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SO PAULO

MANUAL DE PREVENO CONTRA ROUBOS E ASSALTOS

Luciano Gomes Farias Investigador de Polcia

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I INTRODUO II CONTEXTO O Mundo que vivemos

O Crime O Criminoso A Vtima O Mundo que desejamos III MEDIDAS DE PREVENO

1. Cuidados com a residncia 2. Cuidados em veculos 3. Cuidados em Locais

Pblicos 4. Dicas para utilizao de

Aparelhos Telefnicos 5. Dicas Anti-Sequestro 6. Como se portar Durante um

Assalto

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I INTRODUO

A inteno deste guia o de orientar moradores e pessoas que circulam nos grandes centros urbanos quanto a alguns cuidados que podem ser adotados para que se reduza a possibilidade de tornar-se uma vtima de crime.

A utilidade deste guia foi identificada por policiais que, apesar do contnuo trabalho de represso efetuado ao longo dos ltimos anos, tem verificado a ocorrncia recorrente de alguns tipos de crimes. Todo crime gera grande dbito para o Estado, exigindo a onerosa atuao de suas instituies policiais, jurdicas, prisionais e de sade bem como para a populao causando a todos alm do custo financeiro, prejuzos moral e de bem estar, desta forma, entendemos que a melhor, mais barata e mais eficiente forma de se reduzir a criminalidade a PREVENO. Ou seja, buscamos antes de qualquer forma de represso, EVITAR que o crime ocorra, e, uma das formas de se tentar evitar a ocorrncia de um crime tomar alguns cuidados para diminuir as chances de que voc seja escolhido como vtima.

O guia foi elaborado com base em experincias vivenciadas por policiais civis, bem como nas estatsticas e pesquisas sobre o modus operandi de criminosos em alguns tipos de crimes como roubo e furto de veculos, roubo a transeuntes, roubos residenciais, seqestros e sequestros-relmpago.

A inteno no de disseminar um clima de aflio e preocupao em seu dia a dia aconselhando medidas paranicas, mas sim apresentar dicas que, se adotadas, contribuiro para que a populao se sinta mais segura, alm de ajudar na proteo s residncias e famlias.

A maioria das dicas sugeridas

neste guia so apenas questo de

ateno e bom senso, mas podem fazer uma diferena real, em certos casos preservando uma vida.

II CONTEXTO O MUNDO EM QUE VIVEMOS

A questo da violncia e

criminalidade no nenhum fato recente, porm, nos dias atuais encontra-se em estgio preocupante.

Atualmente apenas as aes de represso e as Leis no tm surtido o efeito de controle, a cada dia aumenta a impresso de que no existe mais respeito s instituies nem temor a tais leis.

Grande parcela da populao vem se afastando cada vez mais de qualquer preceito moral, principalmente as crianas e os jovens que movidos por extremo materialismo, s percebem suas necessidades e agem apenas de acordo com sua prpria convenincia, de maneira extremamente egosta.

As graves consequncias do desrespeito s Leis e o excessivo consumo de produtos e servios podem ser verificadas em todos os campos da atividade humana ao ponto de gerar grande degradao ao meio ambiente. O CRIME

muito importante lembrar que a maioria dos crimes so contra PROPRIEDADES, e no contra PESSOAS e que o ndice de criminalidade tem sido reduzido para algumas modalidades e infelizmente aumentado para outras, sendo que em determinadas pocas surgem os crimes da moda. Em geral os crimes so aes de momento e em alguns casos ocorrem em funo de uma oportunidade, uma janela aberta deixada pela vtima.

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O CRIMINOSO Vivemos em um Pas muito

extenso, privilegiado pela abundncia de recursos naturais e pela origem humilde de seus habitantes, porm, ao nosso entender, dois fatores contribuem crucialmente para o alto nvel de violncia e criminalidade: A elevada concentrao da riqueza nas mos de poucos privilegiados paradoxalmente combinado com a nefasta e degradante Cultura da Ostentao onde s algum aquele que tem riqueza, bens materiais ou ocupa posio de destaque.

Este ambiente consumista

estimulado pelas empresas que cada vez querem vender mais e mais produtos, a largos passos acompanhado pelos nossos meios de divulgao cultural, principalmente a televiso, que parecem no terem freio em disseminar em seus programas e peridicos, comportamentos, atitudes e costumes de baixssimo valor moral.

Toda essa onda degradante

influencia de maneira arrastadora nossas crianas, jovens e adultos que, desprovidos de uma boa criao pelos pais, desmotivados educao e sedentos por ser algum acabam introduzindo em sua personalidade a idia de que ser reconhecido ter um carro importado, um tnis caro, uma namorada igual da novela e que s assim sero aceito em seu meio. Essa iluso faz com que eles invariavelmente acabem por seguir um dos seguintes caminhos: - Batalhar arduamente para vencer as dificuldades e conquistar o reconhecimento atravs do trabalho e estudo. Caminho de poucos! - Adotar um estilo de vida humilde como um simples trabalhador sem acumular riqueza material e posio social, porm repleto de paz e tranqilidade. Raramente trilhado! - Passar boa parte de sua vida frustrado, desejando o ouro dos tolos sem jamais obt-lo ou,

- Partir para a criminalidade. Infelizmente caminho percorrido por muitos! A VTMA

Vtima todo aquele que ainda no acordou para esta realidade e est mergulhado neste contexto, aqueles que passam seus dias de maneira indiferente a esta situao, que procuram viver o mundo das celebridades buscando sempre adquirir o ltimo modelo no mercado, acumulando e ostentando bens e riquezas nas ruas onde outros, menos favorecidos moralmente que no so capazes de deter seus instintos materiais, vulgares e egostas usam de atitudes criminosas para amealhar para si os mesmos bens e riquezas. O MUNDO QUE DESEJAMOS

O Mundo que desejamos, um mundo de paz, de concrdia, e de harmonia, sem guerras, sem crimes, sem drogas, sem corrupo, sem dramas e sem sofrimentos. H, pois, neste contexto uma conclamao mudana onde todos, todos sem exceo devem comprometer-se em fazer sua parte, mesmo que pequena, controlando seus instintos, transformando a si mesmo e ajudando no que for possvel aos rgos de segurana, pois s assim, a PAZ MAIOR ser atingida de maneira inevitvel.

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III - MEDIDAS DE PREVENO

essencial que voc tente minimizar as chances de se tornar uma vtima. Em geral os bandidos procuram os alvos mais fceis ou os mais atrativos, ou seja, as vtimas mais procuradas so aquelas que esto distradas ou, de alguma maneira esto ostentando artigos ou valores, apresentando ser uma presa suculenta. Desta forma, nossas dicas so para que as pessoas adotem alguns comportamentos para diminuir o grau de atratividade.

Basicamente uma questo de bom senso em relao realidade em que vivemos e, invariavelmente nossos sentidos captam quando alguma coisa ruim esta para acontecer. Preste sempre ateno ao que est ocorrendo sua volta e esteja sempre sintonizado. Antes de mais nada, confie em seus instintos, se algo no parece bom no faa, mude o caminho ou deixe aquela tarefa para depois. CUIDADOS COM A RESIDNCIA

As residncias que chamam mais ateno so as preferidas pelos delinqentes, seja pela aparncia, pela facilidade de acesso ou, devido visualizao de objetos de valor expostos em seu interior tais como carros, motos e aparelhos eletrnicos. Evite dourar demais a fachada de sua casa para que ela no seja a mais bonita da rua. Se possvel utilize muros ou portes fechados que no possibilite a viso do interior por pessoas que passam pela rua. Toda dificuldade de acesso desestimula a ao criminosa. Assim como grades com lanas, cercas eltricas, circuitos de filmagem, alarmes e ces.

Mantenha os portes sempre fechados. Quando mudar-se para uma nova casa ou apartamento, substitua as fechaduras. No deixe chaves reservas no lado de fora ou com porteiros, e coloque as chaves do carro e da garagem em local fora de viso.

Ao deixar seu carro em um estacionamento ou na mo de terceiros, retire do chaveiro as chaves de sua casa, saiba que uma chave copiada em poucos minutos.

Em caso de perda das chaves da residncia, jogue fora as cpias e troque imediatamente a fechadura como medida de precauo; Quando deixar sua casa por muitas horas, passe uma corrente grossa no porto e use um cadeado grande;

Quem mora em prdios ou conjuntos residenciais no deve deixar as chaves do apartamento na guarita. Alm da facilidade de se copi-las, em caso de invaso os ladres j teriam disposio a chave de sua residncia;

No faa propaganda que voc mora sozinho. Pea para alguns amigos visit-lo vez ou outra. E quando for se ausentar por um perodo mais longo, pea para algum ir at sua residncia em horrios alternados para no dar impresso de que a casa est vazia, principalmente nos perodos de feriados prolongados. Tome precaues sobre as pessoas que ir contratar para prestar qualquer tipo de servio no interior de sua casa. Prefira aquelas que possuem boas recomendaes. No deixe grandes quantias de dinheiro ou jias em casa, utilize-se de bancos.

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Tenha cuidado com vendedores de porta, pedintes ou pessoas que tentam colher informaes sobre os proprietrios ou bens da residncia. Mesmo que algum tenha agendado uma visita, cheque minuciosamente suas identidades e mantenha a porta fechada enquanto isto. Em garagens coletivas, no deixe o nmero de sua casa anotado na vaga que voc ocupa. No alarde que voc no est em casa. Se ao chegar em casa perceber uma janela quebrada ou uma luz acesa, voc deve decidir por no entrar. Se afaste e pea auxlio polcia. Se suspeitar que algum intruso adentrou seu quintal, melhor que voc tenha um plano definido. Pense sobre o que voc poderia fazer agora, pois voc pode no estar pensando claramente na hora da situao real. Voc pode fazer barulho e esperar que isto faa com que eles desistam