempre com uma pazinha de jardineiro paratransplante. Para fazer as covas utilizamos o transplantador.

    2.2.1.4. ESPAAMENTO

    Plantar no espaamento de 60 X 50 cm ou no de 80 X 50 cm.

  • 31

    2.2.1.5. TRATOS CULTURAIS

    Irrigar uma vez por dia sem encharcar, de preferncia, no incio da manh ou no fim da tarde .

    Manter o canteiro sempre irrigado e fazer capinas quando necessrio. Adubar com esterco de

    curral na proporo de 1,5 Kg/m do canteiro.

    Podemos complementar tambm, com uma adubao qumica de N-P-K na frmula de 14-

    16-8 e na proporo de 30 g/m. Tanto a adubao qumica, como a orgnica, so incorporadas ao solodo canteiro pelo menos uma semana antes do plantio.

    2.2.1.6. COLHEITA

    Dependendo da variedade, a colheita vai dos 60 aos 120 dias e pode se prolongar por at 90 dias. Oponto de colheita quando os frutos esto bem coloridos, porm com polpa macia. A colheita feita

    cortando-se o pednculo, deixando-se 4 a 5 cm do mesmo, aderido ao fruto.

    2.2.2. MAXIXE ( Cucumis anguria )

    2.2.2.1. VARIEDEDES

    Comum, Maxixe Liso Calcut, e Maxixe do Norte.

    2.2.2.2. ESPAAMENTO

    Plantar no espaamento de 60 X 60 cm ou no de 80 X 40 cm.

    2.2.2.3. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO

    O semeio feito com sementes selecionadas, diretamente em canteiro definitivo em sulcos comuma profundidade de 1 cm. Usar 2 g/m de sementes no canteiro. .

    Nos sulcos as sementes so distribudas manualmente, procurando-se manter desde logo, certadistncia entre elas, para facilitar o desbaste das plantinhas quando nascerem.

    Cobrir as sementes com palha ou outro tipo de cobertura, at a germinao das mesmas. Fazer

    uma rega logo em seguida.

    A germinao das sementes se d de 5 a 7 dias. Proceder o raleamento, que a retirada do excesso

    de plantas no sulco. . Esse raleamento ser feito quando as plantas estiverem com 2 a 3 folhas

  • 32

    definitivas. Aps o raleamento, deixar apenas uma planta com a distncia de 40 a 60 cm entre elas nosulco, conforme o espaamento escolhido.

    Tambm podemos fazer o plantio em covas. Para fazer as covas usamos o transplan-

    tador. Semeiam-se 4 a 5 sementes por cova, com uma profundidade de 1cm. As distncias entre fileirase covas, so as mesmas do plantio em sulcos.

    Quando as plantas j estiverem com 2 a 3 folhas definitivas, faz-se o raleio das plantas; deixando-se apenas uma ou no mximo, as duas melhores em cada cova.

    2.2.2.4. TRATOS CULTURAIS

    Revolver bem a terra do canteiro. Pelo menos uma semana antes do plantio, fazer uma adubaoorgnica, de preferncia, com o esterco de curral na proporo de 1,5 kg/m do canteiro. Podemos

    adicionar tambm ao adubo orgnico, uma adubao qumica, usando-se 30 g/m do canteiro de N-P-

    K, na Frmula 14-16-8.

    Irrigar diariamente, de preferncia pela manh ou no final da tarde.

    Manter o canteiro diariamente aguado.

    2.2.2.5. COLHEITA

    Dependendo da variedade, a colheita se inicia em torno de 60 dias aps o plantio e Pode se

    prolongar por at mais de 30 dias.

    2.2.3. PEPINO ( Cucumis sativus ); E ABOBRINHA ( Cucurbita pepo )Essas hortalias so tratadas no mesmo item por serem de cultivos semelhantes

    2.2.3.1. VARIEDADES

    2.2.3.1.1. VARIEDADES DO PEPINO

    Aodai Nazar, Ashley, Caipira, Chicago, Ginga, Bab de Vero, Esmeralda, Imperador, Japons,Jia, Marketer, Midori, Monark, Nark Paulistano, Seiriki Verde, Sprint 440 S, Vitria, e VerdeComprido Ingls.

  • 33

    2.2.3.1.2. VARIEDADES DA ABOBRINHA.

    2.2.3.1.3. Fiorella Hbrido F1, Menina Brasileira Precoce, Menina Verde, Abobrinha

    Cacerta Italiana, Caserta CAC, Pira Moita, Calabacn, e Sumaia Hbrida F1.

    2.2.3.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO

    O plantio feito pela semeadura direta na cova ou no sulco, tanto na cultura rasteira, como na

    estaqueada.

    2.2.3.3. SEMEADURA EM PLANTIO INDIRETO

    Alguns olericultores profissionais do preferncia semear em copo de plstico descartvel de

    200cc com um furo no fundo do copo. O copo cheio com terra e adubo orgnico peneirados. Em

    cada copo colocado uma semente. Os copos so colocados em bandeja de isopor que ficamprotegidos em uma estufa. ( local coberto ).

    As mudas estaro prontas para serem transplantadas quando tiverem com o primeiro par de folhas

    definitivas ou cerca de 10 cm de altura.

    2.2.3.4. ESPAAMENTO

    Para o pepino e abobrinha cultivados em canteiro, sempre trabalhamos com espaamentos

    menores. Se o espaamento do canteiro for de um metro de largura o plantio da abobrinha pode serfeito nos espaamentos de 80 x 60 cm, e o do pepino no de 80 X 40 cm ou no de 60 X 60 cm. Emcanteiro com largura de um metro e vinte, podemos utilizar para ambos, o espaamento de 100X 60cm.

    2.2.3.5. PLANTIO DIRETO EM COVAS

    O canteiro j deve estar previamente preparado, nivelado, adubado e aguado, conformeorientao contida nos tratos culturais.

    Marcamos no canteiro as fileiras dentro do espaamento j determinado. O plantio feito pela

    semeadura direta em covas, com profundidade de 2 a 3 cm.

    Um mtodo fcil para selecionar sementes de abobrinha para o plantio colocar as sementes em

    um depsito com gua e s plantar as que afundarem, descartando as que ficarem boiando.

    Para fazer as covas utilizamos o transplantador. Nas covas semea-se de 4 a 5 sementes.

    Dependendo da variedade a germinao tem seu incio de 3 a 6 dias aps o plantio.

  • 34

    2.2.3.6. PLANTIO DIRETO EM SULCOS

    Com um transplantador podemos fazer os sulcos riscando o cho longitudinalmente e com uma

    profundidade de 2 a 3 cm. Colocar nos sulcos as sementes bem espaadas umas das outras, para que as

    plantas ao nascerem no fiquem agregadas, dificultando posteriormente o desbaste. Aps o semeio

    cobrir os sulcos com terra fina.

    2.2.3.7. TRATOS CULTURAIS

    Manter o canteiro diariamente irrigando e mido, principalmente no perodo de vero.

    Quando as plantas estiverem com 2 a 4 folhas, o que acontece 15 dias aps a germinao, faz -se o

    desbaste deixando-se apenas uma, ou no mximo as duas plantas mais vigorosas no espaamento de 40

    ou 50 cm entre plantas no sulco, ou entre covas.

    No plantio com estacas, deixamos apenas uma planta por cova.

    O cultivo por estaqueamento serve para que as ramas possam subir. Portanto, os frutos daabobrinha ou do pepino, nascem na parte superior sem contato com o cho.

    Quando o plantio feito com o uso de tutores, como o caso principalmente da abobrinha, logo

    aps o desbaste, colocamos uma vara (tutor) bem fincada ao lado de cada cova.

    As varas devem ter o comprimento de 2 m a 2,5 m que so colocadas em cada cova. J para o

    pepino, o mtodo de plantio mais utilizado o rasteiro que o mais simples pois as variedades

    rasteiras no necessitam de estacas para o seu desenvolvimento. A variedade Aodai a mais indicadapara o plantio rasteiro.

    No plantio da abobrinha, o mtodo preferido o de estaqueamento.

    A adubao de base pode ser feita com a mistura de um adubo qumico e um orgnico que so

    incorporados ao solo do canteiro antes do plantio.

    A quantidade de esterco de curral ou outro tipo de adubo orgnico de 4 kg/m do canteiro.

    Na adubao qumica com N-P-K podemos utilizar a frmula 4-16-8, na quantidade de 100 g/mdo canteiro.

    As adubaes nitrogenadas, que so feitas em cobertura quinzenalmente, so muito importantes

    para a boa produtividade, porque o nitrognio aumenta o nmero de flores femininas. Esta adubao

    alm de influir na manuteno das flores, concorre para a boa formao dos frutos.

    A primeira adubao nitrogenada deve ser feita por ocasio do desbaste e a segunda a partir do

    incio da formao dos frutos. Aplica-se em cada adubao, 10 g/m do canteiro, de Sulfato de Amnio

    ou Uria.

  • 35

    Este adubo pode ser colocado a lano sobre o solo ou diludo em gua na proporo de 10 g/10

    litros de gua. Deve-se utilizar um regador para facilitar nesta adubao. Regar aps cada adubao.

    2.2.3.8. COLHEITA

    Dependendo da variedade, a colheita tem seu incio dos 60 aos 90 dias aps o plantio

    prosseguindo at 3 meses.

    O pepino ou abobrinha a serem colhidos devem ser tenros e com um comprimento em torno de 20

    cm. A colorao externa do pepino deve estar bem verde.

    Para colher a abobrinha ela deve estar com uma colorao verde clara.

    Ainda no caso da abobrinha, dependendo da preferncia do consumidor e da finalidade de seu uso,

    ela pode ser colhida tambm quando estiver madura.

    2.2.4. PIMENTO ( capsicun Annuum ); e PIMENTA (capsicum frutescens )

    2.2.4.1. VARIEDADES

    2.2.4.1.1. VARIEDADES DO PIMENTO

    All Big, Maravilha da Califrnia, Baro,Amrica, Casca Dura, Pimento Comprido, Rei dos Rubis, Yolo Worder. Baro, Ciro, Bruna, rio,Otto, Donatelo Hibrido F1, Bellfort, Bruno Hbrido F1, Rubi, Giant, Otto Tibrius Hbrido F1, eMarta.

    2.2.4.1.2. VARIEDADES DA PIMENTA

    Cayena Vermelha Comprida, Cumar, Cereja, Comprida Amarela, Cayenne Dedo de Moa,

    Malagueta, Lupi, Lupeta, Cambuci Chapu de - Bispo, Vulco, e as variedades de Pimenta deCheiro.

    2.2.4.2. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE

    feito em sementeira para posterior transplante usando-se 3 g/m de sementes com umespaamento de 10 X 10 cm. Fazer os sulcos nas sementeiras com uma profundidade de 1 cm.

  • 36

    Colocar as sementes dentro dos sulcos dando uma pequena distncia entre as sementes, de modo que

    as plantinhas ao nascerem no fiquem agregadas uma na outra.

    Aps o semeio fechar os sulcos com terra fina. Cobrir a sementeira com palha, capim ou saco de

    aniagem.

    Fazer uma rega e manter a sementeira sempre mida. A germinao tem seu incio de 8 a 10 dias

    aps o plantio. Logo aps a germinao, tirar imediatamente a cobertura da sementeira.

    2.2.4.3.TRANSPLANTE

    Quando as plantas j estiverem com 15 cm de altura, em torno de 25 a 45 dias de

    sementeira, deve ser feito o transplante utilizando uma pazinha cncava de jardineiro para retirar as

    mudas da sementeira.

    No canteiro definitivo, que deve est devidamente preparado e regado, usa-se o transplantador.

    Devemos escolher as melhores mudas evitando as raquticas e com defeitos.

    2.2.4.4. ESPAAMENTO

    Plantar nos espaamentos de 60 X 60 cm ou no de 80 X 40 cm.

    2.2.4.5. TRATOS CULTURAIS

    Manter o canteiro diariamente irrigado, preferencialmente pela manh e no final da tarde.

    O canteiro j deve estar previamente irrigado e adubado com esterco de curral ou outro tipo de

    adubo orgnico, pelo menos uma semana antes do plantio.

    Para esta adubao de base pode ser utilizado o esterco curral na quantidade de

    2 Kg/m do canteiro. Este adubo deve ser bem misturado com a terra do canteiro juntamente com a

    adubao qumica. Fazer uma rega aps cada adubao.

    Para complementar a adubao orgnica recomendada uma adubao de N-P-K na frmula

    14-16-8, na dosagem de 50 g/m.

    2.2.4.6. COLHEITA

    Dependendo da variedade do pimento e da pimenta, a colheita tem seu incio entre

    os 3 a 4 meses aps a semeadura e pode se prolongar por mais 2 a 3 meses.

  • 37

    2.2.5. QUIABO ( Abelmoschus esculentus )

    2.2.5.1. VARIEDADES

    Valena, Mau, Santa Cruz 47, White Velvet, An Verde, Campinas 2, Chifre de Veado, e GreenVelvet,

    2.2.5.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO

    2.2.5.3. ESPAAMENTO

    Plantar no espaamento de 60 X 30 cm ou no de 80 x 40 cm.

    2.2.5.4. TRATOS CULTURAIS

    A quantidade de sementes utilizadas de 2 g/m do canteiro. As sementes so colocadas em

    covas com a profundidade de 2 a 3 cm, deixando-se 3 a 5 sementes por cova.

    As sementes devem ser colocadas de molho, em gua, um dia antes do plantio, para facilitar a sua

    germinao.

    Utilizar o transplantador para fazer as covas. A germinao se faz entre 4 a 7 dias aps o plantio..

    Costuma-se tambm plantar o quiabo fora do canteiro, economizando espao para

    outras hortalias. Sendo o quiabeiro uma planta rstica, ele pode ser plantado prximo ao muro,

    mureta ou passarelas, desde que mantenha uma distncia de pelo menos 40 cm destes obstculos.

    Irrigar o canteiro diariamente pela manh ou no fim da tarde.

    A adubao feita com esterco de curral bem curtido, na proporo de 4 Kg/m do canteiro; ou

    outro tipo de adubo orgnico.

    Para garantir uma boa produo podemos misturar um adubo qumico com o adubo orgnico.

    O adubo qumico a ser utilizado o N-P-K na frmula 14-16-8 usando-se a dosagem de 30 g/mdo canteiro. Fazer uma rega aps adubao.

    A semente do quiabo muito sensvel ao contato direto com o adubo qumico, portanto para

    evitar danos s sementes devemos localizar o adubo no fundo de cada cova protegendo a semente com

    uma pequena camada de terra. Fazer uma rega logo em seguida adubao.

  • 38

    Aps quinze dias do nascimento das plantas, faz-se a primeira adubao nitrogenada, repetindo-se

    quinzenalmente por mais duas vezes.

    A adubao nitrogenada feita em cobertura usando-se Sulfato de Amnio ou Uria, na

    proporo de 10 g/m do canteiro. Esta adubao pode ser a lano sobre o canteiro ou diludo em gua,

    tambm na proporo de 10 g/ 10 litros de gua, usando-se um regador.

    O desbaste das plantinhas deve ser feito 20 a 30 dias, aps a germinao, deixando-se apenas umaplanta por cova.

    Devemos manter apenas a haste principal da planta eliminando todos os brotos lateraissecundrios. Esta operao evita o crescimento de brotos improdutivos, que prejudicam o

    desenvolvimento e crescimento da planta.

    2.2.5.5. COLHEITA

    A colheita principia 60 a 80 dias aps a semeadura prolongando-se por mais 70 a 80 dias.

    O ponto ideal de colheita dos quiabos quando os mesmos esto bem tenros, de tal modo que

    a ponta do quiabo quebre ao ser levemente pressionado com as pontas dos dedos.

    2.2.6. TOMATE ( Lycopersicum esculentum )

    2.2.6.1. VARIEDADES

    grande o nmero de variedades, principalmente no que se refere ao tamanho do fruto, que vai

    desde os pequenos ( tomate cereja ), mdios ( tomate caj ou pra ), at os de frutos de grande porte (

    tomate salada ).O grupo do tomate Santa Cruz tem por caracterstica ser bilocular, isto , existem apenas duas

    cavidades internas. Dando-se um corte transversal no tomate observamos duas cavidades.

    O tomate do grupo Salada abrange todas as variedades pluriloculares. Num corte transversalpodemos verificar de 5 a 10 lculos ( cavidades ) ou at mais de dez.

    Atualmente os rgos de pesquisa esto trabalhando em variedades mistas que

    sero utilizadas tanto nas indstrias como na culinria caseira.

    O Instituto de Pesquisa Agropecuria de Pernambuco - IPA est produzindo o hbrido SM-16com tomate grado, que atende perfeitamente os dois objetivos.

    No caso de plantio em canteiro devemos dar preferncia s variedades rasteiras que no

    necessitam de estacas ou tutoramento para suporte das plantas.

  • 39

    2.2.6.1.1. VARIEDADES DO GRUPO SALADA

    Absoluto Hbrido F1, Ellen Hbrido F1, Sotero, Gacho melhorado, Colossus, Corao de Boi,

    Donatto Hbrido F1, Floradel, Foremost E-21, La Planta, Manalucie, Sekaiich, Tropic Ma deIberit, e Marguerit hbrido F1.

    2.2.6.1.2. VARIEDADES DO GRUPO SANTA CRUZ

    Santa Cruz IPA6, Clarisse, Santa Clara 5800, Santamlia, ngela IAC, Bocaina, kada Gigante,

    Miguel Pereira, Nagasaki, Piedade Gigante, Roquesso, Samano Gigante, Sul Brasil, e So SebastioBocaina.

    2.2.6.1.3. VARIEDADES DO GRUPO CEREJA E ESPECIALIDADES

    Cascade Hbrido F1, Flamel, Vedete, Tomate Cereja, Tomate de Caqueira, Tomate do Mato ouTomate Bravo.

    2.2.6.2. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE

    A sementeira deve estar previamente adubada e regada uma semana antes do plantio, usando-se

    um adubo orgnico na quantidade de 4 kg/m.

    Para o semeio utilizamos 2 a 3 g/m de sementes selecionadas. Fazer sulcos distanciados entre se

    com 10 cm e com uma profundidade de 2 cm. As sementes so colocadas nos sulco procurando

    manter uma pequena distncia entre elas.

    Cobrir os sulcos com areia fina. Em seguida, aps o semeio, faz-se o sombreamento da sementeiracobrindo-os com palha seca ou saco de aniagem, que retirado aps a germinao e de

    preferncia no fim da tarde. Irrigar a sementeira duas vezes por dia, pela manh e tarde, usando-se um

    regador com crivo fino.

    A germinao varia de acordo com a variedade que fica em torno de 4 a 7 dias.

    Aproximadamente 10 dias aps a germinao, efetua-se o desbaste das mudas mantendo-se distncia

    de 3 cm entre plantas.

    2.2.6.3. TRANSPLANTE

    Quando as mudas j estiverem com 4 a 5 folhas definitivas, o que ocorre aproximadamente entre

    25 a 30 dias aps o semeio, faz-se o transplante com uma parzinha cncava de jardineiro para o

    canteiro ou outro local no caso do tomate cereja.

  • 40

    2.2.6.4 ESPAAMENTO

    Dependendo da variedade e por se tratar de plantio em canteiro, podemos adotar espaamentos

    mais estreitos tais como: 80 X 40 cm; 80 X 50 cm; ou 80 X 60 cm.

    2.2.6.5. TRATOS CULTURAIS

    O canteiro deve ser previamente aguado antes do transplante, iniciando-se no dia seguinte airrigao. O solo deve ser diariamente regado com uma quantidade adequada de gua, mido, mas sem

    encharcar a terra.

    No irrigar em cima das folhas, para evitar doenas. A irrigao do tomateiro feita diretamente no

    solo para evitar a irrigao por cima das folhas.

    Fazer adubao com esterco de curral bem curtido uma semana antes do semeio, usando-se

    esterco de curral na quantidade de 4 Kg/m do canteiro. Junto ao adubo orgnico, incorporamostambm no canteiro uma adubao qumica de N-P-K, que pode ser a frmula 4-14-8, na proporo

    de 30 g/m do canteiro. Fazer uma rega aps cada adubao.

    Aos 12 dias aps o transplante, se faz a primeira adubao em cobertura com um adubonitrogenado que pode ser Sulfato de Amnio ou Uria. A quantidade a ser utilizada de 30 g/m do

    canteiro a lano ou diludo em gua usando-se um regador de crivo fino.

    Aps a primeira adubao de cobertura faz-se mais 3 adubaes mantendo um espao de 20 dias

    uma da outra.

    Em todas as 3 adubaes nitrogenadas usamos a mesma quantidade de adubo da primeira

    adubao de cobertura, 30 g/m do canteiro. O adubo nitrogenado pode ser feito a lano e em seguidaregar, ou diludo em gua usando-se um regador de crivo fino. Manter o canteiro sempre limpo de

    ervas daninhas e regar diariamente.

    No caso do plantio das variedades de grande porte que necessitam de tutores (estacas), quando asmudas estiverem com 25 a 30 cm de altura faz-se o estaqueamento.

    Podemos usar o mesmo mtodo de estaqueamento, que j foi explicado no cultivo do pepino e da

    abobrinha. O tomate rasteiro dispensa o estaqueamento.

    Na medida em que a planta vai crescendo, vai se fazendo a amarrao da mesma, na estaca de

    suporte, que foi fincada em cada cova, ao lado do p de cada planta.

    Nestas variedades recomendado fazer-se a desbrota que consiste na eliminao de todos os

    brotos que forem surgindo nos pednculos das folhas. Este desbaste necessrio porque eles so

    improdutivos e retiram a seiva da planta.

  • 41

    2.2.6.6. COLHEITA

    Dependendo da variedade, a colheita tem seu incio mais ou menos aos 60 dias aps o transplante

    e vai at os 120 dias. Iniciar colhendo os tomates que j estejam com a pelcula de colorao rosada

    ou vermelha.

    2.3. CULTIVO DAS HORTALIAS DO GRUPO DAS TUBEROSAS

    2.3.1. BETERRABA (Beta vulgaris )

    2.3.1.1. VARIEDADES

    Chata do Egito, Katrina, Rubra Hbrido F1, Tall Top Early Worden, Bola Vermelha (Red Ball),Wonder, Egiptian, Redonda Tempor, e

    Redonda de Bassan

    .

    2.3.1.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO

    O plantio feito diretamente em canteiro definitivo, em sulcos longitudinais e com a profundidade

    de 2 cm. As sementes so colocadas nos sulcos com uma distncia de mais ou menos 5 cm umas das

    outras. A quantidade de sementes utilizadas de 2 g/m do canteiro. Em seguida cobrir os sulcos com

    terra fina.

    Como a germinao muito baixa, deve ser feita emerso das sementes em gua durante 12

    horas antes da semeadura. A germinao tem seu incio de 6 a 12 dias. A irrigao deve ser diria,

    iniciando-se logo aps o plantio.

    O desbaste deve ser feito quando as plantas estiverem com 15 cm de altura, deixando-se umaplanta a cada 10 cm no sulco.

    2.3.1.3.. ESPAAMENTO

    Plantar em um dos espaamentos: 20 X 10 cm, 25 X 10 cm; 30 X 10 cm ou no de

    30 X 15 cm.

    2.3.1.4. TRATOS CULTURAIS

    A adubao deve ser leve e com pouco adubo orgnico para no atrofiar a beterraba e as folhas

  • 42

    no se multiplicarem em grande quantidade.

    Pois o desenvolvimento do tubrculo que nos interessa.

    As adubaes devem ser incorporadas ao solo uma semana antes do plantio.

    Devemos aplicar 2 Kg/m do canteiro com esterco de curral bem curtido. Fazern tambm umaadubao qumica de N-P-K na frmula 4-16-8. A dosagem a ser aplicada de 30 g/m do canteiro.

    O solo deve ser areno-argiloso, isto mais arenoso do que argiloso (barrento), para

    no prejudicar o desenvolvimento da beterraba. Manter o canteiro sempre limpo de ervas daninhas.

    A beterraba necessita de uma boa aguao durante todo o seu perodo de crescimento. A falta degua torna a raiz tuberosa lenhosa e reduz a produtividade.

    A irrigao diria deve manter o solo sempre mido.

    Quando os tubrculos de beterraba comearem a se desenvolver, devemos cobri-los na partesuperior com terra, para no deixar parte da beterraba exposta ao sol.

    2.3.1.5. COLHEITA

    A colheita tem seu incio aos 60 dias aps o plantio. Dependendo da variedade, pode se prolongar

    at por mais dois meses.

    2.3.2. CENOURA ( Daucus carota )

    2.3.2.1. VARIEDADES

    Nantes, Curta da Holanda, Braslia Irec, Alvorada, Gigante de Flakker, Joshi Hbrido F1,Imperador, Kuroda, Shin Kuroda, Saint Valery, e Zanahoria.

    2.3.2.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO

    O canteiro deve estar previamente irrigado e adubado com esterco de curral antes do semeio.

    O plantio feito em canteiro definitivo, em sulcos com profundidade de 1 cm e mantendo o

    espaamento de 5 cm entre plantas no sulco aps o desbaste.

    A quantidade de sementes utilizadas de 2 g/m do canteiro. As sementes so colocadas nos

    sulcos de maneira contnua, mas distanciadas umas das outras. Lembrando que, a semente deve ser

    adquirida em uma casa credenciada pelo Ministrio da Agricultura.

  • 43

    Cobrir os sulcos com terra fina e, em seguida, colocar uma cobertura de palha seca, sacos de

    aniagem ou outro tipo de cobertura at a germinao da mesma. Fazer uma rege aps o semeio e

    manter o solo mido. A germinao tem seu incio dos 7 aos 12 dias.

    Retirar a cobertura aps a germinao. Quando as plantas j estiverem com 4 a 5 folhas, o que

    acontece aproximadamente aos 20 dias aps a germinao, devemos fazer o primeiro desbaste,

    deixando-se as mais vigorosas espaadas de 2 a 3 cm uma das outras.

    Vinte dias depois do primeiro raleamento, deve ser feito novo desbaste, deixando-

    se as plantas separadas no sulco, com o espaamento definitivo de 5 cm.

    2.3.2.3. ESPAAMENTO

    Plantar em um dos espaamentos de 20 X 5 cm, 20 X 10 cm e 25 X 10 cm.

    2.3.2.4. TRATOS CULTURAIS

    A adubao feita uma semana antes do semeio colocando-se 4 Kg/m do canteiro, de esterco de

    curral ou outro tipo de adubo orgnico. A adubao qumica deve ser incorporada ao solo juntamente

    com o adubo orgnico. Fazer uma adubao com N-P-K na frmula 4-16-8 aplicando-se umadosagem de 30 g/m.

    Manter o canteiro diariamente irrigado, preferencialmente pela manh ou tarde.

    O solo deve ser mantido constantemente mido, mas sem encharcar. a falta de gua pode provocar

    rachaduras nas razes

    2.3.2.5. COLHEITA

    A colheita principia de 90 a 120 dias aps a semeadura, prolongando-se por 2 a 4 semanas, tendoem vista que nem todas as cenouras esto no ponto ideal para a colheita na mesma poca.

    2.3.3. RABANETE ( Raphanus sativus )

    2.3.3.1. VARIEDADES

    Saxa, Crimson Gigante, Vip Crimson Seleo Especial, Sparkler, Serrano Meio Comprido,

    Branco Redondo, Early Scarlet Globe, Redondo Vermelho Gigante, Roxo da Ponta Branca, eVermelho Redondo.

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    2.3.3.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO

    O plantio feito em canteiro definitivo, que deve estar previamente irrigado e adubado comesterco de curral. O rabanete prefere um solo areno-argiloso, isto , que seja mais arenoso do que

    argiloso (barrento).O semeio feito em sucos com uma profundidade de 2 cm. A quantidade de sementes utilizada

    de 2 g/m do canteiro. As sementes devem ficar mais ou menos distanciadas umas das outras.

    Fazer uma rega logo em seguida mantendo o canteiro diariamente irrigado.

    Fechar os sulcos com uma leve camada de terra fina, cobrir o canteiro com palha ou outro tipo decobertura at a germinao das sementes.

    A germinao tem seu incio de 3 a 4 dias. Retirar imediatamente a cobertura.

    2.3.3.3. ESPAAMENTO

    Plantar nos espaamentos: 20 X 05 cm; 20 X 08; ou no de 20 X 10 cm.

    2.3.3.4. TRATOS CULTURAIS

    Quando as plantas estiverem com 3 a 5 cm de altura, deve-se fazer o desbaste deixando as maisvigorosas e retirando-se as que estiverem com defeito ou as que estejam muito unidas. Aps oraleamento e dependendo do espaamento escolhido, manter a distncia entre plantas com 5 a 10 cm.

    A adubao de base pode ser feita somente com esterco de curral ou outro tipo de adubo orgnico,colocando-se no mximo 2 Kg/m do canteiro. Manter o canteiro limpo de ervas daninhas e

    diariamente irrigado.

    No caso do solo no ser muito frtil utilizar tambm uma adubao qumica de N-P-K na frmula

    4-16-8 e na quantidade de 50 g/m do canteiro. Esta adubao deve ser incorporada ao solo umasemana antes da semeadura juntamente com a orgnica.

    Manter o canteiro diariamente irrigado.

    2.3.3.5. COLHEITA

    O rabanete a hortalia mais fcil de ser produzida e tem o ciclo mais curto de todas as

    hortalias, pois a colheita vai dos 25 aos 30 dias aps a semeadura.

    necessrio no deixar passar do ponto de colheita, pois o rabanete torna-se esponjoso ou duro esem sabor.

  • 45

    CAPTULO 3 HORTALIAS SAUDVEIS

    3.1. CONSIDERAES

    A essncia dos alimentos est em seus nutrientes e dois aspectos importantes devem ser

    considerados:

    A meta a produo de hortalias saudveis, o que beneficia a qualidade e a quantidade dos

    nutrientes nelas contidas, especialmente na parte consumida pelo homem.

    Objetiva-se no utilizar agrotxicos ( inseticidas, pesticidas ), nocivos ao organismo humano.

    3.2. RECOMENDAES PARA O USO DE DEFENSIVOS QUMICOS E

    NATURAIS

    A experincia tem demonstrado que as hortalias cultivadas em canteiro domstico ou

    comunitrio, com sementes de boa qualidade e com os tratos culturais tecnicamente adequados, so

    mais resistentes s pragas e doenas que venham comprometer a cultura como um todo.

    Portanto, prefervel ter uma hortalia saudvel isenta de agrotxicos, do que contaminada com

    inseticidas e pesticidas comprometendo posteriormente a sade dos consumidores.

    3.3 CONTROLE ALTERNATIVO DE PRAGAS E DOENAS DAS

    HORTALIAS

    O combate s pragas e doenas das hortalias pode ser feito atravs de caldas e solues qumicas,

    bem como, com extratos vegetais, que no deixam resduos txicos nas partes comestveis. Vriosprodutos desta natureza j existem no comrcio.

    3.3.1. DEFENSIVOS QUMICOS RECOMENDVEIS PARA HORTALIAS

    Na agricultura orgnica permitido o uso de dois produtos qumicos: a Calda Bordalesa e a CaldaSulfoclcica.

    3.3.1.1. CALDA BORDALESA

    A Calda Bordalesa um fungicida eficiente contra vrias doenas que aparecem nas hortalias.Tambm utilizada no combate a diversas pragas tais como: vaquinha,

    angolinhas, cigarrinha-verde, cochonilha, caros e tripes.

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    A Calda Bordalesa formada pela mistura de sulfato de cobre com cal virgem, diludo em gua.Ela tambm melhora o equilbrio nutricional das plantas.

    3.3.1.1.1. PREPARO DA CALDA BORDALESA

    Para fazer a Calda Bordalesa na concentrao de 1%, utilizam-se as seguintes quantidades: sulfatode cobre 200g; cal virgem 200g e gua 20 litros.

    O sulfato de cobre dissolve-se lentamente na gua, por isso, colocam-se 200 g do produto em umsaquinho de pano ralo, mergulhado em balde com 5 litros de gua. O saquinho deve ficar suspenso,

    prximo superfcie da gua, a fim de facilitar a dissoluo.

    Coloca-se 200g de cal virgem no fundo de outro balde com pouca gua para haver reao rpida.

    Depois da cal ter reagido com a gua, formando uma pasta rala, completa-se o volume de gua at 5litros. A mistura ter a aparncia de leite de cal, bem homognea.

    Em seguida, faz-se a mistura das duas solues. Para tanto, despeja-se a soluo de sulfato de

    cobre sobre a cal, e nunca o inverso. Aps mexer algumas vezes, coar a mistura e despejar no

    pulverizador, completando o volume de 20 litros. Usar a calda no mximo at o terceiro dia de seu

    preparo.

    Pulverizar as plantas logo pela manh ou no final da tarde.

    Geralmente, encontramos os ingredientes necessrios para o preparo da Calda Bordalesa, nas

    casas de comrcio que vendem produtos agropecurios e s vezes a calda j pronta para ser utilizada.

    3.3.1.2. CALDA SULFOCLCICA

    A Calda Sulfoclcica um dos mais antigos defensivos agrcolas. Possui ao inseticida

    principalmente contra insetos sugadores, como caros, tripes e cochonilhas.

    A Calda Sulfoclcica formada pela mistura de gua, cal virgem e p de enxofre.

    Para 10 litros de Calda Sulfoclcica utiliza-se as seguintes propores: gua 10 l; cal virgem

    1 kg e enxofre em p 2 kg. No preparo desta calda, que feita quente, usamos um recipiente de lato

    ou inox.

    3.3.1.2.1. PREPARO DA CALDA SULFOCLCICA

    Coloque o recipiente no fogo com metade da quantidade de gua recomendada (cinco litros ).

    Deixe aquecer ligeiramente, e adicione a cal, deixando a mistura ferver, acrescente, pouco a pouco, o

  • 47

    enxofre em p, agitando tudo fortemente com uma p de madeira, e com o cuidado de no deixar

    esfriar a mistura. A agitao deve ser contnua at formar uma mistura homognea, sem separao do

    enxofre.

    Em seguida, adicione o restante da gua e deixe ferver por mais 50 60 minutos.

    Durante este tempo, mantenha o nvel da mistura, adicionando gua fervendo ou gua fria

    lentamente para a temperatura no baixar. Quando atingir a colorao pardo-avermelhada a calda est

    pronta. Tire do fogo e deixe esfriar. Coe a calda com peneira bem fina ou com pano. Pulverizar sempre

    nos perodos frescos. Os ingredientes desta calda so vendidos em casas de produtos agropecurios e s

    vezes encontramos o produto pronto para ser utilizado.

    3.3.1.3. SOLUO DE GUA COM SABO

    e barra

    Para fazer esta soluo, colocamos 50g de sabo em barra bem picado, em 5 litros de gua bem

    quente ou fervida, deixar diluir bem e quando a calda estiver fria, pulverizar sobre as plantas. Combatea cochonilhas, lagartas, pulges, caros e piolhos.

    3.3.1.4. SOLUO DE SABO DE COCO

    2 colheres de sabo de coco

    Dissolver duas colheres de sabo de coco em um litro de gua morna ou fervendo.

    Deixar esfriar e com um regador aplicar a calda em todas as partes da planta.

    Fazer a pulverizao sempre pela manh bem cedo, ou no fim da tarde.

    Combater os pulges, lagartas, cochonilhas, caros e piolhos.

    3.3.1.5. CALDA DE FUMO

    litro de gua

    Corta-se o fumo em pedacinhos e coloca-se na gua para ferver at ficar escura.

    Deixar esfriar, coar e misturar um copo desta mistura em dez litros de gua.

    Pulverizar as plantas atacadas.

  • 48

    Combate as seguintes pragas: vaquinha, paquinha (cachorrinho-da-terra), cochonilhas; grilo;lagarta-rosca que so de cor escura e cortam as hastes das plantas novas rentes ao solo e, durante o

    dia, ficam escondidas na terra; e a lagarta das folhas, que so de cor verde podendo apresentar listas

    pretas no dorso; pulges, que so insetos pequenos, de cor verde ou preta, atacam folhas e brotos.Pulverizar logo pela manh ou no final da tarde.

    3.3.1.6. CINZAS

    Receita N 1.

    Cinza de madeira 0,5 copo

    virgem 0,8 copo

    4 litros

    A cinza deve ser colocada em gua, deixando repousar por, pelo menos, 24 horas.

    Em seguida, misturada com a cal virgem hidratada e coada. Pulverizar sobre as plantas. Combate

    s lagartas e vaquinhas.

    Receita N 2

    Cinza de madeira 0,5 Kg.

    4 litros

    6 colheres (sopa)Misturar a cinza com gua e deixar descansar por 24 horas. Coar e acrescentar seis colheres (caf)

    de querosene. Misturar e pulverizar sobre as plantas.

    Combate insetos sugadores e larva minadora.

    3.3.1.7. LEITE

    Leite 1 litro

    3 litros

    Misturar o leite com gua e pulverizar sobre as plantas. Repetir depois de 10 dias.

    Combate caros, ovos de lagartas, doenas fungicas e virticas.

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    3.3.1.8. LEITE AZEDO

    leite azedo um copo

    1 litro

    Misturar o copo de leite azedo com um litro de gua e pulverizar sobre as plantas.

    Combate os caros.

    3.3.1.9. SOLUO DE SAL E VINAGRE

    a de sal de cozinha

    ml de vinagre

    Misturar as cinco