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Mark to Market

______________________ Versão 8.0

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Esse manual foi desenvolvido pela área de Risk Management da HSBC Global Asset

Management. Suas informações estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. A HSBC Global

Asset Management não se responsabiliza por eventuais erros tipográficos contidos neste

manual. É vedada a reprodução, alteração e transmissão por qualquer forma ou meio deste

documento, em parte ou em sua totalidade, sem a autorização expressa e escrita da HSBC

Global Asset Management.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 5

CONTROLE DE ALTERAÇÃO ....................................................................................................................... 6

I- PRINCÍPIOS GERAIS .................................................................................................................................. 7

II- VISÃO DO PROCESSO .............................................................................................................................. 8

Estruturas Organizacionais envolvidas no processo ................................................................................. 8

Coleta de Preços .......................................................................................................................................... 10

Tratamento dos preços coletados .............................................................................................................. 10

Aplicação dos preços às carteiras .............................................................................................................. 10

Validação dos dados/preços tratados ........................................................................................................ 10

Situação Anômala de Mercado .................................................................................................................. 10

Papel do ORIC ............................................................................................................................................ 11

III - CRITÉRIOS DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS FINANCEIROS ...................................................... 12

1- MERCADO ACIONÁRIO .................................................................................................................... 12

2- MERCADO DE FUTUROS .................................................................................................................. 12

3- MERCADO DE MOEDAS .................................................................................................................... 13

4- MERCADO DE RENDA FIXA ............................................................................................................ 13 4.1. Títulos Públicos Federais ................................................................................................................ 13

a) LFT ................................................................................................................................................... 13 b) LTN .................................................................................................................................................. 14 c) NTN-C .............................................................................................................................................. 16 d) NTN-B ............................................................................................................................................. 17 e) NTN-D ............................................................................................................................................. 17 f) NTN-F............................................................................................................................................... 19

4.2. Títulos Privados ............................................................................................................................... 19 4.2.1 Critérios de Precificação .............................................................................................................. 19

a) Pré-fixados.................................................................................................................................... 19 b) CDBs com compromisso de recompra ......................................................................................... 20 c) CDBs sem compromisso de recompra .......................................................................................... 20 d) Debêntures.................................................................................................................................... 23 e) CRI - Certificado de Recebíveis Imobiliários............................................................................... 25 f) CCB – Cédula de Crédito Bancário .............................................................................................. 25 g) FIDCs ........................................................................................................................................... 26 h) DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC) .......................................................... 26 i) LFs (Letras Financeiras) ............................................................................................................... 27

Tratamento Especial - Ativos indexados a IPC-A ................................................................................ 28 j) RDBs (Recibos de Depósito Bancário) ......................................................................................... 29 k) Notas Promissórias (NPs) ............................................................................................................. 29 l) Termo de Ações ............................................................................................................................ 30 m) TDA (Títulos da Dívida Agrária) ................................................................................................ 31 n) Letras Hipotecárias e Letras de Crédito Imobiliário .................................................................... 31

4.2.2 Ativos em Default ........................................................................................................................ 31 4.3 Operações Compromissadas – Posições Short ................................................................................ 32 4.4 Operações Compromissadas ............................................................................................................ 33

5.1. Ponta PRÉ ............................................................................................................................................ 33

5.2. Ponta DÓLAR ...................................................................................................................................... 34

5..3. Ponta CDI ............................................................................................................................................ 34

5.4. Ponta TR .............................................................................................................................................. 34

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5.5. Ponta IGP-M/IPC-A ............................................................................................................................ 35

5.6. Ponta Ouro ........................................................................................................................................... 35

5.7. Ponta Franco ........................................................................................................................................ 35

6- MERCADO DE OPÇÕES .......................................................................................................................... 35

6.1. Opções de Ações ................................................................................................................................... 35

6.2. Opções de Câmbio Spot ....................................................................................................................... 36

6.3. Opções de Futuro ................................................................................................................................. 37

6.4. Opções de IDI ....................................................................................................................................... 37

6.5. Opções de Ouro.................................................................................................................................... 39

6.6. Box de Opções ...................................................................................................................................... 40

6.7. Basket de Opções ................................................................................................................................. 40

7 – COTAS DE FUNDOS ............................................................................................................................... 42

8 - Ativos Negociados no Exterior................................................................................................................... 42

9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................... 42

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INTRODUÇÃO

O conceito de Marcação a Mercado (Mark to Market) já é há muito difundido e se refere a um

dos principais pontos do processo de administração de recursos de terceiros.

O MtM consiste em registrar todos os ativos pelos preços transacionados no mercado em casos

de ativos líquidos ou, quando este preço não é observável, pela melhor estimativa de preço que

o ativo teria em uma eventual transação no mercado. Tem como principal objetivo evitar a

transferência de riqueza entre os diversos quotistas de um fundo além de dar uma maior

transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as variações de mercado dos

preços dos ativos estarão refletidas nas quotas, melhorando a comparabilidade entre as

performances.

Tanto a obtenção dos preços no mercado quanto a determinação de um modelo que melhor

precifique os ativos deverão ser feitas de forma clara, transparente, confiável e independente,

podendo-se utilizar fontes como a BM&F, Bovespa, Reuters, Bloomberg, ANBIMA, AE

Broadcast ou modelos difundidos e aceitos como Black&Scholes, Garman entre outros.

Na HSBC Global Asset Management, os ativos são valorizados segundo critérios estabelecidos

pelo nosso Comitê de Risco e operacionalizados pelo Back-Office que possui linha de reporte

independente ao do front-office. Embora ainda não exista formalmente um padrão único de

critérios de marcação a mercado, consideramos que utilizamos as melhores práticas em função

das informações e costumes correntes do mercado.

Constantemente avaliados e aperfeiçoados, buscando sempre a transparência dos processos e o

aprimoramento dos modelos, os critérios foram alterados sempre que surgiram informações

sobre novas práticas de precificação ou quando consideramos necessário ajustar nossos modelos

para uma nova realidade do mercado, ressaltando-se o fato de que fomos pioneiros na marcação

a mercado de títulos privados.

Apresentaremos nesse Manual os critérios de Marcação a Mercado adotados pela HSBC Global

Asset Management, a visão do processo (coleta de preços, tratamento dos preços, validação dos

dados e aplicação às carteiras), os aspectos metodológicos, a estrutura organizacional bem como

os princípios utilizados para o processo de MtM.

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CONTROLE DE ALTERAÇÃO

REGISTRO DE CONTROLE DE ALTERAÇÃO

Mês da Alteração Data

Protocolo na ANBIMA

Descrição da Alteração Responsável

ABRIL/2009 06/04/2009 Descrição detalhada da estrutura dos comitês e processo decisório. Marcelo F Santos Vagner P Guzella

ABRIL/2009 06/04/2009 Processo de precificação de CDBs (variações nas curvas pré-fixadas) e detalhe da análise qualitativa de crédito.

Marcelo F Santos Vagner P Guzella

ABRIL/2009 06/04/2009 Debêntures – descrição da AEC (Análise Equivalente Cruzada) e inclusão de um exemplo de precificação.

Marcelo F Santos Vagner P Guzella

ABRIL/2009 06/04/2009 CCBs – Maior detalhamento do processo de Marcação-a-Mercado para este ativo e adição de um exemplo.

Marcelo F Santos Vagner P Guzella

MAIO/2009 04/05/2009 DPGE – Acréscimo do critério de precificação. Marcelo F Santos Vagner P Guzella

SETEMBRO/2009 01/09/2009 OPÇÕES DE BM&F – Alteração da fonte primária Marcelo F Santos Vagner P Guzella

SETEMBRO/2009 01/09/2009 CDBs – Alteração de método alternativo Marcelo F Santos Vagner P Guzella

JANEIRO/2010 20/01/2010 Moedas (Spot e Forward) – Acréscimo do critério de precificação e das moedas autorizadas para operação.

Marcelo F Santos Diogo A Reis

JANEIRO/2010 20/01/2010 Opções de Câmbio – Acréscimo da lista de moedas autorizadas para operação. Marcelo F Santos

Diogo A Reis

JANEIRO/2010 20/01/2010 Operações Compromissadas – Descrição do processo de tomada de posição vendida (Short) neste tipo de operação.

Marcelo F Santos Diogo A Reis

MARÇO/2010 19/03/2010 Aprimoramento das práticas de precificação de instrumentos de renda variável: Direito e Recibos de Subscrição.

Marcelo F Santos Diogo A Reis

JULHO/2010 02/07/2010 Aprimoramento das práticas de método alternativo para debêntures (aquelas inexistentes na divulgação diária pela ANBIMA).

Marcelo F Santos Carolina Veira

AGOSTO/2010 11/08/2010 Incorporação de Letras Financeiras. Marcelo F Santos

Carolina Veira

NOVEMBRO/2010 19/11/2010 Aprimoramento das práticas de precificação de CDBs em situações anômalas de crédito.

Marcelo F Santos Diogo A Reis

NOVEMBRO /2010 19/11/2010 Opções de Ouro – Acréscimo na lista de derivativos a serem n egociados. Marcelo F Santos

Diogo A Reis

NOVEMBRO/2010 19/11/2010 Incorporação de Backtesting para validar a linha de corte de posição para o a prática de precificação de CDBs e DPGEs.

Marcelo F Santos Diogo A Reis

DEZEMBRO/2010 20/12/2010 Mudança da Linha de Corte para precificação de CDBs, DPGEs e LFs. Passando de R$ 10 Milhões para R$ 5 Milhões.

Marcelo F Santos Diogo A Reis

AGOSTO/2011 15/08/2011 Inclusão do papel ORIC, dos Ativos/Derivativos Novos e Futuros de Moedas (NZD, CHF, CNY, TRY, CLP e ZAR)

Marcelo F Santos Gustavo D Rudink

OUTUBRO/2011 03/10/2011

Alteração do método de precificação para CDBs, DPGEs e LFs indexados a IPC-A. Modificação da fonte alternativa de opções de Bolsa e Câmbio, substituição da volatilidade do ativo-objeto pela volatilidade implícita (média) coletada junto a corretoras. Inclusão de Box de Opções.

Marcelo F Santos Gustavo D Rudink

NOVEMBRO/2011 14/11/2011 Alteração do método alternativo de precificação para Debêntures, redimensionando a hierarquia de fontes alternativas e o prazo de captura das informações da Cetip.

Marcelo F Santos Gustavo D Rudink

MARÇO/2012 27/03/2012

Incorporação e/ou Nova Redação dos seguintes ativos: RDBs, Termo de Ações, NPs, LCI, LH, Ativos no Exterior, Operações Compromissadas. Alteração do prazo de 30 dias para 15 dias das operações existentes no SND no cálculo de fonte alternativa das debêntures.

Marcelo F Santos Alexandre Vernalha

JUNHO/2012 01/06/2012 Incorporação dos seguintes ativos: Cotas de Fundos. Caio A Lucchesi

Alexandre Vernalha

AGOSTO/2012 29/08/2012 Marcação para debêntures sem peer group. Douglas A Guideli

MARÇO/2013 12/03/2013 Alteração de texto referente a marcação a mercado de debêntures, futuro de Selic, futuro de S&P, swap com arrependimento e/ou limitador e revisão geral do manual.

Douglas H Pádua

AGOSTO/2013 20/08/2013 Possibilidade de marcar na taxa de repactuação por 15 dias debêntures repactuadas se as taxas obtidas a partir das fontes primária e/ou secundária apresentarem distorções

Douglas H Pádua

Setembro/2014 30/09/2014

Alteração na metodologia de precificação de LFT Alteração da metodologia de Opções de Ações

Fabio C Zanini

Rodrigo Nelson

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I- PRINCÍPIOS GERAIS

O processo de Marcação a Mercado é feito no HSBC seguindo-se os seguintes princípios de

Marcação a Mercado:

Abrangência: todos os ativos devem ser marcados a mercado;

Melhores Práticas: o processo e a metodologia de MaM devem seguir as melhores práticas de

mercado.

Comprometimento: A instituição deve estar comprometida em garantir que os preços reflitam

preços de mercado, e na impossibilidade da observação desses, despender seus melhores

esforços para estimar o que seriam os preços de mercado dos ativos pelos quais estes seriam

efetivamente negociados.

Equidade: O critério preponderante do processo de escolha de metodologia, fontes de dados

e/ou qualquer decisão de MaM deve ser o tratamento equitativo dos cotistas.

Freqüência: A MaM deve ter como frequência mínima a periodicidade de divulgação das cotas.

Formalismo: A instituição administradora deve ter um processo formalizado de MaM. Para tal,

a metodologia deve ser formalizada em manual e a instituição deve ter uma área ou pessoa

responsável pela qualidade do processo e metodologia.

Objetividade: As informações de preços e/ou fatores a serem utilizados no processo de MaM

devem ser preferencialmente obtidas de fontes externas independentes.

Consistência: Se o administrador é responsável pela precificação de todos os seus fundos, um

mesmo ativo, não pode ter preços diferentes em nenhum dos fundos.

Transparência: Metodologias de marcação a mercado devem ser públicas. O manual completo

deve ser registrado na ANBIMA e mantido sempre atualizado. Aos clientes deve-se, no mínimo,

deixar disponível no site, uma versão simplificada que atenda aos padrões da ANBIMA.

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II- VISÃO DO PROCESSO

Estruturas Organizacionais envolvidas no processo

a. Introdução

De acordo com as diretrizes de Marcação a Mercado (MaM) da ANBIMA, editada no dia

20 de fevereiro de 2009, o HSBC Global Asset Management também compactua das idéias

de que a continuidade no processo de MaM é vital para que o mercado seja cada vez mais

transparente, conferindo segurança a todos os agentes envolvidos.

b. Da Precificação

O processo de precificação na HSBC Global Asset Management é realizado pela área de

Risk Management, totalmente independente em relação à equipe de gestão e da área

comercial. A linha de reporte é matricial, ou seja, o responsável da área de risco reporta-se

diretamente ao COO (Chief Operating Officer) e ao Global Risk Manager em Londres.

c. Do Processo Decisório

O processo decisório de precificação na HSBC Global Asset Management ocorre dentro do

Comitê de Risco (RMC). Este comitê tem por objetivo definir, revisar políticas de

precificação, bem como ratificar, refutar e validar procedimentos operacionais do processo.

Para tanto, são apresentadas várias análises quantitativas e qualitativas, objetivando embasar

e melhorar a avaliação dos membros do referido comitê.

d. Dos Membros

Existem três níveis de membros no RMC, a saber: Permanentes, Suplentes e Convidados.

Permanentes: presença obrigatória.

Chief Executive Officer (CEO) - Chairman

Chief Operating Officer (COO) - Backup Chairman

Local Compliance Officer (LCO)

Head de Crédito e Research

Head of Risk Management - Secretário

Suplentes: convocados na ausência de algum membro permanente.

Market Risk Management Analyst

Credit Risk Management Analyst

Convidados

Chief Investment Officer (CIO)

Head of Fixed Income

Head of Trading

Senior Legal Manager

e. Do Quorum

O comitê deverá ter presente, pelo menos, quatro membros permanentes e/ou suplentes.

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f. Da Freqüência

O RMC é realizado semanalmente sempre às segundas-feiras às 15:00 horas, caso seja

feriado será convocado no próximo dia útil disponível no mesmo horário

Todavia, existem condições para convocações extraordinárias:

Emissor de ativo de risco de crédito ter declarado default;

Alteração da qualidade creditícia por parte de agência certificadora de rating

externa de algum emissor de ativo de risco de crédito;

Repactuação de emissões privadas;

Fato relevante de algum emissor privado;

Limites do Comitê de Contingência do Banco serem acionados;

Moratória da República Federativa do Brasil;

Convocação por parte do ORIC Manager; e

Ausência de Quorum mínimo (3 membros efetivos).

g. Do Direito a Voto

Somente os membros permanentes terão direito a voto, na ausência de um ou mais, caberá

aos respectivos suplentes fazê-lo. Também existe o voto de Minerva, ou seja, caso a votação

configure um empate, o CEO se valerá de tal dispositivo. Na ausência do CEO, caberá ao

COO a decisão.

h. Das Atribuições

Chief Executive Officer (CEO): Chairman

Chief Operating Officer (COO) : Backup Chairman

Local Compliance Officer (LCO): apresentar alguma vedação interna à Instituição,

legal ou regulamentar sobre qualquer matéria discutida no fórum;

Head de Crédito e Research: apresentar análises sobre a qualidade creditícia dos

emissores privados, informações recentes e evidências que julgar pertinentes para a

tomada de decisão dos membros. Por fim, deve apresentar seu parecer técnico sobre

o tema;

Head de Risk Management: apresentar análises quantitativas sobre a amostragem

dos CDBs de acordo com a Circular 038/08 da ANBIMA, dando mais evidências

para a discussão do comitê.

i. Do Formalismo

De acordo com as Diretrizes de MaM, editadas no dia 20 de fevereiro de 2009 pela

ANBIMA no artigo 9º e parágrafo 9: “Os materiais que documentem as decisões, tais como

as atas, devem ser guardados por um período mínimo de cinco anos e ficar disponíveis para

consulta da ANBIMA, caso sejam solicitados”. Ademais, é política interna da Instituição a

manutenção dos documentos por prazo de 20 anos. Cabe à área de Risk Management a

guarda e a elaboração das atas do referido fórum e seguindo as políticas citadas

anteriormente.

j. Da Negociação de Novos Ativos

Para que possa operar novos ativos, o gestor entra em contato com a área de Risk

Management e esta é responsável por verificar possíveis restrições na operação, por

exemplo, restrições legais, de crédito, operacional e etc. Após a verificação, a solicitação é

levada ao Comitê de Risco no qual será necessária a aprovação dos membros presentes, a

saber: CEO, COO, LCO, Head de Crédito/Research e Head de Risk Management, ou seus

respectivos suplentes caso um dos permanentes não possa comparecer. Aprovada a

solicitação, a área de Risk Management realiza a alteração/inclusão no Manual de

Precificação e o protocola junto à Anbima. E finalmente, o Portfolio Manager recebe a

autorização para realizar a operação.

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Coleta de Preços

Todos os preços, taxas e índices públicos estão disponíveis em sites “abertos” (BM&F, Bovespa

e ANBIMA), fontes/agências de notícias (Bloomberg, Reuters, AE Broadcast) e relatórios

exclusivos enviados por players ativos nos mercados de debêntures.

Tratamento dos preços coletados

Os critérios para definição de que vértices são utilizados para a geração das curvas são de

domínio da área de Risk Managemenet da HSBC Global Asset Management, necessitando, em

função do exposto, flexibilidade para poder selecionar, em cada data base, quais os vértices que

irão compor as curvas a serem geradas.

Os vértices de cada curva são cadastrados pelo usuário, através de transação on-line do ACF, a

qual é vinculada a uma base de informações do mesmo (planilha Excel), de onde o são obtidas

as informações do mercado financeiro. Para a utilização desta vinculação, é utilizada uma

planilha padrão, onde são assinalados os vértices a serem utilizados, a origem dos dados, o

formato dos valores, a data base, a data termo e o respectivo valor. Todo o processo é feito de

forma automatizada a fim de minimizar os riscos operacionais.

Os vértices e respectivas taxas utilizadas para a geração das curvas de mercado são checadas

através da avaliação gráfica e da variação entre o dia anterior e a data base

Para alguns ativos, como as ações, por exemplo, não existe a necessidade de tratamento dos

preços.

Aplicação dos preços às carteiras

Após o processo de input das curvas e PUs no YMF-SAC pela área de Precificação do Back

Office, ocorre a valorização das operações, na qual as cotações de MTM são aplicadas aos

papéis de cada fundo. Após o processo de valorização o sistema irá processar as novas cotas e

disponibilizar a interface para o sistema ACF.

Validação dos dados/preços tratados

A avaliação da evolução das quotas é feita para as quotas de abertura e de fechamento, com o

auxílio dos relatórios de variação patrimonial do sistema ACF, em que são demonstradas as

variações dos fundos segregadas por cada tipo de ativo.

Situação Anômala de Mercado

Em virtude de eventos extraordinários de crédito no mercado financeiro, por exemplo,

intervenções brancas, subsídios ou empréstimos realizados pelo FGC, o Comitê de Precificação

pode estabelecer que seja criada uma nova curva de precificação para os ativos com Risco de

Crédito Privado. A determinação deverá seguir critérios objetivos e quantitativos, todavia a

validação será realizada pelos membros do Comitê.

Um método possível é se valer de curvas de outros títulos com características próximas, porém

com rating inferior. A partir daí, capturar o spread entre o rating superior e o inferior e replicar

isso na outra classe de ativo. Outra idéia possível seria utilizar os títulos negociados no exterior,

a partir deles retiraríamos o spread over treasury e aplicá-lo à curva livre de risco brasileira.

Importante salientar mais uma vez que as análises deverão ser robustas, apresentadas no

Comitê, aprovadas e documentadas em atas.

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Papel do ORIC

Buscando aprimorar os controles internos inerentes à Asset Management, o ORIC Manager

(Operational Risk and Internal Control Manager) é responsável por realizar testes periódicos

nas diferentes atividades inerentes ao negócio. Dada à importância da Precificação,

periodicamente tal profissional realiza avaliações para verificar se os preços estão sendo

inseridos corretamente nos sistemas, se as carteiras estão sendo processadas adequadamente e se

o processo de Governança Corporativa está fluindo eficazmente. Quaisquer desvios são

comunicados imediatamente e ações são tomadas, através de Convocação Extraordinária do

Comitê de Precificação. Importante ter em mente que o ORIC funciona de maneira

independente em relação às áreas de Gestão e Risk Management.

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III - CRITÉRIOS DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS FINANCEIROS

1- MERCADO ACIONÁRIO

A análise e compreensão de marcação a mercado é muito mais direta, simples e intuitiva quando

tratamos de mercados organizados, como o mercado acionário, onde existe uma bolsa de

negociação ativa (BOVESPA). As ações são valorizadas pelo último preço fechamento

divulgado pela Bovespa. Não havendo negociação, a cotação do dia anterior é mantida.

Obs.: Uma observação importante se faz necessária para os fundos exclusivos de entidades

supervisionadas pela SUSEP. De acordo Ofício-Circular nº002/2008 da CVM determina que

esta superintendência, na aplicação da Instrução 438/07, admitirá a utilização do critério de

avaliação de ativos de renda variável previsto no Anexo I da Circular SUSEP nº 314/05 (cotação

média) pelos fundos exclusivos de entidades supervisionadas por aquela autarquia, em

substituição ao novo critério estabelecido no art. 3º da Instrução CVM nº 465/08 (cotação de

fechamento).

De maneira análoga ao que se observa na marcação a mercado de ações, para direitos e recibos

de subscrição, quando houver a divulgação na bolsa de negociação (BOVESPA), será utilizado

o preço de fechamento divulgado pela Bove,spa para direitos de subscrição, bem como para

recibos.

Na ausência de divulgação de preços para tais instrumentos de renda variável, será utilizado

modelo proprietário baseado no modelo de Black&Scholes.

Segue exemplo de precificação para uma ação genérica ABCD.

Precificação de Direito ABCD Current Price Preço de fechamento da ABCD 14,26

Exercise Price Valor de conversão na subscrição 14,1

Annual Risk Free CDI 8,61

Annual Volatility (ABCD)

Pelo EWMA 61,93%

Time to Maturity Dias até a conversão 2

Preço direito ABCD

Prêmio da opção 0,40

2- MERCADO DE FUTUROS

Similarmente ao mercado acionário, existe uma bolsa de negociação ativa de mercado futuros

(BM&F). Deste modo a marcação a mercado é feita de acordo com as cotações de ajuste

fornecidas ao final do pregão do dia pela BM&F.

Incluem-se, nesse item, os futuros de taxas de juros (contratos futuros de DIs e de taxa selic), os

futuros de taxas/cotações de câmbio (contratos futuros de dólar, euro, dólar da Nova Zelândia,

Franco Suiço, Iuan, Lira Turca, Peso Chileno e Rande da África do Sul) os futuros de cupom

cambial (contratos futuros de DDI e FRC), os futuros de índice de bolsa (contratos futuros de

Bovespa, S&P), contrato futuro de US Treasury Note de 10 anos e os contratos futuros de

Global.

Todas as cotações são encontradas diariamente no BD (boletim diário) da BM&F ou no próprio

site (www.bmf.com.br).

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Se houver interrupção do pregão (circuit breaker) a precificação dos contratos futuros será feita

através de cenários macroeconômicos estabelecidos por um comitê. A diferença em relação aos

preços das fontes primárias será provisionado na carteira a fim de garantir que a posição reflita o

real valor de mercado em condições excepcionais.

3- MERCADO DE MOEDAS

As moedas (tanto spot, quanto forward) autorizadas para negociação em operações neste

mercado são as seguintes: GBP – Libra Esterlina; CAD – Dólar Canadense; CHF – Franco

Suíço; ZAR – Rand Sul Africano; AUD – Dólar Australiano; NZD – Dólar Neozelandês; MXN

– Peso Mexicano; CLP – Peso Chileno; TRY – Lira Turca; CNY – Yuan Chinês; SEK – Coroa

Sueca; HUF – Florim Húngaro; PLN – Zloty Polonês; DKK – Coroa Dinamarquesa; SGD –

Dólar de Singapura; MYR – Ringgit Malasiano; RON – Leu Romeno; COP – Peso

Colombiano; KRW – Won Sl Coreano e RUB – Rublo Russo. Todas as operações são

registradas na CETIP.

Fonte Primária:

Spot. Utilizamos como fonte primária de taxa de mercado as PTAX800 divulgadas diariamente

pelo Banco Central.

Forward. Utilizamos como fonte primária de taxa de mercado a tela FXIP do terminal

Bloomberg.

Fonte alternativa:

Forward. A construção do FORWARD teórico das moedas a partir da respectiva PTAX do

Banco Central (PTAX800), taxa de juros doméstica (via taxa Swap DI x Pré divulgada pela

BMF) e da taxa de juros externa (via informações divulgadas no terminal Bloomberg).

Observação. Para conversão dos ativos negociados no exterior utilizar-se à PTAX800

mencionada acima.

4- MERCADO DE RENDA FIXA

4.1. Títulos Públicos Federais

a) LFT

As LFTs são títulos públicos federais pós-fixados corrigidos pela taxa Selic - que representa a

média do negócios interbancários realizados no sistema Selic, apurados pelo Banco Central do

Brasil.

O valor de face das LFTs é denominado PU de emissão. Esse PU, corrigido até a data de

referência, será considerado o PU ao Par. Similarmente ao que ocorre nos demais ativos de

renda fixa, no mercado de LFTs pode haver um ágio ou deságio no momento de suas

negociações. A relação entre o PU Par e ágio/deságio é determinante para a precificação desses

títulos.

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INTERNAL - 14

Fonte Primária:

Utilizamos como fonte primária de taxa de mercado as Taxas Indicativas divulgadas

diariamente pela ANBIMA para as LFTs.

Fonte alternativa:

Caso não haja a publicação de taxas referenciais pela ANBIMA, a área de Risk Management

deverá verificar junto à mesa de trading se houve movimentação expressiva de operações de

mercado. Não havendo alteração expressiva de taxas de mercado1, utilizar-se-ão as últimas taxas

divulgadas. Havendo alteração, a área de Risk Management obterá na área de trading

informações dos negócios realizados no mercado junto aos brokers para calcular uma média das

taxas praticadas para os vencimentos mais líquidos.

b) LTN

O valor a mercado de um título pré-fixado corresponde ao valor de vencimento (valor de

resgate) deste título trazido a valor presente pelo fator de desconto (referente à data de

vencimento do título) obtido da curva de juros de mercado em reais.

Sejam:

P0 o principal da operação;

i0 a taxa efetiva contratada na data t0;

rt,v a taxa de juros efetiva em reais projetada em t, de t até o vencimento;

MTMt o valor a mercado (mark to market) da operação na data t.

A figura a seguir discrimina as variáveis envolvidas neste cálculo.

O mark to market da operação na data t é dado por

v,t

00

v,t

tr1

i1P

r1

sgateReValorMtM

.

Fonte Primária:

1 São consideradas alterações expressivas de taxas de mercado variações maiores ou iguais a 0,005 pontos

over no ágio/deságio das LFTs

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Risk Management

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INFORMAÇÃO PÚBLICA

INTERNAL - 15

A taxa de juros efetiva em reais projetada em t, de t até o vencimento rt,v é obtida das taxas

divulgadas diariamente pela ANBIMA para o mercado de LTNs.

Fonte alternativa:

Caso não haja a publicação de taxas referenciais pela ANBIMA, as LTNs serão precificadas

através de uma curva construída com base nas taxas prefixadas do mercado futuro de DI

acrescidas de um prêmio baseado no último diferencial entre LTNs e DI Futuros.

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INTERNAL - 16

c) NTN-C

O valor a mercado de um título que paga IGPM + Cupom corresponde ao valor projetado de

resgate deste título trazido a valor presente pelo fator de desconto (referente à data de

vencimento do título) obtido da curva de juros de mercado em reais.

Exemplo:

Fonte Primária:

As taxas de mercado bem como projeção de IGPM utilizadas para o cálculo do PU destes papéis

são determinadas com base nas Taxas Indicativas divulgadas pela ANBIMA.

Fonte alternativa:

Caso não haja a publicação de taxas referenciais pela ANBIMA, a curva de cupom IGP-M será

determinada com base nas taxas divulgadas pela Reuters de swap IGPM acrescidas de um

prêmio baseado no último diferencial entre NTN-Cs e esses swaps.

C 1 C 2

P+C 3

t 0 t t 1 t 2 t 3 =t v

tx MtM

tx MtM

tx MtM

índice de preços

acumulado

Traz-se o fluxo de caixa do

papel a valor presente pela

taxa de mercado (MtM) e

corrige o valor pelo índice de

preços acumulado desde a

data de emissão até a data

atual.

Data Base: 01/07/00

Vcto.: 01/04/08

Taxa: 6% a.a.

(semestral)

PU base: 1.000,00

29,56

01/07/00

8,69%

variação IGPM = 77,46%

1.029,56

04/11/04 01/10/05 01/04/06 01/10/06

PV =931,71

PU = PV* =931,71*(1+77,46%) = 1.653,44

29,5629,5629,5629,5629,56

8,69%

8,69%

8,69%

8,69%

8,69%

8,69%

01/04/05 01/04/07 01/10/07 01/04/08

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d) NTN-B

O valor a mercado de um título que paga IPCA + Cupom corresponde ao valor projetado de

resgate deste título trazido a valor presente pelo fator de desconto (referente à data de

vencimento do título) obtido da curva de juros de mercado em reais.

A metodologia de cálculo é idêntica à apresentada para NTN-Cs.

Fonte Primária:

As taxas de mercado bem como projeção de IPCA utilizadas para o cálculo do PU destes papéis

são determinadas com base nas Taxas Indicativas divulgadas pela ANBIMA.

Fonte alternativa:

Caso não haja a publicação de taxas referenciais pela ANBIMA, a curva de cupom IPC-A será

determinada com base nas taxas divulgadas pela BM&F (Boletim/Indicadores/Taxas

Referenciais BM&F/ DIxIPCA) acrescidas de um prêmio baseado no último diferencial entre as

NTN-Bs e esses swaps.

e) NTN-D

Nesse grupo estão incluídos os títulos públicos cambiais negociados no mercado brasileiros –

NTN-Ds.

O valor a mercado de um título indexado ao dólar corresponde ao valor projetado de resgate

deste título trazido a valor presente pelo fator de desconto (referente à data de vencimento do

título) obtido da curva de juros de mercado em reais.

C 1 C 2

P+C 3

t 0 t t 1 t 2 t 3 =t v

tx MtM 1

tx MtM 2

tx MtM 3

variação

Ptax t-1 / Ptax t0 -1

Traz-se o fluxo de caixa do

papel a valor presente pela

taxa de mercado (MtMt) e

corrige o valor pela variação

cambial (ptaxt-1) desde a data

de emissão até a data atual.

Data base: 01/07/00

Vcto.: 15/02/06

Taxa: 12% a.a.

(semestral)

PU base: 1.000,00 60,00

01/07/00

4,55%

3,75%

variação Ptax = 60,26%

3,49%

60,00

1.060,00

21/10/04 15/02/05 15/08/05 15/02/06

PV =1.126,75

PU = PV* =1.126,75*(1+60,26%) = 1.805,74

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Fonte Primária:

As taxas indicativas da ANBIMA.

Fonte alternativa:

Caso não haja a publicação de taxas referenciais pela ANBIMA, a Curva de Cupom Cambial

Sujo para essas operações será construída através de um modelo que consiste na atribuição de

um prêmio sobre uma curva livre de risco (construída com base nos cupons cambiais da

BM&F). Esse prêmio é obtido através do ágio/deságio das LFTs "transformados" em % do CDI

.

Exemplo:

Data Base: 13/05/2003

Vencimento: 03/10/2005

Cupom Cambial BM&F (%aa/360): 9,39

DC até o vencimento: 874

Fator Cupom Cambial BM&F: 9,39/36000*874+1 = 1,227968

Prêmio de Crédito (Base LFT ): 103,3 % do CDI

Cálculo Fator Prêmio de Crédito: (((1+CDIdia)(1/252)

-1)*(PercCDI))+1))du até o venc

=

(((1,2622)(1/252)

-1)*(1,033))+1))606

= 1,783378

Fator 100% CDI: (1+CDI)(du/252)

= 1,2622 (606/252)

= 1,750609

Fator: 1,783378/1,750609 = 1,01872

Cálculo Cupom Cambial Modelo:

((Fator Cupom Livre de Risco * Fator Prêmio de Crédito)-1) *36000/DC

((1,227968*1,01872)-1)*36000/874 = 10,34

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INTERNAL - 19

f) NTN-F

Título com rentabilidade prefixada, acrescida de juros definidos no momento da compra. Forma

de pagamento: semestral (juros) e no vencimento (principal)

Fonte Primária:

Utilizamos como fonte primária de taxa de mercado para a precificação das NTN-Fs as Taxas

Indicativas divulgadas diariamente pela ANBIMA.

Fonte alternativa:

Caso não haja a publicação de taxas referenciais pela ANBIMA, as NTN-Fs serão precificadas

através de uma curva construída com base nas taxas prefixadas do mercado futuro de DI

acrescidas de um prêmio baseado no último diferencial entre NTN-Fs e DI Futuros.

4.2. Títulos Privados

4.2.1 Critérios de Precificação

a) Pré-fixados

Nesse grupo estão incluídos todos os títulos privados com vencimento e remuneração prefixados

e sua marcação a mercado é feita considerando-se as duas componentes principais para a taxa

MtM: Taxa de Mercado e Spread de Crédito

A taxa de mercado é a curva proveniente dos futuros de DI da BM&F e o spread de crédito é

calculado através da diferença, na data da emissão, entre a taxa de mercado e a taxa da emissão.

Por exemplo:

Data Base: 07/03/2006

CDB prefixado com vencimento em 03/07/06 negociado a 16,50% aa

DI FUT com vencimento em 03/07/2006: 15,91%

Diferença: 0,59%

Data Base: 13/03/2006

DI FUT com vencimento em 03/07/2006: 15,82%

Tx MtM do CDB: 15,82% + 0,59% = 16,41%

Importante ressaltar que o Spread determinado pela diferença entre as taxas de DI Futuro e a

taxa de negociação poderá ser alterado por conta de eventuais reavaliações do emissor por parte

da área de análise de Crédito e apresentado no RMC para discussão e incorporação no modelo

de precificação.

Por tratar-se de um modelo, não há fonte alternativa de precificação.

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b) CDBs com compromisso de recompra2

O preço de mercado de um CDB com compromisso de recompra deve ser calculado

descontando-se o fluxo futuro pelo mesmo spread (taxa) de emissão, uma vez que, caso seja

necessário vender essa operação, a mesma será comprada e descontada pelo emissor pela taxa

de emissão. Assim, o valor a mercado de um CDB com essas características é o mesmo que o

preço calculado na curva.

c) CDBs sem compromisso de recompra

O processo de precificação de títulos (MtM) é extremamente simples e intuitivo quando

tratamos de ativos líquidos e negociados em mercados organizados (mercado de ações e de

futuros, por exemplo). É possível, contudo, que tenhamos uma carteira que contenha ativos cujo

preço corrente não pode ser obtido através de uma fonte independente, transparente e confiável.

Os CDBs sem compromisso de recompra são um exemplo disso e, considerando-se suas

características e peculiaridades, percebemos que o modelo de precificação deve incorporar,

além da taxa livre de risco, o prêmio pelo risco de crédito privado e prêmio pela maturidade.

Além disso, buscando aprimorar o processo de MaM, alinhar com as práticas de negociação e

até atender as atuais diretrizes, os CDBs indexados ao CDI ou CDI + spread incorporam

diariamente as variações na curva pré-fixada. Assim o efeito do risco de taxa pré é incorporado

no preço do ativo. Operacionalmente utilizamos os ajustes do DI 1 Dia da BM&F para a

construção da estrutura a termo da taxa de juros.

O spread de crédito é discutido semanalmente no RMC seguindo o rito mencionado no início

desse manual. Existem dois tipos principais de análise para tal:

1) Análise Quantitativa: a partir do estoque dos CDBs existentes nas carteiras dos fundos

geridos pelo HSBC Global Asset Management, adquiridos nos últimos 15 dias de acordo com a

circular 038/2008 da ANBIMA. A partir daí, são construídos alguns indicadores abaixo

relacionados:

- Taxa média por rating e prazo;

- Detalhamento completo do conjunto das operações.

Vale ressaltar que caso não exista massa crítica suficiente para análise, o comitê poderá se

ancorar em informações qualitativas e outras evidências advindas de informações diversas

apuradas pelos membros do comitê:

2 Os RDBs (Recibo de Depósito Bancário) possuem as mesmas características de um CDB com liquidez,

com a diferença de que não admite negociação antes de seu vencimento. Assim, o valor a mercado de

um RDB é o mesmo que o preço calculado na curva, todavia caberá ao RMC a alteração do spread de

crédito.

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INTERNAL - 21

As faixas utilizadas para análise são:

Faixa 1: 1 a 126 dias úteis

Faixa 2: 127 a 252 dias úteis

Faixa 3: 253 a 504 dias úteis

Faixa 4: 505 a 756 dias úteis

Faixa 5: Acima de 756 dias úteis

Quando houver a elevação da curva para um determinado rating e prazo (de acordo com os

critérios mencionados acima), os ratings de maior risco também serão analisados e poderão ter

suas curvas elevadas, caso suas taxas sejam inferiores a taxa observada para o primeiro rating.

2) Análise Qualitativa: procura analisar, através de rating interno, a qualidade creditícia dos

emissores. Tal rating é baseado nos critérios abaixo mencionados e revisados periodicamente.

Quaisquer alterações são apresentadas e discutidas no RMC:

Acionista e capacidade gerencial;

Setor;

Patrimônio Líquido;

Pares;

Estrutura de Capital;

Rentabilidade; e

Pontos de Auditoria.

Buscando elucidar melhor o tema, apresentamos as principais informações para a

construção dos parâmetros citados.

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INTERNAL - 22

Por fim, informações externas sejam elas divulgas pela imprensa, reguladores, auto-reguladores

e o próprio emissor também são levados a esse fórum.

3) Fonte Alternativa

Método de Coleta: caso verifiquemos a inexistência de massa crítica para uma determinada

relação de rating e prazo, coletaremos, junto às instituições financeiras que fazem parte da nossa

carteira de crédito privado, as taxas praticadas para a mesma relação rating e prazo,

considerando um volume mínimo negociado de 5 milhões de reais. Essas informações serão

armazenadas pela área de Risco de Mercado e, caso haja massa crítica, as taxas coletadas serão

utilizadas para a marcação a mercado do CDBs sem compromisso de recompra, com os mesmos

critérios adotados no método primário.

4) Backtesting – Linha de Corte de Operações de CDBs

Objetivando aprimorar o método utilizado para precificação de CDBs, realizamos

sistematicamente (semestralmente ou se existir necessidade em menor tempo) Backtesting para

verificar a eficiência da linha de corte, em Reais, para a precificação de CDBs. As análises são

realizadas e apresentadas pela área de Risk Management, todavia caberá ao Comitê Semanal de

Precificação o veredicto final na discussão. Reforçando a governança do processo, as análises e

a decisão são descritas nas Atas.

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INTERNAL - 23

d) Debêntures

Embora o mercado secundário de títulos privados apresente baixa liquidez, consideramos fontes

independentes, transparentes e confiáveis a melhor prática de mercado para a precificação do

ativo. Assim, adiante a ANBIMA é nossa fonte primária de informações, todavia dada à

imperfeição de microestrutura de mercado citada, podemos identificar volatilidade nas taxas

diárias divulgadas pela fonte primária. Assim, a área de risco realiza controle semanal para

verificar se os valores divulgados estão apresentando consistência. Caso ocorra um desvio

significativo, a fonte primária da informação é comunicada, buscando assim auxiliar na melhor

transparência de todo o mercado. As debêntures novas adquiridas no mercado primário e as

debêntures repactuadas passam a ser marcadas a mercado após 15 dias a partir da sua liquidação

caso não haja operações relevantes no mercado secundário para uma melhor formação do preço

da debênture ou se as taxas obtidas a partir das fontes primária e/ou secundária apresentem

distorções. Já as debêntures novas adquiridas no mercado secundário passam a ser marcadas a

mercado no comitê seguinte ao da sua liquidação. De maneira análoga ao procedimento para

CDBs, as variações da curva pré-fixada são refletidas diariamente nos papéis indexados a %CDI

ou CDI + spread.

Fonte Primária: Taxas indicativas divulgadas pela ANBIMA

Fontes Alternativas:

Caso a debênture não tenha taxa indicativa publicada pela ANBIMA, realizaremos os seguintes

procedimentos para a determinação dos preços e apresentação no Comitê Semanal de

Precificação:

Análise Equivalente Cruzada (AEC): Determinamos a taxa a partir de informações de emissões

que apresentam similaridades na fonte primária (peer group). As similaridades podem ser:

mesmo emissor, mesmo setor, rating externo, maturidade próxima. As emissões que participam

do peer group são escolhidas buscando evitar diferenças de maturidade maiores do que 1 ano,

mas podem haver diferenças maiores devido à escassez de emissões similares.

A nova taxa da debênture será a taxa definida no comitê anterior mais a média da variação em

basis points do peer group do comitê anterior em relação ao atual.

Os principais setores analisados para a AEC de acordo com a definição da área de crédito são:

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INTERNAL - 24

Airline and Transportation - Aviação e Transporte

Agribusiness - Agronegócio

Building Materials - Material de Construção

Capital Goods - Bens de Capital

Consumer Goods & Beverages - Bens de Consumo & Bebidas

Data Services - Serviços de Dados

Education - Educação

Financial Services - Serviços Financeiros

Foods - Alimentos

Healthcare - Saúde

Infrastructure - Infraestrutura

Mining - Mineração

Oil & Gas - Oleo & Gás

Properties & Malls - Properties & Shopping

Pulp & Paper - Papel & Celulose

Real State - Construção Civil

Retail - Varejo

Steel - Siderurgia

Telecom - Telecomunicações

Textile & Footwear - Textil & Calçados

Utilities - Energia Eletrica e Saneamento

Além das taxas mencionadas acima, o comitê acompanhará os ratings das debêntures e dos seus

respectivos peer groups mencionados no item 2, as taxas de compra e venda divulgadas por

feeders de mercado (corretoras, bancos e asset managements) e as operações dos últimos 5 dias

úteis disponibilizadas pelo CETIP (www.cetip.com.br) com volume igual ou superior a R$

1MM. De posse das análises caberá ao comitê ratificar ou não a taxa sugerida dentre as opções

mencionadas acima.

Para as debêntures que são emitidas e que não é possível encontrar outra debênture de

similaridade suficiente com taxa divulgada pelo mercado será avaliado o spread de crédito na

emissão frente à curva livre de risco compatível ao indexador do ativo. A taxa de marcação a

mercado será composta pelo spread de crédito calculado somado a taxa da curva livre de risco

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INTERNAL - 25

adotada para o ativo. Dada alguma mudança no risco de crédito da empresa emissora da

debênture esse cenário será apresentado no comitê e o comitê definirá o novo spread de crédito

para a marcação desse ativo.

e) CRI - Certificado de Recebíveis Imobiliários

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários, CRI, são títulos de renda fixa lastreados em créditos

imobiliários - fluxo de pagamentos de contraprestações de aquisição de bens imóveis, ou de

aluguéis - emitidos por sociedades securitizadoras. Podem ser emitidos nas formas simples ou

com regime fiduciário, sendo que esta implica em constituição de patrimônio separado,

administrado pela companhia securitizadora e composto pela totalidade dos créditos submetidos

ao regime fiduciário que lastreiem a emissão, além da nomeação de agente fiduciário, o qual

tem como função zelar pela proteção dos direitos e interesses dos beneficiários, acompanhando

a atuação da companhia securitizadora na administração do patrimônio separado, entre outras.

Fonte Primária:

Na HSBC Global Asset Management sua precificação é feita através de um modelo que atribui

“prêmios de risco” em função dos ratings dos emissores atribuídos pela área de análise de

crédito3. Como base para esse modelo, consideramos como referência os títulos públicos -

NTN-C, para títulos corrigidos pelo IGP-M e LFTs para títulos corrigidos pelo CDI.

Exemplo:

Data Base: 15/03/2006

CRI corrigida pelo IGPM com vencimento em Maio/2011 e rating 2

Prêmio do Rating 2: 1%

Risk Free (NTN-C): 8,67%

Taxa MtM : 9,67%

Por tratar-se de um modelo, não há uma fonte alternativa de precificação.

O spread de crédito privado poderá ser alterado pelo RMC se houver a percepção de que a

qualidade creditícia do(s) emissor(es) está se modificando.

f) CCB – Cédula de Crédito Bancário

Título de crédito emitido por pessoa física ou jurídica em favor de instituição financeira ou de

entidade a esta equiparada, credora original da CCB, representando promessa de pagamento em

dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.

A instituição credora deve integrar o SFN - Sistema Financeiro Nacional, sendo admitida a

emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior, desde

que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. A Cédula de Crédito

Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior pode ser emitida em moeda

estrangeira.

3 Dado o enfoque desse manual, não serão abordados os modelos e critérios utilizados pela área de análise

de crédito para a determinação dos Ratings. Importante apenas ressaltar que eventuais alterações são

imediatamente informadas para a área de Risk Management.

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INTERNAL - 26

Pode ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, especificada no corpo do título.

É título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja

pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos

extratos da conta-corrente.

Poderão ser pactuados os juros sobre a dívida, capitalizados ou não, bem como despesas e

encargos decorrentes da obrigação. Pode ser negociada, de forma eletrônica, em operações de

compra e venda por prazo final ou mediante operações compromissadas, estando as cédulas

custodiadas na Cetip.

O critério de Marcação-a-Mercado dos CCBs é análogo às debêntures, diferenciando-se pelo

fato de que não há uma fonte independente, transparente e confiável (ANBIMA) através da

qual possamos obter esses preços. Assim, as taxas serão determinadas por equivalência a partir

das debêntures informadas pela instituição anterior. Tal equivalência poderá ser feita através de

vários níveis, por exemplo, emissor, setor, ratings externos evidências comprováveis de que

houve alteração na qualidade creditícia da contraparte. Além disso, as análises qualitativas

anteriormente mencionadas também servem para consubstanciar as decisões dos membros do

comitê. Dessa forma, a taxa a ser praticada deverá ser ratificada ou não pelo RMC.

Exemplo:

Supondo que as análises qualitativas de crédito não tenham se alterado, iremos nos valer das

informações divulgadas pela ANBIMA:

Emissor: Cemig

Duration: 300 du

Análise Equivalente Cruzada pela taxas divulgadas pela ANBIMA:

CMGT 11 (147 du): 117,90%

CMGT 21 (574 du): 121,27%

Sugestão de Taxa: 119,60% CDI, realizado pela média entre as emissões acima, pois o duration

do CCB é próximo ao duration médio das debêntures citadas.

g) FIDCs

Dada a iliquidez de tal ativo, as cotas de FIDCs serão precificadas de acordo com as melhores

práticas existentes no mercado e respeitando os padrões internacionais do grupo (ética,

transparência e justiça). Quando há eventual negociação de um determinado ativo, todos os

ativos em questão de todos os fundos de investimentos serão reprecificados em função dessa

última movimentação. Assim, acreditamos que não ferimos a Lei do Preço Único de Ativos,

mantendo assim o Princípio da Equidade.

h) DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC)

É um título que tem suas características próprias definidas pela Resolução 3.692/09 do CMN,

sem emissão de certificado, com disciplina contábil especificada na Circular 3.391/08 do Banco

Central do Brasil.

Os Depósitos a Prazo com Garantia Especial do FGC são transferíveis, mediante instrumento

particular de cessão de créditos entre os interessados, enviando cópia do documento de cessão

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para a instituição emissora do depósito com garantia especial, e esta deverá alterar na CETIP a

titularidade dos investidores, na data em que receber a comunicação.

O resgate integral após 6 meses é permitido, através de negociação entre o investidor e a própria

instituição emissora, no que se refere à taxa de juros a ser paga pelo período da aplicação, com

alíquota de IR vigente para a respectiva data do resgate.

A garantia do FGC é limitada a R$ 20 milhões por titular, englobando o principal mais os juros.

O critério de Marcação-a-Mercado dos DPGEs é análogo aos CDBs sem compromisso de

recompra, respeitando primordialmente os respectivos indexadores (Pré Fixados, CDI, IPC-A e

IGP-M), todavia com conversão para Percentual do CDI, como se segue:

1) Análise Quantitativa: a partir do estoque dos DPGEs existentes nas carteiras dos fundos

geridos pelo HSBC Global Asset Management, adquiridos nos últimos 15 dias, para construção

de alguns indicadores abaixo relacionados:

- Taxa média por rating e prazo;

- Detalhamento completo do conjunto das operações.

Vale ressaltar que caso não exista massa crítica suficiente para análise, o comitê poderá se

ancorar em informações qualitativas e outras evidências advindas de informações diversas

apuradas pelos membros do comitê:

As faixas utilizadas para análise são:

Faixa 1: 1 a 252 dias úteis

Faixa 2: 253 a 504 dias úteis

Faixa 3: 504 a 756 dias úteis

Faixa 4: Acima de 756 dias úteis

2) Análise Qualitativa: procura analisar, através de rating interno, a qualidade creditícia dos

emissores. Quaisquer alterações são apresentadas e discutidas no RMC.

i) LFs (Letras Financeiras)

Títulos cujas características são definidas pela Resolução 3.836/10 do CMN, sendo apresentadas

abaixo:

1. Resolução 3.836/10 – CMN;

2. Instrumento de Captação;

3. Emissores: Bancos Múltiplos, Comerciais e de Investimentos, Sociedades de

Crédito, Financiamento e Investimentos, Caixas Econômicas, Cias Hipotecárias

e Sociedades de Crédito Imobiliário;

4. Prazo Mínimo: 2 anos;

5. Piso: R$ 300 Mil;

6. Juro Nominal Semestral (Mínimo);

7. Resgate Total Antecipado proibido;

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8. Resgate Parcial limitado a 5% desde que por meio de bolsas ou mercados

organizados de balcão;

9. Garantia: Registro na Cetip ou BM&F Bovespa;

O critério de Marcação-a-Mercado das LFs é análogo aos CDBs sem compromisso de recompra,

respeitando primordialmente os respectivos indexadores (CDI, IPC-A e Pré) conforme

descrição abaixo:

1) Análise Quantitativa: a partir do estoque das LFs existentes nas carteiras dos fundos

geridos pelo HSBC Global Asset Management, adquiridos nos últimos 15 dias.

Parágrafo Único: Vale ressaltar que caso não exista massa crítica suficiente para análise, o

comitê poderá se ancorar em informações qualitativas e outras evidências advindas de

informações diversas apuradas pelos membros do comitê.

As faixas utilizadas para análise são:

Faixa 1: 1 a 126 dias úteis

Faixa 2: 127 a 252 dias úteis

Faixa 3: 253 a 378 dias úteis

Faixa 4: 379 a 504 dias úteis

Faixa 5: 505 a 756 dias úteis

Faixa 6: 757 a 1512 dias úteis

Faixa 7: Acima de 1512 dias úteis

2) Análise Qualitativa: procura analisar, através de rating interno, a qualidade creditícia dos

emissores. Quaisquer alterações são apresentadas e discutidas no RMC.

Tratamento Especial - Ativos indexados a IPC-A

Para os ativos indexados a IPC-A (CDBs, LFs e DPGEs) utilizamos a seguinte metodologia:

Construção da Yield Curve a partir da técnica de Bootstrapping das NTN-Bs. O Spread Over

Treasury será realizado através do Bootstrapping da curva Pré, a partir das LTNs e NTN-Fs, e

os valores de spread para aquelas indexadas a CDI e apresentado anteriormente. Os pontos da

curva serão interpolados pelo método Cubic Spline. As curvas “bootstrapped” são coletadas

diariamente junto à Anbima:

As vantagens desse método são: robustez conceitual, rápido ajuste às flutuações de mercado,

não esperando assim novas emissões, e aumento da massa crítica de observações, tanto para os

indexados a IPC-A quanto para CDI.

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Segue exemplo da memória de cálculo:

ETTJ IPC-A Pré Emissão 1

Vértices Taxa (aa) Taxa (aa) Data Emissão 04/08/11

126 7,710% 12,44% Data Vencimento 04/08/14

252 7,352% 12,54% Taxa Emissão (aa) 7,44%

378 7,101% 12,55% Indexador IPCA - C

504 6,923% 12,55% DU 787

630 6,795% 12,52% Risco Crédito 109,158%

756 6,702% 12,50% ETTJ IPC-A 6,683%

882 6,632% 12,47% ETTJ Pré 12,493%

1.008 6,578% 12,45% Equivalente Pré 1,144%

1.134 6,536% 12,42% Taxa Ativo (aa) 7,827%

1.260 6,501% 12,40%

1.386 6,470% 12,38%

1.512 6,443% 12,36% Pré Cálculo

1.638 6,418% 12,34% Equivalente Pré (109,158%-1) x 12,493%

1.764 6,395% 12,33%

1.890 6,372% 12,31% Taxa Ativo (aa) Equivalente Pré x ETTJ IPC-A

2.016 6,350% 12,30%

2.142 6,329% 12,29%

2.268 6,307% 12,28%

2.394 6,285% 12,27%

2.520 6,264%

2.646 6,243%

j) RDBs (Recibos de Depósito Bancário)

De acordo com a Cetip e o Banco Central do Brasil, o RDB é um recibo de depósito bancário

emitido pelos bancos comerciais e destinado às aplicações de pessoas físicas e jurídicas, com

prazo de vencimento predefinido, cuja rentabilidade, fixada no ato de sua emissão. Pode ser pré

ou pós-fixada. Não é admitida negociação e transferência de RDB em mercado secundário.

Fonte Primária:

Como não é possível negociar tal ativo no mercado secundário, os RDBs terão suas taxas de

mercado iguais ás taxas negociadas.

k) Notas Promissórias (NPs)

Definimos NP como títulos de curto prazo com prazo mínimo de 30 dias corridos e no máximo

180 dias corridos para empresas de capital fechado, tendo esse prazo dilatado até 360 para

aquelas de capital aberto. No momento da negociação são definidos a quantidade, taxa e data de

vencimento com promessa direta e unilateral de pagamento e sem garantia real.

Fonte Primária:

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Para tais ativos sua marcação a mercado é feita considerando-se as duas componentes principais

para a taxa MtM: Taxa de Mercado e Spread de Crédito. Para o primeiro componente utilizamos

a taxa Pré-Fixada calculada a partir do DI Futuro da BM&F para o prazo em questão. Já o

spread de crédito é calculado com base na movimentação nos fundos do HSBC Asset

Management Brasil nos últimos 15 dias corridos.

Fonte Secundária:

O primeiro componente para o cálculo da taxa Pré-Fixada pode ser obtida a partir dos terminais

Bloomberg ou Reuters. O spread de crédito é calculado com base em ativos similares, todavia a

aprovação deverá ser realizada pelos membros do Comitê Semanal de Precificação.

l) Termo de Ações

Podemos definir como operações de compra ou venda de uma ação específica com preço fixo,

liquidação numa data pré-agendada e taxa. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido

pelos investidores, obedecendo ao prazo mínimo de 16 dias corridos e máximo de 999 dias

corridos. Ativo-objeto é uma ação negociada a termo. Todas as ações negociáveis na BOVESPA

podem ser ativos de um contrato a termo.

A grande vantagem reside na flexibilidade da operação, pois as condições dos contratos são

negociadas entre as partes no momento da negociação. O comprador a termo pode antecipar a

operação por dois motivos:

i) Ação subiu mais rápido que a expectativa em um prazo menor que o esperado;

ii) Ação começou a cair e o investidor resolveu “parar” a operação.

Os direitos e proventos distribuídos às ações-objeto do contrato a termo pertencem ao

comprador e serão recebidos, juntamente com as ações objeto, na data de liquidação ou segundo

normas específicas da CBLC.

Toda operação requer um depósito de margem de garantia:

i) Vendedor: coloca as próprias ações como garantia de sua obrigação ou deposita as

margens solicitadas pelo CBLC; e

ii) Comprador: a CBLC disponibiliza os percentuais de margem a ser depositadas.

Fonte Primária:

A taxa básica de juros é construída a partir do DI Futuro da BM&F.

Fonte Alternativa:

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De maneira análoga às Notas Promissórias, as fontes alternativas de dados são os terminais

Bloomberg ou Reuters.

m) TDA (Títulos da Dívida Agrária)

Os TDAs são títulos emitidos para a viabilização de pagamentos de indenizações provenientes

de desapropriações de imóveis rurais, para fins da Reforma Agrária. Tem seu valor nominal

mensalmente corrigido pela TR e com pagamentos de cupons anuais atualizados sobre o valor

nominal. Cabe ao INCRA à solicitação ao tesouro nacional para sua emissão, podendo assim ser

dois tipos principais: Cartular e Escritural.

Fonte Primária:

Taxas de Swap DI x TR divulgadas pela BM&F Bovespa no seu website.

Fonte Alternativa:

Taxas de Swap DI x TR divulgadas pelo terminal Bloomberg.

n) Letras Hipotecárias e Letras de Crédito Imobiliário

A Letra Hipotecária (LH) e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) são títulos lastreados em

crédito imobiliário, com emissão privativa de instituições financeiras que atuem na concessão

de financiamentos com recursos do Sistema Financeiro da Habitação e companhias hipotecárias.

Fonte Primária:

Taxas de Swap DI x TR divulgadas pela BM&F Bovespa no seu website.

Fonte Alternativa:

Taxas de Swap DI x TR divulgadas pelo terminal Bloomberg.

4.2.2 Ativos em Default

O risco de crédito está associado à capacidade de pagamento do emissor do título e o seu

gerenciamento é feito através do acompanhamento das instituições financeiras analisando-se,

dentre outros pontos, o porte da instituição (pelo total de ativos), o prazo dos títulos / papéis e a

classificação do Banco conforme os indicadores de liquidez, rentabilidade, estrutura de capitais,

política de funding e de exposição à riscos, custos operacionais, concentração de crédito, risk

based assets, grupo econômico, rating atribuído e outros.

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Já as emissões de instituições não-financeiras serão analisadas considerando-se a estrutura de

capitais, liquidez, solidez financeira, rentabilidade, fluxo de caixa, capacidade de repagamento,

projeções, análise do setor de atividade, histórico da companhia, reputação dos administradores,

grupo econômico e perspectivas.

Essas avaliações serão submetidas para o Comitê de Crédito e, se aprovadas, serão válidas por

90 dias. Se porventura ocorrer algum fator relevante que leve a área de análise de crédito a

reavaliar o rating e risco de crédito de determinado emissor, a taxa MtM deverá ser alterada a

fim de contemplar essa reavaliação, podendo-se, inclusive, decidir-se pela provisão parcial ou

integral do título e fechamento do fundo para novas aplicações.

Todas essas questões serão discutidas em um comitê extraordinário com a participação das áreas

de gerencimento de risco, produtos e comercial.

4.3 Operações Compromissadas – Posições Short

Por meio da Resolução nº 2.675 (atual Resoluação nº 3.339/06) de 21/12/99, regulamentou-se as

operações short, viabilizando a livre movimentação dos títulos objeto de compromisso, uma vez

acordado entre as partes. Assim, as instituições financeiras podem vender, em definitivo, títulos

oriundos de operações compromissadas com livre movimentação. As operações de venda a

descoberto (short) de títulos objeto em operações compromissadas se assemelham a negociação

em mercados futuros, no entanto, não há a necessidade de pagamento de emolumentos e/ou

aporte de garantias.

Com o objetivo de ilustrar o tipo de operação supramencionado, segue abaixo exemplo genérico

apresentado pela ANBIMA, no Guia para a Realização de Operações Short de Agosto de 2008.

EXEMPLO GENÉRICO – OPERAÇÕES SHORT

1- Venda de LTN com compromisso de recompra, com livre movimentação: Fundo vende LTN

para Banco A com compromisso de recompra, PU de volta em aberto (1047).

2- Venda definitiva da LTN sob compromisso de revenda: Banco A vende LTN para o Banco B

(1052).

3- Compra de LFT com compromisso de revenda: Banco A (short) compra LFT do Banco C

com compromisso de revenda (1054) e recorre ao Banco Central para adquirir as LTN.

4- “Empréstimo” de Títulos do BC: Banco A realiza duas operações compromissadas com o

Banco Central: compra LTN com livre movimentação (1044) e vende LFT sem livre

movimentação (1054).

5- Volta da Compromissada original: Banco A revende LTN para o Fundo (1059).

6- Compra definitiva de LTN: Banco A compra, em definitivo, LTN do Banco D (1052).

7- Volta das compromissadas com BC: Banco A recompra LFT (1056) e revende LTN

(1056)para o Banco Central, com liquidação pelos resultados compensados.

8- Volta da compromissada com LFT: Banco A revende LFT (1059) para o Banco C.

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4.4 Operações Compromissadas

Já as operações compromissadas com prazo superior a um dia, é utilizado para a sua MaM a

combinação de Rating Interno do Emissor e Prazo de Vencimento, conforme mencionado

anteriormente na Seção 4.2 para CDBs, LFs e DPGEs.

Quando as operações de um dia ou que possuem compromisso de resgate antecipado a taxa

utilizada para a precificação é a taxa contratada.

5. OPERAÇÕES DE SWAP4

As operações de swap possuem sempre duas pontas, uma ativa e a outra passiva. Os swaps que

compõem nossas carteiras são indexados ao CDI, Dólar, PRÉ, TR e IGP-M e a marcação a

mercado é realizada de acordo com o respectivo indexador.

Deste modo, temos as seguintes metodologias:

5.1. Ponta PRÉ

A ponta Pré dos swaps é precificada através da Curva de Taxas Pré construída com base nos

contratos de DI Futuro da BM&F

4 Todos os swaps dos fundos administrados pela HSBC Global Asset Management possuem garantia da

BM&F

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5.2. Ponta DÓLAR

A ponta dólar dos swaps cambiais é precificada através da Curva de Cupom Cambial Sujo,

construída utilizando-se, nos períodos em que há liquidez do dólar futuro, o sintético de DI

Futuro e Dólar Futuro e, nos períodos em que não há liquidez, utilizando-se o FRA para cada

um dos vencimentos (comparando um vencimento com o outro pelo prazo em dias úteis do mês

em referência) ajustando-se ao 1º cupom sintético (DI futuro x Dólar Futuro). O Cupom de 1 dia

é determinado através do “sintético” entre a variação diária do CDI e do PTAX. Todos esses

dados são obtidos na BM&F.

5.3. Ponta CDI

Com exceção dos swaps cambiais (CDI x USD), utiliza-se a curva da operação, pois não existe,

até o momento, uma fonte independente onde essas taxas possam ser obtidas.

Já a ponta CDI dos swaps cambiais que são hedge das NTN-Ds é marcada a mercado de acordo

com as taxas indicativas divulgadas diariamente pela ANBIMA.

O cálculo é feito da seguinte forma:

a) Calcula-se o valor do Principal corrigido pelo Percentual do CDI (taxa da operação) até

a data base

b) Esse valor é “levado” a Valor Futuro pela percentual do CDI da curva e trazido a VP

pelo Percentual de CDI a mercado.

Exemplo:

Data Base: 10/04/2003

Data Início: 20/01/2003

Vencimento: 11/02/2004

Taxa: 106,9% CDI

Principal: R$ 27.425.346,00

CDI na Data Base: 26,19

Perc CDI Mercado: 1030,58% CDI

Ponta CDI na data Base: R$ 28.965.154,02 (corrigindo-se o Principal por 106,9% CDI)

Valor Futuro: 28.965.154,02 * (((1+CDI) (1/252)

– 1) * PercCDICurva + 1) du até o venc

VF Curva = 28.965.154,02 * (((1,2619) (1/252)

– 1) * 1,069 + 1) 213

VF Curva = R$ 35.740.035,80

VP Mercado = VF Curva / (((1+CDI) (1/252)

– 1) * PercCDIMercado + 1) du até o venc

= 35.740.035,80 / (((1,2619) (1/252)

– 1) * 1,0358 + 1) 213

= 29.154.751,86

5.4. Ponta TR

Utilizam-se as taxas referenciais fornecidas pela BM&F.

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5.5. Ponta IGP-M/IPC-A

Utilizam-se as taxas referenciais fornecidas pela BM&F.

5.6. Ponta Ouro

Utilizam-se os preços fornecidos pelo Bloomberg Terminal.

5.7. Ponta Franco

Utilizam-se os preços fornecidos pelo Bloomberg Terminal.

5.8. Swap com cláusula de arrependimento e/ou limitador

Estas operações serão tratadas como uma ou duas opções, dependendo da estrutura, e serão

precificadas através do modelo Black & Scholes ou uma de suas variações utilizando os

parâmetros do contrato.

6- MERCADO DE OPÇÕES

Inúmeros estudos têm sido feitos a fim de verificar qual é o melhor modelo para precificar

opções. É evidente, contudo, que não há no mercado um modelo perfeito, e conhecer suas

limitações torna sua aplicação mais eficiente.

O modelo Black&Scholes (B&S) foi o mais importante marco para o desenvolvimento do

mercado de opções e possui uma série de premissas básicas para simplificar a sua

implementação. Posteriormente, algumas dessas premissas foram revistas e outros modelos

foram criados.

6.1. Opções de Ações

Utilizaremos metodologias distintas para opções de ações,pois classificamos que algumas opções tem proporções de liquidez, e consideramos as seguintes:

Opções Liquidas

1. Definiremos previamente as opções das seguintes ações como liquidas: PETR4,

VALE5, ITUB4, BVMF3.

2. Para opções liquidas utilizaremos os preços (premio) de fechamento da BM&Fbovespa.

Opçoes Iliquidas

1. As opções serão consideradas iliquidas caso sejam negociadas menos de 10 vezes na

semana, com volume inferior a R$ 100.000,00

2. Utilizamos o modelo de Black&Scholes com volatilidade histórica EWMA com 0,94

para as opções ilíquidas

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3. Os volumes negociados para opções ilíquidas em estoque serão analisados neste comitê

4. A condição de liquidez será monitorada e poderá ser alterada com o consenso do comitê

Para as opções que utilizaremos o modelo de Black&Scholes, aplicaremos as seguintes

fórmulas:

)d(NXe)d(SNP)d(NXe)d(SNC 2rT

12rT

1 e

sendo;

T

T)2

1r()X/Sln(

dT

T)2

1r()X/Sln(

d

2

2

2

1

e ,

onde

C é o preço de uma Call;

P é o preço de uma Put;

S é o preço do ativo-base;

X é o preço de exercício;

T é o tempo de duração da opção;

r é a taxa de juros livre de risco; e

N é a função acumulada da normal padrão.

A volatilidade (será a média das volatilidades implícitas coletadas junto às corretoras.

6.2. Opções de Câmbio Spot

Para as opções de câmbio, utilizaremos uma variação do modelo geral de B&S, conhecida como

modelo de Garman. É muito semelhante ao modelo de Black&Scholes, com a diferença de que

uma taxa de juros externa é adicionada ao modelo. A equação representativa do mesmo é

)d(NXe)d(NSeP)d(NXe)d(NSeC 2rT

1cT

2rT

1cT e

sendo

T

TcrXS

dT

TcrXS

d

)2

1()/ln(

e

)2

1()/ln( 2

2

2

1

,

onde

S é a taxa de câmbio;

c é a taxa de juros livre de risco da moeda estrangeira (cupom).

A volatilidade (será a média das volatilidades implícitas coletadas junto às corretoras.

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As moedas autorizadas para negociação das operações de opções de câmbio são as seguintes: :

GBP – Libra Esterlina; CAD – Dólar Canadense; CHF – Franco Suíço; ZAR – Rand Sul

Africano; AUD – Dólar Australiano; NZD – Dólar Neozelandês; MXN – Peso Mexicano; CLP

– Peso Chileno; TRY – Lira Turca; CNY – Yuan Chinês; SEK – Coroa Sueca; HUF – Florim

Húngaro; PLN – Zloty Polonês; DKK – Coroa Dinamarquesa; SGD – Dólar de Singapura;

MYR – Ringgit Malasiano; RON – Leu Romeno; COP – Peso Colombiano; KRW – Won Sl

Coreano e RUB – Rublo Russo.

6.3. Opções de Futuro

Para as opções de Futuro (IDI, Ibovespa ou Dólar Futuro) utilizaremos uma variação do modelo

geral de B&S, conhecida como modelo Black 76, que também é uma extensão do modelo de

Black&Scholes, distinguindo-se do primeiro apenas pelo fato de utilizar o preço futuro ao invés

do preço spot. As equações do modelo de Black são:

)]d(XN)d(FN[eP)]d(XN)d(FN[eC 21rT

21rT e

sendo

T

TXF

dT

TXF

d

)2

1()/ln(

e

)2

1()/ln( 2

2

2

1

,

Onde:

F é o preço futuro do ativo base.

A volatilidade das opções de dólar futuro é obtida através da smile divulgada diariamente pela

Reuters enquanto que a volatilidade das opções de Ibovespa Futuro é dada pela volatilidade

implícita dos prêmios divulgados pela BM&F (Boletim/Indicadores/Preços Referenciais BM&F

– Prêmios ds Opções). Já a volatilidade das opções de IDI será obtida diretamente junto à(s)

corretora(s) que operam nesse mercado.

6.4. Opções de IDI

Mostraremos abaixo a alteração para o procedimento na precificação das opções de IDI.

Como é sabido, o prêmio das opções é função do preço à vista do ativo objeto, o preço de

exercício da opção, o prazo, a taxa de juros no período e a volatilidade do ativo-objeto. Exceto a

volatilidade, todos os parâmetros são exógenos ao modelo (na margem até as taxas de juros).

Nos modelos tradicionais consideramos a volatilidade sendo a mesma para todos os

strikes de um mesmo vencimento. Existem abordagens diversas para o cálculo da volatilidade,

por exemplo, desvio padrão histórico, EWMA e GARCH. No mercado financeiro brasileiro

existem alguns problemas de microestrutura que fazem a volatilidade estimada “fugirem”

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daquela praticada no mercado, a saber: baixa liquidez, ausência de certos strikes dificultando a

construção de uma adequada superfície de volatilidades e, até mesmo, ausência de mercado para

puts.

Diante das condições acima e sabendo que a precificação deve procurar refletir o

mercado e fazê-lo próximo da realidade, sugerimos o seguinte procedimento para precificação

das opções de IDI.

Modelo Adotado:

Para tais opções utilizaremos uma variação do modelo geral de Black & Scholes,

conhecida como modelo Black 76, distinguindo-se do primeiro apenas pelo fato de utilizar o

preço futuro ao invés do preço spot. As equações do modelo de Black são

)]d(XN)d(FN[eP)]d(XN)d(FN[eC 21rT

21rT e

sendo

T

TXF

dT

TXF

d

)2

1()/ln(

e

)2

1()/ln( 2

2

2

1

,

Onde:

C é o preço de uma Call;

P é o preço de uma Put;

F é o preço futuro do ativo-objeto;

X é o preço de exercício;

T é o tempo de duração da opção;

r é a taxa de juros livre de risco; e

N é a função acumulada da normal padrão.

Volatilidade

Utilização de, pelo menos, três calls de fechamento de corretoras diversas: Arkhe, Flow,

Link e Liquidez. Realizaremos a média aritmética simples para as volatilidades implícitas das

opções desejadas. As planilhas contendo as informações dos contribuidores, bem como a

memória de cálculo, diariamente serão armazenados internamente. De posse da volatilidade

média iremos inseri-la no modelo mencionado no item 2.

Plano de Contingência

Na inexistência de volatilidade de alguma opção para um determinado vencimento, a

área de Risk Management irá calcular uma volatilidade estimada a partir da construção de Smile

das implícitas médias de acordo com a seção anterior.

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6.5. Opções de Ouro

Adotamos o modelo original de Black 76 ou Black and Scholes (conforme equação do

item 6.1), obtido através das seguintes fórmulas:

)]d(XN)d(FN[eP)]d(XN)d(FN[eC 21rT

21rT e

sendo;

T

TXF

dT

TXF

d

)2

1()/ln(

e

)2

1()/ln( 2

2

2

1

,

Onde:

C é o preço de uma Call;

P é o preço de uma Put;

F é o preço futuro do ativo-objeto;

X é o preço de exercício;

T é o tempo de duração da opção;

r é a taxa de juros livre de risco – Taxa Libor, divulgada pelo Terminal Bloomberg (fonte

primária) ou Reuters (fonte alternativa); e

N é a função acumulada da normal padrão.

A volatilidade ( utilizada é a histórica do ouro, divulgado de acordo com a tela

abaixo do terminal Bloomberg, calculada pelo EWMA com =0,94.

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6.6. Box de Opções

São combinações em posições de opções que resultam em rendimento prefixado. A operação

consiste na compra de uma opção de compra e venda de uma opção de venda de strike K1 e

venda de uma opção de compra e compra de uma opção de venda de strike K2, onde K2 > K1

com opções de mesma data de vencimento. As operações de Box podem ser de2, 3 ou 4 pontas.

Abaixo temos a estruturação dessas operações:

Box 2 pontas: esta estratégia envolve compra de call com barreira e put com barreira na mesma

quantidade;

Box 3 pontas: esta estratégia envolve operações de opção de compra, opção de venda e operação

no mercado à vista. Para o mesmo vencimento e com o mesmo número de contratos.

Box 4 pontas: esta estratégia envolve operações de opção de compra e opções de venda através

de travas de altas e travas de baixa;

Obs: caso as operações estejam cadastradas nos fundos e carteiras de investimento como opções

e não como Box prefixado estas serão apreçadas conforme os modelos de precificação de

opções

TAXAS DE MERCADO:

As taxas de mercado são oriundas da curva pré do mercado futuro de DI 1 da BMF.

6.7. Basket de Opções

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Caso seja realizado um basket de opções, ou seja, uma cesta de opções com o mesmo

vencimento, mesma categoria de ativo (por exemplo, ações, índices futuros, taxas de câmbio,

metais etc), porém ativos objetos diferentes (por exemplo, basket de opções de metais, basket de

opções de moedas, etc), utilizamos como fonte primária o método Black Scholes ou Black 76,

conforme descritos nos tópicos acima tendo a volatilidade calculada pelo método EWMA com

Time Decay Factor igual a 0,94. Para tanto deverá ser construída Matriz de Covariância entre os

retornos dos ativos constituintes no basket ponderados pelos respectivos pesos. Já a fonte

alternativa será as volatilidades e covariâncias advindas do Terminal Bloomberg com os

respectivos pesos do basket.

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7 – COTAS DE FUNDOS

As cotas de fundos de terceiros são coletadas junto ao administrador, via email (recebidos em

uma chave genérica) ou via site. Adicionalmente é feito um duplo controle, onde todas as cotas

são conferidas e, antes da importação para o sistema, os valores coletados são validados,

diariamente, com a informação disponibilizada no sistema da Anbima pelos administradores.

Em casos de grande variação de um dia para o outro, o administrador é acionado via telefone

para confirmação do valor.

8 - ATIVOS NEGOCIADOS NO EXTERIOR

a) Ações e opções negociadas em bolsa: preço de fechamento divulgado pela bolsa de valores

em que o ativo foi negociado. A fonte secundária seguirá as definições do contrato, conforme

definido pela bolsa. Não existindo negociação do ativo por um período de 90 dias, devemos

convocar o Comitê Extraordinário;

b) Contratos futuros: preço de ajuste divulgado pela bolsa de futuros em que o derivativo foi

negociado. A fonte secundária seguirá as definições do contrato conforme definido pela

bolsa;

c) Títulos de dívida soberana: os títulos da dívida soberana de outros países serão precificados

com a cotação divulgada pela Bloomberg às 18h (horário de Brasília). A fonte secundária será a

cotação fornecida pelo terminal Reuters.

d) Títulos Corporativos: os títulos de renda fixa privada serão precificados com a cotação

divulgada pelo terminal Bloomberg às 18h (horário de Brasília). A fonte secundária será a

cotação fornecida pelo terminal Reuters.

e) Fundos de Investimentos: serão marcados a mercado pelas cotas diárias divulgadas pelos

respectivos administradores.

9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conceito de mark to market é muito importante, pois permite estimar o valor real de fluxos

futuros que compõem uma carteira, ou seja, o valor que se poderia realizar no mercado caso o

possuidor do direito de receber essas receitas resolvesse se desfazer desse direito.

O mark to market possui importantes aplicações práticas. Na gestão de fundos de investimento,

a metodologia que usa mark to market é a mais transparente para o cálculo do valor das cotas,

visto que reflete o valor de mercado da carteira que compõe o fundo.

A questão de Mark to Market deixou há muito de ser um “tabu”, quer seja pelo próprio

crescimento e aperfeiçoamento da indústria de fundos de investimento quer seja por

determinações legais e jurídicas.

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O Código de Auto-Regulação da ANBIMA e a sua Deliberação nº 14 da ANBIMA fazem

referência a esse tema.

O primeiro de forma “sugestiva”, introduzindo algumas diretrizes para tentar uma maior

uniformização das práticas de marcação a mercado.

A segunda de forma bastante explícita, estabelecendo critérios para o registro e avaliação

contábil de títulos e valores mobiliários e de instrumentos de derivativos.