Manual de Normas e Rotinas para o Atendimento Ambulatorial
Transcript of Manual de Normas e Rotinas para o Atendimento Ambulatorial
Clínica Odontológica Universitária
Clínica Odontológica Universitária - COU
Comissão de Controle de Infecção Odontológica -
CCIO
Manual de Normas e Rotina para o
Atendimento Ambulatorial
3º edição revisada
Londrina
2014
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REVISÃO
Este Manual foi revisado na sua 3º edição pela Comissão de Controle de
Infecção Odontológica da Clínica Odontológica Universitária da Universidade
Estadual de Londrina, composta pelos seguintes membros:
Enfª Patrícia Helena Vivan Ribeiro - Coordenadora da CCIO
Profª Cibele Cristina Tramontini – Depto de Enfermagem
Profª Marília Franco Punhagui – Depto MOOI
Profº Marcio Grama Hoepner – Depto ODO
Jeanne Maria Evangelista Bergamim - Representante Técnico - Administrativo
Celi de Camargo da Silva – Representante Discente
Polyane Mazucatto Queiroz – Representante Discente
Administração
Diretor – Profº Dr. José Roberto Pinto
Chefe de Divisão Clínica – Profº Dr. Carlos Eduardo de Oliveira Lima
Chefe de Divisão Administrativa – Genival Severino
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1. JUSTIFICATIVA
É sabido que em clínicas odontológicas existe grande chance de
contaminação através da cavidade bucal, meio extra-bucal e das superfícies,
tanto de instrumentos quanto de mobiliários. Assim, é indiscutível a
necessidade do controle de contaminação nas condutas clínicas, a fim de que
se busque um trabalho mais seguro, tanto para o profissional/aluno quanto
para o paciente.
A adoção das medidas de biossegurança constituem uma tentativa para
reduzir os riscos de transmissão de microrganismos de fontes conhecidas e
não conhecidas, sendo designadas para o atendimento de todos os pacientes,
ou seja, devem ser aplicadas sempre que existir o risco de contato com sangue
e todos os fluidos corporais dos pacientes
Assim sendo, a Comissão de Controle de Infecção Odontológica (CCIO)
estruturada em conformidade com a Resolução Nº 011/94 da Secretaria de
Saúde do Estado do Paraná, estabelece, por meio do Manual de Normas e
Rotinas para o Atendimento Ambulatorial, procedimentos que os professores e
estudantes deverão adotar para que o desempenho das atividades clínicas
atenda o que preconiza a legislação vigente.
Os procedimentos descritos neste Manual deverão ser seguidos
consistentemente no atendimento de todos os pacientes. Devido às limitações
inerentes a condição clínica do paciente, não é possível para o profissional de
saúde determinar o seu estado infeccioso, uma vez que:
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1. muitos pacientes infectados não sabem se estão infectados e
que o seu sangue ou saliva é capaz de transmitir certas doenças
infecciosas;
2. alguns pacientes não revelam ao profissional de saúde o fato
de serem portadores de doenças infecciosas;
3. testes laboratoriais negativos para determinadas doenças
infecciosas não são garantia de que o paciente seja "negativo" no
momento que se apresenta para tratamento ou que assim
permanecerá durante todo o tratamento.
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2. TERMINOLOGIAS
Antissepsia: É o método através do qual se impede a proliferação de
microrganismos em tecidos vivos com o uso de substâncias químicas (os
antissépticos) usadas como bactericidas ou bacteriostáticos. Uma mesma
substância quando usada em objetos inanimados será chamada de
desinfetante, e quando usada em tecidos vivos será chamada de antisséptico.
Artigos: São instrumentos de diversas naturezas que podem ser veículos de
contaminação.
Assepsia: É o conjunto de métodos empregados para impedir que determinado
local, superfície, equipamento e/ou instrumental seja contaminado.
Comissão de Controle de Infecção Odontológica (CCIO): É um órgão de
assessoria à autoridade máxima da instituição e de planejamento e
normatização das ações de controle de infecções odontológicas (RDC Nº
011/94 – SESA –PR)
Desinfecção: É o procedimento de destruição de microrganismos patogênicos
ou não, na forma vegetativa e não necessariamente todos os esporos
bacterianos. A desinfecção pode ser obtida por processos físicos ou químicos.
É utilizada apenas para objetos inanimados.
Equipamento de Proteção Individual (EPI): É todo dispositivo ou produto, de
uso individual pelo trabalhador, destinado à proteção de risco suscetíveis de
ameaçar a segurança e saúde no trabalho.
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Esterilização: É o processo físico ou químico que elimina todas as formas de
vida microbiana, incluindo os esporos bacterianos.
Infecção cruzada: É a transmissão de agentes infecciosos entre pacientes,
profissionais e equipe de saúde bucal, dentro de um ambiente clínico.
Limpeza: É o procedimento utilizado para remoção de sujidades, presentes em
qualquer superfície ou artigo, utilizando-se de ação manual ou mecânica.
Procedimento Não-Crítico: quando não há contato com secreções orgânicas
nem penetração no sistema vascular.
Procedimento Semi Crítico: quando entram em contato com secreções
orgânicas (saliva) sem invadir o sistema vascular (inserção de material
restaurador, aparelho ortodôntico).
Procedimento Crítico: quando há penetração no sistema vascular (cirurgias e
raspagens sub-gengivais).
Reesterilização: É o processo de esterilização de artigos já esterilizado mas
não utilizados, em razão de vencimento do prazo de validade da esterilização
ou outra situação na qual não haja segurança quanto ao processo ou
resultados da esterilização inicial.
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3. UNIFORME E PARAMENTAÇÃO
3.1 - Uniforme
- Roupa branca sem estampas ou bordados coloridos (camisa/camiseta e
calça).
Não será permitido o uso de saia, mini-blusa, blusa com decote ou frente
única, calças capri, bermudas, sandálias, ornamentos como brincos
grandes, piercing, pulseiras.
- Usar sapato branco e fechado, podendo ser tênis ou sapato fechado;
não deve ser de tecido, deve cobrir totalmente o peito do pé e não deve
apresentar sujidade.
3.2 Paramentação :
- JALECO: evita o contato da pele e roupas pessoais com os
microrganismos do campo de trabalho. Deve ser branco de manga
longa, preferencialmente com gola de padre. Seu uso deve ser restrito
ao local de trabalho, ou seja, nos Ambulatórios durante os atendimentos
clínicos.
- LUVAS: deve ser usado um par de luvas de procedimento para cada
paciente, descartando-as após o uso. É recomendado o uso de
sobreluvas de plástico nos procedimentos clínicos, sempre que for
necessário tocar em qualquer superfície sem barreira protetora e após a
realização da tarefa descartá-la, voltando ao atendimento do paciente.
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- MÁSCARA: para proteção das vias aéreas superiores, deve possuir 3
camadas e ser descartável; deve ser substituída sempre que estiver
úmida ou apresentar gotículas, cobrindo completamente a boca, nariz e
mento.
- GORRO: deve ser de tecido ou descartável, cobrir totalmente os cabelos
e deve ser usado durante o atendimento nos Ambulatórios. Caso a
opção seja pelo gorro de tecido, deve ser trocado a cada período de
trabalho e lavado após o uso; caso seja descartável deve ser de uso
único.
- PROTETOR OCULAR: proteção biológica e mecânica, deve ser usado
durante todo o atendimento ao paciente. Os indicados devem possuir
vedação periférica e melhor adaptação ao rosto e, após o uso devem ser
lavados com água e sabão. Não podem ser substituídos pelos óculos
com indicação oftálmica, devem ser associados durante o atendimento.
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4. ORIENTAÇÕES AOS DOCENTES PARA O ATENDIMENTO
AMBULATORIAL
1. Adentrar ao ambulatório previamente ou no horário determinado para o
início das atividades de atendimento aos pacientes, de acordo com
Horário Geral de Aulas, elaborado pelo Colegiado do Curso,
devidamente paramentado conforme orientações no item 3.
2. Supervisionar os estudantes quanto à utilização de uniforme e
paramentação.
3. Orientar e supervisionar os estudantes no preparo dos equipos
(desinfecção do equipo, colocação das barreiras físicas de proteção,
montagem da mesa clínica e auxiliar, etc).
4. Orientar e supervisionar os estudantes, sob sua responsabilidade, no
atendimento aos pacientes.
5. Lavar as mãos ao adentrar o ambulatório, e sempre antes e após trocar
as luvas.
6. Em caso de acidente com material perfurocortante o estudante deverá
ser encaminhado ao setor de apoio clínico para providências conforme
orientações contidas na página 25.
7. Avaliar o procedimento realizado pelo estudante, antes da liberação do
paciente.
8. Orientar o estudante no preenchimento do prontuário e assiná-lo.
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9. Assinar documentos referentes a atestado, declaração de atendimento e
encaminhamento clínico do paciente a outras especialidades.
10. Ausentar-se por definitivo da clínica somente depois de finalizado os
atendimentos dos pacientes pelos estudantes sob sua responsabilidade.
11. Solicitar ao funcionário responsável pelo ambulatório a reposição de
materiais de consumo e/ou equipamentos auxiliares, quando necessário,
bem como comunicá-lo quanto aos problemas no setor que possam
comprometer o andamento das atividades de atendimento.
12. Perante a necessidade de quaisquer esclarecimentos com os
estudantes, isto deve ser realizado de maneira cordial e individual.
13. É proibido consumir qualquer tipo de alimento nos ambulatórios.
14. Durante o atendimento, não permitir a presença de estranhos ou
estudantes não uniformizados, adequadamente, nos Ambulatórios.
15. É PROIBIDO o uso de máscara, gorro e luvas fora dos Ambulatórios,
bem como beber, comer ou fumar nesses locais.
16. Antes, durante e após o atendimento, não conversar em voz alta e
restringir-se somente ao necessário e relativo ao atendimento. Evitar
ruídos desnecessários que possam causar estresse ao paciente.
Obs: Caso os estudantes venham descumprir as normas estabelecidas,
deverá ser aplicado advertência com impresso próprio pelo professor
responsável; em caso de reincidência será comunicado ao colegiado para
providências.
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5. ORIENTAÇÕES AOS ESTUDANTES PARA O ATENDIMENTO
AMBULATORIAL
5.1 Antes do atendimento ao paciente
- O estudante deverá colocar no armário destinado à objetos pessoais
bolsas, cadernos, jóias e outros pertences não necessários ao
atendimento neste mesmo armário.
- Retirar materiais na central de esterilização, segundo os horários de
serviço da mesma.
- Ao adentrar a clínica, o estudante deve estar de jaleco, touca e máscara.
Deve lavar as mãos, secá-las com papel toalha, calçar luvas grossas de
borracha e iniciar a desinfecção:
o Acionar as canetas de alta e baixa rotação por no mínimo 20
segundos.
o Com campo destinado à desinfecção, utilizar Ácido Peracético
0,5% com o campo destinado à desinfecção deve ser feita para
limpeza das superfícies que serão tocadas, sempre do menos
contaminado para o mais contaminado; desinfectar também cabo
e interruptor do refletor, alça do cart, superfície do cart, superfície
da mesa onde são colocados os materiais para atendimento,
canetas de alta e baixa rotação, seringa tríplice, cadeira, conector
do sugador e cuspideira.
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o Caso o estudante opte pelo uso de barreiras, essas devem ser
impermeáveis e descartáveis, devendo ser trocadas a cada
paciente atendido. As superfícies que serão protegidas com
barreiras deverão ser desinfetadas com Ácido Peracético 0,5%
antes do atendimento e após o mesmo. O USO DE BARREIRA
NÃO EXCLUI A NECESSIDADE DE DESINFECÇÃO DA
SUPERFÍCIE, e esta deve ser feita após cada troca de barreira.
- Retirar as luvas de borracha fixar dois sacos plásticos com fita crepe na
lateral do equipo para os resíduos comuns e infectantes (Figura 1).
Figura 1: Saco plástico para resíduos.
- Colocar sobre a mesa auxiliar um campo estéril, e sobre o cart um
babador.
- Abrir materiais estéreis necessários ao atendimento sobre mesa auxiliar
e organizá-los na disposição que melhor convier ao operador e auxiliar,
ou como orientado pelos docentes. Se houver grande espera até a
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chegada do paciente cobrir os materiais sobre a mesa com campo
estéril.
- Colocar sobre a mesa do cart os materiais não estéreis, como
medicamentos, embalagens de microbrush, cotonetes, anestésico tópico
e outros.
- Encaminhar o paciente até o equipo.
- Realizar estudo do prontuário antes de calçar as luvas. Deixar o
prontuário em local de fácil acesso e, caso seja necessária sua consulta
durante o atendimento, usar sobreluvas (Figura 2).
Figura 2: Usar sobreluvas para manusear o prontuário.
- Fazer o ajuste da cadeira e do refletor, colocar o babador e, se
necessário, óculos de proteção no paciente.
- Colocar máscara e óculos.
- Lavar as mãos e calçar as luvas checando e atento para ver se não há
presença de rasgos ou furos. Se houver defeitos, trocá-las.
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5.2 Durante o atendimento ao paciente
- Tratar todos os pacientes como potencialmente infectados (Precauções-
Padrão).
- Usar sempre que possível material descartável; NÃO REUTILIZÁ-LOS.
- PARA EVITAR CONTAMINAÇÃO, todo material que não vai ser utilizado
deve ser removido da área de trabalho durante o tratamento
- Não tocar em objetos ou superfícies como: torneiras, telefones, gavetas,
etc. e se necessário utilizar sobreluvas de plástico (Figura 3).
- Os materiais utilizados para procedimentos restauradores (bisnagas de
resinas e selantes, vidros de materiais, etc.) deverão ser manipulados
preferencialmente pelo auxiliar, com a utilização de sobreluvas.
Figura 3: Utilização de sobreluvas.
- A manipulação do aparelho de RX deve ser feita pelo auxiliar, ou na
ausência deste, pelo operador que fará uso da sobreluvas.
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- Lavar em água corrente as embalagens das películas radiográficas, antes e
após a colocação em contato com a mucosa bucal do paciente.
- O posicionador de radiografia deverá ser lavado com água e sabão e em
seguida realizar fricção com o Ácido Peracético 0,5%.
- Não colocar radiografias usadas ou objetos contaminados no bolso do
avental.
- Evitar ferimentos com instrumentais perfurocortantes, segurando-os com
cuidado redobrado. Não entortar lâminas de bisturi; não realizar o pré-
encurvamento de agulhas descartáveis e instrumentos endodônticos, fazer
isso somente com o emprego de dispositivos especiais.
- As agulhas, após o uso, NÃO DEVEM SER REENCAPADAS para evitar
possíveis perfurações percutâneas ao operador. Devem ser destruídas no
destruidor de agulhas que se encontram nos Ambulatórios ou removidas da
seringa com auxílio de uma pinça (Figura 4).
Figura 4: MUITA ATENÇÃO com o manuseio de perfurocortantes.
- Quando, acidentalmente, houver derramamento de sangue em alguma
superfície ou piso, chamar a atendente ou o funcionário do Setor de
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Serviços Gerais para limpar imediatamente, com um pano limpo embebido
no desinfectante Ácido Peracético 0,5%.
- Moldes, moldagens, modelos, peças de prótese e aparelhos ortodônticos,
devem ser lavados em água corrente para a eliminação de sangue e saliva
residual ou em caso de desinfecção seguir a orientação específica do
docente para o material utilizado.
5.3 Após atendimento do paciente
- Remover as luvas e descartá-las no recipiente para RESÍDUOS
INFECTANTES, procurando não tocar na superfície externa do recipiente.
- Lavar as mãos, orientar, agendar retorno se necessário e dispensar o
paciente.
- Registrar todos os procedimentos e orientações na “Folha de
Procedimentos” que foram executados no paciente e entregá-las para o
professor assinar.
- Devolver os prontuários nos arquivos correspondentes (não é permitido a
retirada de prontuários da escola).
- Após o atendimento a cada paciente, na própria torneira da cuspideira,
sugar abundantemente com água para limpar a borracha do sugador.
- Calçar as luvas de borracha grossa.
- Retirar com muito cuidado os materiais da mesa.
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- Se algum material de consumo / medicamentos foi manipulado sem o uso
da sobreluvas, realizar desinfecção com Ácido Peracético 0,5% antes de
devolvê-lo na caixa.
- Depositar os materiais perfurocortantes (agulhas e lâminas de bisturi) em
recipientes próprios com paredes rígidas, identificados como resíduo
perfurocortante (Figura 5), estes recipientes devem ser utilizados até 2/3 de
sua capacidade máxima.
Figura 5: Recipiente para materiais perfurocortantes.
- Tubetes de anestésicos usados devem ser desprezados como RESÍDUOS
INFECTANTES.
- O saquinho contendo gaze, algodão, bico de sugador descartável, ponta
plástica, luvas e demais materiais considerados contaminados também
deverão ser depositados no recipiente para RESÍDUOS INFECTANTES
(Figura 6).
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Figura 6: Recipiente para resíduos infectantes.
- Restos de amálgamas devem ser acondicionados no frasco de plástico
específico para este fim, com água e tampa, existente no Ambulatório.
- Realizar desinfecção com Ácido Peracético 0,5% nas pontas de alta e baixa
rotação, micro motor, seringa tríplice, pontas do aparelho de
fotopolimerização, alça e interruptor do refletor, controle de manobras da
cadeira, pontas e mangueiras de sucção, mesas auxiliares, cuspideira e na
cadeira.
- Remover todos os campos e colocá-los cuidadosamente no local destinado
(observar se não tem nenhum material / instrumentos no meio dos campos);
- Ao terminar de organizar a área de atendimento, se encaminhar à área de
lavagem de materiais paramentado com gorro, óculos, máscara, jaleco e
luvas grossas de borracha; colocar o avental impermeável que se encontra
no local e com muito cuidado iniciar o procedimento de limpeza dos
instrumentos:
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- Lavar o material com água, sabão e auxilio da escovinha, abrindo
todas as articulações, ao término do processo enxaguar em água
corrente utilizando sempre a pia restrita para lavagem de
instrumental;
- secar bem (principalmente as articulações) com pano disponível para
este procedimento e realizar inspeção visual quanto à qualidade da
limpeza, caso necessário retorne o material para a lavagem;
- acondicionar o material seguindo técnica correta, utilizando a
embalagem de papel grau cirúrgico com filme plático (plastiesteril);
- selar o material, deixando aproximadamente 1cm de folga após a
selagem;
- identificar o material com o nome e número do aluno, série, data de
esterilização e data de validade (3 meses);
- encaminhar o material já embalado, selado e identificado na área de
preparo da Central de Esterilização.
- Encaminhar para esterilização todos os materiais que possam ser
colocados em autoclave (que não seja termossensíveis).
- Lavar, secar e fazer desinfecção com Ácido Peracético 0,5% da luva de
borracha.
- Retirar e lavar com água e sabão os óculos de proteção.
- Remover máscara e gorro descartáveis, descartando-os no recipiente de
RESÍDUOS INFECTANTES.
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- Retirar o jaleco, deixá-lo do avesso e colocá-lo em saco plástico para o
transporte.
OBSERVAÇÃO: As orientações acima devem ser utilizadas nos Ambulatórios
em atendimentos clínicos (procedimentos semi críticos) a fim de evitar a
infecção cruzada.
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5.4 ROTINA PARA O ATENDIMENTO EM PROCEDIMENTOS CRÍTICOS
(Cirurgia e Periodontia)
5.4.1 PARAMENTAÇÃO PARA PROCEDIMENTO CRÍTICO:
- AVENTAL CIRÚRGICO: deve ter colarinho alto e mangas longas, tendo sua
frente sem abertura e o fechamento nas costas, podendo ser de pano ou
descartável. Deve estar esterilizado, ser usado nos Ambulatórios nos
atendimentos cirúrgicos com uso restrito ao local de atendimento;
- LUVAS ESTERELIZADAS: Luvas cirúrgicas esterilizadas devem ser usadas
somente em procedimentos cirúrgicos.
- MÁSCARA: deve ser substituída sempre que estiver úmida ou apresentar
gotículas, cobrindo completamente a boca, nariz e mento. Deve ser
descartável;
- GORRO: pode ser de tecido ou descartável (touca de elástico), desde que os
cabelos fiquem totalmente dentro do gorro e deve ser usado durante o
atendimento nos Ambulatórios;
- PROTETORES OCULARES: devem ser usados durante todo o atendimento
ao paciente. Os indicados devem possuir vedação periférica e melhor
adaptação ao rosto e, após o uso, devem ser lavados com água e sabão. Não
podem ser substituídos pelos óculos com indicação oftálmica, mas devem ser
associados durante o atendimento.
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5.4.2 ROTINA EM PROCEDIMENTOS CRÍTICOS
- O estudante deverá colocar no armário destinado para objetos pessoais
como bolsas, cadernos, jóias e outros pertences não necessários ao
atendimento neste mesmo armário.
- Retirar na central de esterilização os materiais necessários, assim como o
Kit de cirurgia.
- Ao adentrar a clínica, o aluno deve estar de jaleco, touca e máscara e
realizar lavagem das mãos, secá-las com papel toalha, calçar luvas grossas
de borracha e iniciar desinfecção:
- Com ácido Peracético 0,5% com o campo destinado a desinfecção deve ser
feita a limpeza das superfícies que serão tocadas, sempre do menos
contaminado para o mais contaminado; cabo e interruptor do refletor, alça
do cart, superfície do cart, superfície da mesa onde são colocados os
materiais para atendimento, seringa tríplice, cadeira, conector do sugador e
cuspideira.
- Canetas de alta e baixa rotação deverão estar esterilizadas.
- As superfícies que serão tocadas, alça do refletor e comando da cadeira por
exemplo, devem ser recobertas com papel alumínio esterilizado para
manter o campo asséptico.
- As orientações sobre organização e montagem da mesa clínica devem
seguir as orientações das áreas cirúrgicas.
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- O operador (aluno que vai realizar o procedimento) deve se paramentar
primeiro; para isto deve abrir o kit de cirurgia e lavar-se seguindo técnica de
lavagem: palmas, dorso, espaços interdigitais, polegares, articulações,
unhas, extremidades dos dedos e punhos com PVPI ou clorexidina
degermante (o mesmo já deve estar de máscara, gorro e óculos de
proteção). Ao término, enxugar em compressa estéril.
- O aluno que vai auxiliar deve abrir o pacote contendo o avental estéril sem
tocá-lo e deve auxiliar o operador a vestir o avental, depois deve calçar as
luvas estéreis. O auxiliar abrirá as caixas e o operador arrumará a mesa,
podendo este tocar nos materiais esterilizados.
- O auxiliar deve oferecer ao paciente clorexidina 0,12% para antissepsia
intra-oral (bochecho) e com os materiais adequados, o operador deve fazer
a anti-sepsia extra-oral com solução anti-séptica aquosa de PVPI a 10%, ou
de clorexidina 0,12%, ambos com veículo aquoso. Em seguida, colocar o
campo estéril sobre o paciente e conectar o sugador.
- Feito isto, o auxiliar deverá se lavar e se paramentar solicitando o auxilio da
atendente na abertura dos pacotes contendo avental estéril e luva.
- Antes de iniciar o procedimento, acionar as canetas de alta e baixa rotação
por no mínimo 20 segundos.
- Após cirurgia o operador deve retirar as luvas, lavar as mãos e fazer
orientações pós-operatórias ao paciente, preencher seu prontuário
solicitando à assinatura do docente responsável, enquanto isso o auxiliar
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retira os materiais utilizados, lembrando de sugar a própria água da
cuspideira.
- Calçar luvas grossas de borracha.
- Lavar o material com água, sabão e auxilio da escovinha, abrindo
todas as articulações, ao término do processo enxaguar em água
corrente utilizando sempre a pia restrita para lavagem de
instrumental;
- secar bem (principalmente as articulações) com pano disponível para
este procedimento e realizar inspeção visual com auxílio da lente de
aumento quanto à qualidade da limpeza, caso necessário retorne o
material para a lavagem;
- acondicionar o material seguindo técnica correta, utilizando a
embalagem de papel grau cirúrgico com filme plático (plastiesteril);
- selar o material, deixando aproximadamente 1cm de folga após a
selagem;
- identificar o material com o nome e número do aluno, série, data de
esterilização e data de validade (3 meses);
- encaminhar o material já embalado, selado e identificado na área de
preparo da Central de Esterilização.
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6. ORIENTAÇÕES QUANDO OCORREREM ACIDENTES COM PRESENÇA
DE MATERIAL BIOLÓGICO
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Todos os estudantes deverão estar vacinados contra hepatite B e tétano
antes de iniciarem as atividades clínicas e trazer carteira para
comprovação.
- Receber a vacina contra gripe anualmente.
- Em qualquer contato com o paciente durante o tratamento, usar luvas.
Trocá-las para outro atendimento.
- Se precisar sair da área de atendimento, remover e descartar as luvas ou
utilizar sobreluvas de plástico.
- Se o estudante estiver com corte ou feridas nas mãos só será permitido
desempenhar as atividades clínicas após avaliação médica, com a emissão
obrigatória de documento de liberação para o trabalho.
- Dentes extraídos a serem guardados com finalidade de pesquisa ou
estudos, devem ser colocados em solução de formaldeído a 10% por dois
dias, em recipientes próprios.
- Material de biópsia deve ser colocado em solução de formaldeído a 10%,
tomando cuidado para não contaminar o frasco externamente. Lacrar e
identificar corretamente; estar atento ao preenchimento da ficha específica
para biópsias, o encaminhamento e a conservação.
- É PROIBIDO o uso de máscara, gorro e luvas fora dos Ambulatórios, assim
como, comer, beber e fumar neste ambiente de trabalho.
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- Antes, durante e após o atendimento, não conversar em voz alta e
restringir-se somente ao necessário e relativo ao atendimento. Evitar ruídos
desnecessários e que possam causar estresse ao paciente.
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ANEXO 1
ORIENTAÇÃO PARA MATERIAIS QUE SERÃO ENCAMINHADOS PARA A
CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO
Somente não serão esterilizados os instrumentais termossensíveis, ou seja,
os que sofrem danos à exposição ao calor (guta-percha, plásticos, camurça,
pincéis, etc.); os instrumentos de vidro como a placa de vidro e o pote
dapen devem ser desinfetados antes e após o uso com Ácido Peracético
0,5% pois muitos deles devido às suas características não resistem ao
processo de esterilização. Portanto, este setor não se responsabilizará por
qualquer dano a estes materiais.
Todos os materiais encaminhados para esterilização deverão estar limpos e
secos, e SEM a presença de resíduos. Serão esterilizados em autoclave e
deverão ser embalados corretamente, utilizando a embalagem de papel
grau cirúrgico com filme plástico (plastiesteril) (Figura 7). Obs: Esta
embalagem é de uso único (descartável).
Figura 7: Embalagem de Papel Plastiesteril para acondicionamento de
instrumentais.
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NAÕ SERÃO ACEITOS materiais que não estejam acondicionados na
embalagem citada acima, bem como embalagens danificadas.
O material deverá estar identificado com o nome e número do aluno, série,
data de esterilização e data de validade (3 meses). ESTEJA ATENTO
PARA INFORMAR SEU NÚMERO CORRETO.
Só será entregue e retirado material da Central de Esterilização mediante a
apresentação da requisição de materiais.
Respeitar horário de entrega e retirada de material da Central de
Esterilização:
Retirada: das 07:30 às 08:30horas e das 13:30 às 14:30horas
Entrega: das 9h30min às 11:45 horas e das 15h30min às 17:45horas
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AVISOS GERAIS
- Mantenha seu jaleco em condições apropriadas de uso. Sugerimos usar um
jaleco com as “logos” da Universidade Estadual de Londrina e da Odontologia
da UEL, uma em cada ombro, bem como seu nome no bolso do lado esquerdo.
Importante lembrar que o jaleco é um Equipamento de PROTEÇÃO Individual e
deve ser utilizado exclusivamente nos ambulatórios durante o atendimento aos
pacientes.
- Estejam atentos para reorganizar seu equipo, mesa e mocho assim que
finalizar o atendimento. Sua colaboração muito ajudará o trabalho dos
servidores.
- Ao observar algum defeito em seu equipo de trabalho (luz queimada, cadeira
que não atende os comandos, sugador entupido ou outras situações
específicas) anote na “papeleta” fixada próxima à entrada do ambulatório para
que os técnicos possam encaminhar o conserto. Também aqui precisamos de
sua participação e ajuda.
- Não desorganizar os ambientes de trabalho (sala de aula, ambulatórios ou
laboratórios). Procure manter as coisas em seus devidos lugares.
- Estar atento e respeitar o destino correto dos diversos tipos de lixo.
- Tenha consciência de que o prontuário dos pacientes é um documento e
todos, docentes e estudantes, são responsáveis pela sua guarda e segurança.
Esteja atento em preencher a “Ficha de Procedimentos” na íntegra, com
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absolutamente todos os procedimentos realizados, orientações e situação do
paciente.
- Respeitar os horários de funcionamento dos diversos setores (Apoio Clínico,
Ambulatórios e Central de Esterilização). Respeitar as normas e orientações
desses setores.
- Organizar detalhadamente os dados completos de seus pacientes,
(especialmente nome, telefone e endereço), bem como sua agenda de
atendimento; solicitar os prontuários que serão usados respeitando os prazos e
normas do SAA.
- Ser atencioso, prestativo e educado com seus pacientes, porém sem deixar
de ser rígido com relação à seriedade e responsabilidade do tratamento
odontológico.
32
Referências:
APECIH – Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar.
Esterilização de Artigos em Unidades de Saúde, 1998.
APECIH – Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar.
Limpeza, Desinfecção de Artigos e Áreas Hospitalares e Anti-sepsia, 1999.
APECIH – Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar.
Esterilização de Artigos em Unidades de Saúde. 2ª Edição revisada e
ampliada, 2003.
APECIH – Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar.
Controle de Infecção na Prática Odontológica, 2000.
APECIH – Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar.
Limpeza, Desinfecção de Artigos e Áreas Hospitalares e Anti-sepsia. 2ª Edição
revisada, 2004.
BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Processamento de Artigos e
Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. 2ª Edição, 1994
BRASIL, Ministério da Saúde. Controle de Infecções e a Prática Odontológica
em Tempos de AIDS – Manual de Condutas, 2000.
BRASIL, Ministério da Saúde – Secretaria da Saúde de Políticas de Saúde
Coordenação Nacional de DST e AIDS. Manual de Condutas em Exposição
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