Manual de Impressao Flexografica

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  • 1MANUAL DE

    IMPRESSO FLEXOGRFICA

  • 2

  • 3APRESENTAO

    INTRODUO

    FLEXOGRAFIA

    DESIGN

    ARQUIVOS DIGITAIS

    FRMA DE IMPRESSO

    FITAS DUPLA-FACE PARA MONTAGEM DE CLICH

    MONTAGEM DE CLICHS

    ANILOX

    TINTAS DE IMPRESSO

    SUBSTRATOS DE IMPRESSO

    IMPRESSO

    LEGISLAO SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI)

    ESCALA PARA AVALIAO DAS VARIVEIS DA IMPRESSO FLEXOGRFICA

    BIBLIOGRAFIA E REFERNCIAS

    GRUPO ELABORADOR

    4

    5

    6

    7

    8

    17

    24

    30

    46

    52

    61

    67

    70

    72

    76

    78

    NDICE

  • 4Fruto de um trabalho coletivo, este manual foi discutido e elaborado por um grupo de tcnicos, membros da Comisso de Estudo de Processos em Flexografia do ONS-27 da ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas).

    O Organismo de Normalizao Setorial confiado pela ABNT ABTG (As-sociao Brasileira de Tecnologia Grfica) para coordenar as atividades de normalizao do mercado grfico brasileiro e participar das discusses inter-nacionais das Normas pertinentes ao setor.

    A ABNT a representante oficial do Brasil na ISO (Organizao Inter-nacional de Normalizao), cuja misso promover o estabelecimento de normas e padres globalmente aceitos, com o objetivo de facilitar a troca internacional de bens e servios e auxiliar o intercmbio intelectual, cientfico, tecnolgico e econmico entre as naes.

    As normas tcnicas, tanto internacionais como nacionais, contm especifi-caes tcnicas, critrios, regras e definies de caractersticas que garantem que materiais, produtos, processos e servios atendem aos objetivos a que se propem.

    Na rea grfica, essas normas definem desde especificaes para insumos at critrios de qualidade para produtos finalizados.

    Este manual rene informaes baseadas em Normas e documentos tc-nicos em linguagem simples, e procura auxiliar os gestores na adoo de prticas para padronizao do sistema de impresso flexogrfica. Esta primei-ra verso do manual est sujeita a correes e atualizaes conforme seja necessrio.

    APRESENTAO

  • 5A indstria flexogrfica nacional sofreu, nos ltimos anos, uma grande transformao em sua tecnologia e nas exigncias quanto ao nvel de quali-dade dos seus produtos. Isso exigiu que as empresas modificassem o seu pa-dro de trabalho e buscassem padronizar os seus procedimentos e processos para facilitar sua atuao no mercado.

    Este manual apresenta um conjunto de informaes prticas, sobre os principais assuntos relacionados impresso flexogrfica que impactam na qualidade de impresso.

    importante destacar que este manual foi desenvolvido de acordo com diversas normas internacionais, em especial a ABNT NBR ISO 12647-6. As referncias bibliogrficas destas normas podem ser encontradas na seo especfica.

    INTRODUO

  • 6Flexografia um sistema de impresso grfica em que a frma (clich de borracha ou fotopolmero) relevogrfica. So usadas tintas lquidas, base de gua ou solvente, curadas por luz UV (ultravioleta) ou EB (Electron Beam).

    Uma de suas virtudes a flexibilidade para imprimir em variados suportes, de diferentes durezas e superfcies. Esta tecnologia usada para imprimir em diferentes filmes plsticos e papis: etiquetas, embalagens, faixas pro-mocionais, copos descartveis, toalha de papel, papel pautado, papel para presente, sacolas, sleeves, jornais etc. Sua principal aplicao no mercado de embalagens alimentcias.

    Desde sua criao, e especialmente dos anos 1990 at os dias de hoje, esta tecnologia tem evoludo constantemente. Os clichs, que antigamente eram de borracha, entalhados manualmente ou feitos em formas de zinco e baquelite, hoje so compostos de fotopolmero e gravados com diferentes mtodos. As fitas dupla face eram de tecido (conhecidas como esparadrapo industrial) e, com o fotopolmero, passaram a ser de espuma ou polister. Os sistemas de entintamento evoluram de doctor roll para doctor blade e en-capsulado. As tintas que hoje so coloridas com pigmentos orgnicos eram produzidas com corantes base de anilina. Outros acessrios tambm tiveram melhorias, tais como o anilox, cilindro porta clich e camisa, bem como as mquinas, que evoluram muito.

    Essas mudanas, entre outras, trouxeram para o setor maior qualidade no resultado impresso, diminuio do tempo de acerto e processo, melhor repeti-bilidade e reduo de perdas permitindo a conquista de fatias de mercado que antigamente eram monopolizadas por outras tecnologias de impresso. Hoje a flexografia est melhor do que nunca!

    Mesmo com todas estas melhorias, a impresso digital comeou a con-quistar partes do mercado de flexografia, especialmente banda estreita e pequenas tiragens. Cabe aos profissionais atentar para a qualidade de seus impressos e procedimentos, garantindo seu espao no mercado.

    1 FLEXOGRAFIA

  • 7 comum que cheguem clicheria arquivos feitos com caractersticas e parmetros de impresso de offset. Eles so enviados s clicherias, por exemplo, com fontes com tamanho menor que o mnimo aceitvel e linhas mui-to finas. Desta maneira a maior dificuldade que a clicheria enfrenta adequar a arte para o processo de produo, dentro dos parmetros do convertedor e do resultado final esperado pelo cliente. Para que estes problemas sejam amenizados, necessria a padronizao de todo o processo, comeando pela elaborao da arte com caractersticas adequadas ao processo flexogrfico.

    O departamento de design tem como uma de suas funes orientar a criao do projeto, do desenvolvimento dos arquivos eletrnicos at a recep-o do produto final pelo cliente. O designer atua da melhor maneira possvel, visando qualidade, velocidade de produo e at mesmo reduo de custos. Para que isso ocorra necessria a compreenso bsica dos requisitos exigi-dos pela flexografia.

    Alm disso, o contato do designer com todos os envolvidos no processo, da pr-impressao impresso, amplia o conhecimento das capacidades do sistema. Os convertedores e clicherias j se mantm em contato, mas o resul-tado poderia ser ainda melhor com a participao do designer.

    Entre tantas especificaes, a flexografia vem ganhando espao nos lti-mos anos. O uso de embalagens como veculos de informao deixou de ser algo inovador e transformou-se em imprescindvel. Isto evidencia o quanto importante que o designer tenha conhecimento, mesmo que bsico, das ca-pacidades tcnicas da flexografia.

    2 DESIGN

  • 8Hoje a maioria dos originais chega na grfica em arquivos digitais. Estes arquivos contm imagens, textos e/ou elementos vetoriais. E estes tem de passar por uma analise para identificar possveis problemas e adequao com o processo flexografico, para isto:

    Crie uma lista com tudo que precisa ser verificado em um arquivo digital. Como dimenses, nmero de cores, resoluo das imagens, links em anexo, fotes, cdigo de barras,etc.

    No caso de arquivos fechados existem programas que oferecem opes de verificao automtica, chamada preflight. Este recurso ajuda bastante, mas no substitui um operador com experincia.

    ARQUIVOS ABERTOS OU FECHADOS

    Arquivos abertos costumam estar nos formatos nativos dos softwares CorelDraw, Adobe InDesign ou Adobe Illustrator. Alguns elementos nestes arquivos (imagens, normalmente) no vm embutidos, mas esto apenas linkados ou seja, vinculados a arquivos externos. Por isso, ao receber um arquivo aberto, muito importante observar se todos os arquivos linkados foram enviados junto.

    Os arquivos fechados so os PDFs, e dependendo da configuo que foram fechados ele no editvel. Porm, eles j trazem todos os links embutidos nele. Mesmo assim, esses originais tambm precisam ser analisados com muito cuidado para garantir que no haja defeitos que podem prejudicar o resultado final.

    FONTE

    Textos, a princpio, so compostos por arquivos de fontes que precisam ser enviados junto com o arquivo principal. Uma opo para evitar problemas transformar as fontes em curva, ou seja, transform-las em objetos vetoriais.

    3 ARQUIVOS DIGITAIS

  • 9Preste ateno s cores dos textos. Fontes reticuladas podem apresentar defeitos ao serem impressas ou dificultar o registro. Algumas cores, quando impressas sobre chapados, podem precisar de ajustes de trapping, nockout. preciso analisar caso a caso.

    Recomenda-se a utilizao de texto com tamanho de fonte superior a 4 pontos (vide tabela), especialmente quando for texto em negativo. Tambm se pode usar fonte em negrito para textos em negativo, porm evitando-se as fontes com serifas.

    LINHAS

    Evite o uso de fios com menos de 0,1 mm. A linha fina isolada durante a confeco da forma de impresso ou durante a impresso pode imprimir de modo irregular devido falta de apoio. Linhas em negativo inferiores a 0,15 mm podem desaparecer.

    Seguimento SubstratoPositivo

    Serifa (Times)

    BandaLarga

    Papel em Geral

    Papelo Ondulado

    Todos

    Branco

    6 pt.

    6 pt.

    8 pt.

    8 pt.

    10 pt.

    10 pt.

    8 pt.

    8 pt.

    Coated 4 pt. 6 pt.8 pt.6 pt.

    Carto Todos 4 pt. 6 pt.8 pt.6 pt.

    Sacola de Papel Coated 6 pt. 10 pt.12 pt.8 pt.

    Uncoated 8 pt. 12 pt.18 pt.10 pt.

    Filmes Flexveis Todos 6 pt. 10 pt.12 pt.8 pt.

    Todos 6 pt. 8 pt.10 pt.8 pt.

    BandaEstreia

    Papel

    Filme

    Todos

    Todos

    4 pt.

    4 pt.

    6 pt.

    6 pt.

    8 pt.

    8 pt.

    6 pt.

    6 pt.

    Sem Serifa (Helvtica)

    Serifa (Times)

    Sem Serifa (Helvtica)

    Negativo

    Tamanho mnimo de fonte

  • 10

    Menor espessura de linhas recomendadas para flexografia

    VETORES

    Vetores Sempre que possvel, a arte deve ser vetorizada (em curvas) e/ou possuir texto editvel para que no haja problemas de resoluo. A vetori-zao feita em softwares vetoriais como Adobe Illustrator e CorelDraw. Vetores so linhas que definem as formas e podem ser facilmente manipula-das e ajustadas por pontos (ns). As cores podem ser aplicadas facilmente na arte vetorial. A espessura pode ser aumentada facilmente, no importando o tamanho em que a arte ser impressa. A captura e a edio de textos tambm podem ser feitas com facilidade.

    IMAGEM

    Uma imagem formada por quadrados chamados pixels e cada pixel constitudo por um certo nmero de cores (normalmente nas escalas RGB ou CMYK). Estas cores so identificadas como canais. A resoluo de uma ima-gem determinada pelo nmero de pixels dentro de uma polegada (pixels

    Seguimento Substrato Positivo

    BandaLarga

    Papel em Geral

    Carto Ondulado

    Todos

    Branco

    0,15 mm

    0,50 mm

    0,10 mm

    0,30 mm

    Couche Branco 0,30 mm0,20 mm

    Sacola de Papel Couche 0,15 mm0,10 mm

    Offset 0,15 mm0,10 mm

    Filmes Flexveis Todos 0,15 mm0,10 mm

    BandaEstreia

    Papel

    Filmes Flexveis

    Todos

    Todos

    0,10 mm

    0,10 mm

    0,10 mm

    0,10 mm

    Envelope Todos 0,10 mm0,10 mm

    Negativo

  • 11

    por polegada PPI, ou tambm ponto por polegada DPI). Existem vrias maneiras de salvar os arquivos que so criados com um certo nmero de ca-nais, resolues e espao de cor. Esta uma das causas de problemas de re-produo e baixa qualidade das imagens. Segue abaixo um resumo dos tipos de arquivos normalmente utilizados.

    BITMAP

    So arquivos de imagens compostos por pixels com apenas duas infor-maes de cores, preto ou branco. Estes tem de estar em uma resoluo alta para ficarem ntidos na forma final. Normalmente entre 600 e 1200 dpi. Tons de cinza Arquivos grayscale so compostos de pixels entre 1 e 256 tons de cinza. como ver uma imagem fotogrfica em preto e branco. A imagem de-vem ter no mnimo 300 ppi e ser utilizada em 100% do tamanho. Ns escolhe-mos uma resoluo de tela de 1,5 vezes a lineatura de impresso para uma configurao mnima.

    CMYK (QUADRICROMIA)

    Os arquivos de imagem CMYK so compostos de pixels com quatro ca-nais de cores (cian, magenta, amarelo e preto) e podem representar de 1 a 256 tons. A resoluo das imagens CMYK deve ter um mnimo 300 dpi se a imagem for utilizada em 100% do tamanho. Ns escolhemos uma resoluo de tela de 1,5 vezes a lineatura de impresso para uma configurao mnima. Uso mais comum: imagens fotogrficas e ilustraes em cores.

    RGB

    Arquivos de imagem RGB (vermelho, verde, azul) so os arquivos de cores naturais para a medio de cor da luz. Existem trs canais de 8 bits de ver-melho, verde e azul (RGB). Mquinas fotogrficas digitais e monitores exibem em RGB. Imagens em RGB so vibrantes e mais precisas na cor. No entanto, no podemos imprimir RGB por se tratar de um espao de cor de sntese aditiva. Para impresso, usamos a tinta que funciona em um espao de cor

  • 12

    subtrativo (CMYK e todas as cores especiais). Arquivos RGB devem ser con-vertidos para CMYK e/ou cores especiais para imprimir. A alterao/perda de cor pode (e provavelmente ir) ocorrer devido s gamas diferentes. Requisitos de resoluo: em nosso fluxo de trabalho, imagens RGB deve ter 300 dpi se a imagem for utilizada em 100% e de sada de filme em uma lineatura de 150 lpi. Uso mais comum: imagens fotogrficas e ilustraes em cores vistas em um monitor (e internet).

    RETCULA

    A imagem quando impressa composta por pontos. Esses pontos so chamados de retculas. Atravs das retculas e suas caractersticas como, ta-manho e quantidade, que o olho humano consegue visualizar as variaes de tonalidade da imagem. Existem duas principais classificaes para retculas, Amplitude Modulada (AM) e Frequncia Modulada (FM):

    Retcula AM

    Chamada tambm de retcula convencional, ocorre em imagens quando composta por pontos que variam na sua amplitude, ou seja, em seu tamanho e mantm espaamento constante entre eles. Resulta na sensao de reas mais escuras quando h pontos maiores e reas mais claras quando h pontos menores. Em tons de cinza, quando variam na imagem sutilmente, resultam em reas mais homogneas.

    Retcula FM

    Chamada tambm de retcula estocstica, a variao de tonalidade da imagem atravs da quantidade de pontos. Os pontos no variam em seu dimetro, mas sim no espaamento entre eles, quanto mais prximos e mais pontos localizados em um determinado local da imagem mais escura ser e vice-versa. recomendada em reas com muitos detalhes, porm no reco-mendada para flexografia, pois propicia ao acmulo de tinta nas rea de mximas, entupindo os alvolos do anilox.

    Outro mtodo poder ser aplicado, a retcula hbrida, a mescla da retcu-

  • 13

    la convencional com a estocstica. Na retcula hbrida utiliza-se a FM nas reas de mnimas e com altas luzes e AM nas reas de mximas e meio-tom. Utiliza-se cerca de 3% a 10% da FM e o restante AM. As retculas tambm so chamadas de ponto de meio-tom. O ponto adequado para flexografia o ponto redondo, devido sua forma no propenso ao acmulo de tinta entre os pontos, at ameniza o aumento dos tons, mesmo no sendo bem aplicado nos detalhes. Atualmente com as novas tecnologias de copia de clich exis-tem outras possibilidades de reticulagem inclusive a mistura destas, como exemplo a retcula hbrida (ponto redondo nos meios tons e estocstica nas reas de mnima) podem desaparecer.

    INCLINAO

    Para oferecer a iluso de tom contnuo ao olho humano, as linhas de pon-tos formados por cada cor da quadricromia devem estar dispostas em uma inclinao, ou seja, um ngulo especfico. A sobreposio dessas retculas for-ma um padro simtrico, que chamamos de rosetas. Se as inclinaes forem utilizadas de maneira incorreta ou se ocorrer um desalinhamento dos pontos, a roseta ser distorcida, formando um efeito indesejado chamado de moir (l-se: moar). Para evitar o moir, a retcula de cada uma das cores deve ter pelo menos 30 de diferena entre si. Porm, como isso no possvel na

    Retculas AM ( esquerda) e FM ( direita).

  • 14

    utilizao de quatro cores, o amarelo fica com a diferena de 15 por ser a cor mais clara e, portanto, a menos perceptvel. Na flexografia existe uma diferena gradual nas inclinaes dos ngulos, um acrscimo de 7,5 no padro da im-presso offset que no mnimo de 30 exceto o amarelo que 15 por ser uma cor clara. Sendo ento, cyan: 7,5; preto: 37,5; magenta: 67,5; amarelo: 82,7. Essa diferena na flexografia ocorre pela proximidade de inclinao dos ngulos de gravao do anilox com os do clich.

  • 15

    Imagem com uso de inclinao errada: ocorrncia do moir

    Imagem com uso de inclinao certa: no h moir

    Exemplos de imagens com ou sem moir (ou seja, com a inclinao errada ou correta):

    Nmero de Cores

    Seguimento Substrato Nmero de Cores

    BandaLarga

    Papel em Geral

    Carto Ondulado

    Todos

    Branco

    4 A 8 CORES

    4 A 6 CORES

    Couche Branco 4 A 6 CORES

    Sacola de Papel Couche 4 A 6 CORES

    Offset 4 A 6 CORES

    Filmes Flexveis Todos 4 A 6 CORES

    BandaEstreia

    Papel

    Filmes Flexveis

    Todos

    Todos

    6 CORES

    6 CORES

    Envelope Todos 4 CORES

  • 16

    LINEATURA

    a quantidade de linhas de pontos contidas em um centmetro (cm) ou em polegada linear (LPI). Est diretamente relacionada com a definio e nitidez da imagem.

    A lineatura ideal depende do tipo de substrato, sistema de impresso, tipo de mquina e aplicao (comercial, embalagem, etc), entre outros fatores. Por exemplo: um outdoor, imagem grande que ser vista a distncia, ter pontos maiores e, logo, menos linhas por centmetro. J uma embalagem, cujos de-talhes sero vistos de perto, precisa de uma lineatura maior (mais linhas por centmetro). Em flexografia, as lineaturas mais utilizadas esto entre 26 a 70 l/cm.

    Imagem com baixa lineatura Imagem com alta lineatura

  • 17

    DUREZA E ESPESSURA, ALTURA DO RELEVO

    As espessuras disponveis no Brasil so: 0,76 / 1,14 / 1,70 / 2,84 / 3,94 / 5,00 e 6,35 mm.

    Clichs com espessura de 0,76 mm apresentam uso mais restrito devido s limitaes de manuseio, o que poder causar mais vincos, rasgos e desprendi-mento das reas de grafismo, em funo da ausncia de piso. J clichs com espessura de 1,14 mm so amplamente utilizados nos segmentos de filmes flexveis e papel, devido maior qualidade de impresso e por no causar os problemas de clichs mais finos. Por este motivo, o segmento de etiquetas e rtulos est gradativamente migrando de 1,70 mm para 1,14 mm. Clichs com espessura de 2,84 mm ainda so utilizados para impresso de filmes flexveis e papel.

    Clichs de 3,94 mm so mais indicados para impresso de rfia, havendo, contudo, uma migrao para 2,84 mm.

    As espessuras de 5,00 mm e 6,35 mm so exclusivamente para uso no segmento de papelo ondulado, e os respectivos clichs so sempre de baixa dureza. H uma tendncia por parte do segmento de papelo ondulado, para trabalhos de cromia, de usar clichs de 2,84 mm calados com mantas de bor-racha de baixa densidade especficas para esta aplicao.

    Dureza

    Fato , quanto menor a espessura do clich mais alta a sua dureza. Dis-tinguem-se trs classes de dureza:

    Alta (Dureza Nominal 60 a 90 Shore A, correspondente a espessura de 2,84 mm a 0,76 mm);

    Mdia (Dureza Nominal 50 a 74 Shore A, correspondente a espessura

    4 FRMA DE IMPRESSO

  • 18

    de 2,84 mm a 1,14 mm);

    e Baixa (Dureza Nominal 30 a 40 Shore A, correspondente a espessura de 6,35 mm a 2,84 mm).

    A relao para anlise da escolha da dureza seria que, quanto menor a dureza maior a transferncia de tinta (chapados), porm apresenta-se maior ganho do ponto. J quanto maior a dureza menor a transferncia de tinta, porm apresenta-se menor ganho do ponto (cromia).

    Relevo (altura do grafismo em relao ao piso)

    A altura do relevo determinada pela espessura do clich e do tipo de trabalho sendo impresso. Trabalhos de cromias exigem relevos mais rasos, j trabalhos de traos permitem relevos mais altos. Valores tpicos esto apre-sentados na tabela abaixo.

    Relao entre espessura do clich, altura do relevo e altura do piso

    Nota: as informaes apresentadas so baseadas em experincias prprias e dados divulgados pelas empresas DuPont, Flint e MacDermid.

    Altura do Piso (mm)Altura do Relevo (mm)Espessura do Clich (mm)

    0,76 0,60 0,16

    1,14 0,50 a 0,70 0,44 a 0,64

    1,70 0,70 a 0,90 0,80 a 1,00

    2,84 0,90 a 1,20 1,64 a 1,94

    3,94 1,50 a 1,90 2,04 a 3,00

    5,00 2,00 a 2,80 2,20 a 3,00

    6,35 2,00 a 3,10 3,25 a 4,15

  • 19

    LIMPEZA E CONSERVAO

    O clich de fotopolmero apresenta diversas vantagens em relao aos an-tigos clichs de borracha. Ele oferece melhor qualidade de imagem e maiores tiragens, contanto que certos cuidados sejam tomados.

    A limpeza adequada fundamental: a economia feita com o uso de sol-ventes inadequados e mais baratos se transforma em grande prejuzo quando o clich atacado quimicamente e se deteriora.

    A limpeza deve ser feita sempre com o solvente utilizado na prpria tinta, pois, alm facilitar a remoo dos resduos, garante que o solvente compatvel com o clich. Se a tinta for base de gua, utilizar gua para a limpeza enquanto a tinta estiver mida. Depois de seca, utilizar uma soluo de limpeza apropriada (com pH acima de 7).

    H um teste simples e sem maiores custos que indica se existe incompati-bilidade entre a tinta e solventes utilizados e o clich:

    Corte um clich j substitudo em tiras e faa dois anis com esse material; Deixe um anel em um pequeno recipiente contendo tinta pura e o outro

    em um recipiente com solvente puro; Aps algumas horas observe se houve inchamento, mudana de cor ou

    descolamento.

    A ocorrncia de qualquer uma dessas reaes, ou mais de uma combi-nadas, indica incompatibilidade com o clich. Neste caso, interrompa o uso destes produtos e substitua-os por qumicos compatveis.

    Para limpar o clich utilize uma escova macia para remover principalmente a tinta que penetra nos textos negativos (vazados) e nas letras pequenas. No se esquea de limpar os dois lados do clich com o mesmo cuidado.

    J existem tambm mquinas de limpeza especficas para esse processo.

    NUNCA:

    Deixe a tinta secar completamente sobre o clich. Aproveite as paradas da mquina para limpar o excesso de tinta; Use acetato, tolueno ou outros produtos agressivos; Deixe o clich imerso em qumicos para limpeza; Use toalha industrial, estopa ou escova de cerdas duras.

  • 20

    OZNIO

    O oznio tambm um dos principais inimigos dos fotopolmeros. A ex-posio ao oznio pode deixar o clich com alguns pontos ou pequenos furos. Um clich nesse estado se torna inutilizvel, j que no h recuperao e esses defeitos sero impressos. Ambientes com concentrao de oznio a partir de 50 ppm (partes por milho) so perigosos para o clich.

    O oznio existe naturalmente na atmosfera, pois criado pela ao da luz ultravioleta em oxignio. Ele tambm formado por motores e equipamentos eltricos. Em empresas que extrusam os seus prprios filmes, o gs oznio formado em largas pores ao redor do tratamento corona. Ele levado pelo sistema de ventilao at a impressora e entra em contato com o clich.

    Para evitar isso, as extrusoras devem ser mantidas em ambiente fechado, distantes da sala de impresso. Outra opo montar um sistema de venti-lao e exausto que direcione o fluxo de ar no sentido da impresso para a extruso e nunca o contrrio.

    Existem sprays no mercado que podem ser aplicados sobre o clich e o protegem do oznio. Destes, o que tem apresentado melhores resultados com menor custo o silicone. Aplique o leo de silicone aps a completa limpeza do clich.

    LUZ

    Por ser feito de fotopolmero, o clich sensvel luminosidade. Por isso no deve ficar exposto luz do sol ou de lmpadas frias.

    Para proteger o clich envolva o cilindro com papel tipo kraft, TNT (tecido no tecido) preto ou embalagens especficas materiais que so opacos e im-pedem a ao da luz. Esse cuidado deve ser tomado durante todo o processo: desde a montagem do clich no cilindro, nas pausas durante a impresso, de um dia para o outro e aps a sada da mquina.

    Observao: no envolva os clichs em plstico, para no impedir a evaporao dos solventes impregnados.

  • 21

    Sempre que possvel utilize lmpadas de segurana amarelas ou aplique filtros sobre as lmpadas frias, evitando as emisses de raios ultravioletas.

    ARMAZENAMENTO

    Os clichs podem ser armazenados montados nos cilindros ou desmon-tados, em posio horizontal ou vertical. Observe, no entanto, que trao e excesso de peso so prejudiciais.

    A rea de armazenamento do clich deve estar distante das fontes de oznio, ter uma temperatura ambiente entre 25C e 38C e estar protegida da luz do sol.

    CONFECO DE CLICH DE FOTOPOLMERO ANALGICO, DIGITAL E HBRIDO

    As etapas de fabricao compreendem:

    Exposio pelo verso (com lmpadas ou leds UVA - Luz Ultravioleta). Tem como finalidade a formao da base (piso) do clich. A correta relao

    base / relevo importante. Um relevo muito alto pode comprometer a esta-bilidade das linhas e dos pontos da retcula do grafismo. Um relevo muito baixo pode provocar entupimento durante a impresso. Recomendaes sobre valores de base e relevo ideais podem ser obtidas com os respectivos fabri-cantes de chapas.

    Exposio Principal (com lmpadas ou leds UVA - Luz Ultravioleta). Tem por finalidade formar o grafismo. No caso do clich analgico, colo-

    cado um fotolito de filme mate sobre a chapa a ser exposta. No caso do clich digital, a sua camada LAM (Laser Ablation Masking) previamente queimada por um laser. Tipos diferentes de expositoras podem influenciar na formao do ponto de reticula. A laminao de uma membrana sobre a chapa, aps sua camada LAM ter sido queimada pelo laser, outra tecnologia para se obter um ponto de retcula com topo plano. No caso do clich hbrido, laminada uma pelcula, reproduzindo-se um fotolito sobre a chapa a ser exposta.

  • 22

    Processamento (revelao, gravao). Tem como finalidade a remoo do fotopolmero no exposto luz UVA

    (no polimerizado/no endurecido), resultando numa imagem em relevo (3-D). De acordo com o tipo de chapa, o processamento feito com solvente, gua ou tecnologia trmica seca. Pr-secagem e inspeo (aplicada somente em clichs processados com solvente ou gua). Consistem em examinar a super-fcie do clich para garantir que no haja defeitos ou resduos de polmero. Se necessrio, limpar cuidadosamente com solvente fresco ou soluo aquosa.

    Secagem (aplicada somente em clichs processados com solvente ou gua). No caso de clich processado com solvente, a finalidade secar e retirar/

    eliminar o solvente que incorporado/absorvido pela parte polimerizada du-rante o processamento (revelao, gravao). No caso de clich processado com gua, a finalidade unicamente a de secar o mesmo, j que a gua no penetra na parte polimerizada.

    Estabilizao (aplicada somente em clichs processados com solvente). Aps a secagem, o clich contm ainda resduos de solvente e apresenta

    inchao. necessrio um tempo de descanso para a evaporao dos resduos de solvente e a volta espessura nominal.

    Acabamento (com lmpadas UVC - Luz Ultravioleta Germicida). Tem por finalidade eliminar a pegajosidade (tack) do clich.

    Ps-exposio (com lmpadas ou leds UVA - Luz Ultravioleta). Tem como finalidade promover a polimerizao total de clich, aumen-

    tando sua vida til.

    Nota: O tempo de cada etapa descrita acima, varia de acordo com as caractersticas das respectivas chapas e das configuraes dos equipamentos.

    Direct Engraving (Gravao Direta com Laser) Neste tipo de fabricao, o laser grava diretamente o polmero, removendo as reas de no-imagem. Este processo no requer etapas adicionais.

  • 23

    Clculo de distoroO clich feito em mquinas planas, mas aplicado em um cilindro, logo so-

    fre uma distoro no sentido longitudinal, deixando a imagem impressa mais alongada. Para evitar este efeito necessrio aplicar uma compensao na imagem, na pr-impresso. Para calcular esta compensao usa-se a seguinte frmula:

    DI = DPC +2 x (EC+EDF) / DPC +2x (EDF+EP)

    Onde: DI: Distoro da Imagem DPC: Dimetro do Porta Clich EC: Espessura do Clich EDF: Espessura da Dupla Face EP: Espessura do Polister

    ATENO Para garantir que os resultados sejam obtidos, confirme os valores

    das variveis com os respectivos fabricantes. Para adaptar o valor de DI para percentual, utilize a seguinte frmula: Reduo em % = (DI-1) x 100 O arquivo final deve ser achatado, ou seja, a sua dimenso longitudinal deve ser reduzida dentro deste valor.

    EXEMPLO: Imagem original: 100mm DI calculado: 4% 100 mm 4% = 100 mm 4 mm = 96 mm Logo, a imagem a ser gravada na frma deve medir, na verdade, 96mm.

  • 24

    Existem dois tipos de fita dupla-face, com diferentes funes: acolchoada e rgida.

    FITAS RGIDAS As fitas dupla-face rgidas tm a funo apenas de fixao do clich, no

    influenciando na impresso. Estas fitas podem ser feitas de polister, vinil, tecido ou papel e so encontradas em diversas medidas.

    FITAS ACOLCHOADAS

    ObjetivoPadronizar a especificao de fita dupla-face acolchoada, considerando

    propriedade quantitativa para melhor parametrizao do uso do produto.

    DescrioA fita dupla-face acolchoada (vide ilustrao abaixo) para montagem de

    fotopolmero em impresso flexogrfica um dos principais insumos usados no processo.

    5 FITAS DUPLA-FACE PARA MONTAGEM DE CLICH

    Liner (papel ou filme)

    Adesivo para clich

    Espume de Polietileno/Polipropileno

    Polister

    Adesivo para o porta-clich

  • 25

    O liner tem a funo de no permitir que a dupla-face cole sobre si mesma.

    A dupla-face possui dois adesivos distintos: o primeiro tem caractersticas prprias para produzir uma boa fixao do clich, permitindo sua retirada aps o uso sem danific-lo; o segundo viabiliza a fixao no porta-clich evitando o descolamento durante a impresso.

    O polister tem a funo de dar estabilidade dimensional espuma acol-choada.

    A espuma de polietileno/polipropileno define as caractersticas tcnicas da fita (dureza, resilincia etc).

    Cuidados no usoO lado com adesivo exposto (lado do cilindro porta-clich) deve, sempre,

    ser colado primeiro. Depois da remoo do liner, colar o clich.

    Caso bolhas se formem durante o processo de montagem, nunca furar a fita, pois o polister ser danificado causando problemas de impresso. O cor-reto retirar a fita e refazer a montagem.

    Evite fazer janelas para enxertos, pois isso tambm danifica o polister.

    Alm de manter o fotopolmero fixado durante todo processo de impresso, a funo da dupla-face controlar a transferncia de tinta para o substrato. A quantidade de tinta transferida est relacionada resilincia da espuma, que nada mais que a capacidade de compresso/deflexo deste material. Esta propriedade a mais relevante para determinar qual fita deve ser utilizada para o tipo de trabalho a ser impresso (retcula, misto ou chapado/trao). A tabela 1 (abaixo) mostra a relao da fora de compresso/deflexo da fita acolchoada x trabalho a ser impresso, a qual deve ser usada como especifi-cao para escolha adequada do produto, seja em termos de compresso/deflexo de 10% a 25%.

  • 26

    Fora de compresso/deflexo

    415 Alta densidade

    Baixa densidade

    Fora de Compresso/Deflexo10% CompressoKPa

    240

    Fora de Compresso/Deflexo25% CompressoKPa

    Tipo deimpresso

    100% chapado

    205 345 80% chapado20% retcula

    180 275 60% chapado40% retcula

    105 205 50% chapado50% retcula

    85 170 40% chapado60% retcula

    70 140 20% chapado80% retcula

    55 105 10% chapado90% retcula

    NomenclaturaUsual

    7035 100% retcula

  • 27

    A dupla-face de espuma tambm possui outras propriedades que esto relacionadas ao tipo de impresso como densidade (kg/m3) e dureza (shore A), porm estas no valem como especificao para definio da fita para impresso de um determinado trabalho. Estas propriedades podem variar, dependendo das matrias-primas empregadas na construo do produto, e ocasionar uma escolha errada da dupla-face para o trabalho de impresso, ge-rando resultados insatisfatrios. As mesmas devem ser usadas apenas como orientao, no servindo como especificao.

    Alm das propriedades citadas acima, na especificao da fita dupla-face de espuma consta a espessura e fora de adeso no porta-clich e fotopolmero.

    Em relao espessura, a qual referenciada no mercado como fita de 0,38 mm e 0,50 mm, a especificao correta de 0,43 mm e 0,56 mm, respec-tivamente. A variao aceitvel, sem prejudicar a performance da impresso,

    Dupla-Face Acolchoada

    TextoPositivo

    Densidade10% de Pontos

    40% Meio-tom Chapado

    Alta Densidade

    Mdia Alta Densidade

    Mdia Densidade

    Mdia BaixaDensidade

    BaixaDensidade

    Chapados e Fundos Traos Alta Transfncia de Tintas

    Chapados e Fundos TraosMeio-tom

    Impresso MistaTrao e Cromia

    Boa Definio para Imagem com Pequenas reas de Chapado

    Ideal para Cromia

    Caractersticas

  • 28

    de 0,04 mm. A nomenclatura usual de mercado vale para a espessura da fita durante o trabalho de impresso, ou seja, recebendo presso no conjunto im-pressor quando montada sobre o porta-clich e no para fim de especificao.

    Para a especificao de fora de adeso, inicialmente, necessrio com-preender que a fita dupla-face acolchoada possui adesivos diferentes (como mostrado na imagem 2), sendo que o lado protegido por liner desenvolvido especificamente para fixao do fotopolmero e o lado sem proteo ex-clusivo para fixao no porta-clich, seja o cilindro de ao ou camisa. Isto necessrio para que seja obtida a fora de adeso adequada em cada uma dos substratos, que possuem energia superficial distintas.

    A energia superficial a propriedade que cada material possui, que est diretamente relacionada capacidade de permitir a fluidez do adesivo atravs da superfcie, determinando a fora de atrao e fora de adeso. Quanto maior a energia superficial, maior a fluidez do adesivo e, consequentemente, mais forte ser a adeso.

    Nota: a metodologia de teste usada para medir a fora de adeso da fita dupla-face a ASTM D-3330 Modificada.

    Para obter a fora de adeso projetada pelo fabricante da fita dupla-face no processo de impresso e, consequentemente, no ter problemas de baixa ou alta adeso no porta-clich e/ou fotopolmero, necessrio que os substratos estejam devidamente limpos e secos antes de fazer as colagens. Desta forma de fundamental importncia que ambos os substratos citados passem por um processo de limpeza com lcool isoproplico ou solvente apro-priado para remoo de todos contaminantes, como resduos de tinta, resdu-os de solvente, resduos de fotopolmero, poeira, retardador de tinta, entre outros que podem interagir com o adesivo da dupla-face causando queda ou aumento da fora de adeso, o que no planejado pelo fabricante. A queda na fora de adeso pode causar o levantamento de borda do clich durante a impresso e/ou aparecimento de bolhas de ar sob o clich. Em ambos os casos seria necessrio parar a impressora e fazer a colagem do clich para eliminar o problema, o que representaria perda de produtividade no processo. Os problemas podem ser outros no caso do aumento da fora de adeso por causa dos contaminantes, como: dificuldade para desmontagem do clich, que pode ocasionar vincos ou rasgos no fotopolmero; perda do material, aumen-

  • 29

    tando os custos com gravao de placas; ou transferncia de adesivo para o fotopolmero, gerando aumento da mo de obra para limpeza da placa.

    No pargrafo acima foi comentado sobre levantamento de borda ocasio-nado por baixa adeso do clich fita pela presena de contaminantes que reduzem a adeso, porm este fenmeno tambm pode acontecer por defi-cincia coesiva do adesivo. A coeso a fora interna do adesivo que, neste caso, pode no resistir ao efeito memria do clich, ocasionando um alonga-mento do adesivo e a consequente descolagem da borda da placa.

    A fora de adeso da fita dupla-face ser tratada neste documento apenas como informativo, mas pode ser classificada como de baixa ou alta adeso para o lado protegido com liner (lado para fixao do fotopolmero) para melhor definio de qual produto usar em funo da caracterstica do processo e ma-teriais empregados.

    Direcionamento do lado para fixao do fotopolmero:

    EstocagemPara melhor desempenho da fita dupla-face, ela deve ser estocada em

    ambiente com temperatura de 20C a 25C e 40% a 60% de umidade relativa. As caixas com as fitas devem ser armazenadas na posio horizontal. Caso o armazenamento da fita no seja em sua caixa de origem, o ideal que per-manea em posio vertical.

    Clichs mais finos (0,76 mm e 1,14 mm)Clichs grandesCom selagem de borda com fita ou primerPorta-clich de dimetro grande

    Fita com baixa adeso:

    Clichs mais espessos (1,7 e 2,8 mm)Clichs pequenosSem selagem de borda com fita ou primerPorta-clich de pequeno dimetro

    Fita com alta adeso:

  • 30

    A montagem dos clichs uma das etapas mais importantes no processo de impresso flexogrfica, pois diminui o setup e proporciona um timo im-presso. Consiste em fixar os clichs sobre os cilindros porta clichs utilizando uma fita dupla face e as duas formas mais comuns so a manual e a ptica (utiliza um equipamento de montagem). A marca de registro mais utilizada no mercado o micro ponto com dimetro de 0,3mm.

    MONTAGEM MANUAL

    chamada montagem manual o ato de fixar o clich sem auxlio de um equipamento ou cmeras. Este mtodo depende exclusivamente da destreza e da acuidade visual do operador.

    Apesar de ser a forma predominante, no proporciona uma boa colagem por no ter preciso. Deve ser realizada sobre uma bancada munida de man-cais ou apoios e o ambiente deve ter tima iluminao. Problemas como de-salinhamento das placas em relao ao eixo do cilindro porta clich e bolhas sob o clich so comuns.

    6 MONTAGEM DE CLICHS

    Montadora de clich manual

  • 31

    MONTAGEM POR MICROCMERAS

    Este mtodo utiliza um equipamento provido de duas ou mais cmeras, escala milimtrica e suporte para posicionamento do cilindro porta clich.

    As cmeras ampliam os micropontos e o risco guia do cilindro de forma significativa, permitindo um perfeito posicionamento das chapas. Alguns modelos tm a opo de salvar o posicionamento das cmeras para uma futura montagem.

    o melhor meio de montagem de clichs que existe atualmente, o equi-pamento tem custo elevado, porm diminui o setup que o grande vilo que onera a produo.

    Preparao da montadora para montagem do clich

  • 32

    FAZENDO A MONTAGEM

    Para fazer a montagem dos clichs, deve-se limpar os cilindros porta cli-chs e a base das chapas com lcool isoproplico para eliminar sujeiras e gordura.

    Limpeza da camisa

    Limpeza do verso so clich

  • 33

    A fita dupla face sempre deve ser aplicada sobre o cilindro porta clich e recomendvel o uso de uma esptula plstica. Devem ser eliminadas quais-quer rugas e bolhas.

    Aps esta etapa deve-se retirar o liner, dividi-lo em duas partes iguais e aplic-las sobre o cilindro deixando um espao de 5 cm entre as metades, na regio do risco do porta clich onde sero posicionados os micro pontos. Este procedimento permite reposicionar a chapa quantas vezes for preciso sem danific-la, at que os micropontos estejam alinhados de forma precisa.

    Colocao da fita dupla-face

  • 34

    Posicionar a placa alinhando os micropontos sobre a linha e fix-la.

  • 35

    Retirar o liner e com o auxlio de um rolinho de borracha macio, eliminar bolhas garantindo uma perfeita colagem da chapa.

    Aplicar uma fita adesiva nas bordas do clich para evitar a penetrao de solvente e tinta por baixo da chapa, evitando assim o levantamento do clich durante a impresso.

  • 36

    Repetir o processo para todas as chapas do trabalho.

  • 37

    DESMONTAGEM

    Na desmontagem puxar a chapa sem esmagar o grafismo, puxando a mes-ma formando um ngulo tangencial ao cilindro. No puxar a chapa juntamente com a fita dupla face, isto poder formar vincos, pois o adesivo do lado do porta clich tem maior fora de adeso.

  • 38

    PR MONTAGEM PARA PAPELO ONDULADO

    A pr-montagem a etapa em que o clich criteriosamente fixado dire-tamente sobre uma manta de polister, sendo essa manta utilizada para fixar o material na impressora.

  • 39

    Clich fixado sobre o cilindro porta clich

    Montagem do clich sobre a superfcie de polister

    Essa fixao pode ser feito de duas formas:

    UTILIZANDO COLA A BASE DE SOLVENTE ORGNICO (COLA DE SAPATEIRO)

    O pr-montador lixa a superfcie do polister e tambm no dorso do clich, criando microfissuras para que ocorra uma melhor fixao das partes.

  • 40

    1

    3

    5

    2

    4

    1 Etapa: lixar a base de polister;

    2 Etapa: lixar o verso do clich;

    3 Etapa: aplicar cola no polister;

    4 Etapa: aplicar cola no verso do clich;

    5 Etapa: fazer a fixao das duas peas.

  • 41

    1 2

    UTILIZANDO FITA DUPLA-FACE:

    Geralmente utilizada fita dupla-face rgida (espessura 0,10 mm) de polister. Ao se aplicar a fita tenha certeza que ambos os materiais estejam isentos de impurezas.

    A vantagem do uso das fitas dupla-face a regularidade na colagem, j que no h o risco de formao de grumos, como ocorre com a cola de sapateiro.

    1 Etapa: aplicao da fita dupla-face no verso do clich;

    2 Etapa: aplicao do clich sobre a base de polister.

  • 42

    Para os dois tipos de fixao o pr-montador faz a conferncia do registro atravs de uma prova.

    1 Etapa: aplicao da tinta sobre a superfcie do clich;

    2 Etapa: transferncia manual da tinta para o papel de cpias;

    3 Etapa: conferncia da impresso.

    1

    3

    2

  • 43

    ACOLCHOADO PARA CORRUGADOS

    DescrioTrata-se de uma espuma compressiva a base de poliuretano, formado por

    clulas abertas, que oferece absoro de energia (impacto), atuando como redutor de presso e amortecedor para os clichs de impresso em papelo ondulado.

    FinalidadeA utilizao da manta acolchoada possui como objetivo reduzir o efeito de

    marca de costela (Wash Boarding), devido ondulao do papelo, melho-rando a qualidade da impresso.

    Nova proposta com aplicao do acolchoado:

    Sem acolchoado Com acolchoado

  • 44

    Nova proposta com aplicao do acolchoado:

    Sem acolchoado Com acolchoado

  • 45

    Quando se utiliza o acolchoado deve-se fazer uma adequao na espes-sura do clich, pois a maioria das impressoras para papelo est configurada para aplicao de clich mais espesso (5,00 / 6,30mm).

    O clculo deve ser:

    As espessuras de clich, bem como do acolchoado devero ser verificadas com os fornecedores.

    As espessuras de clich, bem como do acolchoado devero ser verificadas com os fornecedores.

    Espessura do acolchoado

    Espessura do clich atual

    Espessura do novo clich

  • 46

    Atualmente as mais importantes variveis do sistema flexogrfico esto relacionadas ao filme de tinta aplicado. O anilox por sua vez est diretamente ligado a esta varivel, pois sua funo determinar a pelcula de tinta a ser depositada sobre o clich. Por isso, muitos o consideram a alma deste pro-cesso.

    Quanto mais preciso for o filme de tinta depositado na superfcie do clich, melhor. Para determinar a escolha do anilox pode-se fazer um teste utilizando vrias lineaturas em um nico cilindro. Esse teste conhecido como teste de Banda. Outra forma observarmos alguns itens que so de extrema im-portncia. So eles:

    LINEATURA

    Est relacionada com a definio da imagem. H confuso, visto que o anilox s vezes especificado em linhas/polegada e, em outras vezes, em linhas/cm (100 lpc = 254 lpi);

    CAPACIDADE VOLUMTRICA

    dada em BCM (Bilhes de Micras Cbicas por polegada quadrada) ou em cm3/m2. Ela est relacionada ao volume de tinta a ser depositado na super-fcie do clich.

    NGULO DE GRAVAO

    Existem cilindros anilox com 30, 45 e 60. Porm, convencionou-se uti-lizar apenas o ngulo de 60 na flexografia. Nesse ngulo, e com formato hexagonal, a clula comporta mais tinta e, ao mesmo tempo, transfere melhor a camada de tinta para a superfcie do clich. importante evitar a coincidn-cia da angulao da gravao do cilindro anilox com o do clich para prevenir o efeito moir.

    7 ANILOX

  • 47

    DIMETRO DO MENOR PONTO DO CLICH

    Medido em microns, esse dimetro informao fundamental para definir qual configurao de anilox ser usada.

    TIPOS DE ANILOX

    Gravados mecanicamente e cromados

    Cilindro fabricado atravs de esmagamento com uma ferramenta espe-cial (mill ou m). A ferramenta forada sobre a superfcie de ao ou cobre do cilindro cromado posteriormente, para evitar o desgaste durante a impresso.

    Gravados mecanicamente e revestidos com cermica

    Cilindros gravados mecanicamente, revestidos com spray de plasma cermico, para aumentar a sua vida til em produo. Tm pouca utilizao no mercado. por no ter preciso. Deve ser realizada sobre uma bancada munida de mancais ou apoios e o ambiente deve ter tima iluminao. Problemas como desalinhamento das placas em relao ao eixo do cilindro porta clich e bolhas sob o clich so comuns.

  • 48

    Cilindros gravados qumica e eletronicamente

    As gravaes qumica e eletrnica possuem pequena representatividade, e seus procedimentos so similares aos de obteno do cilindro frma para Rotogravura.

    Na gravao qumica, o cilindro gravado por corroso, utilizando soluo qumica alcalina. Depois, ele revestido por uma camada de cromo. O formato das clulas deste tipo de gravao ser sempre quadrangular.

    A gravao eletrnica feita pela inciso de diamante. O cabeote de gravao apresenta frequncia de movimentos por volta de 4.000 clulas por segundo. Depois de gravado, este cilindro tambm recebe revestimento de cromo. O formato de clula deste tipo de gravao piramidal.

    Observao: Nestes dois sistemas pode ser feito revestimento de cermi-ca, o que aumenta ainda mais o tempo de vida til do cilindro, melhorando o resultado em mquina.

    Revestidos com cermica e gravados a laser

    As clulas so gravadas na cermica com laser CO2 ou YAG, que literalmente vaporiza o revestimento, obtendo clulas extremamente precisas.

  • 49

    ANILOX SLEEVE

    Composto de fibra especial, fibra de vidro, seda, polmero amortecedor e base metlica. um cilindro oco que montado em mandril de ao ou ao car-bono. Ele mais leve e, por isso, tem manuseio e armazenagem mais fceis.

    Presso ideal para acomodar o sleeve (camisa) sobre o mandril: 6 bar (6,12 kgf/cm).

    Tipos de clulas Piramidal Tronco piramidal Hexagonal Helicoidal

    RELAO LINEATURA X INCLINAO DO NGULO

    Conforme o ngulo da retcula e a lineatura escolhida, dois problemas bsicos podem interferir na qualidade de impresso com relao ao anilox. So eles:

    Moir O ngulo da retcula do clich est a menos que 15 de diferena do

    ngulo do anilox (60);

    Impreciso dos pontos da retcula e facilidade de entupimento Para evitar isso necessrio analisar a correta correspondncia en-

    tre o ponto gravado e as clulas do anilox. Normalmente usa-se pelo menos 5 clulas de tinta do anilox para cada ponto do clich, atentando para a capacidade volumtrica (BCM).

  • 50

    RELAO ANILOX X DUREZA DO ROLO DE BORRACHA

    Para equipamentos que ainda possuem o sistema convencional, necessrio associar a lineatura do anilox com a dureza do tomador (doctor roll). Por ex.: para uma imagem chapada, o anilox utilizado dever ter uma lineatura entre 60 lpc e 120 lpc e, a dureza do rolo dever ser de 65 Shore A.

    Cuidados na limpeza O solvente da prpria tinta indicado; Cuidado com estopas ou panos industriais, pois podem conter limalhas

    de ao que riscam a superfcie do cilindro; No recomendado limpar com a mquina em movimento; Jamais lixar, raspar ou agredir o anilox; A limpeza mais eficiente realizada com a utilizao de produtos

    qumicos apropriados ou ainda os processos laser e ultrassom; A aferio peridica da capacidade volumtrica utilizando equipa-

    mentos adequados (consulte o seu fornecedor). Esse procedimento ir garantir a transferncia do volume correto de tinta.

    A limpeza deve ser feita periodicamente. A regularidade deve ser adequada ao uso do cilindro.

  • 51

    Na mquina impressora No deixe a tinta secar no cilindro; Nas paradas de mquina mantenha o sistema de bateo sempre

    ligado; No exagere na presso do sistema de raspagem; Utilize filtros de tintas com elemento magntico para reter partcu-

    las metlicas; As lminas devem ser trocadas logo depois que o rebaixo estiver gasto; Cuidado com ferramentas que podem cair sobre o anilox.

    Durante o manuseio Proteja o cilindro ao remov-lo da impressora; No envolva o cilindro com nenhum tipo de plstico ou com papelo; Lembre-se: quedas, mesmo com o cilindro protegido, podem entor-

    tar o eixo; Nunca guard-los sujos de tinta ou molhados com gua.

    NOVAS TECNOLOGIAS

    Tecnologia de Transferncia Gentica a gravao de perfis planos e lisos, deixando um fluxo de tinta

    livre, porm controlado e uniforme. Com relao geometria, os ca-nais desta tecnologia so mais rasos e suas paredes menos espessas. Essa configurao geomtrica promove uma superfcie de transferncia maior e diminui a tenso da tinta.

    O laser YAG na forma de pulso, utilizado no sistema convencional, forma clulas assimtricas. J o mesmo laser, s que com feixe constante, remove a cermica formando canais.

    A troca do sistema convencional pelo sistema de transferncia gentica envolve alteraes em todas as outras variveis que devem ser adequadas ao novo processo (tintas, fitas dupla-face, clich etc).

  • 52

    Tintas so misturas homogneas estveis, compostas por uma frao slida (resina, pigmento e aditivos) dissolvidas em um composto lquido (sol-ventes orgnicos ou gua), que forma uma pelcula aderente superfcie do substrato. Quando transferida a um substrato por meio de uma fina pelcula, se torna termofixa ou termoplstica aps a cura/secagem. As tintas so for-madas por, dependendo de sua composio e aplicao, resinas (aglutinante), pigmentos ou corantes (agentes de cor), solventes, aditivos e produtos auxiliares.

    RESINAS

    So compostos polimricos naturais ou sintticos, slidos de estrutura complexa que, na tinta, tm a funo de dispersar os pigmentos e formar uma fina pelcula aplicada sobre um substrato. As resinas utilizadas nas tintas pos-suem caractersticas como resistncia qumica e fsica, brilho do filme, flexi-bilidade, dureza (ponto de fuso), adeso e fixao da pelcula de tinta sobre o substrato. As mais utilizadas para tintas de impresso so: nitrocelulsica, maleica, melamnica, fumrica, poliamdica, poliuretnica, acrlica, cetnica entre outras.

    Resina nitrocelulose Obtida da reao de celulose (algodo) com cido ntrico em soluo

    com cido sulfrico, estas resinas so utilizadas em tintas lquidas. As pro-priedades apresentadas pela resina nitrocelulsica so adeso, baixo custo, compatibilidade com outras resinas, boa secagem. Esta a resina base para maioria das tintas flexogrficas, que pode ser modificada com outros tipos de resinas para obter as caractersticas fsico/qumicas desejadas (resistncia gua, leo, lcalis, temperatura etc).

    Resina maleica/ fumrica Resina produzida da reao do anidrido maleico/fumrico com o breu, ou

    com um cido tereftlico e um poliol. Utilizadas em combinao com outras

    8 TINTAS DE IMPRESSO

  • 53

    resinas, especialmente a nitrocelulose, em tintas lquidas. Suas propriedades so dureza, brilho e alta adeso; ela tambm melhora a printabilidade.

    Resina poliamidaObtida da reao de policondensao de cidos carboxlicos com diami-

    nas. Propriedades como alto brilho, adeso, baixa resistncia s altas tem-peraturas (selagem e cozimento), boa resistncia gua e s baixas tempera-turas, so caractersticas desta resina.

    Resinas poliuretnicas Obtidas atravs da reao de poli-condensao de um poliol com um iso-

    cianato. As propriedades oferecidas por estas resinas so resistncia qumica, adeso e boa resistncia alta temperatura.

    Resinas cetnicas So obtidas de reaes entre cetonas cclicas e formaldedo (formol). Pos-

    sui estabilidade em sua estrutura, por ser saturada. As caractersticas destas resinas so a alta transparncia, alto brilho, secagem, flexibilidade e melhora da printabilidade.

    Resinas acrlicas Obtidas da reao de polimerizao do metilmetacrilato em reaes de

    adio. Possui alto brilho, resistncia qumica e adeso.

    Resinas melamnicasSo obtidas a partir da melamina e do formaldedo. Suas caractersticas

    so alta resistncia trmica, dureza, resistncia qumica e fsica.

    Resinas para tintas UV e EB As resinas para UV e EB diferem das demais pelo seu tamanho de cadeia

    do polmero e reatividade, so chamadas de oligmeros. As mais utilizadas so as derivadas do polister, do acrlico e do poliuretano.

  • 54

    PIGMENTOS

    So substncias insolveis ao meio em que esto aplicadas, podendo ser naturais ou sintticos e, so responsveis pela cor (intensidade, tonalidade etc.), poder de cobertura e solidez luz. Os tipos utilizados em tintas podem ser classificados em inorgnicos ou orgnicos (brancos, pretos, coloridos e metlicos).

    Pigmentos inorgnicos So extrados da natureza na forma de minerais (xidos, sais e complexos

    de metais, normalmente de transio) ou so sintetizados (reaes qumi-cas). Os pigmentos brancos podem ser o dixido de titnio (TiO2), xidos de alumnio etc. Os coloridos so xidos, cromatos, compostos de coordenao de metais de transio (complexos), entre outros. Nesta classificao, tam-bm se encontram os pigmentos metlicos.

    Alguns pigmentos inorgnicos esto entrando em desuso devido concen-trao de metais pesados, como chumbo, brio etc.

    Pigmentos orgnicos Obtidos atravs de snteses (reaes qumicas), a partir de derivados do

    petrleo, como o alcatro de hulha. Podem possuir em sua estrutura metais como o brio, clcio ou cobre. Por exemplo, azul ftalocianina, amarelo de ben-zidina, vermelho de lithol, negro-de-fumo etc.

    Comparativo entre pigmentos inorgnicos e orgnicos

    OrgnicosInorgnicos

    Alto peso especficoOpacosRefletem a luzMdia intensidadeBoa solidez luzBaixa absoro de leo

    Baixo peso especficoTransparentesPermite a passagem da luzBoa intensidadeSolidez luz varivelAlta absoro de leo

  • 55

    Pigmentos brancos Um dos pigmentos brancos mais utilizados o dixido de titnio.

    Obtido do minrio anastsio ou rutilo. Estes pigmentos possuem caractersticas como alta opacidade, alto ndice de refrao, brilho (ru-tilo), amarelado (anastsio), inrcia qumica e abraso.

    Pigmentos pretos O principal exemplo o negro-de-fumo, obtido atravs da queima

    incompleta de derivados do petrleo. Este pigmento possui partculas diminutas, com isso oferece um maior poder de cobertura. Outras caractersticas so: inrcia qumica e alta solidez luz.

    Pigmentos metlicos So pigmentos inorgnicos de alumnio, lato ou cobre, que do uma

    aparncia metlica s tintas. Problemas como instabilidade, coeso e sedimentao podem ocorrer com este tipo de pigmento.

    CORANTES

    So substncias orgnicas solveis no solvente da tinta. Tm a mesma funo do pigmento, porm possuem menor solidez luz e maior poder tintorial.

    Corantes bsicos As anilinas so os corantes mais conhecidos, e possuem na estrutu-

    ra orgnica tomos de nitrognio. O arranjo e a estrutura das cadeias definem os corantes.

    Corantes fluorescentes So solues fracas de corantes bsicos (por exemplo: vermelho,

    amarelo e azul) dissolvidos em uma resina. Devido sua composio qumica, baixa concentrao de cor e alta solubilidade, sob a luz UV e visvel, se tornam fluorescentes e brilhantes.

  • 56

    Comparativo entre corantes e pigmentos

    Resistncia luz

    * Existem pigmentos que possuem baixa resistncia luz, embora esta seja maior do que a resistncia de um corante.

    PigmentosCorantesPropriedades

    CorResistncia luzResistncia ao sangramentoResistncia qumicaResistncia ao calorTransparnciaReologia

    Forte e brilhanteFracaFracaFracaFraca mdiaBoaBoa

    Varia de forte a fracaForte*Mdia excelenteMdia excelenteMdia excelenteBoaFraca boa

    Tempo de exposio outdoor (em dias)Grau de solidez luz

    12345678

    4142870100140160360

  • 57

    SOLVENTES

    So substncias lquidas volteis, que promovem solues homogneas com os componentes neles dissolvidos. Devem ser observados os seguintes parmetros para o uso do solvente adequado: seu poder de solvncia, sua velocidade de evaporao, seu odor caracterstico, seu custo e segurana.

    A classificao do solvente pode ser de acordo com a solubilidade da resina ou pela evaporao. Os solventes, quando classificados de acordo com a solubilidade da resina, podem ser:

    Verdadeiros: solubilizam a resina; Co-solventes: solubilizam parcialmente a resina; Diluentes: no solubilizam a resina.

    A classificao quanto evaporao pode ser:

    Leves: P.E. < 100 C; Mdios: 120 C > P.E. > 100 C; Pesados: P.E. > 120 C.

    Alcois Os lcoois so os solventes mais comuns em tintas lquidas, o metanol

    um timo solvente da resina nitrocelulose, porm txico. O etanol (lcool etlico) solubiliza parcialmente as resinas, porm no txico. O lcool iso-proplico ou propanol possui baixo poder de solvncia; utilizado junto com o etanol para controlar a secagem.

    steres Os acetatos de etila e de isopropila so amplamente utilizados nas tin-

    tas lquidas para rotogravura e flexografia, como aceleradores da secagem. O acetato de n-propila possui uma taxa de evaporao igual ao etanol, sendo utilizado nas mesmas aplicaes. Os steres so aplicados em flexografia em pequenas propores, pois podem agredir o clich.

  • 58

    Cetonas Os solventes destes grupos so a propanona, comercialmente chamada

    de acetona, o metil-etil-cetona (MEK) e o metil-isobutil-cetona (MIBK). So solventes leves, com forte odor caracterstico. Esto atualmente em desuso.

    Hidrocarbonetos alifticos e aromticos Dentre estes, destacam-se o heptano, o toluol e o xilol. Estes solventes

    tm aplicaes restritas, por exemplo, os solventes alifticos (hexano, hep-tano e octano, nafta) so utilizados misturados em tintas pastosas, j os sol-ventes aromticos foram aplicados apenas em tintas para rotogravura, pois estes solventes so incompatveis com clichs, blanquetas e rolos de borracha. Atualmente o uso dos solventes alifticos e aromticos est sendo restringido devido ao odor residual e toxicidade que apresentam.

    Glicis (polilcoois) So solventes com baixa taxa de evaporao, por isso so aplicados como

    retardadores nas tintas lquidas. Os mais conhecidos so o etil-glicol (em desuso) e o butil-glicol. Estes solventes esto sendo restringidos, devido ao seu odor residual e pela toxicidade que apresentam, sendo substitudos por teres de-rivados de glicis (menos txicos), entre eles esto o etileno-glicol etil ter e o propileno-glicol monoetil ter, sendo encontrados no mercado com nomes comerciais como: Celosolve e Dowanol. Estes solventes devem ser utilizados em pequena quantidade. Por serem de evaporao lenta, podem ficar retidos na tinta, causando odor residual, blocagem, falhas de laminao etc.

    gua Aplicada em tintas para papel, as conhecidas tintas base dgua. A gua

    utilizada como diluente e solvente, em conjunto com outros solventes mais leves, por exemplo, o etanol, para diluir suspenses (ltex) acrlicas. As tintas base gua trabalham com um pH acima de 7, e quando este meio se torna cido (pH < 7) a tinta empasta (coalha). Para evitar este efeito so aplicados estabilizantes amoniacais.

  • 59

    FLUXO DE FABRICAO

    As tintas lquidas so produzidas para os sistemas de impresso rotogr-fico, flexogrficos e serigrficos, nos quais a secagem ocorre por evaporao do solvente. Por serem sistemas de impresso rotativos de alta velocidade, as tintas utilizam solventes volteis.

    As tintas lquidas seguem um fluxo, que pode ser resumido em:

    Obteno da resina; Preparao do veculo: mistura da resina com solvente; Homogeneizao ou mistura: mistura do veculo com pigmentos e aditivos; Moagem ou disperso: quebra dos aglomerados de pigmentos; Filtrao: remoo de sujeira e partculas indesejveis; Controle de qualidade: verificao com as especificaes; Embalagem.

    VISCOSIDADE DA TINTA

    Viscosidade de tinta em mquina A viscosidade pode ser definida como o estado de uma substncia, fluida

    ou semi fluida, que, em razo do esfregamento interno das suas diferentes camadas entre si, apresenta maior ou menor dificuldade de escoamento, como j foi definido. A viscosidade pode ser entendida como a medida de atrito entre as camadas internas de um fluido.

    No rpido nem fcil medir a viscosidade. Por isso foi desenvolvido um mtodo comparativo para medio. Consiste em marcar o tempo de es-coamento de determinado volume de tinta atravs de um orifcio de dimetro conhecido. A unidade de medida o segundo.

    Este sistema de medio utilizado em produo e os viscosmetros mais comuns so o copo FORD-4 e o copo ZAHN-2, com medio por processo manual.

  • 60

    A viscosidade em funo da temperatura

    Quanto maior a temperatura, menor a viscosidade. Maior viscosidade sig-nifica escoamento mais lento, logo, maior tempo em segundos; menor viscosi-dade, menor tempo em segundos.

    Outro fator importante para o controle de viscosidade a taxa ou veloci-dade de evaporao do solvente. O solvente no deve evaporar muito rpido, para que a tinta no fique seca no interior dos alvolos, nem muito lentamente para que no ocorra blocagem.

    Por necessidade fsica, a viscosidade das tintas flexogrficas baixa - 20 a 35 em copo ZAHN-2. Isto permite que a tinta flua rapidamente e uniforme-mente do alvolo para o substrato de impresso.

    A viscosidade correta funo da largura dos alvolos, do diferencial de profundidade dos alvolos, da velocidade da impressora, da taxa de evapo-rao dos solventes, da distncia entre a racle e o ponto de impresso e da afinidade e absoro do substrato.

    Em trabalhos crticos, somente uma estreita faixa de valores de viscosi-dade produzir um bom resultado. Uma viscosidade muito elevada impede o correto preenchimento dos alvolos e uma adequada transferncia para o substrato no ponto de impresso, devido ao efeito de tenso superficial criado nas paredes do alvolo, ocasionando problemas como: entradas de faca, re-ticulagem e perda de detalhes nas reas de mnima.

    De outro lado, tintas com viscosidade muito baixa tambm levam a uma printabilidade ruim.

    Neste caso, as tintas tendem a deixar os alvolos muito rapidamente, re-produzindo bem as regies de mnimas, enquanto liga os pontos nas regies de mxima, produzindo efeito indesejvel. Um dos piores efeitos a marmori-zao, onde estrias de cores claras e escuras aparecem na rea impressa. Alm disso, com tintas de baixa viscosidade pode ocorrer a sedimentao dos pigmentos e vernizes, que so mais pesados, acarretando considervel perda de fora.

  • 61

    Os substratos de impresso consistem em todos os materiais que sero utilizados como suporte para imprimir. Dentre estes esto os papis, plsticos e metais (alumnio e folha de flandres). Estes podem ser classificados como celulsicos, plsticos e metais.

    CELULSICOS OU PAPIS

    O papel consiste em um conjunto de fibras vegetais (celulose) entrelaa-das, que forma uma folha com caractersticas prprias de absoro, lisura, gramatura, espessura, de acordo com sua fabricao. As fibras de celulose so obtidas de rvores, que, no Brasil, vm normalmente do eucalipto ou do pinheiro. A madeira, na forma de cavacos (pequenos fragmentos), passa por processos fsicos e qumicos, que envolvem etapas de separao por elimi-nao de lignina, lavagem e branqueamento. Todo este fluxo chamado de polpao.

    A formao da folha acontece na mquina de papel, onde a sequncia de operaes resumida na preparao e aditivao da massa, formao da folha na tela formadora, drenagem e eliminao de gua por prensagem, secagem da folha, ajuste de espessura e lisura na calandragem e embobina-mento.

    De maneira geral, os papis oferecem caractersticas como boa resistn-cia trao, baixo alongamento, opacidade, printabilidade e porosidade. Es-tas caractersticas variam de acordo com o tipo de papel e da fabricao do mesmo.

    Tipos de papis

    Offset: produzido com pasta qumica branqueada, com gramaturas de 60g/m2 a 150g/m2. Normalmente encontrado em miolo de livros.

    Apergaminhado: fabricado com pasta qumica branqueada, com acabamento superficial nos dois lados. Utilizados para cadernos e envelopes.

    9 SUBSTRATOS DE IMPRESSO

  • 62

    Produzido com gramaturas de 50 a 90g/m2.

    Couch: consiste em um papel base, revestido com camada de pigmen-tos e ligante (ltex), podendo receber cobertura em um ou nos dois lados. O tipo de acabamento pode ser brilhante, fosco ou com textura. Produzido com gramaturas de 70g/m2 a 270g/m2. Utilizado em trabalhos com maior quali-dade, tais como catlogos, livros, revistas e rtulos.

    LWC (Low Weight Coated): papel com revestimento de baixa gramatura, fabricado com pasta mecnica e qumica, utilizado na impresso de revistas e catlogos. Imprensa: papel utilizado na impresso de jornais e peridicos. Fabricado com pasta mecnica ou quimimecnica, com gramatu-ras de 45g/m2 a 56g/m2.

    Monolcido: papel fabricado com pasta qumica, que recebe acabamento especial em um lado da folha. Fabricado com gramaturas de 60g/m2 a 90g/m2. Utilizado em sacolas, rtulos e papel fantasia.

    Kraft: papel com alta resistncia mecnica, de colorao parda (po-dendo ser branqueado), com gramatura de 30g/m2 a 90g/m2. Utilizado como papel de embrulho, sacolas e capas de papelo ondulado.

    Papelo ondulado: constitudo de, ao menos, dois elementos (capa e miolo), formando uma estrutura com elevada resistncia. Tambm chamado de corrugado, o papelo ondulado pode ser classificado pelo tipo de onda e por nmero de paredes. Utilizado, normalmente, como embalagem de trans-porte, na forma de caixas.

    Carto: formado por pasta qumica branqueada, constitudo por uma base revestida com uma folha. Os cartes formados por duas camadas so conhecidos como duplex, e os de trs camadas, triplex. As gramaturas variam de 200g/m2 a 600g/m2. So utilizados para a produo de embalagens.

    Celofane: Polmero obtido da celulose regenerada, em processo qumi-co complexo, possui como caractersticas resistncia mecnica, estabilidade trmica, higroscpia e transparncia. As aplicaes envolvem algumas em-balagens ou como embrulho.

  • 63

    POLMEROS

    Grupo formado por macromolculas de elevada massa molecular, que con-ferem caractersticas variadas de acordo com o tipo de plstico como leveza, resistncia trao e ao rasgo, dureza e flexibilidade, entre outras. Os plsticos so polmeros que podem ser moldados por calor e compresso.

    Polietileno (PE)Obtido pela polimerizao do etileno (C2H2), por mtodos que envolvem ou no os catalisadores. Os tipos de polietilenos so compreendidos em: PEBD polietileno de baixa densidade (densidade varia de 0,910 g/cm3 a 0,925 g/cm3), PEMD polietileno de mdia densidade (0,926 g/cm3 a 0,940 g/cm3), PEAD polietileno de alta densidade (0,941 g/cm3 a 0,965 g/cm3) e PEBDL polietileno de baixa densidade linear. A variao de densidade permite que existam propriedades diversas para os polietilenos, especialmente aquelas relacionadas trao, alongamento, rasgo e perfurao.

    Caractersticas: resistncia mecnica (trao, perfurao e rasgo), barreira umidade (H2O), permeabilidade a gases (O2, CO2), resistncia qumica a ci-dos, resistncia a leos e gorduras, selabilidade a quente, baixa estabilidade trmica.

    Aplicao: sacolas de supermercado (PEBD e PEAD), embalagens para produtos secos e gros (arroz, feijo, acar), camada interna de diversas em-balagens laminadas (caf a vcuo, longa vida, p para refresco, entre outros).

    Polipropileno (PP) Obtido da polimerizao do propileno (C3H6). De acordo com o mtodo

    de transformao, pode ser classificado como polipropileno mono-orientado (CPP) ou polipropileno bi-orientado (BOPP).

    Caractersticas: transparncia, brilho, resistncia trao (BOPP), re-sistncia gordura, barreira umidade, estabilidade trmica, permeabilidade a gases, selabilidade a altas temperaturas (CPP). No caso do BOPP, este pode ser produzido com vrias camadas, por coextruso, o que permite a aplicao como embalagem de chocolates e sorvetes.

  • 64

    Aplicaes: embalagens de massas desidratadas (macarro), bolos, sal-gadinhos (snacks), sorvetes, chocolates e biscoitos.

    Polister (PET) Obtido da policondensao de dicidos carboxlicos e polilcoois. O tipo

    mais conhecido o obtido do cido tereftlico e do etileno glicol, ao qual se d o nome do polmero de polietileno tereftlico ou politereftalato de etileno.

    Caractersticas: alta transparncia, alta resistncia trao, baixa re-

    sistncia ao rasgo, estabilidade trmica, resistncia qumica, resistncia a leos e gorduras, no selvel a quente, alto brilho.

    Aplicaes: camada de impresso em embalagens laminadas, garrafas de bebidas (refrigerantes e gua mineral), bandejas e blisters.

    Poliamidas (PA)Obtidas da policondensao de dicidos carboxlicos e diaminas, so clas-

    sificados de acordo com a cadeia formada pelo cido e amina, por exemplo: PA6, PA6,6; e PA12. As poliamidas so conhecidas comercialmente como Ny-lon (DuPont)

    Caractersticas: capaz de absorver gua (higroscpia), resistncia mecnica (trao, rasgo, impacto), resistncia a leos e gorduras, no selvel a quente, barreira a gases (quando seco), permevel a gases (quando mido).

    Aplicaes: embalagens de embutidos (mortadelas, apresuntados, pats), camada de barreira a gases em estruturas coextrusadas (presunto, queijos amarelos).

    Poliestireno (PS)Obtido da poliadio de monmero estireno. Quando obtido com alta

    transparncia, na forma de chapas, este tipo de PS chamado de cristal. Na forma expandida chamado de Isopor (Basf).

    Caractersticas: rigidez, isolante trmico (expandido), brilho, transparn-cia, solvel em solventes polares e apolares.

    Aplicaes: bandejas para produtos refrigerados e fatiados (iogurte, car-

  • 65

    nes, laticnios, presunto), descartveis (copos, pratos, utenslios), blisters (comprimidos).

    Policloreto de vinila (PVC) Obtido da polimerizao do cloro-etileno (C2H3Cl).

    Caractersticas: rigidez, resistncia qumica, elasticidade (PVC plastifica-do), brilho, isolante, impermevel a gases e umidade.

    Aplicaes: filmes stretch (para alimentos em geladeira), camada barreira em filmes coextrusados. Na construo civil muito utilizado na forma de tubos e conexes.

    ALUMNIO

    um metal extrado da bauxita (minrio) e tratado para a obteno da alumina, que o hidrxido de alumnio hidratado. O alumnio reduzido para a forma metlica por mtodos de eletrlise.

    Caractersticas: estabilidade dimensional, barreira a gases e umidade, barreira luz, resistncia a leos e gorduras, baixa resistncia mecnica, baixa resistncia ao rasgo.

    Aplicaes: camada de impresso em tampas (iogurte, requeijo, man-teiga), camada de barreira em embalagens laminadas e/ou pasteurizadas (longa vida, refrescos, sopas, pats). Na forma de chapas podem ser obtidas as latas para bebidas.

    RECICLAGEM

    A maior parte das embalagens pode ser reciclada, ou podem ser processa-das para produo de outros materiais (sacolas, pentes etc.). Para tanto, o pro-cesso deve ser realizado de acordo com as caractersticas de cada material, sendo, assim, necessria a coleta seletiva. Hoje j possvel reciclar embala-gens laminadas de vrios materiais diferentes, caso tpico das embalagens

  • 66

    longa vida (Tetrapak), porm, quanto mais camadas possuir a embalagem, mais cara ser sua reciclagem. Segue abaixo uma tabela dos materiais plsticos reciclveis, segundo sua classe, de acordo com a norma ABNT NBR 13230: Simbologia indicativa de reciclabilidade e identificao de materiais plsticos Simbologia, que indica o tipo de material plstico pelo nmero:

    Classificao das resinas plsticas, conforme ABNT NBR 13230:2008

    Classe Resina Plstica

    1 PET

    Aplicaes

    Embalagens de refrigerantes, bandejas.

    2 PEAD Sacolas, frascos de produtos de limpeza, utenslios domsticos.

    3 PVC e PVDC Tubos e conexes, filmes stretch.

    4 PEBD Sacolas, embalagens de alimentos (feijo, arroz, acar).

    5 PP Embalagem de chocolate, sorvetes, balas, massas desidrata-das, bandejas, frascos de produtos de limpeza e higiene (xampu).

    6 PS Isopor, bandejas, descartveis (copos, pratos, utenslios).

    7 Outros Filmes de outros polmeros, laminados, camadas coextrusadas (PVDC, PA, EVOH, (EVA)

  • 67

    IMPRESSO

    Ato ou efeito de imprimir. Qualquer processo destinado a reproduzir, com ou sem tinta, sobre um suporte (papel, tecido, plstico, folha de flandres, ma-deira etc.), textos e imagens gravados ou moldados em matrizes adaptadas a prensas dos mais diversos sistemas de impresso. As reprodues grfi-cas podem ser obtidas nas mquinas impressoras com o contato direto da matriz com o suporte (impresso direta), essa uma das caractersticas da impresso em flexografia.

    10 IMPRESSO

    Mquina de banda estreita

    Mquina de banda larga

  • 68

    GANHO DE PONTO

    Ganho de ponto definido como o aumento ou deformao no ponto de retcula, ocorrido na impresso em relao ao original. As principais variveis envolvidas no surgimento do ganho de ponto so: as presses exercidas entre o clich e o substrato e/ou clich no anilox. Tambm pode ocorrer ganho do ponto devido alterao de viscosidade, escolha de dupla face, desgaste do clich ou absoro pelo substrato.

    Outras formas de ganho de ponto so derivadas dos equipamentos de impresso, onde a condio mecnica, tipo, modelo ou fornecedor, mesmo que em condies controladas, influenciam na formao do ponto. Para essa situao deve ser feita uma curva de caracterizao da impressora, por meio da qual se descobre, atravs de um teste (TestForm), qual o ganho real do equipamento.

    Exemplo de imagem com impresso normal

  • 69

    GERENCIAMENTO DE CORES

    O gerenciamento de cores em flexografia um processo complexo e es-pecfico. Este assunto sozinho poderia ser tema de muitas pginas. Por isso esta comisso optou por no entrar em maiores detalhes.

    importante, no entanto, que ele no seja deixado de lado. Para o correto encaminhamento do gerenciamento de cores e elaborao de provas adequadas deve-se seguir a Norma ABNT NBR ISO 12647-6, Tecnologia gr-fica Controle de processo e separao de cores, prova e impresso Parte 6: Impresso flexogrfica.

    Exemplo de imagem impressa com ganho de ponto

  • 70

    Segundo Norma Regulamentadora 06, considera-se Equipamento de Pro-teo Individual (EPI), todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.

    A legislao que trata de EPI no mbito da segurana e sade do trabalhador estabelecida pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT).

    A Lei 6514, de dezembro de 1977, que o Captulo V da CLT, estabelece a regulamentao de segurana e medicina no trabalho.

    Equipamentos de proteo individual segundo setor

    11 LEGISLAO SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI)

    Coord. Prod. Impressora

    BO

    TIN

    A C

    OM

    BIQ

    UEI

    RA D

    E A

    O

    EPIS

    DIS

    PIN

    VEI

    S

    CREN

    E PR

    OTE

    TOR

    DE

    SEG

    URA

    NA

    LUVA

    AN

    TI C

    ORT

    E

    LUVA

    NIT

    RLI

    CA

    CU

    LOS

    DE

    SEG

    URA

    NA

    PRO

    TETO

    R A

    URI

    CULA

    R PL

    UG

    PRO

    TETO

    R A

    URI

    CULA

    R CO

    NCH

    A

    SAPA

    TO D

    E SE

    G. S

    EM B

    ICO

    DE

    AO

    RED

    E D

    E CA

    BEL

    O (T

    OU

    CA)

    P E E N L L

    ML

    ML

    ML

    ML

    L

    QC

    Supervisor Prod. Embalagem

    Enc. Produo II

    Aux. Tcnico Administrativo

    Operador de Produo

    E.P.I

    FUNO

  • 71

    TAREFAS A SEREM EXECUTADAS

    C Manusear materiais ou objetos cortantes, abrasivos ou perfurantes

    E - Contato c/ produtos qumicos (lquidos, gases, vapores, aerodispersides)

    L - Trabalhos em local com rudo excessivo

    M - Transitar pela rea produtiva

    N - Operaes que envolvam a projeo de material particulado

    P - Risco de queda de objetos sobre os ps

    Q - Trabalho com risco de agarramento dos cabelos

    Tempo de vida til estimado

    01 MS

    03 MESES

    08 MESES

    12 MESES

  • 72

    12 ESCALA PARA AVALIAO DAS VARIVEIS DA IMPRESSO FLEXOGRFICA

    Esta escala foi gerada pelo comit, com o intuito de dar uma referncia de qualidade de impresso flexogrfica.

    Atravs da anlise de oito elementos de controle possvel verificar desde a gerao do fotolito, gravao do clich, montagem (dupla-face) e impresso (substrato, presso, anilox, tinta viscosidade e secagem).

    A escala esta disponvel para download no site www.abtg.com.br, EN-TRANDO EM DOWNLOADS > Manuais ONS-27 > Manual de Flexografia; ou pelo link:

    http://www.abtg.org.br/index.php/downloads/cat_view/202-manuais-ons-27/208-manual-de-flexografia

  • 73

    Est escala dever ser gravada com os parmetros (lineatura, densidade, grafismo) j utilizados pelo convertedor.

    Comisso de Estudo de Processos em FlexograaEmpresa

    00 01 02 03 04 05 10 25 50 75 90 95 100

    DataClicheMarca Dupla-Face

    EspessuraCdigo

    ImpressoraVelocidadeTipo de tintaViscosidadeTipo de AniloxLineaturaBCMSubstrato

    verso 09/2012

    ABTG 8 point

  • 74

    ELEMENTOS DE CONTROLE:

    A Faixa com 30% de ponto, para anlise de uniformidade de gravao.

    B Degrad linear para anlise de contraste, tanto em entrada quanto em sada de mquina.

    C Degrad radial, para anlise de impresso do ponto de mnima e presso.

    D Controle de presso visual (esta foi colocada nos cantos para anlise de uniformidade de presso).

    E Imagem de referncia (foi tratada com ponto de mnima de 1%). O valor efetivamente gravado depende das variveis do sistema de cpia do clich

    F Escala de porcentagens, dever ser lida em cada uma das fases para anlise de ganho de ponto final. Espera-se que o ganho de ponto ao final do processo seja de, no mximo, 15% em relao ao arquivo.

    G Dados tcnicos para controle da anlise. Somente com todos dados pos-svel fazer uma anlise correta da impresso.

    H Elementos trao para anlise de textos, linhas positivas e negativas.

    Os defeitos de impresso identificados com o uso desta escala podem ter diferentes causas. Apenas uma anlise tcnica atenta pode encontrar as pos-sveis solues para cada problema.

  • 75

  • 76

    BIBLIOGRAFIA e REFERNCIAS

    ______. Histria do revestimento de papel e carto no brasil. Disponvel em:. Acesso em 21 fev. 2012.

    FAZENDA JARDIM REFLORESTAMENTO. Tipos de papis. Disponvel em:. Acesso em 08 fev. 2012.

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    SANTOS, E.L. A Fabricao do Papel. Revista Tecnologia Grfica. Ano IX, n. 46. Agosto. So Paulo. 2005.

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  • 77

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    GRUPO ELABORADOR

    Coordenador Elcio de Sousa | SENAI-SP [email protected]

    Secretria Mara de Oliveira | ABTG [email protected]

    Adolfo Chacon | Solprat Celso Augusto Machado | SunChemical Marcelo Gonalves de Matos | SunChemical Mara da Costa P. N. da Luz | ABTG Mara de Oliveira | ABTG Mauricio Buchino Pontes | ABTG Gisele Ambrsio dos Santos | ABTG Michael P. Eckert | GDC Maurcio Silva Castro | Brylcor Tintas Evandro B. Zambuzi | Grupo Orsa Demerval Souza | Zamberetti Jair Grandizoli | 3M Rodrigo Duarte | 3M Mauro Freitas | Flint Group Mateus Moreira | Flint Group Wilson Caetano Bonaldi | Flint Group Wagner Sanches de Lemos | FlexSystemEmersom Viotto Lambert | SENAI-Barueri Jair Feitosa | SENAI-Barueri Alex Correia | SENAI-SP Carlos Paiva | C. Paiva Business Patrcia Monegatto | ABTG Priscila Cristina S. Igidio | SENAI-Barueri Regina F. De Souza | SENAI-Barueri Sabrina Idelfonso Leite | SENAI-Barueri

  • 79

    EMPRESAS PARTICIPANTES

  • 80

    Realizao:

    Patrocnio:

    Apoio:

  • 81

    Anotaes:

  • 82

    Anotaes:

  • 83

  • 84

    Associao Brasileira de Tecnologia Grfica

    Rua Bresser, 2315 | Bloco G | MoocaSo Paulo-SP | CEP 03162-030www.abtg.org.br